Planejamento 2022 Vfinal2

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1

Secretário da Educação
Rossieli Soares da Silva

Secretária Executiva
Renilda Peres de Lima

Chefe de Gabinete
Henrique Cunha Pimentel Filho

Coordenadoria Pedagógica—COPED
Viviane Pedroso Domingues Cardoso

Dep. de Modalidades Educacionais e Atendimento Especializado—DEMOD


Cesar de Lima Niemietz

Centro de Educação de Jovens e Adultos—CEJA


Rodrigo Helmeister de Melo

Centro de Inclusão Educacional—CINC


Danilo Scalambrini

Centro de Apoio Pedagógico—CAPE


Estella Beatriz Felix Da Costa

Equipe Técnica
Adriana dos Santos Cunha, Adriano Rodrigues Biajone, Ângela Maria dos Santos, Doris
Dalva Jardim de Jesus, Elisiane Devides de Held, Joadenira Antunes Gomes, Juvenal de
Gouveia, Mauro Marcelo Gomes Silva, Maria Aurecy Pinheiro Chagas, Neli Maria Mengalli,
Raquel Magalhães de Almeida, Raquel Maria Rodrigues, Ricardo Ossami Parisi, Rosana de
Paulo Pereira.

Imagem da capa
Obra: “Cultivo ao Respeito “ - Estudante Kênia Feliciano da Silva da EE Professora
Carlota Fernandes de Souza Rodini – DER Pirassununga
2

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ...................................................................................... 3
LISTA DE SIGLAS ..................................................................................... 4
CENTRO DE APOIO PEDAGÓGICO (CAPE) ................................................ 6
Educação Especial, Classe Hospitalar e Atendimento Domiciliar ........................ 7
Estudo da Política de Educação Especial do Estado de São Paulo, o Ensino
Colaborativo, Resoluções e seus anexos....................................................... 7
Discussão de casos específicos da Unidade Escolar ........................................ 8
Interlocutor de Libras ............................................................................... 9
CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (CEJA) ......................... 10
Educação de Jovens e Adultos: EJA Presencial ...................................................... 11
Educação de Jovens e Adultos: EJA Presença Flexível ................................... 13
Programa de Educação nas Prisões – PEP ................................................... 15
CENTRO DE INCLUSÃO EDUCACIONAL (CINC) ...................................... 19
Atendimento Socioeducativo .................................................................... 20
Migrantes Internacionais ......................................................................... 22
Educação do Campo – EdoC (acampados, assentados e comunidades
tradicionais) .......................................................................................... 25
Educação Escolar Indígena – EEI .............................................................. 28
Educação Escolar Quilombola – EEQ .......................................................... 30
Educação para a Diversidade Sexual e de Gênero – DSG .............................. 33
Educação para as Relações Étnico-Raciais – ERER ....................................... 36
Considerações Finais ............................................................................ 40
Referências ........................................................................................... 41
3

APRESENTAÇÃO
Este documento tem como objetivo apresentar orientações para as equipes das
Diretorias de Ensino, gestores das unidades escolares e professores quanto ao trabalho a
ser desenvolvido ao longo do ano letivo de 2022, no que se refere às modalidades
educacionais e atendimento especializado, trazendo elementos que serão discutidos no
Planejamento Escolar.
Com vistas a atender as especificidades, os Centros que integram este
Departamento de Modalidades Educacionais e Atendimento Especializado (DEMOD)
organizam informações e estratégias para as ações do Planejamento 2022, sendo o Centro
de Apoio Pedagógico (CAPE), responsável pelas ações para atendimento de estudantes
elegíveis aos serviços da Educação Especial, bem como dos estudantes de classes
hospitalares e em atendimento domiciliar; o Centro de Educação de Jovens e Adultos
(CEJA), responsável pelo desenvolvimento de ações para atendimento de jovens, adultos
e idosos na Modalidade EJA, nos cursos presenciais ou de presença flexível, e os estudantes
do Programa de Educação nas Prisões (PEP); e o Centro de Inclusão Educacional
(CINC), responsável pelas ações para atendimento de estudantes indígenas, quilombolas,
assentados, itinerantes, ciganos, migrantes internacionais, adolescentes em cumprimento
de medidas socioeducativas, populações tradicionais, bem como as temáticas Educação
para a Diversidade de Gênero (EDSG) e Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER).
Os temas abordados neste documento e as propostas de pautas para o
Planejamento Escolar 2022 para cada modalidade, temática e atendimento, tem como
objetivo subsidiar o trabalho dos professores e equipes gestoras neste importante
momento de organização das ações escolares.
Espera-se, ainda, que essas sugestões sejam adequadas e enriquecidas conforme
cada contexto, contemplando as necessidades específicas da unidade escolar nas
discussões acerca dos diferentes aspectos que impactam a aprendizagem desses públicos.

Departamento de Modalidades Educacionais e

Atendimento Especializado
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LISTA DE SIGLAS
AAP - Avaliações de Aprendizagem em Processo

AD - Avaliações Diagnósticas

AIDS - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunodeficiency


Syndrome, em inglês).

ANA - Avaliação Nacional de Alfabetização

ANEB - Avaliação Nacional da Educação Básica

CAPE - Centro de Apoio Pedagógico

CEEJA - Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos

CEJA - Centro de Educação de Jovens e Adultos

CI - Centro de Internação

CIEBP - Centro de Inovação da Educação

CINC - Centro de Inclusão Educacional

CIP - Centro de Internação Provisória

CMSP - Centro de Mídias da Educação de São Paulo

COPED - Coordenadoria Pedagógica

DEMOD - Departamento de Modalidades Educacionais e Atendimento


Especializado

ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente

EdoC - Educação do Campo

EDSG - Educação para Diversidade Sexual e de Gênero

EEI - Educação Escolar Indígena

EEQ - Educação Escolar Quilombola

EJA - Educação de Jovens e Adultos

ERER - Educação para as Relações Étnico-Raciais

HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana (Human Immunodeficiency Vírus, em


inglês)

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Ideb - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

IST - Infecções Sexualmente Transmissíveis

ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

PEC - Projeto Explorando o Currículo


5

PEP - Programa de Educação nas Prisões

PRTE - Projeto Revitalizando a Trajetória Escolar

SAEB - Sistema de Avaliação da Educação Básica

SARESP - Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo

SEDUC - Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEDUC)

TCT - Temas Contemporâneos Transversais

TIC - Tecnologias da Informação e da Comunicação


6

CENTRO DE APOIO
PEDAGÓGICO (CAPE)
7

Educação Especial, Classe Hospitalar e Atendimento


Domiciliar
A Educação Especial é a modalidade de ensino que percorre todos os níveis
e etapas da escolarização, com o objetivo de desenvolver, validar e consolidar as
escolas inclusivas. Desta forma, busca-se oferecer um conjunto de serviços para
a inclusão de todos os estudantes, com foco no processo pedagógico de ensino e
de aprendizagem.
Nesse sentido, os profissionais da educação devem conhecer e se apropriar
das diretrizes da Política de Educação Especial do Estado de São Paulo. É primordial
que os professores discutam o documento, conheçam os estudantes e
desenvolvam estratégias que viabilizem a participação de todos.
Conforme consignado na Lei Federal n° 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional), a oferta de Educação Especial deve ocorrer
preferencialmente na rede regular de ensino:
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos
desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotação.

A educação é um direito humano fundamental e a integração indica o


desenvolvimento dos trabalhos com base no aspecto transversal da Educação
Especial, em todos os seus níveis e modalidades.

Estudo da Política de Educação Especial do Estado de São


Paulo, o Ensino Colaborativo, Resoluções e seus anexos
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo apresentou a Política de
Educação Especial do Estado de São Paulo, orientando sobre o processo de ensino
e de aprendizagem do grupo elegível aos serviços da Educação Especial. O
documento visa a inclusão de todos os estudantes nas classes de ensino regular,
garantindo o pleno exercício da educação e que o processo de ensino e
aprendizagem estejam voltados para a inclusão de todos.
O Ensino Colaborativo apresenta-se como estratégia importante à inclusão
dos estudantes elegíveis aos serviços da Educação Especial nas classes comuns do
ensino regular. O documento pretende fortalecer a colaboração no ambiente
educacional e orientar os profissionais da educação.
.
8

Diante disso é importante que o professor seja capaz de:


• Identificar as potencialidades dos estudantes e oferecer atendimentos
que ofereçam subsídios às suas necessidades;
• Organizar estratégias de atendimento que garantam a participação
de todos os estudantes e que garantam a acessibilidade como príncipio;
• Construir com base no anexo III, da Resolução SE 25, o registro do
Acompanhamento do Atendimento Domiciliar Escolar;
• Realizar e acompanhar os registros estabelecidos nos anexos da
Resolução SE 71, para desenvolvimento dos estudantes atendidos em classe
hospitalar.
Sendo assim, sugere-se a leitura das resoluções apresentadas, bem como
da Política de Educação Especial do Estado de São Paulo e do Ensino Colaborativo
para o desenvolvimento das melhores estratégias pedagógicas.

