Rio de Janeiro: o espaço da obra machadiana
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Sobre este e-book
A cidade exerceu diferentes funções como espaço em cada uma dessas obras, sendo apenas o cenário para o desenvolvimento do enredo ou agindo como elemento determinista nas atitudes e caráter dos personagens.
O livro trata do conceito de espaço, das funções que ele pode exercer em uma obra e de como atuou o Rio de Janeiro como elemento espaço.
A literatura Brasileira nos deixa como legado um retrato da evolução do Rio de Janeiro. Machado de Assis, como o puro carioca que era, registrou a cidade em suas crônicas, a utilizou como pano de fundo em todos os seus romances, em muitos de seus contos e em algumas de suas peças.
Poderemos contemplar o Rio de Janeiro como cenário para diversas histórias com a obra de Machado, que registrou o desenvolvimento da cidade naquele período, observaremos alguns aspectos e acontecimentos do Rio através dos tempos. Analisaremos o Rio de Janeiro das obras literárias à luz da teoria de que o espaço escolhido para a ambientação da obra também exerce uma função além do simples cenário, ele dialoga de maneira importante com o enredo e os personagens.
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Rio de Janeiro - Evelin Henriques
INTRODUÇÃO
[...] Perguntei-lhe se gostava aqui da Tijuca, respondeu-me que sim, e que o Rio de Janeiro era uma grande cidade. É a segunda vez que a vejo, disse ele; eu sou do Norte. É uma grande cidade, José Bonifácio é um grande homem, a Rua do Ouvidor um poema, o chafariz da Carioca um belo chafariz, o Corcovado, o gigante de pedra, Gonçalves Dias[...]
¹
O espaço é um dos elementos fundamentais para a análise de uma obra literária. Dentro de um texto, ele pode exercer várias funções, sendo apenas uma referência ou ainda um ambiente estratégico para o enredo. ²
Dessa maneira, o espaço pode ser determinante para os demais elementos da obra, pode influenciar as características dos personagens, ou o decorrer do próprio enredo.
O espaço possui três tipos básicos: espaço físico ou geográfico, espaço social e espaço psicológico. E assume diversas funções nos textos.
Por muitas vezes, a literatura brasileira presenciou a cidade do Rio de Janeiro como espaço das obras de diferentes escritores de períodos literários diversos. Joaquim Manuel de Macedo tem o Rio como cenário de A Moreninha, e realiza um tour que abrange o palácio imperial, no largo do Paço, Passeio Público, Convento de Santa Tereza, Convento de Santo Antônio, Igreja de São Pedro, o Imperial Colégio de Pedro II, a Capela e o Recolhimento de N. S. do parto e a Sé do Rio de Janeiro, no livro Um passeio pela cidade do Rio de Janeiro.
A cidade também ganhou espaço nas obras de José de Alencar. Ele retrata, entre diversos pontos, a Rua do Ouvidor em seus romances urbanos.
Entretanto, não foi apenas na prosa que a cidade foi o espaço escolhido para ambientar uma história. Na poesia, Manuel Bandeira trouxe bairros cariocas para os quais Misael e Maria Elvira mudam-se frequentemente.
Em meio a diversos escritores de nossa literatura que fizeram da