APS - VACINAS

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 27

UNIVERSIDADE PAULISTA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO DE ENFERMAGEM

ILEANA SAMARA ARGOLO LOUZANO - F344C7


LARA FERNANDA MOREIRA SALVALAGIO - N740086
LARISSA MONTAGNANE DOS SANTOS - N905450
NATASHA MEGUMI MABUCHI DE OLIVEIRA - F138IH0
ROBERTA DE ANDRADE DEL COL - G5AFA0
WILLIAM DANGIO COLON - T223FF2

VACINAS: COVID - 19 E FEBRE AMARELA

Estudo realizado para Atividade Prática


Supervisionada – vinculada à disciplina
Prática Clínica do Processo de Cuidar da
Saúde da Mulher, Criança e Adolescente -
do Curso de Enfermagem campus Bauru,
do Instituto de Ciências da Saúde da
Universidade Paulista – UNIP

Orientadora: Profa. Dra. Rosilene S. Reigota

BAURU
2024.2
LISTA DE FIGURAS

@seripe. Canva [Internet]. [citado 17 out 2024]. Disponível em:


https://www.canva.com/design/DAGQdNZJzsk/MhckCyeGYkwAKkYbK7lhg/view?ut
m_content=DAGQdNZJzsk&utm_campaign=designshare&utm_medium=li
nk&utm_source=viewer

@sparklestroke. Canva [Internet]. [citado 17 out 2024]. Disponível em:


https://www.canva.com/design/DAGQdNZJzsk/MhckCyeGYkwAKkYbK7lhg/view?ut
m_content=DAGQdNZJzsk&utm_campaign=designshare&utm_medium=li
nk&utm_source=viewer

@sparklestroke. Canva [Internet]. [citado 17 out 2024]. Disponível em:


https://www.canva.com/design/DAGQdNZJzsk/MhckCyeGYkwAKkYbK7lhg/view?ut
m_content=DAGQdNZJzsk&utm_campaign=designshare&utm_medium=li
nk&utm_source=viewer
@sparklestroke. Canva [Internet]. [citado 17 out 2024]. Disponível em:
https://www.canva.com/design/DAGQdNZJzsk/MhckCyeGYkwAKkYbK7lhg/view?ut
m_content=DAGQdNZJzsk&utm_campaign=designshare&utm_medium=li
nk&utm_source=viewer

@sparklestroke. Canva [Internet]. [citado 17 out 2024]. Disponível em:


https://www.canva.com/design/DAGQdNZJzsk/MhckCyeGYkwAKkYbK7lhg/view?ut
m_content=DAGQdNZJzsk&utm_campaign=designshare&utm_medium=li
nk&utm_source=viewer

@sketchify. Canva [Internet]. [citado 17 out 2024]. Disponível em:


https://www.canva.com/design/DAGQdNZJzsk/MhckCyeGYkwAKkYbK7lhg/view?ut
m_content=DAGQdNZJzsk&utm_campaign=designshare&utm_medium=li
nk&utm_source=viewer
@studiog2 @ponizeothoxicons. Canva [Internet]. [citado 17 out 2024]. Disponível
em:https://www.canva.com/design/DAGQdNZJzsk/MhckCyeGYkwAKkYbK7lhg/view
?utm_content=DAGQdNZJzsk&utm_campaign=designshare&utm_medium
=link&utm_source=viewer

@sketchifyedu. Canva [Internet]. [citado 17 out 2024]. Disponível em:


https://www.canva.com/design/DAGQdaKkXk/i_CQbThuYi6LtCqeSJlHng/view?utm_
content=DAGQdaKkXk&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_sourc
e=editor
@trendify. Canva [Internet]. [citado 17 out 2024]. Disponível em:
https://www.canva.com/design/DAGQdaKkXk/i_CQbThuYi6LtCqeSJlHng/view?utm_
content=DAGQdaKkXk&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_sourc
e=editor

@sketchify.Canva [Internet]. [citado 17 out 2024]. Disponível em:


https://www.canva.com/design/DAGQdaKkXk/i_CQbThuYi6LtCqeSJlHng/view?utm_
content=DAGQdaKkXk&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_sourc
e=editor
@sparklestroke @trendify. Canva [Internet]. [citado 17 out 2024]. Disponível
em: https://www.canva.com/design/DAGQdaKkXk/i_CQbThuYi6LtCqeSJlHng/view?u
tm_content=DAGQdaKkXk&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_so
urce=editor

@samuillevich. Canva [Internet]. [citado 17 out 2024]. Disponível em:


https://www.canva.com/design/DAGQdaKkXk/i_CQbThuYi6LtCqeSJlHng/view?utm_
content=DAGQdaKkXk&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_sourc
e=editor
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

OMS- Organização Mundial da Saúde.


