Apostila Da Antaq Especialista
Apostila Da Antaq Especialista
Apostila Da Antaq Especialista
Especialista em Regulação
e
Técnico em Regulação
volume I
2014
Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
ERSTA
ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SERVIÇOS DE
TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS
ÁREA: QUALQUER ÁREA DE FORMAÇÃO-NÍVEL
SUPERIOR
TRSTA
TÉCNICO EM REGULAÇÃO DE SERVIÇOS DE
TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS
ÁREA: NÍVEL MÉDIO
Título da obra: ERSTA - Área: Qualquer Área de Formação – Nível Superior. TRSTA-
Área: Nível Médio
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de
19/02/1998.
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Normas federais pertinentes ao setor de transportes aquaviários: Nova Lei dos Portos: Lei
nº 12.815/2013. Lei nº 10.233/2001. Lei nº 10.893/2004. Lei nº 9.365/1996. Lei nº
9.432/1997. Lei nº 7.652/1988. Lei nº 9.611/1998. Lei nº 9.966/2000. Decreto-Lei nº
666/1969. Decreto nº 1.563/1995. Decreto nº 2.256/1997. Decreto nº 3.411/2000. Decreto
nº 4.136/2002. Decreto nº 8.033/2013.
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Sumário
Apresentação................................................................................................................................ 12
CAPÍTULO 1.................................................................................................................................. 14
CAPÍTULO 2.................................................................................................................................. 18
Capítulo 3...................................................................................................................................... 34
3 -Navios...................................................................................................................................... 34
3.1 -Os Navios.......................................................................................................................... 34
3.2 -Tipos de Navios e Suas Características Físicas................................................................34
3.2.1 -Classificação Quanto às Finalidades dos Navios......................................................35
3.2.2 -Classificação dos Navios Quanto ao Tipo de Navegação (Navegação de Longo
Curso, Cabotagem, Apoio Portuário, Apoio Marítimo e Interior)...........................................35
3.2.3 -Classificação dos Navios Quanto a Atividade Mercantil............................................36
3.2.4 -Rebocadores............................................................................................................. 38
3.3 -Práticos e a Pilotagem.......................................................................................................39
3.4 -Tipos de Contratos de Afretamentos, Nacionalidade e Propriedade das Embarcações....40
3.5-Tipos de Contratos de Prestação de Serviços de Transportes de Cargas e a
Responsabilidade pela Carga, Fretes e Seguros......................................................................41
Capítulo 4...................................................................................................................................... 48
4 -Atividade Portuária................................................................................................................. 48
4.1 -A Atividade Portuária......................................................................................................... 48
4.1.1 -Mão-de-Obra Portuária (Operador Portuário)............................................................48
Capítulo 5...................................................................................................................................... 50
5 -Equipamentos Portuários.......................................................................................................50
5.1 -Os Equipamentos Portuários.............................................................................................50
5.1.1 -Equipamentos de Pátio (Yard Equipment).................................................................50
5.1.2 -Empilhadeira de Pequeno Porte (Empilhadeira Forklift Truck)...................................50
5.1.3 -Empilhadeira de Médio e Grande Porte (Reach Stacker)..........................................51
5.1.4 -Empilhadeira Top-loader............................................................................................52
5.1.5 -Stradller Carrier (Aranha)..........................................................................................52
5.1.6 -Transtêiner/Guindaste de Pórtico Montado Sobre Pneus (RTG- Ruber Tyre Gantry
Crane)................................................................................................................................... 53
5.1.7 -Transtêiner/Guindaste de Pórtico Montado Sobre Trilhos (RMG - Rail Mounted
Gantry Crane)....................................................................................................................... 53
5.1.8 -Equipamentos de Costado (Shore Equipment)..........................................................54
5.1.9 -Portêiner.................................................................................................................... 54
5.1.10 -Guindaste MHC (Mobile Harbour Crane).................................................................54
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Capítulo 6...................................................................................................................................... 57
Capítulo 7...................................................................................................................................... 66
7 -Portos....................................................................................................................................... 66
7.1 -Os Portos.......................................................................................................................... 66
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CAPÍTULO 8.................................................................................................................................. 75
8 -Portos Brasileiros................................................................................................................... 75
8.1 -Organização Geral dos Portos Brasileiros.........................................................................75
8.2 -Regime Jurídico da Exploração dos Portos Organizados e das Instalações Portuárias....75
8.3 -Portos do Brasil................................................................................................................. 76
8.3.1 -Portos da Região Sul.................................................................................................77
8.3.1.1 -Porto de Rio Grande (RS)..................................................................................78
8.3.1.2 -Porto de Pelotas (RS).........................................................................................78
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13 -EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO.................................................................................................319
13.1 -Exercícios relativos à evolução do transporte aquaviário, características das
embarcações, legislação marítima e a movimentação de carga. ...........................................319
Os exercícios abaixo estão confeccionados conforme metodologia do CESPE, logo: marque
CERTO ou ERRADO para resolvê-los:....................................................................................319
- Gabarito dos exercícios relativos à evolução do transporte aquaviário, características das
embarcações, legislação marítima e a movimentação de carga.........................................325
13.2 -Exercícios relativos ao regime jurídico de exploração portuária, mão-de-obra e atividade
do setor.................................................................................................................................... 325
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Bibliografia................................................................................................................................. 341
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Apresentação
É importante ressaltarmos que o conteúdo desta apostila foi adaptado conforme item
conhecimentos específicos do último edital (2008) publicado pela banca examinadora CESPE-
UNB referente ao concurso da Agência Nacional de Transportes Aquaviários- Antaq, cargo de
Especialista em Regulação de Serviços de Transportes Aquaviários (nível superior para qualquer
área de formação) e Técnico em Regulação (nível médio para qualquer área de formação). Diz-se
adaptado, pelo fato de que as matérias aqui contidas são aquelas efetivamente de cunho técnico
afeto ao conteúdo do programa do aludido edital. Assim sendo, aquilo que já é consagrado nos
mais diversos certames e que é facilmente encontrado na literatura específica não constitui o
escopo deste trabalho. Exemplos disso são as seguintes matérias, inseridas também dentro do
item conhecimentos específicos, do edital CESPE nº 1, de 05 de dezembro de 2008, a saber:
defesa da concorrência, análise de mercado, práticas desleais, posição dominante,
infrações à ordem econômica, cartel, monopólio, truste, práticas restritivas, oligopólio.
Fundamentos da economia (micro e macroeconomia). Formas de parceria entre a
administração pública e a iniciativa privada. Relações internacionais, bilaterais e
multilaterais e organismos internacionais. Noções de administração pública. Noções de
estatística.
As matérias supra mencionadas constam do último edital, conforme já dito, dentro do item
conhecimentos específicos (ERSTA: nível superior para qualquer área de formação), mas,
foram excluídas deste trabalho pelas razões já expostas. Entendemos que o aluno deve buscar
tais conhecimentos de modo a complementar o conteúdo programático. Além disso, cumpre
destacar que o aludido edital era composto por dois outros itens (conhecimentos básicos e
conhecimentos complementares) que também não fazem parte desta obra, por razões
análogas às explicitadas acima.
Outro ponto bastante relevante é o fato de o presente trabalho englobar também o conteúdo
específico de TRSTA: Técnico em Regulação de Serviços de Transportes Aquaviários (nível
médio). Seguindo a teoria do quem pode o mais pode o menos internalizamos a parte referente
ao Técnico em Regulação e completamos a apostila para atender o conteúdo do último edital.
Evidentemente, que o presente trabalho não pretende esgotar o assunto, mas servir como
caminho inicial para aqueles que almejam obter êxito no concurso da Antaq.
Destaca-se, por oportuno, que os autores após terem ouvido muitos interessados em participar
deste relevante certame observaram que é relativamente escasso livros de boa qualidade técnica
que abordem os temas portos e transportes aquaviários. Pensamos ser lamentável que um país
com amplo litoral (alguns livros citam 8.500 km de costa, o Almanaque Abril, com dados do IBGE,
cita 7.367 km de litoral, assim sendo, esse último será o nosso balizador) e transacionando cerca
de 95% de suas mercadorias por via marítima não possua, ainda, uma cultura maritimista a altura
da importância deste setor para a nação. O Brasil participa com cerca de apenas 2% do comércio
global. Dessa forma, temos muito a crescer, com desenvolvimento sustentável, evidentemente.
Por conseguinte, os portos e os transportes aquaviários são muito importantes nesta tarefa.
Por fim, mas não menos importante, ressalta-se que este material foi elaborado no sentido de
facilitar a assimilação do conhecimento pertinente à área técnica para Especialista em Regulação
de Serviços de Transportes Aquaviários, bem como ao Técnico em Regulação de Serviços de
Transportes Aquaviários. Considerando, conforme já exposto, que a literatura pátria é bastante
escassa no que diz respeito ao conhecimento efetivamente cobrado no certame da Antaq, esta
obra torna-se relevante ferramenta no sentido de preparação antecipada.
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Outro entendimento dos autores, para fins de melhoramento da aprendizagem por parte do
concursando, foi a alteração da cronologia da matéria apresentada nesta apostila, não sendo
necessariamente na ordem apresentada no edital, porém abrangendo todo o conteúdo
programático e outros essenciais para a perfeita compreensão dos assuntos cobrados no edital
CESPE nº 1, de 05 de dezembro de 2008.
Bons estudos.
Os autores.
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CAPÍTULO 1
É sabido por todos que os transportes aquaviários são, desde a mais remota antiguidade, um dos
mais importantes modos de se transacionar mercadorias e produtos. Não é novidade também que
esse mesmo modo impulsionou sobremaneira as relações entre os povos. Sem dúvida, o atual
estágio das trocas mercantis deve muito ao modo aquaviário que evoluiu bastante, se
compararmos, os grandes navios hodiernos às caravelas das grandes navegações, teremos uma
boa noção. Uma expedição marítima na época de Colombo custava à coroa dos países europeus
(sobretudo Espanha e Portugal) cifras astronômicas e levavam-se anos de planejamentos para
posteriormente implementarem as derrotas preteridas (expedição marítima) em busca das
primeiras commodities (neste caso referem-se às especiarias: gengibre, noz moscada, pimenta
do reino, cravo da Índia, entre outros).
Alguns autores chegam a afirmar que as grandes navegações tiveram papel primordial na
chamada globalização, evidentemente que ainda não havia sido cunhado este termo. Seja como
for, as grandes navegações contribuíram sobremaneira para o progresso da humanidade e sem
esquecê-lo, lá estava o grande instrumento: a nau, a caravela, o navio.
O tempo passou e o navio não desapareceu, pelo contrário ficou maior e mais evidente do que
nunca. Hoje, verbi gratia, 95% do comércio global é efetuado tendo o navio como instrumento
viabilizador. Mas não é só isso, o desenvolvimento tecnológico, a invenção do contêiner e a
abertura comercial dos diversos países facilitaram essa verdadeira revolução comercial. O Brasil,
por exemplo, só a partir dos anos 90 iniciou seu processo de abertura econômica e hoje
transaciona cerca de 2% (ampla maioria comerciada por modo aquaviário) do market share
global, um número muito aquém de nossa capacidade. Isso prova que temos muito a crescer e os
desafios são enormes, todavia muito possíveis de serem realizados.
A boa notícia, ainda, é que o setor de transportes aquaviários não para de expandir. Os navios
hoje chegam a 400.000 toneladas de porte bruto¹ (ou mais) e estão cada vez maiores. Também
os contêineiros que anteriormente, há duas décadas, suportavam 2.000 TEU's hoje chegam a
18.000 TEU's. Por outro lado, os portos, que são um elo importantíssimo na cadeia de
transportes, são cada vez mais modernos e estão hodiernamente sendo posicionados em escala
global de tal forma a beneficiar o manuseio de contêineres com o seu transhipment e posterior
carregamento em navios feeder para distribuir nos mais variáveis destinos, é a chamada
estratégia dos hub port (mais adiante serão definidos contêineres, transhipment, hub port e
feeder). Neste ponto é relevante observar-se que, com o aumento do tamanho dos navios, ficou
contraproducente carregar uma embarcação com 15.000 TEU's e construir derrotas
(expedições/linhas) que obriguem essa mesma embarcação a tocar muitos portos ao redor do
globo. Dessa forma a estratificação em hub ports visa garantir a economia de escala buscada
com o, já mencionado, aumento do tamanho e capacidade dos navios.
¹ O porte bruto - também designado: "expoente de carga", "peso morto" ou simplesmente "porte" (em inglês: " gross
deadweight" ou simplesmente "deadweight") - resulta da diferença entre o deslocamento máximo e o deslocamento
mínimo de um navio. Exprime, portanto o peso do líquido deslocado na passagem da condição de navio leve à
condição de plena carga. O porte bruto representa a totalidade do peso variável que um navio é capaz de embarcar,
que inclui portanto o porte útil (pesos da carga e dos passageiros) mais o somatório dos pesos do combustível, da
água potável, da água das caldeiras, das águas sanitárias, dos alimentos, dos consumíveis, da tripulação e dos
materiais restantes que sejam necessários embarcar para a operação do navio.)
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Para Moreira (2013), no que tange às perspectivas do setor de portos e transportes aquaviários, o
Brasil também tem procurado acompanhar a contento todas as imposições mercadológicas bem
como a inserção no mercado global exigente, atendendo demandas vindas dos mais diferentes
continentes. A gestão portuária brasileira tem propiciado agir nas mais diversas questões no que
tocam processos de melhoria. No intuito de garantir um grande fluxo comercial, o transporte
marítimo atuante no Brasil tem contado com melhores instalações portuárias. As companhias
intensificaram o uso de contêineres, as operações são mais diversificadas, as frotas vêm
apresentando maior agilidade e capacidade. Os investimentos realizados em infraestrutura e
equipamentos portuários se inscreveram numa dinâmica de modernização sistemática dos
instrumentos técnicos suscetíveis de valorizar as vantagens comparativas da economia brasileira
por intermédio da facilitação das operações de escoamento do interior para o litoral (Moreira;
2013).
Com todo o exposto supra é razoável afirmar-se que as perspectivas para o setor de transportes
aquaviários são bastante promissoras. Evidente que, no caso particular do Brasil, é necessário
atenção especial por parte dos policy makers (idealizadores das políticas públicas) dado que
existe muita carência em diversas áreas vitais para o desenvolvimento da indústria dos
transportes aquaviários. Há, por exemplo: falta de mão-de-obra qualificada nos diversos
segmentos, da construção dos navios (engenheiros navais, soldadores e outros) até mesmo na
condução das embarcações (pilotos, capitães da marinha mercante e outros tripulantes). O Brasil,
verbi gratia, ainda precisa fomentar sua cabotagem (a navegação realizada entre portos ou
pontos do território brasileiro, utilizando a via marítima ou esta e as vias navegáveis interiores),
utilizando melhor a matriz de transportes. O modo aquaviário (marítimo, fluvial ou lacustre), o
rodoviário e o ferroviário devem evoluir de tal sorte à implementar efetivamente a chamada
logística integrada. Hoje, 58% do transporte doméstico é efetuado via modo rodoviário, um
desbalanceamento que não é verificado nos países desenvolvidos (Alemanha, EUA e França,
entre outros). Visando o cotejamento das matrizes de transportes dos países retro mencionados
será demonstrado a seguir um quadro síntese:
Países Transp. Aquaviário Transp. Ferroviário Transp. Rodoviário
System), o PSP (Projeto Porto Sem Papel) são bons exemplos de que o Brasil passou a pensar
sua política de transportes aquaviários e portos para em horizonte futuro de duas a três décadas.
Tudo isso é essencial para viabilizar a segurança jurídica e por conseguinte atrair investimentos.
Por último, mas não menos importante, é razoável atentar-se para o fato de que o assunto tratado
neste tópico não se esgota nestas impressões. Além disso, essa apostila, como um todo, possui
elementos da teoria e perspectiva do setor de transportes aquaviários e portos. Tais elementos
estão distribuídos em seus muitos temas e esses deverão ser atentamente estudados para o
perfeito domínio do assunto.
O transporte marítimo vem experimentando uma expansão visível nas principais economias
mundiais. Por conseguinte, é possível observar-se também que o crescimento do comércio
internacional vem sendo superior às taxas de crescimento da economia. Os países emergentes e
as economias em transição continuam a influenciar o ritmo do processo.
O relatório da Unctad (2012) demonstra muito bem que a situação de expansão do transporte
marítimo tem sido impulsionada pela forte demanda por estes serviços. A aludida expansão foi
impulsionada pelo crescimento da economia mundial e do comércio entre os diversos países.
Outro detalhe relevante é que mesmo o mundo passando a presente crise econômica os diversos
players mantém o otimismo quanto ao futuro do setor, e isso é bastante salutar para a ótica dos
investimentos e das operações globais.
Para consolidar os resultados que hoje são observados no comércio internacional é importante ter
em mente que do ponto de vista dos aspectos físicos, operacionais, econômicos, institucionais e
tecnológicos foram implementadas verdadeiras revoluções no setor em comento. Verbi gratia, a
substituição dos rebites dos navios por processos modernos de soldagem, a modificação na frota,
que antes era operacionalmente geared (com aparelho de bordo para manuseio das cargas), e
atualmente é verificado predominantemente navios gearless (sem aparelho de bordo para
manuseio das cargas) são exemplos simples dessa reestruturação. Toma-se como exemplo,
ainda, o já mencionado caso da expansão das embarcações, em que os navios hoje chegam a
400.000 toneladas de porte bruto (ou mais) e estão cada vez maiores. Os contêineiros que
anteriormente, há duas décadas, suportavam 2.000 TEU's hoje chegam a 18.000 TEU's. Essa
dinâmica não é estanque ou isolada, logo: o aumento físico dessas embarcações acaba
influenciando econômica e operacionalmente todo o processo de manuseio, transporte e entrega
das cargas no seu destino. A tecnologia empregada hodiernamente também é de suma
relevância, visto que a de hoje é muito mais desenvolvida que a dos antigos navios de multiuso. A
própria legislação dos países tem avançado no sentido de viabilizar o fortalecimento da frota, visto
que uma marinha mercante robusta é estratégia básica para o desenvolvimento de uma nação.
No que tange aos portos a dinâmica não é diferente o aumento das embarcações e o
desenvolvimento tecnológico pari passu à disseminação do uso dos contêineres obrigaram os
portos a ampliarem seu layout. Por conseguinte, foram feitos maciços investimentos em novos
equipamentos de movimentação: portêiner, transtêiner, stradlle carrier, entre outros (definições
mais à frente). O porto de Rotterdam, por exemplo, investe tão amplamente em seus terminais
que atualmente existem veículos automáticos que fazem o deslocamentos dos contêineres dentro
dos pátios específicos para essas unidades de carga.
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No Brasil com os incentivos do programa Reporto1, por exemplo, recentemente (2012) foram
adquiridos pela BTP (Brasil Terminais Portuários), no porto de Santos, um lote com 26
transtêineres e 8 portêineres para modernizar a prestação do serviço, aumentando a eficiência.
Ainda, pelo aspecto institucional e normativo, foi editada, em 05 de junho de 2013, a Nova Lei dos
Portos, Lei nº 12.815/2013, revogando a antiga Lei nº 8.630/93. O novo diploma normativo dos
portos visa, entre outras coisas, ampliar a competição intra e interportos, aumentando a oferta de
serviços e melhorando a qualidade dos mesmos.
CAPÍTULO 2
2.1 -Cargas
O objetivo de se classificar as cargas é realizar o seu agrupamento de acordo com a natureza dos
seus diversos tipos. Por conseguinte, para a identificação das características das diversas cargas
é relevante observar-se os seguintes aspectos: perecibilidade, fragilidade, periculosidade,
dimensões e pesos considerados especiais. A seguir será dissertado sobre as várias cargas
existentes, a saber: carga geral, granel sólido, granel líquido, carga de projeto e os neogranéis e
os contêineres
Uma embarcação presta-se ao transporte de mercadorias e produtos das mais variadas formas,
volumes e pesos, assim sendo, tais mercadorias são intituladas cargas marítimas, evidentemente
quando estiverem sendo transportadas no modo aquaviário (marítimo, lacustre, fluvial, etc). As
diversas cargas existentes podem ser classificadas de maneira didática como: carga geral, granel
sólido, granel líquido, carga de projeto e mais recentemente os neogranéis.
