Leonardo Rosolen Müller-TESE FINAL

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA


CÂMPUS DE BOTUCATU

FONTES LIPÍDICAS SUPLEMENTARES PARA BOVINOS


NELORE CONFINADOS: DESEMPENHO, SAÚDE RUMINAL E
ANÁLISE PROTEÔMICA

LEONARDO ROSOLEN MÜLLER

Tese apresentada ao Programa de Pós-


graduação em Zootecnia como parte das
exigências para obtenção do título de
Mestre.

BOTUCATU - SP
Julho–2021
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA
CÂMPUS DE BOTUCATU

FONTES LIPÍDICAS SUPLEMENTARES PARA BOVINOS


NELORE CONFINADOS: DESEMPENHO, SAÚDE RUMINAL E
ANÁLISE PROTEÔMICA

LEONARDO ROSOLEN MÜLLER


Zootecnista

Orientador: Prof. Dr. Ciniro Costa


Corientador: Prof. Dr. Mário De Beni Arrigoni
Prof. Dra. Cyntia Ludovico Martins

Tese apresentada ao Programa de Pós-


graduação em Zootecnia como parte das
exigências para obtenção do título de
Mestre

BOTUCATU - SP
Julho –2021
Dedico

Ao meu filho, Bernardo Falcão Rosolen Müller, que Deus colocou em minha vida
e me deu forças para cada vez mais lutar e deixar um legado. Deixo eternizado nesta tese
o amor que tenho por você e que você é o principal motivo de eu lutar a cada dia para lhe
proporcionar uma boa educação.
A minha esposa, Patricia Silva Falcão, por todo amor, carinho, compreensão e por
me proporcionar algo inexplicável, que não existe palavras para mensurar a emoção de
ser pai. Que possamos juntos, proporcionar educação e sabedoria para o Bernardo trilhar
o seu caminho.
A minha avó, Lenira J. Salomão Rosolen, pelo exemplo de vida, força e
perseverança, caráter, honestidade, conselhos e amor. O apoio da senhora fez toda a
diferença para eu conseguir concluir mais essa etapa da minha vida. Sou imensamente
grato por tudo o que a senhora fez e faz por mim.
A minha avó, Sueli, e meu avô, Ari Müller, por me apoiarem e incentivarem em
mais esta etapa findada.
Aos meus pais Emerson e Simone, por me proporcionarem estudo e me dar forças
para a conclusão desta caminhada.
Ao Geraldo, Zoraide e Ligia por me apoiarem e sempre me incentivarem em
minha trajetória.
A todos meus familiares e às pessoas que acreditaram em meu potencial para
desenvolver este projeto, dentre elas - em especial - aos meus Coorientadores Prof. Mário
de Beni Arrigoni e Profa Cyntia Ludovico Martins.
AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus pela saúde e por ter me dado força e


discernimento durante toda esta trajetória percorrida.
Ao meu orientador, Prof. Dr, Ciniro Costa pela confiança, amizade,
ensinamentos e oportunidade de estar ingressando e desenvolvendo minha tese de
doutorado.
Ao meu coorientador, Prof. Dr. Mário De Beni Arrigoni, pela confiança,
amizade, ensinamentos e oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional.
À Profa. Dr. Cyntia Ludovico Martins pela coorientação, amizade, incentivo e
todo esforço para a elaboração, realização e conclusão deste projeto.
À Nutricorp, em especial ao Sr. Helio e Bruno Cappellozza,, pela apoio
financeiro e confiança para a realização do experimento que deu origem a esta tese.
A minha esposa Patrícia e meu filho, Bernardo, por estarem ao meu lado nos
momentos mais difíceis para a realização e conclusão desta tese.
Aos meus pais Emerson e Simone pelo apoio e incentivo nas mais difíceis
decisões.
Aos meus avós por me apoiarem nessa trajetória e incentivo nas mais difíceis
decisões.
Às minhas tias Claudia, Juliana e Katia e aos meus tios Luiz Fernando, Anderson
e Fabio por estarem sempre comigo me apoiando nas tomadas de decisão.
Gostaria de manifestar minha imensa gratidão ao meu amigo Prof. Dr. Paulo
Roberto de Lima Meirelles, pela orientação nos anos de graduação, confiança, por todas
as oportunidades oferecidas, pelo apoio na pós-graduação, pelas longas conversas e
sempre com muita paciência me incentivou a buscar forças para seguir em frente,
novamente agradeço pela amizade.
Aos funcionários do confinamento Eduardo, Wilson e Sidney, pelo apoio
durante o período experimental.
Aos amigos de equipe de pós-graduandos por todas as trocas de experiências e
conhecimentos.
A todos os estagiários e a equipe Nutrir por todas as trocas de experiências,
conhecimentos e pelo auxílio na condução do experimento.
Aos meus grandes companheiros, que sem vocês, a qualidade das coletas,
resultados e tabulação de dados, foi possível graças a vocês, Daniel “Conka”, Andre
“Capiau”, Guilherme Alvarenga, Vitoria “Ursa”. Fica meu sincero agradecimento a todos
vocês por todo esforço e comprometimento.
Às funcionárias da Seção de Pós-graduação Seila Vieira, Ellen Guilhen e
Cláudia Moreci pela ajuda, paciência e colaboração durante a realização do doutorado. À
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia.

Aos funcionários do DMNA em especial ao Luís Carlos (in memoriam),


Claudemir e Andressa pela atenção e ajuda. Aos demais professores e funcionários do
Departamento de Melhoramento e Nutrição Animal, Departamento de Produção
Animal, Supervisão das Fazendas de Ensino Pesquisa e Extensão da FMVZ – UNESP,
pela colaboração nesta jornada.
À Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela
bolsa concedida, vigência 08/2018 a 07/2021, deixando claro meu agradecimento a todos
os apoiadores e contribuintes da realização desse projeto.
A todos, muito obrigado!

Bibliografia sobre o autor


Leonardo Rosolen Müller nascido em 31 de agosto de 1992, na cidade de Rio Claro –
SP, cursou o ensino fundamental e médio no colégio Anglo Claretiano – SP. Em 2011
iniciou o curso de Zootecnia pela Universidade Federal de Uberlândia, aonde em 2012
transferiu para FMVZ, UNESP – Botucatu – SP, onde obteve o grau de zootecnista em
Dezembro de 2015. Durante esse período foi bolsista de extensão rural e participou da
Grupo de Extensão em Manejo de Pastagem (GEMPA), como diretor e vice-diretor. Em
agosto de 2016, iniciou o curso de mestrado em Zootecnia na área de concentração de
Nutrição e Alimentação Animal pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
(UNESP), Campus de Botucatu, sendo que em 15 de junho de 2018 obteve o título de
mestre em Zootecnia. Sendo em agosto de 2018, iniciou o curso de Doutorado em
Zootecnia na área de concentração de Nutrição e Alimentação Animal pela Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia (UNESP), Campus de Botucatu. Durante o curso de
Doutorado foi bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior-CAPES.

1 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2
3 1.1.. Uso de lipídio nas dietas.

4 Os altos teores de concentrado, vem sendo cada vez mais utilizado para aumentar
5 a eficiência de produção e desempenho dos animais, sendo um fator de risco para
6 ocorrência de distúrbios metabólicos em bovinos (PINTO & MILLEN, 2016). Os
7 levantamentos americanos mostram que os níveis de concentrado são superiores a 90%
8 de concentrado, entretanto, os distúrbios metabólicos mais comuns e de maior impacto
9 econômico em confinamentos americanos são a acidose, timpanismo e abcesso hepático
10 (VACSCONCELOS e GALYEAN, 2007). A acidose, é a maior responsável pela redução
11 na eficiência e desempenho animal, além de provocar abcesso hepático e ruminites
12 (OWENS et al., 1998). Com 34,4%, a acidose nos confinamentos brasileiros vem sendo
13 descrita como a segunda doença mais frequente (PINTO & MILLEN, 2016).

14 A inclusão de lipídios nas dietas vem sendo estudado por anos para possíveis
15 substituições dos carboidratos altamente fermentáveis como o amido, visto o potencial
16 energético dos lipídicos quando oxidado de forma completa produz em média 9,45 kcal/g,
17 sendo este valor 2,25 vezes mais energia que a oxidação de carboidratos (ARRIGONI et
18 al., 2016). A sua inclusão é uma estratégia eficiente para aumentar a densidade energética,
19 a sua inclusão depende principalmente da quantidade de forragem fornecida aos
20 ruminantes. Dietas à base de volumoso podem receber até 4% de extrato etéreo na base
21 da matéria seca, mas quando as condições alimentares alteram para dietas ricas em
22 concentrado, os animais podem receber até 6% de lipídios, sem prejuízos na
23 digestibilidade dos outros componentes da dieta, principalmente da fração fibra. Alguns
24 efeitos deletérios podem ser causados por elevadas quantidades de extrato etéreo na dieta,
25 limitando a sua inclusão de no máximo 20% da energia metabolizável da deita (HESS et
26 al. 2008).

27 Os ácidos graxos compõem os lipídios, sendo pertencentes a dois grupos, os


28 ácidos graxos saturados e insaturados, sendo este estado muito importante para as
29 características química e nutricional (AFERRI, 2003). Além de possuírem papeis
30 primordiais no metabolismo de ruminantes: diminuindo a produção de calor no rúmen,
31 pois não são utilizados pela microbiota como fonte de energia, podem promover a
32 mitigação de metano, aumentam a capacidade de absorção de vitaminas lipossolúveis,
33 além do fornecimento de ácidos graxos essenciais e de atuarem como precursores de
34 moléculas regulatórias (ARRIGONI et al., 2016).

35 A principal fonte de lipídios em dietas de confinamentos são as oleaginosas, que


36 possuem teor em torno de 18 a 50% de extrato etéreo, dentro desse nível, existe uma
37 predominância de ácido linoleico (C18:2) e oleico (C18:1; ARRIGONI et al., 2016). O
38 excesso de lipídios contido nestes alimentos podem ser fatores limitantes da sua inclusão
39 nas dietas de bovinos, visto que podem ocasionar prejuízos em relação ao consumo de
40 matéria seca e prejuízo no desempenho dos animais, além de afetarem a digestibilidade
41 da fibra ingerida (SOUZA, 2008; MEDEIROS; ALBERTINI, 2012). Isso se deve ao fato
42 do rúmen ser intolerante a altos níveis de lipídios, sendo os insaturados os causadores de
43 prejuízos na microbiota ruminal, devido à adsorção dos ácidos graxos ás partículas de
44 alimento e às bactérias, ocasionando também, uma toxidade sobre as bactérias
45 celulolíticas, devido à natureza anfipática dos ácidos graxos insaturados (PALMQUIST;
46 MATTOS, 2006).

47 De modo a contornar os efeitos deletérios que os ácidos graxos insaturados


48 acometem quando entram no rúmen, foi desenvolvido pelas bactérias um mecanismo de
49 retirar as insaturações, sendo denominado de biohidrogenação. Para ocorrer a
50 biohidrogenação, os triacilgliceróis são hidrolisados para serem separados em glicerol e
51 ácidos graxos, sendo os insaturados, biohidrogenados. Esta modificação que ocorre nos
52 ácidos graxos da dieta consumida é determinante na alteração do perfil que sai do rúmen
53 e é depositado nos tecidos (PALMQUIST, 2001; JENKINS et al., 2008).

54 As principais espécies de microorganismos responsáveis pela biohidrogenação


55 são as Butyrivibrio fibrisolvens, Anaerovibrio lipolytica e Propionibacter spp. Este
56 processo ocorre por meio de isomerização de ácidos graxos intermediários para a forma
57 trans, seguida da hidrogenação das duplas ligações (ARRIGONI et al., 2016). Durante
58 estas etapas, existe a formação de vários intermediários, sendo um destaque a formação
59 do ácido linoleico conjulgado (CLA), que está envolvido em alguns processos
60 fisiológicos, favorecendo alguns efeitos anticarcinogenicos, antiteratogenicos,
61 modulação do metabolismo intermediário e resposta imune dos animais (KOZLOSKI,
62 2011). Alguns fatores podem interferir nesse processo de biohidrogenação tais como o
63 tipo e quantidade de lipídios que chegam no rúmen e o pH ruminal, são fatores que
64 determinam a biohidrogenação incompleta (JENKINS et al., 2008). Dos ácidos graxos
65 insaturados ingerido, somente 25% chega no intestino delgado, onde são absorvidos por
66 difusão passiva (KOZLOSKI, 2011).

67 Os níveis de extrato etéreo utilizado nas dietas, nem sempre são favoráveis em
68 aumentar o desempenho e eficiência alimentar (Krenbel,2006). A atual busca pelos
69 pesquisadores vem sendo por ácidos graxos que impactem o mínimo possível na cinética
70 ruminal. Dentro deste contexto, o uso de oleaginosas se sobressai em relação aos óleos,
71 visto que proteção física causada pela casca, permite uma liberação lenta dentro do rúmen,
72 promovida pela ruminação do animal (Müller, 2018). Outro produto que vem sendo
73 estudado, este com aplicação tecnológica para a formação de uma proteção química, são
74 os sais de cálcio de ácidos graxos. Estes compostos possuem a sua proteção relacionada
75 com o perfil de ácidos graxos existente nos lipídios que serão utilizados, sendo assim,
76 quanto maior o nível de insaturação do ácido graxo menor é proteção (CAPPELLOZZA,
77 2020).

78 Os sais de cálcio de ácidos graxos mantem uma porcentagem relativamente alta


79 inerte no rúmen, em condições de pH (6,0), sendo completamente dissociado no abomaso,
80 onde o pH é mais ácido. Diferente da proteção física, a proteção química faz com que os
81 lipídios sofram pouca biohidrogenação, permitindo a absorção intestinal de ácidos graxos
82 essenciais, que são insaturados e os bovinos não produzem (CAPPELLOZZA, 2020).

