Manual Cirurgia MaxiloFacial 11
Manual Cirurgia MaxiloFacial 11
Manual Cirurgia MaxiloFacial 11
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS BIOSSEGURANÇA EM CIRURGIA
ODONTOLÓGICA NA PANDEMIA DA COVID-19
O QUE MUDA NA PRÁTICA DA CIRURGIA MAXILOFACIAL APÓS A
PANDEMIA DA COVID-19
A COVID-19 tem sido relatada como uma doença letal e com piores desfechos em
pacientes com idade avançada e que apresentam comorbidades como: doença cardíaca
crônica, diabetes, doença pulmonar crônica não asmática, doença renal crônica, doença
hepática ou obesidade (CALISKAN & SAYLAN, 2020). A doença se torna mais letal nesses
pacientes, pois, vírus SARS-CoV-2 tem afinidade com a enzima conversora de angiotensina 2
(ECA2) humana, ligando-se ao seu receptor, quando a proteína é ativada pela protease
transmembrana serina 2 (TMPRSS2). A ECA2 é expressa nas células alveolares tipo II no
pulmão, além de ser liberada no músculo cardíaco quando o sistema renina-angiotensina é
ativado de forma excessiva, como em casos de doenças cardíacas. Essa enzima também é
expressa no epitélio intestinal, endotélio vascular e rins. Por isso, em pacientes com alguma
morbidade os sintomas da COVID-19 são mais severos levando ao óbito, pois a ligação do
vírus a essa enzima causa uma infecção, tendo falência múltipla dos órgãos (ASKIN et al.,
2020). Em pacientes obesos há um desequilíbrio metabólico pré-existente que é exacerbado
pela diabetes e hipertensão. Tendo maior comprometimento do sistema renina-angiotensina,
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levando a complicações mórbidas com a presença do vírus SARS-CoV-2 (PETRAKIS et al.,
2020).
Dentre os sintomas clínicos estão a febre acima de 39°C que não cessa com o uso de
antitérmicos, tosse não produtiva, dispneia, mialgia, fadiga e diarreia. Em exames
complementares de sangue a contagem de leucócitos apresenta-se diminuída e em exames de
imagem, há evidências de pneumonia (MELIAN-RIVAS et al., 2020). A fim de reverter o
quadro, as pessoas são hospitalizadas e recebem cuidados em unidades de tratamento
intensivo, necessitando de oxigênio podendo ser intubadas e passando por traqueostomias
(MONJE GIL et al., 2020). As crianças apresentam-se assintomáticas e quando sintomáticas,
os sintomas são mais brandos, como febre baixa, tosse e problemas gastrointestinais, com
recuperação em uma semana. Ademais a contaminação do vírus SARS-CoV-2 tem sido
relacionado com o desenvolvimento da síndrome inflamatória multissistêmica em crianças.
Desenvolvendo febre persistente e características da síndrome de Kawasaki (MARTINS et
al., 2021).
Como o vírus é altamente transmissível, se torna necessário sua detecção precoce para
que seja implementado o distanciamento social dos infectados que contém a carga viral. Para
isso, é indicado teste como o de reação em cadeia da polimerase com transcrição reversa (RT-
PCR), que consegue constatar a presença do vírus SARS-CoV-2 em secreções corporais
presentes no trato respiratório ou teste como ensaios imunoenzimáticos ou
imunocromatográficos, que medem a resposta imune da pessoa quanto à infecção. Para isto, é
indicado que a amostra para o teste deve ser obtida a partir do oitavo dia do início dos
sintomas. Pois assim, o sistema imune já produziu anticorpos necessários e em grande
quantidade, sendo detectados nos teste (LIMA et al., 2020).
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Risco de infecção do cirurgião-dentista
A pandemia de COVID-19 trouxe uma nova realidade acerca dos protocolos médicos
e hospitalares em todo o mundo. As intervenções odontológicas incluem manuseio de
perfurocortantes, proximidade com a região orofaríngea do paciente além da exposição direta
à saliva e sangue durante a realização de procedimentos que, em sua maioria, produzem
aerossois (FRANCO; CAMARGO; PERES, 2020; GUGNANI; GUGNANI, 2020). A fim de
se evitar a transmissão do coronavírus, as mudanças nas propostas de controle de contágio
precisaram ser revisadas e adotadas de maneira emergencial remanejando/adequando suas
estruturas clínicas no intuito de direcionar o atendimento aos casos suspeitos ou confirmados
de COVID-19. Essa estratégia limitou as cirurgias, de uma forma geral, para os casos de
urgência e emergência e expôs as fragilidades dos sistemas de saúde (GUGNANI;
GUGNANI, 2020).
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A indicação de cirurgias eletivas, no entanto, deve ser analisada, bem como suas
possibilidades de adiamento de acordo com a necessidade e prioridades de saúde pública, em
relação à disponibilidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva e de profissionais
especializados. É necessário destacar o aumento da suscetibilidade ao COVID-19, por causa
da imunossupressão debilitada em decorrência destas cirurgias e, assim, operar somente os
casos de extrema necessidade, pautados em uma discussão multiprofissional, para também se
evitar sobrecarregar o sistema de saúde (BESNIER; TUECH; SCHWARZ, 2020).
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Fonte: Franco; Camargo; Peres, 2020; Gugnani; Gugnani, 2020.
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Realizar uma triagem direcionada de preferência
através de teleconsulta inicial, perguntando sobre
sintomatologia própria da doença, realização de
viagens durante o período de pandemia e realização
de testagem para COVID-19.
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Utilizar enxaguatório bucal pré-procedimento para redução da carga viral presente na
saliva: enxágue bucal com iodo-povidona a 0,2% ou peróxido de hidrogênio 0,5-1%;
Quanto à execução das radiografias devem-se priorizar as imagens extraorais, como
radiografia panorâmica ou tomografia computadorizada de feixe cônico. Se a imagem
intraoral for obrigatória, os sensores devem ter dupla barreira, evitando contaminação
cruzada;
Aspirar a saliva do paciente de forma contínua, evitando aspirações repetidas, todavia
a irrigação deve ser limitada;
Presença de filtros evacuadores de alto volume (HVE) na área de tratamento, pois
removem os bioaerossois, reduzindo o potencial de contaminação em até 90%;
Recomenda-se o uso de dispositivos descartáveis para prevenir contaminação
cruzada;
Recomenda-se minimizar o uso de instrumentos como: peça de alta rotação para
reduzir o risco de geração de aerossóis contaminados;
Em caso de intubação, a equipe deve aguardar 20 minutos do lado de fora da sala de
operação, antes de iniciar o procedimento;
Quanto ao acesso cirúrgico, se possível realizar cirurgia fechada, caso contrário,
priorizar acesso extraoral. Usar bisturi a frio;
Caso seja necessária a realização de osteotomia, realizar pouca ou nenhuma irrigação;
A redução e fixação de fraturas devem ser feitas de maneira menos traumática
possível, reduzindo o número de perfurantes, a exemplo do bloqueio mandibular com
parafusos IMF autoperfurantes;
Avaliar necessidade de leito em UTI e reduzir a quantidade de profissionais
auxiliares;
O SARS-Cov-2 pode permanecer viável em aerossol e sobreviver até 3 dias em
superfícies inanimadas na temperatura ambiente, sendo assim todas as superfícies
devem ser desinfetadas, para conter a disseminação do vírus;
Desinfecção de superfícies com 62% -71% de etanol, 0,5% de peróxido de hidrogênio
e 0,1% de hipoclorito de sódio, uma vez que o vírus permanece nessas superfícies
inanimadas por até 9 dias.
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questionário de emergência a gravidade da situação dentária pode ser avaliada e pode-se
fornecer ou adiar o atendimento (ATHER et al., 2020).
Celulite Pulpite
Infecção bacteriana Cárie extensa
Traumatismo Restaurações incorretas com presença de dor
Pericoronarite
envolvendo ossos da
face
Hemorragias Alveolite pós-operatória
Abscessos (dentário ou periodontal)
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Fratura dentária
Cimentação ou fixação de coroas ou próteses
fixas
Ajuste ou reparo de próteses removíveis
Troca de medicação intracanal em caso de dor
Necroses orais
Ajuste, troca ou remoção de dispositivo
ortodôntico que provoque ulceração
Trauma dentário com avulsão ou luxação
Fonte:Franco; Camargo; Peres, 2020.
EPIs
Dentre os EPIs, recomendados pelo Conselho Federal de Odontologia (2020) e que devem
ser utilizados pelos cirurgiões, auxiliares e toda a equipe, estão:
Gorro ou touca: que serve como barreira de proteção capilar contra microrganismos
patogênicos emitidos pelas vias respiratórias dos pacientes.
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Máscara cirúrgica N95, N99, N100, FFP2, ou FFP3: para prevenir a inalação dos
bioaerossois, devendo possuir uma eficiência mínima de 95% para filtração de
partículas até 0,3µ e é importante observar se a vedação lateral da máscara e a
cobertura da região nasal estão corretas. Deve ser desinfectada a cada paciente,
segundo recomendações do fabricante. Caso esteja molhada, deve ser trocada a cada
paciente.
Óculos de proteção e face shield: para evitar o contato de partículas virais com as
membranas mucosas dos olhos, nariz e boca. Os protetores faciais deverão ser
desinfectados após cada atendimento e os óculos de proteção devem cobrir as laterais
do rosto.
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Luvas cirúrgicas estéreis: para proteger a mão do cirurgião do contato com fluidos
corporais do paciente, como sangue e saliva durante a cirurgia.
Além disso, toda a equipe de profissionais atuantes deve ser treinada para realizar
adequadamente a paramentação pré-cirúrgica e a desparamentação pós-cirúrgica, seguindo
uma sequência lógica e um protocolo para que possa ser considerado como barreira efetiva
(COVID-19, 2020).
REFERÊNCIAS
2. ATHER, Amber et al. Coronavirus disease 19 (COVID-19): implications for clinical dental
care. Journal of endodontics, v. 46, n. 5, p. 584-595, 2020.
17
3. BESNIER E, TUECH JJ, SCHWARZ L. We Asked the Experts: Covid-19 Outbreak: Is
There Still a Place for Scheduled Surgery? "Reflection from Pathophysiological Data". World
J Surg.; v.44, n.6, p.1695-1698, 2020.
4. CALISKAN, Tayfun; SAYLAN, Bengu. Smoking and comorbidities are associated with
COVID-19 severity and mortality in 565 patients treated in Turkey: a retrospective
observational study. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo , v. 66, n. 12, p. 1679-
1684, Dec. 2020 .
9. CHU, Derek K. et al. Physical distancing, face masks, and eye protection to prevent
person-to-person transmission of SARS-CoV-2 and COVID-19: a systematic review and
meta-analysis. The Lancet, v. 395, n. 10242, p. 1973-1987, 2020
18
11. FRANCO, Juliana Bertoldi; CAMARGO, Alessandra Rodrigues de; PERES, Maria Paula
Siqueira de Melo. Dental care in the COVID-19 era: recommendations for dental procedures
and professionals. Rev Assoc Paul Cir Dent, [S.I.], v. 1, n. 74, p. 18-21, 2020.
12. GE, Zi-yu et al. Possible aerosol transmission of COVID-19 and special precautions in
dentistry. Journal of Zhejiang University-SCIENCE B, p. 1-8, 2020.
13. GUGNANI, Neeraj; GUGNANI, Shalini. Safety protocols for dental practices in the
COVID-19 era. Evidence-based dentistry, v. 21, n. 2, p. 56-57, 2020.
14. LIMA, Francisca Elisângela Teixeira et al. Intervalo de tempo decorrido entre o início
dos sintomas e a realização do exame para COVID-19 nas capitais brasileiras, agosto de
2020. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 30, n.1 p. CONFERIR PAGINA, 2020.
16. MARTINS, Marlos Melo et al. Clinical and laboratory characteristics of sars-cov-2
infection in children and adolescents. Revista Paulista de Pediatria, v. 39, 2021.
