quarta-feira, 30 de setembro de 2009

DIÁLOGOS MODERNOS - LP X CASSETE

A fita K7 foi uma injustiçada em relação ao LP.. Este, do vinil virou CD. Trocaram música por música. Já a fita, agregou música à imagem, na figura do DVD. Quem imaginaria um grampo sem um gravadorzinho portátil no bolso ou escondido no sutiã de uma despretensiosa repórter? Era no Cassete (K7). Ainda inventaram uma novidade “da hora” (uma mini fita do tamanho daquelas do tempo em que a secretária eletrônica do telefone gravava em fita as ligações recebidas).


Certa vez, a Andréa, uma jornalista amiga, recém formada fora assessorar uma negociação sindical com uma grande empresa. Na reunião em um grande hotel, abriu sua bolsa e retirou um tijolaço de gravar k7 e o colocou em cima da mesa para dar “transparência e publicar o que ali era negociado. Conseguiu acabar com a reunião. A empresa negou-se terminantemente a aceitar tal expediente. Apesar de (a empresa) já fazê-lo com os modernos gravadores pequenos, com microfone embutido pregados sob as mesas cuidadosamente forradas e enfeitadas com flores. Ela deve ter inspirado as atuais micro-câmeras . Onde já se viu fazer grampo com transparência?


A gente às vezes guarda umas relíquias mais por resistência ao novo do que para preservar um pedacinho da história. No fim acaba servindo para a memória ou para o riso, se alguém se interessar. Pois eu tenho ainda um aparelho de som daqueles 3 em 1 Adaptado com CD e DVD, claro. Mas ainda consegue tocar LP e cassete. Este último, se ainda achar em algum lugar. Tenho certeza que consigo, pois há outros nostálgicos revisionistas assim como eu por ai. Mas como ia dizendo, minha filha foi colocar seu DVD do Black eyed peas e esbarrou no botão de ejetar a fita cassete. Tomou um susto danado com aquela portinhola se abrindo e disparou:

Pai, abriu uma porta aqui, quê isso?

- Minha filha, isso é para tocar ou gravar cassete.

- O quê?

- É a fita que a gente usava para tocar músicas que comprávamos ou que gravávamos do LP ou da programação das rádios. (Ih! Mas foi uma dificuldade para ela entender o processo). Com os gravadores eram daqueles que funcionavam à pilha também, a gente podia levá-los pra qualquer lugar. Acampar, ir para a roça, no clube, à beira da piscina, ou mesmo na rua, levando aquele enorme som no ombro ouvindo as músicas preferidas.

- Por que não usava o MP3?

- Ah, deixa pra lá!


O CD teve vida curta como o compacto (uma espécie de miniatura do LP). Alguém aí já ouviu ou se lembra do compacto com uma ou duas músicas de cada lado?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

DIÁLOGOS MODERNOS - TELEFONE PRETO

Tinha um telefone vermelho na Casa Branca e outro no Kremlin, prontos para dar o aviso de guerra nuclear. Qualquer ameaça de um dos lados, EUA ou Rússia, o lado ameaçado pegaria o aparelho, discaria um número e pronto, estaria iniciada a guerra nuclear que poderia destruir o planeta. Diziam cada um dos donos do mundo que tinham capacidade de destruir a terra seis vezes com uma explosão atômica. Como se precisasse mais de uma... Será que já usam celular com GPS para localizar o alvo?


Do lado de quem estava numa boa paz, começaram a se popularizar os telefones residenciais que faziam um triiimmmm audível a um quarteirão de distância e sem regulagem de volume. Um aparelho preto bem charmoso, mas com peso de uma marreta. E uma roda numerada de zero a nove para discar.

As primeiras coisas de impacto na vida da gente, não costumamos esquecer. Lembro do primeiro carro de mau pai, um fusquinha azul cuja placa era FP-2703. O telefone lá de casa era 3353.


Quem já nasceu na era do celular nem consegue imaginar a gente indo à central telefônica, entrar numa cabine de um metro quadrado e solicitar à telefonista, devidamente paramentada com um fone de ouvido em forma de concha e esperando meia hora até duas horas, dependendo do lugar para onde ia ser feita a ligação. A sensação que se tem hoje é que tínhamos que esperar as ondas sonoras viajarem de ida e de volta (de ônibus) para se conseguir estabelecer a comunicação.


Eu achava pura ficção aqueles filmes americanos de 007 ou do agente 86 em que os personagens tinham telefones nos carros. E nós ainda aqui com o telefone preto. Pesado! Só depois fui saber que o Brasil absorvia s tecnologias obsoletas dos países do primeiro mundo, como aqueles navios cheios de lixo que os ingleses nos mandaram outro dia, dizendo ser material reciclável.

sábado, 26 de setembro de 2009

O DIA EM QUE MORRI

INTRODUÇÃO MORTAL:

Já tinha escrito o que havia sentido naquele dia. Fiquei tão atormentado que procurei coisas para fazer que me distraíssem e me tirassem aquela sensação ruim que senti após a minha morte em vida. Acabei indo para a internet, pesquisar algo nos sites “cheios de confusão, aventura e magia”, deparando-me com a notícia a seguir, pra lá de divertida. Aí, o que era para ser uma crônica séria, virou um bem humorado (espero) caso de consolo prévio.