83 De acordo com levantamentos realizados o caroço de algodão é o insumo mais


84 utilizado como fonte lipídica nas dietas de confinamento (PINTO & MILLEN, 2016). Um
85 coproduto da indústria têxtil obtido pela remoção quase total da fração fibrosa, mas
86 apresentando alto teor de FDN, 47,82 ± 6,96% da MS, devido ao línter, resquício de fibra
87 que se apresenta fortemente aderida à semente. Além do CA apresentar altos níveis de
88 EE, 19,45 ± 2,59 % da MS, e 22,87± 2,53% da MS de PB (NRC, 2016).
89 Pesce (2008), avaliando dietas contendo alto concentrado, e inclusão de até 20%
90 de CA(% da MS), verificou teores de EE de 7%, com aumento no ganho médio diário,
91 peso final e eficiência alimentar dos bovinos, não comprometendo, entretanto, o CMS.
92 Zinn e Plascencia (1993), utilizando dietas com 80% de concentrado, avaliaram o efeito
93 da inclusão de 20% de CA. O consumo de matéria seca dos animais não foi afetado. No
94 entanto foram encontrados efeitos de redução na digestibilidade ruminal da matéria
95 orgânica das dietas. Zinn (1995) avaliou dietas com inclusão 15% e também encontrou
96 redução na digestibilidade da matéria orgânica e da síntese de proteína microbiana, sem
97 afetar o consumo dos animais. Gouvêa (2015) analisou a inclusão de 0, 8, 16, 24 e 32%
98 da MS e observou que o aumento da inclusão de caroço de algodão nas dietas reduziu
99 desempenho, consumo de matéria seca, eficiência alimentar e características de carcaça.
100 O segundo insumo mais utilizado são os sais de cálcio de acido graxo, mas ainda
101 existem alguns resultados inconclusivos Aferri et al. (2005) o CMS do tratamento que
102 recebeu SCAG foi menor quando comparado ao caroço de algodão (CA) e o GMD e EA
103 não houve diferença entre todos os tratamentos. Barducci et al. (2015) notaram que os
104 tratamentos que receberam torta de algodão e SCAG obtiveram um GMD maior que o
105 tratamento controle, a IMS do tratamento com torta de algodão foi maior, encontrando
106 diferença também na CA e EA.
107 Entretanto, outros autores também aferiram que não houve diferença no CMS de
108 bovinos não castrados quando se adicionou SCAG (ROSA et al, 2013; FIORENTINI et
109 al., 2014; LADEIRA et al., 2014). Para GMD, os trabalhos mostram que ocorre aumento
110 quando se inclui SCAG nas dietas (SILVA et al., 2007; FIORENTINI et al., 2012; ROSA
111 et al.,2013). Nigdi et al. (1990) forneceram dietas com 85% de concentrado contendo 0,
112 2, 4 e 6% de cálcio saponificado e observaram que o aumento da concentração do
113 composto de cálcio na dieta reduziu o CMS, mas a ingestão de AG aumentou. Essas
114 melhoras de acordo com Zinn e Shen (1996), se deve ao maior teor de energia
115 metabolizável dos lipídios quando comparamos com os alimentos ricos em proteínas e
116 carboidratos.
117 Além de melhorar o desempenho, a SCAG pode melhorar o acabamento dos
118 animais. Fiorentini (2008), observou maior proporção de gordura estimada na carcaça de
119 novilhas consumindo SCAG quando comparada às novilhas que receberam grãos de soja.
120 Clinquart et al (1995) afirmam que a adição de gordura em dietas de terminação resulta
121 em aumento de 5 a 15% no conteúdo de gordura subcutânea da carcaça. Pires et al. (2002),
122 analisando o perfil de ácido graxo da carne, relataram o aumento dos teores de AG
123 poliinsaturados, mais especificamente o ácido linoleico conjugado e linolênico,
124 promovido pelas dietas com gordura protegida.
125
126 1.2 Curva de crescimento dos bovinos.
127
128 A composição corporal, bem como as fases de desenvolvimento dos bovinos para
129 compreender as taxas de deposição de musculatura e tecido adiposo em bovinos de corte.
130 O entendimento do crescimento animal, pode ser fundamental para a compreensão das
131 modificações químicas e físicas e metabólicas (BOIN et al 1994).
132 O desenvolvimento dos tecidos, promove um aumento da massa corporal,
133 resultante da produção de novas células. O crescimento pode ser medido em função do
134 aumento na massa, resultante da hiperplasia e hipertrofia de diferentes tecidos (OWENS
135 et al., 1993). Os diferentes tecidos que compõem o corpo, apresentam taxas de
136 crescimento diferentes, que se alteram de acordo com a fase de vida em que o animal se
137 encontra, sendo os dois tecidos mais tardios que se desenvolvem são os tecidos muscular
138 e tecido adiposo (BERG; BUTTERFIELD, 1976). O tecido adiposo tem forte relação com
139 qualidade de carne, mas o tecido intramuscular vem sendo bastante estudado para
140 desenvolvimento de protocolos nutricionais para aumentar a deposição. O principal
141 método de desenvolvimento desses tecidos se dá tanto por hiperplasia quanto por
142 hipertrofia. No entanto, a deposição do tecido intramuscular e tecido adiposo ocorre em
143 lugares distintos, mas também necessitam de substratos distintos para o metabolismo dos
144 locais de acumulo de gordura (HAUSMAN et al., 2009).
145 As fontes lipídicas suplementares contribuem para uma diferente composição de
146 carcaça. Trabalho publicados, demonstrou que uma menor proporção de ossos e maior
147 proporção de gordura estimada na carcaça de novilhas alimentadas com fontes de sais de
148 cálcio de ácido graxo comparado com óleo de soja (FIORENTINI, 2008). Andrade et al.
149 (2014) comparando a adição ou não de sais de cálcio de ácido graxos observou maior
150 deposição de gordura visceral em novilhos de cruzamento industrial. Além de
151 entendermos a fonte utilizada existe a necessidade de dosarmos a quantidade fornecida,
152 Owens e Gardner (1999) em uma meta-análise de dados visando entender os impactos do
153 manejo e nutrição nas características de carcaça de bovinos confinados, relataram uma
154 associação entre fornecimento de 4% de EE e o aumento da área de olho de lombo dos
155 animais, além de influenciar no aumento do tecido adiposo intramuscular. Outro autor
156 também relatou o aumento de gordura intramuscular e visceral quando os animais são
157 suplementados com fontes lipídicas (ZINN, 1989).
158 Os lipídios fornecidos, são utilizados de diferentes formas nos tecidos. Os
159 triacilgliceróis sofrem hidrolise e liberam monoacilgliceróis e ácidos graxos livres, o
160 destino do substrato está vinculado com o tipo de tecido que será recebido e as condições
161 metabólicas do animal. No tecido adiposo, ocorre uma conversão dos ácidos graxos livres
162 em triacilgliceróis, sendo a principal forma de armazenamento neste tecido, diferente do
163 que ocorre no tecido muscular, que os ácidos graxos são oxidados para produção de ATP
164 (KOZLOSKI, 2011).
165
166 1.4. Perfil de ácidos graxos e oxidação lipídica.
167
168 As características nutricionais e sensoriais da carne, são determinadas pelas
169 características biológicas do musculo, tecido adiposo subcutâneo e intramuscular, no
170 entanto, estes parâmetros são influenciados pelo sexo, raça e idade do animal (PESCE,
171 2008). Além desses fatores, podemos controlar o grau de acabamento e porcentagem e
172 gordura na carne, pelo tipo de alimentação que fornecemos para os animais (FELÍCIO,
173 1997). Dessa forma, é possível acompanhar as exigências que os consumidores vêm
174 buscando quando analisam a carne bovina, sendo as características intrínsecas como
175 gordura visível, cor e aparência e, as características sensórias como maciez, os principais
176 pontos observados (HENCHION et al, 2017). Sabendo desta importância e que
177 normalmente é a resultante entre o balanço da energia e componentes da deita e,
178 requerimentos metabólicos (ERIKSSON; PICKOVA, 2007). No entanto, quando entre os
179 componentes da dieta possuem ingredientes gordurosos o perfil lipídico da carne sofre
180 grande influência (MEDEIROS e ALBERTINI, 2012).
181 Os ácidos graxos são classificados em saturados, monoinsaturados e poli-
182 insaturados, sendo determinados pelo número de duplas ligações na estrutura molecular,
183 as quais são inexistentes nos saturados. O perfil de ácidos graxos do tecido adiposo dos
184 bovinos, apresenta grande quantidade de ácidos graxos saturados, sendo que estes
185 possuem grande associação com problemas cardiovasculares (MCAFEE
186 et al., 2010). Mas no perfil da carne bovina não existe somente ácidos graxos maléficos
187 para a saúde humana, possui também ácidos graxos essenciais como o Ω-3 e Ω-6, que
188 atribuem com diversos benefícios ao organismo humano (SCOLLAN, et al., 2006).
189 A /dieta é um fator determinante no perfil lipídico da carne, Franzói (2013)
190 observou que o fornecimento de sais de ácidos graxos reduzir a quantidade de ácidos
191 graxos saturados na carne, fazendo com que cheguem maiores quantidade de ácidos
192 graxos poli-insaturados para serem absorvidos e posteriormente depositados, em contra
193 partida, não aumenta a quantidade de ácido linoleico conjugado. Estudo conduzido por
194 Santarosa (2011) observou um aumento na quantida de ácido linoleico conjugado, quando
195 forneceu sais de cálcio de ácido graxo. Do ponto de vista nutricional o ácido linoleico
196 conjugado, tem propriedades anticarcinogenicas, tem efeito antidiabéticos, reduz o
197 desenvolvimento de aterosclerose e modula o sistema imunológico (PALMQUIST et al.,
198 2005).
199 Realizar alterações no perfil lipídico da carne bovina torna-se possível por meio
200 da manipulação do perfil lipídico da dieta fornecida e das fontes lipídicas utilizadas como
201 estratégia alimentar (NUERNBERG, 2005). No entanto, as alterações lipídicas podem
202 alterar o processo de armazenamento, devido a ocorrência de processos oxidativos. A
203 vida útil, principalmente de produtos cárneos, pode ser determinada pelos processos
204 oxidativos, que gera produtos indesejáveis do ponto de vista nutricional coo ácidos,
205 aldeídos, álcoois e cetonas, destrói vitaminas lipossolúveis e ácidos graxos (CECCHI,
206 1999; HINNEBURG et al., 2006).
207 O processo de oxidação lipídica é auto catalítico que ocorre em membranas
208 biológicas e alimentos, gerando perdas na qualidade do produto, sendo as alterações
209 causadas pela oxidação podem ocorrer em frações lipídicas ou proteicas (JADHAV et al.,
210 1996; DREHMER, 2005). As frações lipídicas são mais prejudicadas pela presença de
211 ácidos graxos insaturados, visto que estes apresentam maior susceptibilidade
212 (RAMALHO e JORGE, 2006).
213 A exposição dos produtos a condições de ar, temperatura elevadas, indicadores de
214 radicais livres, luz e a combinação dos mesmos, tornam estes produtos sujeitos a oxidação
215 (BAGGIO, 2004). Portanto, estas condições são comuns deste o abate dos animais até a
216 exposição final. Após o abate, vem o processo de desossa, fatiamento e moagem dos
217 cortes cárneos (alguns tipos de cortes cárneos), que promove rompimento das células
218 liberando ferro, outros minerais de transição e enzimas, aumentando a exposição dos
219 esfingolipídios e fosfolipídios das membranas celulares favorecendo assim o processo de
220 oxidação.
221 O processo de oxidação dos ácidos graxos insaturados ocorre em três etapas,
222 sendo a primeira a formação dos radicais livres, também denominado de radical
223 peroxilipídico; na segunda etapa, a reação dos radicais livres, formando os
224 hidroperóxidos, os quais são os principais produtos do início da reação do oxigênio com
225 os ácidos graxos; já na terceira e última etapa, ocorre a formação de produtos não radicais
226 (malonaldeído). A partir desta deterioração e a formação dos produtos secundários como
227 as substancias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), que podem ser utilizadas como
228 indicadores do grau de deterioração das caracteristicas sensoriais da carne devido à
229 oxidação lipídica (CRACKEL et al., 1988); DREHMER, 2005)
230 Malonaldeído é um dos principais produtos da oxidação lipídica e é capaz de se
231 ligar a duas moléculas de ácido tiobarbitúrico, fazendo com que a carne tenha uma
232 pigmentação avermelhada que pode ser mensurada na espectrofotometria a 532nm e
233 600nm por meio da análise de TBARS (TORRES, 1988). Outras medições também são
234 utilizadas como índice de peróxidos, valor de pH, índice de refração e a analise sensorial,
235 para melhor especificação do grau de rancidez, visto que, produtos secundários como
236 aldeído malônico, maior produto da degradação dos hidroperóxidos, pode estar
237 relacionado em outras interações físico-químicas (FERRARI, 1998). Portanto, existe uma
238 redução na qualidade da carne, deteriora o sabor, altera coloração, aumenta a perda de
239 água.
240 A deterioração do sabor ocorre durante a peroxidação, os ácidos graxos poli-
241 insaturados são degradados em componentes voláteis de cadeia curta, tais como aldeídos,
242 cetonas, álcoois, ésteres e ácidos, fazendo com que o sabor e odor fossem alterados
243 (TORRES e FERRARI, 2000; DREHMER, 2005). Outra característica alterada é a
244 coloração, devido a transformação da oximioglobina em metamioglobina, decorrente do
245 processamento, armazenamento e exposição em gôndolas para comercialização. A
246 coloração é determinada pela composição de ácidos graxos na carne e pela concentração
247 de antioxidantes presente na mesma (SCOLLAN et al., 2001).
248 Além desses fatores citados anteriormente, o pH da carne também influencia
249 interagindo com o ponto isoelétrico das proteínas miofibrilares influenciando seu estado
250 físico e a reflexão da luz da superfície muscular (ABRIL et al., 2001). As alterações não
251 são somente relacionadas com a qualidade do produto final, podem também trazer
252 alterações que são maléficas a saúde humana, sendo que dentre os produtos secundários
253 produzidos pela deterioração oxidativa dos ácidos graxos, os aldeídos estão relacionados
254 a aterosclerose, ao diabetes, à mutagênese e, possivelmente ao câncer (MEDEIROS et al.,
255 1996; TORRES e FERRARI, 2000)
256
257 1.4. Expressão proteica
258
259 A proteômica é uma área da pesquisa que envolve a análise global de proteínas
260 celulares usando várias tecnologias, como eletroforese em gel bidimensional e
261 espectrometria de massa, auxiliando no conhecimento de sistemas biológicos
262 (ESPINDOLA et al., 2010). O principal objetivo desta tecnologia está na identificação de
263 proteínas em amostras biológicas complexas (VALLEDOR E JORRIN, 2011).
264 Grandes partes dos processos celulares, existem proteínas que atuam no formato
265 de enzimas, anticorpos, hormônios, componentes estruturais e receptores celulares
266 (Aebersold e Mann, 2003). No entanto, as técnicas existentes são incapazes de identificar
267 todas as proteínas presentes no tecido ou extrato analisados, sendo que sua maior
268 eficiência em analise dependerá não somente das propriedades do material e do objetivo
269 do estudo, outros fatores que podem prejudicar a identificação de proteínas como, o nível
270 de expressão e a abundância de proteínas (LIPPOLIS e REINHARDT, 2008).
271 Uma das áreas mais promissoras da pesquisa nas áreas biológicas, permitindo
272 descobrir vias metabólicas nas diversas etapas celulares, gerando um conhecimento nas
273 áreas de biologia celular e na bioquímica, além de possibilitar a identificação de novas
274 moléculas bioativas em extratos biológicos naturais, auxiliando nas descobertas de novas
275 tecnologias (NELSON & COX, 2011).
276 A classificação das metodologias utilizadas em analises proteômica, geralmente
277 são dos tipos bottom-up ou top-down. O bottom-up, tambem conhecido como shotgun,
278 inclui separação dos peptídeos obtidos após digestão das soluções proteicas complexas,
279 seguida de analise por espectrometria de massas (MS). O top-down, diferentemente,
280 analisa as proteínas intactas, submetendo-as à analise por MS. As vantagens de utilizar a
281 bottom-up, seria pela maior sensibilidade e reprodutibilidade, mesmo para proteomas
282 mais complexos (BARBOSA et al., 2012).
283 A bottom-up tem sido a técnica mais abordada entre os trabalhos proteomicos,
284 sendo que as proteínas contidas em uma mistura complexa são digeridas química ou
285 enzimaticamente, e os peptídeos resultantes são analisados por MS (AEBERSOLD;
286 MANN, 2016). Além de quando utiliza essa abordagem permiti inferir sobra a
287 identificação da proteína através da comparação dos espectros de massa gerados com uma
288 base de dados de proteínas e pela atribuição de sequência peptídica das proteínas, uma
289 vez que os peptídeos podem ser unicamente atribuídos a uma única proteína ou
290 partilhados por mais de uma proteína.
291 A ionização do composto por espectrometria de massas é em uma mistura de ions
292 que são separados de acordo com suas relações massa e carga (m/z), posteriormente
293 isolados e submetidos a fragmentação, tornando-se possível a identificação (BENDIXEN,
294 2005). Após a identificação, é necessário um tratamento de bioinformática. Que entra
295 como uma ferramenta para aplicação de técnicas computacionais, matemáticas e
296 estatísticas para analisar os dados biológicos, produzindo e gerenciando a bioinformação
297 (LUSCOMBE; GREENBAUM; GERSTEIN, 2001).
298 Dentro das pesquisas a proteomica vem abastecendo informações sobre a
299 expressão de proteína celular e, assim, tentar revelar a função de alguns genes e, meio
300 dessas informações tentar explicar como o ambiente interage para controlar as funções
301 celulares e as características fisiológicas dos organismos vivos (BENDIXEN, 2005).
302 Visto o cenário atual com aumento de demanda de comodities para exportação,
303 sendo esses animais na grande maioria machos não castrado. Quando falamos no período
304 de terminação dos bovinos a qualidade de carne e deposição de gordura é um foco de
305 muitos estudos, sendo a gordura intramuscular a mais estudada. Pouco ou quase nada se
306 encontra na literatura, a respeito de proteínas envolvidas na deposição de tecido
307 subcutâneo. Dentro deste contexto, a proteomica pode contribuir para a identificação de
308 possíveis marcadores, juntos com as técnicas genômicas e transcriptomas,
309 proporcionando melhor conhecimento dos mecanismos que controlam o metabolismo
310 lipídico e qualidade de carne (Sallata, 2019)
311
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455 Capitulo 1

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466 Effects of the association between whole cottonseed and calcium salts of fatty acids

467 on nutrient intake, feedlot performance, and carcass characteristics of Bos indicus

468 animals offered a high-concentrate diet1

1
469 Este capítulo corresponde ao artigo científico que está publicado na revista
470 Translation Animal Science DOI: https://doi.org/10.1093/tas/txab207

471

472 ABSTRACT. This experiment evaluated the effects of feeding whole cottonseed (WC)

473 and/or calcium salts of fatty acids (CSFA) on dry matter intake (DMI), performance, and

474 carcass characteristics of Bos indicus animals receiving a high-concentrate diet during the

475 finishing phase. On day 0, 96 Nellore bulls were blocked according to initial body weight

476 (BW; 302 ± 26.7 kg) into group pens (4 animals/pen) and, within blocks, pens were
477 randomly assigned to receive: 1) 15% of WC and 2% of CSFA [dry matter (DM) basis]

478 of palm, cottonseed, and soybean oil (15WC; n = 6), 2) 10% of WC and 3% of CSFA

479 (DM basis) of palm, cottonseed, and soybean oil (10WC; n = 6), 3) 5% of WC and 4%

480 of CSFA (DM basis) of palm, cottonseed, and soybean oil (5WC; n = 6), and 4) 0% of

481 WC and 5% of CSFA (DM basis) of palm, cottonseed, and soybean oil (0WC; n = 6).

482 Diets were formulated to be isocaloric, isonitrogenous, and isolipidic. Experimental

483 period lasted 108 days, whereas dry matter intake (DMI) was evaluated daily and blood

484 samples and carcass measurements were obtained on days 0, 55, and 108 of the study.

485 Upon slaughter on day 109, steaks were collected for determination of the chemical and

486 fatty acid (FA) profile of the meat. No treatment effects (P ≥ 0.35) were observed on

487 DMI, performance, average daily gain (ADG), carcass ultrasound measurements, and

488 chemical variables of the steak. Nonetheless, including WC into the diets increased

489 C12:0, C16:0, C16:1 trans-9, C17:0, C18:0, C18:1 cis-9, C18:2 cis-9,cis-12, C18:3 cis-

490 9,cis-12,cis-15, saturated, and unsaturated FA intake (P < 0.01). Moreover, adding WC

491 increased DMI fluctuation and feed efficiency (P = 0.03), but decreased marbling (P ≤

492 0.03). A treatment × day interaction was observed (P < 0.01) for serum leptin

493 concentration, as 10WC animals had greater leptin concentration on d 103 vs. other

494 treatments (P < 0.01). Regarding steak FA profile, WC addition into the diet increased

495 C18:2 cis-7,trans-9 and C18:3 cis-9,cis-12,cis-15 (P < 0.001), whereas saturated FA was

496 quadratically affected (P = 0.02) and unsaturated FA was reduced for 15WC (P < 0.04).

497 In summary, increasing levels of CSFA as WC decreased in isolipidic finishing diets did

498 not impact feedlot performance, but increased feed efficiency and marbling scores of Bos

499 indicus bulls, demonstrating its feasibility as a technology to improve carcass traits of

500 low-marbling animals.

501
502 Key words: Bos indicus; calcium salts of fatty acids; isolipidic; marbling; performance;

503 whole cottonseed.


504 INTRODUCTION

505 One of the main goals of lipid feedstuffs is to increase energy content of the diet

506 and feed efficiency (FE) of the beef cattle herd (NASEM, 2016). In Brazil, whole

507 cottonseed (WC) and calcium salts of fatty acids (CSFA) are the main lipid sources

508 included into feedlot diets (Pinto and Millen, 2019). Besides WC adoption, its inclusion

509 remains limited at 15% of dry matter (DM), given gossypol toxicity issues and potential

510 negative effects on performance and meat sensorial traits (Cranston et al., 2006; Gouvêa

511 et al., 2020). However, using WC as the sole lipid feedstuff might not be able to increase

512 dietary ether extract (EE) content to values that can impact energy utilization and transfer

513 into the carcass. As reported by Krehbiel et al. (2014), feedlot diets containing roughly

514 7% EE benefit performance and carcass traits (Zinn, 1989; Zinn et al., 2000). A feasible

515 feedstuff that could be used to increase dietary EE and improve performance of feedlot

516 cattle is the CSFA (Carvalho et al., 2020; Nascimento et al., 2020). To the best of our

517 knowledge, no other study evaluated the effects of levels of both WC and CSFA into

518 feedlot cattle diets. As these differ on protection against rumen biohydrogenation, the

519 amount and profile of fatty acids (FA) entering the small intestine for absorption might

520 also differ, significantly impacting metabolism and carcass traits (Jenkins et al., 2008).

521 Bos indicus are recognized as low-marbling breeds (Martins et al., 2005) and

522 nutritional alternatives that promote marbling are warranted. In cattle, FA inhibit or

523 stimulate gene expression, adipocyte differentiation, and carcass characteristics (Choi et

524 al., 2015; Costa et al., 2020). Based on this rationale, we hypothesized that varying levels

525 of WC and CSFA would improve performance and carcass traits of feedlot cattle.

526 Therefore, our objective was to evaluate the effects of WC and CSFA on performance,

527 nutrient intake, carcass traits, and meat FA profile of B. indicus feedlot cattle.

528
529 MATERIALS AND METHODS

530 This experiment was conducted at the experimental feedlot from the

531 Departamento de Melhoramento e Nutrição Animal, located in Botucatu, São Paulo,

532 Brazil (22°53’25” S, 48°27’19” W, and elevation of 828 m) from April to August 2019.

533 All animals utilized herein were cared for in accordance with acceptable practices and

534 experimental protocols reviewed and approved by the FMVZ/UNESP Institutional

535 Animal Care and Use Committee (IACUC #017/2019).

536 Animals, diets, and housing.

537 The experimental design used herein was randomized complete block design

538 (RCBD). On day 0 of the experiment, 96 non-castrated Nellore animals were blocked by

539 initial shrunk body weight (BW = 302 ± 26.7 kg; initial age = 20 ± 2 months) and

540 allocated to 1 of 24 pens (4 animals/pen). Within blocks (n = 6), pens were randomly

541 assigned to 1 of 4 treatments: 1) 15% of whole cottonseed (WC) and 2% of calcium salts

542 of fatty acids [CSFA; dry matter (DM) basis] of palm, cottonseed, and soybean oil

543 (15WC; n = 6; Nutri Gordura Terminação; Nutricorp, Araras, SP, Brazil), 2) 10% of WC

544 and 3% of CSFA (DM basis) of palm, cottonseed, and soybean oil (10WC; n = 6; Nutri

545 Gordura Terminação; Nutricorp), 3) 5% of WC and 4% of CSFA (DM basis) of palm,

546 cottonseed, and soybean oil (5WC; n = 6; Nutri Gordura Terminação; Nutricorp), and 4)

547 0% of WC and 5% of CSFA (DM basis) of palm, cottonseed, and soybean oil (0WC; n =

548 6; Nutri Gordura Terminação; Nutricorp). A complete description of the FA profile of the

549 lipid feedstuffs (WC and CSFA) is reported in Table 1, meanwhile Tables 2 and 3 report

550 feedstuff composition and nutrient profile of the diets offered during the adaptation,

551 growing, and finishing periods, respectively.


552 Given that, the overall objective of this experiment was to evaluate the associative

553 effect of WC and CSFA, all diets were formulated to isolipidic, isonitrogenous, and

554 isocaloric (Table 3). The experimental period lasted 108 d, whereas the adaptation,

555 growing, and finishing diets were offered from d 0 to 15, 16 to 55, and 56 to 108,

556 respectively. During the adaptation diet, all animals were allocated to step-up diets for a

557 15-d period, in which roughage amount was reduced from 40 to 28% (DM basis), as

558 reported in Table 2. All diets were formulated using the Large Ruminant Nutrition System

559 (Fox et al., 2004) and formulated to result in an average daily gain (ADG) of

560 approximately 1.7 kg/d. Diets were offered twice a day (0900 and 1600 h), at a rate of

561 55:45% of the total amount, respectively, and all animals had ad libitum access to the

562 diets and water. Throughout the experimental period, all animals were maintained in a

563 roofed barn with concrete-based floors (7.5 m2/pen and 1.25 m of linear

564 feedbunk/animal).

565 Seven days prior to beginning of the experiment, all animals were dewormed

566 (Dectomax; Zoetis Saúde Animal, São Paulo, SP, Brazil), and vaccinated against

567 clostridium (Covexin-10; MSD Saúde Animal, São Paulo, SP, Brazil). Moreover, from d

568 -7 to -1 of the experimental design, all animals received a diet containing (DM basis) 35%

569 sugarcane bagasse, 20% corn silage, 25% ground corn, 18% peanut meal, 0.5% urea, and

570 1.5% mineral-vitamin mix. Diets were offered at a rate of 2% BW obtained at feedlot

571 facility arrival (d -7). This management was performed to provide similar substrates and

572 potentially equalize the rumen microbiome profile of the animals prior to treatment

573 administration.

