O Trabalho Alienado II

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O Trabalho Alienado

(Karl Marx)

Segundo Karl Marx, quanto mais o operrio produz, menos ele custa para a economia e conseqentemente mais ele Se desvaloriza, chegando ao ponto de se tornar uma mercadoria do capitalismo; este visaaria somente o lucro e geraria a ?sede de riquezas e a guerra entre cobias, a concorrncia?. Quanto mais o operrio produzir, mais ele esta valorizando o mundo das coisas e desvalorizando o mundo dos homens, tornando-se tanto mais pobre quanto mais riquezas ele produzir. O operrio recebe primeiro o trabalho, e depois o meio de subsistncia, sendo em primeiro lugar operrio e depois pessoa fsica,tornando-o assim escravo de seu prprio trabalho. ?A Economia Poltica esconde a alienao na essncia do trabalho porque ela no considera a relao direta entre o operrio (trabalho) e a produo. certo que o trabalho produz maravilhas para os ricos e a privao para o operrio?. O trabalho transforma o operrio numa mquina que no consegue afirmar-se e no se sente vontade, um infeliz. O operrio no desempenha uma atividade fsica e intelectual livre, mas mortifica seu corpo e arruna seu esprito.O carter hostil do trabalho manifesta-se nitidamente no fato de que seno houver coao fsica ou qualquer uma outra, o operrio foge do trabalho como uma peste. O homem no se sente mais livremente ativo seno em suas funes animais, transformando-se bestial. Sua vida perde o sentido, pois o homem passa a fazer de sua prpria vida simplesmente um meio de subsistncia, invertendo com isso a relao que teria com o trabalho, desta forma o trabalho alienado termina por alienar do homem seu prprio gnero. Marx chega a seguinte concluso: se o produto do trabalho alienado do trabalhador, por ser algo exterior a ele, a ponto de no lhe pertencer, deve ser ento propriedade de outro, que no evidentemente quem o produziu, nem os deuses e muito menos a natureza, como pensavam os antigos, ento logicamente deve ser outro homem que tomou dele aquilo que deveria lhe pertencer. Com isto esto fundadas as bases para a explorao de um homem por outro. O excedente do trabalho alienado termina por dar incio ao acmulo de riquezas e conseqentemente, o surgimento da propriedade privada. Marx diz haver uma identidade entre a propriedade privada e o salrio, e nem mesmo a sugesto de Phoudhon da criao de um salrio igual para todos resolveria o problema da alienao no trabalho, simplesmente universalizaria a relao do homem com o trabalho, mantendo o salrio e a propriedade privada como conseqncias do trabalho alienado. Trabalho alienado O trabalho alienado tem um sentido negativo em que o trabalho, ao invs de realizar o homem, o escraviza; ao invs de humaniz-lo, o desumaniza. O homem troca o verbo SER pelo TER: sua vida passa a medir-se pelo que ele possui, no pelo que ele . Isso parece familiar? Pois , vamos ver os detalhes. O que trabalho alienado O trabalho alienado tem um sentido negativo em que o trabalho, ao invs de realizar o homem, o escraviza; ao invs de humaniz-lo, o desumaniza. O homem troca o verbo SER pelo TER: sua vida passa a medir-se pelo que ele possui, no pelo que ele . Isso parece familiar? Pois , vamos ver os detalhes. A alienao econmica. A alienao econmica pode ser descrita de duas formas: a) o trabalho como atividade fragmentada; e, b) o trabalho como produto apropriado por outros. Tempos modernos No primeiro caso, (o trabalho como atividade fragmentada) a separao do trabalho, em todas as suas instncias, aliena o trabalhador, que no se reconhece mais em uma atividade - porque ele faz apenas uma pea de um carro em uma escala produtiva e no tem a viso do conjunto, por

exemplo - e porque acaba desenvolvendo apenas uma de suas habilidades, seja braal ou intelectual, provocando, com isso tambm, uma diviso social. Essa diviso do trabalho foi fundamental para a organizao da sociedade capitalista. No seria possvel sequer termos mveis se no existissem trabalhadores que os produzissem em larga escala em fbricas, onde cada um responsvel por uma etapa na produo. Explorao No segundo caso, (o trabalho como produto apropriado por outros) o trabalhador tem a riqueza gerada pelo seu trabalho tomada pelos proprietrios dos meios de produo. Ele levado a gerar acumulao de capital e lucro para uma minoria, enquanto vive na pobreza. Um empregado de uma fbrica de mveis, por exemplo, em oito horas dirias de trabalho produz, ao final do ms, um nmero considervel de mveis, mas recebe apenas uma pequena parcela disso em forma de salrio. O que recebe no permite sequer adquirir aquilo que ele produz um jogo de quarto de R$ 5 mil (varia de US$ 2950 a 3500) - e o modo de vida de sua famlia muito diferente do modo de vida daqueles que consomem seu produto. O trabalhador no reconhece mais o produto de seu trabalho e no se d conta da explorao a que submetido. O que se exterioriza no sua essncia, mas algo estranho a ele. Diz Marx: "A alienao aparece tanto no fato de que meu meio de vida de outro, que meu desejo a posse inacessvel de outro, como no caso de que cada coisa outra que ela mesma, que minha atividade outra coisa e que, finalmente (e isto vlido tambm para o capitalista), domina em geral o poder desumano". Diviso do trabalho e acumulao de capital, que, juntos, formam a base de uma sociedade capitalista, so tambm as fontes de alienao moderna, segundo Marx, por meio das quais se constitui um sistema de dominao. Comunismo Qual a soluo? Se o trabalho, no sistema capitalista, fonte de alienao, e se o capital , basicamente, propriedade privada, isto , a posse e o acmulo de objetos, a superao do homem alienado s vir, para Marx, com a sociedade comunista. Segundo Marx, somente com o comunismo as pessoas deixariam de ser alienadas, pois tudo seria de todos e no haveria necessidade de diviso ou expropriao do trabalho alheio. "A superao da propriedade privada , por isso, a emancipao total de todos os sentidos e qualidades humanas", diz Marx. Marx, provavelmente, ficaria muito aborrecido em ver que, na prtica, os ideais do comunismo, na forma de dogmas, somente trouxeram mais alienao. Sua crtica, no entanto, parece atual diante de uma juventude destituda de ideais polticos que se contenta com prazeres imediatos proporcionados pelo consumo. o celular da moda, o tnis de marca e o carro de luxo que definem sua essncia?

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