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terça-feira, maio 05, 2009

O que não sou e o quanto sou feliz mesmo não sendo

Posso não ganhar muito bem, nem ter certeza do curso que eu quero terminar na universidade já que faço dois concumitantemente. Posso não ter ido à Alemanha como planejado, não ter mudado de cidade, não conseguir deixar o cabelo crescer, nem fazê-lo ficar liso e de uma cor só. Posso não ter formado a mulher que sonhei ser, posso não ter mudado como queria, mesmo cometendo alguns mesmos erros, mesmo amando o que não deve ser amado, querendo o que não deve ser querido. Mesmo não sendo, ainda sou. Existo. Mesmo que não realizando todos os meus sonhos de menina.
Ontem rodopiando com amigos tão amados "ao som de uma banda qualquer", tá bom, da Banda Naurea que eu já estou cansada de ouvir, eu lembrei de tudo isso, tudo que não sou, do que não fiz, do que quis e não tive. E ao mesmo tempo pensei em tudo que tenho, o que construí, o que formei, o que mudei - as vezes naturalmente, as vezes sangrando a carne-, lembrei do que não sou mais, e principalmente e esse me deu um prazer enorme: o que eu não quero ser. O que felizmente não me tornei.
Onde e como sou feliz. E como eu-nós-o-povo-todo, como somos felizes simplesmente deixando-nos ser.

quarta-feira, março 18, 2009

Tanto querer...

Será que as pessoas reconhecem nos meus olhos os meus quereres???

Tenho dificuldade de reconhecer os quereres dos outros nos olhos por aí. Não sei até que ponto luto pelas coisas... Luto sim, sei que luto, só que hoje não estou acreditando tanto assim nesse empenho...

---> comecei esse post ontem <--

Hoje estou bem, fui visitar pessoas e me encontrar nelas um pouco, deu uma revitalizada boa, depois sai com um dos meus ex-namorados-músicos (um guitarrista) e ri muito. Ri de nostalgia. Ri de palhaçadas. Ri de bebedeira. Ri de desespero algumas vezes. E ele me trouxe em casa, conversamos sobre a nova faculdade dele e planos, e eu não estava com a menor vontade de falar sobre essas coisas, mas falei, falei pensando em tantas outras possibilidades de conversas. Estava mesmo precisando falar ontem.
E acabei ouvindo muito. Eu não reconhecia em mim essa capacidade para ouvir. E agora faço achando que foi a coisa que mais fiz na vida. Essa psicologia tem mudado minha cabeça. E depois, ontem foi bom pra matar a saudades de encontros em barzinhos sem hora pra voltar. voltar pra casa. voltar pra vida. voltar pra falta de certezas/ou para certezas. Isso sempre é difícil.
Voltei equilibrando-me na ponta dos pés tentando não magoar os calos da vida. Abracei pessoas na intenção de roubar algumas certezas e paz. Comi. Lavei os pés, o rosto. Deitei. E permaneci um bom tempo acordada rodopiando o quarto deitada na minha cama. Mesmo sem ter bebido demais, mesmo sem ter fumado demais. E ter querido tantas coisas...