574 Body weight, feed, and blood sampling.

575 Individual animal shrunk BW was collected at the beginning (d 0) and end of the

576 experimental period (d 108) after 16 hours of feed and water withdrawal. With these BW
577 measurements, BW change (final minus initial BW) and overall ADG during the

578 experiment were calculated and further analyzed. Additional full BW measurements were

579 taken at the end of each dietary management (adaptation and growing diets on d 15 and

580 55, respectively), in order to follow-up herd performance as the experiment progressed.

581 Intermediate full BW, instead of shrunk BW, was obtained to prevent extreme dry matter

582 intake (DMI) fluctuations following management and realimentation that could result in

583 any potential rumen disorders (Allen et al., 2009) and to avoid the trigger of an acute-

584 phase response that feed withdrawal might cause on the animals and subsequently impair

585 feedlot performance and health (Marques et al., 2012; Marques et al., 2019).

586 Throughout the experimental period, total DMI was evaluated daily from each pen

587 by collecting and weighing refusals. Samples of the offered and nonconsumed feed were

588 collected daily from each pen and dried for 96 hours at 50°C in forced-air ovens for dry

589 matter (DM) determination. Total DMI of each pen was divided by the number of animals

590 within each pen and expressed as kg/animal per d. In addition, total DMI was expressed

591 in % of BW by dividing the average DMI and average BW (initial + final) of each pen

592 during the experimental period. At the end of the experimental period (d 108), feed

593 efficiency (FE) was calculated by dividing ADG and DMI, whereas DMI fluctuation was

594 estimated by weighing diet offer and orts for actual DMI and fluctuation calculated as the

595 difference between DMI on 2 consecutive d (Bevans et al., 2005).

596 Calculation of ration total digestible nutrients (TDN) concentration was

597 performed according to equations proposed by Weiss et al. (1992), and samples were

598 analyzed in duplicates by wet chemistry procedures for concentrations of crude protein

599 (CP), ether extract (EE), and ash (AOAC, 1990). Neutral detergent fiber (NDF) was

600 evaluated according to procedures described by Van Soest et al. (1991). Moreover,

601 digestible energy (DE) and metabolizable energy (ME) were performed according to
602 equations described by NASEM (2016), whereas dietary calculations of net energy for

603 maintenance (NEm) and gain (NEg) followed equations proposed by Zinn et al. (2002).

604 For these equations, retained energy (RE) a high-frame 18-mo animal was: RE = [0.0437

605 × BW0.75] × ADG × 1.097 (NRC, 1984), where BW = mean BW minus 4%. Net energy

606 for gain was determined through the estimation reported by Zinn and Shen (1998): NEg

607 = NEm × 0.877 - 0.41. Additionally, all feedstuffs used in the present experiment (Table

608 1) were analyzed for FA profile following procedures described in AOCS (2009) and

609 according to total DMI, individual and total saturated, monounsaturated, and

610 polyunsaturated FA intake was calculated for each treatment and subsequently reported

611 herein.

612 On d 0, 55, and 103 of the experimental period, blood samples were collected for

613 plasma concentrations of leptin and lactate. All blood samples were collected via jugular

614 venipuncture into commercial blood collection tubes (Vacutainer, 10 mL; Becton

615 Dickinson, Franklin Lakes, NJ). After collection, blood samples were centrifuged at 3,000

616 rpm for 15 minutes and one sample stored at -20°C for subsequent plasma leptin analyses.

617 Plasma leptin concentration was determined by using a commercial radioimmunoassay


125
618 I kit (Linco Research, Inc., St. Charles, MO, USA), following the procedures reported

619 by Pelleymounter et al. (1995). The second blood sample was immediately used for

620 lactate determination by using a colorimetric reagent test (Accutrend; F. Hoffmann-La

621 Roche Ltd., Rotkreuz, Switzerland).

622 Dietary particle size classification.

623 The classification of the particle size of the diets was performed by using the Penn

624 State Particle Size Separator (PSPS; Heinrichs, 1996) and the not accounted/predicted

625 intake ratio was taken into consideration herein, where n = 19 (long), 8 (medium), 1.18

626 mm (small), and bottom (fine) sieves. Values obtained for this classification include 1 =
627 no classification (null), < 1 = selective intake refusal (negative ratio), and > 1 =

628 preferential intake (positive ratio). Corn silage particle size and WC were also determined

629 by PSPS and had, on average, 9.30 a 11.96, respectively, whereas for other feedstuffs a

630 different set of sieves was used (6.0, 3.25, 2.0, 1.25 mm, and bottom). Average particle

631 size for corn, peanut meal, CSFA, urea, and mineral-vitamin mix was 3.60, 2.40, 1.05,

632 2.30, and 0.73 mm, respectively.

633 Ultrasound evaluation.

634 On d 0, 55, and 103 of the experimental period, all animals enrolled into the

635 experiment were submitted to ultrasound evaluations (Aloka SSD-500V with a 17.2

636 cm/3.50 MHz convex probe; Hitachi Healthcare Americas, Twinsburg, OH) and

637 evaluations were performed by the same trained technician (DGT Brasil, Presidente

638 Prudente, SP, Brazil). Evaluations were conducted according to procedures described by

639 the Ultrasound Guidelines Council (UGC, 2014) and measurements of the ribeye area

640 (REA; cm2), marbling (%), and backfat thickness (BFT; mm) were collected on the

641 Longissimus thoracis muscle between the 12th and 13th ribs and from the Biceps femoris

642 muscle. Additionally, overall REA, marbling, and BFT gains were calculated as delta (Δ;

643 final measurement – initial measurement) and the Δ was divided by the number of days

644 between experimental measurements (103 d) to represent the daily gain of these

645 parameters (cm2 for REA, % for marbling, and mm for BFT of both tissues).

646 Carcass measurements.

647 At the end of the experimental period, all animals were slaughtered on d 109

648 following a waiting period of approximately 16 hours, in a federally inspected

649 commercial packing plant (Frigol, Lençóis Paulista, SP, Brazil). Hot carcasses were

650 separated into two symmetrical sections, weighed to obtain hot carcass weight (HCW),

651 and individually identified. Dressing percent (DP) was calculated by dividing the HCW
652 by final BW of the animal on d 108 of the experiment. Per standard industry procedures,

653 initial DP of the animals was estimated in 50% and then it was calculated the amount of

654 carcass gained by the animals during the experimental period (d 0 to 108). Carcass ADG

655 was calculated by dividing the carcass gain and the number of days on feed (108 d),

656 whereas yield gain (YG) was calculated by dividing carcass ADG (in kg) and ADG (in

657 kg).

658 Meat traits evaluations.

659 Following slaughter, all carcasses were cooled in a cold chamber for 48 h, whereas

660 samples of L. thoracis muscle from the left carcasses were collected for further

661 laboratorial analyses. For the colorimetric, weight losses due to cooking, and shear force

662 analysis, 3 pieces of 2.5 cm each were collected proximally to the 12th and 13th ribs. All

663 pieces were individually identified, vaccum-packed, and stored (-20°C) until further

664 laboratorial analysis.

665 Proximate composition. Meat moisture, CP, EE, and ash content were evaluated

666 in samples collected from L. thoracis muscles. Moisture and CP contents were determined

667 according to the methodologies previously described by AOAC (2007; methods 950.46

668 and 981.10, respectively). Ether extract and ash contents were also determined according

669 to methods 920.39 and 920.153 reported on AOAC (2007).

670 Colorimetric, pH, weight loss due to cooking, and shear force. Upon analysis,

671 samples were thawed in a refrigerator for 24 hours and exposed to oxygen (O2) for 20

672 min. Following this procedure, meat pH was determined using a digital device (model

673 HI-99163; Hanna Instruments Brasil, Barueri, SP, Brazil). For colorimetric parameters,

674 the determination of the components L*, a*, and b* were performed according to

675 Abularach et al. (1998). Color was evaluated on the surface of the samples using the CIE
676 L*, a*, and b* system with a D65 illuminating and 10° as the standard evaluation point.

677 A Minolta CM-2500-D device (Konica Minolta, Osaka, Japan) was used for color

678 determination and calibrated with a blank standard sample. The following color

679 parameters were used: L* is a lightness index (0 = black and 100 = white), a* is the

680 intensity of red color, an index that ranges from green (-) to red (+), and b* is the intensity

681 of yellow color, an index ranging from blue (-) to yellow (+; Houben et al., 2000).

682 Following color measurement, L. thoracis samples were identified, weighed in a

683 high-precision scale and cooked at 170°C until internal temperature reached 71°C, as

684 described by the American Meat Science Association (AMSA, 1995). Then, samples

685 were cooled at room temperature and weighed in order to determine the weight loss due

686 to cooking (final – initial weight; Honikel, 1998). The same samples were subsequently

687 enveloped in a plastic film and placed on the refrigerator (4 - 6°C) for 24 hours. After 24

688 hours, 6 – 8 cylinders of meat were collected from each sample (1.27 cm diameter each),

689 parallel to the fibers. For shear force determination, the cylinders were sheared in a

690 Warner-Bratzler Shear Force (WBSF) device with a 20 cm/min velocity, whereas the

691 shear force of each sample was determined as the average of the 6 – 8 replicates and

692 expressed as kg (Wheeler et al., 1997).

693 Meat FA profile. A sub-sample (approximately 2.8 g) of the L. thoracis muscle

694 was used by adding it to a 50 mL Falcon tube (CRAL, Cotia, SP, Brazil). The extraction

695 procedure followed the methodology described by Folch et al. (1957). Briefly, lipids were

696 extracted by homogeneizing the sample with a 2:1 chloroform:metanol solution (Ultra

697 Turrax; Marconi Equipamentos, Piracicaba, SP, Brazil) and isolated after the addition of

698 a 1.5% NaCl solution. The isolated lipid was methylated and methyl esters were

699 assembled according to the methodology described by Kramer et al. (1997). Fatty acids

700 were quantified by gas chromatography (GC-2010 Plus Capillary GC; Shimadzu
701 Scientific Instruments Inc., Columbia, MD) using a SP-2560 capilar column (100 m ×

702 0.25 mm of diameter and 0.02 mm thickness; Supelco Inc., Bellefonte, PA). Initial

703 column temperature was 45°C with a progressive heating until temperature reached

704 175°C, which was kept for 27 min. Then, temperature was increased at a rate of 4°C/min

705 until 215°C, which was kept for 35 minutes. Hydrogen gas was used as the carrier with a

706 40 cm3/sec flux. Fatty acids were identified using previously known and validated

707 standards (methyl tricosanoate; Sigma-Aldrich, Saint Louis, MO), quantified by

708 evaluating the retention time of the samples and normalization of the peak area of methyl

709 esters with the Chromquest 5.0 Clarity Lite software (version 2.4.191; DataApex

710 Software, Prague, Czech Republic), whereas all FA were expressed as mg/g of total FA.

711 Statistical analysis.

712 For all analyses performed herein, pen was considered the experimental unit. All

713 data were analyzed using the MIXED procedure of SAS (version 9.4; SAS Inst. Inc.;

714 Cary, NC, USA) and the Satterthwaite approximation to determine the denominator df

715 for the test of fixed effects. The model statement used for all analyses contained the fixed

716 effects of treatment. All data, with the exception of DMI and FE, were analyzed using

717 block, animal(pen) and pen(treatment) as random variables. For DMI and FE, block and

718 pen(treatment) were used as random variables. Blood samples and US measurements

719 obtained on d 0 were analyzed for covariates and results obtained on d 55 and 103 were

720 covariately-adjusted. Moreover, DMI (kg and % BW) DMI fluctuation, particle

721 classification, blood, and ultrasound data were analyzed as repeated variables, containing

722 day in the repeated statement, the subject was pen(treatment), and the covariance structure

723 was first-order autoregressive, which provided the best fit for these analyses according to

724 the smallest Akaike Information Criterion and Schwarz Bayesian Criterion.
725 For the specific mean analysis and comparison, orthogonal contrasts were used to

726 partition specific treatment effects, given that the contrast (1) compared the inclusion of

727 WC: 0WC vs. WC, (2) linear contrast, and (3) quadratic contrast. For all data, means were

728 separated using the LSMEANS, significance was set at P ≤ 0.05, and tendencies were

729 denoted if 0.05 < P ≤ 0.10.

730
731 RESULTS

732 Intake, performance, and blood profile.

733 As expected, no treatment effects were observed on initial BW (P ≥ 0.90),

734 indicating that animals were managed similarly prior to the beginning of the experiment

735 (Table 4). At the end of the experimental period, BW, DMI, and DMI as % of BW did

736 not differ among treatments (P ≥ 0.17; Table 4). Nonetheless, ADG and FE improved (P

737 ≤ 0.02) during the adaptation period (d 0 to 15) and overall (d 0 to 108) FE also was

738 improved (P = 0.03) when WC was included into the diets, whereas overall ADG was not

739 impacted by the experimental treatments offered herein (P ≥ 0.42; Table 4). Additionally,

740 removing WC of the diets significantly reduced (P = 0.03) DMI fluctuation, but no linear

741 or quadratic effects were observed on this parameter (P ≥ 0.13; Table 4).

742 In agreement with the DMI data, no contrast effects were observed for any of the

743 nutrient intakes analyzed herein (P ≥ 0.14; Table 5). Adding WC in the diets caused a

744 reduction in intakes of C12:0, C16:0, C17:0, C18:0, C18:1 cis-9, C18:3 cis-9, cis-12, cis-

745 15, C20:0, C20:3 n-6, C24:0, saturated and monounsaturated FA, as well as

746 saturated:polyunsaturated FA ratio (P ≤ 0.05; Table 5). On the other hand, intakes of

747 C16:1 trans-9, C18:2 cis-9, cis-12, C23:0, unsaturated and polyunsaturated FA, as well

748 as saturated:monounsaturated FA (P ≤ 0.01; Table 5). Additionally, with the exception of

749 C17:0, all FA intakes were linearly impacted by the treatments (P ≤ 0.01), whereas C14:0,

750 C17:0, C18:3 cis-9, cis-12, cis-15, C20:1 n-9, C23:0 and C24:0 FA intakes were affected

751 in a quadratic fashion (P ≤ 0.05; Table 5).

752 Blood samples collected on d 0 were not significant covariates (P = 0.31) for

753 serum lactate concentrations and did not differ among treatments (P = 0.67; 5.55, 6.51,

754 5.15, and 5.38 mMol/L for 15WC, 10WC, 5WC, and 0WC, respectively; SEM = 0.872).

755 No significant treatment effects were observed on serum lactate concentrations,


756 regardless of whether the data were analyzed as repeated (P ≥ 0.72) or as orthogonal

757 contrasts (P ≥ 0.38; 4.19, 3.55, 3.54, and 3.88 mMol/L for 15WC, 10WC, 5WC, and

758 0WC, respectively; SEM = 0.506). Nonetheless, a day effect was observed for serum

759 lactate (P = 0.02), as concentrations on d 103 were greater than values on d 55 (3.36 vs.

760 4.29 mMol/L, respectively).

761 Conversely, leptin concentrations on d 0 were significant covariates (P ≤ 0.03)

762 and also did not differ among treatments (P = 0.37; 0.74, 0.69, 0.75, and 0.57 ng/mL for

763 15WC, 10WC, 5WC, and 0WC, respectively; SEM = 0.083). A treatment × day

764 interaction was detected on serum concentration of leptin (P < 0.01; Figure 1). On d 103

765 of the study, 10WC fed animals had a greater serum leptin concentration compared with

766 all other treatments (P < 0.01) and no further differences were observed among the other

767 treatments (P ≥ 0.36; Figure 1). Therefore, a quadratic effect was observed on mean leptin

768 concentration (P = 0.02), as 10WC bulls had a greater mean serum concentration vs.

769 15WC and 5WC (P ≤ 0.04) and tended to have a greater mean serum leptin vs. 0WC (P

770 = 0.07; data not shown).

771 Efficiency of dietary net energy utilization.

772 From d 0 to 15, both NEm and NEg increased by adding WC in the experimental

773 diets (P < 0.01; Table 6), but no further differences were observed in the other periods

774 and/or when the entire experimental period was evaluated (d 0 to 108; P ≥ 0.12; Table 6).

775 Nonetheless, the same effect (0WC vs. WC) was detected on the observed:expected ratio

776 of NEm and NEg from d 0 to 15 and from d 56 to 108 (P ≤ 0.01; Table 6), in a manner that

777 adding WC improved and decreased these ratios from d 0 to 15 and from d 56 to 108,

778 respectively. Additionally, observed:expected ratio of NEm and NEg linearly increased as

779 WC inclusion in the diets increased (P ≤ 0.02; Table 6).


780 Dietary selectivity index.

781 Treatment × diet interactions were significant for long, medium, and fine particles

782 (P ≤ 0.03), whereas the same interaction tended to be observed for small particles (P =

783 0.07; Table 7 and Figure 2). Animals fed 15WC consumed a reduced amount of long

784 particles in the period which the finishing diet (from d 56 to 108) was offered vs. 0WC,

785 5WC, and 10WC, but also a reduced amount of medium-sized particles from when both

786 the growing and finishing diets were fed when compared with other treatments (P ≤ 0.03;

787 Figures 2-A and 2-B). Conversely, intake of fine particles was greater for 15WC vs. 5WC

788 and 0WC during the feeding of the growing and finishing diets (P < 0.01), but also greater

789 vs. 10WC when the finishing diet was fed (P < 0.01; Figure 2-C). Additionally, 10WC

790 had a greater intake of fine particles vs. 0WC during the growing and finishing diets and

791 5WC also had a greater intake of these particles vs. 0WC during the finishing diet (P <

792 0.01; Figure 2-C).

793 Additional treatment effects were observed for all particle sizes (P ≤ 0.03)

794 evaluated herein (Table 7), as well as linear and quadratic effects in the orthogonal

795 contrast analysis. Adding WC linearly decreased intake of long- and medium-sized

796 particles (P ≤ 0.05), whereas the opposite was observed for fine particles (P = 0.02; Table

797 7). The quadratic effect observed herein for small particles is related to the reduced intake

798 on 5WC and greater intake on 15WC (P = 0.05; Table 7).

799 Ultrasound measurements and carcass characteristics.

800 Values obtained on d 0 of ultrasound measurements were significant covariates (P

801 < 0.01), but did not differ among treatments (P ≥ 0.41; Table 8). No significant effects

802 were observed for REA, L. thoracis and B. femoris BFT, regardless of which parameter

803 has been evaluated (P ≥ 0.16). The only exception to that is the linear effect on B. femoris
804 BFT evaluated on d 55, which decreased as WC content of the diet also increased (P =

805 0.04; Table 8). Similarly, animals fed 0WC had a greater marbling content vs. WC on d

806 55 and 103 of the study (P ≤ 0.01), as well as a greater delta (final – initial marbling)

807 score (P = 0.02; Table 8). A linear effect was also detected for the aforementioned

808 variables, in a manner that marbling decreased as WC content of the diet increased (P =

809 0.01; Table 8).

810 Lastly, no contrast effects were observed for HCW (P ≥ 0.48), DP (P ≥ 0.14),

811 carcass ADG (P ≥ 0.40), or YG (P ≥ 0.31; Table 8).

812 Meat traits and FA profile.

813 No treatment effects were observed on meat pH (P ≥ 0.37), cooking loss (P ≥

814 0.18), and WBSF (P ≥ 0.41; Table 9). For the chemical composition, a linear effect was

815 observed on ash content (P = 0.04), but no further differences were detected (P ≥ 0.13;

816 Table 9). Similarly, a* index tended to be reduced by including WC in the diets (P = 0.08)

817 and no further differences were observed for L* and b*index (P ≥ 0.13; Table 9).

