De novo. Acordo com marteladas na cabeça sempre do fundo pra frente, do pescoço pra testa. Não, sinceramente não lembro si contratei alguém pra consertar essa máquina maluca. Ela deu pra isso agora pane! Ai!!! Outra pontada, e o mundo gira e por instantes eu esqueço como é que se fazer pra respirar, e todas as frases da parede do meu quarto começam a se misturar, perdem o senti, perco o chão e tudo vira abismo. Ainda bem que tudo isso dura menos que um minuto, por que acho que no dia que durar mais eu estou fudida #%@!
Bom dia! Só si for pra você né? Por que pra mim o castigo vai ser longo uma 24 horas pelo menos.
Essa droga aparece sempre do nada, às vezes por causa da L.E.R., outras vezes vem acompanhada com a velha enxaqueca crônica, fazendo festinha na minha cabeça lotada. Ando comendo mal, dormindo mal, pensando muito (cabeça cheia). E daí nunca fui regradinha pra comer mesmo, dormir meu Deus?! Não lembro a primeira vez que dormir pra mim foi fácil.
Tenho medo de dormir e não acordar nunca mais, medo de me perder dentro da cachola, medo de vagar por ai e esquecer onde deixei meu corpo. Meu corpo, minha testa grande; minha mancha escura do lado esquerdo do rosto, que só dá pra ver de vez em quando; meu pneuzinho que não some apesar do incentivo; meu cabelo de bolinha; minhas curvas mal projetadas; meu pé chato; meu pescoço curto. Sim o meu corpo, que muitas vezes abominei como morada. Ainda sim, não cogito a possibilidade de perdê-lo.
Perder-me talvez seja a solução dos meus problemas, porém pra mim as coisas não funcionam assim tenho cede de certezas, “sou sincera demais comigo”, preciso saber que não devo certezas; palavras... a ninguém, inclusive a mim mesma. Dormir pra mim é gratificação de dever cumprido, encostar a cabeça no travesseiro é meta.
Deitar hoje na cama encostar a cabeça no travesseiro e colocar a britadeira que anda fazendo estrago aqui dentro de lado, pensar em coisas boas e achar que ando atingindo minhas próprias expectativas, conseguir fechar o olho e espantar todos os monstros pra mim é um sonho.
Pois é ultimamente só sonho assim acordada!
domingo, outubro 29, 2006
quinta-feira, outubro 26, 2006
Uma oração Celta...
Jamais permita...
Jamais permita que algum homem a escravize.
Você nasceu livre para amar, e não para ser escrava.
Jamais permita que o seu coração sofra em nome do amor. Amar é um ato de felicidade, por que sofrer?
Jamais permita que seus olhos derramem lágrimas por alguém que nunca fará você sorrir!
Jamais permita que o uso de seu próprio corpo seja cerceado. Saiba que o corpo é a moradia do espírito, por que mantê-lo aprisionado?
Jamais se permita ficar horas esperando por alguém que nunca virá mesmo tendo prometido!
Jamais permita que o seu tempo seja desperdiçado com alguém que nunca terá tempo para você!
Jamais permita ouvir gritos em seus ouvidos. O Amor é o único que pode falar mais alto!
Jamais permita que paixões desenfreadas transportem você de um mundo real para outro que nunca existiu!
Jamais permita que os outros sonhos se misturem aos seus, fazendo-os virar um grande pesadelo!
Jamais acredite que alguém possa voltar quando nunca esteve presente!
Jamais permita que seu útero gere um filho que nunca terá um pai!
Jamais permita viver na dependência de um homem como se você tivesse nascido inválida!
Jamais se ponha linda e maravilhosa a fim de esperar por um homem que não tenha olhos para admirá-la!
O que eu estou querendo dizer com isso? Não sei...
quarta-feira, outubro 18, 2006
** Ridículo! **
As vezes eu passo horas da madrugada na frente do computador, a insônia e o medo de dormir sozinha incentivam. Fico aqui calejando a bunda, cometendo alguns crimes, roubando um pouco de cada pessoa interessante que me oferece via internet e sem me conhecer, um pouco da vida que um dia eu quis, porém a falta de tempo e de oportunidades me privou, e até um pouco da vida que eu nunca quis viver mais que me parece tão real, tal menos cruel e até mais genial que a minha.
