LIV21334
LIV21334
LIV21334
A Escrituração Contábil Digital (ECD) faz parte do projeto Sped e tem por objetivo a substituição da
escrituração em papel pela escrituração transmitida via arquivo, ou seja, corresponde à obrigação de trans-
mitir, em versão digital, os livros: G-Diário Geral; R-Diário com Escrituração Resumida (vinculado a um
livro auxiliar); A-Diário Auxiliar; Z-Razão Auxiliar; e B-Livro de Balancetes Diários e Balanços.
Encontramos várias denominações acerca ECD, isto é, ela pode ser identificada de diversas formas: o
Departamento de Registro Empresarial e Integração (DREI) adota a terminologia “Livro Digital”; a Recei-
ta Federal do Brasil (RFB) utiliza “Escrituração Contábil Digital” e o Conselho Federal de Contabilidade
(CFC) usa “Escrituração Contábil em Forma Eletrônica”.
Depois de concluída, a ECD deve ser submetida ao Programa Validador e Assinador (PVA) especifi-
camente desenvolvido para esse fim, disponível no site da RFB na Internet <www.receita.fazenda.gov.br>,
e deve ser transmitida ao Sped até as 23h59min59s, horário de Brasília, do último dia útil do mês de maio
do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira a escrituração. Portanto, em relação ao ano-calendário de
2015, a entrega deverá ser feita até o dia 31 de maio de 2016.
A elaboração deste Manual, fundamentado no Manual de Orientação do Leiaute da ECD, anexo ao Ato
Declaratório Executivo Cofis nº 19/2016 (atualização em abril de 2016), tem por objetivo apresentar ao leitor,
de forma prática e segura, as instruções e orientações que devem ser observadas para validação, assinatura e
acompanhamento dos arquivos digitais da ECD e ECF, por meio dos aplicativos disponibilizados pela RFB,
assim como a correlação com as demais estruturas do Sped. Com isso, estaremos proporcionando ao contri-
buinte maior segurança no cumprimento dessas obrigações, minimizando assim os riscos de autuações.
Enfim, o presente Manual oferece ao leitor a oportunidade de conhecer melhor a ECD, por intermédio
de experientes profissionais, que qualificam a publicação dessa eficiente e ágil ferramenta de trabalho, desti-
nada a escritórios de contabilidade, empresas de assessoria e auditorias, contadores, controller, analistas fiscais
e contábeis, advogados, profissionais de TI e demais profissionais envolvidos nas áreas contábil e tributária.
A Editora
5
Sumário
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 13
2. CONSIDERAÇÕES GERAIS............................................................................................ 17
2.1. Pessoas jurídicas obrigadas........................................................................................................ 17
2.1.1. ME e EPP optantes pelo Simples Nacional................................................................... 18
2.2. Prazo para apresentação dos livros digitais............................................................................... 18
2.3. Penalidades................................................................................................................................ 19
2.4. Livros abrangidos....................................................................................................................... 20
2.5. Regras de convivência entre os os livros................................................................................... 20
2.6. Hash do livro.............................................................................................................................. 20
2.7. Impressão dos livros.................................................................................................................. 20
2.8. Dispensa de impressão............................................................................................................... 20
2.8.1. Quantidade de livros por arquivo e quantidade de arquivos por ano-calendário......... 21
2.9. Limite de tamanho e período dos livros.................................................................................... 21
2.10. Substituição do livro digital transmitido................................................................................... 22
2.10.1. Roteiro prático para substituição do livro digital (para ECD com Nire ou sem Nire). 23
2.11. Assinatura do livro digital.......................................................................................................... 24
2.12. Utilização do Receitanet e do ReceitanetBX.............................................................................. 25
2.13. Dados Agregados....................................................................................................................... 25
2.14. Lançamentos de Quarta Fórmula e Planos de Contas com 4 níveis......................................... 25
2.15. Tabelas de referência.................................................................................................................. 26
2.15.1. Plano de Contas Referencial.......................................................................................... 30
