Bom Crioulo

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Bom Crioulo

Adolfo Caminha

Adolfo Caminha
Adolfo Caminha foi um dos grandes
escritores da escola naturalista e
realista da literatura brasileira.
Conhecido
pela
oposio
ao
romantismo e ao sentimentalismo, e
pela abordagem de temas que
chocavam a sociedade da poca de
1895.

Adolfo Caminha Naturalismo Realismo


Caracterstica do Naturalismo
* Retratao da sociedade de forma bem
objetiva.

Preferncias por temas como:


* Misria;
* Adultrios;
* Crimes;
* Problemas sociais.
Procura apresentar as questes de
podrido do mundo sem se
preocupar com o pblico.

Tentativa de reforma da sociedade.


Esta escola literria completamente
oposta a escola literria anterior,
chamada de escola literria romntica ou
Romantismo.
Na aula anterior, vimos no livro Lucola
de Jos de Alencar, o amor ideal. Apesar
das dificuldades da protagonista Lcia, o
amor perfeito e ideal permanece.

J no Realismo e no Naturalismo, no
encontramos o amor ideal, nem a
perfeio. Encontramos os problemas
sociais sendo apresentados de forma
chocante para a sociedade da poca
de 1895, que no aceitava a
exposio desses problemas, nas
obras literrias.

Resumo da obra
Observando o mar juntamente com os
marinheiros, l estava Amaro, negro
forte, ex-escravo, muito temido pelos
marinheiros.
Entrara na marinha, e estava feliz,
pois,realizara um grande sonho, de
estar naquele lugar.

No navio, tambm existia Aleixo, um


marinheiro formoso loiro e de olhos
azuis.
Amaro quando o viu, logo se encantou
e protegeu o rapaz com muita
amizade.

Mas Amaro queria muito mais que


uma amizade, pois o mesmo
desejava Aleixo como um homem
deseja uma mulher.

Com o passar do tempo, os dois criaram


um lao de amizade. Quando desceram
do navio no Rio de Janeiro, Amaro
esperava que Aleixo desembarcasse na
rua da Misericrdia, onde l morava
Dona Carolina, conhecida de Amaro, que
tinha penso na cidade, e costumava
alugar quartos.

Alugaram um quarto, e ali viviam


como amantes. Amaro costumava
tratar Aleixo como escravo a ponto
de satisfaz-lo.

Amaro chamado novamente para uma


nova embarcao. Ento decide ir,
esperando voltar para que ele e Aleixo se
encontrassem no mesmo lugar.
Um dia Aleixo desembarcou, mas Amaro
no conseguiu desembarcar ao mesmo
tempo.
Ento, deitado na cama, pensando em
encontrar um outro homem, aparece Dona
Carolina, por quem o mesmo tem muito
pudor.

Dona Carlina faz questo de se insinuar


para Aleixo, e o mesmo cai em sua
seduo.Foi ali que ele tem contato com a
primeira mulher em sua vida.
Quando Amaro chega,no encontra mais
Aleixo.

Ento, decide o largar e arrumar uma mulher.


Amaro embebeda-se, e acaba entrando em uma
briga onde leva 150 chibatadas.
Amaro vai para o hospital, onde ali, fica dias
internado, sentindo saudades de Aleixo e com
muito cimes.

Amaro consegue enviar uma carta a Aleixo, mas


Dona Carolina acaba rasgando, pois o medo que
a mesma sentia era imenso.
Carolina acabou por contar a Aleixo, e o mesmo
cogita visitar Amaro no hospital, mas a mulher
convence-o a no fazer isso.

Essa sensao de abandono faz com


que Amaro sinta mais raiva de Aleixo.
Amaro ento descobre que Aleixo o
trocara por uma mulher.
Amaro mais do que nunca quer ter com
Aleixo, para tambm causar-lhe dor.
Decide ento, fugir do hospital e
consegue uma carona que o leva at a
rua da Misericrdia.

Quando Amaro chega, v Aleixo saindo pela


rua, e logo, o pega com fria chamando-o de
safado e culpando Aleixo pelo estado em que
se encontrava. Aleixo acovarda-se.

Dona Carolina, acaba vendo o corpo frgil e


ensanguentado de Aleixo cair no cho,morto
a navalhadas e o negro vai descendo a rua.

Qual a crtica contida na obra.


Crtica radical a sociedade brasileira
escravista e agrria.

Incio do sculo XIX, o Brasil passa por


diversas transformaes. D. Pedro II
conquista a maioridade penal, com
apenas 14 anos.
Neste sculo a Inglaterra exige que o
Brasil acabe com o trfico de escravos.

Ocorre tambm a chamada lei Euzbio


de Queiroz que extingue o trfico de
escravos no Brasil.

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