No momento,
pode parecer que eu não sinto mais nada.
Mas acredite, ainda existe.
Só que tudo hoje é diferente
estamos evoluindo,
o meu coração e eu.
E isso pode levar um tempo...
Será que aquela paciência ainda existe?
Dedique-me esse tempo.
Nada mais justo,
essa paixão madura me assusta,
esse ritmo...
Ainda não aprendi,
ainda não conseguimos entrar no compasso.
Pobre coração descompaçado;
que não consegue bater no ritmo certo,
no ritmo que esse amor exige.
Pobre coração exausto,
de tanto que corre para acompanhar;
de tanto que chora pra comover;
pobre de mim ora bolas!
que testemunho todos os tropeços;
que sofro assistindo meu coração inseguro sangrar de medo,
de tanto que se espreme pra se esconder.
E fica tão pequenininho,
que acaba se perdendo na grande caixa,
entre entranhas, músculos e sonhos.
Bobo, bobo...
Vive a sonhar:
com um daqueles beijos;
com um novo toque;
com novos suspiros e frenesi.
Adoraria vê-lo lúcido.
Adoraria vê-lo inteiro também.
Não, não precisa bater no ritmo certo,
nem acompanhar o compasso.
Deixe-me apenas senti-lo.
No momento até pode parecer que ele deixou de existir,
mas acredite ele ainda existe.
Só que tudo hoje é diferente.
Estamos procurando espaço para expandir aqui dentro,
meu coração e eu.