Um outro detalhe relevante é o fato de muitas cargas dos grupos citados acima poderem ser
acondicionadas eventualmente em processos de unitização, tais como paletização e
conteinerização. Dessa forma é possível que a carga geral seja paletizada ou conteinerizada,
conforme o caso (ex: paletização e/ou conteinerização de engradados diversos e sacos de
cereais). Eventualmente, também é razoável a conteinerização de granéis líquidos, tais como:
derivados de hidrocarbonetos no contêiner-tanque e de granéis sólidos (minérios) num contêiner
especial half height (esse é um contêiner sem teto, utilizado para transportar minérios).
A seguir será dissertado sobre a carga geral, granel sólido, granel líquido, carga de projeto, e os
neogranéis, bem como os métodos de unitizações, entre eles, um dos mais relevantes: o
contêiner.
A carga geral é constituída por mercadorias acondicionadas nas mais variadas embalagens de
diversos tamanhos, pesos e/ou volumes, como por exemplo: sacos, caixas de madeira, caixas de
papelão ou similares, engradados, tambores, barris, bem como cargas de pesos e/ou volumes
desproporcionais e não convencionais. Um outro conceito para carga geral é mostrado a seguir:
carga embarcada, com marca de identificação e contagem de unidades, podendo ser soltas ou
unitizadas. Cumpre destacar que este tipo de carga quando manuseada em itens avulsos,
embarcados separadamente, gera pouca economia de escala para o veículo transportador. Isso
ocorre pelo fato de haver significativa perda de tempo na manipulação, carregamento e
descarregamento provocado pelo manuseio de grandes quantidades de volumes.
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Diz-se que carga a granel: a carga líquida (granel líquido) ou seca (granel sólido) embarcada e
transportada sem acondicionamento, sem marca de identificação e sem contagem de unidades.
Podemos citar como exemplos: petróleo, minérios, trigo, farelos e grãos, entre outros.
Será demonstrado a seguir a divisão entre granel sólido e líquido com algumas ilustrações para
melhor elucidar os conceitos.
Constitui-se granel sólido, toda carga seca fragmentada, tais como: minérios, grãos, transportada
em grandes quantidades diretamente nos porões do navio, sem embalagem.
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Carga líquida transportada diretamente nos porões do navio, sem embalagem e em grandes
quantidades, sendo movimentada em dutos por meio de bombas, como petróleo e seus
derivados, óleos vegetais, sucos de laranja, entre outros.
São cargas superdimensionadas e/ou super-pesadas que por esse motivo não são viáveis de
serem transportadas em contêineres convencionais, exigindo equipamento específico como:
caminhão, navio ou aeronave especial. Podemos citar como cargas de projeto: transformadores,
reatores, caldeiras, pás eólicas e outros equipamentos.
2.2.6 -Neogranéis
São as cargas que não são viabilizadas para a conteinerização, sendo homogêneas e
manuseadas nos moldes da carga geral. Podem ser citadas as seguintes: bobinas de papel,
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lingotes de alumínio, laminados diversos, placas de aço, fardos de celulose, entre outros. A seguir
é possível visualizar-se neogranéis (bobinas de papel).
Visando a segurança da navegação e das pessoas envolvidas no manuseio das diversas cargas
perigosas a IMO (Organização Marítima Internacional) instituiu e classificou essas cargas para
estabelecer risco e padrão de manipulação.
No contexto das cargas perigosas, entende-se qualquer substância que em condições normais
tenha alguma instabilidade inerente, que sozinha ou combinada com outras cargas, possa causar
incêndio, explosão, corrosão de outros materiais, ou ainda, que seja suficientemente tóxica para
ameaçar a vida ou a saúde pública se não for adequadamente controlada (IMDG Code: Cargas
Perigosas).
Visando maior compreensão para o correto manuseio e prevenção de acidentes o conjunto das
cargas perigosas foram agrupados em classes, a saber:
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Sabe-se, conforme já dito, que cargas perigosas são quaisquer cargas que por serem explosivas,
como os gases comprimidos ou liquefeitos, inflamáveis, oxidantes, venenosas, infecciosas,
radioativas, corrosivas ou poluentes, possam representar riscos aos trabalhadores, às instalações
físicas e ao meio ambiente em geral.
A norma aplica-se aos arrendamentos, terminais de uso privado (TUP), estações de transbordo
de cargas (ETC) e instalações portuárias públicas de pequeno porte (IP4) que movimentem
produtos perigosos. Ela incorpora aspectos de segurança e saúde ocupacional, preservação da
integridade física das instalações portuárias e de proteção do meio ambiente (fonte: site da Antaq;
com adaptações).
Para melhor compreensão da matéria citaremos alguns dos principais métodos de unitização de
cargas que, conforme explicitado acima, contribuem para melhoria da eficiência do manuseio e
transportes das mercadorias. São recorrentemente encontrados como instrumentos de unitização
os seguintes, a saber: big bag, tambores e bombonas, marino slings, pallets e os contêineres, etc.
Demonstraremos cada uma dessas importantes unidades.
O big bag é uma embalagem feita de polipropileno. Possui formato semelhante a uma grande
sacola e pode acondicionar cerca de 2.000kg de carga total, ou mais.
Essa unidade tem boa aplicação para produtos do tipo granel ou embalados em sacos que os
mantém melhor acomodados e protegidos contra artefatos pontiagudos que podem furá-los ou
rasgá-los. Se o big bag for eventualmente confeccionado em material impermeável, pode ser
armazenado em pátios abertos, empilhado uniformemente e transportado em qualquer modo de
transporte (ex: modo aquaviário, rodoviário, etc). Destaca-se, ainda, que o big bag é uma unidade
de carga reutilizável e dobrável, por isso é adequado para retorno vazio.
São recipientes de formato cilíndrico, normalmente feitos em aço, alumínio ou polipropileno com
capacidades que variam de 180 a 500 litros. Essas unidades de carga podem ser descartáveis ou
não, sendo indicados para acondicionamento de granéis líquidos e sólidos. Ressalta-se, por
oportuno, que os tambores e as bombonas fornecem boas condições de segurança ao produto.
Além disso, propiciam manuseio mais fácil em locais desprovidos de equipamentos para carga e
descarga.
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Ilustração 7: tambores
O marino sling é uma cinta especial de material sintético que forma uma rede para acondicionar
cargas. Possui dimensões padronizadas e é comumente utilizado para manuseio de sacarias.
2.4.1.4 -Pallet
Essas relevantes unidades são constituídas, em geral de duas faces separadas por blocos, que
possibilitam a entrada dos garfos dos equipamentos para movimentação, todavia é possível
serem compostos de uma só face.
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O pallet de uma face ou face simples, é aquele que não tem face no lado de baixo, apenas as
vigas para suportá-lo e permitir a entrada dos garfos das empilhadeiras.
Os pallets de duas faces podem ser reversíveis ou não reversíveis. O primeiro é o que possibilita
a colocação e empilhamento da carga em qualquer uma das faces, visto essas serem iguais. O
segundo é aquele com apenas uma face para carga e uma para suporte da estrutura, em que na
parte de baixo são colocadas apenas algumas tábuas espaçadas para fortalecer o pallet. O
espaço entre as duas faces ou pisos é normalmente de cerca de 10cm, tendo o pallet, em média,
juntamente com as faces, cerca de 15 cm de altura. Pode ter formato quadrado ou retangular e
apresentar entradas para os garfos dos equipamentos de movimentação em dois ou quatro lados.
A quantidade de entradas é importante para o tempo de movimentação de cargas, pois o
equipamento encontrará o pallet na posição ou não. O pallet pode utilizar cantoneiras para
proteção das embalagens, bem como ser fechado, semelhante a uma caixa, de modo a proteger
melhor as cargas ou para permitir a colocação de cargas irregulares, soltas ou pequenas.
É importante prever uma sobra de espaço externo entre as faces e as vigas, normalmente
chamadas de asas, abas ou aletas, para uso dos guindastes especiais nos portos, como lingas.
O pallet deve estar apto para colocação de determinado peso de carga, podendo esta ser
paletizada em alturas diversas, bem como em mais de uma andar, dependendo da carga e da
necessidade. Naturalmente, sempre coerente com o espaço a ser utilizado, com os porta-pallets,
drive-in, entre outros (Keedi, 2011; com adaptações). Os pallets apresentam-se em diversos
tamanhos em seus lados, padronizados ou não. Segue abaixo uma tabela com três medidas
padronizadas dessas unidades.
Comprimento (M) Largura (m) Padrão
Ilustração 9: pallet
2.4.1.5 -Contêineres
O contêiner é uma caixa (cofre) construída em aço, alumínio ou fibra com o propósito de servir ao
acondicionamento e transporte de mercadorias. Ele é dotado de dispositivos de segurança
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legalmente previstos, sendo suficientemente forte para suportar o uso reiterado. Abaixo
apresentamos o modelo básico de contêiner (dry box).
Ainda, referente aos contêineres, dados históricos atribuem a Malcom Mclean a invenção dessas
estruturas - cofres. A ideia de Mclean advém do seguinte questionamento: “não seria mais viável
se o reboque de minha carreta pudesse ser içado e inserido a bordo de um navio sem
necessidade de mexer em seu conteúdo?”. Após muita objeção dos setores de transporte da
época, Mclean conseguiu “vender” a ideia. Em 1956, no navio Ideal X, foi transportado os
primeiros contêineres, num total de 58 unidades (Keedi, 2011; com adaptações)..
Em 1957, foi articulada uma operação com o primeiro navio específico porta-contêineres. Essa
embarcação possuía capacidade para 226 dessas unidades de carga e se chamava Gateway
City. Estima-se que atualmente são utilizados mais de 250 milhões de contêineres ao ano no
mundo todo.
O advento do contêiner significou para os transportes uma verdadeira revolução, tendo em vista
que resolveu inúmeros infortúnios apresentados pela carga geral solta. Essa era manuseada uma
a uma num processo lento e de altos custos. Além disso, o acesso fácil as cargas davam margem
para furtos e roubos. Assim sendo, com a invenção do contêiner e a disseminação de seu uso,
diminuíram as faltas e avarias.
Outro ponto relevante, por ocasião do emprego dos contêineres, é o fato de possibilitar a
intermodalidade, já que pode ser acoplado ao chassis das carretas e ulteriormente feito o
manuseio para carregamento nos porões e nos conveses dos navios, ou vice-versa.
Para que essa versatilidade se tornasse realidade foi necessário criar um standard (padrão)
comum. Com esse escopo (de versatilidade) a ISO (International Standardization Organization) e
a ASA (American Standard Association) instituíram modelos de medidas e especificações para os
contêineres. Ressalta-se que, com o passar do tempo o padrão ISO convencionado em 20 pés e
40 pés foi se tornando mais utilizado e o hoje é o standard global. Cumpre frisar que esse uso
comum veio facilitar, também, a construção dos navios, trens e carretas para o perfeito transporte
dessas unidades de carga. Contribuíram, ainda, para a construção dos diversos tipos de
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Salienta-se que são utilizadas unidades de medidas para padronização das dimensões dos
contêineres, a saber: pés (feet) e polegadas (inches). Um pé corresponde a 30,48cm e uma
polegada equivale a 2,54cm. As medidas dos contêineres são aferidas em meios externos,
sendo que o seu tamanho está diretamente relacionado ao seu comprimento.
Depreende-se do exposto supra que os contêineres de 40 pés não suportam o dobro de carga
(em toneladas) das unidades de 20 pés. Assim sendo, as cargas mais densas (pesadas) são
melhor aproveitadas no contêiner de 20 pés. Já os contêineres de 40 pés acomodam melhor as
cargas mais volumosas.
Os módulos de 20 pés são chamados de TEU, o que significa: Twenty Feet Equivalent Unit
(Unidade Equivalente a Vinte Pés). Esses são utilizados para a definição da quantidade de
contêineres movimentados ou em estoques pelos consignatários, embarcadores ou seus
proprietários. Além disso, prestam também para definição da capacidade de navios porta-
contêiner.
Já os referenciados de 40 pés são denominados FEU, que significa: Forty Feet Equivalent Unit
(Unidade Equivalente de Quarenta Pés). Importante mencionar-se que os módulos de 40 pés não
servem como parâmetro para medida da capacidade dos navios, quantidades ou movimentações.
Ainda, como detalhe técnico tangente aos contêineres, observa-se que a largura é a única
medida que não varia. Essa, a largura, mede sempre 8 pés, pelo fato de os navios serem
construídos para recepcionar os contêineres em encaixes padronizados.
Com o propósito de elucidar os diversos tipos de contêineres e suas finalidades será a seguir
efetuado sua classificação quanto a suas características e usos específicos.
a) Contêiner Básico, Contêiner para Carga Geral Seca ou Contêiner Dry Box
Este contêiner é o mais utilizado no transporte intermodal, tendo em vista que foi o primeiro tipo
criado. Essa unidade de carga é totalmente fechada e possui portas com abas duplas nos
fundos.
Presta-se, o aludido contêiner, para o transporte da maioria das cargas gerais secas existentes,
tais como: alimentos, roupas, móveis e outros utensílios.
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São unidades de carga também hermeticamente fechadas, todavia, possuem pequenas aberturas
no alto das paredes laterais e também na parte inferior. Tais orifícios permitem a entrada de ar e
por isso são chamados contêineres ventilados.
Esses contêineres são ideais para acondicionar e transportar cargas que necessitam de boa
ventilação no percurso transcorrido.
É absolutamente fechado, possuindo portas nos fundos e com características específicas para
transporte de cargas refrigeradas ou congeladas. Por conseguinte, essa unidade de carga é
apropriada para o transporte de gêneros perecíveis que exigem controle de temperatura de até
-20ºc.
Esses contêineres podem ser integrados (integrated container ou self sustained reefer). Dessa
forma, esse modelo de contêiner refrigerado apresenta-se com motor próprio para refrigeração.
É possível ainda, encontrar-se o contêiner reefer insulado (conair ou port hole) que neste caso
não possui equipamento próprio de refrigeração. Destaca-se no reefer insulado, na parede frontal,
a existência de válvulas com a finalidade de regular a saída e entrada de ar que são fornecidos de
fonte externa. Abaixo é possível a visualização de contêiner reefer.
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Este contêiner, como o próprio nome diz, é sem teto fechado ou, ainda, com tampa de abertura.
Alguns apresentam lona na parte superior para servir de proteção para as cargas. Os contêineres
open top são empregados para acondicionamento de cargas que apresentam dificuldades para
embarque e desembarque pela porta convencional (dos fundos). Assim sendo, essas cargas
necessitam de acesso especial, por isso foram criados os contêineres de teto aberto.
É um tipo de contêiner sem teto e com laterais a meia altura. Esta unidade de carga é fechada
com lona e apresenta cabeceira com sistema basculante. Foi especialmente criado para
embarque, desembarque e transporte do granel sólido minério, pois, este, possui densidade
elevada.
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É um tipo de contêiner que possui apenas três paredes, sem uma parede lateral ou possui
abertura de uma lateral. Foi construído especialmente para mercadorias que apresentam
dificuldades para embarques pela porta convencional (dos fundos). Também podem ser usados
para cargas que excedam um pouco a largura do equipamento, sendo assim: prestam para
agilização da estufagem.
Os flat racks são contêineres especiais que possuem apenas as duas cabeceiras e a base, ou
seja, não possuem teto nem paredes laterais. As cabeceiras podem ser fixas (fixed and flat) ou
,ainda, dobráveis (collapside flat).
Os contêineres plataforma (flat rack) foram idealizados para cargas pesadas e grandes, ou seja:
cargas irregulares que podem exceder as suas dimensões de largura e altura. Visualize um
contêiner plataforma abaixo.
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Este é um modelo de contêiner que é desprovido de cabeceiras, teto e paredes laterais. Logo,
possuem apenas o piso. Foi construído para cargas de grandes dimensões e muito pesadas.
Os contêineres tanques são tipos especiais de unidades de carga que são instalados dentro de
uma armação, de tamanho standard. Ressalta-se que esses contêineres foram idealizados para o
acondicionamento e transporte de granéis líquidos em geral, perigosos ou não. A seguir,
exemplos de contêineres-tanques.
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Este contêiner é um tipo especial utilizado para cargas de pequena densidade, onde geralmente o
volume supera o peso. Importante destacar-se, que dentre as mercadorias acondicionadas nesta
espécie de contêiner, citam-se as seguintes: fumo, rouparia, brinquedos, movéis, cigarros, entre
outros.
Pode acontecer de o quantitativo ou volume das cargas não serem suficientes para preencher
totalmente o contêiner. Neste caso a carga necessita ser amarrada ou escorada, ou ainda ter os
espaços vagos preenchidos, por exemplo, com bolsa de ar, estrados, cavaletes ou outro objeto
que impeça que a carga se movimente no interior do contêiner causando avaria tanto na carga
quanto no próprio contêiner.
Outro detalhe importante é que as mercadorias de densidade maior, ou seja, as mais pesadas
devem ser acondicionadas abaixo das mais leves. Quando as mercadorias de peso maior forem
em pequena quantidade, devem sem depositadas no meio do contêiner, preservando assim o
chamado centro de gravidade.
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¹ Estufagem é o ato de efetuar o carregamento do contêiner. Ressalta-se que a expressão ovar o contêiner
possui o mesmo significado, qual seja: carregar; e desovar refere-se à retirada das mercadorias do seu
interior.
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Capítulo 3
3 -Navios
Navio é o veículo apropriado para navegação em mares, rios e lagos, sendo que, o navio é
espécie do gênero embarcação. Sua construção obedece especificações técnicas para perfeita
navegabilidade. Ainda, no que tange aos navios é verificado que os mesmos podem ser de vários
tamanhos tipos e finalidades.
Inicialmente podemos observar algumas características físicas comuns aos navio: possuem
estrutura constituída pelo casco e pelos diversos acessórios, estes afetos ao emprego técnico-
operacional do navio. Além disso, é relevante destacar-se que a unidade de velocidade
usualmente empregada na navegação é o nó. Sendo que 1 nó equivale a 1,852 km/h. Os navios
apresentam velocidade variável em média de 20 a 22 nós. Dessa forma, um navio que alcance 20
nós estará deslocando a mais ou menos 37,04 km/h.
É perceptível, conforme já dito, que os navios podem ser de vários tamanhos, tipos, finalidades e
configurações, adequando-se às especificações necessárias em função da demanda do mercado.
Esses relevantes instrumentos, os navios, são propulsionados por motores de grande potência,
capazes de impulsionar e locomover embarcações de todos os tamanhos, com dezenas e até
centenas de milhares de toneladas.
O Navio é composto pelo casco (volume arqueado que compõe a maior parte do navio); pela proa
(parte dianteira); popa (parte traseira); ponte ou portaló (espaço de acesso), convés (área plana
do navio); bombordo (lado esquerdo do navio ou embarcação); estibordo ou boreste (lado direto
do navio ou embarcação). Além disso, citamos a hélice (ou o hélice) que serve para impulsionar o
navio juntamente com o motor. Cita-se, ainda, a âncora (ou ferro) que serve para manter o navio
fixo quando necessário. Abaixo pode-se ver as partes de um navio (fonte: wikipédia).
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Proa - a frente do navio. Comparar com vante. Também conhecido em senso de direção como
sendo o rumo momentâneo em que se encontra o navio, geralmente em graus, em relação ao
norte.
Estibordo - o lado do navio que está à direita quando o observador olha para a proa.
Bombordo - o lado do navio que está à esquerda quando olhando para proa. (Um método
mnemônico para distinguir um do outro é que bombordo é o lado bom (lado do coração que fica
ligeiramente à esquerda). E estibordo se refere ao leste.
Deques - os "pisos" e diferentes pavimentos do navio. Em alguns navios novos são chamados de
"ponte(s)".
Importante ressaltar que a boca do navio (ou embarcação) é a maior largura da mesma, sendo
medida de um lado a outro de maneira transversal. Outra terminologia técnica é o chamado
pontal, este representa a altura fixa entre a parte extrema do fundo (quilha) e seu convés
principal.
Ainda, como aspecto relevante é destacável o intitulado pé-de-piloto que representa a diferença
entre a profundidade do porto e o calado do navio.