Discussão de casos específicos da Unidade Escolar


Diante das singularidades apresentadas por cada estudante, os professores
da educação especial poderão utilizar a Avaliação Inicial, o Plano de Atendimento
Individualizado ou até mesmo os Registros dos estudantes para oferecer aos
colegas das salas regulares informações que possibilitem conhecer principalmente
suas potencialidades e também sirvam para nortear as intervenções específicas de
acordo com cada caso, a fim de oferecer a cada um possibilidades equitativas.
A articulação entre os professores deve ocorrer durante todo o período
letivo, possibilitando melhores condições para o desenvolvimento dos estudantes,
fortalecendo a inclusão, garantindo o acesso, permanência e participação, sem
exceção.
As escolas que contarem com o serviço de Atendimento Domiciliar poderão
solicitar ao docente que acompanha o estudante um parecer sobre seu
desenvolvimento e suas características.
O ensino a partir do Currículo Paulista deve ser pensado em caráter
equitativo e quando necessário, pode haver a flexibilização das atividades, com
objetivo de que todos os alunos sejam contemplados e incluídos.
9

Interlocutor de Libras
O planejamento deverá contar com a participação do Professor Interlocutor
de Libras, garantindo um processo de ensino e aprendizagem equitativo e de
qualidade para todos os estudantes. O professor interlocutor contribuirá com
estratégias adequadas para viabilizar o trabalho com estudantes surdos durante
todo o ano letivo.
O Professor Interlocutor deve se apropriar dos relatórios de avaliação das
Salas de Recursos para maior compreensão das potencialidades dos estudantes e
assim planejar seu trabalho com a necessária intencionalidade pedagógica, de
modo a garantir a eficiência e a eficácia do seu trabalho docente.
10

CENTRO DE EDUCAÇÃO
DE JOVENS E ADULTOS
11

Educação de Jovens e Adultos: EJA Presencial


A Educação de Jovens e Adultos (EJA) de presença obrigatória é ofertada
nas escolas estaduais aos jovens, adultos e idosos que não tiveram acesso ou não
concluíram a Educação Básica nas etapas do Ensino Fundamental - Anos Finais e
Ensino Médio. O Planejamento para o curso de EJA presencial, em classes seriadas
ou multisseriadas, deve garantir as especificidades da modalidade no trabalho a
ser desenvolvido pela unidade escolar.

Currículo e Programas
O Currículo Paulista é o documento que norteia a educação da rede
estadual de São Paulo. Por sua vez, na EJA, é fundamental reconhecer suas
especificidades curriculares e refletir sobre a diversidade de contextos, interesses
e motivações dos estudantes, dentro e fora do ambiente escolar.
Diante de suas funções específicas, o Planejamento na EJA deve garantir
que o processo formativo não seja um mero recorte do ensino regular, mas que
contemple, verdadeiramente, as necessidades deste público. Para tanto, é
importante considerar a semestralidade dos Termos/Anos para o planejamento do
período letivo.
Para a promoção da educação integral, na EJA, deve-se considerar a
qualidade da educação como um bem inalienável, capaz de integrar diferentes
saberes em diversos âmbitos, valorizando e aproximando as experiências de vida
dos sujeitos com as habilidades e competências previstas no Currículo. O
desenvolvimento de uma educação integral exige também o reconhecimento do
mundo do trabalho no processo educativo, não como formação tecnicista, mas no
entendimento do trabalho enquanto produção humana, comprometida com as
transformações sociais.
À luz de uma educação emancipadora, é importante que nos
planejamento de aulas, sejam asseguradas metodologias adequadas ao jovem,
adulto e idoso, contemplando procedimentos como o trabalho sistematizado e
interdisciplinar com leituras diversas; envolvimento do estudante na escolha das
atividades; valorização da cultura e do contexto local e global; bem como a
consideração dos interesses, das realidades e dos projetos pessoais e sociais dos
estudantes.
12

Importante destacar que com o término do contrato do material EJA


Mundo Trabalho, a Secretaria da Educação realizou a abertura de consulta pública
para oitiva de instituições especializadas na produção de conteúdos impressos e
digitais, com a finalidade de efetuar a aquisição de materiais didáticos para os
públicos da EJA. Após o período de consulta foram escolhidos os seguintes
materiais didáticos entregues aos estudantes, para utilização a partir do ano letivo
de 2021.
• EJA Ensino Fundamental – Anos Finais:
1. Coleção “Saberes da vida, saberes da escola” da Editora Ática;
2. Coleção “Caminhar e transformar” da Editora FTD;
3. Coleção “EJA Moderna” da Editora Moderna.
• EJA Ensino Médio - “Viver, aprender” da Editora Global.
No início das aulas, orienta-se aos professores que, por meio da
avaliação, observação e escuta, seja identificado os conteúdos que precisam ser
retomados e aprofundados. Por fim, reforça-se que os Temas Contemporâneos
Transversais (TCTs) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) devem
continuar sendo oportunizados aos estudantes da Educação de Jovens e Adultos
de maneira transversal, por meio de atividades interdisciplinares e
transdisciplinares.

Avaliação
A Avaliação é a principal ferramenta para acompanhamento do
planejamento elaborado pelos professores para a modalidade EJA de presença
obrigatória que, reconhecendo as características diversificadas dos estudantes e
momentos de aprendizagens diferenciados, deve garantir espaço para as
adequações, atentando que o objetivo final seja inalterado: a formação integral
dos estudantes.
Nesse sentido, conhecer os estudantes que chegam à EJA, saber o que
trazem como conhecimentos vivenciados, seus projetos de vida e suas angústias,
são importantes para um bom planejamento. Dessa forma, sugere-se a realização
de uma avaliação diagnóstica que poderá subsidiar a construção dos planos de
aula e o acompanhamento dos resultados ao longo do processo.
Cabe destacar que na modalidade EJA não se realiza Avaliações de
Sistema (como as provas do Saresp e Saeb) ou ainda a Avaliação de Aprendizagem
13

em Processo (AAP). Isso não significa, no entanto, que não deve haver uma
sistemática de avaliações internas, para acompanhar a aprendizagem dos
estudantes e/ou o andamento do planejamento escolar.
O acompanhamento das ações planejadas também é fundamental para
que os objetivos sejam alcançados. Durante todo o processo das ações
pedagógicas, a avaliação do processo de ensino-aprendizagem deve ser realizada.
Os resultados dessa avaliação processual trarão subsídios que permitirão corrigir
os rumos daquilo que foi planejado, colocá-los na direção correta, ajustar possíveis
descompassos entre o planejado e o concretizado.
No entanto, é preciso ter ciência que a avaliação como prática
pedagógica deve sempre ser utilizada para a melhoria da qualidade da educação.
Portanto, não deve ter caráter punitivo nem classificatório, por outro lado, permitir
um processo transformador e mediador da construção do conhecimento e balizador
do planejamento docente na EJA.

Sugestões de Temas para o Planejamento da Unidade


Escolar
• Temas Contemporâneos Transversais e a utilização dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS).
• O trabalho com as classes Multisseriadas.
Para conhecer outros materiais relevantes para aprofundamento, veja o
item 3.5 deste documento.

Educação de Jovens e Adultos: EJA Presença Flexível


A EJA de presença flexível é oferecida em 39 Centros Estaduais de
Educação de Jovens e Adultos (CEEJAs), nas etapas do Ensino Fundamental - Anos
Finais e do Ensino Médio. O curso possui organização didático-pedagógica
específica que demanda um planejamento que contemple suas singularidades,
como o ensino individualizado e aulas em grupo. Assim, o planejamento para a
modalidade de EJA de presença flexível, deve garantir as especificidades desse
modelo no trabalho a ser desenvolvido pela unidade escolar.
14

Currículo e Programas
Nos CEEJAs, para além da adequação curricular, é preciso considerar o
material didático encaminhado para a rede em 2021 na elaboração do
planejamento.
Para a aprendizagem de jovens, adultos e idosos matriculados nos CEEJAs
deve-se considerar suas vivências e todo o conhecimento que já possuem, uma
vez que, para muitos estudantes, a sua experiência cotidiana, quer seja no
trabalho, no círculo familiar, no grupo de amigos, na igreja e em outros espaços,
possibilitou diversas aprendizagens que foram previamente acumuladas.
Dessa forma, durante o período de planejamento é preciso aliar os
diferentes conhecimentos trazidos pelos estudantes às competências e habilidades
previstas no Currículo e nos novos materiais didáticos. Para isso, é necessário
contextualizar o conhecimento e desenvolver um trabalho interdisciplinar por meio
de oficinas e projetos, por exemplo.