SARS-CoV-2- Coronavírus.
LOCKDOWN- Medida preventiva obrigatória, consiste no bloqueio total.
DISPNÉIA- Dificuldade respiratória.
ANOSMIA- Perda de olfato.
AGEUSIA- Perda de paladar.
ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
PNI- Programa Nacional de Imunização.
ILPI- Instituições de Longa Permanência para Idosos
RI- Residências Inclusivas.
SUS- Sistema Único de Saúde.
HIV- Vírus da Imunodeficiência Humana.
INCQS- Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde.
FIOCRUZ- Fundação Oswaldo Cruz.
SUMÁRIO

01. INTRODUÇÃO 6
1.1 O QUE É COVID - 19? 6
1.2 O QUE É FEBRE AMARELA? 6
02. REVISÃO DE LITERATURA 7
2.1 HISTÓRIA DA COVID – 19 7
2.2 SINAIS E SINTOMAS DA COVID – 19 7
2.3 TIPOS DE VACINA DA COVID – 19 8
2.4 ATUALIZAÇÃO VACINAL COVID – 19 8
2.5 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DA COVID - 19 9
2.6 HISTÓRIA DA FEBRE AMARELA 10
2.7 SINAIS E SINTOMAS DA FEBRE AMARELA 10
2.8 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DA FEBRE AMARELA 11
2.9 VACINAÇÃO SIMULTÂNEA 11
2.10 PRECAUÇÕES DA VACINAÇÃO 12
2.11 CONTRAINDICAÇÕES 12
2.12 FUNDAMENTOS DA VACINAÇÃO 13
2.13 PAPEL DA ENFERMAGEM NA IMUNIZAÇÃO 13
2.14 DESAFIOS E ESTRATÉGIAS 15
2.15 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO 15

03. CONCLUSÃO 16

04. OBJETIVO(S) 18

05. MATERIAL E MÉTODO 19

06. RESULTADO 20

REFERÊNCIAS 22
6

1. INTRODUÇÃO
1.1 O QUE É COVID - 19?

A COVID-19 é uma doença altamente contagiosa provocada pelo novo


coronavírus, SARS-CoV-2. A infecção tem alta mortalidade em uma pequena parcela
da população infectada, especialmente em indivíduos idosos, imunossuprimidos,
diabéticos, cardiopatas e hipertensos. Muitos infectados são assintomáticos, mas
podem ser portadores, ou apresentam sintomas leves à moderados, semelhantes a
um estado gripal.1

A transmissão do vírus ocorre principalmente por meio de gotículas


respiratórias expelidas quando uma pessoa infectada fala, tosse ou espirra. Também
pode se espalhar ao tocar superfícies contaminadas e depois levar as mãos ao rosto. 1

A doença do coronavírus foi identificada no final de 2019, na cidade de Wuhan


na China. Presente em mais de 185 países, a covid - 19 foi declarada como pandemia
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 11 de março de 2020, infectando mais
de 6,4 milhões de pessoas e resultando em quase 382 mil mortes de dezembro de
2019 a junho de 2020, resultando em impactos globais profundos, afetando sistemas
de saúde, economia e estilos de vida. A prevenção inclui o uso de máscaras, higiene
das mãos, distanciamento social e vacinação.2

1.2 O QUE É A FEBRE AMARELA?

A febre amarela é doença infecciosa não - contagiosa causada por um vírus


transmitido principalmente por mosquitos, como Aedes aegypti em áreas urbanas e o
Haemagogus em áreas de floresta. É comum em regiões tropicais da América do Sul
e da África. Cerca de 90% dos casos da doença apresentam-se com formas clínicas
benignas que evoluem para a cura, enquanto 10% desenvolvem quadros dramáticos,
e nesses com mortalidade em torno de 50%. O problema mostra-se mais grave na
África onde ainda há casos urbanos.3

A zoonose não pode ser erradicada, mas pode - se controlar a quantidade de


mosquitos, reduzindo a transmissão. A prevenção da febre amarela, se da mediante
a vacinação que oferece proteção eficaz de longa duração. A OMS recomenda reforço
da vacinação a cada 10 anos.3
7