18. MONJE GIL, Florencio et al . Manejo de pacientes en cirugía oral y maxilofacial durante
el periodo de crisis y de control posterior de la pandemia de COVID-19. Rev Esp Cirug Oral
y Maxilofac, Madrid , v. 42, n. 2, p. 51-59, 2020 .
19
21. RAWAT, Kajal; KUMARI, Puja; SAHA, Lekha. COVID-19 vaccine: A recent update in
pipeline vaccines, their design and development strategies. European journal of
pharmacology, 2020.
22. RIVERA, César. Los Aerosoles Dentales a Propósito de la Pandemia por COVID-19. Int.
J. Odontostomat., Temuco, v. 14, n. 4, p. 519-522, dic. 2020.
24. RODRIGUES, Matheus Francisco Barros et al. Special precautions in oral and
maxillofacial surgeries regarding COVID-19 transmission. Brazilian Journal of Development,
v. 6, n. 9, p. 66012-66021, 2020.
25. SHARMA, Omna et al. A Review of the Progress and Challenges of Developing a
Vaccine for COVID-19. Frontiers in immunology, v. 11, p. 2413, 2020.
26. SILVA, Leonardo Emilio et al. Cirurgias eletivas no “novo normal” pós-pandemia da
COVID-19: testar ou não testar?. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 47, 2020.
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CAPÍTULO 1 - AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
1.1 Formato padrão para registro de resultados do histórico e do exame físico
1- Dados biográficos;
2- Queixa principal e seu respectivo histórico;
3- História médica;
4- História familiar;
5- Revisão de sistemas;
6- Exame físico;
7- Resultados laboratoriais e de imaginologia.
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Colocar música ambiente relaxante;
Utilizar anestésicos locais de duração e intensidades suficientes;
Fazer sedação com óxido nitroso em caso de necessidade;
Usar ansiolíticos intravenosos em caso de necessidade;
Depois da cirurgia
Instruções para o cuidado pós-operatório;
Orientar o paciente quanto as sequelas cirúrgicas que podem ser formadas;
Fazer tranquilização adicional;
Prescrever analgésicos eficazes;
Se deixar a disposição do paciente caso este precise entrar em contato para relatar qualquer
problema;
Telefonar para o paciente durante a noite e depois da cirurgia para certificar se existe algum
problema.
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2- Checar com o médico se será preciso tratamento odontológico invasivo antes dos 6 meses,
desde o infarto agudo do miocárdio;
3- Checar se o paciente faz uso de anticoagulantes, como por exemplo, a aspirina;
4- Fazer uso de protocolo de redução de ansiedade;
5- Se o médico aconselhar, usar profilaticamente a nitroglicerina;
6- De modo opcional, administrar oxigênio suplementar;
7- Promover anestesia local profunda;
8- Avaliar a possibilidade de uso do óxido nitroso;
9- Monitorar sinais vitais e manter contato verbal com o paciente;
10- Avaliar possível limitação no uso de epinefrina para 0,04 mg;
11- Considerar a possibilidade de encaminhamento para um cirurgião bucomaxilofacial.
1.4.4 Disritmias
Limitar a administração de epinefrina à quantidade de 0,04 mg.
Monitorar cuidadosamente os sinais vitais.
Em caso de pacientes portadores de marca passo nessas condições, evitar o uso de
equipamentos elétricos e microondas perto do paciente.
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3- Defeitos cardíacos congênitos cianóticos que não foram reparados ou possuem defeitos
parciais remanescentes após o reparo;
4- Transplantes cardíacos com valvulopatia;
Como fazer:
Administrar 2g de amoxicilina via oral 1h ou 30 minutos antes da realização do
procedimento.
1.5.7 Asma
Estreitamento de pequenas vias aéreas inflamadas que geram sibilos e dispneia como
resultado de estimulações químicas, infecciosas, imunológicas, emocionais ou a combinação
de todas.
1- Adiar o tratamento odontológico até que a asma esteja controlada e o paciente não
apresente mais nenhum sinal de infecção no trato respiratório;
2- Utilizar o estetoscópio para auscultar o tórax a fim de detectar qualquer sibilo antes de
cirurgias ou sedação;
3- Aplicar protocolo de ansiedade juntamente com óxido nitroso (entretanto, evitar
depressores respiratórios);
4- Consultar o médico do paciente sobrea possibilidade de uso do cromoglicato de sódio no
pré-operatório ou qualquer outro antiasmático;
5- Caso o paciente esteja ou tenha histórico de uso de corticosteroides cronicamente,
promover profilaxia para insuficiência adrenal;
TABELA 6. PACIENTE USANDO CORTICOESTEROIDES NO MOMENTO DA
CIRURGIA
Instruir o paciente a dobrar a dose habitual no dia anterior, no dia da cirurgia e no dia após;
No segundo dia após a cirurgia, instruir o paciente a tomar a dose usual de corticosteroides;
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TABELA 7. PACIENTE QUE NÃO USA CORTICOESTEROIDES NO MOMENTO DA
CIRURGIA MAS RECEBEU PELO MENOS 20G DE HIDROCORTISONA (CORTISOL
OU EQUIVALENTE) POR MAIS DE 2 SEMANAS DURANTE O ANO ANTERIOR
Opção 1- Instruir o paciente a tomar 60mg de hidrocortisona (ou equivalente) no dia
anterior na manhã da cirurgia;
Opção 2- Cirurgião-Dentista deve administrar 60mg de hidrocortisona (ou equivalente via
intramuscular ou intravenosa antes da cirurgia
Durante os dois primeiros dias após a cirurgia, a dose deve ser diminuída a 40mg e
posteriormente a 20mg três dias depois da redução anterior;
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1.5.9 Insuficiência renal e paciente que está recebendo hemodiálise
1- Evitar o uso drogas que dependem de metabolismo renal ou excreção e, se forem
necessárias, alterar a dose. Evitar uso de tubo atrioventricular para administrar drogas ou
fazer coleta de amostras de sangue;
Precauções: Biossegurança
Utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
Cuidados ao manusear equipamentos pontiagudos e/ou perfurocortantes que tenham
contato com material biológico a fim de obter prevenção da infecção cruzada e
diminuir os riscos de acidentes com exposição de material biológico
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7- Avaliar a possibilidade de antibióticoprofilaxia principalmente em pacientes que fazem o
uso de imunossupressores.
1.5.11 Hipertensão
Hipertensão leve a moderada (> 140/90 mmHg)
1- Não é preciso adiar o tratamento odontológico, mas deve-se salientar para o paciente a
importância de procurar um médico para tratamento da hipertensão;
2- Fazer o monitoramento da pressão arterial em todas as visitas e sempre que houver
administração de anestésico local com epinefrina acima de 0,04 mg em uma única visita;
3- Aplicar o protocolo de redução de ansiedade;
4- Evitar mudanças bruscas de postura em pacientes que usam drogas vasodilatadoras;
5- Evitar administração de substâncias endovenosas que apresentam sódio na composição.
Hipertensão Severa (> 200/110 mmHg)
1- Adiar o procedimento odontológico até que a hipertensão esteja controlada;
2- Em caso de emergências, avaliar o encaminhamento para um cirurgião bucomaxilofacial
ou realizar o procedimento em ambiente hospitalar.
1.5.12 Insuficiência hepática
1- Identificar a causa, se for hepatite B, buscar a tomada de precauções habituais. (Para tal,
consultar o item 2.5.9 item 7)
2- Em caso de necessidade de uso de drogas com excreção hepática deve-se alterar a dose,
entretanto, o ideal é evitar;
3- Solicitar exames para avaliação de distúrbios hemorrágicos eventualmente presentes;
4- Evitar situações em que o paciente esteja suscetível a engolir grandes quantidades de
sangue.
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5- Conversar com o paciente durante a cirurgia;
6- Caso o paciente esteja impossibilitado de beber ou comer anteriormente da cirurgia e tiver
dificuldade em se alimentar depois do procedimento é recomendado que este não tome a dose
habitual de insulina regular ou NPH. Administrar por via intravenosa 5% de dextrose em
gotejamento a 150 mL por hora;
7- Se possível, permitir que o paciente tome café da manhã normal antes da cirurgia e
orientá-lo a tomar a dose de insulina regular habitual, entretanto, apenas metade da dose de
insulina NPH;
8- Orientar o paciente a tomar as doses de insulina normais apenas quando estiverem aptos a
fazer atividades físicas e a retornar ao nível habitual de ingestão de calorias;
9- Atentar-se aos sinais de hipoglicemia;
10- Fazer o tratamento das infecções de forma agressiva.
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Caso o paciente não esteja fazendo uso de corticosteroides, mas já recebeu ao menos
20 mg de hidrocortisona além de duas semanas durante o ano anterior:
1- Aplicar o protocolo de redução de ansiedade;
2- Fazer o monitoramento dos sinais vitais no transoperatório e pós-operatório;
3- Orientar o paciente a tomar 60mg de hidrocortisona no dia anterior e na manhã do dia da
cirurgia (ou o cirurgião dentista administrar 60 mg de hidrocortisona ou equivalente via
intramuscular ou intravenoso antes de cirurgia complexa);
4- Durante os dias iniciais após a cirurgia, reduzir a dose a 40 mg e diminuir a 20 mg três dias
depois da redução anterior. O médico pode interromper a administração de esteroides
suplementares seis dias depois da cirurgia.
1.5.15 Hipertireoidismo
1- Realizar a cirurgia apenas quando a disfunção da glândula tireoide estiver controlada;
2- Fazer o monitoramento dos sinais vitais no transoperatório e pós-operatório;
3- Usar epinefrina em quantidade limitada;
Em caso de sintomas leves, não é necessária nenhuma alteração no tratamento odontológico.
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1- Entrar em contato com o médico do paciente para verificar a seguridade de parar a droga
anticoagulante por diversos dias;
2- Realizar a cirurgia apenas quando as drogas inibidoras de plaquetas tiverem sido
interrompidas** por cinco dias;
** a Aspirina (AAS) geralmente não precisa ser suspensa para cirurgias de rotina. Estas
podem ser executadas de maneira segura em pacientes que fazem uso de anticoagulante
oral desde que se utilize INR abaixo de 4,0, haja um bom planejamento do caso com
técnicas atraumáticas, extraindo um elemento dentário por sessão e utilizando
hemostáticos locais.
3- Promover cuidados extras durante e após a cirurgia para auxiliar na formação de coágulo e
retenção destes;
Utilização de hemostático com gaze para fazer pressão nos vasos do alvéolo ou
colocá-lo diretamente no alvéolo;
Sutura em forma de 8 ajuda na retenção do coágulo sanguíneo no alvéolo dentário;
O paciente deve ser orientado a morder uma gaze úmida por pelo menos 30 minutos
após a cirurgia.
4- Reiniciar a terapia com as drogas no dia após a cirurgia se não houver ocorrência de
nenhuma hemorragia.
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2- Realizar a cirurgia quando o uso da heparina for interrompido por pelo menos seis horas
ou fazer a alteração desta por protamina;
3- Quando houver a formação de uma boa coagulação, retomar o uso da heparina.
1.5.20 Gravidez
1- Se possível, realizar a cirurgia após o parto;
2- Entrar em contato com o obstetra do paciente se a cirurgia não puder ser reprogramada;
3- Se for necessário a realização de radiografias, usar proteção de chumbo apropriada;
4- Evitar drogas com potencial teratogênico. Quando a anestesia for indicada, usar
anestésicos locais;
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5- Em caso de uso de sedação com óxido nitroso, utilizar ao menos 50% de oxigênio;
6- A fim de prevenir a compressão da veia cava, a paciente deve evitar posição supina por
grandes períodos de tempo;
7- Deixar a paciente ir ao banheiro sempre que for solicitado ao cirurgião-dentista.
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CAPÍTULO 2 – MATERIAIS E INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS
2.2 Instrumentais
Cabo Bard Parker n° 3
As lâminas de bisturi utilizadas na cirurgia oral incluem n°10 (grandes incisões na
pele em outras partes do corpo), n°11 (pequenas incisões e em abscessos), n°12
(incisões sobre as faces posteriores dos dentes ou na área da tuberosidade maxilar) e
nº 15 (incisões em torno dos dentes e nos tecidos moles);
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Fonte: Hupp et al., 2015.