Avaliação
Ao definir os instrumentos de avaliação é preciso não apenas pensar nos
critérios, mas também nos sujeitos envolvidos nesse processo. As avaliações
devem ter, entre outras, a função de identificar quais os conhecimentos já
adquiridos e quais precisam ser retomados para que o estudante tenha condições
de continuar os seus estudos com qualidade.
Em outra direção, é importante garantir que os instrumentos de avaliação
não atendam apenas a finalização de uma etapa de ensino ou mesmo a conclusão
da Educação Básica, mas sirvam ao objetivo maior do CEEJA, que é o de oferecer
aos estudantes jovens, adultos e idosos um ensino digno, de qualidade e que os
habilite para o exercício da cidadania, para o mundo do trabalho, para o ingresso
no Ensino Superior e para realização dos mais variados projetos de vida.

Sugestões de Temas Livres de Pautas para o


Planejamento da Unidade Escolar
• Temas Contemporâneos Transversais e a utilização dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS).
15

Outros Materiais Importantes para Aprofundamento

Público Documento Link

Todos Currículo Paulista https://efape.educacao.sp.gov.br/curricul opaulista/

EJA Pautas e Percursos formativos em rede: https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod


Práticas pedagógicas em classes /page/view.php?id=4435
multisseriadas 1

EJA Pautas e Percursos formativos em rede: https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod


Práticas pedagógicas em classes /page/view.php?id=4453
multisseriadas 2

EJA/ Pautas e Percursos formativos em rede: https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod


CEEJA EJA – Avaliação formativa e processual /page/view.php?id=4887

EJA/ Pautas e Percursos formativos em rede: https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod


CEEJA Ensino contextualizado na EJA /page/view.php?id=10347

Pautas e Percursos formativos em


EJA/ rede: Metodologias ativas significativas https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod
CEEJA para a EJA /page/view.php?id=4571

EJA/ Diretrizes Curriculares Nacionais para a http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf


CEEJA Educação de Jovens e Adultos /pceb011_00.pdf

EJA/ “Classes heterogêneas: algumas https://drive.google.com/file/d/


CEEJA considerações” 1x_YbwOVl3x54ltKs8Z63nLdcjkrhgQ2l/view?usp=sharing
(Walkiria Rigolon)

CEEJA Documento Orientador para os Centros https://drive.google.com/file/d/


Estaduais de Educação de Jovens e 1nLpIflGE9ofyiogtw0wbPD4cg_y4PHL8/view?usp=sharing.
Adultos – CEEJAs

Reflexões Pedagógicas sobre o Ensino e https://drive.google.com/file/d/1wijzBXNYJMVAXzwzmH8C6X


EJA/ Aprendizagem (Stela C. Bertholo Piconez) bI5pR7S--U/view?usp=sharing
CEEJA

Programa de Educação nas Prisões – PEP


O Programa de Educação nas Prisões, instituído pelo Decreto Estadual
57.238/2011 é ofertado às pessoas privadas de liberdade que não tiveram acesso
16

ou não concluíram a Educação Básica nas etapas Ensino Fundamental - Anos


Iniciais/Finais e Ensino Médio. No Estado de São Paulo, a oferta da Educação Básica
às pessoas em situação de privação de liberdade é responsabilidade da Secretaria
da Educação (SEDUC), com apoio da Secretaria da Administração Penitenciária
(SAP) e a Fundação "Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel" (FUNAP). Ela deve
proporcionar aos estudantes meios para que possam ter garantido o acesso e a
permanência na Educação Escolar, bem como promover cidadania e inclusão social
e educacional. Portanto, o planejamento deve oferecer às unidades escolares um
espaço de reflexão e discussão voltado às especificidades desta modalidade.

Currículo e Programas
O Currículo Paulista é o documento que norteia a educação da rede estadual
de São Paulo. Por sua vez, na EJA, é fundamental reconhecer suas especificidades
e refletir sobre a diversidade de contextos, interesses e motivações dos
estudantes, dentro e fora do ambiente escolar.
Sendo a Educação de Jovens e Adultos (EJA) a modalidade ofertada para
estes estudantes, o Planejamento deve garantir que o processo de ensino-
aprendizagem contemple as necessidades deste público, considerando os saberes
que os estudantes possuem, adaptando-os para as situações de aprendizagem na
semestralidade do curso.
Com a necessidade da realização de aulas remotas, devido ao COVID-19,
no que resultou em uma mudança drástica e repentina nas vidas de nossos
estudantes privados de liberdade. Essa mudança fez com que nossos professores
se adaptassem para garantir que a relação ensino-aprendizagem fosse garantida,
por meio dos roteiros de estudos (impressos).
Para tanto, o Planejamento deve contemplar, além dos aspectos
pedagógicos o momento de acolhimento. O acolhimento é parte essencial do
processo de ensino-aprendizagem, uma vez que possibilita aos nossos professores
desenvolverem com seus estudantes as competências socioemocionais. Estas
competências socioemocionais são fundamentais para o desenvolvimento integral
dos estudantes privados em liberdade, principalmente para contribuir no
desenvolvimento das habilidades que serão necessárias para a continuidade de
seus estudos. Porém é preciso pensar nas especificidades deste público, uma vez
que as classes vinculadas estão inseridas em espaços de privação com regras
17

próprias (a segurança, por exemplo), o que cabe uma adaptação exclusiva para
essa realidade. É importante garantir um espaço acolhedor, de ajuda mútua e
respeito no ambiente escolar.
É importante destacar, que no ano letivo de 2021, os estudantes
pertencentes ao PEP, assim como todo estudante da EJA, receberam os novos
materiais didáticos, tanto para o Ensino Fundamental – Anos Finais, como para o
Ensino Médio. Estes materiais, junto ao processo de observação, escutam e
avaliação dos estudantes, possam propiciar aos professores meios para identificar
as habilidades e competências que precisam ser retomadas e aprofundadas.
Considerando o longo período de aulas não presenciais, as aprendizagens a
serem recuperadas ou aprofundadas possam ser muitas, principalmente aos
estudantes que cursam os Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Portanto, o
Currículo Paulista, em todas as suas etapas, bem como os materiais didáticos,
além de outros materiais, serão os instrumentos para a retomada de alguns temas,
conforme a necessidade dos estudantes.
Todo este material de apoio disponível pode contribuir para uma prática
escolar flexível e adaptada, e devem sempre estar contextualizados de acordo com
o planejamento da escola, do professor e a partir do grupo de estudantes. Por isso,
é fundamental a utilização de metodologias flexíveis, de Temas Contemporâneos
Transversais, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e os saberes
por áreas do conhecimento, considerando os conhecimentos e experiências
anteriores do estudante, sempre alinhado às competências e habilidades,
presentes no Currículo Paulista.

Avaliação
A avaliação tem como objetivo diagnosticar a situação de aprendizagem de
cada estudante, em relação à programação curricular. Ela deve ser processual e
formativa e mesmo a EJA não realizando as Avaliações de Sistema (SARESP e
SAEB) ou Avaliações Formativas: Avaliação Diagnóstica (AD), Intermediária,
Avaliação de Aprendizagem em Processo (AAP) e Avaliação de Fluência, nada
impede que os professores juntamente com seus Coordenadores Pedagógicos
(PC), possam construir internamente avaliações para acompanhar a aprendizagem
dos estudantes e o desenvolvimento do planejamento escolar, em vista de
melhorar a qualidade de ensino para os estudantes privados de liberdade.
18

Sugestões de Temas Livres de Pautas para o


Planejamento da Unidade Escolar
• Elaboração de planos de aula (individuais, coletivos, por área do
conhecimento e/ou multidisciplinares), a partir das habilidades essenciais;
• Projetos pedagógicos interdisciplinares e transdisciplinares;
• Metodologias ativas;
• Tipos de avaliações.

Outros Materiais Importantes para Aprofundamento


Documento Link
Currículo Paulista https://efape.educacao.sp.gov.br/curricul opaulista/
Documento Orientador n° 1 see-sap https://drive.google.com/file/d/
atualizado 2018
1v2PzXRKWutN1aSMWiugGWyfdmMGguPbq/view?usp=sharing
Documento Orientador n° 2 https://drive.google.com/file/d/1eh4zynXoIn-
see/sap/funap
Vhifx7In3ytYOUfdZb1L2/view?usp=sharing
Resolução Conjunta SEDUC-SAP nº 01, https://drive.google.com/file/d/1qyCRoHAqjgrjTTa6D0KlLT-
de 25-11-2021
kivJYQXWs/view?usp=sharing
Legislações Nacionais https://drive.google.com/file/d/
11n3y9NEdVsWJRxF7b_muvTewonhRXWpJ/view?usp=sharing
Legislações Estaduais https://drive.google.com/file/d/
1DzwyAjX8iAhWGnOmP795qQG3negHZT0N/view?usp=sharing
Pautas e Percursos formativos em https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/page/view.php?id=10
rede: Alfabetização e letramento das
323
pessoas privadas de liberdade 1
Pautas e Percursos formativos em https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/page/view.php?id=10
rede: Alfabetização e letramento das
335
pessoas privadas de liberdade 2
Pautas e Percursos formativos em https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/page/view.php?id=53
rede: Práticas pedagógicas em 59
classes multisseriadas 1
Pautas e Percursos formativos em https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/page/view.php?id=53
rede: Práticas pedagógicas em 69
classes multisseriadas 2
Pautas e Percursos formativos em https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/page/view.php
rede: Metodologias ativas
?id=5385
significativas para a EJA
Pautas e Percursos formativos em https://avaefape.educacao.sp.gov.br/mod/page/view.php
rede: EJA – Avaliação formativa e
?id=5397
processual
19

CENTRO DE INCLUSÃO
EDUCACIONAL (CINC)
20

Atendimento Socioeducativo
A Secretaria da Educação oferta Educação Básica aos estudantes em
cumprimento de medida socioeducativa em meio fechado nos Centros de
Internação Provisória (CIP) e Centros de Internação (CI) da Fundação CASA,
oferecendo meios para assegurar o direito fundamental, público e subjetivo à
educação, garantindo a implementação de ações didático-pedagógicas
compatíveis com as demandas específicas destes estudantes. Além disso, há a
constante preocupação para tornar construtivo o tempo de permanência dos
estudantes, através de efetivas oportunidades educacionais alicerçadas em
competências e habilidades geradoras das condições necessárias à continuidade
dos estudos escolares.