Os navios podem ser de passageiros, de lazer, de carga, de pesca, de serviços (tais como:
reboques, bombeiros, salvamento, e outros) e militares, como os de guerra e os de patrulha.
Os navios são classificados quanto ao tipo de navegação, como: navios de longo curso, navios de
cabotagem, navios de apoio portuário e navios para apoio marítimo. Cumpre destacar que nas
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navegações de apoio portuário e apoio marítimo são muito comuns o emprego de embarcações
de porte e tamanho reduzido para o apoio preterido, ou seja não necessariamente navios.
Todavia, para fins didáticos é razoável frisar a classificação supra mencionada.
Ressalta-se, por oportuno, que a Lei nº 9.432/97 listou alguns conceitos relevantes para
entendermos a classificação supra mencionada, a saber:
Informa a aludida lei que navegação de apoio portuário é a realizada exclusivamente nos portos
e terminais aquaviários, para atendimento a embarcações e instalações portuárias. Por se turno,
a navegação de apoio marítimo é a realizada para o apoio logístico a embarcações e
instalações em águas territoriais nacionais e na Zona Econômica, que atuem nas atividades de
pesquisa e lavra de minerais e hidrocarbonetos. Ainda, o diploma mencionado, acolhe a ideia de
que navegação de cabotagem é aquela realizada entre portos ou pontos do território brasileiro,
utilizando a via marítima ou esta e as vias navegáveis interiores. Por se turno, a navegação
interior é a realizada em hidrovias interiores, em percurso nacional ou internacional. Por último,
mas não menos importante, cita-se a navegação de longo curso como sendo aquela realizada
entre portos brasileiros e estrangeiros.
Infere-se do exposto retromencionado que, a título de exemplo, os navios de longo curso são
aqueles utilizados no tráfego marítimo entre portos do Brasil e os estrangeiros. Assim sendo, o
mesmo raciocínio seria usado para os navios/embarcações utilizados nas demais navegações
apontadas acima.
Quanto ao tipo de atividade mercantil os navios são: de carga (cerca de 99% da frota mundial), de
passageiros ou misto.
Informação relevante: quando se diz que um navio é da classe postpanamax está se afirmando
que ele, o navio, possui dimensões superiores às suportadas pelo Canal do Panamá
(principalmente boca e calado acima do padrão).
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No que tange ao tipo de operação é possível inserir uma classificação que leve em consideração
se os navios são de linha (liners) ou se são a frete (tramps). Assim sendo, os liners são os navios
que operam em rotas regulares escalando portos predefinidos, comumente demandado por meio
de contratos de transporte. Por outro lado, os navios tramps são os que não possuem rotas
preestabelecidas, sendo demandados em contratos de afretamento.
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3.2.4 -Rebocadores
Os rebocadores são navios de pequenos portes utilizados para puxar, empurrar e manobrar todos
os tipos de navios. Geralmente utilizados para manobras de grandes navios na zona portuária e
canais de acesso aos portos. Podem também socorrer navios em alto-mar, rebocando-os para
zonas seguras, e puxar navios encalhados em bancos de areia. Apesar de pequenos, possuem
grande potência de motor para grande capacidade de empuxo.
Destaca-se, por oportuno, que para a regular segurança das manobras de acostagem,
considerando o porte elevado de muitas embarcações, a incidência de ventos e correntes
(intempéries climáticas) é recorrente a utilização de rebocadores de alta potência para evitar
acidentes. Dessa forma, os rebocadores são de suma importância para manter a embarcação
em posição ou para facilitar os giros e deslocamentos durante a acostagem.
Detalhe relevante, diz respeito à remuneração pelo uso dos rebocadores que é suportada pelos
armadores.
Segundo Silva e Gonçalves (2002), a legislação brasileira em vigor determina que a escolha dos
rebocadores a serem utilizados em cada manobra é prerrogativa legal do comandante da
embarcação. Cabe ao prático prestar assessoria técnica nesta escolha com base numa formação
técnica profunda e atualizada e em função de seu conhecimento sobre as características dos
rebocadores disponíveis no local e das condições de realização da manobra.
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Pelo exposto acima, referido aos rebocadores azimutais é possível inferir que o princípio regente
é a substituição do hélice com eixo fixo, por um propulsor que pode mudar sua tração para
qualquer ponto do azimute da embarcação, o que faz desses rebocadores extremamente
modernos e versáteis.
Os práticos são os profissionais responsáveis pelas complexas manobras dos navios ao longo
dos canais de acesso, bacias de evolução e outras áreas específicas dos portos. A Lei nº
9.537/97 (LESTA: Lei de Segurança do Transporte Aquaviário) conceitua prático como sendo o
profissional aquaviário não-tripulante que presta serviços de praticagem embarcado. Ainda,
completa a aludida lei, que o profissional não-tripulante é todo aquele que, sem exercer
atribuições diretamente ligadas à operação da embarcação, presta serviços eventuais a bordo.
Assim, o prático presta os aludidos serviços eventuais, mas de singular importância para a correta
e segura manobra do navio em área específica.
Esses serviços técnicos - especializados prestados pelos práticos são descritos na LESTA com as
seguintes letras:
Com o intuito de manter as boas qualificações técnicas do profissional prático, a LESTA exara
que a manutenção da habilitação do prático depende do cumprimento da frequência mínima de
manobras estabelecida pela autoridade marítima.
A Lei nº 9.537/97 define que o serviço de praticagem, considerado atividade essencial, deve estar
permanentemente disponível nas zonas de praticagem definidas. Por conseguinte, a autoridade
marítima poderá:
I - estabelecer o número de práticos necessário para cada zona de praticagem;
II - fixar o preço do serviço em cada zona de praticagem;
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Recentemente, foi editado o Decreto federal nº 7.860/2012 que cria a Comissão Nacional para
Assuntos de Praticagem, com o objetivo de elaborar propostas sobre regulação de preços,
abrangência das zonas e medidas de aperfeiçoamento relativas ao serviço de praticagem.
Frisa-se que no aspecto referente à remuneração dos práticos é destacado que recorrentemente
os valores são lançados em desfavor dos armadores que, evidentemente, transferem o custo
para os diversos usuários do transporte aquaviário e estes para o consumidor final.
“Art. 6º. O serviço de praticagem é constituído de prático, lancha de prático e atalaia.” Sendo que,
a atalaia é a base para apoio ao prático nos serviços por ele efetuados.
A Lei nº 9.432/1997, (Lei da cabotagem ou Lei de ordenação do transporte aquaviário) lista três
modalidades principais de contratos de afretamentos, a saber: afretamento a casco nu, é o
contrato em virtude do qual o afretador tem a posse, o uso e o controle da embarcação, por
tempo determinado, incluindo o direito de designar o comandante e a tripulação; afretamento por
tempo, aquele contrato em virtude do qual o afretador recebe a embarcação armada e tripulada,
ou parte dela, para operá-la por tempo determinado; e, afretamento por viagem, como sendo o
contrato em virtude do qual o fretador se obriga a colocar o todo ou parte de uma embarcação,
com tripulação, à disposição do afretador para efetuar transporte em uma ou mais viagens.
Por seu turno, visando a perfeita compreensão das reais responsabilidades dentro do contexto de
um contrato de afretamento, é relevante identificarmos as figuras do fretador e do afretador. Por
fretador, intitula-se aquele que entrega a embarcação mediante pagamento do frete. Em
contrapartida identifica-se o afretador como sendo o que recebe a embarcação para usufruto.
No que tange à nacionalidade e propriedade das embarcações, a Lei nº 7.652/88 informa que
presume-se proprietário a pessoa física ou jurídica em cujo nome estiver registrada ou inscrita a
embarcação, conforme o caso. Continuando, o versado diploma exara que será obrigatório o
registro da propriedade no Tribunal Marítimo, se a embarcação possuir arqueação bruta superior
a cem toneladas, para qualquer modalidade de navegação . Por conseguinte, a aquisição de uma
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embarcação pode ser feita através de sua construção ou de outro meio regular em direito
permitido, mas a transmissão de sua propriedade só se consolida pelo registro no Tribunal
Marítimo ou, para aquelas não sujeitas a esta exigência, pela inscrição na Capitania dos Portos
ou órgão subordinado.
O registro de propriedade de embarcação será deferido, exceto nos casos previstos na Lei nº
7.652/88, a pessoa física residente e domiciliada no País ou a entidade pública ou privada sujeita
às leis brasileiras .
É razoável observar-se que contrato de transporte é o acordo escrito entre as partes que
condiciona o deslocamento (transporte) de uma carga (ou mercadoria) de um ponto A (origem) a
um ponto B (destino). Cumpre ressaltar que o contrato de transporte pode ser unimodal ou
multimodal. O contrato unimodal utiliza-se um único modo de transporte, por exemplo: rodoviário,
marítimo, etc. O contrato de transporte multimodal é o realizado por mais de um modo com um
único contrato que será gerido por um OTM (Operador de Transporte Multimodal). Sendo que, o
OTM é o responsável perante a outra parte contratante pela prestação do serviço dos diversos
modos envolvidos. Todavia, o Operador de Transporte Multimodal tem direito a ação regressiva
contra os terceiros contratados ou subcontratados, para se ressarcir do valor da indenização que
houver pago. Neste caso, se os terceiros tiverem dado causa, sendo provado, eles ressarciram o
OTM.
É relevante citar-se um tipo especial de contrato de transporte que é destaque nas transações
internacionais, tendo em vista que 95% do comércio global é viabilizado pelo modo aquaviário, o
aludido contrato á o de transporte marítimo de cargas. Esse acordo é operacionalizado por meio
de um instrumento básico na navegação, o navio. Lembrando que no contrato de transporte
marítimo o foco é o traslado da carga, enquanto no contrato de afretamento o escopo é o uso da
embarcação.
Ainda, como item a ser observado, é sabido que para realização de um transporte de carga,
deve-se estabelecer um ponto de captação (coleta para traslado) por parte do transportador e um
outro de recebimento no destino a quem de direito (consignatário, etc). Além dos aspectos citados
anteriormente é importante a determinação das responsabilidades entre o transportador
(contratado) e a outra parte (contratante). Essas responsabilidades são os custos e os riscos dos
contratos de transportes e são inseridas no contratos. As partes envolvidas normalmente
operacionalizam contratos de seguro visando cobrir eventuais prejuízos.
Frisa-se que as diversas nações do mundo possuem conjunto próprio de regras que identificam o
papel de cada parte dentro do contexto do contrato de transporte, normalmente para uso interno.
Visando padronizar e facilitar os procedimentos de exportação e importação, responsabilidades
do vendedor (exportador/embarcador) e comprador (importador/consignatário) foram criados os
Inconterms, os termos de comércio internacional.
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Os Incoterms enquadram-se no âmbito dos costumes e práticas (lex mercatoria) que regulam o
comércio internacional e são reconhecidos por quase todas administrações aduaneiras do mundo.
São utilizados como cláusulas contratuais estabelecidas previamente nos contratos de compra e
venda de mercadorias fungíveis.
A versão mais recente, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2011, (Incoterms 2010) não
revogou as versões anteriores. É, apenas, uma nova versão. Se as partes quiserem utilizar, por
exemplo, termos da versão 2000, poderão fazê-lo. Basta que assim acordem e façam citação dos
termos de forma expressa.
Os Incoterms possuem uma diferenciação bastante clara entre os termos utilizados para os
diversos meios de transporte e aqueles utilizados apenas no transporte marítimo. Sob as novas
regras na revisão 2010, temos o seguinte quadro:
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Para que os citados Incoterms 2010 passem a valer como lei do contrato, é necessário que sejam
nele incorporados. Bastam referências simples, tais como "CFR Hamburg Port, Germany /
Incoterms 2010" ou "FCA Rod. Anhanguera, Km 86, Valinhos / SP / Brasil, Incoterms 2010".
Para a escolha do Incoterms adequado, deve ser observada a negociação comercial de compra e
venda, o meio de transporte e demais serviços logísticos, as obrigações e responsabilidades que
as partes pretendam assumir e sua incorporação no preço final do produto. Também deve ser
levada em consideração a competitividade para contratação de transporte e seguro. De modo
geral empresas que têm maior economia de escala em suas operações, assim como competência
na gestão da logística internacional, optam por utilizar os Incoterms de partida, como Ex Works ou
FCA plant (fábrica). (Rached e Cortês, 2010; com adaptações).
Ainda, no que tange os contratos de transporte é destacável as lições de Gibertoni (2001) que
afirma: o contrato de transporte é negócio jurídico dos mais usados, deixou de ser simples
modalidade da locação para se tornar relação contratual autônoma, sujeita a regras próprias.
Essa constatação é devidamente verificada pelas modificações introduzidas no comércio e pelo
progresso dos elementos utilizados para transportar mercadorias ou pessoas.
Daí, adotando por imitação ou por ratificação, os Estados retêm os princípios concernentes às
menções do conhecimento de embarque, às causas de exoneração legal do transportador e à
limitação legal da reparação nos casos de responsabilidade.
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Outro ponto que merece ser destacado é a existência da cláusula de incolumidade, que possui
característica implícita neste tipo de contrato. Esta cláusula determina que a obrigação do
transportador é de finalização, de resultado esperado, e não simplesmente de meio; garante aos
passageiros que o transportador tem o dever de zelar para que o percurso da viagem seja bom e
seguro, não permitindo que nenhum acontecimento funesto ocorra.
Fato que parece ser difícil de estabelecer é a presunção do começo e fim da responsabilidade do
transportador, haja vista que não foi estabelecida em Lei e tampouco foi definido até que
momento a cláusula de incolumidade protege o viajante. Entretanto, há convicção na doutrina que
se deve estabelecer claramente uma distinção entre o momento da celebração do contrato e o
momento da execução deste. A primeira situação acontece quando o passageiro adere às
condições preestabelecidas pelo transportador para que ocorra o cumprimento do contrato,
dando-se, assim, a celebração do contrato. Quanto à execução do contrato, esta se dá quando o
passageiro efetua o pagamento da passagem, o que pode ocorrer antes, durante, ou depois do
curso da viagem.
O Brasil vem acolhendo diversas convenções internacionais, ainda que outras tantas estejam
carentes de ratificação e da devida aprovação do órgão responsável – Congresso Nacional. A
exemplo das Convenções ratificadas pelo Brasil, pode-se citar:
- A Convenção de Bruxelas, de 25 de agosto de 1924 sobre a Responsabilidade dos
Proprietários de Navios, aprovada através do Decreto n. 5,814, de 14 de outubro de 1930 e
promulgada pelo Decreto nº 350, de 01 de outubro de 1935;
- A Convenção de Londres de 05 de abril de 1966 sobre linhas de Carga, promulgada pelo
Decreto nº 66103, de 22 de janeiro de 1970 (DOU de 09 de junho de 1970).
Das convenções internacionais não ratificadas pelo Brasil, destaca-se a Convenção para
Unificação de Cargas de Certas Regras de Direito Concernentes aos Conhecimentos Marítimos,
também proveniente da Convenção de Bruxelas de 25 de agosto de 1924.
Quando as mercadorias, ou parte delas, são danificadas ou avariadas no caminho, podendo até
mesmo não chegar ao porto de destino, será tratado a seguir:
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Nestes casos, surgem questionamentos que merecem ser levantados e elucidados quanto a
atribuição da responsabilidade ao transportador marítimo. Tais questionamentos podem ser
enunciados nos seguintes exemplos: o transportador deve arcar com o dano? Em que hipóteses
o transportador é o responsável pela perda da mercadoria? Quanto deve ser essa indenização?
Em quais casos a perda caberá ao carregador (afretador) ou seu sucessor (portador do
conhecimento de embarque)? Quais as hipóteses em que a responsabilidade fica afastada?
A frequência de mercadorias que chegam aos seus recebedores demonstrando avarias ocorridas
durante o trajeto é de incidência relevante. O recebedor da mercadoria é sempre o primeiro
sacrificado neste contexto, quando necessita ajustar sua planilha de importação para absorver as
despesas geradas, e sofrer as consequências econômicas do mercado, salvo quando provada a
responsabilidade do transportador.
É imprescindível que o prejuízo não seja derivado de um ato voluntário (ausência de vontade) e
que o perigo comprometa isoladamente ou o navio ou a carga. Ademais, somente serão
suportadas pelo segurador quando estiverem expressamente garantidas no contrato de seguro.
Após o desembarque, sem a realização de uma vistoria, toda sorte de danos pode sobrevir à
carga, não se podendo atribuir usualmente a responsabilidade do transportador. Sem dúvida
alguma, a vistoria de mercadorias avariadas é elemento necessário à caracterização da
responsabilidade do transportador marítimo. Sem ela, não há como responsabilizar o
transportador marítimo por qualquer dano.
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Apesar de toda a evolução tecnológica, ainda é possível identificar-se vários casos e litígios
referentes a atribuição da responsabilidade ao transportador marítimo bem como a exclusão
desta mesma responsabilidade por fatos da natureza.
Sendo assim, os aplicadores da norma legal devem tomar por base, para aferição do evento, uma
conduta do agente como membro de uma sociedade, ou seja, o padrão médio de um homem
normal, o que também é altamente variável, uma vez que o ser humano tende a agir e a reagir de
diversas formas, dependendo do seu grau de preparo para enfrentar as situações que lhes se
apresentam. Somente o conjunto de provas induvidosas e as condições do agente poderão
conduzir a uma solução adequada e justa.
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Capítulo 4
4 -Atividade Portuária
Para dissertar sobre os aspectos referentes às atividades portuárias é preciso inicialmente ter em
mente que a Lei nº 12.815/2013 -Nova Lei dos portos- (art. 2º, inciso XIII) define o operador
portuário como a pessoa jurídica pré-qualificada para exercer a atividade de movimentação de
passageiros ou movimentação e armazenagem de mercadorias, destinadas ou provenientes de
transporte aquaviário, dentro da área do porto organizado. Assim sendo, o operador portuário
presta-se a efetuar operação portuária, e essa sem dúvida é a principal atividade desenvolvida
nos portos. A operação portuária é efetuada com o auxílio da mão-de-obra dos trabalhadores
portuários, principalmente dos avulsos (sobre essa mão-de-obra será dissertado no item
seguinte). Prestam os trabalhadores, ora mencionados, para diversas operações utilizando os
equipamentos para manuseio das cargas. Citam-se como exemplos, a saber: operação de
portêineres, transtêineres e empilhadeiras diversas (reach stacker, top loader, e outras). É
percebido claramente que as atividades portuárias são bastante complexas e requerem bom
treinamento com vistas a atingir o famoso conceito da multifuncionalidade exarado, também, na
Nova Lei dos Portos. A multifuncionalidade é o estado da arte no que tange à utilização da mão-
de-obra portuária, seria a possibilidade de o operador portuário utilizar o TPA qualificado para
todas as operações possíveis de serem ofertadas por um porto específico. Assim sendo, os TPA's
deveriam estar habilitados e qualificados, por exemplo: para operar portêiner, transtêiner,
guindaste MHC, reach stacker, top loader, entre outros. Evidentemente que essa tarefa não é
simples de ser implementada. Assim sendo, muitas vezes o TPA é contratado com vínculo
empregatício por prazo indeterminado, neste caso deixa de ser TPA passando a ser trabalhador
portuário com o aludido vínculo. Dessa forma, o tomador de mão-de-obra pode manter
empregado fixo treinado e capacitado para operar seus equipamentos de milhões de dólares.
Lembrando que na relação capital x trabalho com vínculo empregatício por prazo indeterminado
estará balizando, o aludido acordo de vontades, a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). De
forma diversa, a relação do TPA com os operadores portuários não incide diretamente a CLT, mas
sim, a convenção coletiva de trabalho específica.
A lei 12.815/2013 exarou, em seu art. 32, que os operadores portuários devem constituir em cada
porto organizado um órgão de gestão de mão de obra portuária, destinado a, entre outras
atribuições, administrar a mão-de-obra do trabalhador portuário e do trabalhador portuário avulso.
