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A INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NAS DECISÕES FINANCEIRAS DE

CONSUMO E INVESTIMENTO DE UNIVERSITÁRIOS.

ARLLES SANTOS CONCEIÇÃO


Universidade do Estado da Bahia
ROBSON BRAGA
Universidade do Estado da Bahia

Resumo

Em um cenário no qual existem variados produtos financeiros voltados para consumo e


investimentos, a decisão de poupar, fazer um investimento, consumir um produto ou serviço
resultam em situações cada vez mais complexas para as quais os indivíduos devem estar
preparados. A questão abordada neste estudo é se a formação acadêmica influencia na qualidade
das decisões de consumo e investimento e também, se a deficiência de conhecimentos
financeiros seria o fator responsável pela tomada de decisões não otimizadas. A pesquisa foi
feita com alunos de graduação do curso de Administração e não universitários da cidade de
Eunápolis-BA. O instrumento de pesquisa aplicado foi elaborado com o intuito de detectar o
nível de conhecimento sobre conceitos relacionados a educação financeira, analisar a atitude
dos pesquisados em relação a decisões financeiras, além de analisar o quanto os indivíduos
ponderam as decisões de consumir, investir, relacionandas com perfil socioeconômico da
população estudada. O tema é relevante por ser um assunto presente no cotidiano das pessoas,
além do fato de as decisões financeiras particulares poderem impactar em toda a economia,
visto que estão intimamente ligadas a problemas como: inadimplência, endividamento familiar
e falta de capacidade de planejamento em longo prazo. Como resultado geral, o conhecimento
em conceito sobre finanças aprendidos na universidade influenciou positivamente a qualidade
da tomada de decisões financeiras, mesmo sem uma avaliação da qualidade do ensino.
Entretanto, existem outras fontes de conhecimento que são relevantes, como a experiência
prática e convívio com a família, que precisam ser melhores investigadas em pesquisas futuras.

Palavras chave: Educação Financeira. Consumo. Investimento. Decisões Financeiras

1 INTRODUÇÃO

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O aquecimento econômico brasileiro junto com a estabilidade inflacionária vivenciada
nas últimas décadas estimulam novos pensamentos acerca da maneira de lidar com o dinheiro.
Vieira, Bataglia e Sereia (2011) destacam que após a estabilização da moeda e a nítida redução
da inflação com a implantação do plano real em 1994, os brasileiros passaram a ter uma nova
visão sobre a gestão financeira, e com isso houve um aumento do poder aquisitivo, a extensão
dos prazos de financiamento e a facilidade na obtenção de crédito, além do aumento do
consumo dos brasileiros.
Diante desse cenário, é importante analisar como os indivíduos estão tomando suas
decisões, visto que problemas como a inadimplência, endividamento familiar e ausência de
planejamento de longo prazo estão intimamente ligados à falta de conhecimento sobre finanças,
e esses indivíduos endividados, sem dinheiro para honrar seus compromissos, começam a
manifestar dificuldades no relacionamento pessoal, familiar e profissional (Cerbasi, 2014).
A decisão de poupar, fazer um investimento, ou consumir um produto ou serviço,
implica em consequências as quais o indivíduo deveria estar preparado, visto que as decisões
financeiras tomadas impactam a economia, além de sua própria vida (Amadeu, 2009).
Perante inúmeras opções para pagamentos e investimentos, os consumidores se
deparam diante de decisões não tão simples. Mas será que os indivíduos que estão em processo
de formação acadêmica de nível superior enfrentam menos dificuldades diante de tais decisões?
E dentre esses, quem estuda em cursos mais diretamente relacionados ao tema, com estruturas
curriculares preenchidas com matérias de finanças, economia e cálculo, como Administração,
possui maior facilidade na tomada de decisões?
A partir desses questionamentos, o problema da pesquisa está relacionado à qualidade
da tomada de decisões dos universitários, comparativamente à dos indivíduos “não
universitários”, no que diz respeito aos aspectos financeiros, em razão da premissa que a
deficiência de conhecimentos seria um dos responsáveis pela tomada de decisões não
otimizadas.
A ideia é verificar se os conhecimentos apreendidos ao longo do curso tornam os
sujeitos mais conscientes sobre suas decisões e se isso é efetivamente comprovado por suas
atitudes. Ou seja, busca-se averiguar se os alunos usam os conhecimentos adquiridos durante o
curso de Administração de uma maneira concreta em seu campo pessoal.
O tema apresenta grande relevância, posto que as pessoas têm suas vidas afetadas pelas
decisões de natureza financeira que tomam (Lucci, Zerrenner, Verrone & Santos, 2006). Além
disso, esse é um tema que, em geral, não é ensinado nas instituições educacionais para orientar
os jovens durante o período escolar, apesar de algumas iniciativas e proposições em discussão
no ambiente educacional brasileiro.
É importante ressaltar que os estudantes universitários possuem um papel importante
na economia mundial, e educá-los de modo que eles tomem decisões financeiras de forma
acertada é fundamental para assegurar um crescimento econômico sustentável no futuro.
Dentro desse contexto, os resultados obtidos com a presente pesquisa pretendem
contribuir para que se elevem a discussão sobre o tema educação financeira. Pretende-se
também analisar o quanto os indivíduos estão ponderando as decisões de consumir, e se investir
é algo relevante.
Neste trabalho, a amostra de universitários foi extraída do universo de estudantes de
Administração da cidade de Eunápolis-BA, especificamente de uma instituição de ensino
pública e de duas IES particulares, consideradas as mais relevantes da cidade, por terem maior
concentração de estudantes. Além disso, compuseram a amostra do presente estudo indivíduos
que não cursam nível superior e um grupo de pessoas já graduadas em Administração.
A coleta de dados da pesquisa foi realizada por meio da aplicação de questionário, o
qual contava com questões que buscavam detectar o nível de conhecimento sobre conceitos
relacionados à educação financeira.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O presente capítulo se dedica a apresentar a revisão da literatura, com o intuito de
situar o estado da arte em torno do tema central desta pesquisa, subdividido em três partes
complementares à investigação. Na primeira, é discutida a educação financeira; em seguida é
abordado um tópico sobre o consumo; e finalizando, é discutida a literatura sobre decisões de
consumo e investimentos.