2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 HISTÓRIA DA COVID – 19
A COVID-19 surgiu no final de 2019, quando casos de uma pneumonia de
origem desconhecida foram relatados em Wuhan, China. Em janeiro de 2020, o novo
coronavírus, chamado SARS-CoV-2, foi identificado como a causa da doença, que
passou a ser chamada de COVID-19. O vírus se espalhou rapidamente, levando a
uma pandemia global declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em
março de 2020.4
O impacto foi massivo, com milhões de casos e mortes em todo o mundo.
Governos implementaram quarentenas, lockdowns e restrições de viagens para tentar
conter a propagação. Ao longo de 2020 e 2021, a ciência trabalhou rapidamente no
desenvolvimento de vacinas, que foram lançadas em tempo recorde, ajudando a
reduzir a gravidade da doença e a controlar sua disseminação.4
Os processos clínicos para a formulação de uma nova vacina em humanos,
são divididos em quatro fases. Na fase 1 desejam avaliar a segurança do produto,
enquanto na 2 avaliam a segurança, dose e frequência de administração, assim como
a sua imunogenicidade. A fase 3 tem a finalidade principal de eficácia do produto,
através de ensaios clínicos controlados, randomizados, envolvendo milhares de
voluntários. Por fim, os estudos de fase 4, ou de pós-licenciamento, estimam os
efeitos e eventos adversos após a utilização da vacina em larga escala na população
alvo, sendo que cada etapa deste processo geralmente dura em média vários meses
a anos.4

Apesar das campanhas de vacinação, novas variantes do vírus surgiram, como


a Delta e a Omicron, prolongando a pandemia. Medidas de prevenção, como o uso
de máscaras e distanciamento social, continuaram em vigor em muitas regiões até
que a situação se estabilizasse. A pandemia teve impactos profundos na saúde,
economia e estilo de vida globais, e o vírus ainda circula em algumas regiões, embora
com menor gravidade graças à imunização em larga escala.4

2.2 SINAIS E SINTOMAS DA COVID - 19


Os sinais e sintomas da COVID-19 variam em gravidade e podem aparecer de
2 a 14 dias após a exposição ao vírus. Os mais comuns incluem:
• Febre ou calafrios
8

• Tosse seca
• Fadiga
• Dificuldade para respirar (dispneia)
• Perda de olfato (anosmia) ou paladar (ageusia)
• Dores musculares e articulares
• Dor de garganta
• Dor de cabeça
• Congestão nasal ou coriza
• Náusea ou vômito
• Diarreia
Em casos graves, a COVID-19 pode causar pneumonia, síndrome respiratória
aguda grave (SRAG), falência de órgãos e morte. Pessoas com comorbidades, idosos
e imunossuprimidos correm maior risco de desenvolver complicações mais sérias. 5

2.3 TIPOS DE VACINAS DA COVID - 19


Quatro vacinas contra a doença já receberam autorização da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso no Brasil: CoronaVac, vacina do Butantan
produzida em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, o imunizante da
empresa AstraZeneca, Pfizer e Janssen, mas somente as três primeiras estão sendo
utilizadas no Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde até o
momento.6
Vale ressaltar que comparar a eficácia das vacinas e tentar eleger a melhor
entre elas pode levar a conclusões enganosas. Isso porque os imunizantes foram
desenvolvidos a partir de técnicas diferentes e testados em momentos, locais e em
populações com nível de exposição ao vírus diferentes. Houve rigor científico em
todos os testes e dados que comprovaram segurança e eficácia de todas as vacinas.
Ainda assim, a variedade de imunizantes disponíveis costuma causar dúvidas
sobre aplicação, armazenamento, tecnologia empregada e intervalo entre as doses. 6

2.4 ATUALIZAÇÃO VACINAL DA COVID - 19


Em junho de 2023, a Anvisa autorizou o registro definitivo da vacina bivalente
(vacina RNAm), mistura de cepas do vírus SARS-CoV-2 (variante original – cepa
Wuhan e variante ômicron), da fabricante Moderna para administração como dose
9