Visando o correto entendimento do assunto em comento, que aliás gera bastante dúvida para
muitos profissionais, citamos uma classificação doutrinária que enquadra o trabalhador portuário
em gênero do qual o TPA (trabalhador portuário avulso) é espécie. Esse último (TPA) ainda se
subdivide em TPA cadastrado e TPA registrado. Por conseguinte, o TPA cadastrado é,
coloquialmente exemplificando, um aspirante a TPA registrado. Dessa forma, observa-se que na
prática o TPA registrado possui precedência sobre os TPA's cadastrados. Exemplo: o TPA
registrado “escolhe” trabalhar apenas na atividade que a seu juízo é mais rentável e menos
prejudicial à sua saúde, ex: prefere trabalhar no manuseio de contêineres, dispensando as
fainas (trabalhos) que julgar mais desgastante e menos lucrativa, outro ex: dispensa a descarga
de sacarias soltas (uma a uma) no processo obsoleto, ou descarga de sacos de cimento. Esses
últimos serviços são deixados para o TPA's cadastrados realizarem.
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Para preenchimento da força de trabalho portuária, a Lei que regula a matéria atribuiu ao órgão
de gestão de mão-de-obra, entre outras atribuições, treinar e habilitar o trabalhador portuário,
inscrevendo-o no cadastro. Posteriormente a essa fase de cadastrado, o “aspirante”, após
seleção efetuada pelo órgão de gestão de mão de obra será registrado como TPA (trabalhador
portuário avulso). Evidentemente que, o aludido órgão verificará a necessidade para estabelecer
o número de vagas, a forma e a periodicidade para acesso ao registro do trabalhador portuário
avulso (art.32, V, Lei nº 12.815/13).
Outro ponto relevante está adstrito às atividades desempenhadas pelos trabalhadores portuários,
que no seu conjunto integram a atividade portuária. Em consonância com exposto retro
mencionado, informa a Lei nº 12.815/2013 que o trabalho portuário de capatazia, estiva,
conferência de carga, conserto de carga, bloco e vigilância das embarcações, nos portos
organizados, será realizado por trabalhadores portuários com vínculo empregatício por prazo
indeterminado e por trabalhadores portuários avulsos (art. 40, Lei nº 12.815/13).
Além do exposto supra, o diploma dos portos exarou as seguintes terminologias que identificam o
papel de cada atividade do trabalhador portuário com vínculo empregatício por prazo
indeterminado, bem como do trabalhador portuário avulso dentro do porto público, a saber:
capatazia: atividade de movimentação de mercadorias nas instalações dentro do porto,
compreendendo o recebimento, conferência, transporte interno, abertura de volumes para a
conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem como o carregamento e
descarga de embarcações, quando efetuados por aparelhamento portuário; estiva: atividade de
movimentação de mercadorias nos conveses ou nos porões das embarcações principais ou
auxiliares, incluindo o transbordo, arrumação, peação e despeação, bem como o carregamento e
a descarga, quando realizados com equipamentos de bordo; conferência de carga: contagem de
volumes, anotação de suas características, procedência ou destino, verificação do estado das
mercadorias, assistência à pesagem, conferência do manifesto e demais serviços correlatos, nas
operações de carregamento e descarga de embarcações; conserto de carga: reparo e
restauração das embalagens de mercadorias, nas operações de carregamento e descarga de
embarcações, reembalagem, marcação, remarcação, carimbagem, etiquetagem, abertura de
volumes para vistoria e posterior recomposição; vigilância de embarcações: atividade de
fiscalização da entrada e saída de pessoas a bordo das embarcações atracadas ou fundeadas ao
largo, bem como da movimentação de mercadorias nos portalós, rampas, porões, conveses,
plataformas e em outros locais da embarcação; e bloco: atividade de limpeza e conservação de
embarcações mercantes e de seus tanques, incluindo batimento de ferrugem, pintura, reparos de
pequena monta e serviços correlatos.
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Capítulo 5
5 -Equipamentos Portuários
A seguir, serão descritos diferentes tipos de equipamentos portuários e sua utilização. Ainda,
como forma didática de definir tais equipamentos, é possível observar-se que os mesmos podem
ser conjuntos de instalações de superestrutura, máquinas diversas utilizadas para movimentar
cargas entre diferentes modos de transporte, equipamentos STS (ship to shore), bem como
equipamentos de pátio (yard equipment), entre outros.
São equipamentos móveis utilizados para movimentar cargas na área apropriada e alguns
prestam também para auxiliar na conferência em serviços especiais, tais como os realizados pela
Receita Federal e outros.
É uma empilhadeira utilizada para movimentar cargas de pequeno porte. Normalmente possuem
garfos (empilhadeira de garfos) e prestam ao deslocamento de cargas paletizadas ou em fardos
em distâncias curtas. Sua capacidade de transporte varia de 1 a 6 toneladas. Visualize abaixo
modelo de empilhadeira de garfos.
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As empilhadeiras Reach Stacker são máquinas muito utilizadas nos diversos portos e de grande
valia para os diferentes serviços. São empilhadeiras de lanças e chegam a suportar 45 toneladas
de peso.
Hodiernamente os modelos das Reach Stackers estão cada vez mais avançados e com
capacidade ampliada. Algumas versões possuem funções hidráulicas aumentadas, translação da
máquina ainda mais progressiva, por possuírem comunicação eletrônica entre o motor e a
transmissão. Ressalta-se ainda, que a força de tração nos modelos mais modernos está bastante
diferenciada em relação aos modelos anteriores (230 KN para 290 KN, por exemplo).
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Está máquina foi criada para fazer o empilhamento de contêineres através do mastro de
manuseio dessas unidades de carga. As empilhadeiras top loader possuem movimento vertical, o
que torna imperativo aproximação do contêiner para realizar as manobras necessárias. Destaca-
se, por oportuno, que com o advento das empilhadeiras de lança frontal, Reach Stackers, houve
uma diminuição da demanda pelas top-loaders no que tange ao apoio aos serviços portuários; no
entanto, existem operações em outros segmentos logísticos que ainda demandam as
empilhadeiras top-loaders.
É uma máquina com estrutura alta para se movimentar acima dos contêineres, sendo, ainda,
bastante larga. Possui entre 06, 08 ou 10 rodas e conseguem içar o contêiner por dentro de seu
compartimento utilizando spreader suspenso.
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5.1.6 -Transtêiner/Guindaste de Pórtico Montado Sobre Pneus (RTG- Ruber Tyre Gantry
Crane)
São guindastes especiais para empilhar contêineres no pátio de armazenagem. Este guindaste
(Transtêiner RTG) é semelhante ao stradlle carrier, todavia são mais largos e possuem maior
comprimento que os “aranhas”. É importante destacar-se que sua estrutura o capacita a conter
diversas filas de contêineres, até seis fileiras. As máquinas mais modernas podem movimentar
contêineres a uma altura de 1 sobre 8. Os contêineres podem ser içados pela acoplagem em um
spreader deslocados para a área de interesse.
Este transtêiner é parecido com o Transtêiner/RTG, todavia é maior e tem capacidade também
ampliada, podendo conter até 20 filas de contêineres entre sua estrutura de pernas. Utiliza os
spreaders padrão, até um sobre 6. O movimento é feito por meio de rodas de aço sobre trilhos
fixos cobrindo a total extensão do bloco de armazenamento do pátio de contêiner (TECON, 2002;
apud BERTOLANI, 2004; com adaptações).
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São máquinas utilizadas para os chamados serviços de movimentação STS (ship to shore) e vice-
versa, ou seja: do navio para terra ou de terra para o navio. Destacam-se os portêineres e os
MHC (mobile harbour crane) dado que são de grande empregabilidade nos diversos portos do
mundo.
5.1.9 -Portêiner
Os MHC's são guindastes pórticos que possuem torre e lança com um cabo especial para
alcançar e içar os contêineres. Os guindastes MHC's constituem-se equipamentos portuários de
alta capacidade operacional. Características especiais os tornam muito flexíveis permitindo sua
adaptação a quase todos os tipos de movimentações de cargas, a saber: sistemas de eletroímã
para chapas e laminados, ganchos específicos para carga de projeto, garras para sucata e outros
materiais, bem como spreader para contêineres. A seguir é ilustrado um modelo de MHC.
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Cumpre frisar que em alguns shiploaders para granéis sólidos os fabricantes apresentam em
seus modelos mais modernos a existência de tubo telescópio especial para carregamento de
açúcar com sistema de aspiração contra emissão de pó na atmosfera. Assim sendo, além de
atender o mercado visam, ainda, minimizar o impacto ao meio ambiente.
Ainda, no que tange aos modelos mais sofisticados de shiploaders, é relevante informar que com
boa combinação dos movimentos é possível alcançar todos os pontos dos porões das
embarcações e isso contribui sobremaneira para um excelente fator de estiva no perfeito
preenchimento dos espaços internos dos porões dos navios.
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Capítulo 6
A Lei nº 12.815/2013, que revogou a antiga Lei dos Portos (Lei nº 8.630/93) define instalação
portuária como a instalação localizada dentro ou fora da área do porto organizado e utilizada em
movimentação de passageiros, em movimentação ou armazenagem de mercadorias, destinadas
ou provenientes de transporte aquaviário. Para facilitar o entendimento, as diversas instalações e
estruturas presentes nos portos serão listadas abaixo.
A estrutura portuária é bastante complexa e pode ser composta de diversas instalações. A seguir,
serão abordadas as principais estruturas para uma ideia geral visando a perfeita compreensão de
um porto e suas diversas instalações.
a) Porto
Normalmente é um lugar próximo a costa marítima ou de rio ou lago (on shore, localizado em
terra, ou ainda: com ligação em terra) que oferece às embarcações as condições para entrada e
fundeio. Quando fora da costa é intitulado off shore.
b) Terminais Portuários
c) Cais/Berço de Atracação
Berço é a posição de atracação de um terminal ou porto onde a embarcação entra para as suas
operações.
d) Pátios
São os locais abertos em plano horizontal, e com piso próprio, utilizados para acomodação das
cargas a serem embarcadas, ou aquelas desembarcadas dos navios.
e) Equipamentos Portuários
embarque e desembarque de carga geral, carga granel sólida, carga granel líquida, contêineres,
etc. Esse assunto será pormenorizado em itens específicos.
a) Companhias Docas
São as autoridades portuárias dos portos públicos. São responsáveis, entre outras coisas, cumprir
e fazer cumprir as leis, os regulamentos e os contratos de concessão; assegurar o gozo das
vantagens decorrentes do melhoramento e aparelhamento do porto ao comércio e à navegação;
pré-qualificar os operadores portuários, de acordo com as normas estabelecidas pelo poder
concedente; arrecadar os valores das tarifas relativas às suas atividades; fiscalizar ou executar as
obras de construção, reforma, ampliação, melhoramento e conservação das instalações
portuárias; fiscalizar a operação portuária, zelando pela realização das atividades com
regularidade, eficiência, segurança e respeito ao meio ambiente, etc.
Ressalta-se, por oportuno, que os diversos conceitos dos itens abordados acima serão tratados
em pormenores em capítulo específico, sendo citados por ora apenas para familiarização dos
muito institutos afetos à atividade portuária.
É relevante destacar que o porto é composto por infraestruturas e superestruturas que integram o
seu lay out básico. As infraestruturas são classificadas recorrentemente como infraestrutura
portuária aquaviária (molhes, quebra-mares, canal de acesso, etc) e infraestrutura portuária
terrestre (pátios, cais, etc) . Por sua vez as superestruturas são as construções/edificações e os
equipamentos instalados no porto que servem para operações e armazenagens diversas
(armazéns, silos, correias transportadoras, moegas, tombador de carretas, entre outros).
Ressalta-se, por oportuno, que no modelo de gestão intitulado landlord port os investimentos
referentes à infraestrutura ficam geralmente a cargo do poder público. Por seu turno, o ônus com
as superestruturas são normalmente efetuados pelo investidor (arrendatário/operador portuário).
A seguir serão especificadas as diversas terminologias que englobam a infraestrutura portuária
aquaviária e a infraestrutura portuária terrestre.
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6.4.1.1 -Molhes
São proteções para área abrigada e apresentam uma das extremidades ligada à costa. Os
molhes são por natureza obras marítimas de construções hidráulicas com estruturas alongadas
semelhantes a um pontão ou espigão. Eles são inseridos nos mares apoiados no leito submarino
pelo peso dos materiais que o formam, geralmente pedras ou blocos de concretos. Os molhes
apresentam uma longa e estreita formação estrutural que se estende em direção ao mar. Essas
construções prestam-se à proteção contra o excesso de ondas que podem por em risco as
embarcações.
6.4.1.2 -Quebra-Mares
São semelhantes aos molhes, todavia não possuem nenhuma ligação com a costa. Como o nome
mesmo diz servem para reduzir o ímpeto dos mares e das ondas.
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6.4.1.6 -Dragagem
É sabido que os portos podem ser naturais ou artificiais, conforme já dito. Destaca-se, por
oportuno, que em muitas situações, no porto, faz-se necessário a intervenção humana, uma delas
é a execução de dragagem para correção, construção ou manutenção da já citada infraestrutura
portuária aquaviária, bem como para a viabilização econômica do porto.
A Lei nº 12.815/13 estabeleceu que dragagem é obra ou serviço de engenharia que consiste na
limpeza, desobstrução, remoção, derrocamento ou escavação de material do fundo de rios, lagos,
mares, baías e canais (inciso I, parágrafo 2º, art.53 da Lei nº 12.815/13). Assim sendo, é possível
afirmar-se que as obras de dragagem deverão, conforme o caso, ser efetuadas no canal de
acesso, na bacia de evolução, área de fundeio, berço de acostagem, entre outros locais
específicos para tráfego de embarcações. Abaixo é possível visualizar draga em operação.
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Cumpre frisar que as infraestruturas portuárias terrestres são bastante variadas. Serão
exemplificadas as diversas infraestruturas portuárias terrestres que poderão ser encontradas nos
portos.
As defensas são estruturas que servem para proteção do costado das embarcações que ao se
aproximarem do cais correm risco de colidirem com os mesmos, por ocasião da manobra de
atracação, causando prejuízos. É recomendável que o material empregado na construção das
defensas seja de boa resistência e durabilidade. Abaixo, exemplos de defensas portuárias.
Os cabeços de amarração são colunas de ferro de baixa estatura (em torno de 80cm) que são
fixados junto aos cais de um porto para servirem de local apropriado para amarração das espias
das embarcações. Abaixo é possível a visualização de um cabeço de amarração.
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São as obras que dão suporte para que as embarcações atraquem e desatraquem do porto
efetuando o embarque e desembarque de carga e/ou passageiros. São formadas por estruturas
resistentes a diversos esforços. Nestas obras acontecerão movimentações diversas, carga e
descarga de contêineres, operações do tipo roll-on-roll-off , movimentação de carga geral, todas
elas exigindo uma estrutura projetada com altíssimo nível técnico.
São exemplos destas obras o píer, cais e dársena. A diferença entre elas está em sua estrutura,
sendo o cais uma instalação de acostagem paralela à margem, pode ser contínuo ou não. O píer
é uma instalação de acostagem que se projeta para o interior das águas (mar, rio ou lago)
podendo atracar embarcações dos dois lados, pode ainda ter formato em “L” ou “T”. A dársena é
uma sequência de píeres, onde existe espaçamento entre um píer e outro para proteção dos
navios.
As obras de acostagem podem ser classificadas sob várias óticas tendo como principais:
As obras de acostagem on-shore são aquelas localizadas na linha da costa, a obra de atracação
poderá ser um píer, um cais, etc., e quando o porto esta voltado para alto-mar necessita-se de
obras de proteção. As obras de acostagem protegidas são aquelas em que a maré é
naturalmente ou artificialmente contida com objetivo de não prejudicar as operações portuárias é
neste tipo de acostagem que encontramos águas tranquilas. Podem ser protegidas naturalmente
ou artificialmente. As de forma natural geralmente são construídas aproveitando as baías,
enseadas, foz de rios, etc. Já as obras de acostagem protegidas de forma artificial precisam de
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obras como molhes, guias correntes ou quebra mares para manter as águas calmas (as obras de
proteção serão melhor explicadas adiante). As obras de acostagem construídas em mar aberto
(off-shore) podem estar ligadas ao continente por pontes, passarelas, dutos ou qualquer outro
meio que possibilite tal ligação, neste caso a atracação para os navios pode ser um píer ou
dolfins. Ainda, existem aquelas obras de acostagem localizadas no interior da costa, de estuários
e baías. Normalmente são construídas em águas protegidas, não precisando, muitas vezes de
obras de abrigo. O tipo de obra de acostagem escolhido vai depender do tipo de operação que é
realizada para movimentação de carga.
Cais de peso: é uma estrutura em que os esforços solicitantes que atuam são equilibrados pelo
peso da própria estrutura. Os esforços atuantes em uma estrutura do tipo cais são empuxo do
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terrapleno de retro área, peso próprio da estrutura, cargas verticais e horizontais devido ao
equipamento, sobrecargas definidas em norma, cargas devido à atracação dos navios e cargas
devido à amarração dos navios.
Tomando como referência a disposição, os cais podem ser contínuos ou descontínuos. Enquanto
aquele apresenta a plataforma de atracação dos navios de forma contínua, como é o caso dos
navios graneleiros, este apresenta a plataforma não contínua, composto, por exemplo, por dolfins
de atracação e dolfins de amarração, caso dos navios de granéis líquidos. Os dolfins são
estruturas de concreto sobre estacas, peso ou cortina de estacas-pranchas onde pode servir para
amarração do navio ou atracação. Quando de amarração esta é feita em cabeços instalados nos
próprios dolfins. Uma estrutura descontínua pode ou não estar ligada fisicamente à retro área. No
caso de terminais de granéis líquidos, o produto pode vir por dutos. Numa atracação descontínua
é sempre necessária uma estrutura de apoio. No caso de granéis sólidos, podem ser torres de
carregamento e, no caso de granéis líquidos, plataforma de operação.
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Capítulo 7
7 -Portos
A palavra porto está intimamente relacionada ao propósito que ele, o porto, guarda consigo, a
saber: abrigo, refúgio, ancoradouro, atracadouro, devendo possuir boa profundidade e
acessibilidade tanto terrestre quanto por modo aquaviário. Além disso, existem outros conceitos
ligados ao porto, tais como: canal de acesso, bacia de evolução, berços de acostagem, espaço
retroportuário, dentre outros. Assim sendo, é possível afirmar-se que porto é o abrigo, proteção
natural ou artificial para as embarcações em águas calmas. Por conseguinte, o porto possui
instalações que se prestam ao embarque e desembarque de mercadorias e de passageiros. Com
isso, percebemos que as transações comerciais e o intercâmbio cultural têm no porto um
excelente vetor para a integração entre os diversos mercados e os variados povos.
Por outro lado, esse conjunto natural pode ser alterado, construído e aparelhado pelo homem,
funcionalmente, objetivando determinados fins. Independentemente da finalidade do porto, seu
conceito conjugará requisitos naturais e artificiais, permitindo, inicialmente uma definitio
structuralis e posteriormente uma definição teleológica ou finalista (JUNIOR, 2008).
Infere-se do exposto supra que num primeiro momento os portos foram construídos nas áreas
marítimas naturais que dispunham das condições necessárias, já mencionadas acima, para
segurança das embarcações (naus, caravelas, e outras), bem como para possibilitar embarque e
desembarque de mercadorias e pessoas de maneira satisfatória. Evidentemente, com o passar
do tempo, e a expansão da ocupação humana sobre as diversas áreas do planeta, esses espaços
específicos naturais, abrigados e tranquilos nem sempre foram encontrados. Assim sendo, a
intervenção do homem se prestou de tal forma a viabilizar a instalação de portos em situações
artificiais, com modificação na profundidade por meio de dragagem, correção do curso do canal
de acesso e outras obras de engenharia civil portuária.
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Os Portos evoluíram e prestam, atualmente, um sem número de serviços que foram sendo
agregados com o passar do tempo. Neles encontramos: agentes marítimos, agenciadores de
carga (cargo broker), despachantes aduaneiros, armadores, práticos e diversos outros
profissionais que laboram na empresa marítima e nos portos. O Porto, hoje, precisa estar
integrado ao conceito de plataforma logística, dessa forma deve servir efetivamente como elo na
cadeia de distribuição e estar conectado às novas tecnologias de gestão portuária, bem como aos
diversos mercados que se insurgem dia a dia.