2.1 Educação financeira


Existem variadas definições para o termo Educação Financeira. Jacob, Hudson e Bush
(2000, p.8), explicam que o termo “educação” implica em conhecimentos de práticas, direitos,
normas sociais e atitudes necessárias ao entendimento e funcionamento das tarefas financeiras.
Já o termo “financeira” aplica-se a uma vasta escala de atividades relacionadas ao dinheiro na
vida cotidiana, desde o controle de cheques emitidos, o gerenciamento das compras com cartão
de crédito, a preparação de um orçamento mensal, até a tomada de um empréstimo, compra de
um seguro, ou um investimento.
Para a Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE) a
Educação Financeira é definida como a combinação entre consciência, habilidade, atitude e
conhecimentos necessários para que as pessoas possam tomar decisões financeiras e com isso
alcançar seu bem estar financeiro individual. (OECD, 2011).
Segundo Remund (2010), a educação financeira é medida quando um indivíduo
entende os conceitos financeiros-chave e possui a habilidade e confiança para administrar de
forma apropriada suas finanças pessoais, por meio de decisões de curto prazo e planejamento
financeiro de longo prazo, em meio aos eventos que ocorrem em sua vida e às mudanças nas
condições econômicas.
Para Halfeld (2006), a educação financeira é essencial aos consumidores para auxiliá-
los a planejar e gerir sua renda, além de orientá-los a poupar e investir.
Através da educação financeira o indivíduo adquire conhecimentos necessários para
gerenciar de forma otimizada as suas finanças, e, além disso, favorece um melhor
desenvolvimento do mercado financeiro, visto que estimula o mercado a oferecer melhores
serviços, conforme destacam Braunstein e Welch (2002).
Ainda segundo Braunstein e Welch (2002), a má administração do dinheiro deixa
consumidores expostos às crises financeiras pessoais. Sobre a variada oferta de produtos
financeiros e o avanço da tecnologia através da internet, as autoras defendem que para se
beneficiar de tais inovações é necessário um nível básico de educação financeira.
A OECD (2005) incentiva a elaboração e execução de projetos e programas sobre a
educação financeira em países cooperados e também em não cooperados. Para isso, a
organização elaborou princípios e orientações para uma boa prática da Educação Financeira.
Exemplo disso, é que em 2007 surgiu a Estratégia Nacional de Educação Financeira
(ENEF), a partir de uma parceria entre governo e entidades privadas. A ENEF conta com a
colaboração do Ministério da Educação, Ministério da Justiça, Ministério da Fazenda, SEBRAE
e entidades não governamentais como a BM&FBovespa (B3), dentre outras. Através da
iniciativa das entidades e órgãos integrantes do Comitê de Regulação e Fiscalização dos
Mercados Financeiros, de Capitais, de Seguros, de Previdência e Capitalização (COREMEC) é
desenvolvido o Projeto Nacional de Educação Financeira.
Segundo os autores Vieira et al. (2011), apesar da existência de projetos de grande
magnitude, eles ainda não são suficientes para atender a demanda interna do país. Essa visão é
compartilhada por Savoia, Saito e Santana (2007). Segundo ele, as medidas tomadas pelos
órgãos governamentais são insuficientes para atender a demanda social pelo desenvolvimento
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da capacitação financeira da população apesar de haver iniciativas pioneiras de inclusão da
Educação em Finanças Pessoais, por parte das escolas.
Pandelo Jr. (2010, p. 176), enfatiza que ainda precisamos caminhar muito em termos
de educação financeira. Não só nós, os agentes econômicos, mas as próprias instituições que
vendem ou negociam produtos de investimentos, destaca.
As transformações tecnológicas, a globalização, o aumento da complexidade das
operações e serviços financeiros exigem que os indivíduos tenham um aprimoramento em seus
conhecimentos financeiros, para tomar decisões acertadas no que diz respeito a consumo e
investimento.
Além disso, educação financeira é fundamental para que as pessoas conheçam
maneiras de administrar seus recursos e evitem o endividamento pessoal.
Frente a essas definições e discussões, pode-se considerar que no atual contexto
econômico, faz-se necessária a busca de conhecimentos na área de finanças, e também é
possível presumir que a educação financeira pode ajudar o indivíduo no processo das escolhas
de consumo e investimento.