818 As expected, several meat FA were impacted by the different inclusion levels of

819 WC and CSFA (Table 10). Inclusion of WC in the diets reduced the amount of C18:2 cis-

820 7, trans-9 CLA (P = 0.03), C18:3 cis-9, cis-12, cis-15 (P < 0.001), C22:2 (P < 0.001),

821 and n-3 PUFA (P = 0.04; Table 10). Moreover, as WC level in the diet increased, meat

822 C16:1 trans-9 (P = 0.01), C18:2 cis-7, trans-9 CLA (P = 0.04), and monounsaturated FA

823 (P = 0.04) content decreased, whereas C18:1 cis-9 tended to decrease (P = 0.09) and

824 C18:0 (P = 0.05) and saturated FA (P = 0.03) increased as WC content of the diet

825 increased (Table 10). Additional quadratic effects were observed for meat levels of C14:0

826 (P = 0.05), C16:0 (P = 0.01), C18:3 cis-9, cis-12, cis-15 (P = 0.01), and saturated FA (P

827 = 0.02; Table 10). Animals fed 15WC had greater C14:0, C16:0, and saturated FA,

828 meanwhile 0WC cohorts had greater meat C18:3 cis-9, cis-12, cis-15 (Table 10).
829

830 DISCUSSION

831 The main objective of the present experiment was to evaluate the effects of

832 different levels of WC and CSFA on feedlot performance, nutrient intake, serum

833 concentrations of hormone and metabolites involved in lipid metabolism, as well as

834 carcass and meat characteristics of Bos indicus bulls offered a high-concentrate diet

835 during the finishing phase. This goal arised from the hypothesis that the association of a

836 feedstuff with physical lipid protection (WC) and another with chemical lipid barrier

837 (CSFA) against rumen biohydrogenation (Cappellozza et al., 2020) would allow a greater

838 increase in dietary EE content, without impairments on rumen metabolism and

839 microorganism population, which, in turn, would benefit performance and carcass traits

840 of feedlot animals during the finishing phase. Moreover, the FA profile of these

841 feedstuffs, when added in different dietary levels, would have a positive effect on

842 marbling and backfat thickness, improving customer eating experience and meat

843 acceptability (Westerling and Hedrick, 1979). Therefore, based on this rationale, diets

844 were formulated to be isocaloric, isofiber, isolipidic, and isonitrogenous (Table 3), taking

845 into account the high-quality nutrient supply of WC, including NDF, CP, and EE (Pires

846 et al., 1997; Mena et al., 2004; Cranston et al., 2006), and the great amount of EE from

847 the CSFA source. This experimental design allowed the direct comparison on how the

848 inclusion of these lipid feedstuffs (WC and CSFA) would impact performance and carcass

849 traits of feedlot Bos indicus beef cattle. It is noteworthy mentioning that one might

850 question the lack of an experimental group containing only WC as the sole lipid source,

851 but the explanation for this includes (1) possible negative effects of a greater dietary WC

852 inclusion (> 15% DM) on performance and carcass traits have been reported by others

853 (Zinn., 1995; Cranston et al., 2006; Gouvêa et al., 2020), (2) the WC levels used herein
854 are representative of the current nutritional practices in Brazilian feedlots (Pinto and

855 Millen, 2019), and (3) to the best of our knowledge, no other research evaluated different

856 levels of both lipid sources in the same experiment (Carvalho et al., 2020; Costa et al.,

857 2020) and further studies are warranted.

858 The lack of differences on DMI, nutrient intake, final BW, ADG, and carcass traits

859 might be explained by the similar nutritional content of the experimental diets. Recently,

860 Carvalho et al. (2020) demonstrated that CSFA inclusion into a high-concentrate diet

861 containing cottonseed byproducts (WC and cottonseed meal) yielded similar final BW

862 and ADG, improved FE, and reduced DMI when compared with diets that did not contain

863 CSFA. In other study, Costa et al. (2020) did not report differences on feedlot

864 performance of Bos indicus animals offered an isocaloric, isonitrogenous, and isolipidic

865 high-concentrate diet containing a combination of WC and corn germ, CSFA alone, or a

866 three-way combination of WC, corn germ, and CSFA as lipid feedstuffs. An increased

867 linear inclusion of WC has linearly reduced DMI in beef cattle, without impairments on

868 feedlot performance (ADG and FE), but positive effects were observed on carcass traits

869 when WC inclusion varied from 2.2 to 10.3% DM (Gôuvea et al., 2020). The differences

870 between previous and the present study might be attributed to the FA profile of the

871 supplements used (Nascimento et al., 2020) and the EE content of the diets, so that greater

872 dietary EE levels lead to a greater reduction in DMI (Carvalho et al., 2020; Gôuvea et al.,

873 2020), whereas the lack of differences herein might be attributed to the fact that diets

874 were formulated to contain similar levels of energy, protein, and fat. The fact that FE was

875 reduced in 0WC was surprising, contrary than previous studies reporting either an

876 improvement (Carvalho et al., 2020; Nascimento et al., 2020) or similar (Costa et al.,

877 2020) FE vs. non-CSFA-supplemented cohorts. Although formulated to be isofiber,

878 peNDF content of 0WC was 1 to 5% lower than the other treatments (Table 2).
879 Additionally, not only the amount, but also the type of fiber was different (corn silage vs.

880 WC) between treatments, which might be able to impact rumen fermentation parameters

881 and nutrient utilization. Supporting this rationale, the linter present in WC has a high

882 ruminal fermentation rate that consequently improves DM degradation (Bo et al., 2012)

883 and nutrient utilization when compared to corn silage. Recently, de Souza et al. (2018)

884 reported differences on nutrient intake and performance of dairy cows receiving either

885 WC or soybean hulls in the diet. More specifically, WC inclusion increased NDF, total

886 FA, and NE for lactation intake in isolipidic and roughly isofiber diets, without reported

887 differences on overall DMI.

888 The estimated FA intake observed herein reflects the DMI and nutrient

889 composition of the experimental diets, whereas ruminal biohydrogenation was not

890 evaluated herein. Animals that did not receive WC had a greater C16:0, C18:0, C18:1 cis-

891 9, C18:3 cis-9, cis-12, cis-15, total SFA, and MUFA intake, as well as greater SFA:PUFA

892 ratio and the opposite was observed when WC was included into the diets for C18:2 cis-

893 9, cis-12 and overall PUFA. In dairy cattle, the effects of C18:0 and C18:1 cis-9 on

894 metabolism and productive responses of dairy cattle receiving soybean hulls or whole

895 cottonseed have been reported by de Souza et al. (2018). Overall, supplementing C16:0

896 + C18:0 FA improved DMI and milk fat and protein content vs. a mixture of C16:0 and

897 C18:1 cis-9 FA, whereas opposite results were observed on nutrient digestibility and BW

898 changes. In beef cattle, few studies have evaluated the effects of these specific FA on

899 metabolism and performance of the herd (Costa et al., 2020; Nascimento et al., 2020).

900 Increasing the intake of C16:0 and C18:1 cis-9 FA improved FE, HCW, and deposition

901 efficiency of energy of feedlot cattle when compared with animals receiving a soybean

902 oil-based CSFA, without differences on DM and overall nutrient intake (Nascimento et

903 al., 2020).


904 Dry matter intake fluctuation might be used as an important parameter evaluating

905 the profitability of the feedlot, given that the costs associated with feedstuffs are the

906 greatest factor influencing the profitability of a commercial beef cattle operation,

907 accounting for over 63% of the variation in total annual costs (Miller et al., 2001).

908 Moreover, reducing DMI fluctuation will likely improve the predictability of feed intake

909 by feedlot animals, resulting in reduced amount of feed wasted in the bunk, positively

910 affecting the profitability of the operation, and finally, likely preventing the occurrence

911 of digestive disorders. As reported by others (Owens et al., 1998; Krehbiel, 2014), a

912 greater variation in total DMI is commonly associated with low ruminal pH of cattle fed

913 high-grain diets. To the best of our knowledge, this is the first research study reporting a

914 reduced DMI fluctuation in feedlot animals receiving CSFA, whereas others (Gibb et al.,

915 2001; Teixeira et al., 2020) have demonstrated a reduced fluctuation in DMI when an

916 ionophore, such as sodium monensin, was included into high-concentrate feedlot diets.

917 Following this rationale, the evaluation of a feed selectivity index might be useful

918 in predicting rumen health and potential disorders, such as subacute rumen acidosis

919 (SARA; Keunen et al., 2002; Maulfair et al., 2013). In dairy cattle, Kmicikewycz and

920 Heinrichs (2015) reported that cows are able to change their particle size preference

921 depending on the rumen health. More specifically, dairy cows consuming a short corn

922 silage TMR changed their preference to longer forage particles during a SARA challenge.

923 Cows consuming long corn silage-based diets, however, selected against longer particles

924 during the same challenge. Changes were also observed in the present study, so that a

925 greater WC content of the diet reduced the preference for long and medium particles,

926 meanwhile the preference for fine particles increased. To the best of our knowledge, this

927 is one of the first experiment evaluating potential dietary interactions with feed sorting

928 and preference in beef cattle offered a high-energy and high-lipid feedlot diet, whereas
929 several researchers evaluated this matter in dairy cattle offered a TMR (Kmicikewycz and

930 Heinrichs, 2015; Miller-Cushon and DeVries, 2017). The reason for these results is

931 unknown and could be related to potential differences in rumen metabolism and health

932 which, unfortunately, were not evaluated herein and warrant further investigation.

933 Circulating leptin concentration is regulated by body fat content, nutrient intake,

934 carcass composition, and circulating insulin (Houseknecht et al., 1998; Geary et al.,

935 2003). In agreement, Cappellozza et al. (2014) demonstrated that beef heifers with greater

936 ADG also had greater plasma insulin leptin concentrations when compared with

937 unsupplemented beef heifers, which, in turn, had a reduced ADG. In the present

938 experiment, 10WC bulls had a greater serum leptin concentration vs. other treatments on

939 d 103 of the study (Figure 1). These results were unexpected, considering the overall

940 similar performance and nutrient profile of the diets. Nonetheless, 10WC animals had,

941 numerically, a greater ADG and DMI in the last half of the experiment (d 56 to 108),

942 which might explain the observed leptin results. Besides a greater leptin concentration,

943 carcass traits and final carcass measurements, such as REA and BFT of L. thoracis and

944 B. femoris, did not differ among treatments (Table 8). Nonetheless, removing WC from

945 the diets improved marbling in measurements obtained on d 55 and 103 of the study. In

946 a previous research from the same group (Costa et al., 2020), marbling was not affected

947 by supplementing different sources of FA to feedlot B. indicus animals.

948 In ruminants, marbling is highly affected by the diets offered to the herd, so that

949 ingredients that increase propionate production have greater glycogenic and insulinogenic

950 capacities, increasing intramuscular fat deposition (Gilbert et al., 2003). However, this

951 hypothesis might be not applicable in the present experiment, as starch intake was similar

952 between treatments. Nonetheless, it is important to mention that many of the genes that

953 control adipocyte differentiation in cattle is regulated by FA circulating in plasma (Choi


954 et al., 2015). Oleic acid has been recognized as potent in stimulating lipid synthesis from

955 glucose in intramuscular tissue and lipogenesis from acetate (Smith and Johnson, 2016).

956 Hence, a tendency was observed for meat concentration of C18:1 cis-9 FA to increase as

957 WC content of the diet decreased. In a previous study, Costa et al. (2020) reported that

958 genes involved in lipid metabolism were downregulated as C16:0 and C18:1 cis-9 FA

959 also decreased. As an example, peroxisome proliferator-activated receptor-γ has been a

960 gene of interest when looking at lipid metabolism and its potential effects on meat

961 characteristics, such as marbling (Lim et al., 2011), whereas it has been reported that SFA

962 vs. UFA are more potent inducers of PPAR-γ (Bionaz et al., 2012). Another key enzyme

963 involved in lipid metabolism is stearoyl CoA-desaturase (SCD), in a manner that its

964 greater expression has been associated with adipocytes hyperthrophy (Martin et al.,

965 1999). Increased C18:1 cis-9 FA intake and ruminal FA biohydrogenation with

966 subsequent CLA formation result in a down regulation of tissue SCD (Keating et al.,

967 2005; Smith and Johnson, 2016). In the present experiment, as rumen FA

968 biohydrogenation was not measured, it could be speculated that although a greater C18:1

969 cis-9 FA intake was observed in 0WC, rumen biohydrogenation likely played a role in

970 forming intermediates CLA isomers, inhibiting enzymes involved in lipid metabolism

971 and marbling.

972 In the present experiment, no treatment effects were observed for carcass pH,

973 chemical composition, and colorimetric parameters (Table 9). In agreement with our

974 results, others (Gilbert et al., 2003; Costa et al., 2020; Nascimento et al., 2020) also did

975 not report effects of lipid sources and FA profile of supplements on cooking loss, carcass

976 chemical composition, and WBSF. Conversely, Nascimento et al. (2020) observed

977 treatments effects on b* index, in a manner that greater values were observed in B. indicus

978 animals offered the same CSFA source as used herein vs. cohorts fed a CSFA source
979 based on soybean oil. It is reported that steaks with WBSF values greater than 4.6 kg/cm2

980 are hard (Belew et al., 2003) and our results suggest that animals, regardless of treatment,

981 had WBSF values closer to this threshold. The fact that B. indicus cattle was used herein

982 might explain the lack of treatment effects on pH and shear force. Sant´Anna et al. (2019)

983 also reported greater pH values in Nellore carcass, which might be related to the

984 temperament and consequently, the stress-related responses elicited by this trait (Voisinet

985 et al., 1997; Fordyce et al., 1988). Based on these, it is logical to speculate that other

986 factors beyond nutrition, such as cattle temperament, breed, castration status, and age,

987 might play a role in consistently and permanently affecting carcass characteristics of B.

988 indicus cattle, whereas the specific effects of CSFA, if any, are yet to be determined.

989 One of the major goals in ruminant nutrition is to alter the FA profile of edible

990 products, such as beef and milk, in order to benefit the human population that consumes

991 such products (Scollan et al., 2006; Hess et al., 2008; Jenkins et al., 2008). A feasible

992 alternative to achieve this goal would be to feed CSFA, reducing the amount of FA being

993 hydrogenated in the rumen (Cappellozza et al., 2020) and increasing the amount of FA

994 reaching the small intestine for further absorption. Following the design of the

995 experimental diets and the FA intake data, it would be speculated dramatic differences in

996 meat FA profile, such as alterations in hypercholesterolemic FA (C14:0 and C16:0;

997 Farfan, 1996). Indeed, feeding CSFA without WC increased meat concentration of C18:2

998 cis-7, trans-9, C18:3, and n-3 FA, and reduced SFA:PUFA ratio. On the other hand,

999 10WC-fed animals had lower meat C14:0 and C16:0, but greater C20:1, C20:3, and total

1000 MUFA. From a human nutrition and health standpoint, a greater supply of C14:0, C16:0,

1001 and other SFA to ruminants would not be desirable, as these are widely known as

1002 hypercholesterolemic FA (Scollan et al., 2006; Oliveira et al., 2011). More specifically,

1003 myristic FA has a 4-fold greater potential to cause an increase in blood cholesterol when
1004 compared with palmitic FA (Oliveira et al., 2012). Nonetheless, ruminants have the

1005 ability to modify palmitic FA through elongation and desaturation of the FA chain, giving

1006 rise to stearic and oleic FA, respectively (Archibeque et al., 2005; Scholljegerdes et al.,

1007 2007), which might explain some of the FA differences observed herein. On the other

1008 hand, supplementation with CSFA of a mixture of palm, soybean, and cottonseed oil

1009 yielded greater meat total PUFA when compared with meat obtained from animals

1010 receiving other treatments, which are part of the hypocholesterolemic FA class and act

1011 on metabolism by reducing blood concentrations of low-density lipoproteins and

1012 increasing high-density lipoproteins, which are known to prevent the occurrence of

1013 cardiovascular disease (Molketin, 2000).

1014 In summary, feeding WC increased FE during feedlot, whereas CSFA

1015 supplementation reduced DMI fluctuation and improved marbling in Bos indicus beef

1016 cattle offered isonitrogenous, isolipidic, and isocaloric high-concentrate diets. However,

1017 it remains to be evaluated possible interactions, if any, among fiber source and type on

1018 productive and metabolic responses of Bos indicus cattle offered a finishing diet.

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1317 Table 1. Fatty acid (FA) profile of the feedstuffs used in the present experiment.

1318
1319
Fatty acids, % total FA Corn Corn silage Peanut meal CSFA1 WC1

1320 C10:0 0.08 0.00 0.09 0.00 0.00


1321
C12:0 0.37 0.22 0.26 1.15 0.00
1322
1323 C14:0 0.33 0.41 0.24 0.96 0.76
1324 C15:0 0.03 0.05 0.02 0.00 0.00
1325
C16:0 15.23 17.81 8.50 22.27 21.12
1326
1327 C16:1 trans-9 0.44 0.23 0.37 1.06 0.51
1328 C17:0 0.12 0.17 0.11 0.00 0.13
1329
C17:1 cis-10 0.04 0.06 0.08 0.00 0.00
1330
1331 C18:0 4.10 5.15 3.19 3.77 2.41
1332
C18:1 cis-9 33.81 31.87 72.73 51.58 15.54
1333
C18:2 cis-9,cis-12 42.02 39.87 6.73 16.13 58.72
1334
1335 C18:3 cis-9,cis-12,cis-15 1.08 2.17 0.28 0.66 0.19
1336
C20:0 0.66 0.66 1.10 0.20 0.25
1337
1338
C20:1 0.26 0.25 1.86 0.00 0.06

1339 C22:0 0.24 0.37 2.45 0.00 0.00


1340
C22:1 0.00 0.00 0.22 0.00 0.00
1341
1342 C24:0 0.33 0.63 1.60 0.73 0.19

1343 Saturated FA 21.49 25.47 17.56 29.07 24.86


1344
Unsaturated FA 78.38 74.45 82.45 69.44 75.02
1345
1346 Monounsaturated 0.48 0.29 0.67 1.06 0.51

1347 Polyunsaturated 43.66 42.04 7.05 16.79 58.91


1348
1349 1
CSFA = calcium salts of fatty acids; WC = whole cottonseed.
Table 2. Composition [dry matter (DM) basis] of the adaptation (ADAP), growing (GRO), and finishing (FIN) diets offered during the present

experiment1,2

ADAP-1 ADAP-2 ADAP-3 GRO FIN


Item, % DM
5WC 0WC 5WC 0WC 5WC 0WC 15WC 10WC 5WC 0WC 15WC 10WC 5WC 0WC

Corn silage 40.0 40.0 35.0 35.0 28.0 28.0 14.0 15.0 22.0 27.0 10.0 13.0 16.0 10.0

Ground corn 34.4 37.0 40.5 42.7 46.4 48.4 64.3 66.0 60.5 58.0 69.0 68.4 67.2 69.0

Peanut meal 15.5 17.1 14.5 16.3 14.5 16.5 1.2 2.5 5.0 6.5 1.0 2.5 4.5 1.0

Whole cottonseed 5.0 -- 5.0 -- 5.0 -- 15.0 10.0 5.0 -- 15.0 10.0 5.0 --

CSFA3 1.6 2.6 1.6 2.6 2.7 3.7 2.0 3.0 4.0 5.0 1.5 2.6 3.8 5.0

Urea 0.9 0.9 0.9 0.9 0.9 0.9 1.0 1.1 1.1 1.1 1.0 1.1 1.1 1.1

Mineral-vitamin mix4 2.5 2.5 2.5 2.5 2.5 2.5 2.5 2.5 2.5 2.5 2.5 2.5 2.5 2.5
1
Experimental period lasted 108 d.
2
ADAP-1: adaptation diet 1 offered for from d 0 to 5; ADAP-2: adaptation diet 2 offered for from d 6 to 10; ADAP-3: adaptation diet 3 offered for from d 11 to 15; GRO:
growing diet; FIN: finishing diet.
3
CSFA: calcium salts of fatty acids.
4
Mineral-vitamin mix contained 22% Ca, 2.6% S, 2% Mg, 8,5% Na, 2.0% P, 200 ppm Zn, 142 ppm Mn, 533 ppm Cu, 10.8 ppm , 40 ppm Co, and 1000 ppm monensin.
Table 3. Nutritional profile [dry matter (DM) basis] of the adaptation (ADAP), growing (GRO), and finishing (FIN) diets offered during the present

experiment1,2

ADAP-1 ADAP-2 ADAP-3 GRO FIN


Item, % DM
5WC 0WC 5WC 0WC 5WC 0WC 15WC 10WC 5WC 0WC 15WC 10WC 5WC 0WC

Nutritional profile

Crude protein 19.5 19.5 19.3 19.3 19.3 19.3 15.5 15.5 15.5 15.5 15.5 15.5 15.5 15.5

Ether extract 6.0 6.0 6.0 6.0 6.8 6.8 7.5 7.5 7.5 7.5 7.5 7.5 7.5 7.5

Neutral detergent fiber (NDF) 30.0 27.6 28.5 26.1 26.5 24.2 24.9 22.7 22.4 21.6 23.6 22.2 20.7 20.3

Physically effective NDF 27.0 24.0 25.0 23.0 23.0 21.0 24.0 21.0 21.0 19.0 23.0 21.0 19.0 18.0

Starch 42.0 44.0 44.0 46.0 45.0 47.0 51.0 53.0 53.0 53.0 53.0 54.0 54.0 54.0

Total digestible nutrients3 75.0 77.0 76.0 78.0 78.0 80.0 78.0 80.0 80.0 82.0 79.0 80.0 82.0 83.0

Metabolizable energy, Mcal/kg4 2.72 2.77 2.74 2.80 2.81 2.87 2.83 2.89 2.92 2.96 2.84 2.89 2.95 2.99

Net energy for maintenance, Mcal/kg4 1.79 1.84 1.81 1.87 1.87 1.93 1.89 1.94 1.96 2.00 1.89 1.94 1.99 2.02

Net energy for gain, Mcal/kg4 1.17 1.21 1.18 1.23 1.24 1.28 1.24 1.28 1.31 1.34 1.27 1.31 1.35 1.37

Fatty acid (FA), % total FA


C16:0 11.4 4.7 11.5 4.6 13.2 5.3 27.9 26.8 24.7 22.4 27.0 26.2 25.9 23.7

C16:1 trans-9 0.4 0.0 0.4 0.0 0.5 0.0 0.1 0.3 0.2 0.4 0.2 0.4 0.2 0.4

C18:0 2.3 2.8 2.3 2.8 2.6 3.2 4.9 4.5 4.0 3.8 4.4 4.2 4.2 3.8

C18:1 cis-9 25.4 35.3 25.3 35.3 30.0 40.4 37.5 34.5 29.5 26 34.4 32.5 31.3 28.5

C18:2 cis-9, cis-12 22.9 28,1 23.4 28,9 24.0 29,7 24.5 29.1 38.1 44.8 29.4 33.1 34.2 40.2

C18:3 cis-9, cis-12, cis-15 0.5 0.1 0.5 0.1 0.5 0.1 0.8 0.7 0.6 0.5 0.6 0.5 0.9 0.5

Saturated FA 15.5 17.9 15.7 18.0 17.9 20.7 36.0 34.2 30.9 28.0 34.3 32.9 32.7 30.0

Monounsaturated FA 24.7 23.2 25.1 23.3 26.3 27.8 38.2 35.2 30.3 26.5 35.1 33.2 31.9 29.2

Polyunsaturated FA 23.4 16.8 24.0 17.3 24.6 19.2 25.7 30.4 38.8 45.5 30.5 33.9 35.4 41.0
1
Experimental period lasted 108 d.
2
ADAP-1: adaptation diet 1 offered for from d 0 to 5; ADAP-2: adaptation diet 2 offered for from d 6 to 10; ADAP-3: adaptation diet 3 offered for from d 11 to 15; GRO:
growing diet; FIN: finishing diet.
3
Calculated according to equations described by Weiss et al. (1992).
4
Calculated according to equations described by NASEM (2016).
Table 3. Feedlot performance of Bos indicus bulls offered isolipidic diets containing 15,

10, 5, or 0% [dry matter (DM) basis] of whole cottonseed (WC) and 2, 3, 4, or 5% of

calcium salts of fatty acids (CSFA) as lipid sources1

Treatments P-value

Item2 SEM 0WC vs.


