Oncologia Clínica
Oncologia Clínica
Oncologia Clínica
Adenocarcinomas:
Carcinomas que
ocorrem em tecidos
secretores /
glandulares: Mama ,
ovário, próstata,
fígado, pâncreas
Sarcomas
Ocorrem em tecidos
conjuntivos e são c) Diferenciação e anaplasia
derivados de células • Pleomorfismo – têm tamanho e forma variáveis e podem ser observados
mesenquimais
múltiplos núcleos
Ex.:: ossos, músculos, • Núcleo hipercromático – a cromatina nuclear, o principal componente dos
cartilagem e lipídeos genes cora-se de forma mais acentuada
• Relação núcleo-citoplasma aumentada
• Aumento do tamanho e número dos nucléolos
• Mitoses atípicas
d) Biologia do câncer
• A persistência do tumor resulta de alterações genéticas hereditárias, que
permitem uma proliferação excessiva e não regulada que se torna
autônoma (independente dos estímulos fisiológicos de crescimento)
• Dependência de vias de transdução de sinal
• Toda a população de células dentro de um tumor surge de uma célula
isolada que sofreu alteração genética
•A neoplasias ou tumores são classificados em malignos ou benignos.
Entretanto, câncer é a denominação genérica usada somente para
tumores malignos, e originou-se devido a capacidade de invadirem os
tecidos vizinhos
• Toda a população de células dentro de um tumor surge de uma célula
isolada que sofreu alteração genética, e a partir daí os tumores são
considerados clonais
e) Heterogeneidade do câncer
f) Célula-tronco do câncer
• Apenas uma pequena parte das células
cancerígenas, chamadas de células-
tronco de câncer (do inglês cancer stem
cells - CSC), é capaz de iniciar um tumor
idêntico ao original quando retirada de
tumores humanos e enxertada em
camundongos imunossuprimidos. Essas
células foram assim denominadas por
suas semelhanças com células-tronco
normais, exceto pelo fato de que sua
capacidade de se dividir é infinita. Essas
células também recebem influência de seu
g) Metástase microambiente
Diminuição da aderência
'Maior mobilidade celular'
Disseminação a partir da localização
primária para locais secundários à distância
viabilizada pela produção de enzimas na
superfície da célula cancerosa que causam
destruição das barreiras teciduais normais,
permitindo a invasão por células tumorais.
h) Os princípios do câncer – Hallmarks
OBS.: O câncer de pele não melanoma representa 27,1% de todos os casos de câncer
em homens e 29,5% em mulheres
• Tipos de biópsia
- Incisional (retirada a “céu aberto” de um fragmento de uma massa
tumoral)
- Excisional (retirada completa de um nódulo; não deve comprometer o
planejamento da cirurgia definitiva)
- Com agulha
o Fina: diagnóstico citológico; nódulos tireoidianos,
cistos mamários; eco-endoscopia
o Grossa (Core biopsy): ambulatorial; menor
contaminação
- Via endoscópica
- Outras
• Tratamento neoadjuvante – feita antes do tratamento definitivo (ex.: uma
quimioterapia antes de uma ressecção cirúrgica)
• Tratamento adjuvante – tratamento definitivo
• Cuidados paliativos – aumento da qualidade de vida do paciente e
familiares com doenças limitadoras da vida
• Cirurgia oncológica
- Objetivo: remover o tumor primário com margens adequadas e, na
maioria das vezes, o máximo possível da drenagem linfática loco-
regional
• Angiogênese tumoral
- O aumento no potencial angiogênico é dependente de: expressão
gênica anormal; secreção e sinalização pelo estroma tumoral, e
recrutamento de células inflamatórias; hipóxia e liberação de HIF1A
(Hypoxia-inducible fator 1-alpha); liberação de VEGF (Vascular
Endothelial Growth Factor)
• Mudanças na adesão celular
A células interagem umas com as outras
ao longo de sua vida e podem se ligar a
superfície, substrato ou outra célula.