2.1 Fatores de decisões de consumo e poupança


O período de inflação (pré-plano real) atormentou o país causando, “o
empobrecimento dos mais pobres, a desordem na contabilidade das empresas, a incapacidade
absoluta de fazer qualquer previsão e planejamento, tudo ficou insustentável” (Leitão, 2011, p.
20). Esse cenário contribuiu para que as pessoas não desenvolvessem o hábito e nem cultura de
lidar com planejamento financeiro de médio e longo prazo.
Para Campos (2012), o período de altas taxas inflacionárias ainda exerce influência
diante da tomada de decisão do consumidor na atualidade, contribuindo para uma perspectiva
de consumo imediato. Mesmo com a estabilização dos preços, algumas pessoas continuam
estocando determinados produtos. Convém ainda destacar, que planejamentos financeiros,
mesmo em curto prazo, são mais difíceis de serem colocados em prática em um cenário de
hiperinflação, principalmente para as classes sociais mais pobres.
Após o Plano Real, houve significativas transformações no mercado financeiro, que,
de certo modo, aumentaram sua complexidade. Segundo Leitão (2011), com a estabilização da
economia, após o Plano Real, foi possível perceber um aumento da inclusão social que
contribuiu para a ampliação do mercado de consumo interno, exigindo uma gestão financeira
pessoal mais acurada.
A aceleração do crescimento econômico, o controle da inflação, a ampliação do crédito
e o aumento da renda, estão reproduzindo no Brasil a criação de um mercado consumidor de
massa, forte e cada vez mais complexo. Isso abriu um leque de possibilidades para que os
brasileiros aproveitem para ingressar na economia de mercado e experimentar, pela primeira
vez, os benefícios do consumo promividos pelo crédito. Contudo, a recessão econômica
iniciada em 2014 sugeriu uma redução nas despesas das famílias brasileiras, atrelada a um
cenário de desemprego e incertezas, levando tais famílias a se endividarem.
De acordo com Valente (2013), o Banco Central (BC) informou que o índice de
endividamento das famílias brasileiras subiu de 43,79% para 43,99% em março de 2013. Isso
significa que as famílias devem às instituições financeiras quase a metade do que ganham
durante o ano. Em 2016, a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo (CNC) indicou que o nível de endividamento das famílias em julho do ano
mencionado aumentou de forma considerável em comparação com o ano de 2013 (corresponde
a 57,7%). Este número, porém, era ainda maior em janeiro de 2016, quando alcançou o nível
de 61,6% das famílias, estando na faixa dos 60% em maio de 2018.

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Ante o exposto, podemos deduzir que a educação financeira se torna necessária ao
consumidor brasileiro, para que o mesmo tome decisões acertadas de consumo e investimento
de modo que minimizem os impactos causados por situações instáveis.

3. METODOLOGIA
Realizou-se uma pesquisa exploratória qualitativa, com aplicação de survey adaptado
de Lucci et al. (2006), junto aos estudantes dos cursos de Administração das instituições de
ensino superior instaladas no município de Eunápolis-BA, pois os mesmos possuem em sua
matriz curricular disciplinas relacionadas com área de finanças, além de um grupo amostral
com não estudantes de ensino superior e outro com graduação em Administração.
Buscou-se detectar as habilidades em reconhecer e manipular conceitos-chave em
finanças, bem como as atitudes dos estudantes entre os diferentes estágios dos cursos de
graduação pesquisados, de acordo com as variáveis: nível de conhecimento e atitude dos
indivíduos em relação às suas decisões financeiras, bem como perfil socioeconômico.
A amostra é composta por 102 indivíduos, dos quais 28 alunos que estão cursando a
primeira metade do curso, ou seja, os dois primeiros anos; 39 alunos, que estão na segunda
metade do curso, os dois ultimos anos; 10 pessoas que não cursaram nível superior e 25 pessoas
que já possuem graduação em nível superior em administração. Trata-se de uma amostra não
probabilística, selecionada por conveniência, devido ao fato de o autor ser residente na cidade
de Eunápolis e estudante de graduação do curso de Administração de uma das instituições
pesquisadas.
A coleta de dados é estruturada, não disfarçada, aplicada pessoalmente e online, por
meio de de ferramenta disponibilizado pelo Survey Monkey. O questionário (Anexo 1)
apresenta 20 questões, versando sobre conceitos de finanças, nível de conhecimento, perfil
socioeconômico e decisões de consumo e investimento dos respondentes.
Os métodos de análises dos dados são baseados em Lucci et al. (2006) que foram
adaptados para esta pesquisa e são descritos a seguir, indicando os objetivos e hipóteses a serem
testadas pela presente pesquisa.
Segundo Lucci et al. (2006) as decisões de consumo e investimento são influenciadas
por diversos fatores, sendo foco deste trabalho as seguintes variáveis:

✓ Nível de conhecimento sobre educação financeira:


trata-se de conhecimentos básicos como liquidez de
ativos, valor do dinheiro no tempo, efeito da incidência
de juros compostos, custo de financiamento, fluxo de
caixa, orçamento e risco. Estes conceitos serão
mensurados por meio de questões objetivas;
✓ Atitude dos indivíduos em relação às decisões
financeiras: trata-se das reações dos indivíduos em sua
vida prática. Esta variável tem por objetivo avaliar se
há outros fatores que influenciam as decisões de
consumo e poupança; ou seja, se apesar dos
conhecimentos em finanças, os indivíduos tomam
decisões não necessariamente eficientes. (Lucci et al.
2006)