única de reforço. Para o registro foram analisados os dados clínicos e os não clínicos
apresentados pelo fabricante, que comprovaram a qualidade, a segurança e a eficácia
da bivalente (Wuhan e ômicron) quando comparada à monovalente (Wuhan).7
A versão monovalente foi amplamente utilizada em cerca de 38 países, entre
eles os EUA e os países da União Europeia. No dia 6 de março de 2024, a Anvisa
aprovou o registro definitivo da vacina monovalente contra a covid - 19 atualizada para
a variante XBB 1.5. A vacina está indicada para imunização ativa para a prevenção da
covid - 19 em crianças a partir de 6 meses de idade e em adultos.7
Trata-se de uma vacina RNA mensageiro (RNAm) que codifica a glicoproteína
spike estabilizada por meio de nanopartículas lipídicas. Após a injeção, as células do
corpo absorvem as nanopartículas lipídicas, entregando a sequência de RNAm às
células para tradução em proteína viral, iniciando então a resposta imunológica contra
o SARS-CoV-2. Essa vacina é uma plataforma não replicante e não integradora. Isso
significa que o RNAm entregue pela vacina não interage com o genoma humano e
não apresenta risco de causar infecção.7

2.5 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DA COVID - 19


Cada laboratório indica uma dosagem específica do seu imunizante, as vacinas
a Pfizer, Moderna, CoronaVac e AstraZeneca são administradas via intramuscular.
São indicados uma dose de vacina contra a covid-19 bivalente a cada 6 meses para
os seguintes públicos prioritários:
• Gestantes e puérperas;
• Idosos;
• Pessoas imunossuprimidas.
Uma dose de bivalente anual para os seguintes grupos prioritários:
• Pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI)* e
Residências Inclusivas (RI) e seus trabalhadores;
• Indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
• Trabalhadores de saúde;
• Pessoas com deficiência permanente;
• Pessoas com comorbidades;
• Pessoas privadas de liberdade de 18 anos ou mais, funcionários do sistema de
privação de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas;
10

• Pessoas em situação e rua.


Crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias:
• Completar ou iniciar o esquema vacinal de três doses com vacina Pfizer,
(possibilidade de uso da Coronavac para crianças de três e quatro anos de
idade).
Crianças de 5 a 11 anos
• Se fizer parte de algum grupo prioritário, deve se vacinar com Pfizer. A vacina
bivalente é indicada para maiores de 12 anos.
Não vacinados ou com apenas uma dose
• Pessoas que não fazem parte de nenhum grupo prioritário e que não tenham
sido vacinadas anteriormente (sem nenhuma dose prévia) ou que tenham
recebido apenas uma dose de vacina contra a covid-19 podem optar por se
vacinar, então poderão iniciar e/ou completar o esquema primário de vacinação
(o esquema primário são 2 doses).8

2.6 HISTÓRIA DA FEBRE AMARELA


A história da vacina da febre amarela se deu início no século XX e era um
problema de saúde pública principalmente nos países de clima tropical como a
África e as Américas. A doença era transmitida pelo mosquito Aedes e apresentava
altas taxas de mortalidade. Em 1900 dois médicos descobriram que a febre
amarela era transmitida por um mosquito, sendo assim foram criadas campanhas
que ajudaram a diminuir a disseminação da doença, mas não sua erradicação.9
As primeiras vacinas foram realizadas como tentativas utilizando o vírus
morto, porém não houve muito sucesso em sua eficácia. Essa vacina foi
desenvolvida por um grupo de cientistas, liderada por um sul africano chamado
Max Theiler, nos Estados Unidos.9
Em 1937 eles conseguiram desenvolver uma versão segura e eficaz da
vacina usando uma cepa 17D do vírus que mostrou - se eficaz. Logo após o
desenvolvimento da vacina, ela foi usada especialmente na África e na América
Latina, regiões endêmicas de febre amarela, e a partir disso, se tornando parte das
campanhas de saúde pública.9
Nos dias atuais a vacina é oferecida pelo SUS em uma única dose sendo
suficiente para garantir proteção, sendo recomendado reforço a cada 10 anos.
11

Levando em consideração que em viagens realizadas para países endêmicos


devem ser garantidas a vacinação de reforço obrigatoriamente.9

2.7 SINAIS E SINTOMAS DA FEBRE AMARELA:


• Hipertermia
• Cefaleia
• Náusea e vômitos
• Astenia
• Mialgia
• Lombalgia, podendo evoluir para insuficiência renal ou hepática.
O Aedes aegypti é principal vetor, e vacinação é sua maior prevenção.9

2.8 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO - FEBRE AMARELA


A dose a ser administrada é de 0,5mL, exclusivamente por via subcutânea.10
Quadro 1 - Esquema vacinal para vacina febre amarela (atenuada)
recomendado pelo Ministério da Saúde. Brasil, 2020.