Então fico aqui lendo blogs inteiros de pessoas surpreendentes que vivem a milhões de quilômetros e que além da distância nem me conhecem, e ainda sim me proporcionam a experiência maravilhosa de me encontrar. Não sou genial como muitas dessas pessoas e, com certeza se algumas aparecessem por aqui, acharia o meu blog e a minha vida altamente desinteressante, apesar de eu gostar muito de boa parte dela.
Prefiro continuar assim, anônima, como mais um número no contador de visita de todos os blogs, visualizando perfis do orkut, comparando-me, igualando-me e enchendo minha cabeça de frustrações e metas. No fundo, eu sei exatamente porque desisti de fazer jornalismo e não foi só falta de grana não, foi também falta de confiança, assim como não divulgo o endereço desse blog por falta de confiança, sei o que acontece quando entro num blog sem graça, num perfil sem graça, lanço mão do alt + F4 sem olhar pra trás. De vida sem graça basta a minha, eu na verdade também acho que isso é só neura da minha parte, minha vida é divertida sim, mas não como a vida do vizinho, não tenho jardim, porém si tivesse teria sim que ser melhor que o do vizinho.
Quero me achar em algum lugar, mas na verdade acabo me perdendo, isso também é divertido me encontrar, quando desligo o computador, levanto da cadeira, ligo a luz (dormir de luz apagada nunca!) e deito na minha cama onde dormi desde de que me entendo por gente, olho pra janela e lembro quem sou e durmo pra acordar novamente achando que o que sou não é suficiente.
Então fico aqui lendo blogs inteiros de pessoas surpreendentes que vivem a milhões de quilômetros e que além da distância nem me conhecem, e ainda sim me proporcionam a experiência maravilhosa de me encontrar. Não sou genial como muitas dessas pessoas e, com certeza se algumas aparecessem por aqui, acharia o meu blog e a minha vida altamente desinteressante, apesar de eu gostar muito de boa parte dela.
Prefiro continuar assim, anônima, como mais um número no contador de visita de todos os blogs, visualizando perfis do orkut, comparando-me, igualando-me e enchendo minha cabeça de frustrações e metas. No fundo, eu sei exatamente porque desisti de fazer jornalismo e não foi só falta de grana não, foi também falta de confiança, assim como não divulgo o endereço desse blog por falta de confiança, sei o que acontece quando entro num blog sem graça, num perfil sem graça, lanço mão do alt + F4 sem olhar pra trás. De vida sem graça basta a minha, eu na verdade também acho que isso é só neura da minha parte, minha vida é divertida sim, mas não como a vida do vizinho, não tenho jardim, porém si tivesse teria sim que ser melhor que o do vizinho.
Quero me achar em algum lugar, mas na verdade acabo me perdendo, isso também é divertido me encontrar, quando desligo o computador, levanto da cadeira, ligo a luz (dormir de luz apagada nunca!) e deito na minha cama onde dormi desde de que me entendo por gente, olho pra janela e lembro quem sou e durmo pra acordar novamente achando que o que sou não é suficiente.
segunda-feira, outubro 16, 2006
O Amor faz bem, e como faz!
No dia quatorze desse mês ou seja sábado, completamos (meu amor e eu) 1 ano de muito amor, de paixão, de companherismos, dedicação e gargalhadas. Apesar da falta de grana, de ter q acordar cedo pra levar minha irmã no aeroporto, de todos os problemas financeiros que rodopiavam na minha cabeça, posto hoje porque a comemoração se estendeu e não valia a pena sair de lá pra vim aqui homenagear esse grande dia e perdê-lo.
Sim, com certeza foi um grande dia! Concretizei muita coisa durante esse período, concretizei muita coisa no dia que esse período chegou ao fim. Superei e supero um trauma por dia, aceito e confio em muitas coisas que antes nem daria ouvidos. Hoje acredito que o amor é baseado na verdade sim. No EU TE AMO! sincero, nas declarações de amor inesperadas, nos dias e nas noites, principalmente nas tardes.
Hoje especialmente hoje, me sinto grande, vou além de 1,53cm sou o mundo todo, sou amada com o amor do mundo inteiro. Amada só não, desejada, bonita e as vezes até gostosa porque não? Sou de um outro alguém além de mim, e isso não me encomoda, muito pelo contrário me envaidece. Sou boa no que faço e até acho que nasci pra isso, sou a melhor para alguém, a única!
Realmente hoje deixei a módestia lá no quarto, no meu quarto, na minha cama, na nossa cama né amor? Melhor do que a vida está hoje, só se o dinheiro não faltasse, se os planos fossem agendados, se eu conseguisse o dinheiro e a maldita vaga pra fazer o curso no Rio de Janeiro. No mais a vida anda perfeita, porque quem ama vê perfeição em tudo!
