NUEP - 2014-08-19 - Espiritualidade Radical

NUEP – Núcleo de estudos do Protestantismo
ESPIRITUALIDADE RADICAL
19-08-2014
Professor Ronaldo
1. Projeção à partir do Catolicismo
No século XI surge a igreja Ortodoxa (O catolicismo que se baseia no latim não é
considerado um cristianismo autêntico por isso a igreja ortodoxa baseia-se no grego.)
Catolicismo – Espiritualidade legalista, moral e ética baseada no direito canônico.
Igreja Ortodoxa - Espiritualidade muito mais especulativa, união mística com Cristo e
litúrgica (manifestação através dos ícones)
Reagindo ao catolicismo tem o protestantismo
O Anglicanismo embora tenha uma teologia protestante possui uma liturgia católica. A
Espiritualidade tenta ser via média ou terceira via.
Protestantismo: Espiritualidade Clássica. Faz uma releitura dos pais da igreja em
especial de São Agostinho (Reforma magistral). O movimento contou com adesão
política e religiosa.
Protestantes radicais (Reforma radical)
2. Tipologia dos radicais (Século XVI)

Os anabatistas – Foco no Novo testamento. É preciso não apenas reformar a igreja,
mas sim restaura-la. Restaurar o modelo da igreja primitiva. (Grupo que vem de antes
da reforma)
Os espiritualistas – Não se preocupam com a igreja visível. O importante é a
experiência interior com o Espírito. (Antecedente: Joaquim de Fiori)
Os racionalistas evangélicos – Razão iluminada pelo Espírito. Questionamento dos
dogmas. Deste grupo surgiram as igrejas unitarianas.
Século XIX – Testemunhas de Jeová, Mórmons e Adventismo.
3. Movimento Independente
Nova forma de fé e vida Cristã = reforma da REFORMA = Uma correção da correção do
catolicismo. Foram perseguidos e muitos destes mortos
4. Os Radicais e Lutero
Os radicais ligaram-se a Lutero anterior a 1525 quando ocorre a guerra dos
camponeses. Lutero até então falava sobre o livre exame, a igreja invisível. O Discurso
radical opunha letra X Espírito, religião interior X Cerimônias externas, moral cristã X
Dogma. Ao perceberem a formação litúrgica de Lutero, os radicais e os humanistas se
afastam de Lutero.
Os radicais caminham para o discurso do livre arbítrio enquanto Lutero não vê mais
assim. Sem querer eles se tornam discípulos de Erasmo e ligados ao humanismo.
Lutero diz que a revelação de Deus está conclusa nos dias apostólicos. Para os radicais
a revelação continuava no espírito de homens fiéis
 Sebastian Franck (Alemão) – 1499 a 1542. Censurou Lutero por escrever um livro
sobre a liberdade cristã tirando o jugo do catolicismo e colocando sob o jugo da
Bíblia. “Logo que se pretenda constituir o cristianismo em uma regra, numa lei
escrita, numa ordem, ele deixa imediatamente de ser um cristianismo.”
CÁTEDRA
NUEP – Núcleo de estudos do Protestantismo
 Schwenkfeld Kaspar – 1489 – 1561 – “O Lutero com a melhor das intenções

escreveu seus fundamentos sobre a areia”. Critica dura a Lutero. “Tirou o povo do
Egito, mas deixou vagando embora afirmasse já ter chegado à terra prometida”.
 Valetim Weigel (1533 – 1588) - Acusa Lutero de ter inventado um novo papado.
Nova escravidão, agora à letra.
 Jacob Botime – (1575 – 1624) – Panteísmo místico. “O Espírito Santo jamais disse
que nada mais tem a dizer”
 Castellion – (1515 – 1563) - Desconfiança do dogma. Conduziu os independentes à
negação da trindade. Negava também o pecado original e o servo-arbítrio
 Miguel Servetus – Discípulo de Castellion. Negou a trindade e foi levado à fogueira
em 1553 com o consentimento de Calvino. Deu poderes para o Consistori que
julgou Miguel Servetus.
 Bernadino Ochino 1487-1563 – Católico que migrou para o protestantismo
tornando-se um moraviano . Diretor geral da ordem dos capuchinos em Zurich.
 Fausto Socino (1539-1604) – Sua doutrina diminuía a gravidade do pecado
original. Rejeitou a divindade de Jesus. Defendia que havia passagens da Bíblia que
eram inspiradas e outras não. Defendeu a separação entre igreja e estado.
 Separação entre igreja e estado – Defendiam esta tese:
 Anabatistas Holandeses. (De onde surgem os menonitas).
 Batistas ingleses – Eloquentes defensores da tolerância religiosa
 Roger Wilhians (1604 – 1681) – Fundou uma cidade chamada “Providenci”.
Considerava a igreja uma sociedade privada. Chamou a Rainha Elizabeth de Papisa,
pois esta mandava na igreja anglicana. A seu ver a igreja teria de ter um líder civil.
 Quacres (Tremedores) – Eram pacifistas e por não participarem da guerra eram
levados aos tribunais e mantinham um mesmo discurso: “Voces não sabem com
quem estão mexendo, diante de Deus deve-se tremer”. Eram Tolerantes e
adogmáticos (Benjamim Franck). Sheiquer (Tremedores quando recebiam o
Espírito)
 George Fox (1624 – 1690) – Fundador dos Quacres
 Wilhiam Penn (1644 – 1718) e Roberth Barclay (1648 – 1690) – Você pode ter um
experiência com Deus por meio da palavra, ou por meio direto do Espírito. Não
aceitavam o pecado original e davam-se muito às boas obras.
Conclusão
Assim como a igreja católica não conseguiu suprimir a reforma protestante o
protestantismo clássico não conseguiu suprimir os dissidentes radicais
Texto: O tempo das reformas (1250 – 1550)
A primeira confissão surge em 1527 na Alemanha pelos Anabatistas. Enfatiza-se
Liberdade de consciência considerando a igreja um voluntariado e a ceia e o Batismo
como atos simbólicos.
Carlstadt – Destrói as imagens dos templos católicos
Movimento Taborismo (Da cidade de Tabor)
Indicação de leitura: Christopher Hill (A Bíblia inglesa)
CÁTEDRA

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2. Tipologia dos radicais (Século XVI)

 Schwenkfeld Kaspar – 1489 – 1561 – “O Lutero com a melhor das intenções

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