Por seu turno, os avanços tecnológicos e o fenômeno da globalização da economia fez com que,
radicalmente, mudassem a forma de operacionalizar as diversas interfaces no setor portuário. A
aludida globalização é entendida de forma mais simples como a ampliação de escala das
interações econômicas, sociais, políticas e culturais em um contexto mundial. E essa, a
globalização, produziu reflexos extremamente relevantes também no setor portuário. Podemos
citar alguns, tais como: aumento da competição entre e intraportos com consequente
modernização nos processos de carga e descarga, diversas máquinas foram concebidas para
otimizar a movimentação portuária, dentre elas: shiploaders, top loaders, reach stackers,
empilhadeiras forklift, stradlle carrier, o surgimento do contêiner e o aumento do tamanho das
embarcações.
De maneira geral é possível observar que a partir da década de 80, com a disseminação do uso
do contêiner e os já mencionados avanços tecnológicos, houve a flagrante necessidade de
modernização dos portos do mundo e como não poderia ser diferente, também, os do Brasil.
Nota-se que, seguindo a linha do pensamento neo-liberal da época e as premissas que os países
desenvolvidos entendiam como ideais para o mundo, foi proposto pelo Banco Mundial e pela
UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento, em 1985), um
conjunto de doutrinas para modernização, eficiência e melhor alocação dos portos em escala
global. O Banco Mundial atuou inclusive com linhas de financiamento para os países envolvidos
que demonstrassem evidentemente seguir a série de exigências para adequação ao modelo
proposto. Foi confeccionado o célebre Port Development (UNCTAD, 1985) como um específico
manual de desenvolvimento portuário, que buscava, entre outras coisas, implantar conceitos de
eficiência e boa gestão portuária.
De acordo com Baird (1998; apud Souza e Lopes), alguns dos principais problemas para o
desenvolvimento dos portos brasileiros eram, entre outros:
- Falta de investimentos na infraestrutura e superestrutura portuária; os portos necessitavam de
investimentos urgentes para adequação aos acessos marítimos e, principalmente, na
modernização dos equipamentos e das áreas de estocagem;
- Ineficiência na gestão das operações, agravada pela falta de investimentos em sistemas de
informação e controle dos terminais, e também pela ausência de comando único nas
operações de carga e descarga; as operações em terra eram de responsabilidade da
capatazia – funcionário do porto, enquanto as operações a bordo ficavam a cargo dos
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trabalhadores a vulso, sem que houvesse um responsável único por esses dois tipos de
trabalho;
- Monopólio dos sindicatos dos trabalhos na exploração e escalação da mão-de-obra avulsa, que
mantinham grupos de trabalho inchados, inadequados às novas condições operacionais
introduzidas pela conteinerização.
Buscando melhorias no sistema portuário brasileiro que apresentava muitas ineficiências,
conforme exposto acima, o governo federal editou a Lei nº 8.630, em 1993. As alterações
advindas desse incipiente diploma normativo propiciou uma mudança significativa na gestão da
mão-de-obra (anteriormente imperavam os sindicatos, a Lei citada instituiu o OGMO- Órgão
Gestor de Mão de Obra) e possibilitou investimento privado na operação portuária. Essas simples
medidas foram decisivas para o aumento da produtividade dos portos brasileiros. Evidente que
essas melhorias estão cotejadas com o modelo anterior ao da Lei nº 8.630/93, sendo que o
advento desse aludido marco regulatório per se não eliminou todos os complexos problemas que
há décadas encontram-se nos portos brasileiros.
Infere-se do exposto supra que o processo de reorganização dos portos brasileiros com a
instituição da Lei nº 8.630/93 foi relevante para a inserção da iniciativa privada nacional e
estrangeira na efetiva operação portuária, mas não eliminou todos os gargalos. Foram por
conseguinte, criados terminais privativos especializados por determinadas cargas, a título de
exemplo: os terminais de contêineres.
Merece ser mencionado, ainda, o trabalho da CNI, publicado em 2007, (Reforma Portuária: o que
falta fazer) com intuito de fomentar o debate para avançarmos nas contribuições rumo à
necessária modernização dos portos do Brasil. No versado trabalho é possível verificarmos que,
dentre outros fatores, a má gestão e o volume insuficiente de investimento são fatores muito
impactantes no que tange ao desempenho insatisfatório dos portos brasileiros. Dessa forma, é
possível afirmar-se que seria relevante gestão profissionalizada das administrações portuárias,
com instituição de gestores empreendedores, com visão de negócio e foco nos resultados, sem
ingerência política. Ainda, no que tange aos investimentos, o Brasil esteve inerte nessa seara por
muitos anos, isso fez com que o setor se estagnasse e apresentasse problemas por seus
métodos obsoletos. Merece, ainda, ser citado que para a CNT “os portos são o ponto de encontro
de um país com o mercado internacional (CNT, 2012). Dessa forma, se o Brasil pretende ampliar
seu comércio com o mundo deverá investir em seus portos, tornando-os mais atrativos e
competitivos frente à demanda que tem aumentado razoavelmente.
7.3.1 -Hinterland
7.3.2 -Foreland
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Neste modelo de gestão, a autoridade portuária é um ente público, detém a posse de todos os
ativos (terreno, construções e equipamentos), executa as atividades portuárias exerce as funções
regulatórios do setor. Assim sendo, percebe-se que nesta abordagem os investimentos tanto em
infraestrutura quanto na superestrutura são públicos.
Modelo parecido com o service port, caracteriza-se pela divisão operacional das
responsabilidades. A autoridade portuária investe em infraestrutura e superestrutura portuária. A
operação dos equipamentos é implementada por mão-de-obra da autoridade portuária, todavia as
atividades nas embarcações e cais são feitas por empresas privadas.
No landlord port a escolha dos terminais por parte da iniciativa privada, ocorre por algum
processo de competição, em geral licitatório- fomentando, por tanto, a concorrência pelo
mercado. Neste processo são estabelecidas as condições de prestação do serviço, incluindo a
necessidade de reversão dos ativos ao poder concedente no término do prazo acordado em
contrato.
Grandes complexos explorados de acordo com os conceitos desse modelo podem conter
diversos terminais concedidos operando simultaneamente, inclusive movimentando os mesmos
tipos de cargas, ou seja, competindo no mercado (GALLARDO, 2011; com adaptações).
Esse standard resulta na ausência do setor público na atividade portuária. Todo o investimento,
tanto em infraestrutura quanto em superestrutura, é implementado pelo ente privado, incluindo a
administração e operação portuária. Assim sendo, percebe-se neste padrão uma oposição ao
standard do service port. Ou seja, no private service port há supremacia do investimento e
operação do setor privado e no service port, pelo contrário, há hegemonia do investimento e
operação portuária pelo setor público.
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É importante observar-se que classificar significar distinguir, separar, agrupar por características
comuns ou prevalecentes. Dessa forma, são estruturadas classificações para os portos com o
objetivo de melhor compreendermos os diferentes tipos ou as distintas fases porque passaram os
variados portos.
Os portos podem, por sua vez, estar inseridos em diversos tipos de corpos d'água. Por esse
critério é possível identificar três universos aquáticos distintos em que os portos podem situar-se,
a saber: o universo marítimo, o fluvial e o lacustre. Dessa forma, são definidos os portos
marítimos, os portos fluviais e os portos lacustres.
Ressalta-se, por oportuno, que por força da Resolução Antaq nº 2.969, de 16 de julho de 2013, os
Portos Públicos, Terminais de Uso Privado e Estações de Transbordo de Cargas classificados
como Marítimos, Fluviais e Lacustres levam em consideração as seguintes definições, ipsis
litteris:
I - Portos Marítimos são aqueles aptos a receber linhas de navegação oceânicas, tanto em
navegação de longo curso (internacionais) como em navegação de cabotagem (domésticas),
independente da sua localização geográfica;
II - Portos Fluviais são aqueles que recebem linhas de navegação oriundas e destinadas a
outros portos dentro da mesma região hidrográfica, ou com comunicação por águas interiores;
e
III - Portos Lacustres são aqueles que recebem embarcações de linhas dentro de lagos, em
reservatórios restritos, sem comunicação com outras bacias.
7.5.2 -Classificação Segundo suas Atividades
Os portos alimentadores são portos regionais que prestam principalmente a prover, suprir, ou
alimentar portos maiores (podendo ser esses, os portos maiores, os de transhipment ou mesmo
um hub port). Dessa forma, atendem navios de menor porte, com calados para média
profundidade (até 12 metros) e capacidade de até 5.000 TEU (twenty feet equivalente unit). Esses
portos são também chamados de "distribuidores" pelo fato de atenderem aos navios que
direcionarão a carga ao local desejado num outro porto no litoral de um país ou estado.
Esses portos poderão ser de transbordo puro ou específico e, ainda, servir de alimentadores da
região em que se situam. É importante salientar-se que a tendência hodierna é que em sua
maioria a carga vem sendo transbordada para outros navios alimentadores. Percebe-se que, na
atualidade, são encontrados portos de transbordo com movimentações muito altas, acima de 15
milhões de TEU ao ano. Estes portos estão localizados sobretudo no Mediterrâneo e na Ásia.
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Os portos concentradores, ou portos pivôs são portos com alto nível de serviços e eficiência que
prestam a concentrar cargas e linhas de navegação. Esse termo, hub port, provém de uma
estratégia para aumentar o tamanho dos navios e consequentemente a quantidade ou o volume
das cargas transportadas. Assim, concentram-se rotas e minimiza-se o número de escalas
adotadas pelas principais companhias marítimas (armadoras). Esse fenômeno começou a ser
mais notado a partir dos anos noventa. Pode-se inferir que a estratégia dos hub ports de
diminuição do tempo de viagens internacionais- dos navios de longo curso, com consequente
aumento dos negócios de importação e exportação, possibilita economia de escala e de escopo.
Por todo o exposto supracitado é possível extrair-se que os portos pivôs têm como funções
permitir que os mega navios porta-contêineres (15.000 à 18.000 TEU) possam ser carregados e
descarregados numa única parada. Dessa forma, os custos por unidade de carga transportada
diminuem pelo fato dos navios não efetuarem várias paradas. Ocorre assim, a chamada
economia de escala e de escopo, pois os navios singram os percursos aquaviários sem
capacidade ociosa. Além disso, como já explicitado, eles têm função de integrar o sistema
logístico de transportes aquaviários.
Destaca-se que para efetiva implantação e o perfeito funcionamento dos hub ports faz-se
necessário o advento de um serviço de cabotagem eficiente, e para que isso ocorra é
imprescindível boa frequência e agilidade no transbordo dos contêineres nos portos envolvidos.
De tal sorte que exigem-se grandes volumes de carga para que esse sistema seja viável.
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a) Porto de Rotterdam
O Porto de Rotterdam, na Holanda, é um porto do norte da Europa com uma dinâmica comercial
que se renova ano a ano. Além disso, a gestão do Porto de Rotterdam está sempre substituindo
estruturas com a finalidade de manter a eficiência e modernizar seu aparato tecnológico. A área
do Porto de Rotterdam está calculada em torno de 10,5 mil hectares de espaço útil, possui mais
de 80 km de cais, 400 guindastes do tipo portêineres, 35 rebocadores. A profundidade do porto
chega a 24m, isso permite o acesso a navios de 22m (ou 23m) de calado, portanto os maiores
conteineiros do mundo. Naquilo que se relaciona ao seu sistema de movimentação de cargas é
destacável que suas operações nos terminais de contêineres são automatizadas. Os veículos
movimentam-se sem auxílio de condutores (motoristas). O deslocamento é implementado por
meio de sensores instalados no "chão de cais".
É relevante frisar-se que, já em 1999, o Porto de Rotterdam respondia isoladamente por 18,2%
de participação nos tráfegos transoceânicos (fonte: Drewry Shipping Consultants, 1999). Em
2007, foi verificado o número de 10.790.000 TEU em movimentação de contêineres no Porto de
Rotterdam (UNCTAD, 2008) .
b) Porto de Hamburgo
A economia alemã tem como suporte básico a exportação, e esta para o seu correto
desenvolvimento conta com os exemplares portos de Hambugo e Bremen (LOREDO, 2004).
A cidade de Hamburgo é hoje a segunda maior da Alemanha, com 1,7 milhões de habitantes,
sendo 1 milhão de pessoas fazendo parte da mão-de-obra ativa da cidade, o que contribui para
um dos menores índices de desemprego no país. Hamburgo tem uma das economias mais
eficientes e produtivas da Alemanha (e do mundo), com um PIB de 70 bilhões de Euros, 3.6%
acima da média nacional. A cidade possui ainda o segundo maior centro financeiro do país.
(PORT OF HAMBURG MARKETING, 2002; apud LOREDO, 2004)
O Porto de Hong Kong, na China, é um porto relativamente pequeno, pouco mais de 5km, mas
que possui um alto volume em movimentação de carga. Para efeitos comparativos o volume de
carga movimentada é quatro vezes maior que o do Porto de Santos. O Porto de Hong Kong
possui sistema offshore (ao largo do porto) de descarga de contêineres. Além disso o
armazenamento vertical de contêineres é dos mais eficientes do mundo, com possibilidade de
armazenagem de até 13 andares de contêineres. Em 2007 o Porto de Hong Kong movimentou
23.881.000 TEU, ficando atrás apenas de Xangai (26.150.000 TEU) e Cingapura (27.932.000
TEU), todos eles: portos asiáticos. (UNCTAD, 2008)
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d) Porto de Xangai
Xangai é a maior cidade chinesa e possui um porto que tem 85km de cais, o Porto de Xangai. Na
sua zona industrial está instalada uma fabricante mundial de guindastes e portêineres, que produz
para os portos chineses e também para portos de todo o mundo, inclusive Santos (SP) e Pecém
(CE). O Porto de Xangai movimentou, em 2007, o total de 26.150.000 TEU, sendo o segundo em
manuseio global de contêineres ficando atrás apenas do Porto de Cingapura (UNCTAD,2008).
e) Porto de Cingapura
Este porto está localizado em uma área estratégica. O Porto de Cingapura possui ótima e
organizada estrutura de serviços e isso explica porque o porto, em 2007, foi o maior
movimentador de cargas conteinerizadas do planeta. O Porto de Cingapura movimentou - em
2007- o total de 27.932.000 TEU (UNCTAD,2008) e ficou em primeiro lugar no rankig do relatório
da UNCTAD.
f) Porto de Busan
g) Porto de Antuérpia
O Porto de Antuérpia, na Bélgica, é um porto municipal com administração técnica e não política.
Possui orçamento para investimentos em estruturas para contêineres na ordem de 100 milhões
de dólares anuais. Em relação aos portos da Europa, o Porto de Antuérpia é o terceiro em
movimentação, na frente dele temos Rotterdam e Hamburgo, respectivamente.
Pelo relatório da UNCTAD, de 2008, O Porto de Antuérpia, foi o décimo quarto em movimentação
de contêineres. Foram manuseados neste porto o total de 8.176.614 TEU em 2007 (UNCTAD,
2008).
h) Porto de Kaohsiung
O Porto de Long Beach, no sul da Califórnia (EUA), é um dos primeiros portos do mundo com
séria preocupação ambiental. Esse porto dedica-se a melhorar a qualidade do ar nos portos. Por
esse motivo é um porto reconhecido internacionalmente como um dos melhores do mundo. Ainda,
em comparação com outros portos dos EUA, ele ocupa o segundo lugar em movimentação de
contêineres, fica atrás apenas do Porto de Los Angeles (EUA). Possui 13km² de área útil e 40 km
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de orla. Em 2007, o Porto de Long Beach, movimentou 7.312.465 TEU o que lhe possibilitou
alcançar o décimo quinto lugar em quantidade de contêineres manuseados, segundo ranking da
UNCTAD (UNCTAD, 2008).
O Porto de Los Angeles (EUA) é o maior porto em movimentação de contêineres dos Estados
Unidos. Juntamente com o Porto de Long Beach, formam o terceiro centro portuário mais
movimentado do planeta. Esse importante porto dos Estados Unidos movimentou contêineres
num total de 8.355.039 TEU, em 2007, conseguindo ficar em décimo terceiro lugar pelo relatório
da UNCTAD (UNCTAD, 2008).
Infere-se de todo exposto acima que os maiores portos globais (sobretudo em movimentação)
estão concentrados na Ásia, Europa e Estados Unidos. Assim sendo, é possível afirmar-se que a
grande maioria das cargas transportadas no mundo efetuam derrota marítima por rota comercial
no sentido leste-oeste e vice-versa. No entanto é interessante notar-se que segundo dados
recentes (2012), a América do Sul vem apresentando significativo crescimento em matéria de
movimentação de contêineres, dessa forma a região está sendo bem vista pelos armadores e
demais players.
Os navios alimentadores sairão dos portos com localização regional e serão direcionados para
um porto transhipment. Ao chagar ao porto de transbordo é efetuada a descarga e posteriormente
armazenada (ou não) a carga resultante do descarregamento. Feito isso, no momento adequado,
é carregado um mega navio e este partirá do porto concentrador de origem ou, se for o caso de
um porto de transbordo, para um hub port de recepção. Por conseguinte, após a derrota
marítima, a carga é descarregada e armazenada até ser direcionada para novos portos
alimentadores, sendo direcionadas aos portos regionais e estes distribuem para o mercado
consumidor preterido.
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CAPÍTULO 8
8 -Portos Brasileiros
Instalação Portuária Pública de Pequeno Porte (IP4): instalação portuária explorada mediante
autorização, localizada fora do porto organizado e utilizada em movimentação de passageiros ou
mercadorias em embarcações de navegação interior;
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O Brasil é o quinto maior país em extensão territorial. São 8.515.767 quilômetros quadrados,
localizados na porção centro-oriental da América do Sul. Banhado a leste pelo oceano Atlântico
em 7.367 quilômetros de costa, o Brasil ainda tem 16.886 quilômetros de fronteiras com todos os
países sul-americanos, exceto com o Chile e o Equador (Almanaque Abril, 2013). Além dessas
relevantes informações, é destacável o mercado consumidor brasileiro que possui hodiernamente
mais de 200 milhões de Habitantes.
Infere-se do exposto acima que o Brasil possui vocação tanto para a navegação, devido ao seu
extenso litoral, quanto para a exploração portuária, porque esta presta-se à viabilização dos
transportes aquaviários e consequentemente do comércio marítimo. Sendo que este, o comércio
marítimo, é responsável por cerca de 95% das transações globais. Daí, percebemos a
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importância de se possuir portos modernos e eficientes, bem como uma marinha mercante
nacional forte e capaz de atender a demanda crescente por esse modo de transporte.
A Região Sul do Brasil é uma das mais desenvolvidas, contando com um dos melhores
indicadores sociais e possui importantes portos que participam diretamente no desenvolvimento
tanto em contexto local, regional quanto nacional. Essa região é formada pelos estados de Rio
Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
Ainda, como fator de destaque, tem-se que, a região sul está muito próxima às fronteiras de
países como: Argentina, Paraguai e Uruguai. Estes países retrocitados são os principais parceiros
do Brasil no Mercado Comum do Sul (Mercosul). Percebe-se que (semelhante às outras regiões
brasileiras) o setor de serviços responde pela maior parte das riquezas. Depois vem a indústria-
com ênfase para os setores metalúrgico, têxtil e de alimentos.
Cumpre ressaltar, ainda, que a Região Sul detém quase metade da produção nacional de grãos,
com cultivo de soja, milho, arroz, feijão, trigo e tabaco, e muitas frutas típicas do clima frio
(Abril/2013; com adaptações).
Outro destaque é que em relação ao PIB regional registrado pelo IBGE em pesquisa de 2010 foi
constatado que os estados do sul possuem um PIB de R$ 622.254 milhões. Sendo que, o Rio
Grande do Sul responde por 40,6% deste total, Paraná 34,9% e Santa Catarina com a fatia de
24,5% (Fonte: IBGE, 2010).
É neste contexto que estão inseridos os portos da região Sul do Brasil. É possível observar-se
que o desenvolvimento local e regional verificado tem, também, nos portos um excelente fator
determinante, dado que são portos bastante desenvolvidos e muitos deles apresentam bons
sinais de crescimento na movimentação de cargas contribuindo consequentemente para a
pujança verificada.