2.15.2. Configurações Necessárias para Consultar a Situação da Escrituração no PVA do Sped
Contábil......................................................................................................................... 30
2.16. Autenticação dos livros digitais................................................................................................. 30
7
ECD - Escrituração Contábil Digital
Manual Prático
4. MOEDA FUNCIONAL..................................................................................................... 77
8
ECD - Escrituração Contábil Digital
Manual Prático
9
ECD - Escrituração Contábil Digital
Manual Prático
10
ECD - Escrituração Contábil Digital
Manual Prático
16.5. Registro J200 - Tabela de Histórico de Fatos Contábeis que Modificam a Conta Lucros
Acumulados ou a Conta Prejuízos Acumulados ou Todo o Patrimônio Líquido................... 194
16.6. Registro J210 - DLPA (Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados)/DMPL
(Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido)............................................................ 195
16.7. Registro J215 - Fato Contábil que Altera a Conta Lucros Acumulados ou a Conta Prejuízos
Acumulados ou Todo o Patrimônio Líquido........................................................................... 197
16.8. Registro J800 - Outras Informações......................................................................................... 198
16.9. Registro J900 - Termo de Encerramento.................................................................................. 200
16.10. Registro J930 - Identificação dos Signatários da Escrituração................................................. 201
16.11. Registro J935 - Identificação dos Auditores Independentes.................................................... 204
16.12. Registro J990 - Encerramento do Bloco J................................................................................. 205
11
1. introdução
O Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), instituído pelo Decreto nº 6.022/2007, com alte-
rações pelo Decreto nº 7.979/2013, é definido como instrumento que unifica as atividades de recepção,
validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração contábil e
fiscal dos empresários e das pessoas jurídicas, inclusive imunes ou isentas, mediante fluxo único, compu-
tadorizado, de informações.
O projeto SPED tem como objetivos principais:
a) promover a integração dos fiscos, mediante a padronização e compartilhamento das informações
contábeis e fiscais, respeitadas as restrições legais de acesso;
b) racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes, com o estabelecimento
de transmissão única de distintas obrigações acessórias de diferentes órgãos fiscalizadores; e
c) tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários, com a melhoria do controle dos processos,
a rapidez no acesso às informações e a fiscalização mais efetiva das operações com o cruzamento
de dados e auditoria eletrônica.
Além desses objetivos, o Sped oferece vários benefícios, entre eles:
a) diminuição do consumo de papel, com redução de custos e preservação do meio ambiente;
b) redução de custos com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias;
c) uniformização das informações que o contribuinte presta aos diversos entes governamentais;
d) redução do envolvimento involuntário em práticas fraudulentas;
e) redução do tempo despendido com a presença de auditores fiscais nas instalações do contribuinte;
f) simplificação e agilização dos procedimentos sujeitos ao controle da administração tributária;
g) fortalecimento do controle e da fiscalização por meio de intercâmbio de informações entre as
administrações tributárias;
13
ECD - Escrituração Contábil Digital
Manual Prático
14
ECD - Escrituração Contábil Digital
Manual Prático
d) Razão Auxiliar - Z;
e) Livro de Balancetes Diários e Balanços - B.
Observe-se que os livros contábeis e os documentos devem ser assinados digitalmente, mediante a
utilização de certificado de segurança mínima tipo A3, emitido por entidade credenciada pela Infraestrutu-
ra de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), a fim de garantir a autoria, a autenticidade, a integridade e a
validade jurídica do documento digital.
Encontramos várias denominações acerca ECD, ou seja, ela pode ser identificada de diversas formas:
o Departamento de Registro Empresarial e Integração (Drei) adota a terminologia “Livro Digital”; a Recei-
ta Federal do Brasil (RFB) utiliza “Escrituração Contábil Digital” e o Conselho Federal de Contabilidade
(CFC) usa “Escrituração Contábil em Forma Eletrônica”.
15
2. considerAções gerAis
Ficará desobrigada da entrega da ECD, a pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido, que mantiver a
escrituração contábil regular, creditando o saldo de lucro a distribuir em uma conta do Passivo, se for observado,
para fins de distribuição de lucros, o limite da base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) devido
com base nesse regime, diminuída de todos os impostos e contribuições.