A seguir, define-se o que é medido nas questões sobre conceitos e comportamento dos
respondentes ao aplicarem estes conceitos em suas vidas práticas:
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A questão número 1 aborda a auto-percepção dos entrevistados quanto ao seu nível de
conhecimentos sobre educação financeira, bem como seu grau de segurança para a tomada de
decisões sobre o assunto.
A questão número 2 busca apurar de que forma foram adquiridos os conhecimentos
dos pesquisados sobre o assunto, reconhecendo que tal aprendizado não se dá a partir de uma
única fonte, mas de diversas experiências ao longo da vida.
As questões que buscam testar os conceitos aprendidos pelos respondentes são as de
número 3, 5, 7, 9 e 11.
No caso da questão 3, busca-se apurar se as pessoas têm consciência de que
investimentos têm níveis diferenciados de liquidez. A resposta esperada é a alternativa que
indica bens móveis e imóveis como os menos líquidos, já que as demais alternativas indicam
ativos de natureza financeira que, em condições normais, são mais líquidos que bens materiais.
A questão 5 verifica a aplicação prática de um conceito fundamental em finanças, que
é o valor do dinheiro no tempo. A resposta correta é a alternativa “c”, na qual o respondente
reconhece que somas monetariamente iguais de recursos, mas aplicadas em momentos distintos,
geram resultados distintos.
A questão de número 7 busca compreender se os pesquisados têm a percepção de que
dívidas têm custos financeiros (sendo a resposta correta a alternativa “d”), na qual o respondente
reconhece que dívidas “roladas” representam custos financeiros mais elevados.
Já a questão 9 avalia se o pesquisado tem a noção de que a antecipação de consumo
está associada a um ônus (juros), na qual a resposta correta é dada pela alternativa “a”.
Por último, a questão 11 busca determinar se o pesquisado tem a noção de
planejamento financeiro e poupança, cuja resposta correta é dada pelo item “b”.
As questões de número 4, 6, 8, 10, 12 e 20 compõem o grupo de testes sobre a atitude
dos pesquisados.
No caso da questão 4, busca-se medir sua propensão ao risco.
A sexta questão verifica a atitude dos respondentes no que se refere à propensão à
poupança. As respostas se apresentam em ordem decrescente de tendência a guardar recursos,
sendo a alternativa “a” a resposta esperada dos mais propensos à prevenção, enquanto a
alternativa “d” seria a opção esperada para os mais consumistas.
A questão 8 avalia a atitude do pesquisado em face do problema prático apresentado
na questão 7, isto é, da percepção de que dívidas têm custos financeiros.
A questão 10 busca verificar a posição que o pesquisado adotaria em face de uma
situação como a apresentada na questão 9, ou seja, se o pesquisado tem a noção de que a
antecipação de consumo está associada a um ônus (juros).
A questão 12 avalia qual a noção que pesquisado tem de ativo que oferece maior
segurança.
Das questões relacionadas à atitude dos pesquisados, a questão 20 busca avaliar a
atitude frente ao endividamento, indo da aversão às dividas ao endividamento irresponsável,
passando pelo endividamento responsável.
Por fim, as questões 13 a 19 visam determinar o perfil sócio-econômico do pesquisado,
O mapeamento do perfil pode ajudar a complementar a explicação sobre as atitudes e também
sobre o próprio nível de educação financeira dos indivíduos.

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Na variável “nível de conhecimento sobre educação financeira”, foi utilizada como