Após todo o exposto supra mencionado serão analisados abaixo os portos da Região Sul do
Brasil. Cumpre informar-se que a análise, por motivos didáticos, será implementada
ascendentemente, de acordo com a posição geográfica dos portos brasileiros exemplificados no
mapa portuário disponibilizado no sítio eletrônico da Antaq (Agência Nacional de Transportes
Aquaviários). É possível verificar-se que os portos organizados localizados no sul do Brasil, são
os seguintes: Porto de Rio Grande (RS), Porto de Pelotas (RS), Porto de Estrela (RS), Porto de
Porto Alegre (RS), Porto de Imbituba (SC), Porto de Itajaí (SC), Porto de São Francisco do Sul
(SC), Porto de Paranaguá (PR), Porto de Antonina (PR), perfazendo, desta forma, um total de 9
portos organizados localizados na região mais setentrional do País.
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O Porto de Rio Grande está localizado no Estado do Rio Grande do Sul, próximo às margens do
canal que interliga o oceano Atlântico à Laguna do Patos. Este porto consolidou-se como porto do
Cone Sul por apresentar forte atuação no extremo sul do Brasil. O Porto de Rio Grande é
administrado por uma Autarquia Estadual vinculada à secretaria da Infraestrutura e Logística do
Rio Grande do Sul. A citada autarquia é intitulada Superintendência do Porto de Rio Grande
(SUPRG).
O Decreto nº 10.591, de 25 de julho de 2005, definiu a área do porto organizado do Rio Grande,
que é constituída, a saber:
I- pelas instalações portuárias terrestres nos Municípios de Rio Grande e São José do Norte, tais
como cais, docas, píeres de atracação, armazéns, pátios, edificações em geral, vias e
passeios, e terrenos ao longo das faixas marginais, abrangidos pela poligonal da área do porto
organizado e destinados a atividade portuária, incorporados ou não ao patrimônio do Porto de
Rio Grande;
II- pela infraestrutura de proteção e acessos aquaviários, nela compreendida o canal de acesso,
a bacia de evolução, a área de fundeio interna ao Porto de Rio Grande e os molhes leste e
oeste;
III- pela poligonal da área do Porto Organizado de Rio Grande.
É possível observar-se que o hinterland do Porto de Rio Grande está compreendido pelos
estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, bem como pelos seguintes países:
Uruguai, o sul do Paraguai e o norte da Argentina. Importante ressaltar que essa área de
influência não é estanque e por isso, eventualmente, pode estender-se a outros estados
brasileiros, por exemplo: o sul de São Paulo.
Destacam-se como principais cargas movimentadas no Porto de Rio Grande, a saber: soja em
grão, farelo de soja, fertilizantes, cavaco de madeira, óleo de soja, trigo, celulose, fumo, frango
congelado, calçados, maquinário agrícola e contêineres (CNT, 2012).
O Porto de Pelotas está localizado na cidade de Pelotas, no estado do Rio Grande do Sul. O
porto está situado à margem direita do canal de São Gonçalo, sendo que este canal liga a Lagoa
Mirim e a Lagoa dos Patos.
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organizado, conforme definido no item “a” acima, existentes ou que venham a ser construídas
e mantidas pela Administração do Porto ou por outro órgão do poder público.
O hinterland do Porto de Pelotas está compreendido pelas regiões marginais da Lagoa dos Patos
e pela parte centro-sul do estado do Rio Grande do Sul. Destaca-se, por oportuno, que o Porto de
Pelotas funciona como uma espécie de feeder (alimentador) para o Porto de Rio Grande.
O Porto de Porto Alegre é considerado o maior porto fluvial do País, em extensão. Possui oito
quilômetros de cais acostável. Estes são divididos entre os cais Mauá, Navegantes, e Marcílio
Dias.
Este porto está localizado na margem esquerda do Lago Guaíba, na parte noroeste da cidade de
Porto Alegre (RS). É administrado pela Superintendência de Portos e Hidrovias do Rio Grande do
Sul (SPH). A estrutura do porto é compreendida por 25 armazéns com 70 m². A área útil total
perfaz cerca de 450 mil m².
O hinterland deste importante porto compreende o estado do Rio Grande do Sul, incluindo em
destaque, o eixo Porto Alegre - Caxias e demais municípios vizinhos.
Ressalta-se que por força da Portaria-MT nº 1.009, de 16/12/93 (D.O.U de 17/12/93), a área do
porto organizado de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, é constituída:
a) pelas instalações portuárias existentes na margem esquerda do rio Guaíba, estendendo-se
desde a extremidade sul do Cais Comercial, junto à Ponta da Cadeia até a extremidade norte,
junto ao Saco do Cabral, abrangendo todos os cais, docas, pontes, píeres de atracação e
acostagem, armazéns, silos, rampas ro-ro, pátios, edificações em geral, vias internas de
circulação rodoviária e ferroviária e ainda os terrenos ao longo dessas faixas marginais e em
suas adjacências, pertencentes à União, incorporados ou não ao patrimônio do porto de Porto
Alegre ou sob sua guarda e responsabilidade;
b) pela infraestrutura de proteção e acesso aquaviário, tais como áreas de fundeio, bacias de
evolução, canal de acesso ao norte do paralelo 32º S, áreas adjacentes a esse, até as
margens das instalações do porto organizado, conforme definidas no item “a” acima, existentes
ou que venham a ser constituídas e mantidas pela Administração do Porto ou outro órgão do
poder público.
É possível observar-se que entre as principais cargas movimentadas no Porto de Porto Alegre
estão, a saber: bobinas de papel, sal, fertilizantes, transformadores elétricos, grãos vegetais,
frango e celulose, etc.
O Porto de Estrela está localizado na margem esquerda do Rio Taquari, na região denominada
Vale do Taquari. É um importante porto fluvial brasileiro que ocupa posição de destaque no rol das
unidades componentes do Sistema Portuário Nacional, está distante cerca de 450 quilômetros do
Porto de Rio Grande e aproximadamente 142 quilômetros do Porto de Porto Alegre.
O Porto Fluvial de Estrela é administrado pela APFE (Administração do Porto Fluvial de Estrela).
Cumpre destacar-se que por meio de um convênio firmado entre o Ministério dos Transportes e a
Companhia Docas de São Paulo a APFE tornou-se subordinada à CODESP.
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O hinterland deste relevante porto fluvial é formado pelas áreas: central, nordeste, norte e
noroeste do estado do Rio Grande do Sul.
O Porto de Imbituba está situado no litoral sul do estado de Santa Catarina, em uma enseada
aberta ao mar, junto à ponta de imbituba, na cidade de mesmo nome. Este porto está distante
aproximadamente 90 quilômetros da capital, Florianópolis.
O Porto de Imbituba era administrado até dezembro de 2012 por uma empresa de capital aberto.
Era, até então, o único porto público do Brasil que possuía gestão de uma empresa privada.
Ocorre que após dezembro de 2012, a administração do Porto de Imbituba foi delegada ao
Estado de Santa Catarina, por intermédio da empresa SC Par Porto de Imbituba S.A., subsidiária
integral da holding estadual SC Participações e Parcerias S.A.
O hinterland deste destacado porto é formado principalmente pelos estados de Santa Catarina,
Rio Grande do Sul e Paraná.
Ressalta-se que a área do porto organizado de Imbituba está delimitada pelo Decreto nº 07, de 17
de janeiro de 2007, a aludida área é constituída:
I- pela infraestrutura portuária terrestre, tais como cais, docas, píeres de atracação, armazéns,
pátios, edificações em geral, vias e passeios, e terrenos ao longo das faixas marginais,
abrangidos pela poligonal da área do porto organizado e destinados à atividade portuária,
incorporados ou não ao patrimônio do Porto de Imbituba;
II- pela infraestrutura de proteção e acessos aquaviários, nela compreendida molhes, canal de
acesso, bacia de evolução, área de fundeio e despejo;
III- as infraestruturas portuária terrestre e de proteção e acessos aquaviários existentes na
cidade de Imbituba, ficam com seus limites definidos por uma poligonal fechada, cujos pontos
estão marcados a partir da carta náutica no 1908 (3a edição, 1984), editada pela Diretoria de
Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil, em coordenadas geográficas.
IV- a área do porto organizado de Imbituba inclui, ainda, a área de despejo, constituída por uma
superfície na forma quadrada, com 300 m de lado.
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No que tange às cargas movimentadas, destacam-se as seguintes: graneis sólidos, tais como:
coque, grãos agrícolas e sal; graneis líquidos, tais como: ácido fosfórico e soda cáustica; carga
geral conteinerizada, etc.
O Porto de Itajaí está localizado no município de Itajaí, na margem direita do rio Itajaí-Açu, a
pouco mais de 3 quilômetros de sua foz, no Litoral Norte do estado de Santa Catarina. Este porto
é administrado por uma autarquia municipal da Prefeitura de Itajaí, essa autarquia é intitulada
Superintendência do Porto de Itajaí. O Porto de Itajaí atua estrategicamente como um porto de
exportação.
O hinterland do porto é formado principalmente pelos estados de Santa Catarina, Rio Grande do
Sul, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
A área do porto organizado de Itajaí foi atualizada pelo Decreto S/N, de 16 de março de 2005. A
retrocitada área é constituída, a saber:
I- pelas instalações portuárias terrestres existentes na cidade de Itajaí, contidas na poligonal do
porto organizado;
II- pela infraestrutura de proteção e acessos aquaviários, compreendendo canal de acesso ao
sistema portuário, bacia de evolução, área de despejo de material dragado, cujo centro
encontra-se nas coordenadas: longitude 48°37’27’’ e latitude 26°54’00’’, Saco da Fazenda,
área de espera da praticagem (área de fundeio), pelo espigão de proteção a noroeste do cais
comercial, montante do Porto de Itajaí, demais espigões e guias correntes, abrangendo, ainda,
todos os cais, docas, píeres de atracação, armazéns 2 e 3, pátios, edificações em geral, vias
rodoviárias e passeios, até as margens das instalações terrestres do porto organizado,
conforme definido no inciso I deste artigo, existentes ou que venham a ser construídas e
mantidas pela Administração do Porto ou por outro órgão do Poder Público;
As principais cargas movimentadas foram, a saber: madeira e derivados, frangos congelados,
produtos cerâmicos, papel kraft, máquinas e acessórios tabacos, veículos, produtos têxteis,
açúcar e carne congelada, bem como os contêineres, etc.
O Porto de São Francisco do Sul localiza-se na parte leste da baía de Babitonga, no município de
São Francisco do Sul (SC). O governo do estado de Santa Catarina criou uma autarquia para
administrar o Porto de São Francisco do Sul, é a APSFS (Administração do Porto de São
Francisco do Sul)
O hinterland do Porto de São Francisco do Sul é constituído principalmente pelo estado de Santa
Catarina e parte dos estados do Rio Grande do Sul e do Paraná.
Naquilo que se relaciona a área do porto organizado de São Francisco do Sul é destacável o
Decreto Nº 4.989, de 17 de fevereiro de 2004, publicado no D.O.U. de 18 de fevereiro de 2004.
Esse decreto estabeleceu a nova área do porto organizado de São Francisco do Sul. Sendo que
Por estar situado relativamente próximo às regiões centro-oeste e sudeste do país, além de
outras regiões de países vizinhos, o hinterland deste relevante porto tornou-se constituído
principalmente pelos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande
do Sul, Paraná, Paraguai, Minas Gerais e parte de São Paulo.
I- pelas instalações portuárias terrestres existentes na Baía de Paranaguá, desde o Pontal do Sul,
estendendo-se até a Foz do Rio Nhundiaquara, abrangendo todos os cais, docas, pontes e píeres
de atracação e de acostagem, armazéns, silos, rampas ro-ro, pátios, edificações em geral, vias
internas de circulação rodoviárias e ferroviárias e ainda os terrenos e ilhas ao longo dessas faixas
marginais e em suas adjacências, pertencentes à União, incorporadas ou não ao patrimônio do
Porto de Paranaguá ou sob sua guarda e responsabilidade.
II- pela infraestrutura de proteção e acesso aquaviários, tais como áreas de fundeio, bacias de
evolução, canais de acesso da Galheta, Sudeste, do Norte e suas áreas adjacentes até as
margens das instalações terrestres do Porto Organizado, conforme definido no inciso I deste
artigo, existentes ou que venham a ser construídas e mantidas pela administração do Porto ou
por outro órgão do Poder Público.
O Porto de Paranaguá movimenta principalmente: soja, farelo de soja, açúcar, milho, fertilizantes,
congelados, madeira, óleo vegetal, contêineres, derivados do petróleo, álcool e veículos
automotores, entre outros.
Este importante porto brasileiro está situado ao noroeste da baía de Paranaguá, distando
aproximadamente 18 quilômetros do Porto de Paranaguá, no Paraná. Foi constituída uma
autarquia estadual, mencionada no tópico anterior, que é responsável pela gestão do Porto de
Paranaguá e Antonina, esta é intitulada APPA (Administração dos Portos de Paranaguá e
Antonina).
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Em relação à área de influência é possível observar-se que este porto possui hinterland com
características assemelhadas ao do Porto de Paranaguá. Assim sendo, destacam-se os estados
de Mato- Grosso do Sul, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais
e parte de São Paulo. Além desses estados, é possível verificar-se influência diretamente
relacionada à movimentação de carga advinda do Paraguai.
A Região Sudeste é formada pelos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, de São Paulo e Rio
de Janeiro. Essa região possui a melhor infraestrutura logística de transportes do Brasil, com as
maiores redes ferroviárias e rodoviárias e os mais movimentados portos e aeroportos do País.
Neste contexto econômico relevante, destacam-se os portos organizados da Região Sudeste que
são, a saber: Porto de Santos (SP), Porto de São Sebastião (SP), Porto de Angra dos Reis (RJ),
Porto do Rio de Janeiro (RJ), Porto de Niterói (RJ), Porto de Forno (RJ) e o Porto de Vitória (ES).
Dessa forma, totalizam-se 7 portos organizados inseridos na Região Sudeste. Será dissertado
sobre os mesmos logo a seguir.
O Porto de Santos está localizado no centro do litoral do estado de São Paulo, estendendo-se ao
longo de um estuário limitado pelas ilhas de São Vicente e de Santo Amaro, distando
aproximadamente 2 km do oceano Atlântico. Este relevante porto é administrado pela Companhia
Docas do Estado de São Paulo (CODESP).
O Porto de Santos é considerado o principal porto do país, sendo que em seu hinterland é
destacável a concentração de mais de 50% do produto interno bruto (PIB) do Brasil. O hinterland
enunciado é formado principalmente pelos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul.
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É relevante informar que cerca de 90% do setor industrial está situado num raio de 200
quilômetros do Porto de Santos.
O Porto de São Sebastião localiza-se na cidade de São Sebastião, próximo à ilha de São
Sebastião (Ilha bela), no litoral norte do estado de São Paulo, distando aproximadamente 200
quilômetros da capital do estado. O governo do estado criou a companhia Docas de São
Sebastião, uma empresa de propósito específico, instituída para administrar o aludido porto. Esta
empresa é subordinada à Secretaria dos Transportes do Governo do Estado de São Paulo.
O hinterland deste relevante porto é representado por um trecho do Vale do Paraíba, destacando-
se os municípios paulistas de São José dos Campos, Taubaté, Pindamonhangaba, Guaratinguetá
e Cruzeiro, pela Região Metropolitana da Grande São Paulo, e por parte da região do ABC, Mogi
das Cruzes, Sorocaba, Campinas, Piracicaba e estado de Goiás.
Além disso, a alínea “b” do supracitado Decreto elucida que a delimitação da área do Porto
Organizado de São Sebastião inicia-se num ponto definido por coordenadas específica
constantes naquele ato normativo.
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O Porto de Angra dos Reis está localizado no município de mesmo nome, na Baía da Ilha Grande,
no litoral sul do Estado do Rio de Janeiro. O porto é administrado pelo arrendatário TPAR -
Terminal Portuário de Angra dos Reis S/A, sob fiscalização da Companhia Docas do Rio de
Janeiro – CDRJ.
O hinterland deste importante porto é compreendido pelo litoral da Baía da Ilha Grande, o sul dos
estados do Rio de Janeiro e de Minas, o norte de São Paulo e o estado de Goiás.
O Porto de Itaguaí localiza-se na costa norte da baía de Sepetiba (devido a isso era chamado
Porto de Sepetiba), no município de Itaguaí, Estado do Rio de Janeiro, ao sul e a leste da Ilha da
Madeira. Este relevante porto brasileiro é administrado pela Companhia Docas do Rio de Janeiro
(CDRJ).
Destaca-se que este porto possui terminais especializados que o tornam um dos principais polos
de exportação de minério do Brasil. Além disso, devido ao promissor parque siderúrgico no sul do
estado do Rio de Janeiro é visível seu potencial para granéis e carga geral.
O hinterland do Porto de Itaguaí é composto pelos estados do Rio de janeiro, São Paulo, Minas
Gerais e Goiás.
II- pela infraestrutura de proteção e acessos aquaviários, nela compreendida o canal de acesso,
as bacias de evolução e as áreas de fundeio.
Ainda, no que tange a área em comento, o art.2º do aludido decreto instituiu que área do Porto
Organizado de Itaguaí tem sua poligonal descontínua, descrita nos anexos daquele Decreto.
O Porto do Rio de Janeiro está situado na costa oeste da baía de Guanabara, na cidade do Rio
de Janeiro. Destaca-se que o retrocitado porto localiza-se em frente às avenidas Rodrigues Alves
e Rio de Janeiro, estas duas vias estão ligadas à Avenida Brasil e Ponte Rio-Niterói. O Porto do
Rio de Janeiro é administrado pela Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ).
O hinterland do porto abrange os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito
Santo, Goiás e também a Bahia.
Ressalta-se que a área do porto organizado do Rio de Janeiro foi instituída pelo Decreto nº 4.554,
de 27 de dezembro de 2002, sendo constituída pelas áreas terrestre e marítima delimitadas por
poligonais definidas por vértices de coordenadas geográficas referidas no decreto abrangendo
todos os cais, docas, pontes, píeres de atracação e acostagem, armazéns, silos, rampas ro-ro,
pátios, edificações em geral, vias internas de circulação rodoviárias e ferroviárias, incorporadas
ou não ao patrimônio do Porto do Rio de Janeiro ou sob sua guarda e responsabilidade. Ainda, no
que tange a área total do porto organizado do Rio de Janeiro, é relevante que a aludida área
ocupa um espaço de aproximadamente 1.000.000 m².
O Porto de Niterói está localizado na costa leste da baía de Guanabara, na cidade de Niterói, no
Estado do Rio de Janeiro. Este porto, com grande destaque nas operações offshore, é
administrado pela Companhia Docas do Rio de Janeiro - CDRJ, é um porto de relevante
importância para o escoamento de boa parte da produção do Rio de Janeiro. Cumpre frisar-se
que grande parte dos estaleiros nacionais estão situados próximo deste porto. Suas operações,
conforme já mencionado, tem grande importância como base de apoio logístico offshore para as
plataformas de petróleo da Bacia de Campos e Bacia de Santos. O hinterland do Porto de Niterói
está compreendido pelo centro-sul do estado do Rio de Janeiro.
A área do porto organizado de Niterói, no estado do Rio de Janeiro foi estabelecida pela Portaria -
MT nº 1.036, de 20/12/93 (D.O.U. De 22/12/93), sendo que a referida área é constituída:
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O Porto de Forno está situado em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, mais precisamente ao norte
da Praia dos Anjos, próximo ao Morro da Fortaleza, na parte sudeste desse relevante estado.
Esse porto é administrado pela Companhia Municipal de Administração Portuária (COMAP) do
município de Arraial do Cabo.
O hinterland do Porto de Forno está constituído pelas áreas do entorno portuário, sendo esse um
relevante elo para as operações offshore da região, pelo fato de localizar-se próximo à bacia de
Campos. Além disso, é possível observar-se que o Porto do Forno tem sua área de influência
abrangendo toda região leste e nordeste do Estado e parte da região sul do Espírito Santo.