15WC 10WC 5WC 0WC Linear Quadratic
WC

Body weight, kg

Initial 302.7 302.2 300.7 303.0 10.92 0.93 0.99 0.90

Day 15 324.6 328.7 336.5 335.4 11.55 0.69 0.44 0.82

Day 55 387.0 389.5 390.2 393.9 13.72 0.77 0.75 0.94

Final 478.3 485.2 481.1 485.5 16.84 0.84 0.82 0.94

Average daily gain, kg

Days 0 - 15 2.04 2.21 2.25 1.75 0.15 0.02 -- --

Days 16 -55 1.47 1.45 1.43 1.49 0.08 0.67 0.89 0.66

Days 56 -108 1.79 1.83 1.76 1.74 0.07 0.51 0.49 0.68

Overall 1.68 1.72 1.68 1.63 0.09 0.42 0.54 0.52

Dry matter intake,

kg/d

Days 0 - 15 9.21 9.26 9.43 9.21 0.33 0.80 -- --

Days 16 -55 10.79 11.65 10.97 11.30 0.41 0.73 0.65 0.54

Days 56 -108 11.95 11.94 11.45 11.70 0.47 0.89 0.56 0.77

Overall 11.16 11.48 10.98 11.21 0.41 0.99 0.85 0.90

Dry matter intake, %

BW

Days 0 - 15 2.92 2.97 3.01 2.91 0.06 0.42 -- --

Days 16 -55 3.00 3.24 3.05 3.14 0.05 0.45 0.30 0.17
Days 56 -108 2.74 2.73 2.62 2.69 0.05 0.98 0.31 0.41

Overall 2.86 2.95 2.84 2.90 0.05 0.86 0.93 0.72

Feed efficiency, g/kg

Days 0 - 15 220 238 236 191 10 < 0.01 -- --

Days 16 -55 135 124 130 132 4 0.70 0.76 0.11

Days 56 -108 148 152 154 148 3 0.35 0.82 0.08

Overall 150 149 153 145 2 0.03 0.26 0.12

Dry matter intake fluctuation3, %

Days 0 – 15 6.56 6.44 5.82 5.66 0.69 0.44 -- --

Days 16 -55 3.95 3.24 5.65 3.32 0.45 0.06 0.81 0.07

Days 56 -108 3.10 2.69 3.43 2.46 0.35 0.12 0.45 0.42

Overall 3.90 3.53 4.50 3.29 0.28 0.03 0.48 0.13


1
Diets were offered for 108 d.
2
Body weight measurements on d 15 and 55 were obtained as full.
3
Calculated according to methodologies described by Bevans et al. (2005).
Table 5. Nutrient intake of Bos indicus bulls offered isolipidic diets containing 15, 10,

5, or 0% [dry matter (DM) basis] of whole cottonseed (WC) and 2, 3, 4, or 5% of calcium

salts of fatty acids (CSFA) as lipid sources1

Treatments P-value
Item SEM
15WC 10WC 5WC 0WC 0WC vs. WC Linear Quadratic

Nutrient intake, kg/d2

CP 1.74 1.84 1.81 1.75 0.06 0.53 0.92 0.16

EE 0.80 0.85 0.94 0.81 0.03 0.54 0.90 0.17

NDF 2.50 2.61 2.61 2.53 0.10 0.73 0.83 0.38

peNDF 2.30 2.39 2.41 2.35 0.11 0.91 0.75 0.54

Starch 5.67 6.07 5.93 5.74 0.19 0.50 0.94 0.14

TDN 8.74 9.14 8.85 9.20 0.33 0.45 0.47 0.94

Fatty acid (FA) intake, g/d

C12:0 2.31 2.92 3.40 3.99 0.14 < 0.01 < 0.01 0.94

C14:0 4.61 5.19 5.67 5.38 0.17 0.29 < 0.01 0.02

C16:0 194.1 219.2 218.1 227.8 7.20 0.05 < 0.01 0.29

C16:1 trans-9 3.46 2.28 2.90 1.90 0.10 < 0.01 < 0.01 0.36

C17:0 1.82 1.14 1.14 1.70 0.07 < 0.01 0.24 < 0.01

C18:0 31.84 35.58 35.91 38.55 1.21 < 0.01 < 0.01 0.65

C18:1 cis-9 229.1 263.1 274.9 292.8 8.61 < 0.01 < 0.01 0.36

C18:2 cis-9, cis-12 352.3 308.6 259.4 242.8 11.68 < 0.01 < 0.01 0.26

C18:3 cis-9, cis-12, cis-15 4.62 6.48 5.05 6.10 0.19 < 0.01 < 0.01 0.04

C20:0 4.13 4.55 4.54 5.27 0.17 < 0.01 < 0.01 0.36
C20:1 1.82 2.28 2.78 2.38 0.08 0.34 < 0.01 < 0.01

C20:3 n-6 1.82 1.79 2.27 2.30 0.08 < 0.01 < 0.01 0.68

C23:0 1.82 1.14 1.14 1.19 0.05 < 0.01 < 0.01 < 0.01

C24:0 3.46 5.20 4.54 5.38 0.16 < 0.01 < 0.01 < 0.01

Saturated FA 243.8 275.1 275.6 289.8 9.99 0.04 0.01 0.40

Monounsaturated FA 234.9 269.3 281.1 298.8 9.4 < 0.01 < 0.01 0.38

Polyunsaturated FA 358.7 316.8 267.7 252.2 11.85 < 0.01 < 0.01 0.28

Overall 837,4 873,5 824,4 840,8 10,41 <0.01 < 0.01 0.75

Ratio3

SFA:MUFA 1.03 1.02 0.98 0.97 0.005 < 0.01 < 0.01 0.53

SFA:PUFA 0.68 0.86 1.03 1.17 0.029 < 0.01 < 0.01 0.38

n-3/n-6 54,7 37,31 35,43 28,90 5.02 < 0.01 < 0.01 0.46
1
Diets were offered for 108 d.
2
CP: crude protein; EE: ether extract; NDF: neutral detergent fiber; peNDF: physically effective NDF;
TDN: total digestible nutrients.
3
SFA:MUFA: saturated FA:monounsaturated FA; SFA:PUFA: saturated FA:monounsaturated FA.
Table 6. Dietary net energy (NE) utilization efficiency of Bos indicus bulls offered

isolipidic diets containing 15, 10, 5, or 0% [dry matter (DM) basis] of whole cottonseed

(WC) and 2, 3, 4, or 5% of calcium salts of fatty acids (CSFA) as lipid sources1,2

Treatments P-value
Item SEM
15WC 10WC 5WC 0WC 0WC vs. WC Linear Quadratic

NE for maintenance (NEm), Mcal/kg

Days 0 - 15 2.22 2.33 2.32 2.01 0.085 0.01 -- --

Days 16 - 55 1.71 1.61 1.67 1.66 0.034 0.94 0.54 0.17

Days 56 - 108 1.99 2.04 2.05 1.99 0.031 0.32 0.86 0.08

Overall 1.91 1.90 1.93 1.86 0.028 0.12 0.41 0.30

NE for gain (NEg), Mcal/kg

Days 0 - 15 1.53 1.63 1.63 1.35 0.075 0.01 -- --

Days 16 - 55 1.09 1.05 1.05 1.05 0.03 0.94 0.54 0.17

Days 56 - 108 1.33 1.38 1.39 1.34 0.027 0.32 0.87 0.08

Overall 1.26 1.25 1.28 1.22 0.024 0.12 0.40 0.29

Observed:Expected ratio

NEm

Days 0 - 15 1.22 1.28 1.18 1.06 0.046 0.01 -- --

Days 16 - 55 0.91 0.83 0.85 0.83 0.017 0.12 0.01 0.13

Days 56 - 108 1.05 1.05 1.03 0.99 0.016 < 0.01 0.01 0.18

Overall

NEg

Days 0 - 15 1.28 1.36 1.35 1.08 0.068 0.01 -- --

Days 16 - 55 0.88 0.78 0.80 0.78 0.025 0.17 0.02 0.02


Days 56 - 108 1.05 1.05 1.03 0.97 0.020 0.01 0.01 0.19
1
Diets were offered for 108 d.
Table 7. Dietary selectivity index of Bos indicus bulls offered isolipidic diets containing

15, 10, 5, or 0% [dry matter (DM) basis] of whole cottonseed (WC) and 2, 3, 4, or 5% of

calcium salts of fatty acids (CSFA) as lipid sources1,2

Treatments P-value3,4
Item SEM
15WC 10WC 5WC 0WC T D T×D

Particle selectivity

19 mm (long) 0.947b 1.008a 1.008a 1.046a 0.019 0.01* 0.55 0.03

8 mm (medium) 0.962b 1.012a 1.010a 1.031a 0.009 < 0.01* 0.49 < 0.01

<
1.008a 1.001b 1.000b 1.001b 0.002 0.03** 0.08
1.18 mm (small) 0.01

< <
a b b b
1.006 0.965 0.955 0.905 0.015 0.02
Bottom (fine) 0.001* 0.01
1
Diets were offered for 108 d.
2
Different letters in the same line indicate differences at the P < 0.05 level.
3
T: treatment effect; D: diet (adaptation, growing, or finishing) effect; T × D: treatment × diet interaction.
4
Symbols in P-value for treatment also denote a linear (*) and quadratic (**) effect in the orthogonal contrast
analysis.
Table 8. Ultrasound measurements (L. thoracis and B. femoris) and carcass

characteristics of Bos indicus bulls offered isolipidic diets containing 15, 10, 5, or 0%

[dry matter (DM) basis] of whole cottonseed (WC) and 2, 3, 4, or 5% of calcium salts of

fatty acids (CSFA) as lipid sources1

Treatments P-value
Item SEM
15WC 10WC 5WC 0WC 0WC vs. WC Linear Quadratic

Ultrasound measurements

REA, cm2

Day 0 48.8 48.5 48.5 48.1 1.62 0.77 0.75 0.97

Day 55 56.6 57.3 58.0 56.8 0.68 0.54 0.69 0.18

Day 103 67.2 67.6 67.6 66.0 0.89 0.16 0.37 0.25

Δ 18.6 19.1 19.1 17.6 0.92 0.20 0.44 0.27

Daily gain 0.181 0.186 0.185 0.171 0.009 0.20 0.44 0.27

L. thoracis BFT, mm

Day 0 2.0 2.0 2.0 1.9 0.08 0.70 0.97 0.58

Day 55 3.6 3.9 3.6 3.5 0.16 0.45 0.5 0.32

Day 103 4.9 5.3 4.9 5.1 0.27 0.79 0.76 0.65

Δ 2.9 3.4 3.0 3.2 0.28 0.79 0.76 0.64

Daily gain 0.028 0.033 0.029 0.031 0.003 0.79 0.76 0.64

B. femoris BFT, mm

Day 0 2.9 3.0 3.0 3.0 0.11 0.94 0.75 0.41

Day 55 4.9 5.5 5.4 5.6 0.19 0.23 0.04 0.32

Day 103 6.6 7.2 6.7 7.0 0.28 0.57 0.49 0.51

Δ 3.6 4.3 3.8 4.1 0.28 0.59 0.54 0.52


Daily gain 0.035 0.042 0.037 0.040 0.003 0.59 0.54 0.52

Marbling, %

Day 0 2.43 2.52 2.20 2.34 0.15 0.82 0.41 0.88

Day 55 2.94 3.11 3.01 3.25 0.07 < 0.01 0.01 0.63

Day 103 3.06 3.21 3.16 3.35 0.07 0.01 0.01 0.72

Δ 0.70 0.76 0.83 0.98 0.08 0.02 0.01 0.61

Carcass traits2

HCW, kg 259.6 260.8 258.0 267.5 9.54 0.48 0.63 0.67

DP, % 54.69 54.28 53.88 54.12 0.31 0.65 0.14 0.30

Carcass ADG, kg 1.05 1.05 1.02 1.00 0.03 0.48 0.40 0.83

YG, % 62.2 61.5 60.4 61.5 0.90 0.87 0.45 0.31


1
Diets were offered for 108 d.
2
HCW: hot carcass weight; DP: dressing percent; YG: yield gain.
Table 9. Meat characteristics of Bos indicus bulls offered isolipidic diets containing 15,

10, 5, or 0% [dry matter (DM) basis] of whole cottonseed (WC) and 2, 3, 4, or 5% of

calcium salts of fatty acids (CSFA) as lipid sources1

Treatments P-value
Item SEM
15WC 10WC 5WC 0WC 0WC vs. WC Linear Quadratic

pH 6.11 6.22 6.23 6.24 0.10 0.63 0.37 0.64

Chemical composition,2 %

Moisture 75.8 75.7 75.4 75.7 0.32 0.78 0.57 0.38

CP 21.4 21.5 21.4 21.1 0.16 0.14 0.24 0.34

EE 1.9 1.2 1.6 1.6 0.29 0.92 0.62 0.33

Ash 1.1 1.1 1.1 1.1 0.01 0.36 0.04 0.13

Colorimetric parameters3

L* 34.8 34.6 35.9 35.6 0.61 0.44 0.18 0.99

a* 19.1 19.2 19.2 19.8 0.32 0.08 0.13 0.43

b* 5.9 5.7 6.0 6.0 0.44 0.90 0.84 0.88

Cooking loss, % 27.1 24.7 23.8 26.8 1.96 0.49 0.84 0.18

WBSF,4 kg 4.9 4.6 4.8 4.4 0.59 0.96 0.41 0.46


1
Diets were offered for 108 d.
2
CP: crude protein; EE: ether extract.
3
L*: lightness index (0 = black and 100 = white); a*: intensity of red color, an index that ranges from green
(−) to red (+); b*: intensity of yellow color, an index ranging from blue (−) to yellow (+; Houben et al.,
2000).
4
WBSF: Warner-Bratzler Shear Force.
Table 10. Meat FA profile of Bos indicus bulls offered isolipidic diets containing 15, 10,

5, or 0% [dry matter (DM) basis] of whole cottonseed (WC) and 2, 3, 4, or 5% of calcium

salts of fatty acids (CSFA) as lipid sources1

Treatments SEM P-value


Fatty acid, % total
15WC 10WC 5WC 0WC 0WC vs. WC Linear Quadratic

C10:0 0.07 0.07 0.08 0.07 0.01 0.69 0.55 0.31

C12:0 0.10 0.08 0.10 0.08 0.01 0.27 0.31 0.75

C14:0 3.77 3.13 3.35 3.40 0.16 0.92 0.20 0.05

C14:1 cis-9 0.62 0.61 0.87 0.72 0.09 0.87 0.18 0.42

C15:0 0.33 0.29 0.28 0.27 0.02 0.33 0.09 0.43

C15:1 cis-10 2.17 2.13 2.37 2.77 0.35 0.18 0.19 0.53

C16:0 27.89 25.97 26.37 27.59 0.52 0.15 0.82 0.01

C16:1 trans-9 2.02 2.41 2.89 2.93 0.22 0.12 0.01 0.44

C17:0 0.63 0.67 0.59 0.58 0.04 0.22 0.19 0.50

C17:1 cis-10 0.41 0.53 0.46 0.47 0.05 0.99 0.58 0.24

C18:0 14.68 13.18 12.22 12.18 0.84 0.27 0.05 0.40

C18:1 cis-9 29.06 35.37 33.37 34.57 1.79 0.37 0.09 0.18

C18:1 trans-9 3.14 3.56 3.29 3.87 0.31 0.12 0.17 0.81

C18:2 cis-9, trans-11 CLA 9.40 8.78 7.49 7.46 1.11 0.39 0.16 0.79

C18:2 cis-7, trans-9 CLA 0.10 0.11 0.12 0.18 0.02 0.03 0.04 0.39

C18:2 cis-10, trans-10 CLA 9.48 8.86 7.58 7.63 1.12 0.43 0.19 0.77

C18:3 cis-9, cis-12, cis-15 0.32 0.29 0.24 0.44 0.04 < 0.001 0.11 0.01

C20:0 0.08 0.08 0.07 0.08 0.01 0.27 0.92 0.26

C20:1 0.14 0.20 0.18 0.17 0.01 0.60 0.45 0.02


C20:2 0.17 0.16 0.15 0.17 0.03 0.87 0.83 0.66

C20:3 n-6 0.17 0.31 0.35 0.25 0.05 0.64 0.24 0.03

C20:4 1.42 1.31 1.43 1.30 0.22 0.72 0.80 0.95

C20:5 0.27 0.27 0.29 0.31 0.05 0.59 0.59 0.82

C21:0 0.01 0.01 0.02 0.01 0.01 0.31 0.02 0.4

C22:0 0.02 0.01 0.01 0.01 0.01 0.1 < 0.01 < 0.01

C22:1 0.02 0.01 0.01 0.01 0.01 0.06 0.03 0.53

C22:2 0.16 0.16 0.15 0.23 0.01 < 0.001 < 0.01 0.01

C23:0 0.12 0.11 0.10 0.12 0.02 0.70 0.90 0.55

Saturated FA 47.35 43.62 43.03 44.43 1.02 0.81 0.03 0.02

Monounsaturated FA 37.93 44.82 45.23 45.02 2.11 0.36 0.04 0.10

Polyunsaturated FA 11.96 11.46 10.23 11.70 1.25 0.74 0.72 0.45

n-3 0.36 0.35 0.31 0.47 0.06 0.04 0.23 0.13

n-6 9.36 8.77 7.49 8.45 1.05 0.94 0.36 0.45

Overall 97,24 99,9 98,49 101,15 1,46 0,75 0.02 0.36

Ratio

SFA:MUFA 1.25 0.97 0.95 0.99 0.07 0.13 0.04 0.02

SFA:PUFA 3.96 3.81 4.21 3.80 0.10 0.05 0.45 0.03


1
Diets were offered for 108 d.
Figure 1. Serum concentration of leptin in Bos indicus bulls offered isolipidic diets

containing 15, 10, 5, or 0% [dry matter (DM) basis] of whole cottonseed (WC) and 2,

3, 4, or 5% of calcium salts of fatty acids (CSFA) as lipid sources. A treatment × day

interaction was observed on serum lactate (P < 0.01). Different letters indicate

differences at P < 0.05 level.