elemento indicador o nível de graduação dos pesquisados, nesse caso, vai desde quem não cursa
nível superior em Administração, passando por estudantes do 1º, 2º, 3º e 4º anos e encerra-se
em pessoas que já possuem graduação em administração.
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A questão número 1 aborda a auto-percepção dos entrevistados quanto ao seu nível de
conhecimentos sobre educação financeira, bem como seu grau de segurança para a tomada de
decisões sobre o assunto, observa-se que grande parte das pessoas que responderam o
questionário se sente “nada segura” (15,69%), ou ainda não muito segura, (28,43%). Apenas
5,88% se consideram “muito seguras”, destes, a maior parte é composta por pessoas do 4º ano,
e pessoas que já possuem graduação em nível superior.
As respostas dos entrevistados para a questão 2, quando lhe foi perguntado de que
maneira foram adquiridos os conhecimentos de Educação Financeira, nota-se que, 40,20% dos
entrevistados consideram a experiência prática como principal forma de aquisição de
conhecimentos para gerir seu dinheiro, 36,27% consideram o aprendizado em casa com a
família, seguido das aulas da faculdade, com 12,75% das respostas.
Referente à terceira questão, que visa apurar se as pessoas têm consciência de que
investimentos têm níveis diferenciados de liquidez, 43,14% dos entrevistados acertaram a
questão, enquanto 56,86% não responderam adequadamente, à luz dos fundamentos
financeiros. No grupo de alunos que não cursam ou cursaram graduação, estudantes do primeiro
e segundo anos de curso, o percentual de acerto é de 28,95%, no grupo dos estudantes de
terceiro e quarto anos, junto com o grupo de pessoas que possuem graduação em nível superior,
o percentual de acerto da questão sobe para 51,56%. Considerando-se a simplicidade da
questão, mesmo nos últimos níveis de graduação, o número de acertos revela a insuficiência do
conhecimento dos alunos sobre o assunto.
A questão 5, verifica a aplicação prática de um conceito fundamental em finanças, que
é o valor do dinheiro no tempo. No geral, 81,37% dos pesquisados acertaram a questão, dos que
responderam adequadamente. Analisando os níveis de graduação, dentre os que não cursam
ensino superior e os que estão no primeiro ano, e os do segundo ano, o percentual de acerto foi
de 73,68%. No grupo dos estudantes de terceiro e quarto anos, junto com o grupo de pessoas
que possuem graduação em nível superior, pode-se dizer que o ano de graduação influenciou
positivamente, os conhecimentos sobre o valor do dinheiro no tempo, visto que o percentual de
acerto da questão sobe para 85,94%.
A sétima questão, foi perguntado qual das pessoas pagaria mais em despesas
financeiras por ano se elas gastassem a mesma quantia por ano em seus cartões de créditos.
Essa questão busca compreender se os pesquisados têm a percepção de que dívidas têm custos
financeiros na qual o respondente reconhece que dívidas “roladas” representam custos
financeiros mais elevados. Observa-se que 65% dos entrevistados acertaram a questão,
analisando os níveis de graduação, dentre os que não cursam ensino superior e os que estão no
primeiro ano, e os do Segundo ano, o percentual de acerto foi de 50,00%, No grupo dos
estudantes de terceiro e quarto anos, junto com o grupo de pessoas que possuem graduação em
nível superior, o percentual de acerto da questão sobe para 73,44%,
A questão 9 avalia se o pesquisado tem a noção de que a antecipação de consumo está
associada a um ônus (juros), No geral, 67% acertaram a questão, enquanto 33% não
responderam adequadamente, analisando os níveis de graduação, dentre os que não cursam
ensino superior e os que estão no primeiro ano, e os do segundo ano, o percentual de acerto foi
de 62,00%, No grupo dos estudantes de terceiro e quarto anos, junto com o grupo de pessoas
que possuem graduação em nível superior, nota-se que, nesta questão, o impacto do aumento
do nível de graduação não foi significativo, dado o percentual de acerto da questão aumentou
apenas para 69,06%.
Na décima primeira questão, buscou-se verificar se o aluno tem a noção de
planejamento financeiro e poupança. De uma maneira geral, 74% dos alunos responderam a
questão assertivamente. Analisando os níveis de graduação, dentre os que não cursam ensino
superior e os que estão no primeiro ano, e os do segundo ano, o percentual de acerto foi de

