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E AVALIAÇÃO ENZIMÁTICA
1. INTRODUÇÃO
Enzima são catalisadores biológicos com a principal função de aumentar a velocidade das
reações. Em comparação com reações não catalisadas, as reações enzimáticas são entre 10³ a
vezes mais rápidas. Podem também acoplar duas reações que aconteceriam separadas
(MORAN, 2013). Devido a essa eficiência catalítica das enzimas elas se tornam apropriadas para
utilização industrial.
A papaína é uma enzima proteolítica que provém do látex da casca do fruto verde do
mamão. O látex fresco possui uma alta atividade proteolítica sendo a maior parte inicialmente
ativa, mas que pode ser facilmente inativada pela oxidação. Devido a isso, as papaínas comerciais
não ficam armazenadas por muito tempo, pois perdem a sua atividade em poucos meses (LIMA,
2001).
Tem como objetivo este trabalho a extração do látex de frutos de mamão para análise
qualitativa e avaliação enzimática da papaína.
2. PAPAÍNA
A enzima papaína (Figura 9) é a fonte mais importante que possui no mamão. Sendo uma
enzima proteolítica com execução semelhante à da pepsina e tripsina, usada para diferentes usos
indústrias (TRINDADE, 2000).
O látex do mamão conhecido popularmente por “leite do mamão” possui a papaína que é
uma mistura complexa de enzimas proteolíticas e peroxidasse. E se caracteriza pela propriedade
de promover, a dissociação de uma grande quantidade de proteínas em moléculas mais simples e,
por ultimo, em aminoácidos (MEDINA et al, 1980).
Apresentada comercialmente como um pó, a papaína possui cores que vão de branco ao
bege amarelado, com cheiro marcante e leve sabor de pepsina. É solúvel em água e glicerol e,
praticamente, insolúvel em álcool, éter e clorofórmio. Sua atividade proteolítica possui um pH
ideal que vai de 5 à 8, e também na presença de agentes oxidantes é inativada. Por ser uma
enzima de fácil deterioração, deve ser sempre mantida em lugar fresco, seco, ventilado e
protegido da luz. (MARTINDALE, 1982).
As enzimas proteolíticas possuem uma grande aplicação tanto como comercial como
industrial, e estão entre os três maiores grupos de enzimas industriais, sendo responsáveis por
60% da venda internacional de enzimas. Essa significativa importância econômica se dá por
poder ser extraída em grandes quantidades (LIMA et al, 2008).
Podemos ver sua aplicação também em diversas receitas caseiras, sendo comum a
utilização do leite de mamão para amaciamento de carnes como já foi dito anteriormente, ou
realizar o cozimento de carnes juntamente com pedaços da fruta do mamão.
Teste Qualitativo – Biureto: Foi usado o teste do Biureto para detectar a presença de proteínas.
Primeiramente separou o precipitado do sobrenadante da amostra obtido após a centrifugação e
então foram adicionadas algumas gotas de biureto. O béquer que adquiriu a coloração violeta é o
que possui proteínas.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para conseguir 15 ml de látex foram utilizados 20 mamões verdes que logo em seguida foi
colocado sob-refrigeração até o momento de utilização. Foi pesado 10g do extrato bruto e
adicionado 20 ml de água e 3g de cloreto de sódio, e misturado com bastão de vidro e em seguida
foi submetido à centrifugação por 20 minutos com velocidade 6. Após a centrifugação teve-se
aproximadamente 26 ml de preparo, com o precipitado e sobrenadante visivelmente separado
mostrado na Figura 1
5. CONCLUSÃO
Ao fim de todas as analises realizadas comprovamos que o extrato bruto obtido do látex
do fruto verde do mamão possui a enzima papaína conforme o teste de biureto que deu positivo
adquirindo a coloração violeta. Nos testes de atividade enzimática, percebemos que o extrato
bruto da enzima foi eficiente ao realizar catálise, pois em contato com colágeno não foi
hidrolisado, e teve resultado satisfatório em relação à potência da enzima em quebrar a estrutura
6. REFERÊNCIAS
ANDRADE-MAHECHA, M.M. et al. Estudo do processo de extração de papaína a partir do
látex do fruto de mamão (Carica papaya L.) cv. Maradol. Acta Agronomica, v.60, n.3, p.219-25,
2011.
LIMA, S. L. T., JESUS, M. B., SOUSA, R. R., OKAMOTO, A. K., LIMA, R., FRACETO, L. F.
Estudo da Atividade Proteolítica de Enzimas Presentes em Frutos. Química Nova Na Escola, n°
28, maio 2008.
MARTINDALE, W.H. The Extra Pharmacopea. 28. ed. London, Pharmaceutical Press, 1982.
MEDINA, J.C.; SALOMON, E.A.G.; VIEIRA, L.F.; RENESTO, O.V.; FIGUEIREDO, N.M.S.;
CANTO, W.L. Mamão: da cultura ao processamento e comercialização. Campinas: ITAL, 1980.
244p. (Série Frutas Tropicais, 7)
MORAN, Laurence A. et al. Bioquímica. 5º Edição. São Paulo: Pearson Education do Brasil,
2013.