38
Fonte: Hupp et al., 2015.
Pinça de Allis (apreender e segurar o tecido que será excisado);
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Fonte: Hupp et al., 2015.
Pinças-goiva (remoção de osso);
40
Fonte: Hupp et al., 2015.
Porta-agulha;
41
Fonte: Hupp et al., 2015.
Tesoura Dean (corte de suturas);
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Fonte: Hupp et al., 2015.
Bloco de mordida (manter a boca aberta, abridor de boca de ação lateral ou abridor de
boca de Molt (manter a boca aberta quando o paciente é incapaz de cooperar – sedado
ou trismo);
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Fonte: Hupp et al., 2015.
Extratores dentários (luxar dentes do osso circundante): reta (Apexo n° 301, 302 e
303), triangulares (Seldin 1L, 1R e 2), apical;
44
Fonte: Hupp et al., 2015.
45
Fonte: Hupp et al., 2015
Fórceps de extração (remoção do dente do osso alveolar – auxilia na luxação dos
dentes dos alvéolos e a puxá-los de suas bases).
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SUGESTÃO DE LISTA DE MATERIAIS PARA MONTAGEM DE CAIXA
CIRÚRGICA
Para a prática cirúrgica é interessante separar todo o material específico para aquele caso.
TABELA 10. INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS E SUGESTÃO DE MARCAS
COMERCIAIS.
kit clínico - espelho, pinça clínica e sonda Quinelato ou Rhosse ou Maximus ou Golgran
exploradora ou 6B inventGermany
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Alavanca Heldbrink 1 Quinelato ou Rhosse ou Maximus ou Golgran
ou 6B inventGermany
Alavanca Heldbrink 2 Quinelato ou Rhosse ou Maximus ou Golgran
ou 6B inventGermany
Alavanca Heldbrink 3 Quinelato ou Rhosse ou Maximus ou Golgran
ou 6B inventGermany
Alavanca apexo 303 Quinelato ou Rhosse ou Maximus ou Golgran
ou 6B inventGermany
Alavanca Seldin IL Quinelato ou Rhosse ou Maximus ou Golgran
ou 6B inventGermany
Alavanca Seldin IR Quinelato ou Rhosse ou Maximus ou Golgran
ou 6B inventGermany
Alavanca Seldin 2 Quinelato ou Rhosse ou Maximus ou Golgran
ou 6B inventGermany
Boticão adulto 150 Quinelato ou Rhosse ou Maximus ou Golgran
ou 6B inventGermany
Boticão adulto 151 Quinelato ou Rhosse ou Maximus ou Golgran
ou 6B inventGermany
Boticão adulto 18R Quinelato ou Rhosse ou Maximus ou Golgran
ou 6B inventGermany
Boticão adulto 18L Quinelato ou Rhosse ou Maximus ou Golgran
ou 6B inventGermany
Boticão adulto 69 Quinelato ou Rhosse ou Maximus ou Golgran
ou 6B inventGermany
Cureta Gracey 11/12 Quinelato ou Rhosse ou Maximus ou Golgran
ou 6B inventGermany
Cureta Lucas Serrilhada 84 Quinelato ou Rhosse ou Maximus ou Golgran
ou 6B inventGermany
Tesoura cirúrgica Fina romba reta 14cm ou Quinelato ou Rhosse ou Maximus ou Golgran
Metzenbaum reta 14cm ou 6B inventGermany
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Broca cirúrgica Zecryaaste longa para alta Quinelato ou Rhosse ou Maximus ou Golgran
rotação ou 6B inventGermany
Broca esférica cirúrgica nº 6 Quinelato ou Rhosse ou Maximus ou Golgran
Aste longa para alta rotação ou 6B inventGermany
Broca esférica cirúrgica nº 8 Quinelato ou Rhosse ou Maximus ou Golgran
Aste longa para alta rotação ou 6B inventGermany
Broca cirúrgica para peça reta 702 Quinelato ou Rhosse ou Maximus ou Golgran
ou 6B inventGermany
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CAPÍTULO 3 - PRINCÍPIOS DA EXODONTIA DE ROTINA
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localizados dentro de uma área de tumor, especialmente um tumor maligno (pode
semear metástases), pericoronarite severa ao redor do terceiro molar mandibular,
abscesso dentoalveolar agudo (se tiver dificuldade de acesso devido a abertura bucal e
anestesia local profunda dificultada).
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CAPÍTULO 4 – PLANEJAMENTO CIRÚRGICO
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das raízes) e canal mandibular (pode haver proximidade em caso de deflexão das
raízes, escurecimento do ápice dos molares, alteração de desvio do canal radicular,
dilaceração radicular ou raízes bífidas observadas no exame radiográfico);
O melhor tratamento de uma exposição potencial do seio maxilar é evitar o problema com a
observação cuidadosa e um plano de tratamento. A avaliação de radiografias de alta
qualidade antes da cirurgia geralmente revela a presença ou a ausência de um seio maxilar
excessivamente pneumatizado, raízes dilaceradas ou amplamente divergentes, o que
apresenta a probabilidade de ter uma comunicação com o seio maxilar ou causar fraturas no
assoalho ósseo do antro durante a remoção. Se esses processos forem observados, a cirurgia
pode ser alterada para seccionar o dente e remover uma raiz de cada vez.
Nos casos em que há uma relação de proximidade dos molares mandibulares com o canal
mandibular, a solicitação de uma tomografia computadorizada do tipo cone beam pode ser a
conduta mais adequada, para uma melhor definição do planejamento cirúrgico e
esclarecimento e consentimento do risco ao paciente.
Técnicas:
Cicatrização por primeira, segunda ou terceira intenção: na cura por intenção primária, as
margens de uma ferida em que não há perda de tecido são colocadas e estabilizadas
essencialmente na mesma posição anatômica que tinham antes da lesão, permitindo curar-
se com formação mínima de cicatrizes. Em contrapartida, a cura por intenção secundária
implica que seja deixado um intervalo entre as margens de uma incisão ou dilaceração, ou
entre o osso ou extremidades nervosas após a reparação, ou implica que ocorra a perda de
tecido numa ferida para prevenir a aproximação das extremidades da ferida (a cura é lenta
e produz mais cicatrizes que no caso com a cura por intenção primária).
Aberta (cirúrgica com retalho) ou fechada: a técnica fechada é a mais frequentemente usada
(em cirurgias simples, com dentes irrompidose é a primeira consideração para quase todas as
extrações). A técnica aberta é usada quando o clínico acredita que força excessiva seria
necessária para remover o dente, quando uma quantidade substancial da coroa está ausente ou
coberta por tecido ou quando uma coroa frágil está presente para dentes profundos na base
óssea.
4.3 Anestesia
Agulha: curta ou longa
Anestésico/vasoconstritor
Técnica
TABELA 11. INERVAÇÃO, TÉCNICA ANESTÉSICA E ÁREAS ANESTESIADAS DA
MANDÍBULA.
Nervo Técnica - área de introdução Áreas anestesiadas
da agulha
Nervo Mentual Localizar o forame (colocar Gengiva vestibular do 2°
o dedo na prega mucobucal pré-molar até a linha
contra o corpo da mediana do lábio inferior
mandíbula), deslocar o dedo
57
até sentir irregularidade
(concavidade)
Nervo Incisivo Localizar o forame mentual, Dentes incisivos e canino
por meio da palpação, e
injetar o anestésico nas
proximidades do mesmo
Nervo Lingual O nervo lingual Gengiva lingual e 2/3
habitualmente é anestesiado anteriores da língua
junto com o nervo alveolar
inferior. O mesmo pode ser
bloqueado pela introdução
da agulha na porção anterior
do ramo da mandíbula,
introduzindo 5mm da agulha
Nervo Alveolar Inferior ¾ da distância entre a linha Pré-molares e molares
imaginária traçada da
incisura coronóide até a rafe
pterigomandibular e 6-
10mm acima do plano
oclusal
Nervo Bucal Membrana mucosa de Pele, mucosa da bochecha e
vestibular até o molar mais gengiva vestibular dos
distal no arco molares
58
molar superior - avançar a + gengiva vestibular da
agulha lentamente para região molar
dentro, para trás e para cima
em um só movimento
59
*Apesar de a dose máxima atingir o valor de 700 mg, esse paciente só poderá receber até 500
mg de lidocaína por sessão de atendimento, que é a dose máxima absoluta desse sal
anestésico, presente em 13,8 tubetes.
Tempo previsto de anestesia pulpar e tecido mole
TABELA 14. DURAÇÃO DA ANESTESIA PULPAR DAS SOLUÇÕES ANESTÉSICAS.
N° DO FÓRCEPS INDICAÇÕES
1 Incisivos e caninos superiores
16 Molares inferiores, ambos os lados
17 Molares inferiores, ambos os lados
18L Molares superiores, lado esquerdo
18R Molares superiores, lado direito
53L Molares superiores, lado esquerdo
53R Molares superiores, lado direito
65 Raízes de dentes superiores, ambos os lados
68 Raízes de dentes inferiores
69 Fragmentos e raízes superiores e inferiores
60
150 Pré-molares, incisivos e raízes superiores
151 Pré-molares, incisivos e raízes inferiores
99ª Pré-molares, caninos e incisivos superiores
101 Pré-molares superiores
203 Pré-molares e raízes inferiores
213 Pré-molares e caninos superiores
23 Molares inferiores
32 Molares e pré-molares superiores
210H Terceiros molares superiores
222 Terceiros molares inferiores
Curetagem: cureta de Lucas. Pedaços de dente que estejam no alvéolo devem ser
removidos. Nenhum esforço deve ser feito para curetar a porção radicular do alvéolo
(a menos que haja lesão evidente), uma vez que o ligamento periodontal contribui
para o reparo.
4.6. Histopatológico
Razões para uma decisão de biópsia de lesões periapicais
Quando todos os seguintes critérios são observados, o cirurgião pode decidir não submeter
rotineiramente o tecido periapical coletado:
61
Cada milímetro de tecido leva cerca de 1 hora para ser infiltrado, fixado, pela formalina,
sendo que o tempo completo para a fixação ocorre após algumas horas, não devendo
ultrapassar 24 a 48 horas.
Amostras fixadas em formol tem durabilidade de várias semanas. No entanto, o tempo
ideal para levar ao laboratório é de, no máximo, 48 horas. Após esse período o tecido
torna-se menos apropriado para realização de outros exames complementares, como o
exame imuno-histoquímico.
4.7. Irrigação
Instrumental: cuba de inox, seringa de irrigação descartável de 20 mL
Soro fisiológico 0,9%
Associado a ATB: qual?
Clorexidina 0,12%
4.8. Síntese/sutura
Instrumental: porta-agulha (Mayo-Hegar ou Castroviejo), tesouras (íris curva ou
Spencer)
Fio de sutura: náilon, seda (diâmetro 3.0 ou 4.0) ou outros e técnica
Seda Náilon
CARACTERÍSTICAS Consistem em filamentos de seda É um polímero sintético feito a
torcidos ou trançados para formar
partir da poliamida. Pode ser
um cordão (fio) monofilamentado ou
multifilamentado. Possui
elasticidade, baixo coeficiente de
fricção, superfície lisa e
capilaridade.
COR Preta Preta
Branca Incolor
CONSERVAÇÃO DA Perde 30% de sua tensão em duas Após 6 meses no tecido perde quase
RESISTÊNCIA À semanas totalmente sua resistência
TRAÇÃO
REAÇÃO DO TECIDO Inflamação aguda Inflamação aguda mínima
INDICAÇÕES Cirurgias periodontais Cirurgias periodontais
Implantodontia Implantodontia
Cirurgias orais Cirurgias orais
CONTRAINDICAÇÕES Pacientes com sensibilidade ou Não deve ser utilizado quando
alergia à seda necessário resistência à tração
62
A seleção do material de sutura deve ser baseada nas propriedades biológicas dos tecidos a
serem aproximados, nas características físicas e biológicas dos fios e nas condições da ferida
a ser fechada, higiene do paciente.