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63,16%. No grupo dos estudantes de terceiro e quarto anos, junto com o grupo de pessoas que
possuem graduação em nível superior, o percentual de acerto da questão sobe para 81,25%.
Para analisar a segunda variável pesquisada a fim de verificar se o nível de
conhecimento influencia na qualidade das decisões tomadas, neste caso, se existe uma aplicação
da teoria em casos concretos. Inicialmente, verificou-se o nível de segurança dos alunos em
relação às questões financeiras, bem como sua propensão para assumir riscos.
No primeiro quesito, conforme anteriormente apresentado, 15,59% indicaram não
estarem “nada seguros”, 28,43 % “não muito seguro", 19,61% “neutro” (nem seguro, nem
inseguro), 30,39% “razoavelmente seguro" e apenas 5,88% disseram estar “muito seguros”. Em
relação à propensão a risco, 43,14% apresentaram tendencias de assumirem riscos, já 56,86%
preferem corer menos riscos, possuem um perfil mais conservador.
Ao fazer o cruzamento do perfil de risco, com o de auto avaliação dos entrevistados,
constatou-se que os entrevistados que responderam “nada seguro”, “não muito seguro”, e
“neutro”, tendem a fazer aplicações mais conservadoras. Observou-se no grupo “razoavelmente
seguros” (48,39%) e “muito seguros (50,00%), embora metade ou pouco menos da metade
preferissem aplicações financeiras com menos risco, há percentuais que devem ser destacados
(51,61% e 50,00%), que estariam dispostos a assumir riscos. Dado isso, detecta-se que os perfis
que se consideram mais seguros estão mais propensos a assumir riscos.
Na quinta questão, o conceito avaliado está relacionado à vantagem financeira da
antecipação na formação da poupança para fins de aposentadoria. Conforme apresentado
anteriormente, 81,00% responderam corretamente a questão, destes que acertaram a questão:
18,07% fazem plano de previdência/poupança própria; 28,92% não se preocupam ainda com a
questão; 1,20% não veem necessidade de poupar para aposentadoria; 6,02% pretendem ter
apenas aposentadoria do governo; 45,78% têm planos para começar a poupar.
Os dados apresentados mostram que entender o conceito faz diferença na intenção de
já iniciar poupança para aposentadoria, uma vez que 63,85% dos entrevistados têm um plano,
ou pretendem começar a poupar. Porém, concretamente, apenas 18,07% fazem um plano de
previdência. Na prática, outras variáveis podem influenciar essa questão, tais como faixa etária,
renda familiar, renda individual, dentre outros.
A questão 7, que trata dos efeitos financeiros da rolagem da dívida, 65% dos
entrevistados acertaram a questão. Na oitava questão que avalia qual a atitude tomada na prática
pelo indivíduo sobre o assunto, 89,22% dos entrevistados aderem a opção de tentar pagar
sempre o saldo devedor, evitando assim entrar no crédito rotativo do cartão de crédito. Isto
posto, pode-se inferior que mesmo que o conceito seja percentualmente menor que na prática,
o domínio do conceito influencia no caso prático.
Já na resposta da vigésima questão, 54% responderam que não possuem dívidas e
fazem planejamento necessário para comprar sempre à vista e com desconto. O objetivo da
questão era saber se os entrevistados têm algum tipo de dívida (empréstimos, financiamentos,
rotativo do cartão), o intuito era avaliar a atitude frente ao endividamento, indo da aversão ás
dívidas ao endividamento irresponsável, passando pelo endividamento responsável.
Ao cruzar os dados dessas questões, verifica-se que 57,58% dos entrevistados que
responderam que poupar é a melhor alternativa, não possuem de fato dívidas pessoais e fazem
planejamento necessário para comprar à vista e com desconto. 33,33% possuem algum tipo de
dívida, mas que estão sendo pagas ou programadas para serem pagas, o que confirma que o
custo de comprar financiado nem sempre leva o indivíduo a ter uma atitude aversa ao
endividamento. Também demonstra que comprar financiado ou fazer empréstimo nem sempre
está ligado à irresponsabilidade, visto que apenas 9,09% dos entrevistados não sabem como
irão pagar suas dívidas.
Os resultados obtidos na presente pesquisa, corroboram em muito os resultados de
Lucci et al. (2006), discutidas as suas limitações, quais sejam a de controlar por variáveis
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socioeconômicas, assim como expandir a amostra para além do curso estudado, sinalizam para
o fato de que há alguma contribuição do processo formativo. Contudo, a formação do nível de
conhecimento financeiro que estudantes de períodos mais avançados no curso de graduação não
é necessariamente obtido na formação superior. Os indivíduos obtém conhecimentos
financeiros em fontes externas, sinalizando que nem sempre a formação superior promove um
maior nível de conhecimento para tomada de decisões financeiras pessoais.
Para os participantes, o conhecimento conceitual sobre finanças, potencialmente
aprendido em disciplinas específicas ou relacionadas, influencia positivamente na tomada de
decisões financeiras, independentemente da qualidade de ensino, a qual não foi avaliada neste
estudo. Entretanto, existem outras fontes de conhecimento que são relevantes, como a
experiência prática e o convívio com a família, que precisam ser melhor investigadas em
pesquisas futuras.
Uma limitação do trabalho é a dificuldade em se mensurar, com base nos resultados
obtidos, a fração da educação financeira não decorrente da graduação em nível superior. Ou
seja, o quanto do nível de conhecimento decorre da educação financeira obtida em outras fontes
além da universidade.
É preciso considerar a necessidade de eleger variáveis de controle e utilizar de métodos
estatísticos mais sofisticados para além daqueles que foram utilizados aqui, de modo a que se
tenha resultados mais robustos e talvez mais claros em termos de causa-efeito. De qualquer
forma, a presente pesquisa aponta para questões consideradas relevantes no campo das finanças
pessoais e de decisões financeiras as que pode, para além de seus achados, inspirar novos
estudos.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo da presente pesquisa é verificar a influência da educação financeira nas


decisões de consumo e investimento, mediante um questionário derivado de estudo anterior,
composto de questões que consideram as variáveis nível de conhecimento sobre Educação
Financeira e atitude dos indivíduos em relação às decisões financeiras.
Em relação à primeira variável, a análise dos dados sugere que o nível de
conhecimentos financeiros está relacionada com o nível de graduação dos pesquisados. Ou seja,
quanto mais avançado no curso de graduação estiver o indíviduo maior será o seu nível de
educação financeira. Para a amostra estudada, o conhecimento demonstrado sobre conceitos
sobre finanças aprendidos na universidade influencia positivamente na qualidade da tomada de
decisões financeiras, ainda que esse conhecimento não seja totalmente derivado do processo
formativo acadêmico. O nível declarado de conhecimento adquirido na formação acadêmica,
inclusive, é considerado relativamente baixo, se comparado a outras fontes.
Essas respostas colocam em questionamento a afirmação de que os conceitos
aprendidos no decorrer da graduação contribuem para a melhoria das tomadas de decisões
financeiras. Contudo, é interessante constatar que a experiência prática e por intermédio da
família são duas variáveis que exercem influencia significativa no que diz respeito a aquisição
de conhecimento para gerir seu dinheiro e que podem não demonstrar conhecimentos de
qualidade suficiente a ponto de levar os sujeitos a tomarem as melhores decisões financeiras.
Neste caso, é recomendável que sejam desenvolvidas pesquisas para aprofundar a discussão e
entendimento a essa questão.
No que diz respeito a atitude dos participantes, pode-se afirmar que o nível de
conhecimento influencia na qualidade das decisões tomadas, em virtude das respostas serem
coerentes com os conceitos. Isto quer dizer que os respondentes dominam conceitos mínimos e
aplicam de maneira satisfatória.