15WC 10WC 5WC 0WC


1,800
a
1,600

1,400
Serum leptin, ng/mL

1,200
b
b
1,000 b

0,800

0,600

0,400

0,200

0,000
55 103
Day of the experiment
Figure 2. Dietary selectivity index of Bos indicus bulls offered isolipidic diets containing

15, 10, 5, or 0% [dry matter (DM) basis] of whole cottonseed (WC) and 2, 3, 4, or 5% of

calcium salts of fatty acids (CSFA) as lipid sources. Treatment × diet interactions were

observed for long (Figure 2-A), medium (Figure 2-B), and fine (Figure 2-C) particles (P

≤ 0.03). ADAP = adaptation diet; GRO = growing diet; FIN = finishing diet.

15WC 10WC 5WC 0WC


2-A
1,200
a a a

1,000
b

0,800
Selectivity index

0,600

0,400

0,200

0,000
ADAP GRO FIN
Diet
15WC 10WC 5WC 0WC 2-B

1,100
a a a

1,050 a a a

1,000 b
Selectivity index

b
0,950

0,900

0,850

0,800
ADAP GRO FIN
Diet

15WC 10WC 5WC 0WC 2-C


1,200
a b b c
a ab bc c
1,000

0,800
Selectivity index

0,600

0,400

0,200

0,000
ADAP GRO FIN
Diet
Capitulo 2
Efeitos da associação entre caroço de algodão e sais cálcicos de ácidos
graxos na características química, perfil lipídio e Proteômico de bovinos Nelore
confinados recebendo dietas ricas em concentrado

Resumo: O experimento foi delineado para avaliar os efeitos da associação entre


caroço de algodão (CA) e sais cálcicos de ácidos graxos (SCAG) sob o consumo de
matéria seca (CMS), desempenho, características de carcaça, saúde ruminal e qualidade
de carne de bovinos de corte Bos indicus recebendo dietas com alto teor de concentrado.
No dia 0, 96 animais não castrados foram blocados pelo peso vivo (PV) inicial (302 ±
26,7 kg), alocados aleatoriamente em 1 de 4 tratamentos: 1) 0CA: 0% de CA e 5% de
SCAG de óleo de palma, soja e algodão (n = 6), 2) 5CA: adição de 5% de CA e 4% de
SCAG de óleo de palma, soja e algodão (n = 6), 3) 10CA: adição de 10% de CA e 3% de
SCAG de óleo de palma, soja e algodão (n = 6) e 4) 15CA: adição de 15% de CA e 2%
de SCAG de óleo de palma, soja e algodão (n = 6). Após o abate foram coletados amostras
de carne para ser analisada. Em contrapartida, a inclusão de CA resultou em diferenças
no consumo de alguns AG, tais como C12:0, C16:0, C16:1 trans-9, C17:0, C18:0, C18:1
cis-9, C18:2 cis-9,cis-12, C18:3 cis-9,cis-12,cis-15, total AG saturados e insaturados (P
< 0,01). A carne obtida dos animais após o abate não diferiu entre os tratamentos com
relação à composição química, pH, força de cisalhamento e parâmetros colorimétricos (P
≥ 0,36). O teor de C14:0, C15:0, C16:0, C17:0, C18:0, C18:1 cis-9, C18:1 trans-9, C18:2
cis-9, trans-11 também não foi afetado pela inclusão de CA (P ≥ 0,37), mas o C18:2 cis-
7,trans-9 e C18:3 cis-9,cis-12,cis-15 apresentaram aumento (P < 0,001). O teor de AG
saturados na carne apresentou um efeito quadrático (P = 0,02), enquanto a concentração
de AG insaturado foi menor para 15CA (P < 0,04). Concluímos que a associação de CA
e SCAG não influencia no desempenho e consumo dos animais, mas melhora a eficiência
e aumenta o grau de marmoreio
Introdução

O adensamento energético com inclusão de lipídios, nas dietas de bovinos,


objetiva-se em otimizar o desempenho e eficiência alimentar (EA; Carvalho et al., 2020;
Nascimento et al., 2020). O caroço de algodão (CA) e os sais cálcicos de ácidos graxos
(SCAG), são duas fontes lipídicas amplamente utilizadas (Samuelson et al., 2016; Pinto
& Millen 2018). A inclusão do CA nas dietas de confinamento, é em torno de 15% da
MS, devido a toxidade do gossipol que influencia no desempenho e alterações no perfil
lipídico (Zinn., 1995; Cranston et al., 2006; Gouvêa et al., 2020). Poucas pesquisas
avaliam a sua inclusão respeitando as suas características nutricionais, as mesmas visam
substituir carboidratos fermentáveis no rúmen, por elevado EE, objetivando reduzir a
ocorrência de distúrbios metabólicos (Cranston et al., 2006; Gouvêa et al., 2020).

A inclusão de 15% de CA, não é suficiente para atingir 7% de EE, valor


considerado benéfico para ganho de peso diário (GPD) e EA (Krehbiel et al. 2014) além
de melhorar as características de carcaça (Zinn, 1989; Zinn et al. 2000). No entanto, a
literatura demonstra que a inclusão de SCAG, também melhora esses parâmetros
(Fiorentini et al., 2012; Andrade et al., 2014; Rosa e Silva et al., 2019; Nascimento et al.,
2020), favorecendo a associação com CA. A busca por novas estratégias nutricionais visa
melhorar a deposição de gordura subcutânea e intramuscular em bovinos Nelore, que
apresentam baixos índices (Martins et al., 2005). Visto isto, os AG influenciam no
metabolismo de lipídios, sendo os saturados (AGS) reguladores positivos e os
poliinsaturados (AGPI) inibidores, impactando diretamente no desempenho e qualidade
de carne (Choi et al, 2015). Sendo assim, a associação entre CA e SCAG fornece dois
tipos de proteção aos AG no ambiente ruminal, permitindo o escape de AG insaturados
(AGI) para serem absorvidos no duodeno (Cappellozza et al., 2020). Portanto, nós
hipotetizamos que a associação entre CA (proteção física dos lipídios no interior da
semente) e os SCAG (proteção química com a saponificação dos AGI com sais de cálcio)
possibilitaria o incremento nos níveis de EE da dieta alteraria a expressão proteica e
alteraria o perfil lipídico da carne. Além disso, o teor elevado de AGI destes ingredientes
poderia beneficiar a deposição de gordura subcutânea e intramuscular. Portanto, nosso
objetivo foi avaliar os efeitos da associação entre CA e SCAG sobre o Proteômica,
qualidade de carne e perfil de carne de bovinos Nelore confinados.
Material e Métodos
O estudo foi conduzido no confinamento experimental do Departamento de
Melhoramento e Nutrição Animal, Universidade Estadual Paulista – Campus de
Botucatu, São Paulo, Brasil (22°53’25” S, 48°27’19” W e elevação de 828 m) entre Abril
e Agosto de 2019. Os animais utilizados foram manejados de acordo com práticas
aceitáveis e protocolos experimentais revisados e aprovados pelo Comitê Institucional de
Atenção e Uso de Animais (# 017/2019).

Animais, dietas e local experimental.

No dia 0 do estudo, 96 Bos indicus touros Nelore foram blocados pelo peso vivo
(PV) inicial (302 ± 26,7 kg; idade inicial = 20 ± 2 meses) e alocados em 1 das 24 baias
(4 animais/baia). Dentro dos blocos (n = 24), as baias foram aleatoriamente distribuídas
entre os 4 tratamentos: 1) 0CA: adição de 0% de CA e 5% de SCAG de óleos de palma,
soja e algodão (Nutri Gordura Terminação; Nutricorp, Araras, SP, Brasil); 2) 5CA: adição
de 5% de CA e 4% de SCAG de óleos de palma, soja e algodão; 3) 10CA: com adição de
10% de CA e 3% de SCAG de óleos de palma, soja e algodão; 4) 15CA: com adição de
15% de CA e 2% de SCAG de óleos de palma, soja e algodão. A descrição completa da
composição e perfil nutricional das dietas de adaptação, crescimento e terminação, assim
como seus respectivos períodos de oferecimento está reportado na Tabela 1.

Considerando que o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito associativo do


CA e SCAG como fontes lipídicas para os animais, as dietas foram formuladas para serem
isolipídicas, isonitrogenadas e isocalóricas (Tabela 1) com o Large Ruminante Nutrition
System (Fox et al., 2004) para um ganho de peso diário (GPD) de 1,7 kg/dia. Os animais
foram submetidos a um protocolo de adaptação step-up por um período de 15 dias, no
qual se adaptaram às instalações, recebendo dietas com proporções decrescentes de
forragem (de 40 a 28%; base MS) em um intervalo de 5 dias até atingir os níveis
apresentados na Tabela 1. O experimento teve uma duração de 108 dias e, durante todo o
período experimental, os animais receberam as dietas 2 vezes ao dia (10:00 e 16:00hrs),
na proporção de 55 e 45% da quantia diária total, de maneira a garantir um consumo ad
libitum das mesmas. Os animais foram mantidos em uma instalação coberta com piso de
concreto e um bebedouro para garantir acesso total e livre dos animais à água com uma
lotação de 4 animais por baia (7,5 m² e 1,25 m de cocho por animal).
Sete dias antes do início do estudo, os animais foram vermifugados (Dectomax;
Zoetis Saúde Animal, São Paulo, SP, Brasil) e vacinados contra clostridium (Covexin-
10; MSD Saúde Animal, São Paulo, SP, Brasil). Do dia -7 ao -1, os animais receberam
uma dieta contendo (base MS) 35% bagaço de cana, 20% silagem de milho, 25% milho
moído seco, 18% farelo de amendoim, 1,5% núcleo vitamínico-mineral e 0,5% ureia. As
dietas foram oferecidas a uma taxa de 2% do PV obtido no momento da chegada às
instalações (dia -7). O manejo descrito acima entre os dias -7 e -1 teve o intuito de
padronizar a microbiota ruminal dos animais e aclimatá-los às instalações antes do início
do período experimental.
Avaliação de características de carne.
Após o abate dos animais, todas as carcaças foram resfriadas em uma câmara fria
por 48 horas, posteriormente sendo coletadas amostras do músculo L. thoracis das
carcaças esquerdas. Três peças de 2,5 cm foram coletadas próximas à 12º e 13º costela,
para análise colorimétrica, perda de peso por cozimento e força de cisalhamento. Todas
as peças foram identificadas, embaladas a vácuo e armazenadas a -20ºC, até posterior
análise laboratorial.
Composição química, colorimétrica, pH, perda por cocção e força de
cisalhamento.
As análises de umidade, PB, EE e cinzas foram determinados pelas metodologias
descritas pela AOAC (2007) utilizando os métodos 950,46, 981,10, 920,39 e 920,153,
respectivamente.
Após as amostras serem descongeladas em geladeira por 24 horas e expostas a
oxigênio por 20 minutos, o pH foi determinado utilizando um peagâmetro (modelo HI-
99163; Hanna Instruments Brasil, Barueri, SP, Brasil). A avaliação colorimétrica foi
realizada de acordo com Abularach et al. (1998), determinando os componentes L*, a* e
b*. A cor foi avaliada na superfície das amostras usando o sistema CIE L*, a* e b* com
um iluminante D65 e 10º como ponto de avaliação padrão. Um dispositivo Minolta CM-
2500-D (konica Minolta, Osaka, Japão) foi usado para determinação da cor e calibrado
com uma amostra em branco. Os seguintes parâmetros de cor foram usados da seguinte
forma: L* é um índice de luminosidade (0 = preto e 100 = branco), a* é a intensidade da
cor vermelha, um índice que varia de verde (-) a vermelho (+) e b * é a intensidade da cor
amarela, um índice que varia de azul (-) a amarelo (+; Houben et al., 2000).
Após mensuração da cor, amostras do L. thoracis foram identificadas, pesadas em
balança de precisão e cozidas a 170ºC até que a temperatura interna atingisse 71ºC,
conforme descrito pela AMSA (1995). Logo em seguida, as amostras foram resfriadas à
temperatura ambiente e pesadas para determinação da perda de peso pelo cozimento (peso
final – inicial; Honikel, 1998). As mesmas amostras foram posteriormente envolvidas em
um plástico filme e colocadas na geladeira (4 - 6ºC) por 24 horas e após esse período,
foram coletados 8 cilindros de carne de cada amostra com 1,27 cm de diâmetro cada, de
forma paralela as fibras. A partir desses cilindros foi determinada a força de cisalhamento,
pelo corte em um dispositivo Warner-Bratzler Shear Force (WBSF) com uma velocidade
de 20 cm/min, enquanto a força de cisalhamento de cada amostra foi determinada pela
média das repetições e expressas como kg (Wheeler et al., 1997).
Perfil lipídico da carne.
Os lipídios totais da carne foram extraídos e submetidas a transesterificação dos
triglicerídeos (Folch et al., 1957). Os ésteres metílicos foram analisados por um
amostrador de cromatógrafo a gás automático (Trace GC Ultra, Thermo Scientific, EUA)
equipado com uma coluna capilar de sílica fundida (100 m de comprimento, 0,25 mm de
diâmetro interno e 0,20 μm, Restek 2560) e um detector de ionização de chama a 240ºC.
Os AG foram identificados com base no tempo de retenção do padrão (Sigma, FAME
Mix, C4-C24) e o cálculo das áreas de pico determinadas pelo software Chromquest 5.0
Clarity Lite (versão 2.4.191; DataApex, Prague, Czech Republic). A quantificação desses
AG, em mg/g de lipídios totais, foi realizada em relação ao padrão interno utilizado,
tricosonoato de metila (Sigma-Aldrich, Saint Louis, MO).
TBARS
Para analisar a estabilidade lipídica, o conteúdo de substâncias reativas ao ácido
tiobarbitúrico (TBARS) foi determinado usando a técnica de precipitação ácida descrita
por Tarladgis, Watts e Younathan (1960), com pequenas modificações. Usamos 50 g de
LD (S3-S6) após envelhecimento a vácuo a 2 ° C por 0, 7, 14 e 21 dias pós-morte (após
a leitura da cor da carne). Desse montante, foram produzidos 10 g, contendo 8 g de carne
e 2 g de gordura. Essas amostras foram trituradas em multiprocessador, sendo adicionados
0,2 mL de antioxidante BHT (0,03%) e 50 mL de água destilada. As amostras foram então
trituradas novamente e homogeneizadas por 1 min. Após a homogeneização, as amostras
foram transferidas para um balão volumétrico de 250 mL contendo peças de porcelana,
ao qual foram adicionados 50 mL de uma solução de HCl 4 M. Posteriormente, as
amostras foram destiladas em manta térmica a 100 ° C, até a coleta de 50 mL do destilado.
Do destilado, 5 mL foram transferidos para um tubo de ensaio e 5 mL de ácido
tiobarbitúrico (TBA) 0,02 M foram adicionados. Os tubos de ensaio permaneceram em
banho-maria por 35 min e resfriados em água corrente. A absorvância foi medida a 530
nm com um espectrofotômetro (Hitachi High Technologies America, Inc., Modelo U-
2900, Pleasanton, EUA). Os valores de TBARS foram expressos como mg de
malonaldeído (MDA) por kg de carne mais gordura usando uma curva padrão preparada
a partir de 1,1,3,3 tetraetoxipropano (TEP).

Análise do Proteoma
O proteoma do tecido adiposo subcutâneo foi avaliado conforme procedimentos
previamente descritos na literatura (Baldassini et al., 2015), com mínimas adaptações.
Durante o abate, foram colhidas na carcaça quente amostras individuais da gordura
subcutânea próxima ao músculo Longissimus thoracis (entre a 12ª e 13ª costelas). Essas
amostras foram preservadas em nitrogênio líquido e, posteriormente armazenadas
individualmente em freezer -80 ºC até a utilização nas análises de eletroforese
bidimensional (2D-PAGE) descritas a seguir.

Para representar cada um dos tratamentos experimentais do estudo (n = 4),


utilizou-se um pool de amostras de tecido adiposo subcutâneo – TAS (n = 6 animais/
tratamento). Foram pesados aproximadamente 100 mg de TAS de cada animal, sendo
homogeneizados em tubos contendo microbolhas de zircônia por um minuto para
extração das proteínas. Nessa etapa, utilizou-se tampão de extração contendo ureia,
tioureia, tris-HCl e agentes redutores e inibidores de proteases. Para cada tratamento do
presente estudo, utilizou-se os pools de amostras biológicas, sendo analisados 48 géis no
estudo do proteoma (12 géis/ tratamento - 15WC; 10WC; 5WC; and 0WC).

Extração e precipitação e das proteínas

Os extratos proteicos foram separados da parte sólida por 15 minutos de


centrifugação a 10000 rpm, a 4ºC. O conteúdo proteico desses extratos foi colocado em
solução de acetona 80% (v/v) em geladeira, por 2 horas, para precipitação das proteínas.
Em seguida, o processo de centrifugação foi repetido por 25 minutos, a 10000 rpm, para
obtenção dos pellets de proteína para quantificação e procedimentos 2D-PAGE.
Separação das proteínas por eletroforese bidimensional (2D-PAGE)
A concentração de proteínas totais das amostras de tecido adiposo subcutâneo
bovino foi quantificada pelo método do Biureto (Gornall et al., 1949). Os valores das
concentrações proteicas (CP) obtidos foram utilizados para calcular o volume de amostra
e solução necessárias para eletroforese, considerando a massa proteica de 375 mg de
proteína e volume de 250ul a ser aplicado na primeira dimensão (separação das proteínas
por ponto isoelétrico). O volume da amostra (VA) foi calculado pela seguinte fórmula
(VA = 375 / CP obtida).

As amostras foram solubilizadas em tampão contendo ureia; tioureia; (3-[(3-


colaminopropil)-dimetilamônio]-1-propanosulfonato); anfólitos, azul de bromofenol e
ditiotreitol, de modo que a solução final (amostra + solução) foi de 250 uL. A diluição
final do pellet de cada amostra foi realizada de modo que a concentração de proteínas
totais resultante fosse 1,5 μg/μL. A partir desta solubilização, para cada amostra, uma
alíquota de 250 μL foi adicionada a fita de focalização isoelétrica de 13 cm com um
imobilizado anfólito e com gradiente de pH de 3 a 10, para hidratação por 12 h.

Após o período de hidratação, as fitas foram submetidas à primeira etapa da 2D-


PAGE, que consiste na focalização isoelétrica (IEF) no equipamento Ettan IPGphor 3
(GE Healthcare). Nessa etapa, as proteínas foram fracionadas pelo ponto isoelétrico (PI),
valor do pH quando a carga líquida total da proteína é nula. As corridas IEF tiveram
duração média 4:30 h, seguindo a programação: Estágio 1 = 500 V, com acúmulo de 500
Vh; Estágio 2 = 1000 V, com acúmulo de 800 Vh; Estágio 3 = 10000 V, com acúmulo de
11300 Vh; Estágio 4 = 10000 V, com acúmulo de 3000 Vh. Posteriormente, as fitas foram
colocadas em soluções de equilíbrio para redução, alquilação e submetidas à segunda
etapa da 2D-PAGE, para fracionamento das proteínas de acordo com a massa molecular
(MW) em gel de poliacrilamida 12,5%. Finalizada essa etapa, aproximadamente 500 ml
de corante Coomassie coloidal foi usado para marcar e revelar os “spots” proteicos dos
géis e, após 72 h, estes foram lavados com água ultrapura.

Tratamento de imagem
Os géis foram digitalizados e as imagens importadas no programa ImageMaster
Platinum (GE Healthcare Life Sciences, v. 7.0) para comparações (contrastes) de imagens
entre os tratamentos e obtenção de informações como número de “spots” por gel, % de
“matching” (correspondência entre os “spots” proteicos nos géis), ponto isoelétrico (pI),
massa molar (MM) e volume dos “spots”. O matching dos géis dentro de cada amostra
(três repetições técnicas) foi superior a 95%, demonstrando que 95% dos “spots” estavam
presentes nas replicatas técnicas e houve boa reprodutibilidade. Após o tratamento de
imagem, comparou-se as imagens entre tratamentos por meio do “matching” dos “spots”
quanto à sua distribuição, volume, intensidade relativa, pIs e MM. O ImageMaster
Platinum foi utilizado para a ANOVA dentro das comparações entre tratamentos e os
spots proteicos divergentes (P<0,05) foram selecionados.