População alvo Indicação

Crianças com 9 meses de vida 1 dose

Crianças com 4 anos de idade Dose de reforço

Pessoas com 5 a 59 anos de idade, não


vacinado ou sem comprovante de 1 dose
vacinação

Ministério da Saúde C. Ministério da Saúde [Internet]. Programa Nacional de Imunizações; [citado 21


out 2024]. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/pni

2.9 VACINAÇÃO SIMULTÂNEA


A vacina de febre amarela pode ser administrada concomitantemente com a
maioria das vacinas presentes no Calendário Nacional de Vacinação, não sendo
recomendado nenhum intervalo entre estas, exceto com a vacina tríplice viral
(sarampo, caxumba e rubéola) ou tetravalente (sarampo, caxumba, rubéola e varicela)
em crianças menores de 2 anos de idade. Neste caso recomenda-se um intervalo de
12

30 dias entre uma vacina e outra, salvo em situações as quais não possam ser
respeitado esse intervalo, ou seja, em situações endêmicas ou que o risco de não
vacinação supere potenciais impactos negativos na resposta imune. Dessa forma a
vacinação simultânea deverá ser realizada sem considerar o intervalo preposto entre
as doses.11

2.10 PRECAUÇÕES PARA VACINAÇÃO


• Casos de doenças febris moderadas ou graves, recomenda-se adiar a
vacinação até que haja a melhora do quadro apresentado, a fim de não
correlacionar as manifestações da doença por causa da vacina.
• Crianças menores de 13 anos, infectadas pelo Vírus da Imunodeficiência
Humana (HIV), assintomáticas e com alteração imunológica ausente: indicar a
vacinação.
• Crianças menores de 13 anos infectadas pelo HIV, assintomáticas e com
alteração imunológica moderada: realizar avaliação dos parâmetros clínicos e
os riscos epidemiológicos que possam vir apresentar antes de ofertar a vacina.
• Pacientes com histórico de doença neurológica de natureza como síndrome de
Guillain - Barré, encefalomielite aguda disseminada e esclerose múltipla:
avaliar caso a caso anteriormente à vacinação.
• Pacientes transplantados de células tronco hematopoiéticas (medula óssea):
devem ser avaliados, considerando o risco epidemiológico. Caso se optado
pela vacinação, deve ser respeitado o prazo mínimo de 24 meses após o
transplante.12

2.11 CONTRAINDICAÇÕES
• Crianças menores de 6 meses de idade.
• Crianças menores de 13 anos e adultos infectadas pelo HIV com alteração
imunológica grave. Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras
(corticosteróides, quimioterapia e radioterapia).
• Pacientes em tratamento com medicamentos modificadores da resposta imune
(Infliximabe, Etarnecepte, Golimumabe, Certolizumabe,
Abatacept,Belimumabe, Ustequinumabe, Canaquinumabe, Tocilizumabe,
Rituximabe).
13

• Indivíduos com imunodeficiências primárias graves.


• Pacientes com neoplasia maligna.
• Indivíduos com história de reação anafilática grave relacionada a substâncias
presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou
outras).12

2.12 FUNDAMENTOS DA VACINAÇÃO


O conceito fundamental da imunização reside na aplicação de um
microrganismo, seja ele vivo atenuado ou inativado (na forma inteira ou em
subunidades), que é capaz de provocar uma resposta imunológica, evitando que a
pessoa vacinada adoeça ao entrar em contato com o microrganismo no futuro.10

2.13 PAPEL DA ENFERMAGEM NA IMUNIZAÇÃO


O enfermeiro atuante na educação em saúde que é uma das principais
ferramentas para a prevenção, promoção e recuperação da saúde, entendendo que a
imunização é um processo de conscientização individual e coletiva. O enfermeiro atua
com ações direcionas para o cuidado, gestão e educação, exercendo atividades
educativas em diversos cenários da prática profissional, visando atender à
necessidade da comunidade assistida.13
O papel do enfermeiro na sala de vacinação é indispensável, tendo em vista
sua atuação na assistência e nas ações que são desenvolvidas nesse âmbito, visto
que essa profissional deve atuar em todos os processos que envolvem ações voltadas
para a imunização da população.13
O enfermeiro tem como primordial, responsabilidade nos procedimentos de
preparo dos imunobiológicos, realizar capacitação e adequação das atividades
desempenhas pelas equipes de enfermagem, posteriormente também, o acolhimento
e educação de todos os indivíduos aos quais encontram-se inseridos no programa de
imunização.13
A imunização é uma das principais intervenções em saúde pública no Brasil e
o profissional enfermeiro tem suma importância na gestão das imunizações, visto que
o mesmo é responsável pelas ações ocorridas na imunização, além de contribuir na
educação constante da equipe de enfermagem, como também em repassar as
informações à sua equipe, com isso o enfermeiro transforma as salas de vacinação
em um ambiente de aprendizado contínuo.13
14