A área do porto organizado de Forno foi estabelecida pela Portaria-MT nº 1.035, de 20/12/93
(D.O.U. De 22/12/93), sendo que a aludida área é constituída:
a) Pelas instalações portuárias terrestres existentes na cidade de Arraial do Cabo,
compreendidas entre o alinhamento do último prédio da Rua Santa Cruz até o enraizamento do
quebra-mar de abrigo do porto, abrangendo todos os cais, docas, pontes e píeres de atracação
e de acostagem, armazéns, edificações em geral e vias internas de circulação rodoviárias e
ferroviárias e ainda os terrenos ao longo dessas áreas e em suas adjacências pertencentes à
União, incorporados ou não ao patrimônio do porto do Forno ou sob sua guarda e
responsabilidade.
b) Pela infraestrutura de proteção e acessos aquaviários, compreendendo as áreas de fundeio,
bacias de evolução, canal de acesso e áreas adjacentes a este até as margens das
instalações terrestres do porto organizado, conforme definido no item "a" desta Portaria,
existentes ou que venham a ser construídas e mantidas pela Administração do Porto ou por
outro órgão do Poder Público. Na movimentação de cargas apresentada pelo Porto de Forno
destacam-se principalmente: o sal a granel, mercadorias para apoio offshore, tal como tubos
(raiser) operada sobre a forma de carga geral, entre outros.
8.3.2.8 -Porto de Vitória (ES)
O Porto de Vitória possui 14 berços de atracação e atende a navegação nas cidades de Vitória e
de Vila Velha. A administração do Porto de Vitória é exercida pela Companhia Docas do Espírito
Santo (Codesa). Importa frisar-se que as instalações para cargas diversificadas estão distribuídas
em ambos os lados da Baía de Vitória, ocupando parte da cidade de Vitória e do município de Vila
Velha.
O hinterland do Porto de Vitória abrange os estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Rio
de Janeiro, Bahia, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Sergipe. Esse relevante porto é
privilegiado por sua localização próxima aos grandes centros urbanos do País e excelente
interação com o modo ferroviário de transporte, o que lhe permite atender diversas demandas.
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O art. 3o do supracitado Decreto reza que “a área do Porto Organizado de Vitória, no Estado do
Espírito Santo, é constituída:
I - pelas instalações portuárias terrestres existentes nos municípios de Vitória e Vila Velha,
delimitadas pela poligonal definida pelos vértices de coordenadas geográficas a seguir
indicadas: Ponto A: Latitude 20º 19’ 26"S, Longitude: 040º 21’ 00"W; Ponto B: Latitude 20º 19’
36"S, Longitude 040º 21’ 07"W; Ponto C: Latitude 20º 19’ 27"S, Longitude 040º 16’ 03"W;
Ponto D: Latitude 20º 18’ 39"S, Longitude 040º 16’ 33"W abrangendo todos os cais, docas,
dolfins e píeres de atracação e de acostagem, armazéns, edificações em geral e vias internas
de circulação rodoviária e ferroviária e ainda os terrenos ao longo destas áreas e suas
adjacências, pertencentes à União, incorporados ou não ao patrimônio do Porto de Vitória ou
sob sua guarda e responsabilidade;
II - pela infraestrutura de proteção e acesso aquaviário ao Porto de Vitória, compreendendo as
áreas de fundeio definidas pelas coordenadas geográficas a seguir indicadas: Ponto X:
Latitude 20º 20’ 02"S, Longitude 040º 15’ 13"W, canal de acesso e áreas adjacentes a este, até
as margens das instalações portuárias terrestres do porto organizado, conforme definido no
inciso I deste artigo, existentes ou que venham a ser construídas e mantidas pela
Administração do Porto ou por órgão do Poder Público”.
Além dos itens citados acima o Decreto nº 4.333/2002 informa, no inciso III, do art. 3º que a área
do porto organizado de Vitória (ES) é constituído também: pela infraestrutura de proteção
determinadas pelas coordenadas geográficas indicadas naquele Decreto.
A Região Nordeste é formada pelos seguintes estados: Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco,
Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, São Luís.
É relevante que nos últimos anos e hodiernamente a região nordeste vem apresentando bom
crescimento. Diversas indústrias estão se instalando nos estados dessa promissora região em
função dos incentivos fiscais. Empresas como a Ford, que se estabeleceu na Bahia, e firmas
têxteis que foram para o Ceará, entre outras, são bons exemplos.
Além do exposto supra, cumpre destacar também, o fato de a Região Nordeste ocupar o segundo
lugar na produção de petróleo do País, sendo a maior na produção desses hidrocarbonetos em
terra. A produção “on shore” de petróleo é verificada principalmente no Rio Grande do Norte.
O PIB regional verificado com dados de 2010 (IBGE) mostra um montante de R$ 507.502
milhões divididos pelos estados, temos, a saber: Bahia 30,4%; Pernambuco 18,8%; Ceará 15,3%;
Maranhão 8,9%; Rio Grande do Norte 6,4%; Paraíba 6,3%, Alagoas 4,8%; Sergipe 4,7%; Piauí
4,4%.
Relevante, ainda, a posição geográfica favorável com menor distância de grandes centros
econômicos globais, tais como: Europa, Estados Unidos e Ásia.
Infere-se do exposto supra, que a região possui grande potencial para os empreendedores.
Consequentemente, os portos inseridos neste contexto de crescimento, destacam-se contribuindo
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Os portos organizados da Região Nordeste são, a saber: Porto de Ilhéus (BA), Porto de Salvador
(BA), Porto de Aratu (BA), Porto de Maceió (AL), Porto de Suape (PE), Porto de Recife (PE),
Porto de Cabedelo (PB), Porto de Natal (RN), Porto de Areia Branca (RN), Porto de Fortaleza
(CE), e Porto de Itaqui (MA). A seguir serão demonstrados aspectos dos portos organizados
dessa relevante região brasileira.
O Porto de Ilhéus está situado na Ponta do Malhado, na cidade de Ilhéus, no litoral sul do Estado
da Bahia. Esse relevante porto do Nordeste é administrado pela Companhia das Docas do
Estado da Bahia – CODEBA.
O hinterland do Porto de Ilhéus está compreendido pelas regiões sudeste e oeste do estado da
Bahia, e também o polo de informática de Ilhéus.
O Porto de Salvador está situado na Baía de Todos os Santos, na cidade de Salvador (BA), entre
a Ponta do Monte Serrat, ao norte, e a ponta de Santo Antônio, ao sul. Esse relevante porto da
Região Nordeste é administrado pela Companhia das Docas do Estado da Bahia – CODEBA.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
O hinterland do Porto de Salvador está composto por todo o Estado da Bahia, o sudoeste e o sul
dos estados de Pernambuco e Sergipe.
Importa ressaltar que a área do Porto Organizado de Salvador foi instituída pela Portaria MT nº
239, de 27 de junho de 1996, sendo constituída:
Pelas instalações portuárias terrestres delimitadas pela poligonal definida pelos vértices de
coordenadas UTM a seguir relacionados, abrangendo todos os cais, rampas, docas, pontes e
píeres de atracação e acostagem, pátios, armazéns e edificações em geral e vias internas de
circulação rodoviárias e ferroviárias e ainda os terrenos ao longo dessas áreas e em suas
adjacências pertencentes à União, incorporadas ou não ao patrimônio do Porto de Salvador ou
sob sua guarda e responsabilidade.
A área do porto organizado é constituída, também, pela infraestrutura marítima compreendida
pelos paralelos 12º 54' 36"S e 13º 00' 40"S e as margens da Cidade de Salvador e da Ilha de
Itaparica, na Bahia de Todos os Santos, abrangendo acessos aquaviários, as áreas de fundeio,
bacias de evolução, canais de acesso e áreas adjacentes a estes, até as margens das
instalações terrestres do Porto Organizado, conforme definido no item "a" desta Portaria,
existente ou que venham a ser constituídas e mantidas pela Administração do Porto ou outro
órgão do Poder Público.
A movimentação verificada no Porto de Salvador é constituída principalmente, a saber:
contêineres, carga geral (produtos siderúrgicos, celulose, mármore e granito, entre outras),
graneis sólidos (trigo e outros).
O Porto de Aratu está situado na Baía de Todos os Santos, na enseada do Caboto, bem próximo
à entrada do canal de Cotegipe, em frente à costa leste da Ilha da Maré, no município de
Candeias, à cerca de 50 km do centro de Salvador. Esse porto destacável é administrado pela
Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba).
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
O Porto de Maceió está localizado na área leste da cidade de Maceió (AL), próximo das praias de
Jaraguá e Pajuçara. O porto é administrado pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte
(Codern), por meio da Administração do Porto de Maceió (APM).
O Porto de Suape está situado no litoral sul do estado de Pernambuco, próximo à foz dos rios
Tatuoca e Masangana, mais precisamente dentro dos municípios de Ipojuca e Cabo de Santo
Agostinho. Este importante porto da Região Nordeste está localizado a uma distância de
aproximadamente 40 quilômetros ao sul da cidade de Recife. Cumpre ressaltar que o porto de
Suape é administrado pelo Governo do Estado de Pernambuco, por meio da empresa SUAPE –
Complexo Industrial Portuário, por autorização do governo federal, pelo convênio firmado em 9 de
abril de 1992.
A área do porto organizado de Suape foi estabelecida pela Portaria - MT nº 1.031, de 20/12/93
(D.O.U. de 22/12/93), sendo que a mesma é constituída:
a) pelas instalações portuárias terrestres existentes nos municípios de Ipojuca e do Cabo de
Santo Agostinho, desde a foz do rio Ipojuca e ramal ferroviário de acesso ao parque de
tancagem até a baía de SUAPE e o rio Masangana, abrangendo todos os cais, docas, pontes
e píeres de atracação e de acostagem, armazéns, edificações em geral e vias internas de
circulação rodoviária e ferroviária e ainda os terrenos ao longo dessas áreas e em suas
adjacências pertencentes à União, incorporados ou não ao patrimônio do porto de SUAPE ou
sob sua guarda e responsabilidade;
b) pela infraestrutura de proteção e acessos aquaviários, compreendendo as áreas de fundeio,
bacias de evolução, canal de acesso e áreas adjacentes a esse até as margens das
instalações terrestres do porto organizado, conforme definido no item "a" acima, existentes ou
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que venham a ser construídas e mantidas pela Administração do Porto ou por outro órgão do
poder público.
Na movimentação de cargas verificam-se principalmente: derivados de petróleo, produtos
químicos, óleos vegetais, álcool, algodão, açúcar, trigo e contêineres, entre outros.
O Porto do Recife está situado na parte leste da cidade de Recife, capital do estado de
Pernambuco, às margens dos rios Capibaribe e Beberibe. Sendo que estes dois rios deságuam
no Oceano Atlântico. Importante ressaltar que o Porto do Recife, por meio do Convênio de
Delegação nº. 02/2001, firmado entre o Governo do Estado de Pernambuco e a União Federal
(em 01/06/2001) passou ser administrado e explorado pelo Estado de Pernambuco por intermédio
da empresa Porto do Recife S.A.
O hinterland do porto é formado pelos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte,
bem como parte do estado de Alagoas, a faixa litorânea de Sergipe, o sudeste do Piauí, o sul do
Ceará e o noroeste da Bahia.
A área do porto organizado de Recife foi instituída pela Portaria-MT nº 1.030, de 20/12/93 (D.O.U.
de 22/12/93), sendo que a aludida área é constituída:
a) pelas instalações portuárias terrestres existentes na cidade de Recife, tendo como limites
extremos o molhe de Olinda, ao norte, e a ponte Agamenon Magalhães, ao sul, na Baía do
Pina, abrangendo todos os cais, docas, pontes e cais de atracação e de acostagem,
armazéns, edificações em geral e vias internas de circulação rodoviária e ferroviária e ainda os
terrenos ao longo dessas áreas e em suas adjacências pertencentes à União, incorporados ou
não ao patrimônio do porto de Recife ou sob sua guarda e responsabilidade;
b) pela infraestrutura de proteção e acessos aquaviários, compreendendo as áreas de fundeio,
bacias de evolução, canal de acesso e áreas adjacentes a esse até as margens das
instalações terrestres do porto organizado, conforme definido no item "a" acima, existentes ou
que venham a ser construídas e mantidas pela Administração do Porto ou por outro órgão do
poder público.
Na movimentação apresentada no Porto do Recife destacam-se principalmente: contêineres,
carga geral, trigo, milho, malte de cevada, fertilizantes, derivados de petróleo e açúcar, entre
outros.
O Porto de Cabedelo está situado na margem direita do estuário do rio Paraíba do Norte, em
frente à Ilha da Restinga, na parte noroeste da cidade de Cabedelo, na Paraíba. O porto fica bem
próximo ao Forte de Santa Catarina. Esse relevante porto apresenta-se como excelente opção
logística para região Centro Nordeste. Destaca-se que o Porto de Cabedelo é administrado pela
Companhia Docas da Paraíba (Docas–PB.)
O hinterland do Porto de Cabedelo é constituído pelos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte
e Pernambuco.
O Porto de Natal é administrado pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte (CODERN).
Este importante porto da Região Nordeste está situado na cidade de Natal (RN), mais
precisamente à margem direita do rio Potengi, a uma distância aproximada de 3 quilômetros da
sua foz.
O hinterland do Porto de Natal é formado pelos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco e Ceará.
O Porto de Areia Branca é um Terminal Salineiro com estrutura artificial situado em mar aberto á
mais ou menos 14 quilômetros de distância da costa e 26 quilômetros a nordeste da cidade de
Areia Branca, no estado do Rio Grande do Norte (RN). Este relevante porto é administrado pela
Companhia Docas do Rio Grande do Norte (CODERN).
O hinterland do Porto de Areia Branca é formado pelo estado do Rio Grande do Norte, Ceará e
Pernambuco. No Rio Grande do Norte destacam-se, as cidades de Mossoró, Macau, Grossos,
Galinhos e Areia Branca. Importante ressaltar que as salinas estão localizadas na cidade de Areia
Branca.
A área do porto organizado de Areia Branca está descrita na Portaria-MT nº 1.028, de 20/12/93
(D.O.U. de 20/12/93), sendo que a mesma é constituída:
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A movimentação de cargas apresentada pelo Porto de Areia Branca, por ser um terminal
especializado no granel sólido sal, presta-se exclusivamente à movimentação desse
produto.
O hinterland do Porto de Fortaleza é formado pelos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e
Piauí. Relevante destacar que a influência geoeconômica estende-se, ainda, até os polos de
produção de frutas na região do São Francisco, nos estados de Pernambuco e Bahia. O porto
vem angariando parceiros e stackholders em outras regiões, consequentemente poderá ampliar
seu hinterland.
A área do porto organizado de Fortaleza foi delimitada pelo Decreto nº 4.333, de 12 de agosto de
2002, sendo que a mesma é constituída:
a) pelas instalações portuárias terrestres e marítimas delimitadas pela poligonal definida pelos
vértices de coordenadas geográfica (...).
Esta poligonal abrange todo o cais, docas, pontes, píer de atracação e de acostagem,
armazéns, silos, rampas “ro-ro”, pátios, edificações em geral, vias de circulação rodoviária e
ferroviária e ainda os terrenos ao longo dessas faixas marginais e em suas adjacências,
pertencentes à União, incorporadas ou não ao patrimônio do Porto de Fortaleza, sob sua
guarda e responsabilidade.
b) pela infraestrutura de proteção e acesso aquaviário, tais como áreas de fundeio, bacias de
evolução, canal de acesso e áreas adjacentes a este, até as margens das instalações
terrestres do porto organizado, conforme definido no inciso I deste artigo, existentes ou que
venham a ser construídas e mantidas pela Administração do Porto ou por órgão do Poder
Público.
A movimentação de carga no Porto de Fortaleza é constituída, principalmente por: granel líquido
(petróleo e seus derivados, tais como: coque, clínquer, óleo diesel, QAV, etc), granel sólido (trigo,
milho e cimento), fertilizantes e contêineres, entre outros.
O Porto do Itaqui está localizado na Baía de São Marcos, no Município de São Luís, Capital do
Estado do Maranhão. O Porto é administrado pela Empresa Maranhense de Administração
Portuária – EMAP.
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A área do Porto Organizado de Itaqui foi instituída pelo Decreto de 25 de julho de 2005, do
Ministério dos Transportes, sendo integrada da seguinte forma:
a) pelas instalações portuárias terrestres existentes no município de São Luiz, na baía de São
Marcos, delimitadas pela poligonal específica¹. Essa poligonal abrange todo o cais, berços de
atracação e de acostagem, armazéns, edificações em geral e vias internas de circulação
rodoviárias e ferroviárias e ainda os terrenos ao longo dessas áreas e em suas adjacências
pertencentes à União, incorporados ou não ao patrimônio do Porto do Itaqui ou sob sua guarda
e responsabilidade.
b) Pela infraestrutura marítima compreendida na poligonal ABCD e definida pelos vértices de
coordenadas geográficas específicas.
A movimentação apresentada pelo Porto de Itaqui no Maranhão está relacionada as seguintes
cargas: carga geral, derivados de petróleo, soda cáustica, graneis sólidos, entre outros.
A Região Norte é formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e
Tocantins. Está relevante região está localizada entre os maciços da Guianas, ao norte, o oceano
Atlântico, a noroeste, o planalto Central e dos Parecis, ao sul. A Região Norte é banhada pelos
grandes rios das bacias Amazônica e do Tocantins.
Destaca-se que na Região Norte o principal meio de transporte da população e das cargas é o
modo aquaviário fluvial. As rotas de maior navegação estão no rio Amazonas, entre Belém e
Manaus, e no rio Madeira de Manaus a Porto Velho. Com a finalização da hidrovia Araguaia-
Tocantins será um importante corredor de ligação do Norte com o Centro-Oeste e com o Sul e o
Sudeste. Com extenso território e cidades isoladas, a Região Norte tem baixo volume de
transporte rodoviário e ferroviário, restrito à ferrovia de Carajás, da Companhia Vale, que leva
minério de ferro e passageiros do Pará ao Maranhão.
As grandes estradas têm estruturas precárias, como a transamazônica (de terra em quase toda
sua extensão), a Belém- Brasília, a Belém-São Luís e a Santarém-Cuiabá.
É no contexto supra mencionado que os portos da Região Norte estão inseridos. Dessa forma,
destaca-se que a região possui 06 portos organizados, a saber: Porto de Belém, Porto de Vila do
Conde, Porto de Santarém, Porto de Santana, Porto de Manaus e Porto de Porto velho. Além, é
claro, de uma série de portos menores (portinhos), trapiches, terminais de uso privado, e outros.
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O porto de Belém situa-se na margem direita da Baía de Guajará, que é formada pelos rios Moju,
Guamá, Acará e Pará, junto à cidade de mesmo nome. Está localizado cerca de 120 km do
Oceano Atlântico. O Porto de Belém é administrado pela Companhia Docas do Pará (CDP).
O Porto de Vila do Conde está localizado no município de Barcarena, no local denominado Ponta
Grossa, às margens do rio Pará. Constitui-se um porto abrigado naturalmente, praticamente
isento de ventos fortes, situado na margem direita do rio Pará, a aproximadamente 3 quilômetros
a jusante de Vila do Conde, em frente à baía do Marajó, formada pela confluência do escoadouro
natural da navegação dos rios Tocantins, Guamá e Capim, com amplo acesso marítimo e fluvial.
O Porto de Vila do Conde é administrado pela Companhia Docas do Pará (CDP).
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
venham a ser construídas e mantidas pela administração do Porto ou por outro órgão do Poder
Público.
Na movimentação de cargas destacam-se: graneis sólidos (bauxita e coque), fertilizantes,
contêineres e carga geral.
O Porto de Santarém situa-se na margem direita do rio Tapajós, bem próximo da confluência com
o rio Amazonas, na localidade conhecida como Ponta da Caieira, área ligeiramente a montante da
cidade de Santarém. Em frente ao porto, se visualiza a Ponta Negra, que delimita a barra do rio
Tapajós, pela margem esquerda. É um porto abrigado naturalmente, praticamente isento de
ventos desestabilizadores. Esse porto é administrado pela Companhia Docas do Pará (CDP).
O hinterland do porto de Santarém abrange os municípios do médio Amazonas e dos vales dos
rios Trombetas e Tapajós, nos estados do Pará e Amazonas.
O Porto de Santa está localizado na margem esquerda do rio Amazonas, no canal de Santana,
em frente à ilha de mesmo nome, a 18km da cidade de Macapá, capital do estado do Amapá. O
aludido porto é administrado pela Companhia Docas de Santa (CDSA).