Digestão tríptica dos spots proteicos e identificação de proteínas por ESI-MS/MS


Noventa e seis pontos proteicos expressos diferencialmente nos grupos
experimentais (15WC; 10WC; 5WC; e 0WC) foram selecionados com base no peso
molecular (MW) e ponto isoelétrico (ii) obtidos por análise de imagem, cortados
(fragmentos de aproximadamente 1 mm3) e preparados de acordo com o método de
Shevchenko et al. (2007). Os sedimentos foram transferidos para microtubos e
submetidos às seguintes quatro etapas: 1) Remoção do corante com bicarbonato de
amônio de 25 mM (Ambic)/acetonitrilo (50:50, v/v). 2) Redução e alquilação em que os
fragmentos de gel foram rehidratados em uma solução redutora e incubados por 40 min a
56 °C.
Após a remoção da solução redutor, foi adicionada a solução de alquilação e os
fragmentos foram incubados no escuro por 30 minutos à temperatura ambiente. 3)
Digestão de trippsina consistindo de incubação noturna a 37 °C com 10 ng.μL−1 trypsin
em 25 mM Ambic por 15 min (Trypsin Gold Mass Spectrometry, Promega, Madison,
USA). 4) Elução de peptídeos extraídos do gel utilizando três passos: A) 50% ACN com
ácido fórmico de 1% incubado por 15 min a 40 °C sob sônica; o supernante foi coletado
e transferido para um novo tubo. B) 60% de metanol com ácido fórmico de 1% incubado
por 15 min a 40 °C sob sônica; o supernante foi coletado e transferido para um novo tubo.
C) 100% ACN; os extratos foram secos em uma centrífuga a vácuo e os peptídeos foram
dissolvidos em 10 μL de 3% de ACN com ácido fórmico de 0,1%.
Os espectros de massa dos peptídeos foram obtidos analisando alíquotas das
soluções em um sistema uplc-xevo tq-ms nanoacquity (Waters, Manchester, Reino
Unido). As proteínas foram identificadas no banco de dados UniProt (UniProtKB/Swiss
Prot, www.uniprot.org) para o genoma de Bos taurus.
Bioinformática
Estudos de bioinformática foram conduzidos para classificação das proteínas
diferencialmente expressas no tecido adiposo subcutâneo dos animais submetidos aos
diferentes tratamentos (15WC; 10WC; 5WC; and 0WC) quanto aos processos biológicos
(BP), função molecular (MF) e componentes celulares (CC). Para tanto, os códigos de
acesso das proteínas identificadas por ESI/MS/MS foram inseridas no banco de dados
UniProt (www.uniprot.org), extraindo-se suas sequências FASTA. Após essa etapa, as
proteínas foram analisadas utilizando o softwares OMICSBOX v.2.0
(https://www.biobam.com/omicsbox/) e Blast2GO (Götz et al., 2008), relacionando as
sequências FASTA das proteínas para classifica-las de acordo com os BP, MF e CC.
Adicionalmente, as interações entre as proteínas identificadas nos tratamentos
(fêmeas versus machos) foram analisadas utilizando a plataforma STRING (Search Tool
for the Retrieval of Interacting Genes/Proteins, http://string.embl.de). As proteínas com
diferenças de expressão entre os grupos experimentais foram utilizadas nessas análises.
Essa etapa teve como finalidade gerar as redes de interação entre as proteínas
identificadas no presente estudo, bem como suas relações com aquelas não identificadas
pelas técnicas 2D-PAGE e ESI-MS/MS. O número de acesso de cada proteína foi
carregado no software STRING v.11 (Franceschini et al., 2013), que foi configurado para
busca em banco de dados da espécie Bos taurus. As interações mínimas foram estipuladas
(minimum required interaction score) entre 0,900 (alta confiabilidade), e não mais do que
20 interações foram permitidas na busca no banco de dados. A análise string foi realizada
utilizando-se o servidor STRING 11.0 para prever interações proteína-proteína. O banco
de dados STRING emprega uma combinação de dados experimentais (experimentos e
bancos de dados).
Análise estatística.
Para todas as análises realizadas neste experimento, a baia foi utilizada
como unidade experimental. Todos os dados foram analisados usando o PROC MIXED
do SAS (Versão 9.4; SAS Inst. Inc.; Cary, NC, EUA) e a aproximação de Satterthwaite
para determinar o denominador.de graus de liberdade para o teste de efeito fixo. O modelo
usado para todas as análises continha os efeitos fixos de tratamento e bloco. Os dados,
com exceção do CMS e EA, foram analisados usando animal(baia) e baia(tratamento)
como variáveis aleatórias. Para os dados de CMS e EA, baia(tratamento) foi usado como
variável aleatória. As variáveis de US obtidas no dia 0 foram analisadas como covariáveis
e os resultados intermediário e final foram ajustados pela covariável obtida no dia 0. O
CMS, em kg e % PV, flutuação de consumo, ingestão de nutrientes e índice de
seletividade foram analisadas como medida repetidas na baia. Os outros parâmetros
analisados como leptina, lactato foram analisados como medida repetida no animal(baia).
Para selecionar a estrutura de covariância que melhor explique a correlação residual,
foram utilizados os Critérios de Informação de Akaike (AIC) e o Critério Bayesiano de
Schwarz (BIC), sendo escolho o modelo com menor valor de ambos. Contrates ortogonais
foram usados para a partição dos tratamentos específicos, como segue: 1) 0CA vs.
inclusão de CA 2) contraste linear e 3) contraste quadrático e. Todos os resultados são
relatados como médias de mínimos quadrados e separados usando o PDIFF. A
significância foi definida como P ≤ 0.05 e tendências foram determinadas se P > 0.05 e
P ≤ 0.10. Os resultados são relatados de acordo com os efeitos principais se nenhuma
interação for significativa ou de acordo com a interação de ordem mais alta detectada.

Resultados
Composição, características e perfil lipídico da carne.
Não foram observados efeitos significativos nos teores de umidade, PB, EE,
cinzas, WBSF e pH da carne (P ≥ 0,57; Tabela 00). Na análise de coloração, as variáveis
L*, a* e b* também não foram afetadas pelos tratamentos experimentais (P ≥ 0,25; Tabela
00).
A associação entre CA e SCAG influenciou em diferentes níveis os AG
depositados na carne, tal qual resultando em um efeito linear negativo para as
concentrações totais dos AG monoinsaturados, insaturados, C18:2 cis-9,trans-7 e C18:2
cis-7,trans-9 (P = 0,04; Tabela 00), mas a inclusão de CA aumentou de forma linear a
saturação da carne. Não foram encontrados efeitos significativos nos outros AG (P ≥ 0,19;
Tabela 00).
Proteômica

Com base no estudo de imagem, o número médio de “spots” proteicos por


tratamento foi de 96 para os tratamentos 15WC; 10WC; 5WC; and 0WC. Noventa e seis
“spots” foram identificados na metodologia 2D-PAGE com diferença de expressão entre
os tratamentos (Figura 1). Desse total, 90 proteínas foram caracterizadas por meio da
técnica ESI-MS/MS (Tabela 1).
Figure 1. Representative two-dimensional electrophoresis gel (2D-PAGE) with proteins
spots from subcutaneous adipose tissue (backfat) of Nellore bulls feedlot finished. The
numbered circle spots (1–96) where the proteins identified by mass spectrometry (ESI-
MS) characterization
Table 1. Proteins identified by two-dimensional electrophoresis gel (2D-PAGE) in combination with mass spectrometry (ESI-MS/ MS) in
subcutaneous adipose tissue (backfat) of Nellore bulls feedlot finished. Animals were assigned to 1 of 4 treatments, as follow: 1) 15% of WC and
2% of CSFA [dry matter (DM) basis] of palm, cottonseed, and soybean oil (15WC), 2) 10% of WC and 3% of CSFA (DM basis) of palm,
cottonseed, and soybean oil (10WC), 3) 5% of WC and 4% of CSFA (DM basis) of palm, cottonseed, and soybean oil (5WC), and 4) 0% of WC
and 5% of CSFA (DM basis) of palm, cottonseed, and soybean oil (0WC).

SPOT pI/MM pI/MM Contras ANOV Fold-change


Access number Protein Score
ID experimental theoretical t A

D4QBB4_BOVI <0.005 Ausente em T1/Pres.


1 Globin A1 6482.92 7.154/14.368 7.02/15.954 1x2
N em T2

Superoxide dismutase 0.049 +1.204/-1.204


2 SODC_BOVIN 244.7904 6.193/15.357 5.85/15.683 1x2
[Cu-Zn]

NADH dehydrogenase 0.012 +1.540/-1.540


3 NDUS3_BOVIN [ubiquinone] iron-sulfur 373.3813 6.011/24.937 6.55/30.284 1x2
protein 3, mitochondrial

Proteasome subunit 5.201/24.119 0.049 -1.227/+1.227


4 PSA3_BOVIN 1105.474 5.19/28.405 1x2
alpha type-3

5 1433G_BOVIN 14-3-3 protein gamma 1942.863 4.839/32.011 4.80/28.253 1x2 0.037 -1.605/+1.605

6 A1L5B6_BOVIN Annexin 18335.1 5.068/30.408 4.93/36.074 1x2 0.029 +1.656/-1.656


71289.430 5.82 <0.05 Ausente em T1/Pres.
7 ALBU_BOVIN Albumin 4.962/32.534 1x2
4 /69.293 em T2

S-formylglutathione 0.047 +1.651/-1.651


9 ESTD_BOVIN 1673.098 7.088/33.426 6.50/31.548 1x2
hydrolase

<0.005 Ausente em T1/Pres.


10 ACTG_BOVIN Actin, cytoplasmic 2 32150.62 5.411/44.409 5.31/41.793 1x2
em T2

11 ACTB_BOVIN Actin, cytoplasmic 1 1052.35 6.370/46.311 5.29/41.737 1x2 0.006 +1.307/-1.307

7.20 0.019 -1.616/+1.616


14 A5PJ79_BOVIN TKT protein 3275.14 7.497/63.493 1x2
/67.771

<0.05 Ausente em T1/Pres.


15 TRFE_BOVIN Serotransferrin 2125.095 6.876/72.098 6.75/77.753 1x2
em T2

Immunoglobulin light 0.046 -1.958/+1.958


Q1RMN8_BOVI 7.54
17 chain, lambda gene 908.9933 8.451/26.590 1x2
N /24.536
cluster

Fatty acid-binding 5.52 0.037 -1.305/+1.305


18 FABP4_BOVIN 12445.99 4.953/14.149 1x2
protein, adipocyte /14.678
Fatty acid-binding 7.798/14.366 7.58 <0.05 Ausente em T1/Pres.
19 FABP5_BOVIN 5564.323 1x2
protein 5 /15.074 em T2

Purine nucleoside 6.044/27.142 0.048 +1.678/-1.678


20 PNPH_BOVIN 1480.243 5.92/32.037 1x2
phosphorylase

M1-type pyruvate 0.015 -2.660/+2.660


21 B3IVN4_BOVIN 2515.751 7.903/59.974 9.13/16.527 1x2
kinase

Peptidyl-prolyl cis-trans <0.05 Ausente em T1/Pres.


22 PPIA_BOVIN 1231.333 9.129/16.455 8.34/17.869 1x2
isomerase A em T2

A0A0A0MP99_B 0.001 +1.705/-1.705


23 Carbonic anhydrase 10540.5 7.467/26.934 6.83/28.728 1x2
OVIN

Glyceraldehyde-3- <0.05 Ausente em T1/Pres.


24 G3P_BOVIN phosphate 10272.49 8.893/34.779 8.51/35.868 1x2 em T2
dehydrogenase

Hydroxyacyl-CoA 0.028 -1.865/+1.865


25 F1N338_BOVIN 345.9317 9.397/36.898 9.04/34.391 1x2
dehydrogenase
Glyceraldehyde-3- <0.05 Pres. em T1/Ausente
26 G3P_BOVIN phosphate 9254.789 9.153/33.347 8.51/35.868 1x2 em T2
dehydrogenase

Glyceraldehyde-3- <0.05 Pres. em T1/Ausente


9.072/33.642
27 G3P_BOVIN phosphate 8978.938 8.51/35.868 1x2 em T2
dehydrogenase

Fructose-bisphosphate <0.05 Pres. em T1/Ausente


28 A6QLL8_BOVIN 3126.717 9.088/43.322 8.45/39.436 1x2
aldolase em T2

ATP synthase subunit <0.05 Pres. em T1/Ausente


29 ATPA_BOVIN 7505.924 8.629/56.355 9.21/59.720 1x2
alpha, mitochondrial em T2

10 kDa heat shock 0.044 +2.906/-2.906


30 CH10_BOVIN 4288.516 9.153/13.632 8.89/10.932 1x3
protein, mitochondrial

C5a anaphylatoxin 39465.195 1x3 0.002 +2.620/-2.620


31 Q673L2_BOVIN 7.989/13.665 9.06/38.952
receptor 2

Peptidyl-prolyl cis-trans 1x3 0.001 +2.885/-2.885


32 PPIA_BOVIN 1231.333 9.129/16.455 8.34/17.869
isomerase A

A0A1K0FUD3_B 1x3 <0.05 Ausente em T1/Pres.


33 Globin C1 6684.917 5.883/19.542 8.07/15.184
OVIN em T3
Hemoglobin subunit 1x3 <0.05 Ausente em T1/Pres.
34 HBA_BOVIN 1242.553 7.231/22.698 8.07/15.184
alpha em T3

Proteasome subunit 5.201/24.119 1x3 <0.05 Ausente em T1/Pres.


35 PSA3_BOVIN 1105.474 5.19/28.405
alpha type-3 em T3

NADH dehydrogenase 1x3 0.002 +2.092/-2.092


36 NDUS3_BOVIN [ubiquinone] iron-sulfur 373.3813 6.011/24.937 6.55/30.284
protein 3, mitochondrial

Enoyl-CoA hydratase, 1x3 <0.05 Ausente em T1/Pres.


37 ECHM_BOVIN 4744.566 7.494/26.687 8.82/31.243
mitochondrial em T3

6.57 1x3 <0.05 Ausente em T1/Pres.


38 A4IFI0_BOVIN IGLL1 protein 1907.649 7.851/25.633
/24.764 em T3

Heat shock protein beta- 1x3 0.019 -1.957/+1.957


39 HSPB1_BOVIN 8691.354 6.014/26.503 5.98/22.393
1

Glutathione S- 6.91 1x3 <0.05 Ausente em T1/Pres.


40 GSTM1_BOVIN 4325.362 8.154/27.797
transferase Mu 1 /25.635 em T3

41 APOA1_BOVIN Apolipoprotein A-I 97.177 5.609/29.459 5.71/30.276 1x3 0.008 -1.331/+1.331


Glycerol-3-phosphate 1x3 0.008 +3.539/-3.539
42 GPDA_BOVIN dehydrogenase 4226.994 7.040/31.352 6.42/37.648
[NAD(+)], cytoplasmic

S-formylglutathione 1x3 0.011 +2.330/-2.330


43 ESTD_BOVIN 1673.098 7.088/33.426 6.50/31.548
hydrolase

1x3 <0.05 Ausente em T1/Pres.


44 Q3T0Y1_BOVIN Ubiquitin thioesterase 165.045 4.962/32.534 4.90/31.308
em T3

45 ANXA2_BOVIN Annexin A2 12006.37 7.379/36.433 6.92/38.612 1x3 0.011 +2.512/-2.512

Citrate synthase, 7.403/45.433 1x3 0.001 +3.861/-3.861


46 CISY_BOVIN 278.5565 8.16/51.773
mitochondrial

Aspartate 1x3 0.005 +2.229/-2.229


47 AATC_BOVIN aminotransferase, 73.0796 7.216/46.757 7.09/46.399
cytoplasmic

13881.89 6.882/48.119 1x3 0.038 +1.714/-1.714


48 ENOA_BOVIN Alpha-enolase 6.37/47.326

49 FAAA_BOVIN Fumarylacetoacetase 2573.386 7.274/46.981 6.49/46.156 1x3 0.024 +1.342/-1.342


7.60 1x3 0.006 +2.352/-2.352
50 ENOB_BOVIN Beta-enolase 2685.114 7.940/50.721
/47.096

Cytochrome b-c1 1x3 <0.05 Ausente em T1/Pres.


51 QCR1_BOVIN complex subunit 1, 216.6706 6.022/50.377 5.94/52.736 em T3
mitochondrial

52 TBB5_BOVIN Tubulin beta-5 chain 4545.455 5.051/59.974 4.78/49.671 1x3 0.007 +2.036/-2.036

Phosphoenolpyruvate 1x3 0.039 -1.572/+1.572


54 F1MDS3_BOVIN carboxykinase 2, 6331.484 8.056/59.974 8.14/70.650
mitochondrial

5.50/59.974 1x3 0.015 +2.377/-2.377


F1MGU7_BOVI Fibrinogen gamma-B
55 719.2107 5.44/50.232
N chain

Heat shock 70kDa 5.808/75.795 1x3 0.014 +2.748/-2.748


56 A7E3Q2_BOVIN 2912.182 5.50/69.809
protein 1A

57 TRFE_BOVIN Serotransferrin 2125.095 6.876/72.098 6.75/77.753 1x3 0.032 +1.124/-1.124

D4QBB3_BOVI 6.36 0.003 +2.741/-2.741


58 Hemoglobin beta 12199.52 7.248/13.535 1x4
N /15.979
5.30 1x4 0.007 -1.365/+1.365
59 ANXA8_BOVIN Annexin A8 597.0711 5.458/29.240
/36.787

Hemoglobin subunit 1x4 0.002 +4.705/-4.705


60 HBB_BOVIN 1257.847 4.505/32.233 6.51/15.859
beta

L-lactate dehydrogenase 1x4 0.008 -1.286/+1.286


61 LDHB_BOVIN 8294.104 6.451/37.211 6.02/36.724
B chain

62 TPM2_BOVIN Tropomyosin beta chain 3187.554 4.572/38.229 4.66/32.837 1x4 0.001 +7.670/-7.670

Adenosylhomocysteinas 1x4 0.038 -1.639/+1.639


63 SAHH_BOVIN 1138.828 6.388/46.001 5.88/47.638
e

F1MMK2_BOVI Glucose-6-phosphate 1- 6.980/62.315 1x4 0.038 -1.075/+1.075


64 9651.418 6.91/62.414
N dehydrogenase

65 F2Z4C1_BOVIN Tubulin alpha chain 25628.35 5.157/59.383 4.94/50.136 1x4 0.019 -1.896/+1.896

A0A0A0MPA0_ SERPIN domain- 4.950/66.000 1x4 0.028 +1.291/-1.291


66 553.8598 5.67/46.883
BOVIN containing protein

Glutamate 1x4 0.007 -1.407/+1.407


67 DHE3_BOVIN dehydrogenase 1, 1127.828 7.25/61.512
7.564/96.350
mitochondrial
Heat shock 70 kDa 1x4 0.002 -1.186/+1.186
68 HS71A_BOVIN 2396.702 5.969/79.574 5.67/70.259
protein 1A

6.042/77.842 1x4 0.005 -1.298/+1.298


69 ALBU_BOVIN Albumin 16227.96 5.82/69.293

HS71B_BOVIN Heat shock 70 kDa 1076.53 1x4 0.026 +1.898/-1.898


70 5.595/70.374 5.67/70.228
protein 1B

1063.485 1x4 0.047 -1.376/+1.376


71 TRFE_BOVIN Serotransferrin 6.649/82.697 6.75/77.753

72 ALBU_BOVIN Albumin 16337.19 6.115/80.454 5.82/69.293 1x4 0.031 -1.354/+1.354

Aspartate 1x4 0.017 Pres. em T1/ausente em


73 AATC_BOVIN aminotransferase, 65.6366 8.306/41.385 7.09/46.399 T4
cytoplasmic

74 TRFE_BOVIN Serotransferrin 8115.705 6.942/73137 6.75/77.753 1x4 0.003 -1.431/+1.431

Peptidyl-prolyl cis-trans 1x4 0.016 Pres. em T1/ausente em


75 PPIA_BOVIN 4905.037 8.854/16.377 8.34/17.869
isomerase A T4
Myosin regulatory light 1x4 0.006 Pres. em T1/ausente em
76 MLRS_BOVIN chain 2, skeletal muscle 3080.732 4.888/17.382 4.88/19.013 T4
isoform