A NOTÍCIA

HOMEM ANTECIPA SEU VELÓRIO PARA PARTICIPAR

Um inglês resolveu antecipar seu velório para que pudesse "celebrar" junto a amigos e parentes. John Noble, 52 anos, recebeu previsão de alguns meses de vida depois que os médicos o diagnosticaram com esclerose lateral amiotrófica.

Ele resolveu convidar 120 familiares e amigos para uma festa em sua cidade, Bristol, segundo o jornal The Sun. "Foi uma noite incrível. Todos se divertiram e eu estava feliz. Eu pude dizer adeus ainda vivo. Eu não fiquei triste", contou ele.

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Fonte:http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI724348-EI1141,00.html, 25/10/05

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A CRÔNICA

O DIA EM QUE MORRI

Minha morte se deu no sábado passado. Fui contar pra todo mundo e me disseram que foi um sonho. Mas eu estava acordado vendo tudo que se passava ao meu redor. Até dei uma ajeitada na posição. Não fiquei naquela clássica, de barriga para cima, com as mãos cruzadas sobre o peito. Virei de lado como faço para dormir todos os dias. As cores começaram a surgir numa seqüência que, acredito ser mais bonitas do que as de um arco íris Se a história ficar parecendo coisa padronizada é porque a morte sem sofrimento deve ser assim mesmo. Naquele momento todos os pensamentos de apego às coisas terrenas passaram tão nítidos quanto rápidos na minha cabeça e confirmaram a certeza de que o que fica é que tem que ser resolvido. Não pensei em nenhum legado ou tive algum peso morto para levar comigo O fato é que almocei regiamente, me deitei e logo em seguida, me foi anunciada a sentença. Ocorre que fui acometido de uma alegria que ninguém deveria confessar sendo em caso de seu fim. Mas, confesso que morri. E foi com uma alegria tamanha, que se fotografassem iam poder ver meu sorriso tenro, que é uma coisa que o agente funerário não consegue disfarçar na hora de vestir o defunto. Daí a dispensa da maquiagem que eles usam para recompor a cara digna para um defunto apresentar nas suas exéquias... Quem vai, vai satisfeito. Não me perguntem depois, sobre como é o lado de lá, que isso eu acho que já vi foi em relato de quem esteve em coma desenganado e voltou. Eu, não! Eu fui mesmo. Só acordei com a cachorra latindo insistentemente no portão. Não deu tempo de saber. Nem de sofrer. E não quero incentivar a ninguém que esteja assim triste com a existência, achando-se no último estágio entre a realidade dura e uma tênue esperança de uma coisa melhor, pois a morte é única. Não dura mais que um parágrafo.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

SOGRAS E NORAS

A NOTÍCIA

"Feliz foi Adão, que não teve sogra." "Sogra não é parente, é castigo." "Só não mato minha sogra por pena do diabo." "Sogra é igual a cerveja: só gelada e em cima da mesa." Se depender dos ditados populares, a imagem das sogras é péssima - especialmente do ponto de vista dos genros. Mas a vítima preferencial das piadas familiares pode ter outro algoz, de acordo com a psicóloga Terri Apter, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. No recém-lançado livro "What do You Want From Me? Learning to Get Along with the In-laws" (O que você quer de mim? Aprendendo a se dar bem com a família estendida, em tradução livre), a pesquisadora se propõe a estudar as relações na família estendida, que inclui sogros e cunhados. E revela que a pedra no sapato da relação dos casais é a difícil convivência entre “noras e sogras”.

A tradutora Leilah Matos, 31 anos, viveu o problema na pele. "Eu tenho praticamente quatro sogras: a mãe do meu marido, duas tias e a avó materna dele", enumera. "E elas são pessoas de gênio forte." Leilah conta que, quando se casou, há oito anos, os atritos eram praticamente diários. "Elas interferiam e davam palpite em como arrumar minha casa." Depois de uma discussão, ela e a sogra ficaram quase um ano sem conversar.

A harmonia dessa relação depende de um jogo equilibrado entre ser flexível e impor limites. Esse foi o erro da estudante Élide Nunes de Souza Molotievschi, 23 anos. Há um ano, ela virou vizinha da sogra. "E tive a triste idéia de deixar a chave de casa com ela", conta Élide. Começou um inferno na vida da recém-casada, com a sogra xeretando na geladeira, nos armários e ligando para a família para fofocar. "Ela falava para meio mundo que minha casa era um chiqueiro, que o filho dela passava fome, que eu não lavava a roupa", lembra.

Para evitar que os atritos virem brigas mais sérias, os especialistas acreditam que o melhor a se fazer é convocar o marido para que ele imponha limites. "O papel do homem é crucial", diz a inglesa Terri. "Ele pode eliminar muitas dificuldades se assegurar para sua mãe que ela continua sendo parte importante da vida dele, que a ama e respeita, apesar de estar casado."