Este processo é chamado de mediação
da adesão celular por complexos de
proteínas especializadas. As interações
estre as células podem ser transitórias
ou de longa duração com base nas
estruturas celulares e na composição do
complexo de adesão. A adesão celular é
essencial para manter a estrutura
multicelular e permitir a ligação de
células em modos múltiplos, como
junções de adesão, junções apertadas,
desmossomos e adesão focal
OBS.: A disfunção da adesão celular permite que as células cancerosas desobedeçam
à ordem social, resultando na destruição da estrutura histológica, que é a marca
morfológica do tumores malignos.
(??????)
c) Avanços na imunoterapia
• Linfócitos T
- Linfócitos T citotóxicos: possuem a capacidade de matar células que
apresentam antígenos específicos identificados como ameaça ao
corpo
• A baixa afinidade dos TCRs com antígenos de células tumorais
• Tratamento sintomático
- Repouso e movimentação em bloco
- Analgesia
- Corticoide imediatamente à suspeita
- Radioterapia (RxT) em 2/3 dos casos
- Descompressão cirúrgica (1 a cada 5/6 pacientes) – paraplegia < 48
horas: tumores não radio-sensíveis; sem outras lesões em SNC;
compressão em 1 nível; boas condições clínicas; expectativa de vida >
3 meses
OBS.: Cirurgia
✓ Presença de fragmentos ósseos no canal medular
✓ Canal instável
✓ Ausência de resposta a RxT
✓ Impossibilidade de nova dose de RxT em pacientes já tratados
- Corticoterapia o Reduzem edema, inibe resposta inflamatória,
estabilizam membranas vasculares e retardam
déficit
o Dose
✓ Dexametasona 10mg – 100mg de ataque EV
(ideal: ataque de 20mg de Dexa EV e 16mg VO
em 4 tomadas de manutenção)
✓ Sem diferenças em relação a dor, deambulação
e disfunção vesical
• Tratamento da doenças de base
- Doenças extremamente quimiossensível (Linfomas não Hodgkin –
LNH)
- Bifosfonatos (prolonga o tempo livre de fratura e evita episódios de
hipercalcemia)
- Previnem a diminuição da densidade mineral óssea
OBS.:
OBS2.:
d) Princípios
• Intervenções clínicas e terapêuticas baseadas no conhecimento científico
multiprofissional
• “Promover o alívio da dor e de outros sintomas desagradáveis”
• “Afirmar a vida e considerar a morte um processo normal da vida”
- O Cuidado Paliativo resgata a possibilidade da morte como um evento
natural e esperado na presença de doença ameaçadora da vida,
colocando ênfase na vida que ainda pode ser vivida
• “Não acelerar nem adiar a morte”
• “Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente”
- Abordar a transcendência, o significado da vida, aliado ou não a
religião, sempre lembrando que o sujeito é o paciente, a sua crença e
seus princípios
• “Oferecer um sistema de suporte que possibilite ao paciente viver tão
ativamente quanto possível até o momento da sua morte”
• “Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença
do paciente e o luto”
- A célula de identidade do ser humano é a família
• “Oferecer abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos
pacientes e seus familiares, incluindo acompanhamento no luto”
• “Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da
doença”
• “Iniciar o mais precocemente possível o cuidado Paliativo, juntamente com
outras medidas de prolongamento da vida e incluir todas as investigações
necessárias para melhor compreender e controlar situações clínicas
estressantes”
e) Interdisciplinaridade
• O objetivo é proporcionar um cuidado de qualidade
• Os membros da equipe são interdependentes e dão suporte um para o
outro
• Trabalham juntos com um propósito comum
• Fazem reuniões de equipe regulares
• Escolhem um líder mas todos tem a mesma importância na equipe
f) Sintomas prevalentes X Sinais de terminalidade
• Hospitais no Brasil
- Hospital Emilio Ribas de São Paulo