Currículo e Programas
Diante do contexto da pandemia no ano letivo de 2020/2021, o Projeto
Revitalizando a Trajetória Escolar (PRTE), desenvolvido nos Centros de Internação
(CI), e o Projeto Explorando o Currículo (PEC), ofertado nos Centros de Internação
Provisória (CIP), adequaram-se às atividades pedagógicas através roteiros de
estudos impressos, a fim de garantir aos estudantes em cumprimento de medida
socioeducativa de internação o prosseguimento dos estudos.
Dessa forma, o Currículo Paulista será fundamental para o ano letivo de
2022, para a aquisição das habilidades e competências previstas, as quais devem
estar presentes no planejamento pedagógico dos professores, na elaboração de
planos de aula (individuais, por área do conhecimento e/ou multidisciplinares) e
sequências didáticas.
Quanto ao Projeto Explorando o Currículo, o desenvolvimento das atividades
pedagógicas deve seguir o disposto em resolução: atividades de finitude diária,
por área do conhecimento e baseadas nos Temas Contemporâneos Transversais.
Para apoiar o desenvolvimento das habilidades previstas no Currículo
Paulista, o professor poderá utilizar-se das seguintes estratégias:
• Sala de aula invertida: o professor poderá oferecer materiais prévios
para os estudantes sobre o conteúdo que irá ser trabalhado, após essa etapa,
realizar a mediação das percepções e discutir a partir dos conhecimentos prévios
adquiridos sobre o assunto, podendo ainda propor seminários, apresentações e
21

etc. Ao final do processo realizar a avaliação conjunta das atividades pedagógicas


com os estudantes;
• rotação por estações: visa organizar a sala em diferentes grupos para
desenvolver atividades pedagógicas com diferentes habilidades, mas de forma
complementar. O professor organiza a sala em uma espécie de circuito, em que
os estudantes fazem um rodízio na atividade que possui o mesmo tema central.
Para melhor desempenho é importante oferecer materiais diversificados em cada
circuito que dialoguem com o tema central.
A utilização dessas metodologias contribuem para o acompanhamento
pedagógico de estudantes dos Centros de Internação da Fundação CASA, além de
possibilitar intervenções que se façam necessárias, definidas a partir das análises
das atividades pedagógicas, inclusive contribuindo para o replanejamento, caso
haja necessidade.
O material do curso “Ensino Híbrido - Práticas de Orientação de Estudos”
oferecido pela EFAPE, poderá contribuir com o aprofundamento dos estudos sobre
o tema.

Avaliação
A avaliação é um recurso que deverá orientar professores no
acompanhamento da aquisição das habilidades e competências, bem como no
acompanhamento do desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. Para
esse acompanhamento, a avaliação processual e formativa possibilita avanços em
determinadas habilidades e ajuda a verificar quais precisarão ser revisitadas ou
intensificadas durante o processo de aprendizado.
Portanto, a elaboração de avaliações, conforme as particularidades dos
estudantes em cumprimento de medida socioeducativa de internação, são de suma
importância para identificar as prioridades da realidade escolar, de modo a
oferecer subsídios para as ações pedagógicas previstas.

Sugestões de Temas Livres de Pautas para o


Planejamento da Unidade Escolar
• Elaboração de planos de aula e roteiros de estudos (individuais,
coletivos, por área do conhecimento e/ou multidisciplinares), a partir das
habilidades previstas pelo Currículo Paulista;
22

• Projetos pedagógicos interdisciplinares;


• Metodologias ativas;
• Tipos de avaliações e suas aplicações conforme as demandas
específicas das turmas;

Migrantes Internacionais
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, tem como um
de seus princípios constitucionais (art. 5°) a igualdade de condições entre
brasileiros e estrangeiros no país para acesso e permanência à escola, sejam eles
residentes ou cidadãos em trânsito. Considerando que todos são iguais perante a
lei, o atendimento educacional não está restrito somente aos brasileiros,
abrangendo também os migrantes internacionais que vivem no país.
A população de migrantes internacionais matriculados nas escolas públicas
estaduais é constituída, atualmente, por quase 14 mil estudantes não brasileiros
de 120 nacionalidades (SEDUC/CITEM, outubro de 2021), sendo quase a metade
desta população (44%) composta por estudantes oriundos da Bolívia, Japão e
Haiti. Esse número expressa a diversidade étnica e cultural no Estado de São Paulo,
cada vez mais plural devido às correntes migratórias contemporâneas,
destacando-se as correntes boliviana, venezuelana, síria, haitiana, japonesa e
chinesa.

Currículo e Programas
A escola é um espaço de compreensão das diversidades e pluralidades
identitárias e culturais. Para garantir o que prevê o Currículo Paulista, é necessário
propiciar a efetivação do respeito à liberdade por meio da construção de
estratégias pedagógicas que definem, entre outras coisas, o apoio à aprendizagem
voltada para a população de estudantes migrantes internacionais, permitindo a
eles o pleno usufruto da escola paulista, com as mesmas oportunidades de
aprendizagem que os demais estudantes.
Para melhor desenvolvimento das habilidades previstas pelo Currículo
Paulista, a escola deve promover a integração dos estudantes migrantes
internacionais, com atenção especial para estudantes em situação de refúgio, que
saíram de maneira inesperada de seus países de origem. O acolhimento das
escolas paulistas a esse público deve envolver os demais estudantes, professores
23

e funcionários e deve ser pensada não somente no início das aulas, mas no
decorrer do ano letivo.
A escola precisa buscar estratégias para lidar com a barreira do idioma.
Indica-se a criação de estratégias que garantam um espaço para que o estudante
contribua com a visão mais ampliada dos desafios do mundo, dos problemas em
outras regiões, das diferentes maneiras de se ler e compreender o mundo e se
comunicar, de aprender e relacionar a partir da cultura e da nacionalidade.
Também pode utilizar as línguas faladas na escola na comunicação escrita
(placas de identificação, avisos, orientações, por exemplo) e criar estratégias de
diálogo e participação ativa das famílias na escola para melhor entendimento dos
desafios enfrentados no ambiente escolar.
Recomenda-se o uso de aplicativos de tradução simultânea, inclusive para
o uso de alfabetos não latinos. Esses aplicativos possuem busca fonética e podem,
inclusive, ser utilizados já no momento da matrícula desses estudantes na Rede
Estadual, já que ingresso dos mesmos é garantido sem necessidade de
documentação definitiva. Neste sentido, podem ser utilizadas as cartilhas de
acolhimento, para pais, estudantes e comunidade como um todo, produzidas pelo
Centro de Inclusão Educacional (CINC) nos idiomas Crioulo Haitiano, Espanhol,
Francês e Inglês e previamente distribuídas à Rede.

Estratégias Complementares
Além dos aplicativos, outra ferramenta importante que também poderá ser
utilizada nas atividades é o material “Aprender Sempre – Vol. 2” que foi traduzido
do português para os idiomas Crioulo Haitiano, Espanhol, Francês e Inglês,
realizado através da parceria entre a Secretaria da Educação do Estado de São
Paulo e a Organização Internacional para as Migrações – OIM.
Quando a escola produzir materiais orienta-se que não sejam traduzidos
títulos e textos de obras literárias nacionais e/ou portuguesas; nomes de
personagens; tabelas; lugares; índices de livros; nome de brinquedos e
brincadeiras; regras de jogos e brincadeiras; expressões tipicamente brasileiras,
para que estas expressões coloquiais e/ou naturais da variedade do nosso idioma
e de nossa comunidade linguísticas sejam preservadas.