Há um ditado que diz que a casa da sogra não deve ser muito perto, para que ela não possa vir a pé nem muito longe, para que ela não precise fazer as malas. Pesquisas atestam esse dito. Uma dica para as futuras noras.

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Fonte: terra.com.br, 05/08/09

Outra Fonte: yahoo.minhavida.com.br/, 13/08/09

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A CRÔNICA

Taí um assunto que extrapola toda e qualquer análise séria, qualquer desejo de apaziguamento. Entrou para o anedotário diante das impossibilidades conciliatórias historicamente registradas e clinicamente comprovadas.

Se for considerar o meu caso é ainda pior. Sou genro (1ª vantagem de gênero), estou na 3ª sogra (2ª vantagem de experiência acumulada) e a minha mãe (que seria uma ótima sogra, garanto, não está mais aqui), mas não considero vantagem. E só conheceu a primeira nora, ainda assim antes de eu me casar. Portanto, estou mais que habilitado a fazer piada em vez de crônica.

O filhinho da mamãe (família muito religiosa) reclama à mãe a respeito da noiva, muito cética:

- Mamãe, ela disse que não acredita em inferno.

- Então, case-se com ela, meu filho que eu a farei acreditar.

Conversa entre duas amigas que há muito tempo não se viam:

- Como vão seus filhos, a Rosa e o Francisco?

-Ah, a Rosa casou-se muito bem. Você não imagina que o meu genro lhe leva café na cama todos os dias, é ele quem levanta as madrugadas para olhar o meu neto quando chora, divide todas as tarefas domésticas e só depois vai para o trabalho.

- E o Francisco?

- Casou-se também, mas muito mal. Imagine que ele tem que levar café na cama para a esposa, tem que levantar à noite para olhar o meu outro neto se ele chora, e ainda tem que ajudar a fazer a faxina e só depois disso sai para trabalhar e sustentar aquela preguiçosa da minha nora!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

PRIMAVERA

Eu costumo sonhar acordado também

E nas manhãs frias do inverno que já se vai

Sonho com a gentileza

Que de vez em quando acomete os homens

Fora das épocas festivas

Nesses tempos pouco amistosos

há tantos desejos que ficam só grudados na gente...

há muito de não vermos perpassarem emoções gratuitas.

Então, se um desconhecido lhe oferecer flores

Seja homem ou mulher

Não é um impulso com segundas intenções

Não precisa de desdém.

É a primavera deixando os corações mais delicados.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

ANTA CIBERNÉTICA


Esse título me chamou a atenção ao ler umas desculpas de uma blogueira. Chamou a atenção é eufemismo para o puxão de orelhas que senti A gente hoje vai comprar um computador e tudo o que o vendedor sabe dizer é tantos giga, tantos RAM, wireless... Ou seja, todos os recursos que o equipamento possui, mas ninguém sabe explicar como usar. E os manuais vêm com uma linguagem que só quem é especialista no assunto entende. E olha que já fiz cursos de DOS, Windows, Word, Excel e o escambau. Mas adiantou pouco.

É como aprender a dirigir num fusquinha e comprar um carro ultra moderno. A gente não esquece como se dirige, não esquece o controle de embreagem, não esquece as regras básicas do trânsito. Depois vem o carro novo, como retrovisor do lado direito, cambio automático, computador que controla injeção de combustível... Até aprender, é inevitável dar umas navalhadas no trânsito. Curso de informática a gente tem que fazer toda semana. Ou então deveria algum nerd ter a brilhante idéia de colocar um alerta na net nos programas mais usados universalmente para nos ensinar a manusear todas as novidades que aparecem. E como aparecem!

O bom da tecnologia é quando a gente a controla. Quando é ela que controla a gente, dá um medão danado. Lembro a primeira vez que dirigi um carro hidramático do meu patrão. Não tinha o pedal da embreagem. Cada vez que eu sentia a necessidade de passar uma marcha (desnecessária), pisava naquele pedalzão que era o freio e dava uma brecada no meio da rua. Não levei uma batida na traseira por pura sorte. E nem ia ter aquela desculpa de que quem bate na traseira está errado.

Ultimamente tenho me sentido assim com o computador. Eu não consigo dominá-lo. Me lembro do primeiro curso sobre windows que fiz e o rapaz começava as aulas assim: - Gente, o computador é uma máquina burra. Ele só faz aquilo que você lhe mandar. Quem é inteligente somos nós. Que arrogância do cara! Acho que ele se enganou redondamente. Pelo menos no meu caso!

Fui convidado para participar de alguns sites de literatura em que determinados procedimentos (que chamam de básicos) têm que ser formalmente cumpridos. Me enrolei todo, os textos não saíram publicados. Mandei e-mail achando que estava sendo censurado ou tinha desagradado com textos de baixíssima qualidade ( se bem que pode ser isso!).