Sendo assim, o enfermeiro tem o privilégio de intervir no processo de saúde


doença de forma eficiente, possibilitando ao cidadão a adoção de um comportamento
saudável e participativo, além do acesso consciente a um direito adquirido, baseado
no conceito de promoção à saúde.13
O enfermeiro é o profissional responsável por garantir que a população tenha
acesso à informação correta sobre a vacinação, incentivando a adesão aos programas
de imunização e contribuindo para a prevenção de doenças, desempenhando um
papel fundamental na prevenção da febre amarela e da COVID-19.13

Na educação em saúde:
• Conscientização da população: o enfermeiro é a ponte entre a informação
científica e a comunidade, transmitindo de forma clara e objetiva os riscos da
doença, a importância da vacinação e as medidas preventivas.
• Desmistificação: ao esclarecer dúvidas e mitos sobre a febre amarela e a
vacina, o enfermeiro contribui para reduzir a hesitação vacinal e aumentar a
adesão aos programas de imunização.
• Grupos de risco: identifica e direciona ações educativas específicas para
grupos mais vulneráveis, como viajantes, trabalhadores em áreas de risco e
pessoas com comorbidades.14
Na vacinação:
• Administração: aplica a vacina de forma segura e eficaz, seguindo os
protocolos estabelecidos.
• Monitoramento: acompanha os pacientes após a vacinação, identificando e
notificando possíveis reações adversas.
• Registro: mantém os registros de vacinação atualizados, garantindo a
cobertura vacinal da população.14
Na prevenção e controle:
• Vigilância epidemiológica: auxilia na identificação de casos suspeitos e no
controle de surtos, contribuindo para a interrupção da cadeia de transmissão
do vírus.
• Promoção de medidas preventivas: incentiva a população a adotar medidas de
proteção individual, como o uso de repelentes e roupas adequadas, e o
combate ao mosquito transmissor.
15

• Articulação com outras áreas: trabalha em parceria com outros profissionais de


saúde, gestores e comunidade para desenvolver estratégias eficazes de
prevenção e controle da febre amarela.14

2.14 DESAFIOS E ESTRATÉGIAS

• Hesitação vacinal: a disseminação de informações falsas e a desconfiança em


relação às vacinas são desafios que exigem estratégias de comunicação
eficazes e baseadas em evidências científicas.
• Acesso à vacina: garantir o acesso da população à vacina, especialmente em
áreas remotas, é fundamental para alcançar a cobertura vacinal desejada.
• Atualização profissional: o enfermeiro precisa estar sempre atualizado sobre as
novas diretrizes e recomendações para a prevenção da febre amarela.
• Sobrecarga de trabalho: a demanda por atendimento aumentou
significativamente com a COVID-19, sobrecarregando os profissionais de
saúde.
• Exposição ao risco: os enfermeiros estiveram expostos ao vírus, colocando em
risco a própria saúde e a de seus familiares.
• Mudanças rápidas de protocolos: a pandemia exigiu que os profissionais de
saúde se adaptassem rapidamente às novas diretrizes e protocolos.14

2.15 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO

• Salvar vidas: a vacinação em massa, coordenada pelos enfermeiros, contribui


significativamente para a redução da mortalidade.
• Proteção da população: a atuação do enfermeiro é fundamental para proteger
a população, especialmente os grupos mais vulneráveis.
• Fortalecimento do sistema de saúde: os enfermeiros demonstraram sua
capacidade de adaptação e resiliência, fortalecendo o sistema de saúde.