Avaliação
24

Além de ingressarem em ambiente cujo idioma falado, a cultura, os


costumes e a convivência escolar são aspectos diferentes daqueles de seu país de
origem, a dificuldade de comunicação devido ao desconhecimento do idioma,
somada a um perfil mais introspectivo do estudante, podem ser confundidos no
processo de avaliação como defasagens de aprendizagem.
Recomenda-se que a escola realize alguma forma de avaliação ou
monitoramento dos estudantes estrangeiros em relação ao desenvolvimento de
suas aprendizagens, considerando o currículo praticado em seu país de origem,
sua faixa etária e a etapa de proficiência em que estava ao chegar à escola, bem
como oriente sobre a estrutura, ocorrência e finalidade das avaliações externas.
Ainda assim, é proveitoso disponibilizar dicionários dos idiomas mais falados
e acessíveis à escola (espanhol, inglês, francês). No caso dos idiomas menos
falados ou de acesso mais difícil (árabe, crioulo haitiano), sugere-se que sejam
elaborados pelos próprios estudantes, junto a seus professores, dicionários e
léxicos variados (literário, técnico, científico, tecnológico), que poderão não só ser
utilizados como instrumento de avaliação, mas também como material de trabalho
e interação desse estudante migrante internacional com a língua portuguesa,
trabalhando as possíveis interações entre as línguas, suas semelhanças lexicais e
morfológicas, as influências de umas sobre as outras e suas diferenças.

Sugestões de Temas Livres de Pautas para o


Planejamento da Unidade Escolar
Como sugestões de pautas para Planejamento da Unidade Escolar sugere-
se que a escola realize formação dos professores, voltada para o processo de
ensino-aprendizagem de estudantes que falam um idioma diferente, e na
promoção do acolhimento, especialmente de estudantes em situação de refúgio.
Também se recomenda a elaboração de pautas relacionadas com protagonismo
dos estudantes migrantes internacionais e a construção de projetos que discutam
a segregação, o preconceito, o racismo e a xenofobia presentes no contexto
escolar, com o objetivo de superar esses problemas.
Sugere-se também que os as pautas contemplem formações sobre a Lei
Federal 13.445/2007 (Lei da Migração), com foco especial no artigo 3º, artigo 4º
e artigo 77º, que tratam diretamente dos direitos relacionados à educação.
25

Educação do Campo – EdoC (acampados, assentados


e comunidades tradicionais)
A Educação do Campo destina-se ao atendimento das populações
campesinas: os agricultores familiares, os extrativistas, os pescadores artesanais,
os ribeirinhos, os assentados e acampados da reforma agrária, os trabalhadores
assalariados rurais, os quilombolas, os caiçaras, os povos da floresta, os caboclos
e outros que produzam suas condições materiais de existência a partir do trabalho
no meio rural.
Essa modalidade deve ser ofertada tanto em unidades escolares situadas
em área rural, conforme definido pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), ou aquela situada em área urbana, desde que atenda
predominantemente as populações do campo. A EdoC compreende todas as etapas
da Educação Básica: Educação Infantil (ofertada apenas na Educação Escolar
Indígena), Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos
(EJA).
O Planejamento para as unidades escolares que atuam com as modalidades
supracitadas deve garantir que os estudantes consigam articular as situações de
aprendizagem com as questões inerentes à sua realidade, ou seja, a Educação do
Campo se orienta na temporalidade e saberes próprios das comunidades. Nesse
sentido, o planejamento é necessário, pois é o momento em que professores e
equipe gestora tomam ciência da realidade da unidade escolar, considerando as
situações de aprendizagem que poderão ser desenvolvidas, os objetivos a serem
alcançados durante o processo de aprendizado no ano letivo de 2022, as formas
de avaliações e as metodologias que serão empregadas.

Currículo e Programas
O Currículo Paulista considera a necessidade de superar as desigualdades
educacionais. Para essa superação, é essencial que o planejamento mantenha
claro o foco na equidade, o que pressupõe reconhecer que as necessidades dos
estudantes são diferentes. Na modalidade da Educação do Campo é fundamental
reconhecer as identidades dos estudantes do campo, valorizando a diversidade e
a herança cultural dos mesmos, para que seu desenvolvimento integral não seja
prejudicado.
26

Para isso, fazem-se necessários conteúdos que valorizem os saberes e as


tradições do campo, demonstrando que o meio rural é um lugar onde vivem
pessoas com diferentes dinâmicas de trabalho, de cultura, de relações sociais, e
não apenas um espaço que reproduz os valores da cidade e práticas do meio
urbano. Devido a esses aspectos os estudos direcionados para o desenvolvimento
social, economicamente justo e ambientalmente sustentável estão alinhados com
a modalidade da Educação do Campo.
O Currículo Paulista deve ser articulado de forma que o campo seja
percebido como espaço da cultura, e história ao que se refere ao pertencimento
à terra e ao território, questões que estão intrinsecamente ligadas às comunidades
e povos tradicionais.
Os termos comunidades tradicionais e povos tradicionais designam grupos
culturalmente diferenciados que se reconhecem como tais e que possuem forte
vinculação com seus territórios, mantendo assim formas próprias de conhecimento
e manejo de seus recursos biológicos e naturais, bem como, conhecimentos
tradicionais a eles associados, tendo a predisposição para defendê-los,
desempenhando importante papel na conservação ambiental e manutenção da
agrobiodiversidade.
O planejamento das unidades escolares que atuam na modalidade de ensino
da Educação do Campo deve, independente da etapa de ensino que ofertam,
compreender a diversidade cultural dessas populações e a importância de se
discutir o acesso dessas populações à terra e aos territórios. Pois a terra é o local
de onde se tira o sustento, e o território é o local onde se mantém viva as
memórias que compõem as identidades desses povos, fazendo valer-se das
cosmologias, modos de vida e visões de mundo, reconhecendo a existência de
sistemas de conhecimentos próprios. Salientamos assim o compromisso em
abordar questões que permeiam o uso sustentável da terra, recursos renováveis
e uso de tecnologias de baixo impacto, estando atento para seja garantido e
respeitado seus modos de vida e tradições.

Avaliação
Podemos dividir as avaliações a serem desenvolvidas nas unidades escolares
em Avaliações Internas e Externas, ambas compõem o processo de ensino e
aprendizagem dos estudantes, e devem estar orientadas pelo Currículo Paulista .
27

As Avaliações Internas são aquelas desenvolvidas pelos próprios


professores, também conhecidas como avaliações formativas, essas avaliações
devem considerar e respeitar os processos dos próprios estudantes.
Nas unidades escolares que atuam na modalidade educacional da Educação
do Campo é importante que as Avaliações Internas considerem as experiências de
vida e as características históricas, políticas, econômicas e socioculturais das
populações do campo, reconhecendo seus valores e abarcando não só as
dimensões cognitivas, mas também as afetivas e emocionais, podendo ser
articuladas de forma lúdica. Porém, é importante que essas avaliações explicitem
quais habilidades foram desenvolvidas e estão sendo avaliadas, pois as habilidades
trabalhadas devem estar alinhadas com as que orientam as Avaliações Externas.
As Avaliações Externas, também conhecidas como Avaliações de Sistema,
são as avaliações desenvolvidas para acompanhamento da aprendizagem dos
estudantes e rendimento das escolas nos sistemas de ensino, em que se avaliam
o que todos os estudantes precisam adquirir ao final de um processo
(bimestre/semestre/ano/etapa de ensino).
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo conta com avaliações
próprias: Avaliações Diagnósticas (AD), Avaliações de Aprendizagem em Processo
(AAP); Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo
(SARESP), entre outras de nível federal como Sistema de Avaliação da Educação
Básica (SAEB), que é composto pela Prova Brasil, pela Avaliação Nacional da
Educação Básica (ANEB) e pela Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA). Os
resultados das provas, aliados a outros dados, compõem o Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Nas unidades escolares que não participam das Avaliações de Sistema é
recomendado que os próprios professores, com orientações dos professores
coordenadores, realizem em suas Avaliações Internas: as avaliações diagnósticas
e processuais, adaptadas à realidade local.

Sugestões de Temas Livres de Pautas para o


Planejamento da Unidade Escolar
Para as unidades escolares que atuam na modalidade da Educação do
Campo, sugerimos as seguintes pautas:
28

• Estudo do Parecer CNE/CEB nº 36/2001, referente às Diretrizes


Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo;
• Estudo aprofundado da Resolução nº 1, de 3 de abril de 2002 que
Institui Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo;
• Discussão da aula-vídeo produzida pela UNIVESP: História da
Educação no Brasil O ruralismo: as escolas do campo.