As aulas de datilografia eram explicadinhas, gente! Eu conhecia um teclado da máquina de escrever como ninguém. Ai, que Saudades da Dona Ruth.1

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1 - D. Ruth foi minha professora de datilografia.

domingo, 20 de setembro de 2009

FAÇA VOCÊ MESMO

A quantidade de informações disponívies encurtando espaços, reduzindo tempo, aumentado o saber e a tolice, tornam a internet o paraíso e o inferno, dependendo de como se utiliza. Quem tem ou teve hábito de frequentar bibliotecas ou fazer pesquisas, se sentirá no céu. Quem ainda não se familiarizou pode ir para o inferno ou ficar no limbo, até achar um caminho, para cima ou para baixo, dependendo do gosto. Há de tudo em profusão e demasia para todos. A minha última sandice foi construir um significado para o meu nome de batismo a partir das dicas de um site com definições dos nomes próprios. Se você gosta de pesquisas sérias e outras nem tanto, vá lá. Dizem que o saber não ocupa lugar. Então sendo útil ou inútil não se aperreie, não pesa nada, nem dá drama de consciência por estar "perdendo" tempo com coisas fúteis.
O endereço está no final.

FAÇA VOCÊ MESMO(A) O SEU

SIGNIFICADO DO MEU NOME

JOSÉ – HOMEM QUE ACRESCENTA

CLÁUDIO – MANCO, COXO

ADÃO – HOMEM DA TERRA VERMELHA

Resumo. Sou um homem da terra de vermelha (também conhecido como pé de pomba), que acrescenta muito, mas devagar, pois sou manco.

(http://nomes.netsaber.com.br)

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

PROFISSÕES NOJENTEA, PROFISSÕES INEXPLICÁVEIS, PROFISSÕES INACEITÁVEIS


As 10 profissões mais "nojentas" do mundo

A NOTÍCIA

Nem o Listverse, site especializado em listas dos mais diversos assuntos, conseguiu decidir qual a profissão mais “nojenta” do mundo. Em 2007, a Pop Science, revista especializada em popularizar temas da ciência, tentou ajudar, lançando uma lista com as profissões mais “nojentas” da área. Abaixo você descobre quais são essas e outras famosas pelo mundo.

Mergulhador de esgoto
As grandes cidades não utilizam apenas máquinas para limpar seus bueiros e reatores nucleares. Em cidades do México e a da Índia, por exemplo, a profissão de mergulhador de esgoto chega a ser popular. O profissional pode ou não ser equipado com roupas especiais anticontaminação - tudo depende do lugar onde exerce a profissão. Entre suas tarefas principais estão o desentupimento, a limpeza de dejetos e lixo e retirada de animais das redes de esgoto.

Cheirador de aromas

Mais conhecido como "Fungier L'Odeour do Suvaquer", a profissão de cheirador de aromas surgiu na França, maior produtora de perfumes do mundo. Os "fungiers", como são chamados, são responsáveis por sentir o odor das axilas de cobaias reais após o uso de determinada fragrância e anotar suas características - durabilidade no corpo humano, por exemplo.

Esterilizador de elefantes
Eleita pela revista Pop Science como a terceira mais “nojenta” do mundo da ciência, a profissão inclui a limpeza completa dos testículos dos animais. Lembrando que cada órgão tem mais de 20cm de diâmetro e é protegido por várias camadas de pele e músculo.

Maquiador de Cadáver
Se maquiar uma pessoa viva pode parecer tarefa difícil, maquiar alguém que já morreu pode ser pior ainda. O profissional é responsável por melhorar a imagem do morto para a hora do velório e enterro. Os maquiadores de cadáver têm que limpar o rosto antes da maquiagem e muitas vezes reconstruí-lo - em casos de tiros no rosto, por exemplo.

Pesquisador de fezes de baleia
Por ficar na água, pouquíssimas vezes é possível encontrar os dejetos de uma baleia. É por isso que existem os “pesquisadores de fezes de baleia”. Eles são responsáveis por encontrá-las e estudá-las. A profissão também foi eleita uma das mais “nojentas” pela Pop Science.

Lixeiro
A profissão pode ser considerada “nojenta”, mas nem por isso desmerece quem a pratica. Os lixeiros são responsáveis por coletar os lixos das cidades e levá-los para os locais adequados. Apesar de utilizarem roupas adequadas, muitas vezes se deparam com restos de comida, fezes, órgãos humanos, etc.

Limpador de lutador de sumô
Em países da Ásia, essa profissão já não causa surpresa em ninguém. Os limpadores são responsáveis por limpar as partes mais íntimas dos lutadores que, devido à obesidade, não conseguem o fazer sozinhos.

Limpador de chiqueiro
Se o cheiro de um porco já é extremamente desagradável, imagina o cheiro de vários animais juntos? O limpador de chiqueiro tem que enfrentar o cheiro de vários porcos enquanto arruma o chiqueiro. Entre suas responsabilidades está a de limpar os dejetos - que se espalham por todo o local.