1x4 0.003 Pres. em T1/ausente em


77 COF1_BOVIN Cofilin-1 1759.846 8.787/18.057 8.16/18.519
T4

1x4 0.009 Pres. em T1/ausente em


78 COF1_BOVIN Cofilin-1 2005.095 8.974/18.230 8.16/18.519
T4

Proteasome subunit beta 1x4 0.001 Pres. em T1/ausente em


79 PSB6_BOVIN 334.4572 4.847/22.046 4.90/25.542
type-6 T4

NADH dehydrogenase 1x4 0.007 Pres. em T1/ausente em


80 NDUBA_BOVIN [ubiquinone] 1 beta 81.1925 9.604/21.213 8.74/20.965 T4
subcomplex subunit 10

Myosin light chain 1/3, 1x4 <0.005 Pres. em T1/ausente em


81 MYL1_BOVIN 1858.34 5.104/21.323 4.96/20.932
skeletal muscle isoform T4

Cytochrome b-c1 1x4 0.037 Pres. em T1/ausente em


83 QCR1_BOVIN complex subunit 1, 216.6706 6.022/50.377 5.94/52.736 T4
mitochondrial

84 CYTB_BOVIN Cystatin-B 455.1309 6.688/12.993 6.28/11.140 2x3 0.006 +2.809/-2.809


85 VIME_BOVIN Vimentin 145.9588 4.820/27.821 5.05/53.728 2x3 0.038 -1.596/+1.596

L-lactate dehydrogenase 6.287/34.033 0.003 +2.295/-2.295


86 LDHB_BOVIN 1106.789 6.02/36.724 2x3
B chain

Glutamate 0.030 +2.889/-2.889


7.330/51.209
87 DHE3_BOVIN dehydrogenase 1, 1129.936 7.25/61.512 2x3
mitochondrial

5.922/94.693 5.54 <0.05 Presente T2/ausente em


88 GELS_BOVIN Gelsolin 967.1118 2x3
/80.731 T3

Peptidyl-prolyl cis-trans 9.777/18.286 <0.05 Presente T3/ausente em


89 PPIA_BOVIN 10005.22 8.34/17.869 2x3
isomerase A T2

90 ADIPO_BOVIN Adiponectin 260.9416 5.338/27.718 5.44/26.133 2x4 0.034 -1.291/+1.291

Superoxide dismutase <0.05 Presente T2/ ausente


91 SODC_BOVIN 1557.858 5.919/16.974 5.85/15.683 2x4
[Cu-Zn] em T4

EH-domain containing <0.05 Presente T2/ ausente


92 Q2KJ47_BOVIN 29.0398 5.167/17.768 5.95/61.217 2x4
2 em T4

Glutathione S- <0.05 Presente T2/ ausente


93 GSTP1_BOVIN 9373.032 5.201/24.119 6.89/23.613 2x4
transferase P em T4
Alpha-crystallin B 0.01 -1.571/+1.571
94 CRYAB_BOVIN 470.4808 7.092/20.782 6.76/20.037 3x4
chain

Proteasome subunit 0.026 -1.379/+1.379


95 PSA3_BOVIN 2540.812 5.338/27.718 5.19/28.405 3x4
alpha type-3

96 ANXA1_BOVIN Annexin A1 1522.675 6.953/37.175 6.37/38.952 3x4 0.001 -1.659/+1.659


A quantidade de processos biológicos (BP), função molecular (MF) e
componentes celulares (CC) das proteínas identificadas divergiu entre os tratamentos
experimentais. Considerando a distribuição dos top 20 níveis (Gene Ontology - GO), os
BP, MF e CC foram identificados em maiores quantidades nos tratamentos 15WC (Figura
2) e 5WC (Figura 3). Menores distribuições de GO foram identificadas nos tratamentos
10WC e 0WC, conforme descrito nas Figuras 4 e 5, respectivamente.
Destacam-se BPs identificados no tratamento 15WC relacionados a metabólicos
celulares (13), compostos nitrogenados (12), moléculas pequenas e de biossíntese (> 8).
Processos divergentes foram observados em menores quantidades no tratamento 0WC,
sendo os principais aqueles relacionados a substratos de metabolitos orgânicos (4),
crescimento e regulação intracelular (2).
Com relação às MF, observou-se predominância no tratamento 15WC de
proteínas transportadoras (14) e de ligação com lipídeos (4). Proteínas transportadoras
também foram verificadas nos tratamentos 10WC e 0WC, mas em menor frequência (11
e 6, respectivamente). Já os CC identificados em nos tratamentos 15WC 10WC e 5WC
foram bastante divergentes quando comparados ao tratamento 0WC. Nos primeiros
destacam-se os CC de proteínas associadas a organização da estrutura celular, já no
tratamento 0WC observou-se maior ocorrência CC cuja função é de formação de
organelas e membranas.

Figure 2
Figure 3

Figure 4
Figure 5

Identificou-se interações consistentes entre as proteínas caracterizadas nas


amostras de tecido adiposo nos diferentes tratamentos experimentais. Três principais
grupos (clusters) foram distinguidos no tratamento 15WC (Figura 6), sendo: proteínas do
metabolismo energético (ALDOA, ALB, GAPDH e PGK1), proteínas do metabolismo
lipídico (FABP4, ACAA2, HADH) e complexos proteolíticos (PSMD, PSMB, PSMC e
PSMA).
Figure 6
Figure 7

Figure 8
Figure 9

DISCUSSÃO
O principal objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito da associação de diferentes
níveis de CA e SCAG sob o desempenho, perfil metabólico, características de carcaça e
da carne de bovinos Bos indicus durante o confinamento. Esse objetivo surgiu da hipótese
de que a associação de CA (proteção física dos lipídios no interior da semente) e os
SCAG (proteção química da esterificação dos ácidos graxos insaturados com sais de
cálcio) possibilitaria um incremento nos níveis de EE da dieta sem afetar a fermentação
ruminal e, consequentemente, melhorando o desempenho e as características de carcaça
dos bovinos. Além disso, o teor elevado de AGI destes ingredientes poderia beneficiar a
deposição de gordura intramuscular e tecido adiposo. Com base nisso, as dietas foram
formuladas respeitando o que o CA de algodão fornece (FDN, PB e EE) para os animais
quando incluso nas dietas de confinamento, para que possuíssem fossem isoproteicas,
isofibras, isocalóricas e isolipídicas, conforme mostra a Tabela 00. A inexistência de um
tratamento controle somente com CA pode ser questionado no presente experimento, mas
essa estratégia foi adotada considerando que os benefícios e malefícios da inclusão
elevada de CA já foi abordada por outros autores (Zinn., 1995; Cranston et al., 2006;
Gouvêa et al., 2020) e que os níveis de CA adotados no presente experimento estão de
acordo com as prática de nutricionistas e consultores brasileiros (Pinto and Millen,
2019)Além disso, essa possível associação entre CA e SCAG é escassa na literatura
(Carvalho et al., 2020; Costa et al., 2020) e mais estudos para avaliar os benefícios de tal
associação são garantidos..
A inclusão de ingredientes gordurosos na dieta altera o perfil nutricional do
produto final. Pesquisas vem sinalizando que as alterações no perfil lipídico da carne
devem ser com intuito de reduzir ácidos graxos saturados, principalmente C12:0
(Láurico), C14:0 (Mirístico) e C16:0 (Palmítico) pelos efeitos hipercolesterolêmicos e
também o aumento da concentração dos ácidos graxos monoinsaturados, em especial o
C18:1 cis-9 (Oleico), além de ser extremamente desejável o aumento do teor de PUFA e
melhoria na relação n-6/n-3 (Howe et al., 2006). Outro ácido graxo que vem mostrando
efeitos fisiológicos benéficos é o CLA (cis-9, trans-11; trans-10, cis-12), dentre os quais
podem ser destacados os efeitos anticarcinogenicos e antilipogenicos (Huang et al., 2008).

Os diferentes níveis de associação afetariam o perfil lipídico da carne de C14:0 e


C16:0, sendo encontrado um efeito quadrático com menor concentração desses AG com
inclusão de 10% de CA, além da inclusão de CA reduzir de forma linear a deposição de
C181 cis-9. Fatores como aumento linear na ingestão de PUFA e AG insaturado e,
redução linear no consumo de MONO, ambos devido a inclusão de CA, mostrou como a
associação predispôs os ácidos graxos a biohidrogenação, reforçando especulações
anteriormente feitas sobre os níveis de biohidrogenação ocorrida nos tratamentos. A
inclusão de CA não influenciou na deposição de PUFA, mas reduziu de forma linear a
concentração de ácidos graxos insaturados, além da concentração de C18:0 no perfil da
carne ter aumentado de forma linear com a inclusão de CA, se comportando de forma
inversa da ingestão. Como as concentrações de CLA não se diferiram, podemos especular
que o pH ruminal não reduziu e a inclusão de CA respeitando a sua concentração de fibra
foi eficiente, diminuindo a incidência de biohidrogenação incompleta.

Algumas pesquisas sugerem que AG dietéticos influenciam na maciez e


suculência, sendo mais propensos a serem afetados por quantidade total de ácidos graxos,
do que pela sua individualidade (Wood et al. 2004), como mostra Westerling and Hedrick
(1979) que maiores concentrações de MUFA refletem na palatabilidade da carne, sendo
que maiores conteúdo de C18:1 cis-9, também influenciam. O reflexo desses AG no
WBSF, estão ligados ao ponto de fusão dos ácidos graxos da carne, sendo que na medida
que aumenta o insaturação, o ponto de fusão diminui. Mesmo o presente estudo
apresentado que os OCA teve maior quantidade de MUFA e insaturação, o WBSF não
apresentou efeito aumentando a maciez. Os valores observados no nosso estudo, foi
inferior a 4,6 kg/cm2 (Belew et al., 2003), consequentemente obtendo uma carne macia.

Recentemente, Sant’Anna et al. (2019) e Gómez et al. (2019), relataram que


machos não castrados Bos indicus apresentam maior reatividade, resultando em maior
suscetibilidade ao estresse, o que influencia de forma direta na coloração e pH, sendo a
nível industrial desejado valores de pH>5,8 (Gallo e Huertas, 2016). O manejo dos
animais por mais rápido que seja ocasiona um curto período de estresse que muitas vezes
pode não ser observado por respostas hormonais, como aumento de cortisol, mas pode
ser observado com alterações nos níveis séricos de glicose e lactato, que em condições
normais o animal apresenta valor de lactato entre 1 e 2 mMol/L (Benjamim et al., 2001;
Ewaschuk et al., 2005; Gruber et al., 2010; Xing et al., 2018). Sendo assim, o prejuízo é
maior quando antecipa o abate do animal, e o mesmo não consegui repor as reservas de
glicogênio muscular, que posteriormente será utilizada na transformação do musculo em
carne (Xing et al., 2018; Gesteira et al. 2019). Portanto, os nossos resultados elevados de
pH podem ser atribuídos ao uso de machos não castrados, que tendem a apresentar um
comportamento mais agressivo, como observado nos níveis séricos de lactato mensurado.
Além disso, Apaoblaza et al. (2017) afirma que o jejum também pode ser um fator
contribuinte para esse resultado, pois jejum de 24 horas antecedentes ao abate, podem
reduzir as reservas de glicogênio muscular, podendo afetar uma redução do pH da carne
post mortem. Dessa forma, podemos afirmar que a suplementação lipídica não
influenciou na queda de pH, sendo o modelo animal utilizado o maior responsável, mas
ao mesmo tempo é o que representa a maior porcentagem de animais confinados no
Brasil, macho Nelore não castrado (Pinto & Millen 2018).

Referências

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Tabela 2. Composição e perfil nutricional das dietas oferecidas aos animais durante o período experimental.

Crescimento Terminação
0CA 5CA 10CA 15CA 0CA 5CA 10CA 15CA
Ingredientes, g/kg MS
Silagem de Milho 270 220 150 140 230 160 130 100
Milho moído 580 604 659 643 619 671 683 690
Caroço algodão 0 50 100 150 0 50 100 150
Farelo de Amendoim 65 50 25 12 65 45 25 10
Ureia 10,5 10,5 10,5 10 10,5 10,5 10,5 10
Mixmineral-
25 25 25 25 25 25 25 25
Vitamínico4
Nutri Gordura5 50 40 30 20 50 38 26 15
Composição nutricional, g/kg MS
PB 155 155 155 155 155 155 155 155
EE 75 75 75 75 75 75 75 75
FDN 216 224 227 249 203 207 222 236
CNF 530 530 530 510 540 540 540 530
NDT2 820 800 800 780 830 820 800 790
Ácidos graxos, g/kg MS
C12:0 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,3
C14:0 0,3 0,4 0,3 0,3 0,3 0,4 0,4 0,4
C15:0 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1
C16:0 12,3 13,4 13,4 12,0 13,1 15,2 15,2 16,3
C16:1 0,1 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2
C17:0 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,1 0,1 0,2
C18:0 2,2 2,3 2,2 2,0 2,1 2,5 2,5 2,7
C18:1trans(n9) 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2
C18:1cis(n9) 16,5 17,3 16,0 13,9 15,7 18,4 18,9 20,7
C18:2cis(n6) 10,8 14,6 20,6 23,9 22,1 20,1 19,3 17,7
C18:3n3 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 0,5 0,3 0,4
C20:0 0,3 0,3 0,3 0,2 0,3 0,3 0,3 0,4
C20:1(n9) 0,2 0,2 0,2 0,1 0,2 0,2 0,2 0,2
C20:3n6 0,2 0,2 0,1 0,1 0,2 0,2 0,2 0,2
C23:0 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,1 0,1 0,1
C24:0 0,3 0,3 0,3 0,2 0,2 0,4 0,3 0,4
Monoinsaturad
a 16,8 17,6 16,4 14,2 16,1 18,8 19,4 21,2
Poli-insaturada 11,3 15,2 21,0 24,3 22,6 20,8 19,7 18,4
Insaturadas 28,1 32,9 37,4 38,5 38,6 39,5 39,0 39,5
Saturadas 15,8 17,1 16,7 14,9 16,5 19,2 19,1 20,6
Trans 0,1 0,2 0,1 0,2 0,1 0,1 0,1 0,2
Tabela 3. Caracteristicas da carne de Bos indicus recebendo dietas contendo 0% de CA
e 5% SCAG (0CA; n=6), 5% de CA e 4% SCAG (5CA; n=6), 10% de CA e 3% SCAG
(10CA; n=6), 15% de CA e 2% SCAG (15CA; n=6), como fontes lipídicas.1

Tratamento Valor de P
EPM
0CA 5CA 10CA 15CA Linear Quadrático 0 v.s. CA
pH 6,24 6,23 6,22 6,11 0,10 0,37 0,64 0,63
Características químicas, %
Umidade 75,69 75,44 75,69 75,77 0,32 0,57 0,38 0,78
PB 21,14 21,39 21,46 21,40 0,16 0,24 0,34 0,14
EE 1,55 1,61 1,24 1,89 0,29 0,62 0,33 0,92
Ash 1,138 1,139 1,137 1,100 0,01 0,04 0,13 0,36
Coloração da carne
L* 35,64 35,88 34,61 34,83 0,61 0,18 0,99 0,44
a* 19,79 19,15 19,17 19,05 0,32 0,13 0,43 0,08
b* 5,95 6,03 5,72 5,92 0,44 0,84 0,88 0,90
Perda por cocção (%) 26,77 23,82 24,65 27,08 1,96 0,84 0,18 0,49
WBSFb (kg) 4,40 3,83 4,56 4,90 0,59 0,41 0,46 0,96
L * = índice de luminosidade (0 = preto e 100 = branco); a * = intensidade da cor vermelha, índice que varia de verde (-)

a vermelho (+); b * = intensidade da cor amarela, um índice que varia de azul (-) a amarelo (+; Houben et al., 2000);

b WBSF = Warner–Bratzler Shear Force


Tabela 4. Caracteristicas da carne de Bos indicus recebendo dietas contendo 0%
de CA e 5% SCAG (0CA; n=6), 5% de CA e 4% SCAG (5CA; n=6), 10% de CA e 3%
SCAG (10CA; n=6), 15% de CA e 2% SCAG (15CA; n=6), como fontes lipídicas e
diferente períodos de maturação.1

Tratamento Valor de P
EPM
0CA 5CA 10CA 15CA Maturação WC Dieta x Maturação
TBA 0,24 0,20 0,20 0,19 0,026 0,14 0,63 0,20
pH 6,26 6,25 6,22 6,12 0,091 0,22 0,67 0,19
Perda por Cocção (%) 25,72 23,90 24,65 25,77 1,597 0,29 0,81 0,29
WBSFb (kg) 3,64 3,44 4,06 3,87 0,423 <0,01 0,75 0,14
Coloração
L 36,23 36,53 35,22 36,08 0,639 <0,01 0,52 0,86
a 19,54 18,74 18,56 19,23 0,507 0,52 0,10 0,39
b 6,70 6,52 6,04 5,90 0,265 <0,01 0,12 0,89
L * = índice de luminosidade (0 = preto e 100 = branco); a * = intensidade da cor vermelha, índice que varia de verde (-)

a vermelho (+); b * = intensidade da cor amarela, um índice que varia de azul (-) a amarelo (+; Houben et al., 2000);

b WBSF = Warner–Bratzler Shear Force


Tabela 5. Perfil lipídico da carne de Bos indicus recebendo dietas contendo 0% de CA
e 5% SCAG (0CA; n=6), 5% de CA e 4% SCAG (5CA; n=6), 10% de CA e 3% SCAG
(10CA; n=6), 15% de CA e 2% SCAG (15CA; n=6), como fontes lipídicas.1

Tratamento EPM Valor de P


0CA 5CA 10CA 15CA O v.s.CA Linear Quadrático
Ácido graxo, % total AG
C10:0 0,07 0,08 0,07 0,07 0,01 0,69 0,55 0,31
C12:0 0,08 0,1 0,08 0,1 0,01 0,27 0,31 0,75
C14:0 3,4 3,35 3,13 3,77 0,16 0,92 0,2 0,05
C14:1 cis-9 0,72 0,87 0,61 0,62 0,09 0,87 0,18 0,42
C15:0 0,27 0,28 0,29 0,33 0,02 0,33 0,09 0,43
C15:1 cis-10 2,77 2,37 2,13 2,17 0,35 0,18 0,19 0,53
C16:0 27,59 26,37 25,97 27,89 0,52 0,15 0,82 0,01
C16:1 trans-9 2,93 2,89 2,41 2,02 0,22 0,12 0,01 0,44
C17:0 0,58 0,59 0,67 0,63 0,04 0,22 0,19 0,5
C17:1 cis-10 0,47 0,46 0,53 0,41 0,05 0,99 0,58 0,24
C18:0 12,18 12,22 13,18 14,68 0,84 0,27 0,05 0,4
C18:1 cis-9 34,57 33,37 35,37 29,06 1,79 0,37 0,09 0,18
C18:1 trans-9 3,87 3,29 3,56 3,14 0,31 0,12 0,17 0,81
C18:2 cis-9, trans-11 7,46 7,49 8,78 9,4 1,11 0,39 0,16 0,79
C18:2 cis-7, trans-9 0,18 0,12 0,11 0,1 0,02 0,03 0,04 0,39
C18:3 cis-9, cis-12, cis-15 0,44 0,24 0,29 0,32 0,04 <0,001 0,11 0,01
C20:0 0,08 0,07 0,08 0,08 0,01 0,27 0,92 0,26
C20:1 0,17 0,18 0,2 0,14 0,01 0,6 0,45 0,02
C20:2 0,17 0,15 0,16 0,17 0,03 0,87 0,83 0,66
C20:3 0,25 0,35 0,31 0,17 0,05 0,64 0,24 0,03
C20:4 1,30 1,43 1,31 1,42 0,22 0,72 0,8 0,95
C20:5 0,31 0,29 0,27 0,27 0,05 0,59 0,59 0,82
C21:0 0,01 0,02 0,01 0,01 0,01 0,31 0,02 0,4
C22:0 0,01 0,01 0,01 0,02 0,01 0,1 <0,01 <0,01
C22:1 0,01 0,01 0,01 0,02 0,01 0,06 0,03 0,53
C22:2 0,23 0,15 0,16 0,16 0,01 <0,001 <0,01 0,01
C23:0 0,12 0,1 0,11 0,12 0,02 0,7 0,9 0,55
CLA 7,63 7,58 8,86 9,48 1,12 0,43 0,19 0,77
Ômega 3 0,47 0,31 0,35 0,36 0,06 0,04 0,23 0,13
Ômega 6 8,45 7,49 8,77 9,36 1,05 0,94 0,36 0,45
Monoinsaturada 45,02 45,23 44,82 37,93 2,11 0,36 0,04 0,1
Poli-insaturada 11,7 10,23 11,46 11,96 1,25 0,74 0,72 0,45
Insaturada 55,41 55,45 56,28 51,21 1,18 0,4 0,04 0,05
Saturada 44,43 43,03 43,62 47,35 1,02 0,81 0,03 0,02
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