Em geral, os fios monofilamentares são apontados como mais vantajosos, pois os
multifilamentares proporcionam condições propícias para o desenvolvimento de infecção,
uma vez que colônias bacterianas são formadas nos espaços entre o filamento.
4.9. Hemostasia
Instrumental: pinças hemostáticas - pinça hemostática Halstead curva ou mosquito
4.10. Prescrição medicamentosa pós-operatória
Antibióticos: não são usualmente necessários para pacientes saudáveis numa extração
de rotina. O seu uso deve restringir-se aos casos em que houver quebra da assepsia
durante o ato cirúrgico ou em cirurgias mais invasivas com odontosseção e
osteotomia.
Analgésico e AINES: expectativa de desconforto ou dor de intensidade leve no
período pós-operatório para as exodontias por via alveolar (unitárias ou múltiplas) e
de dor moderada a intensa acompanhada de edema inflamatório e limitação da função
mastigatória para as exodontias por via não alveolar (osteotomia e odontossecção).
Colutório/Bochecho: orientar o paciente a bochechar 15 mL de uma solução aquosa
de digluconato de clorexidina 0,12%, pela manhã e à noite, até a remoção da sutura
(5-7 dias).
Outros
63
Corticosteróides: duas variáveis ajudam a determinar o grau de edema pós-cirúrgico: (1)
Quanto maior a quantidade de lesão tecidual maior a quantidade de edema; e (2) quanto
mais solto o tecido conjuntivo contido na região lesionada, maior o edema. Por exemplo,
a gengiva inserida tem pouco tecido conjuntivo frouxo, e por isso apresenta menor
tendência para edema; no entanto, os lábios e o soalho da boca contêm uma grande
quantidade de tecido conjuntivo frouxo e podem edemaciar significativamente.
Em geral, para avaliar a necessidade de medicação pós-operatória, deve-se considerar o
estado dos mecanismos de defesa do hospedeiro, tais como:
64
65
CAPÍTULO 5 – CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS
Não tome bebidas alcoólicas no dia agendado para a cirurgia;
Alimente-se sem restrições quanto ao tipo de alimento, porém moderadamente;
Evite praticar exercícios físicos exagerados no dia da intervenção;
Coloque uma roupa de forma a ficar confortável;
Quando indicada, tome a medicação no horário estabelecido pelo dentista;
Chegue ao consultório 1/2h antes da hora marcada, com um acompanhante;
Se vier de automóvel, seu acompanhante deverá dirigi-lo.
66
67
68
CAPÍTULO 6 - PRINCÍPIOS CIRÚRGICOS
6.1 Necessidades básicas para cirurgia
Para tomada de decisões num procedimento cirúrgico bucomaxilofacial, o planejamento deve
ser realizado muito antes da administração da anestesia. Para um adequado desempenho
desses procedimentos, existem necessidades básicas requeridas para atingir essa meta. As
duas principais exigências são: (1) visibilidade adequada e (2) auxílio/assessoramento.
Visibilidade adequada – uma visibilidade adequada depende dos três fatores a seguir: acesso
adequado (abertura ampla de boca, retração apropriada dos tecidos moles e criação de retalho
cirúrgico), luz adequada e um campo cirúrgico livre de excesso de sangue e outros fluidos e;
assessoramento: assistente treinado corretamente.
6.2 Incisões
A lâmina de bisturi é cuidadosamente colocada no cabo que prende a lâmina com um porta-
agulha: segura-se a lâmina pela extremidade sem corte, a qual é forçada com um pequeno
encaixe, e o cabo é segurado de modo que a parte macho do encaixe esteja apontada para
cima; depois desliza-se lentamente a lâmina de bisturi para o cabo pelos sulcos da porção
macho até que se encaixe na posição.
O bisturi é segurado como se fosse uma caneta para permitir o controle máximo: o tecido
móvel deve ser mantido firmemente no lugar sob alguma tensão para que, enquanto a incisão
é feita, a lâmina incise e não apenas afaste a mucosa.
Princípios básicos:
Lâmina afiada de tamanho adequado: trocar a lâmina sempre que o bisturi não estiver
fazendo a incisão facilmente;
Movimento firme e contínuo: incisões longas e contínuas são preferíveis a golpes
curtos e intermitentes;
Evitar cortar estruturas vitais: incisão profunda o suficiente para definir camadas;
Incisões em superfícies epiteliais, que se planeja reaproximar, devem ser feitas com a
lâmina em posição perpendicular à superfície epitelial;
Incisões na cavidade oral devem ser devidamente aplicadas: incisões em gengivas
inseridas e sobre ossos saudáveis são mais desejáveis que aquelas em gengivas não
inseridas, e ossos doentes e ausentes.
O método apropriado de fazer incisão usando bisturi lâmina n° 15 é feito movimentando a
mão na altura do pulso e não movendo todo o antebraço. O término do movimento deve ser
feito mantendo a lâmina perpendicular à superfície do tecido, formando um ângulo de 90°.
Atenção deve ser dada ao usar um bisturi, focando na lâmina para evitar cortar estruturas
acidentalmente ao mover o bisturi para dentro e fora da boca.
69
Fonte: Hupp et al., 2015
70
O periósteo deve ser rebatido a partir do osso cortical subjacente em uma única camada com
um descolador periosteal.
Seguir os princípios básicos a fim de evitar as complicações da cirurgia de retalho (necrose,
deiscência e dilaceração).
O ápice (ponta) do retalho não deve nunca ser maior que a base, a não ser que a
artéria principal esteja presente na base. Retalhos devem ter lados paralelos um ao
outro ou, preferencialmente, convergir movendo da base para o ápice do retalho;
O comprimento do retalho não deve jamais exceder a largura;
Quando possível, um fornecimento de sangue axial deve ser incluído na base do
retalho;
A base dos retalhos não deve ser excessivamente torcida, esticada ou apertada com
qualquer coisa que possa danificar os vasos, assim prejudicar a drenagem do retalho;
Aproximação das bordas do retalho sobre osso saudável, manuseando-as gentilmente
e não colocando o retalho sobre pressão;
O tamanho do retalho deverá ser grande o suficiente para promover o acesso
cirúrgico, evitando-se estender a incisão posteriormente ou a necessidade de uma
nova incisão de liberação.
71
Pode ser obtida pelos seguintes meios:
Aplicando pressão sobre vasos sangrantes com uso de gazes (mecanismos
hemostáticos naturais);
Utilizando esponja de tecido (mecanismos hemostáticos não naturais/farmacológicos);
Pinçando o vaso com uma pinça hemostática (mecanismos hemostáticos naturais);
Uso do calor para fundir a ponta dos vasos cortados (coagulação térmica);
Através de ligadura (nó cirúrgico/sutura);
Colocar no corte substâncias vasoconstritoras (epinefrina) ou aplicar pró-coagulantes
(trombina ou colágeno).
6.6 Manejo do espaço morto
Espaço morto em um corte é qualquer área que permanece desprovida de tecido após o
fechamento do corte. Pode ser eliminado de quatro formas:
Suturar os planos teciduais juntos para minimizar o vácuo pós-operatório;
Colocar um curativo compressivo sobre o corte reparado;
Colocar uma vedação no vácuo até que o sangramento pare e então remover a
vedação;
Uso de drenagem.
6.7 Descontaminação e debridamento
Descontaminação: irrigação com soro fisiológico esterilizado ou água esterilizada
repetidamente durante a cirurgia e fechamento do corte.
Debridamento: remoção cuidadosa de tecido severamente isquêmico e necrosado, e
material externo do tecido lesado que impediria o corte de cicatrizar.
6.8 Controle de edema
Minimizar lesões no tecido (cirurgia atraumática);
Administração pré-operatória de corticosteroides sistêmico;
Cabeceira elevada no pós-operatório (menor fluxo sanguíneo e menor edema);
Compressa gelada (vasoconstrição, diminui o sangramento e minimiza o edema).
72
73
74
CAPÍTULO 7 – PARAMENTAÇÃO E MONTAGEM DA MESA CIRÚRGICA
7.1 Paramentação
Aposição dos EPIs: gorro, máscara, óculos de proteção (nesta sequência);
Lavagem e degermação das mãos:
Acionar a água da torneira, enxaguando as mãos e antebraços até o cotovelo;
Aplicar o sabão líquido (procedimentos não-invasivos) ou o digluconato de
clorexidina a 2% (procedimentos invasivos) sobre toda a extensão das mãos e
antebraços;
Friccionar palma com palma, palma sobre o dorso contralateral, espaços interdigitais,
unhas sobre a palma, punhos, antebraços, nesta sequência -10 fricções manuais em
cada região, deixando o produto agir por, no mínimo, 5 minutos;
Enxaguar novamente as mãos em água corrente, deixando-a escorrer das pontas dos
dedos ao antebraço, mantendo as mãos em plano mais elevado que o cotovelo. Não
tocar na torneira. Secar as mãos em toalha descartável, realizando movimentos leves e
compressivos, partindo da ponta dos dedos até o antebraço;
Pegar os aventais estéreis pela parte superior com o dedo indicador e polegar de cada mão,
balançando-o suavemente para que se abra, sem encostar em qualquer superfície e o
circulante amarrá-los;
Calçar as luvas de procedimento (procedimentos não-invasivos) ou luvas cirúrgicas
assepticamente (procedimentos invasivos), estando as últimas com o punho da luva voltado
para si neste momento - retirar a luva esquerda com a mão direita, pela dobra do punho
(região da luva que, depois de calçada, ficará em contato com a pele); levantar a luva de
modo a manter os dedos para baixo e introduzir a mão esquerda; repetir o movimento com a
mão direita; desfazer a seguir a dobra até cobrir o punho da manga do avental; ajustar os
dedos de ambas as mãos; após o uso, retirar as luvas puxando a primeira pelo lado externo do
punho e a segunda pelo lado interno.
75
Fonte: Google imagens.
Note o procedimento adequado de lavagem e secagem das mãos, seguindo a premissa básica
de limpeza de todas as supefícies envolvidas.
76
Fonte: Google imagens.
Note a paramentação feita de forma asséptica, tocando nas superfícies estéreis do avental
cirúrgico com cuidado após a degermação das mãos.
77
Fonte: Google imagens.
Note a sequência correta de colocação das luvas estéreis.
78
Fonte: Google imagens.
Note que após o término da paramentação, o operador inicia a montagem da mesa cirúrgica
com o auxílio do circulante, que abre os invólucros contendo os instrumentais, enquanto o
auxiliar finaliza a sua paramentação.
79
Fonte: Hupp et al., 2015.
Fonte: Autores.
80
81
82
CAPÍTULO 8 – EXODONTIA POR VIA ALVEOLAR (SIMPLES E MÚLTIPLAS)
Fornecer ao paciente um gorro envolvendo o cabelo e solicitar o bochecho com
digluconato de clorexidina 0,12% por 1 minuto;
Dobrar as gazes 3 vezes em formato de triângulo, prendendo-a na pinça Allis,
embebendo-a em digluconato de clorexidina 2% para realizar a antissepsia extra-oral,
no sentido lábio-bochecha, sem retornar ao local;
cPrender a mangueira de aspiração à pinça Backhaus e à blusa do paciente, após
aposição de campos estéreis (deixando a face ainda visível nessa fase).
Anestesiar o paciente, seguindo os princípios de anestesia, atentando-se a possível
ocorrência de alguma reação alérgica na face e/ou pescoço;
Adaptar o campo fenestrado ao rosto do paciente;
Tranquiliza-se o paciente com uma breve conversa e inicia-se o procedimento
cirúrgico;
8.1 Técnica fechada na exodontia simples
Incisão intrassulcular e descolamento: com uma lâmina de bisturi e a ponta afiada de
um descolador de periósteo n° 9 realiza-se o descolamento do tecido mole aderido na
porção cervical do dente e o rebatimento da papila gengival adjacente, gentilmente no
início e depois aumentando a força.