Limpador de peixe
Não basta apenas abrir o peixe. O limpador deve cortar e retirar todos os órgãos de dentro do animal antes de prepará-lo para a culinária. Apesar da água que lava o sangue e as sujeiras, o cheiro fica nas mãos, nas roupas e em todo o ambiente de trabalho.

Entomologista Forense
Através do estudo de larvas de insetos encontrados em cadáveres humanos, o profissional busca evidências associadas a data da morte e, as vezes, as circunstâncias de tal. O entomologista vive em contato direto com insetos e ácaros.

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Fonte: site Listverse, 5/08/09.

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A CRÔNICA

Têm umas coisas que são repugnantes, não deixando com isso de serem necessárias. Taí a lista para quem duvida. Se não fossem os asquerosos ratos, muitas das descobertas científicas na medicina não teriam se desenvolvido. Ou alguém preferiria que fôssemos nós mesmos as cobaias das pesquisas com vacinas e remédios?

Tudo o mais eu acho que é Deus. Refiro-me àquelas coisas inimagináveis, aparentemente sem explicação. Por exemplo: quem faz o baquelite? E o antimônio?

Tetê Espíndola, uma cantora lá do Mato Grosso, nasceu com todos os sons dos passarinhos na garganta e seu canto parece uma floresta em festa de manhã. Só que quem a orientou sobre o som com o respectivo nome de cada pássaro é um tal de ornitófilo.

Quem ensina ao maestro aqueles movimentos com a batuta? E os músicos sabem acompanhar direitinho aqueles tremeliques, que mais parecem um ataque epilético.

Sou curioso para saber o nome do profissional que cuida da sanidade e integridade emocional dos psicanalistas e psiquiatras.

Há uma médica inglesa (creio eu, solitária no mundo) que desistiu de prescrever dietas para obesidade e outras doenças causadas pela ingestão gulosa de alimentos e sedentarismo e outros pecados e resolveu apelar para dizer aos recém defuntos que eles poderiam ter vivido mais. A sua especialidade é estudar as vísceras de mortos e provar que eles poderiam ter vivido mais ou morrido de outras formas se alimentassem melhor e ou se seguissem os seus conselhos em vida. Ela mostrou um aparelho digestivo de um cadáver dizendo que ele não se alimentava de fibras por isso morreu entupido de gorduras, sais, etc. Só não há ainda nome para a sua profissão.

Agora, nojenta mesmo está se tornando uma atividade, que nem profissão era. Seu cargo já foi sacerdócio. Está nas câmaras de vereadores, nas assembléias legislativas, no congresso nacional, nas prefeituras, governos estaduais, governo federal.... Sem falar na justiça. A maioria dos seus ocupantes, a grande maioria.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

VIDA DE PEÃO - MOTEL


Modorrenta demais aquela vida. Trabalhar, casa; casa, trabalhar. De vez em quando levar a companheira para uma esticada em um barzinho da cidade ou ao clube que ficava em frente à sua casa e só. Resumia-se a isso a diversão daquele casal feito “Eduardo e Mônica” 1 às avessas. Ele gostava de uns papos-cabeça, ela nas aulinhas ainda para terminar o primeiro grau na escola pública.


Um dia resolveu fazer um afago diferente. Convidou-a para irem a um motel. E na capital. Era um acontecimento e tanto. As duas coisas. A viagem à capital e a aventura mágica, recheada de todo o clima romântico imaginável. Vieram no ônibus que saía às seis da manhã. Antes, gostariam de dar uns passeios bucólicos e gastronômicos. Passear no parque municipal, cartão de visitas obrigatório de todos que vêm do interior pela primeira vez e comer num restaurante bacana. Peão, quando bota um décimo terceiro salário no bolso e ainda não fez dívidas, segura que é um esbanjamento só.


Do centro pegaram um táxi rumo ao anel rodoviário. O seu entorno possui em todas as saídas para outros estados, motéis para todos os gostos e bolsos. Escolheu pela indicação do motorista do táxi, que estava acostumado a esse transporte de passageiros afoitos e inexperientes no assunto (claro que ganhava uma comissãozinha do motel onde levasse clientes). Mas não tinha problemas. O lugar era bom mesmo. Bonito que só vendo!


Deslumbramento total. Piscina, sauna, frigobar, hidromassagem, tv com filmes eróticos, música ambiente, cama redonda e espelho no teto. E, no cardápio, comidinhas para antes e depois do amor. Precisava mais em um ambiente poético moderno? Pois o meu amigo não deixava de tirar proveito de nada. Era um gole no uísque on the rocks, uma entradinha na sauna, um pulo na piscina. Liga a música, põe um filme, toma mais uma, pede um tira-gosto e ela esperando ansiosa, já devidamente ornamentada de lingerie de seda, arranjando uma posição que ficasse mais sensual diante daquela imensidão de espelhos. De vez em quando ele se lembrava e ia lá lhe dar um selinho, ou um beijinho na ponta do nariz. Uma cara de felicidade que mal cabia em seu rosto. E ela, lá, agora já chamando-o insistentemente para um encontro libertino. Desejava ardentemente encerrar aquela outra “lua de mel” com um inesquecível, memorável, inolvidável e prazeroso sexo com seu amado. Depois de tanta insistência e nada do amigo “comparecer”, ela apela aos seus brios:

- Como é, vai ficar aí só nessa regalia? Vem logo, não estou me aguentando! Ele tomou mais uma tragada generosa, olhou a tabela de preços, o tempo que ainda dispunham para permanecer sem pagar mais uma diária e disparou:

- Olha amor, vamos aproveitar tudo isso aqui bastante! Sexo a gente faz lá em casa, tá bom?