Segundo o art. 3º-A da Instrução Normativa RFB nº1.420/2013, estão obrigadas a adotar a ECD, em
relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2016:
a) as pessoas jurídicas imunes e isentas obrigadas a manter escrituração contábil, nos termos da alínea
“c” do § 2º do art. 12 e do § 3º do art. 15, ambos da Lei nº 9.532/1997, que, no ano-calendário, ou
proporcional ao período a que se refere:
17
ECD - Escrituração Contábil Digital
Manual Prático
a.1) apurarem contribuição para o PIS/Pasep, Cofins, contribuição previdenciária incidente sobre
a receita de que tratam os arts. 7º a 9º da Lei nº 12.546/2011, e contribuição incidente sobre a
Folha de Salários, cuja soma seja superior a R$ 10.000,00; ou
a.2) auferirem receitas, doações, incentivos, subvenções, contribuições, auxílios, convênios e
ingressos assemelhados, cuja soma seja superior a R$ 1.200.000,00;
b) as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido que mantiverem escrituração contábil
regular, em detrimento da manutenção de Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a
movimentação financeira, inclusive bancária;
c) as Sociedades em Conta de Participação (SCP) enquadradas nas hipóteses previstas nas letras “a”
e “b”, assim como aquelas tributadas pelo Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) com base
no lucro real e as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, que distribuírem, a
título de lucros, sem incidência do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), parcela dos lucros
ou dividendos superior ao valor da base de cálculo do IRPJ, diminuída de todos os impostos e
contribuições a que estiver sujeita, as quais devem apresentar a ECD como livros próprios ou livros
auxiliares do sócio ostensivo.
Para as demais sociedades empresárias, a ECD é facultativa.
As regras de obrigatoriedade não levam em consideração se a pessoa jurídica teve ou não movimento
no período. Assim, o fato de não terem movimento não significa que não houve fato contábil. Normal-
mente, ocorrem eventos como depreciação, incidência de tributos, pagamento de aluguel, pagamento do
contador, pagamento de luz, custo com o cumprimento de obrigações acessórias, entre outras.
18
ECD - Escrituração Contábil Digital
Manual Prático
2.3. PENALIDADES
De acordo com o art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35/2001, com a nova redação dada pela Lei nº
12.766/2012, o sujeito passivo que deixar de apresentar, nos prazos fixados, declaração, demonstrativo ou
escrituração digital exigidos nos termos do art. 16 da Lei nº 9.779/1999, ou que os apresentar com incorre-
ções ou omissões, será intimado para apresentá-los ou para prestar esclarecimentos pela RFB.
Desse modo, a não apresentação da ECD no prazo fixado ou a apresentação com incorreções ou omis-
sões acarretará aplicação, ao infrator, das seguintes multas:
a) por apresentação extemporânea:
a.1) R$ 500,00 por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que estiverem em
início de atividade ou que sejam imunes ou isentas ou que, na última declaração apresentada,
tenham apurado lucro presumido ou pelo Simples Nacional;
a.2) R$ 1.500,00 por mês-calendário ou fração, relativamente às demais pessoas jurídicas;
b) por não cumprimento à intimação da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) para cumprir
obrigação acessória ou prestar esclarecimentos nos prazos estipulados pela autoridade fiscal: R$
500,00 por mês-calendário;
c) por cumprimento de obrigação acessória com informações inexatas, incompletas ou omitidas:
c.1) 3%, não inferior a R$ 100,00, do valor das transações comerciais ou das operações financeiras,
próprias da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no
caso de informação omitida, inexata ou incompleta;
c.2) 1,5%, não inferior a R$ 50,00, do valor das transações comerciais ou das operações financeiras,
próprias da pessoa física ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no
caso de informação omitida, inexata ou incompleta.
Exemplo: se o prazo de entrega termina no dia 31/05 e o livro for entregue no dia 01/06, a multa será
de R$ 1.500,00 (empresas tributadas pelo lucro real). O valor é mantido até o último dia do junho. Inicia-
do o mês de julho, a multa passa para R$ 3.000,00. E, assim, sucessivamente. Ainda há possibilidade de
redução de 50% no valor da multa a ser paga, caso a escrituração digital seja entregue depois da data-limite
e antes de qualquer procedimento de ofício.
O código de receita da multa por atraso na entrega da ECD é 1438.
19
ECD - Escrituração Contábil Digital
Manual Prático
Uma função hash é um algoritmo que mapeia dados de comprimento variável para dados de comprimento fixo.
Os valores retornados por uma função hash são chamados valores hash, códigos hash, somashash (hash sums),
checksums ou simplesmente hashes.