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Os resultados apresentados neste trabalho não são extrapoláveis, sendo válidos apenas
para explicar o comportamento da amostra selecionada. Para futuras pesquisas seria
interessante uma comparação entre alunos de cursos que contém matérias de finanças, como
por exemplo: Administração, Economia e Contabilidade; e outros cursos que não possuem esse
tipo de conhecimento específico, como, por exemplo, cursos das áreas sociais, biológicas e
outras, o que elevaria a consistência dos achados apresentados neste estudo. Ou ainda, fazer um
estudo de progressão, no qual seria avaliada a evolução do indivíduo do início do curso, ao
término do mesmo, avaliando o nível de educação financeira no decorrer do tempo.
Ressalta-se, ainda, que futuros estudos podem contemplar os instrumentos e métodos
de produção de material didático para formação e capacitação de docentes em Educação
Financeira, visto que ainda é incipiente o número de instituições de ensino que têm matérias
que tratam desse assunto na educação básica brasileira.
Enfim, existem diversas oportunidades para implementar novas pesquisas e mesmo
um programa de educação financeira no Brasil. Tais ações podem advir de uma combinação de
ações de órgãos governamentais, instituições privadas e sociedade civil organizada, que
poderiam contribuir para a melhoria da economia e desenvolvimento social. Este estudo trouxe
um pouco mais de luz sobre esse que é um tema oportuno e importante neste contexto.

REFERÊNCIAS

Amadeu, J. R. (2009). A educação financeira e sua influência nas decisões de consumo e


investimento: proposta de inserção da disciplina na matriz curricular. Dissertação (mestrado em
Educação). Universidade do Oeste Paulista.

Braunstein, S., & Welch, C. (2002). Financial literacy: An overview of practice, research, and
policy. Federal Reserve Bull., 88, 445.

Campos, M. B. (2012). Educação financeira na matemática do ensino fundamental: uma análise


da produção de significados. Universidade Federal de Juiz de Fora. Dissertação (Mestrado
Profissional em Educação Matemática). Juiz de Fora.

Cerbasi, G. (2014). Casais inteligentes enriquecem juntos: finanças para casais. Sextante.

Halfeld, M. (2006). Investimentos: como administrar melhor seu dinheiro. Fundamento.

Jacob, K., Hudson, S., & Bush, M. (2000). Tools for survival: An analysis of financial literacy
programs for lower-income families. Woodstock Institute.

Leitão, M. (2011). Saga brasileira. Rio de Janeiro: Record.

Lucci, c. R., Zerrenner, s. A., Verrone, m. A. G., & Santos, S. D. (2006). A influência da
educação financeira nas decisões de consumo e investimento dos indivíduos. Seminário em
Administração, 9.

OECD. (2005). Improving Financial Literacy: Analysis of issues and policies. Paris. 2005.

OECD. (2011). Measuring Financial Literacy: Core Questionnaire in Measuring Financial


Literacy: Questionnaire and Guidance Notes for Conducting an Internationally Comparable
Survey of Financial Literacy. Paris.

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Pandelo Jr, D. R. (2010). Análise do perfil do investidor com base em análise de suas percepções
subjetivas de risco e retorno. Revista Cesumar – Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, 15(1).

Remund, D. L. (2010). Financial literacy explicated: The case for a clearer definition in an
increasingly complex economy. Journal of Consumer Affairs, 44(2), 276-295..

Savoia, J. R. F., Saito, A. T., & Santana, F.A. (2007). Paradigmas da educação financeira no
Brasil. Revista de Administração Pública, 41(6), 1121-1141.

Valente, G. (2013). Endividamento das famílias bate recorde: 43,99% da renda. O Globo.
<https://oglobo.globo.com/economia/endividamento-das-familias-bate-recorde-4399-da-renda-
8516655>. Acesso em: 17 fev. de 2019.

Vieira, S. F. A., Bataglia, R. T. M., & Sereia, V. J. (2011). Educação financeira e decisões de
consumo, investimento e poupança: uma análise dos alunos de uma universidade pública do norte
do Paraná. Revista de Administração, 9(3), 61-86.

ANEXO I

QUESTIONÁRIO DE PESQUISA

1. Como você sente a respeito dos seus conhecimentos para gerenciar


seu próprio dinheiro?
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a. Nada seguro – Eu gostaria de possuir um nível muito melhor de educação financeira
b. Não muito seguro – Eu gostaria de saber um pouco mais sobre finanças
c. Neutro – nem seguro, nem inseguro
d. Razoavelmente seguro – Eu conheço a maioria das coisas que eu precisaria
saber sobre o assunto
e. Muito seguro – Eu conhecimentos bastante amplos sobre finanças

2. Onde você adquiriu a maior parte dos seus conhecimentos para


gerir o seu dinheiro?
Em casa com a família De conversas com amigos
Em aulas na faculdade______
De revistas, livros, TV e o rádio De minha experiência prática___________
3. Muitas pessoas guardam dinheiro para despesas inesperadas. Se
Susana e Júlio César têm guardado algum dinheiro para
emergências, qual das seguintes formas seria a menos eficiente para o
caso deles precisarem do recurso com urgência?
a. Poupança ou Fundos de Investimento
b. Ações ou Dólar
c. Conta-corrente
d. Bens (Carro, moto, imóvel...)

4. Se você tivesse recursos para investir, sem ter um prazo definido


para resgatar, com qual das alternativas abaixo você mais se
identificaria como aplicador?
a. Ações, pois agrada-me a possibilidade altos ganhos, mesmo sabendo do risco
elevado de perdas
b. Fundos de investimento de risco médio, pois quero um rendimento razoável,
ainda que com algum risco
c. Poupança, pois priorizo a segurança em relação ao rendimento
d. Bens (Carro, moto, imóvel...), pois a segurança para mim é a coisa mais importante.