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1 Eduardo e Mônica são os personagens da música (de mesmo nome) de Renato Russo.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

BOMBANDO


O brasileiro, perde tudo mas não perde a piada. o balconista saiu com essa sobre o hipocondríaco que vai todos os dias à farmácia e lhe pergunta:

-Então, amigo, tem algum lançamento ai hoje?

O trio do momento: farmácias, academias e salões de beleza, em crescente disputa com o numero de bares na cidade. Estão bombando! Numa pesquisa de universo bem reduzido eu observei:

No bairro onde moro, a avenida principal tem 1200 m de extensão e possui:

- 12 salões de beleza

- 4 academias

- 5 farmácias

- 8 bares

OBS: O bairro é residencial.

Depois de um dia infernal, pressão no trabalho por prazos, metas e desempenho, vem a trânsito. Vem não, volta. Já teve a ida não menos irritante. Chegar em casa , o seu par também entupido de problemas, o dever escolar dos filhos, a televisão oferecendo o mundo em suaves parcelas, lhe tentando para o abismo da inadimplência, nada melhor do que tomar algo para relaxar, passar na farmácia e levar um remedinho inofensivo para dor de cabeça, uma pílula milagrosa do sono ou algo para emagrecimento em quatro semanas. Não sem antes dar uma ajeitadinha nos cabelos, unhas e depois malhar para tirar a culpa por ter ingerido tanta bebida e comida calórica, ou então para relaxar mesmo das tensões do dia a dia. Êh vida besta, quer dizer, êh vida boa, meus Deus!

domingo, 13 de setembro de 2009

INVENTORES

O meu irmão mais velho não era muito de brincar no meio de meninada. Ficava ali, no cantinho dele sempre com um semblante contemplativo ou mexendo em aparelhos velhos, desmontando, às vezes fabricando carrinhos de madeira ou patinetes feitas de tábuas velhas de caixotes de maçãs e tomates que ganhava do moço da feirinha. Tinha um futuro brilhante como inventor, se não fosse a megalomania e o hábito que os adultos têm de podar a imaginação criadora das crianças desde o nascedouro. É que ele queria construir um avião com latas e antigas telhas de zinco. Cortava tudo com as tesouras de costura de minha mãe e desmanchava a cobertura de uma área de tanque da casa, além de ocupar uma enorme área do quintal, espaço que era de plantas, varal, galinhas e brincadeiras. Meu pai lhe matou o intento, proibindo-o.


Eu, quando comecei a usar óculos, o oftalmologista me recomendou que o tirasse da cara somente em casos de extrema necessidade, como tomar banho e dormir. Acostumei-me tanto que quebrei uns oito em desastres diversos antes que fizesse a cirurgia salvadora da miopia (e essa não foi nenhuma invenção, apenas um avanço de técnicas médicas). Comecei a observar os limpadores de pára-brisas de carros e pensei: “ora, por que não inventar um limpador semelhante para óculos em dias de chuva.?” Fiz um mecanismo à pilha que ficou tão grande que não havia como levá-lo sem uma bolsa junto. Inviável, não consegui patrocinador. Quando tive meu primeiro carro, ficava pensando em como diminuir o sofrimento que a gente tem para trocar pneus e pensei num macaco hidráulico que fosse acionado de dentro do próprio carro sem ficar agachado fazendo força para suspender o veículo. Nessa eu me ferrei: não levei adiante a idéia e já li algo por ai que em breve os carros já vão sair da fábrica com esse mecanismo. A última foi numa choperia em que fui sócio. Fazia muitos pratos que levaram frango desfiado. Achava tudo tão delicioso com achava torturante desfiar o frango. Fiquei matutando uma ferramenta, um instrumento qualquer para facilitar o trabalho. Uma das sócias deixou o estabelecimento (era nutricionista) e foi ser empregada de uma grande rede de produtos alimentícios derivados de frango. Pode ser o cúmulo da coincidência, mas dois meses depois, a empresa lançou o produto industrializado aqui no mercado de Minas Gerais.