Educação Escolar Indígena – EEI


A Educação Escolar Indígena, consiste em uma Modalidade de ensino
desenvolvida a partir do reconhecimento do direito à educação diferenciada e
autônoma para os povos indígenas. Abarcando esta diversidade, a política
educacional implementada pela SEDUC para os povos indígenas é específica,
diferenciada, intercultural e bilíngue/multilíngue

Currículo e Programas
O planejamento escolar das escolas indígenas para o ano letivo de 2022
deverá ser pautado pela prudência, enquanto avança o processo de imunização
das populações indígenas em suas comunidades, particularmente no que tange à
vulnerabilidade deste grupo.
Objetivamente, o planejamento para 2022 para as escolas indígenas deve
contemplar as seguintes ações:
• Promover a educação específica, diferenciada, intercultural e
bilíngue/multilíngue, verificando possíveis interações com o Currículo Paulista;
• Desenvolver projetos interdisciplinares, multidisciplinares e
transdisciplinares;
• Revisitar boas práticas de atividades pedagógicas desenvolvidas na
Educação Escolar Indígena, a fim de aprimorá-las;
• Os professores indígenas e não indígenas também poderão utilizar os
recursos tecnológicos para apoiar o processo de aprendizado dos estudantes:
Centro de Mídias, aplicativos e plataformas de comunicação.
• Aos professores não indígenas e escolas que não tem acesso às
tecnologias de comunicação (ou tem precariamente), deve-se planejar
antecipadamente com as respectivas Diretorias de Ensino a necessidade de
materiais a serem reproduzidos e entregues aos estudantes por meio de roteiros
29

de estudos e atividades impressas, combinando previamente com a comunidade


indígena o melhor dia, local e horário para a entrega e retirada;
• Garantir o cumprimento da Legislação Vigente, conforme disposto na
Lei Federal 14.021/2020 e na da Portaria FUNAI nº 419/20, especialmente quando
da verificação de novo surto de doenças infectocontagiosas (seja do novo
Coronavírus, seja de Influenza). Nesse sentido, segue proibido o ingresso em
terras indígenas sem prévia autorização da FUNAI, que deverá ser solicitada
formalmente a esta Fundação, por meio de correio eletrônico, de caráter nominal
e por prazo definido e pontual.
• Considerar os conhecimentos tradicionais indígenas, sempre
respeitando o calendário escolar diferenciado das comunidades e mantidos os 200
dias letivos.

Avaliação
Os resultados do processo de ensino e aprendizagem dos estudantes
indígenas devem respeitar as especificidades culturais de cada povo, baseada em
metodologia própria, ficando a cargo de cada comunidade a definição dos
parâmetros de aplicação dela, que podem inclusive ser contempladas no Projeto
Político Pedagógico daquela Unidade Escolar.
No entanto, é facultada à Unidade Escolar a aplicação de avaliação externa,
formal e institucional, sempre que a comunidade indígena, suas lideranças e seus
professores, tanto indígenas quanto não indígenas, assim entenderem necessária
e proveitosa aos seus estudantes.
É fundamental a valorização dos saberes tradicionais das comunidades, de
forma a serem consideradas como atividades avaliativas toda a produção cultural
da comunidade, como desenhos, atividades agrícolas, artesanatos etc.

Sugestões de Temas Livres de Pautas para o


Planejamento da Unidade Escolar
É importante ressaltar que os Professores Indígenas são também lideranças
políticas que fazem a ponte entre os saberes tradicionais e os conhecimentos não
indígenas. Portanto, sugerem-se as seguintes pautas:
30

• Povos indígenas como sujeitos da História em todos os componentes


curriculares;
• Lei 11.645/2008, a fim de fortalecer a presença e compreensão dos
saberes indígenas à luz do Currículo Paulista;
• Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em seus aspectos
transdisciplinares, em seus aspectos interdisciplinares e multidisciplinares, em
especial aqueles que impactem as realidades das comunidades indígenas.

Educação Escolar Quilombola – EEQ


A Educação Escolar Quilombola destina-se ao atendimento das populações
quilombolas rurais e urbanas, devendo ser ofertada tanto em unidades escolares
quilombolas (localizadas em território quilombola), como em unidades escolares
próximas a essas comunidades e que recebem parte significativa dos estudantes
oriundos desses territórios.
O Planejamento para as unidades escolares que atuam nessa modalidade
de ensino deve garantir aos estudantes o direito de se apropriar dos
conhecimentos tradicionais e de suas formas de produção, de modo a contribuir
para o seu reconhecimento, valorização e continuidade. Nesse sentido, se planejar
é necessário, pois é o momento em que o professor toma ciência da realidade da
Unidade Escolar e pode prever formas possíveis do que deseja realizar, como vai
realizar e como vai avaliar se os objetivos foram alcançados.

Currículo e Programas
O Currículo Paulista define competências e habilidades para o
desenvolvimento cognitivo, social e emocional dos estudantes paulistas e
considera sempre sua formação integral na perspectiva do desenvolvimento
humano. Na modalidade da Educação Escolar Quilombola, o Currículo Paulista deve
ser articulado de modo que os valores e interesses das comunidades quilombolas
sejam considerados, principalmente os contextos socioculturais regionais e
territoriais.
O Planejamento das unidades escolares que atuam nessa modalidade de
ensino deve, independente da etapa de ensino que ofertam, garantir que o
estudante conheça o conceito e a história dos quilombos no Brasil, o protagonismo
do movimento quilombola e do movimento negro, assim como seu histórico de
31

lutas. Esse é o momento de articular como se dará a relação entre a Unidade


Escolar e as comunidades quilombolas. Para isso, podem-se organizar eixos
temáticos ou projetos de pesquisas a serem trabalhados durante o ano, em que
as competências e as habilidades das diversas áreas do conhecimento sejam
trabalhadas numa perspectiva transdisciplinar. É importante que ao organizar o
planejamento, os eixos e projetos elenquem quais são as habilidades que serão
desenvolvidas em cada etapa. Com isso busca-se uma articulação entre as
diferentes áreas do conhecimento, por meio do diálogo entre o estudo e pesquisa
de temas da realidade dos estudantes e suas comunidades.
É importante que a Educação Escolar Quilombola seja articulada junto a
Educação das Relações Étnico-Raciais e o Ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana, nos termos da Lei de Diretrizes e Bases, na redação dada
pela Lei nº 10.639/2003 e da Resolução CNE/CP nº1/2004, para que promova o
fortalecimento da identidade étnico-racial, da história e cultura afro-brasileira e
africana a partir do protagonismo dessas populações, reconhecendo e
considerando-os elementos estruturantes no processo civilizatório nacional.
O Planejamento é o momento de estruturar como os conhecimentos
produzidos e construídos pelas comunidades quilombolas ao longo da história
estarão presentes nas práticas escolares, podendo-se pensar em projetos que
construam materiais próprios com conteúdo culturais, sociais, políticos e
identitários específicos das comunidades quilombolas, trazendo a realidade dos
estudantes para o dia a dia de suas práticas escolares. Podendo ser um ponto de
partida para elaboração de calendário com consulta às comunidades quilombolas,
considerando o que é mais marcante, a ponto de ser rememorado e comemorado
pela unidade escolar.

Avaliação
Podemos dividir as avaliações a serem desenvolvidas nas unidades escolares
em Avaliações Internas e Externas, ambas compõem o processo de ensino e
aprendizagem dos estudantes, e devem estar orientadas pelo Currículo Paulista.
Para esse acompanhamento, a avaliação processual e formativa possibilita
avanços em determinadas habilidades e ajuda a verificar quais precisarão ser
revisitadas ou intensificadas durante o processo de aprendizado. Nas unidades
escolares que atuam na modalidade educacional da Educação Escolar Quilombola,
32

é importante que as Avaliações Internas considerem as experiências de vida e as


características históricas, políticas, econômicas e socioculturais das comunidades
quilombolas, reconhecendo seus valores e abarcando não só as dimensões
cognitivas, mas também as afetivas e emocionais, podendo ser articuladas de
forma lúdica. Porém, é importante que essas avaliações explicitem quais
habilidades foram desenvolvidas e estão sendo avaliadas, pois as habilidades
trabalhadas devem estar alinhadas com as que orientam as Avaliações Externas.
As Avaliações Externas, também conhecidas como Avaliações de Sistema,
são as avaliações desenvolvidas para acompanhamento da aprendizagem e
rendimento da escola nos sistemas de ensino, onde se avaliam o que todos os
estudantes precisam adquirir ao final de um processo
(bimestre/semestre/ano/etapa de ensino).
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo conta com avaliações
próprias: Avaliações Diagnósticas (AD), Avaliações de Aprendizagem em Processo
(AAP); Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo
(SARESP), entre outras de nível federal como Sistema de Avaliação da Educação
Básica (SAEB), que é composto pela Prova Brasil, pela Avaliação Nacional da
Educação Básica (ANEB) e pela Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA). Os
resultados das provas, aliados a outros dados, compõem o Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Nas unidades escolares que não participam das Avaliações de Sistema é
recomendado que os próprios professores, com orientações dos professores
coordenadores, realizem em suas Avaliações Internas, as avaliações diagnósticas
e processuais, adaptadas à realidade local.

Sugestões de Temas Livres de Pautas para o


Planejamento da Unidade Escolar
Para as unidades escolares que atuam na modalidade da Educação Escolar
Quilombola ou atendem demanda quilombola, sugerimos as seguintes pautas:
• Promover formações referentes aos Pareceres que instituem as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola;
• Utilização dos livros “Narrativas Quilombolas: dialogar - conhecer -
comunicar” e “Narrativas Quilombolas: dialogar - conhecer - comunicar: caderno
33

de atividades” como subsídios para atividades de caráter multi, inter e


transdisciplinar.