5. Ronaldo e Daniela têm a mesma idade. Aos 25 anos, ela começou a


aplicar R$ 1.000,00 por ano, enquanto o Ronaldo não guardava nada.
Aos 50, Ronaldo percebeu que precisava de dinheiro para sua
aposentadoria e começou a aplicar R$ 2.000,00 por ano, enquanto
Daniela continuou poupando seus R$ 1.000,00. Agora eles têm 75 anos.
Quem tem mais dinheiro para sua aposentadoria, se ambos fizeram o
mesmo tipo de investimento?
a. Eles teriam o mesmo valor, já que na prática guardaram as mesmas somas
b. Ronaldo, porque poupou mais a cada ano
c. Daniela, porque seu dinheiro rendeu por mais tempo a juros compostos.

6. Em relação à sua aposentadoria, qual das alternativas abaixo melhor


representa sua situação?
a. Não me preocupei com isso ainda
b. Pretendo ter apenas a aposentadoria do governo
c. Faço um plano de previdência/poupança própria para aposentadoria
d. Tenho planos de começar a poupar para isso
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e. Não vejo necessidade de poupar para minha aposentadoria

7. Qual das pessoas pagaria mais em despesas financeiras por ano se elas
gastassem a mesma quantia por ano em seus cartões de créditos?
a. Ellen, que sempre paga todo o saldo do cartão de crédito no vencimento.
b. Pedro, que geralmente paga todo o saldo do cartão de crédito no
vencimento, mas ocasionalmente paga só o mínimo, quando está sem
dinheiro.
c. Luís, que paga pelo menos o mínimo todo mês e um pouco mais quando tem alguma
folga.
d. Nanci, que sempre paga o mínimo

8. Como você acha que agiria?


a. Penso que minha atitude seria mais parecida com a de Ellen
b. Penso que minha atitude seria mais parecida com a de Pedro
c. Penso que minha atitude seria mais parecida com a de Luis
d. Penso que minha atitude seria mais parecida com a de Nanci

9. Dirceu e Roberto são jovens que têm o mesmo salário. Ambos desejam
comprar um carro no valor de R$ 10.000,00. Quem pagou mais pelo
bem?
a. Dirceu, que comprou hoje, financiando o saldo devedor por 24 meses
b. Roberto, que preferiu poupar por 15 meses, mas comprou o carro à vista

10. Se tivesse que tomar a mesma decisão, qual a melhor alternativa na sua visão?
a. Ter o carro imediatamente e pagar por ele durante 24 meses, como fez Dirceu
b. Poupar por 15 meses para comprá-lo à vista, sem dívida, como fez Roberto
c. Ficar no meio termo, guardando dinheiro por uns 8 meses e financiando
o resto em 8 prestações.

11. José ganha R$ 1.000,00 por mês. Paga R$ 300,00 de aluguel e mais R$
200,00 de alimentação todo mês. Gasta ainda R$ 100,00 em transportes,
R$ 50,00 em roupas, R$ 50,00 em remédios e mais R$ 100,00 em
pequenas despesas extras. Pretende comprar uma TV que custa R$
800,00. Quanto tempo ele levará guardando recursos para comprar a
TV?
a. 2 meses b. 4 meses c. 6 meses d. 8 meses

12. Qual dos investimentos abaixo você julga que melhor protegeriam
uma família em caso de desemprego?
a. Depósito em conta-corrente
b. Uma aplicação financeira, como por exemplo um fundo de investimentos
c. Aplicações em bens como carro ou imóvel

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13. Qual ano da faculdade você está cursando?
a. Não cursam nível superior b. Primeiro ano c. Segundo d.
Terceiro e. Quarto f. Já possui nível superior em administração

14. Sexo a. Masculino b. Feminino

15. Idade a. Até 20 anos b. De 21 a 30 anos c. De 31 a 40 anos


d. Acima de 40 anos

16. Estado Civil a. Solteirob.


Casado/União Estável
c.Separado/Divorciado d.Outros

17. Qual a sua faixa de renda mensal líquida pessoal?


a. Até R$ 500,00 b. R$ 500,01 até R$ 1.000,00 c.R$ 1.000,01 até R$ 1.500,00

d. R$ 1.500,01 até R$ 2.500,00 e. Acima de R$ 2.500,00

18. Qual sua faixa de renda mensal líquida familiar?


a. Até R$ 500,00

b. R$ 500,01 até R$ 1.000,00

c. R$ 1.000,01 até R$ 1.500,00

d. R$ 1.500,01 até R$ 2.500,00

e. R$ 2.500,01 até R$ 4.000,00

f. Acima de R$ 4.000,00

19. Qual sua fonte principal de renda?


a. Emprego Formal b.Emprego Informal c.Não trabalha d.Outros.
20. Você tem algum tipo de dívida (empréstimos, financiamentos, rotativo do
cartão)?
a. Sim, tenho, mas trata-se de financiamento de longo prazo, cuja prestação
eu sempre procuro pagar em dia
b. Sim, tenho, mas não sei bem quando nem como irei pagá-las
c. Sim, mas vou pagá-las em pouco tempo, já que tomei o cuidado de calcular
na ponta do lápis como e quando iria quitá-las
d. Não, não tenho dívidas pessoais. Sempre faço o planejamento necessário
para comprar à vista e com desconto.

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