Estamos quase todos carecas de saber que Henry Ford inventou o automóvel, estamos carecas de saber que Santos Dumont inventou o avião (apesar dos protestos injustificados dos irmãos Wright). Está completando 50 anos que foi inventado o escorredor de arroz. E foi uma dentista paulista, Therezinha Beatriz Zorowich. A gente não se dá conta nem pára para pensar nisso, mas façamos uma pausinha só: tudo, tudo, do alfinete ao navio, do prendedor de roupas ao liquidificador, do barbeador ao sorvete, do abridor de garrafas à balança... tem por trás um inventor anônimo , não fez fama nenhuma mas tornou a nossa vida mais prática e mais saborosa. E a ele presto uma homenagem. Não é o seu dia nem eu estou querendo inventá-lo, se é que já não existe. Bem que podia aparecer alguém de quem jamais esqueceríamos o nome. O que inventasse algo que não nos deixasse carecas.


Sabe por que me lembrei disso tudo? Estava aqui ouvindo Geraldo Azevedo e ele cantava: “Quem inventou amor teve certamente inclinações musicais”.

sábado, 12 de setembro de 2009

LER FAZ DIFERENÇA?

Faleceu o Escritor Antônio Olinto. Teólogo, filósofo, ensaísta, tradutor, professor de latim, português, história, jornalista e crítico de arte. Sua obra principal é composta de mais de 20 livros de poesia e romances e está traduzida em mais de 35 idiomas. A ele deixo a minha sincera homenagem e agradecimento. Conheci muito pouco de sua obra, mas esse pouco fui de muita valia e prazer, claro.


Ele, durante muitos anos foi adido cultural em várias embaixadas do Brasil na África e Europa. Um dia, caminhando em uma praia em um país europeu ele conversava com um rapaz desconhecido e este lhe falava que o nome de sua rua era Leblon. Perguntou ao rapaz se conhecia o Brasil, ao que ele respondeu ter conhecido o nome através de uma obra de um escritor chamado Antônio Olindo, muito lido naquele país. Era uma homenagem que os habitantes fizeram ao tão admirado escritor por aquelas paragens.


Esse depoimento eu li numa entrevista com o escritor há muito tempo, onde ele afirmava também que o brasileiro lia muito pouco. Nessa mesma entrevista ele afirmou que, de acordo com seus estudos linguísticos, Shakspeare, possuia um “estoque” vocabular de cerca de 16.000 palavras. Machado de Assis, em torno de 12.000. Ele, Antônio Olinto, mais ou menos 8.000. O cidadão americano médio, (que muitos consideram que são leitores, cerca de 1.000). Já os brasileiros era em torno de 200 palavras que habitavam o cotidiano de seu vocabulário. O ano da entrevista foi 1997, ano em que ele foi eleito para a ABL.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

ATITUDES

O menino tinha seis anos e seu pai fora combater na 2ª guerra. Alemão ou austríaco, não me lembro. Deu a ele um tambor, antes da partida. Sua mãe transformou a casa em um bordel freqüentado por bêbados e milionários que não foram convocados ao combate. A atitude de desagrado dele (já que ninguém lhe dava ouvidos) era um batido característico em seu tambor e um grito tão estridente que chegava a quebrar vidros de janelas e utensílios pela casa. Resolveu que não queria mais crescer em protesto diante da situação surreal em que se transformou a sua vida.


Esse é o tema de um filme chamado O Tambor, que tive a grata felicidade de assistir há muito tempo e a infelicidade de nunca mais encontrá-lo em nenhum lugar, pois é daqueles que vale a pena ver muitas vezes.


As atitudes que tomamos ao longo da vida sejam surdas, mudas, sejam ruidosas, são necessárias tanto quanto respirar e alimentar. Momentos há em que a atitude funciona na base da ação e reação. Respondemos a um ataque ou a um estímulo qualquer com determinada atitude. Se conveniente ou não, só vamos saber depois do ato. Essa é a nossa parte instintiva, talvez. A nossa garantia de tentar a sobrevivência.


Por outro lado, há, no meu entender, as mais louváveis, que são as atitudes prévias ou planejadas, aquelas que denotam uma maturidade diante da vida. Não que seja necessário estarmos sempre na estressante missão de antecipar as coisas ou antever fatos e agir preventivamente. Mas, a partir do pensamento podemos nos prevenir de muito fato desagradável, ou brindarmos nosso dia posterior com fatos positivos. Exemplos? Milhões! Quem já não se pegou dizendo: - Puxa vida, se eu tivesse feito isso ou aquilo... Melhor pecar por excesso (de zelo). A omissão é mãe dos flagelos, dos aproveitadores e outros agentes causadores de sofrimento.


Tem umas comparações que a princípio podem parecer esdrúxulas, mas valem por alguma lição. Alguém já reparou em um balancete contábil, os termos usados no seu planejamento ou elaboração que retratam o cotidiano de uma empresa ou organização? Tem lá uns itens interessantes. As tais provisões: Reservas para os gastos previstos e os não previstos. Relacionam-se a precauções. Depois, no fechamento, vêm itens realizados e não realizados, com o respectivo resultado, positivo ou negativo indicando ao dono ou sócios com agir na próxima vez. Se vão ter sobras para gastar a bel prazer, se vão ter que reduzir gastos ou aumentar vendas e por aí afora.