Educação para a Diversidade Sexual e de Gênero – DSG


A Secretaria da Educação (SEDUC) compreende que a Educação para a
Diversidade Sexual e de Gênero pode estar presente em todas etapas de ensino e
em todos os componentes curriculares, afim de enfrentar as formas de
discriminação, desconstruir preconceitos existentes, promover o respeito às
diferenças e evitar que se constituam em fator de exclusão e desigualdade ao
direito à educação.
O trabalho com a temática também busca atender as legislações vigentes,
como por exemplo, a Lei Estadual nº 17.431/2021 que consolida a legislação
paulista relativa à proteção e defesa da mulher, que em seu artigo 69, institui a
“Campanha Estadual Maria da Penha” nas escolas públicas estaduais e
particulares, a Constituição Federal, a Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006 (Lei
Maria da Penha), os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações
Unidas, e a Lei nº 14.164, de 10 de junho de 2021 e outras, que contribuem para
o conhecimento da comunidade escolar e impulsionam reflexões sobre o combate
à violência contra mulher e feminicídio e do respeito aos direitos humanos para
prevenir práticas de violência de gênero.

Currículo e Programas
O trabalho da Educação para Diversidade Sexual e de Gênero também está
alinhado com os princípios e objetivos do Currículo Paulista que reiteram a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC), que visam levar para aprendizagem em sala
de aula, o exercício da cidadania relacionada com o projeto de vida, ações que
respeitem e promovam os direitos humanos, valorização da diversidade indivíduos
e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem
preconceitos de qualquer natureza.
É uma estratégia de alcance das competências e habilidades cognitivas,
sociais, culturais e emocionais dos estudantes paulistas, bem como ao trabalho
interdisciplinar e indicações dos temas contemporâneos transversais previstos no
Currículo Paulista, como educação em direitos humanos e saúde, vida familiar e
social.
34

O Currículo Paulista também aponta para a escola como um espaço que


deva fortalecer a experiência do autoconhecimento, e práticas intencionais de
construção identitária aliadas à construção de conhecimento, alcance dos ideais
democráticos, para impactos na permanência e aprendizagem na escola,
contribuindo assim com o conhecimento das legislações e especialmente no
enfrentamento e prevenção da violência de gênero.
Como já é de conhecimento, o Centro de Mídias da Educação de São Paulo
(CMSP), tornou-se uma plataforma muito importante para aprendizagem e deve
continuar sendo utilizada quando possível. No ano de 2020 foram produzidas
aulas, formações e seminários com o tema da Diversidade Sexual e de Gênero que
também poderão ser utilizadas também em 2022 para trabalhar o tema.

Avaliação
O processo de avaliação também é importante para que a escola desenvolva
ações de respeito e promoção dos direitos humanos. É preciso refletir sobre
pensamentos do senso comum, ora naturalizados na escola, recusando definição
prévia no processo de avaliação como “meninos não tem letra bonita”, “meninas
não possuem bom rendimento na área das Exatas”, “meninos não tem
sensibilidade”, “meninas tem menor rendimento nos esportes”, etc e pensar
criticamente sobre as estratégias de avaliação, como por exemplo, que utilizam
divisão de grupos separados por gênero.
Outra atenção necessária é para estudantes transexuais e travestis. Durante
todo processo pedagógico, inclusive na avaliação, é necessário que seja utilizado
nome social do estudante, bem como ações para evitar situações de desrespeito,
ridicularização, situações constrangedoras, violência física, psíquica e moral.

Sugestões de Temas Livres de Pautas para o


Planejamento da Unidade Escolar
O trabalho com as especificidades da Diversidade Sexual e de Gênero deve
ser realizado de forma transversal nos componentes curriculares, inclusive com as
Inovações Curriculares, nas disciplinas Projeto de Vida, Eletivas e Tecnologia do
Programa Inova Educação.
As ações educacionais precisam trazer estratégias que combatam todas as
formas de discriminação e violência de mulheres e meninas, e estratégias que
35

engajam homens e meninos nos esforços para promover e alcançar a paridade de


gênero, o empoderamento de mulheres e meninas, e ações que envolvam a Lei
Maria da Penha (conforme Lei Estadual nº 16.926/2019), direito das mulheres,
feminicídio, violência de gênero, masculinidades e/ou outras como por exemplo a
participação nos concursos educacionais que relacionam com a temática.
Também podem fomentar ações de prevenção, especialmente em relação a
gravidez, as IST’S e HIV/AIDS, de adolescentes e jovens. Especialmente sobre a
Prevenção à Gravidez na Adolescência, retomamos que em 2019, foi inserido como
dispositivo legal no ECA, a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na
Adolescência, a ser realizada anualmente a partir do 1° de fevereiro, para
disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam
para a redução da incidência da gravidez na adolescência, dirigidas
prioritariamente ao público adolescente, que vai de 12 a 17 anos.
A escola também precisa garantir o cumprimento da Resolução SEE
45/2014, que trata sobre a utilização de nome social por estudantes transexuais
e travestis, e promover ações pedagógicas que visem desconstruir e superar
preconceitos e prevenir ações discriminatórias relacionadas às diferenças de
gênero.
A escola também poderá realizar ações pedagógicas, em torno do Programa
Dignidade Íntima, que é regulamentado pelo Decreto no 65.797, de 18 de junho
de 2021 de São Paulo, executado pela Secretaria da Educação do Estado de São
Paulo, e está voltado para promover a saúde e o bem-estar de estudantes e
garantir-lhes a dignidade menstrual, prevenir o absenteísmo e a evasão escolar e
evitar prejuízos à aprendizagem e ao rendimento escolar por motivos relacionados
à pobreza menstrual através de compra de produtos de higiene menstrual para as
escolas da rede estadual.
Outra sugestão é utilizar livros que foram distribuídos pela Secretaria
Estadual da Educação, em 2021, nas atividades pedagógicas, tanto com
estudantes, como como professores. Os livros de literatura e conteúdo técnico,
tem como proposta fomentar a discussão e o aprofundamento das questões das
relações étnicos-raciais bem como a promoção da Educação das Relações Étnico-
Raciais (ERER) no ambiente escolar, e também dialogam com as questões de
Gênero.
Na realização do trabalho, é importante considerar a intersecção da temática
com outros temas, atendimentos e modalidades como abordar a temática DSG na
36

socioeducação, educação quilombola, educação no campo, educação indígena,


educação nas prisões, migrantes internacionais e ERER, bem como a Proposta
Pedagógica de cada unidade escolar, contemplando o interesse e o exercício de
sua autonomia.

Educação para as Relações Étnico-Raciais – ERER


A escola é um espaço de compreensão das diversidades e pluralidades
identitárias e culturais, tendo as leis federais: 12.519/2011 (que institui o Dia
Nacional de Zumbi e da Consciência Negra) e 10.639/2003 (que torna obrigatória
a temática "História e Cultura Afro-Brasileira” nos currículos escolares de todo o
país, bem como a inclusão no calendário escolar do dia 20 de novembro como o
“Dia Nacional da Consciência Negra”) como referenciais legais para planejar,
diversas atividades e projetos a fim de celebrar a luta da população negra por
condições de respeito e igualdade.
Dessa forma é fundamental que essas referências legais sejam
embasamentos para o planejamento do ano letivo, fundamentando os planos de
aula, atividades e projetos, a fim de problematizar a consciência negra dentro da
comunidade escolar em todos os componentes curriculares durante todo o ano
letivo e não exclusivamente em novembro, mês que sugere-se a realização de
espaços de culminância, momento no qual os estudantes terão a oportunidade de
compartilhar com toda a escola os resultados obtidos e experiências vividas
durante os trabalhos por eles desenvolvidos no decorrer do ano letivo, com o
objetivo de suscitar a consciência negra dentro de sua comunidade escolar.
A Educação para as Relações Étnico-Raciais possui através do Parecer
CNE/CP n.º 3, de 10 de março de 2004 e da Resolução CNE/CP n.º 1, de 17 de
junho de 2004 as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, que
objetivam o reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos
afro-brasileiros, bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de
valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas,
européias, asiáticas.
Vale ressaltar que o segmento negro da população abarca, tanto a dimensão
cultural, ou seja, linguagem, tradições, religião, ancestralidade, quanto as
características fenotípicas socialmente atribuídas àqueles classificados como
37

negros – pretos e pardos de acordo com as categorias censitárias do IBGE.