Em resumo, o enfermeiro é um profissional essencial na luta contra a febre


amarela e contra a COVID-19. Através da educação em saúde, da vacinação e da
promoção de medidas preventivas, ele contribui para proteger a população e controlar
a doença.14
16

3. CONCLUSÃO

As vacinas ofertadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) para


combater a COVID-19 e a febre amarela são eficazes, efetivas e seguras. Elas
possuem autorização de uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
e passam por um rigoroso processo de avaliação de qualidade pelo Instituto Nacional
de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz),
instituição responsável pela análise de qualidade dos imunobiológicos adquiridos e
distribuídos pelo SUS.15
Antes da vacina chegar à população brasileira nas unidades de saúde, ela
passa por um processo complexo de distribuição, coordenado pelo Ministério da
Saúde.15
A vacina para a febre amarela é a medida mais importante para prevenção e
controle da doença, e confere proteção entre 90% e 98%. Entretanto, assim como
qualquer vacina ou medicamento, pode causar eventos adversos.16
As vacinas contra a COVID-19 e a febre amarela demonstram de forma clara o
impacto crucial da imunização na prevenção de doenças graves e na proteção da
saúde pública. No caso da febre amarela, uma vacina eficaz já existe há décadas,
sendo essencial para o controle da doença em áreas endêmicas, prevenindo surtos e
evitando mortes. Já as vacinas contra a COVID-19, desenvolvidas em tempo recorde,
foram fundamentais para reduzir a transmissão do vírus, diminuir a gravidade dos
casos e salvar milhões de vidas em um momento de crise sanitária global.15

Ambos os exemplos reforçam a importância das vacinas no combate a doenças


infecciosas, sejam elas de longa data, como a febre amarela, ou emergentes, como a
COVID-19. A confiança na ciência e o apoio às campanhas de vacinação continuam
sendo elementos centrais para manter essas doenças sob controle e proteger a
sociedade de futuras ameaças.16
17

• Atualização vacinal da COVID-19

Ministério da Saúde C. Ministério da Saúde - Vacinômetro COVID-19 [Internet]. Vacinômetro COVID-


19 [imagem]; 21 out 2024 [citado 21 out 2024]. Disponível em:
https://infoms.saude.gov.br/extensions/SEIDIGI_DEMAS_Vacina_C19/SEIDIGI_DEMAS_
Vacina_C19.html

• Atualização vacinal da febre amarela, segundo região:

Atualização vacinal da febre amarela, segundo região [Internet]. Atualização vacinal da febre amarela,
segundo região [imagem]; 2022 [citado 14 out 2024]. Disponível em:
http://pni.datasus.gov.br/index.asp
18

4. OBJETIVOS

Ampliar o conhecimento sobre as vacinas da covid - 19 e da febre amarela,


analisando os processos de desenvolvimento, eficácia e impacto de aceitação social
considerando os contextos históricos.
Produzir um material instrucional sobre as vacinas da covid - 19 e da febre
amarela, para utilização em atividades educativas promovidas pelo Curso de
Enfermagem - UNIP Bauru.
Implementar o papel educativo do enfermeiro nas discussões relacionadas à
importância das vacinas da covid - 19 e da febre amarela, destacando estratégias de
promoção de imunização, manejo de efeitos adversos e conscientização sobre a
importância da vacinação.
19

5. MATERIAL E MÉTODO

Trata-se de um estudo de revisão de literatura e da criação de material


instrucional referente as vacinas da covid - 19 e da febre amarela.
Para a criação do material foram respeitadas as seguintes etapas: Referencial
teórico, criação e produção do material, aplicabilidade e avaliação, visando a produção
de material que contribua no desenvolvimento de ações metodológicas para o
crescimento e fortalecimento da educação em saúde.
O produto deste trabalho resultou em folhetos, apresentados na Disciplina
Prática Cínica do Processo de Cuidar da Saúde da Mulher, Criança e Adolescente.
20

5. RESULTADO
21
22

REFERÊNCIAS

1.SciELO - Brasil [Internet]. COVID-19: clinical and laboratory manifestations in novel


coronavirus infection; [citado 21 out 2024]. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/jbpml/a/PrqSm9T8CVkPdk4m5Gg4wKb/?lang=pt

2. Macedo Souto X. COVID-19: ASPECTOS GERAIS E IMPLICAÇÕES GLOBAIS


[Internet]; [citado 20 out 2024]. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Xenia-
Souto/publication/341909843_Covid-
19_aspectos_gerais_e_implicacoes_globais/links/5ed9010592851c9c5e7bc5ae/Covid-19-
aspectos-gerais-e-implicacoes-globais.pdf

3. Fernando da Costa Vasconcelos P. SciELO - Brasil [Internet]. Febre amarela; 2003 [citado
21 out 2024]. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rsbmt/a/3dpcS3SXsMPVt6LrTZVgJtj/?format=html⟨=pt