20
ECD - Escrituração Contábil Digital
Manual Prático
Art. 6º A apresentação dos livros digitais, nos termos desta Instrução Normativa e em relação aos períodos posteriores
a 31 de dezembro de 2007, supre:
I - Em relação às mesmas informações, a exigência contida na Instrução Normativa SRF nº 86, de 22 de outubro de
2001, e na Instrução Normativa MPS/SRP nº 12, de 20 de junho de 2006.
II - A obrigatoriedade de escriturar o Livro Razão ou fichas utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subconta,
os lançamentos efetuados no Diário, prevista no art. 14 da Lei nº 8.218, de 29 de agosto de 1991.
III - A obrigatoriedade de transcrever no Livro Diário o Balancete ou Balanço de Suspensão ou Redução do Imposto, de
que trata o art. 35 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, disciplinada na alínea “b” do § 5º do art. 12 da Instrução
Normativa SRF nº 93, de 24 de dezembro de 1997.
Parágrafo único. A adoção da Escrituração Fiscal Digital, nos termos do Ajuste Sinief no 02, de 3 de abril de 2009,
supre:
I - A elaboração, registro e autenticação de livros para registro de inventário e registro de entradas, em relação ao mes-
mo período. (Lei nº 154, de 1947, arts. 2º, caput e § 7º, e 3º, e Lei nº 3.470, de 1958, art. 71 e Lei nº 8.383, de 1991,
art. 48), desde que informados na Escrituração Fiscal Digital, nos termos do arts. 261 e 292 a 298 do Regulamento
do Imposto de Renda, Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999.
II - Em relação às mesmas informações, da exigência contida na Instrução Normativa SRF nº 86, de 22 de outubro de
2001, e na Instrução Normativa MPS/SRP nº 12, de 20 de junho de 2006.
21
ECD - Escrituração Contábil Digital
Manual Prático
• escrituração 1: do início do ano-calendário (ou data posterior, caso o contribuinte tenha iniciado
suas atividades do próprio ano-calendário) até a data da situação especial;
• escrituração 2: da data da situação especial até o final do ano-calendário.
Exemplo: Uma empresa iniciou atividades em 15.03.2015. Ocorreu um evento de cisão em 28.06.2015
e a empresa prosseguiu as atividades (cisão parcial).
Nessa situação, duas escriturações devem ser entregues.
• escrituração 1: de 15.03.2015 até 28.06.2015 (a data-limite para a entrega será o último dia útil do
mês de julho de 2015);
• escrituração 2: de 29.06.2015 a 31.12.2015 (a data-limite para a entrega será o último dia útil do
mês de maio de 2016).
A exceção, para esses casos (cisão parcial ou incorporação, quando é incorporadora), ocorre se a data
da situação especial ocorrer no último dia do ano. Nesse caso, será gerada apenas uma escrituração.
Exemplo: uma empresa iniciou atividades em 15.03.2015. Ocorreu um evento de cisão em 31.12.2015
e a empresa prosseguiu as atividades (cisão parcial).
Uma escrituração deve ser entregue: de 15.03.2015 até 31.12.2015 (A data limite para a entrega será
o último dia útil do mês de janeiro de 2016).
Caso a situação especial ocasione a extinção da pessoa jurídica (incorporação, no caso de incorporada,
ou cisão total ou fusão), só haverá escrituração do início do ano-calendário (ou data posterior, caso o con-
tribuinte tenha iniciado suas atividades do próprio ano-calendário) até a data da situação especial.
Exemplo: uma empresa iniciou atividades em 15.03.2011. Ocorreu um evento de fusão em 28.06.2011.
Uma escrituração deve ser entregue: de 15.03.2011 até 28.06.2011 (a data-limite para a entrega será o
último dia útil do mês de julho de 2011).
3) havendo mais de um mês, não pode haver descontinuidade na sequência de meses.
Exemplo: uma escrituração de janeiro a maio não pode deixar de informar o mês de fevereiro.
Apuração Trimestral do IRPJ: respeitados os limites acima descritos, ainda que a apuração do IRPJ seja trimestral, o
livro pode ser anual. A legislação do IRPJ obriga a elaboração e transcrição das demonstrações na data do fato gera-
dor do tributo. Nada impede que, no mesmo livro, existam quatro conjuntos de demonstrações trimestrais e a anual.