Passei por cima de muita coisa muito dolorosa pra mim, depois daquela engasgada confesso, não sou mais a mesma e estou amando isso! Essa segurança chegou na hora certa, até que enfim chegou o meu tempo, a hora de deixar de ser falsamente feliz com as farras, vinhos e paixões que possuiam a profundidade de uma poça! Chegou o grande dia de dizer, ufa! Um homem, um grande homem na minha vida p'reu amar, possuir, desejar, satisfazer, enlouquecer e dormir do lado, um homem que é muito mais do que eu pedi todos os dias antes de dormir, o homem que ri das minhas piadas idiotas, que viaja nas minhas idéias malucas, que me vê fazendo careta e ainda sim diz: "você é linda sabia?", o homem que sonha os meus sonhos, que me satisfaz SEMPRE, que come da minha comida que tem a foto do meu irmãozinho na carteira, o homem que faz esse meu irmão descer a ladeira pra ganhar um passeio na cacunda!, o único cara que sabe o grande segredo do meu irmão ( ele é o homem aranha, mas só contou pra ele), e finalmente o homem que faz a minha vida cada vez mais feliz.
Não sou ainda a mulher que sempre quis ser, e confesso que mudei muito e hoje algumas coisa não me agradam mais, porém confesso que a mulher que sou atualmente me fascina, ainda me assusto quando me questiono "como pode o amor da minha vida aparecer jusot na minha vida?" Mas e daí? Se esse é o homem que sonha comigo, se é ele que deita na minha cama e me chama de sua mulher, se ele é que me fazer ver o céu cheio de estrelas, que me faz acreditar na vida e no meu potencial, que apoia a minha liberdade e não interessa quantos selinhos eu distribua entre os amigos, nenhum deles se parece com o nosso beijo nem de longe, porque o nosso beijo é só nosso, o nosso beijo é só pra você!
Sim existem muitas coisas que me fazem achar que não vai dar certo, sim existem coisas que atrapalham e até retardam a felicidade plena, e é isso que me faz querê-lo ainda mais, cada vez mais perto, na minha cabeça, na vida, na minha casa, junto ao meu corpo entre as minhas pernas e por muito, muito, muito tempo na minha vida.
**Porque eu só sei amar assim por inteiro**
sexta-feira, outubro 06, 2006
Altamente cultural!!!
Pois é, hoje falarei sobre meu trabalho. Como muitos sabem sou transcritora braille*(que diabos é isso?).Transcritor é aquele que reproduz textos ou até imagem em um outro sistema de códigos, no meu caso o braille!É muito mais que traduzir como alguns pensam, o transcritor braille vê, sente, percebe e depois decodifica ao cego. Ambos, tanto o deficiente visual quanto o transcritor vêem a mesma coisa o que muda é o código. Por isso o transcritor é tão importante, é ele que capta a essência, os fonemas os números e sinais e representa numa outra forma, mais compreensível. (no meu caso o braille).
Poderia falar muito sobre como o sistema braille foi criado, e quem o criou, mas aqui não (si você se interessou procure na internet Louis Braille) vou decodificar em palavras, através do visual o que é o braille, o que o cego vê!Através de combinações de pontos o deficiente visual pode ler um livro fazer um cálculo e até ver uma figura porquê não?O braille é comunicação pura é a maneira de acesso mais real utilizada pelos cegos para conhecer o mundo. Descrever com palavras não chega aos pés de disponibilizar pontos que juntos formam a figura em questão. Aquela diferença fundamental: "uma coisa é alguém falar outra é você ver".
O braille realmente é uma linguagem complexa, que exige atenção e criatividade e PRINCIPALMETE (ao meu ver óbvio!), necessita de sensibilidade. Transcrever braille vai além do visual, tem de haver um elo entre o transcritor que vê e a essência do transcritor que percebe, e isso as vezes é muito difícil.Os livros didáticos brasileiros não ajudam a vida do deficiente visual, muito pelo contrário até dificulta. O sistema acadêmico também, e é ai que o transcritor entra, é ai que eu entro. Sou responsável e até coadjuvante do aprendizado dessa pessoa corajosa e guerreira, que trava todo dia uma batalha diferente com a educação "inclusiva brasileira" e suas dificuldades.E essa pra mim é uma oportunidade e tanto!
* somente os cegos podem tocar as palavras *
P.S. texto postado no fotolog anteriormente.
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