EDUCAÇÃO FINANCEIRA - ESTRUTURA TEÓRICA
EDUCAÇÃO FINANCEIRA - ESTRUTURA TEÓRICA
EDUCAÇÃO FINANCEIRA - ESTRUTURA TEÓRICA
METODOLOGIA
REFERENCIAL TEÓRICO
A educação financeira no Brasil, em relação a outros países, teve seu início de
elaboração tardio nesta discussão extremamente importante para o bom desenvolvimento
social do país como um todo, que é a educação financeira. As primeiras discussões no campo
legislativo do país iniciaram-se por meados de 2010, com o decreto-lei 7.397 onde cria
procedimentos para a educação financeira em todo território nacional com implementação de
estratégias aos quais auxilia no combate à problemática no país, mas de que fato ainda
“engatinha” no que tange estas adversidades sistemáticas. Entretanto, tais práticas no âmbito
educacional (mais especificamente na Base Nacional Comum Curricular - BNCC) obtiveram
seu início mais fortemente nas discussões através da Projeto de lei nº 4915, onde acrescenta o
§ 10 no 26º artigo da Lei das diretrizes nacionais de educação nº 9.394 de 1996 (PL
4915/2016).
Com a prematuridade tanto legislativa quanto cultural, os jovens crescem sem saber,
de fato, o que ocorre com o sistema financeiro. Muitos têm a perspectiva de que se trata de
um "animal" indomável, que muitas vezes adquire essa personalidade de vilão, inimigo,
ameaça, etc. Entretanto, a educação financeira deve ser tratada como aliada do progresso e
desenvolvimento daqueles que serão futuros membros efetivos da sociedade, contribuindo
por fim, ao tão temido sistema financeiro. Recomenda-se também, que não seja estes
conhecimentos limitados somente aos jovens, mas para todos os integrantes da sociedade, o
fundamental conhecimento das engrenagens desse sistema, assim afirma Nilton José Neves
Cordeiro et al (2018).
Mas primeiramente, precisa-se delimitar o que de fato é este termo "Educação
financeira". Uma possibilidade é de que a educação financeira é o meio que liga e
conscientiza a população abrangente do mercado entre investidores e consumidores
financeiros, de forma que auxilie na formação da compreensão acerca dos potenciais perigos
e oportunidades pecuniárias (OCDE, 2005). A OCDE (2005) afirma que: "A educação
financeira deve ser considerada no arcabouço regulador e administrativo e deve ser tida como
ferramenta para promover crescimento econômico, confiança e estabilidade, juntamente com
a regulação das instituições financeiras e a proteção do consumidor".
Uma informação que deve-se levar em consideração é de que, muitas vezes, a
educação financeira é estritamente ausente em lares onde há menor faixa de renda, assim
afirma Atkinson e Messy (2012 apud POTRICH, VIEIRA, KIRCH 2014). Logo, cresce-se a
observação de que, pessoas com menor capacidade financeira, são os que menos convivem
com este “analfabetismo” financeiro. Entretanto, vale salientar que essa carência no que tange
à educação financeira não restringe-se apenas à população mais carente, é um mal que afeta
toda a sociedade. Referente a esta fase ao qual os jovens estão aprendendo nas escolas os
assuntos de diversas áreas de conhecimento, é um dos momentos mais propícios para se
implementar lições de educação financeira. Com isto, a influência da educação financeira se
faz necessário para o desenvolvimento de boas atitudes e melhor qualidade de vida para estes
no que refere-se a este campo de estudo (SILVA et al 2017).
Além da questão relacionada à situação social, há o âmbito da educação parental
sobre finanças. Detoni e Lima (2011) por meio de uma pesquisa exploratória, afirmaram que
os jovens lidam, cada vez mais cedo, com o dinheiro, fazendo com que os pais tenham a
missão de orientar esse gasto responsável. Eles evidenciaram, também, que a família pode
influenciar nesse aspecto, mas que não deve ser papel apenas dela. Dessa forma, há a
preocupação das escolas de informar mais esses jovens em relação a Educação Financeira.
Além de que, pode-se afirmar que ensinar e saber sobre Educação Financeira não foi e
não é fácil para os pais por conta do contexto histórico que o Brasil teve em relação à moeda.
Afinal, de acordo com Savoia, Saito e Santana (2007, p. 1137),
O extenso período de inflação comprometeu a capacidade de
planejamento econômico-financeiro de longo prazo. Com a
abertura econômica, no início dos anos 1990, e o processo de
estabilização do Plano Real, o mercado financeiro nacional se
transformou e criou novos instrumentos, aumentando a
complexidade dos produtos oferecidos. Desse modo, os indivíduos
e as famílias passaram a demandar maior conhecimento e
informação atualizada, para tomarem as suas decisões financeiras
de forma fundamentada e segura.
Após os fatos expostos, de fato, há uma busca conjunta para seja praticado em todo o
mundo, níveis ideais de educação financeira e, principalmente, durante o período escolar,
onde se encontra a maior taxa suscetível para corroborar o aprendizado.
REFERÊNCIAS
ATKINSON, A., MESSY, F. (2012). Measuring financial literacy: Results of the OECD /
International network on financial education (INFE) pilot study. OECD Publishing,
2012. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1787/5k9csfs90fr4-en. Acesso em: 26 out. 2019.
CARVALHO, Luana A.; SCHOLZ, Robinson H. “Se vê o básico do básico, quando a turma
rende”: Cenário da educação financeira no cotidiano escolar. Revista Brasileira de Gestão e
Inovação, v. 6, n. 2, p. 102-125, 2019. Disponível em:
file:///C:/Users/Usu%C3%A1rio/Downloads/Carvalho_Scholz_2019_-Se-Ve-o-Basico-do-
Basico,-Qua_52112.pdf. Acesso em: 24 ago. 2019.
DETONI, Dimas J.; LIMA, Maico S. Educação Financeira para Crianças e Adolescentes.
XII Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 2011. Disponível em:
https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos11/35114357.pdf.