NEOPLASIAS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI

PATOLOGIA

Tales Nogueira Pinheiro

SANTA CRUZ – RN
2024
Neoplasia é uma massa anormal de tecido, cujo crescimento é excessivo,
não coordenado com aquele dos tecidos normais e que persiste mesmo após o
término do estímulo inicial. Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100
doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células. Dividindo-
se rapidamente, estas células agrupam-se formando tumores, que invadem
tecidos e podem invadir órgãos vizinhos e até distantes da origem do tumor.
As neoplasias ou tumores são classificados em malignos ou benignos. O
estudo das neoplasias é conhecido como oncologia. Diz-se que um tumor é
benigno quando suas características micro e macroscópicas são consideradas
relativamente inocentes, indicando que permanecerá localizado, e é tratável com
a remoção cirúrgica tendo um crescimento lento. Os tumores malignos são
coletivamente referidos como cânceres, termo derivado da palavra em latim
“caranguejo”, ou seja, eles aderem a qualquer parte onde se agarram e de
maneira obstinada, semelhante ao comportamento do caranguejo. O termo
maligno aplica-se a uma neoplasia indicando que a lesão pode invadir e destruir
estruturas adjacentes e disseminar-se para locais distantes para causar danos,
tendo um crescimento rápido e descontrolado, podendo em alguns casos
resultar em morte.
Considerando as características gerais das neoplasias, todos os tumores
benignos e malignos apresentam dois componentes básicos, parênquima e
estoma. O parênquima é composto por células neoplásicas em proliferação que
determinam o comportamento e as consequências patológicas e o estroma é o
tecido de sustentação formado por tecido conjuntivo e vasos sanguíneos, o qual
define o crescimento e a evolução do tumor.
As neoplasias tem algumas características que as diferenciam entre
malignas e benignas, essas são as taxas de crescimento, invasão local,
metástase, diferenciação a anaplasia. Geralmente, os tumores malignos
possuem velocidade de crescimento maior do que tumores benignos. Além
disso, a taxa de crescimento do tumor pode ser influenciada por três fatores, o
tempo de duplicação das células tumorais, a fração das células tumorais que se
encontra em divisão celular e a taxa com que as células são eliminadas e
perdidas na lesão tumoral. Sobre a invasão local quase todos os tumores
benignos possuem crescimento lento, expansivo, não possuem capacidade
infiltrativa, e apresentam-se encapsulados, entretanto, o crescimento dos
tumores malignos, em sua grande maioria, é rápido, infiltrativo, invasivo e não
possui plano de clivagem. A metástase é a capacidade do tumor invadir outros
tecidos, formando tumores secundários em diversos locais do corpo, e estão
geralmente associadas aos tumores malignos. A diferenciação é o grau de
semelhança entre células tumorais e suas contrapartes normais, nas neoplasias
benignas as células costumam ser bem diferenciadas mantendo a sua
capacidade funcional, já nas neoplasias malignas, a células costumam sofrer
anaplasia, a perda de diferenciação funcional e estrutural das células normais.
Os tumores tem nomenclaturas diferentes baseados no seu
comportamento clínico, nos seus padrões micro e macroscópicos e no seu tecido
de origem. Uma neoplasia epitelial ou mesenquimal benigna é denominada
utilizando-se um termo designativo do órgão ou tecido afetado acrescido do
sufixo "oma". Quando a neoplasia epitelial for maligna, utiliza-se o sufixo
"Carcinoma". Se a neoplasia maligna for de origem mesenquimal utiliza-se o
sufixo "Sarcoma".
Carcinogênese se refere ao processo de formação do câncer que ocorre
por mutações que podem ser genicas ou cromossômicas e podem ter inicio por
exposição a radiação como os raios ultravioletas ou radiação ionizante e também
por exposição a agentes químicos carciogênicos.
No corpo humano existe um equilíbrio entre proto-oncogenes e genes
supressores de tumor, permitindo que as células possam se desenvolver
controladamente evitando o surgimento de câncer, no entanto alguns fatores
podem quebrar esse equilíbrio. Quando um proto-oncogene sofre mutações ou
existem muitas cópias do mesmo, torna-se um gene "ruim", que pode ficar
permanentemente ligado ou ativado quando não deveria, se tornando um
oncogene. Quando isso acontece, a célula cresce fora de controle, o que pode
levar ao câncer. Outra forma de quebrar esse equilíbrio é através de mutações
nos genes supressores de tumores, tornando-os ineficientes ou inativos,
permitindo também o surgimento do câncer.

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