*Neste momento o cirurgião-dentista poderá interrogar o paciente se ele sente pressão ou
dor e desconforto, para que ele tenha certeza que uma anestesia profunda foi obtida. Caso
o paciente diga que apenas uma pequena quantidade de pressão é sentida, dar-se início ao
procedimento informando-o previamente.
Luxação do dente com um extrator dental: inicia-se geralmente com a alavanca reta
inserida perpendicularmente ao dente dentro do espaço interdental, girando-a de tal
forma que a porção inferior da lâmina encoste em osso alveolar e que a porção
superior ou oclusal da lâmina seja girada na direção do dente a ser extraído - força de
giro no cabo, intensa, lenta e progressiva, movendo o dente na direção posterior.
*ATENÇÃO: Deve ser feita com cuidado, pois forças excessivas podem prejudicar ou até
mesmo deslocar os dentes adjacentes aqueles sendo extraídos, especialmente quando
existe uma restauração grande ou lesão cariosa no dente adjacente.
Adaptação do fórceps ao dente: o fórceps previamente escolhido para o dente a ser
extraído é agora ajustado ao dente para que suas pontas prendam a raiz abaixo do
tecido mole descolado, sendo a ponta lingual ajustada primeiro e depois a ponta
vestibular. O cirurgião-dentista deve apertar as alças do fórceps mantendo as pontas
do fórceps seguras paralelas ao longo eixo do dente. O fórceps é então forçado
apicalmente o máximo possível para segurar a raiz do dente o mais apicalmente
possível.
Luxação do dente com fórceps: resultado dos movimentos de pressão apical,
vestibular, lingual/palatina, rotação e tração, removendo o dente. A pressão apical
deve ser aplicada sempre que o fórceps for adaptado ao dente. Em relação a pressão
no sentido vestíbulolingual, a maior força deve ser feita na direção do osso mais fino
e, portanto, mais fraco, de forma controlada, lenta e mantida por alguns segundos, e
83
gradualmente aumenta sua força. A pressão rotacional deve ser reservada para dentes
com raízes únicas, cônicas e aqueles com raízes que não são curvas. Durante a
extração, o fórceps deve ser reajustado no sentido apical periodicamente. Por fim, a
força de tração é feita removendo o dente do seu alvéolo quando já houve devida
expansão óssea, sendo ela a parte final do processo de extração.
*A maioria dos dentes é removida por uma combinação de forças vestibulares e linguais
(palatinas). Como o osso maxilar vestibular é normalmente mais fino e o palatino é uma
cortical mais espessa, dentes maxilares são normalmente removidos por forças expansivas
vestibulares mais fortes e forças palatinas menos vigorosas. Na mandíbula, o osso
vestibular é mais fino a partir da linha média posterior à área dos molares. Assim,
incisivos, caninos e pré-molares são removidos principalmente como resultado de força
vestibular e pressão lingual menos vigorosa. Molares mandibulares têm osso vestibular
mais grosso e geralmente precisam de maior pressão lingual em comparação com outros
dentes na boca.
Remoção do dente do alvéolo: com força de tração leve e geralmente de direção
vestibular.
Cuidados com o alvéolo pós-extração: o alvéolo deve ser debridado apenas se
necessário, como nos casos em que a lesão periapical é visível na radiografia pré-
operatória e não há granuloma preso ao dente quando este é removido, assim a região
periapical deve ser curetada cuidadosamente com uma cureta periapical para remover
o granuloma ou cisto. Se algum resíduo é óbvio, como cálculo, amálgama, ou
fragmento de dente permanecer no alvéolo, ele deve ser gentilmente removido com
cureta ou ponta do aspirador. Entretanto, se não há nem lesão periapical nem debris, o
alvéolo não deve ser curetado. As corticais ósseas bucolinguais e linguais expandidas
devem ser comprimidas de volta à configuração original. Pressão digital deve ser
aplicada às corticais vestibulolinguais para comprimir as lâminas gentilmente, mas
firmemente, na sua posição original (manobra de Chompret). Deve-se tomar cuidado
para não reduzir muito o alvéolo, se a colocação de implantes é planejada ou possível
no futuro. Em alguns casos, nenhuma redução deve ser feita, se os implantes são
planejados. Se dentes forem removidos devido a doença periodontal, pode haver
acúmulo excessivo de tecido de granulação ao redor da bainha gengival. Se este for o
caso, atenção especial deve ser dada para remover este tecido de granulação com a
cureta, tesoura de tecido ou pinça hemostática. Finalmente, o osso deve ser palpado
através da mucosa que o cobre para procurar qualquer projeção óssea afiada. Se
existir alguma, a mucosa deve ser rebatida e as pontas afiadas alisadas criteriosamente
com uma lima para osso ou aparados com pinça goiva/alveolótomos ou até mesmo as
brocas para desgaste ósseo. O controle inicial da hemorragia é conseguido usando
uma gaze úmida de 5 x 5 cm colocada sobre o alvéolo da extração, posicionada de tal
forma que o paciente consiga ocluir os dentes e que ela se encaixe no espaço
previamente ocupado pela coroa do dente.
A função do auxiliar durante a operação é de afastar os tecidos moles das bochechas e da
língua e sugar qualquer sangue, saliva, e solução irrigadora usada durante o procedimento
cirúrgico.
8.2 Técnica fechada nas exodontias múltiplas
84
Comunicação com o protesista com atenção à recolocação dos dentes que serão
extraídos (prótese imediata total ou parcial removível ou vários implantes) e sobre a
necessidade de qualquer outro tipo de cirurgia de tecido mole como redução de
tuberosidade ou remoção de depressões ou exostoses em áreas críticas;
Sequência de extração: (1) dentes maxilares posteriores, deixando os primeiros
molares; (2) dentes maxilares anteriores, deixando o canino; (3) primeiros molares
maxilares; (4) caninos maxilares; (5) dentes mandibulares posteriores, deixando os
primeiros molares mandibulares; (6) dentes mandibulares anteriores, deixando os
caninos mandibulares; (7) primeiros molares mandibulares; (8) caninos mandibulares;
Anestesia, o ligamento de tecido mole ao dente é incisado com uma lâmina de bisturi
e estendida ao redor dos colos dos dentes e através da papila interdental; o descolador
periosteal é usado para rebater o tecido mole até o rebordo e osso alveolar labial;
luxação com extrator reta e depois extração com o fórceps;
Se a remoção de qualquer um dos dentes requer força excessiva, deve-se remover essa
resistência, removendo uma pequena quantidade de osso vestibular;
Após as extrações estarem completas, as corticais vestibulolinguais são pressionadas
em sua posição preexistente com pressão firme, a menos que implantes estejam
planejados. O tecido mole é reposicionado e o cirurgião-dentista palpa o rebordo para
determinar se alguma área de espículas ósseas afiadas pode ser encontrada. Se uma
prótese removível parcial ou total está planejada, depressões ósseas devem ser
identificadas. Se qualquer espícula afiada ou depressões existirem, a pinça-goiva é
usada para remover áreas grandes ou interferências, e uma lima para osso é usada para
alisar qualquer espícula óssea afiada e o rebordo regularizado;
A área é irrigada abundantemente com soro fisiológico 0,9% estéril. Se qualquer
tecido de granulação estiver presente, deve ser removido; o tecido mole é então
reaproximado e inspecionado por excesso de gengiva (se esta for a situação, a gengiva
deve ser cortada para que pouca ou nenhuma sobreposição ocorra quando o tecido
mole for reposicionado) e assim, as papilas são suturadas em posição com suturas
ininterruptas ou contínuas;
Em alguns pacientes, uma alveoloplastia mais extensiva após extrações múltiplas é
necessária.
85
86
87
CAPÍTULO 9 – EXODONTIAS POR VIA NÃO ALVEOLAR (OSTEOTOMIA E
ODONTOSSECÇÃO)
9.1 Técnica para extração aberta de dentes unirradiculares
Rebatimento de um retalho mucoperiosteal: retalho tipo envelope estendido dois
dentes anterior e um dente posteriormente ao dente que será removido. Se uma incisão
relaxante é necessária, ela deve ser colocada pelo menos um dente anterior ao sítio de
extração;
Determinar a necessidade de remoção de osso: com o retalho mantido em posição
adequada pelo descolador periosteal, o cirurgião-dentista poderá tentar remover o
dente previamente sem nenhuma remoção de osso com uso de alavanca ou fórceps ou
proceder com a remoção cirúrgica de osso sobre a área do dente com uma broca e
irrigação ampla – a largura do osso vestibular que é removido é essencialmente a
mesma largura que o dente na direção mesiodistal e metade ou dois terços do
comprimento do dente no sentido vertical – e assim um extrator ou fórceps podem ser
usados para remover o dente;
Se o dente ainda está difícil de extrair, um ponto de apoio pode ser feito na raiz com a
broca na porção mais apical da área de remoção óssea (cerca de 3 mm de diâmetro e
profundo o suficiente para permitir a inserção de um instrumento) e um extrator
poderá ser usado para elevar ou retirar o dente de seu alvéolo;
Conferir as bordas do osso; se estiverem afiadas, elas devem ser alisadas com uma
lima para osso. Reposicionando o retalho de tecido mole e palpando gentilmente com
o dedo, o clínico pode conferir bordas agudas;
Irrigação do campo cirúrgico com grandes quantidades de soro fisiológico 0,9%
estéril. Atenção especial deve ser direcionada para a porção mais inferior do retalho
(onde ele se une com o osso) porque é um lugar comum para os debris se
acumularem;
Reposicionamento do retalho em sua posição original e sutura.
9.2 Técnica para a extração de dentes multirradiculares
Mesma técnica citada anteriormente, exceto que o dente pode ser dividido com uma broca
para transformar um dente multirradicular em dois ou três dentes unirradiculares. Se a
coroa do dente permanece intacta, a porção coronária é seccionada para facilitar a
remoção das raízes. Entretanto, se a porção coronária do dente está ausente e apenas as
raízes permanecem, o objetivo é separar as raízes para torná-las mais fáceis de elevar.
Rebatimento de um retalho: retalho tipo envelope ou triangular;
Avaliação da necessidade de seccionar as raízes e remover osso: ocasionalmente,
fórceps, extratores ou ambos são posicionados na tentativa de remover o dente sem
remover osso;
Na maioria das situações, uma pequena quantidade de osso alveolar deve ser
removida, e o dente dividido com uma peça de mão reta com a alta rotação com as
respectivas brocas, a redonda n° 8 ou com uma broca n° 557 ou n° 702, e irrigação
abundante;
88
O extrator reto pode ser usado para remover o dente seccionado e luxado. Se a cora do
dente é seccionada, fórceps universal superior ou inferior são usados para remover as
porções individuais dos dentes seccionados. Se a coroa está ausente, então os
extratores retos e triangulares são usados para elevar as raízes do dente de seus
alvéolos;
Se uma raiz remanescente é difícil de remover, a remoção de osso adicional (com
descrito para dentes unirradiculares) pode ser necessária. Ocasionalmente, é
necessário preparar um ponto de apoio com a broca e usar um extrator para elevar a
raiz remanescente;
Reposicionamento do retalho e a área cirúrgica é palpada para procurar áreas com
osso cortante. Se qualquer parte de osso cortante estiver presente, ela é alisada com
uma lima para osso. A ferida é bastante irrigada e debridada de fragmentos de dente,
osso, cálculo, e outros debris. O retalho é reposicionado e suturado.
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CAPÍTULO 10 - EXODONTIA DE DENTES INCLUSOS
10.1 Indicação para a exodontia
Prevenção da cárie: dentes parcialmente inclusos podem reter placa bacteriana,
formando um nicho e promovendo um sítio propício para a cárie;
Prevenção da doença periodontal: pela mesma razão descrita acima, a placa
acumulada pode ocasionar a periodontite;
Prevenção da pericoronarite: dentes inclusos podem desenvolver pericoronarite
devido ao trauma do opérculo ou acúmulo de alimento entre ele e o dente incluso;
Prevenção da reabsorção radicular: dentes inclusos podem fazer pressão em dentes
vizinhos, levando a reabsorção de suas raízes;
Dentes impactados sob próteses: próteses instaladas sobre dentes retidos podem
acarretar em lesão ao tecido bucal, bem como desadaptação da prótese;
Prevenção de cistos e tumores odontogênicos: sacos foliculares podem vir a se tornar
cistos, como cisto dentígero, ou em casos mais raros pode dar origem a tumores,
como o ameloblastoma;
Tratamento de dores sem origem aparente: em caso de dores bucais sem razão
aparente, excluindo DTM e dor miofascial, se um dente incluso estiver presente, sua
extração pode eliminar a dor;
Prevenção de fraturas mandibulares: dentes inclusos em regiões de esforço
mastigatório podem gerar fratura óssea, em virtude da fragilização dessa região.