Portanto recomenda-se as atividades escolares desenvolvidas durante todo o ano
letivo, estejam permeadas de momentos de diálogo e reflexão sobre racismo,
discriminação, igualdade social, inclusão de negros na sociedade e a cultura afro-
brasileira, promovendo fóruns, debates, oficinas e mostras artísticas sobre o tema.
Recomenda-se que as unidades escolares promovam projetos que
problematizem as violências raciais, muitas vezes naturalizadas através de
xingamentos, apelidos ou “brincadeiras” preconceituosas, pois a discriminação
racial deve ser combatida em todas as etapas de ensino, buscando-se criar
situações educativas para o reconhecimento, valorização e respeito da diversidade.

Currículo e Programas
Nos objetos de conhecimento e unidades temáticas dos componentes de
todas as áreas de conhecimento do Currículo Paulista pode-se articular a promoção
da Educação para as Relações Étnico-Raciais. Sugere-se que ocorra articulação por
meio do desenvolvimento de aulas que reconheçam, valorizem e divulguem o
respeito aos processos históricos de resistência negra desencadeados pelos
africanos escravizados no Brasil e por seus descendentes na contemporaneidade,
desde as formas individuais até as coletivas.
No Estado de São Paulo, a Secretaria da Educação adquiriu obras voltadas
para uma Educação Antirracista. Os 340 títulos distribuídos pela Secretaria
Estadual da Educação compõem o acervo literário que fomenta, na perspectiva da
temática antirracista, a discussão e o aprofundamento das questões das relações
étnicos-raciais bem como a promoção da Educação das Relações Étnico-Raciais –
ERER no ambiente escolar. Os livros escolhidos são referências importantes para
a articulação entre Currículo Paulista, a Avaliação da Aprendizagem, a ERER, bem
como, a Consciência Negra, oferecendo linguagem, vocabulário, ilustrações,
imagens e temas de interesse dos estudantes. Assim, o desenvolvimento de
atividades a partir da leitura dos livros culminou em resultados com potencial para
serem compartilhados durante o ano.
Já o Centro de Inovação da Educação Básica (CIEBP) e o Centro de Mídias
SP (CMSP) dispõem de um acervo de trilhas, aulas e ATPC de Educação Antirracista
que abordam a importância da representatividade africana na cultura nacional. Ao
longo de 2021, esse acervo ofereceu possibilidades de atividades pedagógicas que
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podem ser trabalhadas em 2022, no sentido de romper a estrutura racista e


preparar uma sociedade antirracista nas gerações futuras.

Avaliação
Pesquisas evidenciam que a trajetória escolar de estudantes negros, pardos
e indígenas é mais complexa, com diversas interferências e dificuldades no
percurso, como a evasão e a defasagem no aprendizado. Estes fatores podem ser
potencializados por atitudes discriminatórias e racistas no ambiente escolar, uma
vez que levam à baixa autoestima e a consequente evasão, e por isso precisam
ser considerados em todos os processos de avaliação.
Durante as avaliações é necessário verificar se as atividades, fóruns,
debates, oficinas e mostras artísticas realizadas promoveram o debate sobre o
racismo estrutural, o diálogo e reflexão sobre racismo, discriminação, igualdade
social, a cultura afro-brasileira e a inclusão de negros na sociedade, bem como a
valorização da cultura africana e a mulher negra na sociedade.

Sugestões de Temas Livres de Pautas para o


Planejamento da Unidade Escolar
Como sugestões de pautas para Planejamento da Unidade Escolar sugere-
se que a escola realize formação dos professores, sobre temas como: a violência
contra negros; o que foi a escravização e suas consequências; a inserção do negro
na sociedade brasileira; o reconhecimento dos descendentes africanos e seu
protagonismo na construção da sociedade brasileira; feminismo negro, etc.
Também se recomenda pautas relacionadas com Educação em Direitos Humanos
focadas na superação do preconceito, e do racismo estrutural.
Outras ações que podem ser realizadas:
• Os temas contemporâneos transversais ‘Educação em Direitos
Humanos’ e ‘Educação das Relações Étnico-Raciais e Ensino de História e Cultura
Afro-Brasileira, Africana e Indígena’;
• O ensino da arte, da literatura e de histórias brasileiras;
• A superação da visão eurocêntrica em relação à constituição da
sociedade moderna.
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• Destaque para as contribuições dos protagonistas negros na


produção do conhecimento científico e tecnológico para humanidade, com suas
incontáveis contribuições nas áreas social, econômica, histórica e política;
• Utilização dos vídeos produzidos pelos estudantes da rede no que
tange a participação no Festival Afro Minuto – Flink Sampa 2021 e mobilização das
unidades escolares para participação no Festival Afro Minuto – Flink Sampa 2022.
• Realização de atividades de Culminância na Semana/Mês da
Consciência Negra, em novembro e demais datas que trabalham a temática.
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Considerações Finais
O planejamento escolar é o ponto de partida para o processo de aprendizado
dos estudantes, pois é a partir dele que ações pedagógicas são traçadas entre
professores e gestão escolar, buscando oferecer uma educação pública de
qualidade, além de atender às especificidades que se faz presente na rede estadual
de ensino.
Dessa forma, devemos considerar as especificidades e vulnerabilidades de
nossos estudantes em suas modalidades, temáticas e atendimentos, e empenhar
nosso trabalho para contemplar as habilidades e competências do Currículo
Paulista, contribuindo com a recuperação, melhoria da aprendizagem, redução da
evasão e do abandono.
O Planejamento 2022 precisa focar na garantia dos princípios e objetivos do
Currículo Paulista, que visam levar para aprendizagem em sala de aula, o exercício
da cidadania relacionada com o projeto de vida, ações que respeitem e promovam
os direitos humanos, valorização da diversidade indivíduos e de grupos sociais,
seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de
qualquer natureza a fim de evitar que se constituam em fator de exclusão e
desigualdade ao direito à educação.
Por fim, este documento poderá ser revisitado sempre que necessário para
auxiliar os professores na elaboração de aulas dinâmicas e condizente com cada
realidade escolar, e depois, promover a socialização de vivências pedagógicas com
os colegas para corrigir ações pedagógicas que julguem necessárias.
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Referências
BRASIL. Institui a Lei da Imigração. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13445.htm.
Acesso em 11 de janeiro de 2022.

BRASIL. Lei de proteção social para prevenção do contágio e da disseminação da


Covid-19 nos territórios indígenas. Dispõe sobre medidas de proteção social para
prevenção do contágio e da disseminação da Covid-19 nos territórios indígenas;
cria o Plano Emergencial para Enfrentamento à Covid-19 nos territórios indígenas;
estipula medidas de apoio às comunidades quilombolas, aos pescadores artesanais
e aos demais povos e comunidades tradicionais para o enfrentamento à Covid-19;
e altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, a fim de assegurar aporte de
recursos adicionais nas situações emergenciais e de calamidade pública. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/l14021.htm.
Acesso em 11 de janeiro de 2022.

BRASIL. Lei Maria da Penha. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e
familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal,
da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as
Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a
Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código
Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm.
Acesso em 11 de janeiro de 2022.

BRASIL. Lei nº 11. 645 de 10 de Março de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de


dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo
oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena”. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm.
Acesso em 11 de janeiro de 2022.
42

BRASIL. Lei nº 14.164, de 10 de junho de 2021. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de


dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), para incluir
conteúdo sobre a prevenção da violência contra a mulher nos currículos da
educação básica, e institui a Semana Escolar de Combate à Violência contra a
Mulher. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2021/Lei/L14164.htm. Acesso em 11 de janeiro de 2022.

BRASIL. Lei Nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança


e do Adolescente e dá outras providências.. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em 12 de janeiro de
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BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Diretrizes Curriculares Nacionais para a


Educação Escolar Quilombola. Disponível em:
http://etnicoracial.mec.gov.br/images/pdf/diretrizes_curric_educ_quilombola.pdf
. Acesso em 12 de janeiro de 2022.

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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em
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https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/educacao-infantil-e-ensino-
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EFAPE. Ensino Híbrido: Práticas de Orientação de Estudos - 2ª Edição/2021.


Disponível em: https://efape.educacao.sp.gov.br/acao-formacao/ensino-hibrido-
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de prevenção à infecção e propagação do novo Coronavírus (COVID-19) no âmbito
da Fundação Nacional do Índio - FUNAI. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Portaria/PRT/Portaria%20n%C2%BA%204
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http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/25_16.HTM?Time=26/04/2017%
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44

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sobre o atendimento escolar a alunos em ambiente hospitalar e dá providências
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http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/71_16.HTM?Time=22/03/2021%
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Básica e nos Itinerários Formativos, voltados para a rede estadual de ensino.
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2021.PDF?Time=11/01/2022%2016:30:54. Acesso em 11 de janeiro de 2022.

SÃO PAULO (Estado). Resolução SEDUC nº 92, de 28 de setembro de 2021. Altera


dispositivos da Resolução SE nº 68, de 12-12-2017, para ampliação e
reorganização das aulas do ensino colaborativo, no âmbito do atendimento
educacional especializado e dá providências correlatas. Disponível em:
http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/RESOLU%C3%87%C3%83O%20
92.PDF?Time=12/01/2022%2009:26:42 . Acesso em: 11/01/2022.

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