- Instituto Nacional do Câncer (INCA) no Rio de Janeiro
- Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE/SP)
- Grupo Interdisciplinar de Suporte Terapêutico Oncológico (GISTO) do
Hospital Erasto Gaertner em Curitiba
- Centro de Estudos e Pesquisas Oncológicas (CEPON) de Florianópolis
- Hospital do Câncer de Barretos
- Hospital Costa Cavalcanti de Foz do Iguaçu
- Hospital do Câncer de Londrina
- Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo (HSPM/SP)
• Domicílio
k) Decisões terapêuticas
• Um prontuário em Cuidados Paliativos deve conter todas as decisões
terapêuticas
- Medicamentos e doses
- Início ou suspensão de medidas
- Solicitações de exames e avaliações
- Necessidades de intervenções psíquicas
- Necessidades sociais
- Intervenções realizadas ou solicitadas com a família
- Efeito esperado das ações
l) Exame físico e complementares e avaliações de especialistas
• Nenhum exame clínico, coleta de exames ou outra forma de investigação
devem ser realizados se não tiverem por objetivo a compreensão
necessária ao alívio de um sintoma ou ao controle de situação
potencialmente reversível
• Avaliações e procedimentos especializados que não tragam benefício para
o doente não devem ser solicitados
• Especialmente na fase final da vida, nada justifica, por exemplo
- Aplicar ao doente um estímulo doloroso para investigar seu nível de
consciência
- Colher exames ou realizar exames de imagem apenas para
documentação do caso
- Utilizar placebos ou suspender analgésicos e outros medicamentos
agora essenciais para testar nível de consciência no doente
m) Palliative scores
• Princípios do controle dos sistemas
- A prática dos Cuidados Paliativos baseia-se no controle impecável dos
sintomas de natureza física, psicológica, social e espiritual
- Os princípios do controle destes sintomas se baseiam em:
o Avaliar antes de tratar;
o Explicar as causas dos sintomas;
o Não esperar que um doente se queixe;
o Adotar uma estratégia terapêutica mista;
o Monitorizar os sintomas;
o Reavaliar regularmente as medidas terapêuticas;
o Cuidar dos detalhes;
o Estar disponível
• Indicadores para cuidado paliativo
- Doença progressiva - visitas frequentes PS/internação, perda ponderal
acima de 10% nos últimos 6 meses e recusa de alimentação por sonda
- ICC – classe funcional IV (NYHA) refratariedade ao tratamento
otimizado, arritmias, síncope
- Doença pulmonar – cor pulmonale, PO2<55, sat O2<88%,
pulso>100bpm (repouso), dispneia incapacitante
- Demência – capacidade funcional muito baixa, complicações médicas
(pneumonia aspirativa, ITU, septicemia, úlcera por pressão, ingestão
oral suficiente, albumina <2,5
- Doenças hepáticas ou renais – pacientes com contraindicação para
transplantes, clearence <15ml/min, Cr >8mg/dl, e TP >5s do controle
• Paciente elegível para cuidados paliativos
- A pessoa portadora de doença crônica, evolutiva e progressiva, com
prognóstico de vida supostamente encurtado a meses ou ano
- Em doenças de progressão lenta como o Mal de Alzheimer, algumas
síndromes neurológicas e determinados tipos de tumor, com período
de alta dependência para as atividades de vida diária, com
possibilidade de um prognóstico superior a um ano de vida
- Perfil funcional igual ou inferior a 40% ou menos na escala de
Karnofsky ou PPS (Palliative Performance Scale)
• Anotação em prontuário
- Padronização de registro em prontuário
o 1 – sintomas
o 2 – comunicação/informação
o 3 – suporte social
o 4 – necessidades e desejos
o 5 – medicações em uso
o 6 – plano
o 7 – conduta
❖ Aumento/redução de dose
❖ Retirada/inclusão de drogas
❖ Retornos
❖ Procedimentos
o Escalas de avaliação
❖ KPS
❖ Pap Score
❖ PPS
❖ PPI
OBS1.: KPS < 50% perspectiva de sobrevida menor que 6 meses