4.Jorge da Fonseca Lima E, Mapurunga Almeida A, de Ávila Kfouri R. SciELO - Brasil


[Internet]. Vaccines for COVID-19 - state of the art; 2021 [citado 21 out 2024]. Disponível
em: https://www.scielo.br/j/rbsmi/a/hF6M6SFrhX7XqLPmBTwFfVs/?lang=pt

5. Silva LN da C e, Paz ESL da, Santana KR de, Paz Júnior FB da, Cardoso M do SO, Cruz
AP da, Melo Júnior PMR de, Barros JPRA de, Guaraná CFR, Freitas LR. Análise da
produção científica acerca das vacinas contra Covid-19. Braz. J. Implantol. Health Sci.
[Internet]. 30º de agosto de 2023 [citado 20º de outubro de 2024];5(4):1158-79. Disponível
em: https://bjihs.emnuvens.com.br/bjihs/article/view/459

6. Silva TMR da, Maia ACMS, Malta SE de P, Pereira CV da C, Rezende BM, Resende CB
de. Vacinas contra a COVID-19: principais plataformas e bases imunológicas. Estratégias de
vacinação contra a COVID-19 no Brasil: capacitação de profissionais e discentes de
enfermagem. 2021 Dec 1;VI(6):41–51. Disponível em:
https://publicacoes.abennacional.org.br/wp-content/uploads/2021/12/e8-vacinas-cap5.pdf

7. GUIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE Volume único 9 MINISTÉRIO DA SAÚDE 3 a edição


[Internet]. 2019. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_3ed.pdf

8. Informes Técnicos [Internet]. Ministério da Saúde. 2024 [cited 2024 Oct 8]. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/covid-19/informes-tecnicos

9. Vírus, Mosquitos e Modernidade a febre amarela no Brasil entre ciência e política


[Internet]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ; 2006 [citado 21 out 2024]. 427 p. Disponível
em: https://static.scielo.org/scielobooks/7h7yn/pdf/lowy-9788575412398.pdf

10. Vacina [Internet]. Ministério da Saúde. Disponível em:


https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/f/febre-amarela/vacina

11. Vacina febre amarela – FA - Família SBIm [Internet]. familia.sbim.org.br. Disponível em:
https://familia.sbim.org.br/vacinas/vacinas-disponiveis/vacina-febre-amarela-fa

12. Bianca Rodrigues Matos, Isabella Rocha Xavier, Jóice Altoé, Silva, Rafaela A. Causas
da Resistência à Vacinação e o Papel da Enfermagem: Revisão Narrativa. Revista Científica
23

Foz [Internet]. 2023;6(1):12–2. Disponível em:


https://revista.ivc.br/index.php/revistafoz/article/view/294

13. Oliveira GC de A, Imperador C, Ferreira ARO, Oliveira WR, Camparoto CW, Jesus WA
de, et al. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PROCESSO DE IMUNIZAÇÃO: REVISÃO
DA LITERATURA / NURSING CARE IN THE IMMUNIZATION PROCESS: LITERATURE
REVIEW. Brazilian Journal of Development. 2021;7(1):7381–95. Disponível em:
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/23447

14. Suassuna M. ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO PROGRAMA NACIONAL DE


IMUNIZAÇÃO E NAS ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE. Journal of Medicine and
Health Promotion [Internet]. 2021 [cited 2024 Oct 8];6(1):562–8. Disponível em:
https://jmhp.unifip.edu.br/index.php/jmhp/article/view/138

15. Ministério da Saúde C. Secretaria de Comunicação Social [Internet]. Mais de 88% dos
brasileiros com cinco anos ou mais tomaram ao menos duas doses de vacina contra Covid-
19 até o início de 2023; 24 maio 2024 [citado 21 out 2024]. Disponível em:
https://www.gov.br/secom/pt-br/assuntos/noticias/2024/05/mais-de-88-dos-brasileiros-com-
cinco-anos-ou-mais-tomaram-ao-menos-duas-doses-de-vacina-contra-covid-19-ate-o-inicio-
de-2023#:~:text=PELO%20MENOS%20UMA%20DOSE%20—%20Até,(97,5%20milhões).

16. Mendes A. Fiocruz [Internet]. Ministério da Saúde atualiza casos de febre amarela no
país; 17 jan 2018 [citado 21 out 2024]. Disponível em:
https://portal.fiocruz.br/noticia/ministerio-da-saude-atualiza-casos-de-febre-amarela-no-pais

Você também pode gostar