Mudança de contador no meio do período: respeitados os limites acima, o período da escrituração pode ser fra-
cionado para que cada contabilista assine o período pelo qual é responsável técnico.
Mudança de plano de contas da empresa no meio do período: respeitados os limites acima, o período da escri-
turação pode ser fracionado para que cada plano contas corresponda a um período.
Mudança da sede da empresa para outra unidade federação: nessa situação, a escrituração contábil do período
que ainda não foi transmitido deve ser enviada considerando o Nire da nova sede da empresa.
22
ECD - Escrituração Contábil Digital
Manual Prático
Art. 34. Ocorrendo extravio, deterioração ou destruição de qualquer dos instrumentos de escrituração, o empre-
sário individual, a empresa individual de responsabilidade Ltda. – Eireli, a sociedade empresária, cooperativa,
consórcio, grupo de sociedades fará publicar, em jornal de grande circulação do local do estabelecimento, aviso
concernente ao fato e deste fará minuciosa informação, dentro de quarenta e oito hora à Junta Comercial de sua
jurisdição.
§ 1º Recomposta a escrituração, o novo instrumento receberá o mesmo número de ordem do substituído, devendo o
Termo de Autenticação ressalvar, expressamente, a ocorrência comunicada.
§ 2º A autenticação de novo instrumento de escrituração só será procedida após o cumprimento do disposto no caput
deste artigo.
§ 3º No caso de livro digital, enquanto for mantida uma via do instrumento objeto de extravio, deterioração ou des-
truição no Sped, a Junta Comercial não autenticará livro substitutivo, devendo o empresário ou sociedade obter repro-
dução do instrumento junto à administradora daquele Sistema.
Livros Substituição
G Pode ser substituído por outro livro G ou pelos livros R ouB, desde que possuam períodos iguais
R Pode ser substituído por outro livro R ou pelos livros G ou B, desde que possuam períodos iguais
B Pode ser substituído por outro livro B ou pelos livros G ou R, desde que possuam períodos iguais
A Pode ser substituído por outro livro A ou pelo livro Z, desde que possuam períodos iguais
Z Pode ser substituído por outro livro Z ou pelo livro A, desde que possuam períodos iguais
2.10.1. Roteiro prático para substituição do livro digital (para ECD com Nire ou sem Nire)
1. Se o arquivo é o que foi assinado, remova a assinatura. A assinatura é um conjunto de caracteres
“estranhos” que fica depois do registro 9999. Basta apagar tudo que fica depois de tal registro. Para
fazer isso, edite a escrituração com algum editor de texto do tipo “Bloco de Notas”.
2. Corrija as demais informações no próprio editor de texto do tipo “Bloco de Notas” ou no PVA do
Sped Contábil. Se for utilizar o PVA do Sped Contábil, importe o arquivo sem assinatura para o PVA.
3. Valide o livro no PVA do Sped Contábil utilizando a funcionalidade Arquivo/Escrituração Contábil/
Validar Escrituração Contábil.
4. Assine.
5. Transmita.
Casos de substituição possíveis:
Original “Substituta”
Sem NIRE Sem NIRE: Com NIRE:
0000.IND_FIN_ESC = 2 0000.IND_FIN_ESC = 0
(Substituta de uma escrituração (Original)
que não possua NIRE)
Com NIRE Sem NIRE: Com NIRE: Com troca de NIRE:
0000.IND_FIN_ESC = 0 0000.IND_FIN_ESC = 1 0000.IND_FIN_ESC = 3
(Original) (Substituta de uma escrituração (Substituta de uma escrituração
que possua NIRE) no caso em que ocorra troca de
NIRE)
23
ECD - Escrituração Contábil Digital
Manual Prático
Caso, com as instruções acima, ainda tenha problemas na substituição da ECD, envie para análise para
o Fale Conosco da ECD ([email protected]):
- cópia da tela da mensagem de erro, no momento da transmissão da ECD substituta;
- cópia do requerimento de substituição em pdf;
- cópia da tela do ReceitanetBX onde aparece a escrituração a ser substituída, com hash, período e
status; e
- informações preenchidas no registro 0000 da ECD.
24