Enfatizar ao paciente a necessidade da limitação da força mastigatória por 2 meses
após a cirurgia;
Facilitação do tratamento ortodôntico: dentes retidos podem vir a ser um empecilho
para a terapia ortodôntica, em virtude da alteração do formato do arco, bem como a
perda de espaço promovida por eles;
Otimização da saúde periodontal.
92
10.4 Classificação dos dentes inclusos
Angulação:
Vertical;
Mesioangulado;
Distoangulado;
Horizontal;
Invertido;
Transalveolar (vestíbulo-versão e linguo-versão).
Quanto à dificuldade
Mandíbula
Mesioangulado< Horizontalizado < Verticalizado <Distoangulado
93
Maxila
Vertical e Distoangulado<Mesioangulado
Posição
A: a coroa se encontra ao nível da coroa do segundo molar;
B: a coroa se encontra a meia altura entre a coroa do segundo molar e a crista óssea
alveolar;
C: a coroa está abaixo do terço cervical do segundo molar.
Osteotomia
Dentes inclusos frequentemente irão requer osteotomia para facilitar sua remoção. A
mesma deverá ser feita nas faces oclusal, vestibular e distal para expor o elemento. Na
mandíbula, nunca se remove osso na face lingual, pois pode-se lesar o nervo lingual.
Como exemplo de brocas úteis, tem-se a nº 8 e a 702.
94
Odontossecção
Trata-se do ato de dividir o dente em partes menores para facilitar sua remoção. Sua
execução irá variar conforme o grau de retenção. Para o mesioangulado, deve-se
seccionar a porção mesial e removê-la, em seguida, usa-se um extrator para elevar o
dente do alvéolo. Para o horizontalizado, secciona-se primeiro a coroa e a remove,
seguida de deslocamento anterior das raízes para removê-las. Caso as raízes sejam
muito divergentes, estas devem ser seccionadas também para aí remover as raízes.
Para o verticalizado, deve-se cavar uma canaleta medialmente na coroa, deixando o
terço final para clivar na alavanca e, em seguida, remover a porção medial e distal.
Para o distoangulado, deve-se remover toda a coroa para liberar as raízes que poderão
ser removidas juntas ou seccionadas. Após isso, remove-se as raízes do alvéolo.
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CAPÍTULO 11 - COMPLICAÇÕES TRANSOPERATÓRIAS
11.1 Remoção de fragmento de raiz e dos ápices radiculares
Examinar o dente extraído para ver o quanto de raiz permanece;
Irrigar o alvéolo do dente e aspirar com uma ponta de aspiração pequena, porque o
fragmento de dente solto geralmente pode ser aspirado para fora do alvéolo;
Inspecionar o alvéolo dentário cuidadosamente para se certificar que a raiz foi mesmo
removida;
Se a técnica de irrigação e aspiração não obtiver sucesso, o próximo passo é
movimentar o ápice da raiz com um extrator apical ou com um extrator reto
(especialmente quando há grandes fragmentos de raiz), inserindo-a no espaço do
ligamento periodontal para jogar a raiz pra fora do alvéolo (movimento de cunha);
Se a técnica fechada não tiver sucesso deve-se trocar para a técnica aberta;
1° opção: um retalho de tecido mole com incisão relaxante é rebatido e retraído com
descolador periosteal. Osso é removido com uma broca para expor a superfície
vestibular da raiz do dente. A raiz é removida vestibularmente através da abertura
com uma pequena alavanca reta. A ferida é irrigada e o retalho é reposicionado e
suturado.
2° opção: um retalho do tipo triangular é rebatido e a área apical do fragmento do
dente é localizada. Uma broca dental é usada para remover o osso que cobre o ápice
do dente, expondo o fragmento da raiz. Um extrator apical ou extrator reto pequeno é
então inserido na janela, e o dente é guiado para fora do alvéolo.
*OBSERVAÇÃO: A abordagem de janela aberta é especialmente indicada quando o osso
vestibular deve ser deixado intacto, como na remoção de pré-molares maxilares para fins
ortodônticos, especialmente em adultos.
11.2 Justificativa para permanência de fragmentos de raiz
Condições para que um fragmento de raiz seja deixado no processo alveolar:
O fragmento deve ser pequeno, geralmente não maior que 4 a 5 mm de comprimento;
A raiz deve estar profundamente inserida no osso;
O dente envolvido não deve estar infectado e não deve haver radiolucidez ao redor do
ápice radicular.
Justificativas para que um fragmento de raiz seja deixado no processo alveolar:
Quantidades excessivas de osso precisam ser removidas para recuperar a raiz;
Risco de dano a estruturas importantes, mais comumente o nervo alveolar inferior no
forame mentoniano ou ao longo do trajeto do canal alveolar inferior;
Risco de deslocamento para dentro dos espaços teciduais ou para dentro do seio
maxilar.
Protocolo:
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Manter documentação radiográfica da presença e localização do ápice da raiz no
prontuário do paciente e anotar no prontuário que o mesmo foi informado sobre a
decisão de deixar o ápice da raiz;
Consultas de acompanhamento periódicas durante o ano seguinte para acompanhar as
condições desta raiz;
Orientar o paciente a contactar o cirurgião-dentista imediatamente, se algum
problema se desenvolver na área da raiz retida.
99
100
101
CAPÍTULO 12 – CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS
12.1 Repouso
Faça repouso o maior tempo possível, nos primeiros três dias;
Ao deitar, mantenha a cabeça num plano mais alto que o restante do corpo;
Evite atividades físicas e exposição ao sol durante 5 dias;
Evite falar muito.
12.2 Alimentação
Não deixe de se alimentar, preferindo uma alimentação mais branda líquida ou
pastosa (sucos de frutas, sorvetes cremosos, caldos e sopas após esfriar), fracionada a
cada 2-3h;
Tome água à vontade, pois a hidratação é um cuidado importante;
Não faça movimentos de sucção, como tomar líquidos com ajuda de um canudo;
Evite alimentos sólidos que possam ferir a área operada (prevenir eventos
hemorrágicos);
Alertar ao paciente quanto a importância da alimentação, uma vez que pode ocorrer
situações de tonturas e desmaios, provavelmente compatíveis com quadro de
hipoglicemia;
O paciente vai retornando moderadamente a sua alimentação normal com o passar dos
dias.
102
Não tome nenhum medicamento por conta própria;
No caso de dor, edema ou sangramento excessivo, comunique-se com o dentista para
as orientações necessárias;
Não deixe de comparecer à consulta de retorno para a remoção dos pontos.
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CAPÍTULO 13 - PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA
13.1 Prevenção e controle da dor
Anti-inflamatórios não esteroides (AINES): empregados no controle da dor aguda de
intensidade moderada a severa, no período pós-operatório de procedimentos
odontológicos eletivos (analgesia preventiva) e no controle de dores já instaladas
(processos infecciosos agudos) durante um período máximo de 2 a 3 dias.
Tabela 16. Classificação dos AINES.
Inibidores não-seletivos para a COX-2 Ibuprofeno, cetoprofeno, diclofenaco,
(inibem ambas – COX 1 e COX 2) cetorolaco, piroxicam e tenoxicam, AAS,
naproxeno
Inibidores seletivos para a COX-2 Etoricoxibe, celecoxibe, meloxicam e
nimesulida
Tomar nota:
O uso dos coxibes (celecoxibe e etoricoxibe, no Brasil) deve ser considerado exclusivamente
para pacientes com risco aumentado de sangramento gastrintestinal, mas sem risco
simultâneo de doença cardiovascular.
É contraindicado o uso de inibidores seletivos da COX-2 em pacientes que fazem uso
contínuo de antiagregantes plaquetários, como a aspirina ou o clopidogrel.
O uso concomitante de piroxicam, ibuprofeno (e provavelmente outros AINES) com a
varfarina pode potencializar o efeito anticoagulante desta e provocar hemorragia.
O uso concomitante dos AINES com certos anti-hipertensivos pode precipitar uma elevação
brusca da pressão arterial sanguínea.
Deve-se evitar a prescrição dos inibidores da COX a pacientes com história de infarto do
miocárdio, angina ou stents nas artérias coronárias, pelo risco aumentado de trombose,
especialmente em idosos.
Todos os AINES podem causar retenção de sódio e água, diminuição da taxa de filtração
glomerular e aumento da pressão arterial sanguínea, particularmente em idosos.
Anti-inflamatórios não esteroidais (AINES)
COMPRIMIDOS
Uso interno
Nimesulida 100 mg – 10 comprimidos
Posologia
Tomar 1 comprimido, por V.O., de 12 em 12 horas durante 3 a 5 dias.
Obs: Não se recomenda o uso de nimesulida para gestantes e mulheres que estão
amamentando.
SUSPENSÃO ORAL
Uso interno
Nimesulida gotas 50 mg/mL – 1 frasco 15 mL
Posologia
Tomar 1 gota por quilo diluída em água, de 12 em 12 horas durante 3 a 5 dias.
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COMPRIMIDOS
Uso interno
Ibuprofeno 200 mg – 20 comprimidos
Posologia
Tomar 1 comprimido, por V.O., de 6 em 6 horas durante 3 a 5 dias.
SUSPENSÃO ORAL
Uso interno
Ibuprofeno gotas 100 mg/mL – 1 frasco 20 mL
Posologia (adultos)
Tomar de 20 a 80 gotas de 6 em 6 horas, durante 3 a 5 dias.
Anti-inflamatório esteroidal
COMPRIMIDOS
Uso interno
Diclofenaco sódico 50 mg – 1 caixa
Posologia (adultos e crianças acima de 12 anos)
1 comprimido por V.O., de 8 em 8 horas enquanto houver dor.
Obs: Não é recomendado o uso deste medicamento para pacientes com falência hepática,
renal e insuficiência cardíaca grave.
Tomar nota:
Corticosteroides: empregados para prevenir a hiperalgesia e controlar o edema
inflamatório, decorrentes de intervenções odontológicas eletivas.
Posologia: dexametasona ou betametasona 4 a 8 mg administrada 1h antes do início da
intervenção.
Os corticosteroides são mais seguros para serem empregados em gestantes ou lactantes,
bem como em pacientes hipertensos, diabéticos, nefropatas ou hepatopatas, com a doença
controlada.
Contraindicações absolutas: pacientes portadores de doenças fúngicas sistêmicas, herpes
simples ocular, doenças psicóticas, tuberculose ativa ou os que apresentam história de
alergia aos fármacos deste grupo.
Corticosteróides
COMPRIMIDOS
Uso interno
Prednisona 20 mg – 28 comprimidos
Posologia
Tomar 1 comprimido de 6 em 6 horas durante 7 dias.
COMPRIMIDOS
Uso interno
Prednisona 5 mg – 28 comprimidos
Posologia
Tomar 1 comprimido de 6 em 6 horas durante 7 dias.
COMPRIMIDOS
Uso interno
Dexametasona 4 mg – 4 comprimidos
Posologia
107
Tomar 2 comprimidos 1 hora antes da cirurgia e 2 comprimidos no dia seguinte.
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Uso interno
Paracetamol gotas 200 mg/mL – 1 frasco 15 mL
Posologia (adultos e crianças maiores de 12 anos)
Tomar 35 a 55 gotas de 6 em 6 horas, enquanto houver dor.
COMPRIMIDOS
Uso interno
Dipirona sódica 500 mg – 1 caixa
Endovenosa: até 1g, de 6 em 6 horas
Criança: 10mg/Kg de 6 em 6 horas
Posologia
Tomar 1 comprimido de 6 em 6 horas enquanto houver dor.