A vida não é uma contabilidade, só precisa de um balanço de vez em quando.


quarta-feira, 9 de setembro de 2009

CARTAS QUE NÃO ENVIEI

Publicado originalmente no site http://duelosliterarios.blogspot.com



Eu gostaria que você sentisse imensamente essa carta como as escritas a mão. Há hoje tantas maneiras de dizer as coisas que se quer, que a caneta está sendo usada quase somente para as primeiras letras da alfabetização de escolas públicas ou para assinaturas em cheques. E mesmo esses meios já vão se tornar obsoletos já-já. O governo tem prometido colocar computadores em todas as escolas. Um tal “programa um computador por aluno”. E quanto às assinaturas, já há as digitais. Só falta os estabelecimentos aderirem. E então, a antiga pena, a shaffer, a montblanc e a indispensável bic estarão banidas à lembrança. Como os carteiros estão ficando.


Já não se escrevem mais cartas. Não da forma mais romântica que há para dizer “saudade de você”, “eu te amo”, “mande notícias pelo correio”. Eu não sei se você sente como eu uma diferença fria entre abrir um e-mail e rasgar um envelope depois de ter visto a letra no destinatário e remetente. Ali a carta já começa a me dizer alguma coisa. Há pessoalidade, há intimidade. Dizia o Milton que “qualquer maneira de amor vale a pena”, mas umas formas são tão portadoras que valem mais a pena. O adiamento das coisas em cumprimento à sina do tempo é a palavra saudade exercida em sua plenitude mais bonita. Tem graça eu falar tanto de sua falta e sem que ouça a minha voz, sem que espere o tempo de ir à caixa de correio, sem abraçar o papel da carta depois de lido o conteúdo? Esses afagos tão caros ao coração, modernidade nenhuma é capaz de subtrair de nós. Que outra forma é aceitável de se sentir amada por mim se não estamos perto? Há calor em meio eletrônico? Há desespero maior do que uma webcam com uma imagem que a mão não alcança? Que o beijo não refresca na tela?


A virtualidade só pode ser aplacada pelo papel de carta em cuja tinta escorreu amor junto com as palavras. Em caso extremo sou capaz de lhe mandar uma lágrima manchando a folha. E você poderá levá-la em sua bolsa, para o quarto, para o banheiro, dormir com ela sob o travesseiro ou ao seu lado. Tem calor essa lembrança.


Bom, também chega de comparações, senão fugimos do objetivo mais grandioso que é nunca esquecermos o nosso amor, independente de suas manifestações antigas ou modernas. Não deixarmos de nos amar será a modernidade eterna, onde quer que estejamos.

Vou lá correndo postar com um selinho bem bacana. O correio fecha às cinco. E vou contando as horas em forma de empurrão para ver se adianto o fim de semana de poder te ver de pertinho. Aí sim, entre beijos, abraços, carinhos profusos, seremos uma carta a quatro mãos dadas. Enquanto isso, repito aquela frase que é o sinal da sua ausência em mim: sem você o vazio tem hora marcada em meu coração.


Cacá

domingo, 6 de setembro de 2009

GLOSSÁRIO DA HORA

A língua sempre foi dinâmica. Os antropofagismos culturais ou aculturações sempre estiverem presentes no falar cotidiano. De uns tempos para cá, na mesma velocidade do vácuo que nos ronda, as expressões entram e desaparecem um átimo. Perdem a validade junto com seus criadores, de tanto significado que ambos possuem. Por isso, resolvi criar um glossário para que possamos nos ajudar a entender uma coisas e não confundir quando lhe disserem , por exemplo:

- Cara, você é irado! Não vá achar que é nervoso, muito antes pelo contrário.


Relações conjugais desfeitas;

Sai: incompatibilidade de gênios

Entra: conflito de perfis


Gírias

Sai: falô, bicho!

Entra: valeu, véi!


Sai: entendeu?

Entra: tá ligado?


Sai: que legal!

Entra: irado, véi!


Sai: os meninos, as meninas.

Entra: “os mano”, “as mina”.


Sai: sai fora, zarpa.

Entra: Vaza!


Sai: bam-bam-bam.

Entra: “o cara”


Namoro:

Sai: Paquerar

Entra: namorar

DEPOIS: azarar

POUCO DEPOIS: ficar

MUITO POUCO DEPOIS: beijar na boca


criatividade (ou falta ) nas artes em geral:

Sai: novidade, lançamento

Entra: remake, repaginado, acústico


Lazer noturno

Sai: baile, festa;

Entra: balada, Rave.


Mundo do trabalho:

Sai: empregado

Entra: colaborador


Sai: puxa-saco (não oficializado)

Entra: multiplicador (oficializado)


Coluna social

Sai: 15 minutos de fama;

Entra: Celebridade


Moda:

Sai: na onda

Entra: fashion


Sai: atitude própria

Entre: customizado


Fora de moda:

Sai: démodé

Entra: out


Tá ligado, vei? Então anota aí que a fila anda, valeu?

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