SUSPENSÃO ORAL
Dipirona sódica 500 mg/mL – 1 frasco de 20 mL
Posologia (adultos e adolescentes acima de 15 anos)
Tomar 20 a 40 gotas de 6 em 6 horas, enquanto houver dor.
COMPRIMIDOS
Uso interno
Paracetamol + fosfato de codeína - Tylex 30 mg – 1 caixa
Posologia (adultos em casos de dores mais intensas)
Tomar 2 comprimidos de 6 em 6 horas durante 24 horas.
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Penicilinas: 1° escolha para o tratamento das infecções bucais bacterianas. Incluem a
fenoximetilpenicilina (penicilina V), ampicilina ou a amoxicilina. É bastante empregada em
associação com o metronidazol e mais raramente com o clavulanato de potássio (em caso em
que as infecções não respondem clinicamente ao tratamento com as penicilinas isoladamente
ou associadas ao metronidazol).
Cefalosporinas: são reservadas para a profilaxia cirúrgica em cirurgias ortognáticas ou para o
tratamento de infecções graves na região da cabeça e pescoço (em ambiente hospitalar). São
também empregadas na profilaxia da endocardite bacteriana, como alternativa às penicilinas
em pacientes alérgicos.
Metronidazol: O metronidazol pode ser usado em associação com a amoxicilina. É um
medicamento importante nas infecções por anaeróbios Gram (-). Útil no tratamento de
infecções bacterianas agudas como as pericoronarites, os abscessos periapicais e a gengivite
ulcerativa necrosante, sendo geralmente associado às penicilinas ou cefalosporinas.
Eritromicina: empregada no tratamento das infecções bacterianas leves a moderadas, em fase
inicial, apenas como alternativa para pacientes alérgicos às penicilinas, mas nunca como a
primeira escolha.
Claritromicina e azitromicina: antibióticos de escolha no tratamento dos abscessos periapicais
agudos, em pacientes com história de alergia às penicilinas.
Clindamicina: selecionada para o tratamento de infecções mais avançadas na clínica
odonctológica.
Tetraciclinas: uso restrito ao tratamento das periodontites agressivas ou crônicas, como
alternativa aos pacientes alérgicos às penicilinas ou que apresentam efeitos adversos ao
metronidazol. A doxiciclina é a mais empregada na clínica odontológica.
Antibióticos
Uso interno
Amoxicilina 500 mg – 21 cápsulas
Posologia
Tomar 1 cápsula por V.O., de 8 em 8 horas durante 7 dias.
Obs: Não ingerir bebidas alcoólicas durante o tratamento.
Uso interno
Azitromicina 500 mg – 3 comprimidos
Posologia
Tomar 1 comprimido por dia por V.O., durante 3 dias.
Obs: Não ingerir bebidas alcoólicas durante o tratamento.
Uso interno
Clindamicina 300 mg – 21 cápsulas
Posologia
Tomar 1 cápsula por V.O., de 8 em 8 horas durante 7 dias.
Obs: Não ingerir bebidas alcoólicas durante o tratamento.
Uso interno
Tetraciclina 500 mg – 28 cápsulas
Posologia
Tomar 1 cápsula por V.O., de 6 em 6 horas durante 7 dias.
Obs: Não ingercir bebidas alcoólicas durante o tratamento.
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CAPÍTULO 14 – ACIDENTES E COMPLICAÇÕES EM CIRURGIA
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tempo miń imo de 72 horas pós-operatórias e no terceiro dia a aplicação de calor pode
ajudar a reduzir o edema;
Prevenção: uso de anti-inflamatórios esteroidais.
14.4 Trismo
Variação de dor muscular devido a um espasmo miofascial que pode resultar de
injúrias às fibras musculares, múltiplas injeções anestésicas locais, principalmente se
estiverem penetrando nos músculos mastigatórios, extrações com tempo prolongado,
hematoma e infecções pós-operatórias;
Aparece nos primeiros 2 dias pós-operatórios, reduzindo após o sétimo dia;
Aplicação de calor úmido pode ajudar;
Fisioterapia.
14.5 Lesões nervosas
Alveolar inferior e lingual;
Parestesia do nervo lingual: sensação de formigamento, comichão, dormência, ardor,
friagem, flacidez, inchaço e sensibilidade dolorosa na língua;
Felizmente as injúrias mais comuns aos nervos são as neuropraxias e axonotmeses;
Sem rompimento das estruturas neurais, injúrias temporárias recuperam em até 6
meses;
Tratamento: prescrição de vitaminas do complexo B (promotoras do desenvolvimento
da bainha de mielina dos nervos) e lasers de baixa intensidade.
114
Tecido ósseo bastante delgado;
Raízes divergentes;
Força excessiva;
Comunicação buco-sinusal? Tratar comunicação caso houver.
14.10 Fratura de mandíbula
Geralmente associado a remoção do 3° molar;
Presença de osteomielite, tumor cístico, estados fisiológicos ligados ao metabolismo
de cálcio, diabetes;
Tratamento: redução e fixação da fratura.
14.11 Deslocamento de dentes para o seio maxilar
O dente pode penetrar no seio maxilar e alojar-se no piso da cavidade ou deslizar
entre a mucosa do seio e o piso ósseo, ficando coberto pela mucosa e também cair
dentro de uma cavidade patológica, por debaixo do seio e nela ficar alojado;
Tratamento: acesso de Caldwell Luc.
14.12 Deslocamento de dentes para o espaço submandibular
Molares mandibulares
A extração com pressão apical propicia o deslocamento por meio da parede cortical
lingual para o espaço submandibular
Tratamento: remoção do fragmento dentário por pressão digital no tecido mole da
face lingual da mandíbula dissecada através do mucoperiósteo de forma que o
fragmento seja encontrado.
14.13 Deslocamento de dentes para o espaço infratemporal
Terceiros molares superiores
Deslocamento posterior por meio do periósteo até a fossa infratemporal durante a
luxação
Remoção do fragmento dentário com pinça hemostática se houver iluminação
adequada e disponibilidade de acesso
Caso contrário, a incisão deve ser fechada e a operação concluída. Posteriormente,
informar ao paciente que a remoção será feita em outra ocasião. Administrar
antibiótico e indicar rotina pós operatória.
14.14 Deslocamento de dentes para a orofaringe
Girar o paciente e colocá-lo de forma que a boca fique virada para o chão o máximo
possível
Pedir o paciente para tossir e assim cuspir o dente no chão
Se o paciente apresentar tosse excessiva ou falta de ar é possível que o fragmento
dentário tenha sido aspirado pelas cordas vocais, traqueia e assim para os brônquios
principais. Nesses casos, deve ser encaminhado para um centro de emergência.
115
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CAPÍTULO 15 - EMERGÊNCIAS MÉDICAS
15.1 Prevenção
Anamnese bem feita;
Aferição de pressão arterial;
Verificar pulso e estado emocional;
Conversar com o paciente antes do procedimento;
Ter conhecimento em técnicas e possuir equipamentos de primeiros socorros.
15.2 Emergências
15.2.1 Reações de hipersensibilidade/alergia
Resultado de fármacos, anestésicos, látex, dentre outros.
15.2.2 Reações cutâneas
Eritemas, prurido, edemas, urticárias;
Interromper qualquer fármaco em uso, não utilizar mais anestésicos, além de cessar o
atendimento;
Monitorar o paciente, fornecer epinefrina 0,3ml em casos mais severos e prescrever
anti-histamínicos, como Benadryl 50mg.
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Caso se trate de ansiedade, tentar tranquilizar o paciente. Se não for possível,
remarcar a cirurgia, considerando o uso de calmantes;
Se a dor for de origem cardíaca, ligar para a emergência, monitorar o paciente e
fornecer suporte à vida, se necessário.
15.2.6 Dificuldade respiratória
Causada por condições médicas ou por ansiedade
Asma
Doença que dificulta a respiração, gerando respiração ruidosa e encurtada, podendo
gerar quadros de cianose;
Colocar o paciente em posição sentada, administrar nitroglicerina spray ou
comprimido (0,4 mg) ou qualquer outro broncodilatador, fornecer oxigênio e
monitorar os sinais vitais;
Se não melhorar repetir a nitroglicerina uma segunda e terceira vez. Caso não haja
melhora, suspeitar de um infarto em progressão;
Administrar 352 mg de aspirina e chamar a emergência.
Hiperventilação
Mais comumente causada pela ansiedade;
Interromper o tratamento, sentar o paciente e oferecer um saco de papel para ele
respirar dentro, de modo a aumentar a concentração de Co2 no sangue, o que age no
trato nervoso reduzindo a frequência anormal de ciclos respiratórios
Administrar oxigênio e aguardar;
Caso não haja melhora, ligar para a emergência.
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Pode acarretar dificuldade em respirar;
Mais comum em pacientes em sedação total ou parcial;
Caso ocorra, monitorar o paciente e ligar para o resgate;
Orientar o paciente que irá passar por sedação a não se alimentar nas 8 horas que
antecedem a cirurgia se mostra fundamental para prevenir tal ocorrência.
Síncope vasovagal
Perda transitória da consciência;
Geralmente causada pelo estresse;
Paciente relata aumento da temperatura, náuseas e palpitações antes da ocorrência;
Geralmente, colocar o paciente em posição horizontal com as pernas elevadas
(Trendelenburg);
Hipotensão ortostática
Tontura ou desmaio que ocorrem ao levantar rapidamente após longo período deitado;
Para prevenir, o paciente deve ser levantado aos poucos e permanecer sentado na
borda da cadeira até que sua pressão se estabilize.
Convulsão
Os pacientes que sofrem deste mal devem relatar detalhadamente em sua anamnese;
Assegurar que o paciente tenha tomado sua medicação normalmente no dia da
consulta;
120
Caso ocorra numa consulta, raramente a mesma requer maiores cuidados do que
afastar do paciente objetos que possam feri-lo e aguardar a crise cessar naturalmente;
Durante e após a crise o paciente deve ser monitorado. Pode ser necessário fornecer
oxigênio;
Sua cabeça deve ser colocada de lado para evitar que ele aspire seu vômito
Com o fim da crise, o paciente estará com tonturas e fraqueza. Deve ser dispensado e
acompanhado para casa;
Casos de crises mais severas irão requerer auxílio médico, sendo necessário acionar o
socorro.
Diabetes mellitus
O paciente descompensado poderá sofrer com quadros de hipoglicemia, onde a perda
de consciência pode ocorrer em casos mais severos, acompanhada de náuseas, tremor
e tontura;
Uso incorreto da insulina ou medicamento e até o próprio estresse emocional podem
gerar hipoglicemia;
Caso o paciente comece a se sentir mal, deve ser oferecido a ele fontes de glicose;
Em caso de desmaio, deve-se rapidamente administrar 1 ampola de glicose de 50 ml a
50% de concentração via endovenosa durante 2 a 3 minutos;
Caso o paciente melhore, ele deve ser acompanhado durante 1 hora e orientado a ter
uma reavaliação médica antes da próxima consulta;
Caso não haja melhora, deve se ligar para a emergência;
Uma anamnese bem feita é capaz de detectar a presença do diabetes, bem como seu
grau;
O paciente diabético deve ser orientado a sempre se alimentar antes da consulta,
dando preferência a consultas pela manhã.
Alterações tireoidianas
Hipertireoidismo e hipotireoidismo;
A condição de alteração pode ser descoberta na anamnese;
121
Caso o paciente possua hipertireoidismo, deve-se evitar o uso de anestésicos com
epinefrina, visto que pode haver sensibilização do miocárdio, gerando arritmias.
Deve-se preferir a felipressina nesse caso;
Raramente alteram nível de consciência, mas, em caso de Tempestade Tireoidiana, o
paciente pode necessitar de urgente intervenção;
A crise tireoidiana pode gerar tremores, taquicardia, exoftalmia, sensação de calor,
dentre outros;
Caso ocorra em nível ambulatorial, deve-se acalmar o paciente, providenciar forma de
refrescar sua temperatura e chamar o socorro.
Insuficiência da Suprarrenal
Comprometimento cerebrovascular
Pode ser causado por trombos ou isquemias, que venham a bloquear o fluxo
sanguíneo para o cérebro;
Seus sintomas irão variar de acordo com o grau de severidade do trombo ou isquemia;
Geralmente leva à fraqueza, tontura, náuseas e alteração de consciência;
Deve- se acalmar o paciente, monitorá-lo e solicitar socorro o mais rápido possível;
Caso ocorra um AVC, tendo como um dos mais clássicos sintomas a fraqueza em um
dos lados do corpo, deve-se imediatamente cessar o atendimento, assegurar que o
paciente esteja respirando e monitorar seus batimentos cardíacos, enquanto se espera
pelo socorro. Não se deve dar nada para o mesmo beber ou comer.
122
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ANEXO - BIOSSEGURANÇA NA ODONTOLOGIA: PROTOCOLOS PARA
RETORNO SAUDÁVEL DA PRÁTICA CLÍNICA APÓS PANDEMIA
Medidas de biossegurança devem fazer parte deste cenário pandêmico como uma forma de
“prevenir, controlar, mitigar ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam interferir
ou comprometer a qualidade de vida, a saúde humana e o meio ambiente”. É de
responsabilidade do dentista adotar medidas de prevenção e controle de infecção para evitar
ou reduzir ao máximo a transmissão de microrganismos durante qualquer assistência
odontológica realizada em seu consultório.
Como se portar:
Para segurança de todos, as recomendações devem iniciar no momento da saída de casa até o
seu retorno, incluindo o deslocamento, e permanência na clínica.
• Evitar tocar olhos, nariz, boca e máscara sem antes higienizar as mãos.
Deslocamento:
• Ao tossir ou espirrar, cobrir nariz e boca com lenço ou com o braço, e não com as mãos;
• Evitar tocar olhos, nariz, boca e máscara com as mãos não lavadas;
• Levar álcool em gel a 70%, caso precise realizar a higienização das mãos no caminho;
• Se utilizar transporte público, evitar encostar em superfícies, manter distância de 2 metros
das outras pessoas e ficar próximo às janelas, que deverão estar abertas.
Ao chegar à instituição:
• Ao chegar na instituição realizar a higiene das mãos com água e sabão;
• Só retirar a máscara caso necessitar trocá-la pela de uso clínico. Neste caso lave também o
rosto com água e sabão;
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• Os estudantes deverão guardar todos os seus pertences, incluindo celulares e bolsas, em
armários disponíveis para esse fim. Caso a instituição não disponibilize esses armários,
orientar estudantes a carregar consigo o mínimo de pertences pessoais e preferir sacolas
plásticas.
- Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e
vice-versa;
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- Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais;
- Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos,
com movimento de vai-e-vem e vice-versa;
- Esfregar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda, utilizando movimento
circular e vice-versa;
- Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita,
fechada em concha, fazendo movimento circular e vice-versa;
- Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabonete;
- No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilize papel toalha;
- Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.;
- Evitar toques após a higienização das mãos;
- Na ausência de água e sabão, pode-se fazer a higienização com álcool a 70% seguindo os
mesmos procedimentos;
Duração do procedimento: 20 a 30 segundos.
Paramentação preliminar:
• Avental cirúrgico de mangas longas descartável, impermeável e com gramatura de 50g/m2;
126
• Em situações de escassez admite-se a utilização de avental de menor gramatura (no mínimo
30g/m2), desde que o fabricante assegure que esse produto seja impermeável;
• Álcool 70%;
Orienta-se que o atendimento presencial seja sempre precedido pelo contato por via remota
(telefone, e-mail, WhatsApp ou outro aplicativo de comunicação) com o usuário ou seu
responsável. Para a triagem, deverá ser elaborada uma ficha direcionada ao usuário ou
responsável no caso de idosos, crianças e adolescentes e pessoas com necessidades especiais.
Esta ficha de triagem ou anamnese prévia deve questionar alguns aspectos clínicos relevantes
sobre a COVID-19.
(Consenso ABENO: Biossegurança no ensino odontológico pós-pandemia da COVID-19 |
Pág. 19).
Ao agendar consultas:
• Perguntar ao usuário se ele(a) ou acompanhantes apresentam sintomas de infecção
respiratória (exemplo: tosse, coriza, espirros, dificuldade para respirar). Esses usuários devem
ser orientados a adiar a consulta para depois da melhora dos sintomas. Se as respostas forem
negativas para os sintomas da COVID-19, o agendamento da consulta pode ser realizado;
• Orientar que todos os usuários e acompanhantes venham para atendimento usando máscara
de tecido (exceto crianças menores de 02 anos devido ao elevado risco de asfixia e rápido
127
umedecimento) e que permaneçam com esta durante o tempo em que estiverem nas
dependências do prédio e no seu trajeto de ida e de volta. Orienta-se, também, que o usuário e
acompanhante levem outra máscara (limpa) para ser utilizada após o atendimento, ao saírem
da clínica;
Recebendo o paciente:
• O discente (operador ou auxiliar, pré-paramentado) deve recepcionar o usuário na entrada
na clínica;
• Limpar a face do paciente com gaze embebida em solução de clorexidina não alcoólica a
0,2% ou Iodopovidona a 0,2% (neste caso verificar previamente alergia ao iodo).
• Não compartilhar seus objetos pessoais, como talheres, toalhas, pratos, copos, celulares,
canetas, lápis, borracha e notebooks;
• Manter os ambientes bem ventilados;
• Portar garrafa de água de uso próprio, abastecida preferencialmente em casa.
128
Ao retornar para casa:
• Na entrada de casa, manter um pano com solução de água e hipoclorito de sódio (1 parte de
água sanitária e 3 partes de água);
• Retirar os sapatos na entrada de casa;
• Higienizar as mãos e rosto com água e sabonete ou preparação alcoólica a 70%;
• Deixar bolsa, carteira, chaves e outros objetos pessoais em uma caixa na entrada da sua
casa;
• Lavar as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão e higienizar com álcool em gel a
70%;
• Higienizar os objetos pessoais, como chave do carro, celular e relógio, com álcool a 70% ou
isopropílico;
• Determinar uma área contaminada, para deixar roupas e calçados antes de circular dentro de
casa;
• Lavar as roupas usadas fora de casa separadas das demais, com água e sabão (prefira
secagem ao sol ou em secadora no ciclo quente);
• Tomar banho e higienizar bem as áreas mais expostas como mãos, punhos, pescoço e rosto;
• Lavar cabelos, bigodes e barbas com xampu e/ou sabonetes.
129
• Descarte apropriado dos perfurocortantes com o uso do porta-agulha, se for o caso;
• Pré-lavagem por imersão da cesta contendo o instrumental e então imersão em detergente
alcalino ou enzimático respeitando a diluição e tempo recomendados pelo fabricante;
• Utilização preferencial de métodos automatizados para a remoção de sujidade por meio de
lavadoras (cubas) com ultrassom de baixa frequência, caso seja possível. Alternativamente,
colocar a cesta com todos os instrumentos dentro da cuba de inox da pia de lavagem de
material;
• Lavar e enxaguar todos os instrumentos com atenção para a total remoção dos resíduos
orgânicos;
• Lavar e secar com papel toalha a bandeja, a caixa e sua tampa;
• Secar os instrumentos apenas com panos descartáveis ou toalhas de papel. Não utilizar jato
de ar.
(Consenso ABENO: Biossegurança no ensino odontológico pós-pandemia da COVID-19 |
Pág. 32).
• Os instrumentos rotatórios (canetas de alta rotação e contra ângulos) devem ser lavados
com detergente, secos e lubrificados;
• Após o término da lavagem e secagem dos instrumentais, lavar a parte externa das luvas de
borracha com água e sabão;
• Enxágue com água corrente;
• Retire a luva da mão direita puxando-a pelos dedos com a mão esquerda;
• Retire a luva da mão esquerda introduzindo os dedos da mão direita desenluvada pela parte
de dentro sem encostar na parte externa;
• As equipes do CME irão seguir as normas de cada instituição para registro, separação,
esterilização e armazenamento dos pacotes;
• Funcionários da Central de Esterilização devem utilizar EPIs completos: protetor facial,
gorro / touca descartável impermeável TNT 30g/m2 , respirador N95/PFF2 ou similar sem
válvula, avental impermeável e descartável de gramatura 50 g/m2 e calçado emborrachado e
fechado com meias grossas, além de roupas cirúrgicas com lavagem na instituição ou
lavagem contratada por empresa certificada;
130
• Marcação no chão para a fila de retirada e entrega de material, para manter a distância e em
horários previamente estabelecidos;
• Em casa lavar o pijama cirúrgico separado das demais roupas, deixar de molho por 30 min
em solução de hipoclorito de sódio a 0,02% - 10ml de alvejante comercial a 2 ou 2,5% para
cada litro de água (realizar a mistura antes da colocação da roupa para evitar manchas). Lavar
em água quente (≥ 71 oC) e sabão na quantidade especificada pelo fabricante, secar ao sol ou
em secadora e passar a ferro quente. Embalar em saco plástico limpo e fechado;
2º - Cadeira odontológica
3º - Mocho
4º - Superfície da unidade/carrinho auxiliar
131
impermeável descartável em TNT 30g m2) sobre o avental cirúrgico, e calçar as luvas de
borracha de cano longo e tamanho apropriado para limpeza;
• Levar o instrumental dentro da caixa com tampa até o expurgo e proceder sua limpeza e
preparo para esterilização.
Operador 2:
Ao final do atendimento:
• Orientar o usuário para colocar nova máscara de tecido (limpa) e permanecer sentado;
• Realizar a remoção das luvas descartáveis empregando a técnica para evitar a contaminação
das mãos;
132
- Retire as luvas puxando a primeira pelo lado externo do punho com os dedos da mão
oposta;
• Realizar a higiene das mãos imediatamente após a retirada das luvas descartáveis;
• Realizar as orientações pós-operatórias, para retorno e ou encaminhamentos a outros
serviços de saúde, verbais e escritas (proteger a caneta com papel filme);
• Elastômeros devem permanecer imersos durante pelo menos 10 min em hipoclorito de sódio
a 1% ou glutaraldeído a 2%;
• Enxaguar em uma cuba com água, realizando movimentos pendulares por 20 segundos;
• Dispositivos de prova podem ser descontaminados por imersão em álcool a 70% durante 5
minutos;
• Próteses acrílicas devem ser imersas em solução de hipoclorito de sódio a 1% durante 10
minutos;
• Próteses com partes metálicas devem ser imersas em solução de clorexidina a 0,2% durante
10 minutos.
Desparamentação:
• A desparamentação deve ser realizada preferencialmente em ambiente destinado
especificamente para tal, à saída da clínica. Caso não seja possível, ainda no box remover as
luvas e o avental, sendo os demais EPIs removidos fora da clínica, em local designado pela
IES;
133
• Remoção das luvas: retirar a luva de uma das mãos com o auxílio da outra, tocando somente
as superfícies externas. Com a mão desenluvada retire a luva da outra mão, agora tocando
somente sua face interna. As luvas devem ser descartadas imediatamente em lixeira de
material biológico;
134
Fonte: AVASUS (UFRN, 2020).
135
136
REFERÊNCIAS
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Maxillofacial Surgery. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005.
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11. YAGIELA, JA. et al. Farmacologia e Terapêutica para dentistas. 6ª ed. Rio de Janeiro:
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março de 2018. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.
br/documents/10181/3427425/RDC_222_2018_.pdf/c5d3081d-b331-4626-8448-
c9aa426ec410. Acesso em 18 maio 2020.
26. BRASIL. Lei nº. 5.250, de 25 março de 2011. Diário Oficial do Município 01 dez
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em: 10 de maio de 2020.
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Disponível em: https://leismunicipais.com.br/a/mg/b/belo-horizonte/lei-
ordinaria/2011/1021/10206/lei-ordinaria-n10206-2011-dispoe-sobre-a-
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