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O Porto de Manus está situado à margem esquerda do rio Negro, na cidade de Manaus, capital
do estado do Amazonas, distando aproximadamente 13km da confluência com o rio Solimões. O
porto é administrado pela Sociedade de Navegação, Portos e Hidrovias do Estado do Amazonas
– SNPH.
O Porto de Porto de Velho está localizado na margem direita do rio Madeira, na cidade de Porto
Velho (RO), distando cerca de 80 km a montante da foz do Rio Jamari. O aludido porto é
administrado pela Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia – SOPH.
O hinterland do Porto de Porto Velho estende-se sobre toda a área do Estado de Rondônia,
abrangendo inclusive outras regiões além da fronteira estadual, principalmente os estados do
Amazonas, Mato Grosso, Acre e municípios localizados às margens do Rio Madeira, na região
sudoeste de Rondônia. A área de influência atinge até a cidade de Iquitos, no Peru.
A área do porto organizado foi definida pela Portaria-MT nº 1.012, de 16/12/93 (DOU de
17/12/93), sendo constituída:
I - pelas instalações portuárias terrestres existentes na margem direita do rio Madeira, na cidade
de Porto Velho, desde a extremidade norte do porto, a jusante da rampa ro-ro, até a
extremidade sul, a montante dos dolfins de atracação do cais flutuante, abrangendo todos os
cais, rampas ro-ro, docas, pontes, píeres de atracação e de acostagem, armazéns, pátios,
edificações em geral, vias internas de circulação rodoviárias e, ainda, os terrenos ao longo
dessas faixas marginais e em suas adjacências, pertencentes à União, incorporados ou não ao
patrimônio do porto de Porto Velho, ou sob sua guarda e responsabilidade;
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Capítulo 9
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- Plano de investimentos;
- Vida útil prevista para o projeto.
O produto da análise de Balanço é apresentado em forma de um relatório que inclui uma análise
da estrutura, a composição do patrimônio e um conjunto de índices e indicadores que são
cuidadosamente estudados e pelos quais é formada a conclusão do analista.
As informações da análise de balanços estão voltadas para dentro e fora da empresa e não se
limitam apenas a cálculo de meros indicadores de desempenho.
Para que a análise possa espelhar a realidade de uma empresa, é necessário que o profissional
de contabilidade tenha certeza dos números retratados nas Demonstrações Contábeis os quais
efetivamente espelham a real situação líquida e patrimonial da entidade.
No levantamento dos Balanços e das demais Demonstrações Contábeis, que no Brasil são
intituladas de Demonstrações Financeiras, são necessários vários procedimentos que estão
detalhados nas NBC - Normas Brasileiras de Contabilidade, na Lei das Sociedades por Ações, no
Regulamento do Imposto de Renda e em normas expedidas pelo Banco Central do Brasil e pela
Comissão de Valores Mobiliários.
Então, para que o contabilista possa fazer uma perfeita análise do balanço, ele necessita saber
se foram observados todos os procedimentos recomendados pelas normas vigentes, sendo um
destes requisitos a realização de auditoria financeira, fiscal, tributária e operacional.
A análise de balanços é uma das principais ferramentas para auxiliar as tomadas de decisões e
pode ser dividida em:
a) Análise Contábil – tem por objetivo a análise de relatórios e demonstrações com a finalidade
de fornecer informações numéricas preferencialmente de dois ou mais períodos de modo a
instrumentar os administradores e acionistas, entre outros, que estejam interessados em
conhecer a situação da empresa para que possam tomar decisões.
A Análise Contábil subdivide-se em:
- Análise de estrutura;
- Análise de evolução;
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A avaliação de riscos e de capital mínimo, no caso das instituições do SFN, segundo a Resolução
CMN 2099 (Acordo da Basileia), incluindo limites de endividamento, de risco e capital mínimo e de
imobilização e de determinados tipos de operações¹. (Lunelli; com adaptações).
1 – (Para maiores detalhes vide Apostila Análise de Projetos Portuários e Diagnóstico Econômico-
Financeiro dos Portos e das Empresas Brasileiras de Navegação: Volume IV, 2014).
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CAPÍTULO 10
10.1 -Definições
Área de Influência - área potencialmente afetada, direta ou indiretamente, pelas ações a serem
realizadas nas fases de planejamento, construção e operação de uma atividade;
Área do Porto Organizado - área delimitada por ato do Poder Executivo que compreende as
instalações portuárias e a infraestrutura de proteção e de acesso ao porto organizado (Lei nº
12.815/2013);
econômicos, sociais e políticos, o mais cedo possível, aos processos públicos de planejamento e
tomada de decisão;
Cais - obra de alvenaria ou madeira, à beira d´água, em porto de mar, rio, lagoa, etc, onde
atracam as embarcações, para embarque e desembarque de pessoal e carga;
Degradação Ambiental - termo usado para qualificar os processos resultantes dos danos ao
meio ambiente, pelos quais se perdem ou se reduzem algumas de suas propriedades, tais como
a qualidade ou a capacidade produtiva dos recursos ambientais. Qualquer alteração adversa das
características do meio ambiente (Lei n.º 6.938, de 31.08.81);
Empreendimento Portuário - é toda ação que envolve a implantação ou expansão de uma infra-
estrutura portuária terrestre ou aquaviária e sua atividade agregada;
Estudos Ambientais - são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais
relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou
empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como:
relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar,
diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise
preliminar de risco;
Gestão Ambiental - administração, pelo governo, da proteção e do uso dos recursos ambientais,
por meio de ações ou medidas econômicas, investimentos e providências institucionais e
jurídicas, com a finalidade de manter ou recuperar a qualidade do meio ambiente, assegurar a
produtividade dos recursos e o desenvolvimento social. Este conceito tem se ampliado, nos
últimos anos, para incluir, além da gestão pública do meio ambiente, os programas de ação
desenvolvidos por empresas para administrar com responsabilidade suas atividades de modo a
proteger o meio ambiente;
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Impacto Ambiental - qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas
que, direta ou indiretamente, afetem:
- a saúde, a segurança e o bem estar da população;
- as atividades sociais e econômicas; a biota;
- as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e
- a qualidade dos recursos ambientais;
Impacto Ambiental Regional - é todo e qualquer impacto ambiental que afete diretamente (área
de influência direta do projeto), no todo ou em parte, o território de dois ou mais Estados;
Instalação Portuária -instalação localizada dentro ou fora da área do porto organizado e utilizada
em movimentação de passageiros, em movimentação ou armazenagem de mercadorias,
destinadas ou provenientes de transporte aquaviário (Lei 12.815/2013);
Licença Ambiental - ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as
condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo
empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar
empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação
ambiental;
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daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as
disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso;
Mar Territorial: - compreende uma faixa de doze milhas marítimas de largura, medidas a partir da
linha de baixa-mar do litoral continental e insular, tal como indicada nas cartas náuticas de grande
escala, reconhecidas oficialmente no Brasil. Nos locais em que a costa apresente recortes
profundos e reentrâncias ou em que exista uma franja de ilhas ao longo da costa na sua
proximidade imediata, será adotado o método das linhas de base retas, ligando pontos
apropriados, para o traçado da linha de base, a partir da qual será medida a extensão do mar
territorial (Lei nº 8.617/93);
Molhe - estrutura, usualmente constituída de blocos de pedra, construída em meio aquático para
conter o ímpeto das águas, podendo dispor de berços para atracação de navios e ligada a terra
por uma de suas extremidades;
Poluição - adição ou o lançamento de qualquer substância ou forma de energia (luz, calor, som)
no meio ambiente em quantidades que resultem em concentrações maiores que as naturalmente
encontradas. Degradação ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a)
prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às
atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições
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Porto - lugar abrigado, no litoral ou à margem de um rio, lago ou lagoa, dotado de instalações
adequadas para apoiar a navegação e realizar as operações de carga, descarga e guarda de
mercadorias, embarque e desembarque de passageiros, constituindo um elo de ligação entre
transportes aquaviários e terrestres;
Recurso Ambiental - qualquer elemento ou fator ambiental utilizado para satisfazer as atividades
econômicas e sociais, conforme define a Lei nº 6.938/81: a atmosfera, as águas interiores,
superficiais e subterrâneas e os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo e os elementos da
biosfera;
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Termo de Referência - instrução elaborada pelo órgão licenciador, que determina o conteúdo e a
profundidade do Estudo de Impacto Ambiental, especificando os elementos e informações
essenciais para a decisão quanto ao licenciamento do projeto;
A Política Nacional do Meio Ambiente-Lei nº 6.938/81, com a nova redação dada pela Lei nº
7.804/89, estabelece que a construção, instalação, ampliação e funcionamento de
estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e
potencialmente poluidoras, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação
ambiental, dependerão de prévio licenciamento de órgão estadual competente integrante do
SISNAMA, e do IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis. Desse
modo, o licenciamento ambiental como instrumento da PNMA refere-se à localização, à
instalação, à ampliação e à operação da atividade a ser licenciada. Para obtenção da licença
ambiental, além do atendimento aos padrões estabelecidos, os impactos ambientais originados
da implementação de empreendimento ou de atividade devem ser prevenidos, corrigidos,
mitigados, eventualmente eliminados ou compensados, de modo a garantir a qualidade e a
sustentabilidade dos recursos ambientais da região sob influência da atividade em questão.
Ressalte-se que, em qualquer de suas etapas, o processo de licenciamento ambiental será
custeado integralmente pelo empreendedor, que deverá ressarcir o órgão licenciador por todos os
custos que tenham sido incorridos.
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Os prazos para emissão de cada modalidade de licença constam do capítulo VI deste manual. Os
prazos de validade de cada modalidade de licença serão estabelecidos por cada Órgão
Licenciador, levando em consideração os seguintes aspectos:
- O prazo de validade da LP deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de
elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, não
podendo ser superior a 5 (cinco) anos;
- O prazo de validade da LI deverá ser, no mínimo, o do cronograma de instalação do
empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 6 (seis) anos; e
- O prazo de validade da LO deverá considerar os planos de controle ambiental e será de, no
mínimo, 4 (quatro) anos e, no máximo, 10 (dez) anos.
O Órgão Licenciador poderá estabelecer prazos de validade específicos para a Licença de
Operação de empreendimentos ou atividades que, por sua natureza e peculiaridades, estejam
sujeitos a encerramento ou modificação em prazos inferiores. No que se refere à renovação da
LO, esta deve ser requerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração
de seu prazo de validade, ficando automaticamente prorrogada até a manifestação final do Órgão
Licenciador. Na renovação, o Órgão Licenciador poderá aumentar ou diminuir o prazo de validade
após avaliação do desempenho da atividade ou empreendimento, respeitados os limites mínimo e
máximo para esta licença.
A participação pública está prevista no processo de licenciamento ambiental com os objetivos de:
- garantir a divulgação de informações sobre os projetos a serem licenciados, em especial
quanto aos possíveis riscos à qualidade ambiental das áreas de influência dos
empreendimentos e sobre as medidas mitigadoras e de controle ambiental destinadas a
reduzir esses efeitos;
- captar as expectativas e inquietações das populações afetadas e permitir ao órgão licenciador
recolher as manifestações e os interesses dos diferentes grupos sociais. A captação das
expectativas e inquietações da comunidade é realizada através das Audiências Públicas, que
ocorrem durante a análise do Estudo de Impacto Ambiental – EIA e de seu respectivo Relatório
de Impacto Ambiental - RIMA, que subsidiam a decisão sobre a concessão da Licença Prévia.
O RIMA, que reflete as conclusões do EIA de forma objetiva e em linguagem adequada à sua
compreensão, deve estar acessível ao público em locais apropriados, de forma a garantir o
conhecimento de seu conteúdo pelos interessados, durante a análise técnica do pedido de licença
ambiental. Os órgãos públicos envolvidos ou interessados receberão cópia para conhecimento e
manifestação (Resolução CONAMA nº 001/86).
Sempre que o Órgão Licenciador julgar necessário ou for solicitado por entidade civil, pelo
Ministério Público ou por 50 (cinquenta) ou mais cidadãos, será promovida Audiência Pública para
a apresentação e discussão do projeto e de seu respectivo estudo ambiental.
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A publicação dos pedidos de licença por parte do empreendedor foi instituída com a finalidade de
ampliar a transparência dos processos de licenciamento e de maneira que todos os interessados
possam conhecer em detalhe os projetos e expressar sua opinião sobre eles.
O IBAMA e os demais órgãos ambientais somente aceitam, para fins de análise ambiental,
projetos técnicos de controle de poluição ou estudos de impacto ambiental elaborados por
profissionais legalmente habilitados - comprovado pelo registro no correspondente órgão de
fiscalização profissional - e empresas ou sociedades civis regularmente inscritos no Cadastro
Técnico Federal, de acordo com o estabelecido na Resolução CONAMA nº 001/88.
O Cadastro Técnico Federal tem por objetivo proceder ao registro, em caráter obrigatório, de
pessoas físicas ou jurídicas que se dediquem à prestação de serviços e consultoria sobre
problemas ecológicos e ambientais, bem como à elaboração de projetos de equipamentos e
instrumentos destinados ao controle de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras. O IBAMA
é o órgão gestor responsável por este cadastro.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Para que tal objetivo seja atingido, o conteúdo dos documentos deverá ser adequado às
características intrínsecas de cada projeto e às peculiaridades da região onde se insere.
São apresentados aqui os documentos atualmente utilizados ou previstos nas normas legais,
correspondentes a cada uma das modalidades, e seus conteúdos básicos.
Cabe alertar que poderão ocorrer casos onde, verificando-se que a atividade ou empreendimento
não é potencialmente causador de impactos ambientais significativos, a juízo dos órgãos
ambientais e com base na ficha de caracterização do empreendimento, caberá a essas instâncias
definir as informações complementares e os estudos ambientais necessários ao respectivo
processo de licenciamento (parágrafo único do artigo 3o da Resolução nº 237/97).
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Caberá ao empreendedor, quando couber, propor mudanças que julgar convenientes com vistas à
obtenção de maior adequação dos estudos ao empreendimento a ser licenciado. Ouvido o
empreendedor, o IBAMA emitirá a versão final dos Termos de Referência.
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O Relatório Ambiental Simplificado compõe-se dos estudos relativos aos aspectos ambientais
concernentes à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou
empreendimento, apresentados como subsídios para a concessão da Licença Prévia, contendo
as informações relativas ao diagnóstico ambiental da região de inserção do empreendimento, sua
caracterização, a identificação dos impactos ambientais e das medidas de controle pertinentes.
Seu conteúdo mínimo, determinado pela mesma Resolução, deve ser o seguinte:
a. Descrição do Projeto:
- Objetivos e justificativas, em relação e compatibilidade com as políticas setoriais, planos e
programas governamentais;
- Descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, considerando a hipótese de
não realização, especificando a área de influência.
b. Diagnóstico e Prognóstico Ambiental:
- Diagnóstico ambiental;
- Descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da atividade,
considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e
indicando os métodos, técnicas e critérios para sua identificação, quantificação e interpretação;
- Caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, considerando a interação
dos diferentes fatores ambientais.
c. Medidas de Controle:
- medidas preventivas e corretivas, identificando os impactos que não possam ser evitados;
- recomendação quanto à alternativa mais favorável;
- programa de acompanhamento, monitoramento e controle.
10.2.14 -Relatório de Controle Ambiental (RCA)
No caso específico da extração mineral da Classe II(1), em função da natureza, localização, porte
e demais peculiaridades do empreendimento, o órgão ambiental competente poderá substituir a
exigência de EIA/RIMA por este Relatório, a ser elaborado de acordo com suas diretrizes,
conforme a Resolução CONAMA nº 10/90.
Este Plano é utilizado, geralmente, para a recomposição de áreas degradadas por atividades de
mineração. É elaborado de acordo com as diretrizes fixadas pela NBR 13.030, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, e por outras normas pertinentes. Pode ser solicitado na
regularização de obras não licenciadas ou agregada ao Plano de Controle Ambiental, para
emissão da Licença de Instalação ou Licença de Operação. Não há diretrizes para outros tipos de
atividades; no entanto, tem sido usual sua inclusão entre outras medidas de controle ambiental
definidas no âmbito do EIA, no caso de empreendimento cujas obras demandem materiais de
empréstimo e necessitem de bota-fora para destino de rejeitos e excedentes de materiais de
construção.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Os requisitos básicos para a instrução desse pedido são a apresentação de laudo florestal sobre
a área objeto do pedido e sua localização em base cartográfica oficial. De acordo com a Lei n o
9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, em seu
artigo 36, § 3 o, quando o empreendimento a ser licenciado afetar uma unidade de conservação
ou sua zona de amortecimento, há como condição prévia para tanto a autorização do órgão
responsável por sua administração.
Área de Preservação Permanente – APP é aquela definida pelo artigo 1º do Código Florestal – Lei
no 4.771/65 como “área protegida nos termos dos arts. 2º e 3º desta Lei, coberta ou não por
vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a
estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e
assegurar o bem-estar das populações humanas”.
O mesmo Código, em seu artigo 1º, estabelece como de utilidade pública: as atividades de
segurança nacional e proteção sanitária; as obras essenciais de infra-estrutura destinadas aos
serviços públicos de transporte, saneamento e energia; e demais obras, planos, atividades ou
projetos previstos em resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA.
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Poderá ser aceita a amarração a marco testemunho de qualquer outra firma, desde que
credenciada pela Diretoria de Hidrografia e Navegação para a execução de levantamentos
hidrográficos, de acordo com a legislação em vigor; e
3)constar na planta, claramente indicado, o marco testemunho ou ponto, de coordenadas
conhecidas, utilizado para amarração topográfica, seu número, o nome da instituição ou firma
responsável por sua determinação e estabelecimento, o "datum" utilizado, o vértice ou
extremidade da obra que foi amarrado e o azimute de um dos lados da obra também amarrado
à rede topo-hidrográfica;
c) planta de situação, com escala entre 1:500 e 1:2000, estabelecendo a posição da "obra" em
relação a uma área mais ampla, que possa ser influenciada ou influenciar na obra projetada,
podendo ser em escala menor, desde que caracterize perfeitamente a área situada;
d) planta de construção com escala entre 1:50 e 1:200, podendo ser em escala menor, desde
que caracterize perfeitamente a "obra" pretendida;
e) memorial descritivo da "obra" pretendida (deve ser o mais abrangente possível);
f) cópia do contrato de aforamento ou autorização para ocupação ou similares, expedidas pela
Secretaria do Patrimônio da União, ou documentos habituais de comprovação de posse
(escritura de compra e venda, promessa de compra e venda registrada em cartório ou certidão
do registro de imóveis) do terreno onde se originará a "obra"; e
g) documentação fotográfica - deverão ser anexadas ao expediente, pelo requerente, pelo
menos duas fotos do local da "obra" que permitam uma visão mais clara das condições locais.
A critério das Organizações Militares de origem do processo ou julgado adequado por uma das
Organizações Militares envolvidas no processo, durante a vistoria da "obra" ou mesmo depois,
outras fotografias poderão ser solicitadas com a mesma finalidade.
Os documentos citados nas alíneas b), c) d) e e) deverão ser assinados pelo engenheiro
responsável pela "obra", neles constando seu nome completo, número de registro no Conselho
Regional de Engenharia e Arquitetura, número da identidade e CPF. As plantas não poderão
apresentar correções que alterem sua originalidade. O requerimento deve ser assinado pelo
proprietário da obra ou seu representante legal, neste caso, anexando cópia da procuração ou
Contrato Social (no caso de firma). Quando os documentos apresentados não forem originais,
deverão ser autenticados por Tabelião ou pela Organização Militar.
Essas construções se caracterizam como obras sobre água e podem ser precedidas de aterro
que, dependendo das dimensões, poderão provocar alterações sensíveis no regime de água da
região, tendo como resultado um assoreamento de tal monta que poderá prejudicar a navegação
local com alterações de profundidades. Para esses casos, deverá ser exigido como documento
adicional ao processo de obras, um estudo detalhado e criterioso das alterações que poderão
trazer danos à navegação, propiciando condições seguras à emissão do parecer da MB. Tal
estudo poderá ser obtido pelos interessados junto a órgão de reconhecida capacidade técnica em
engenharia costeira, como o Instituto de Pesquisa Tecnológicas do Estado de São Paulo, Instituto
de Pesquisa Hidroviárias ou Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira. Este estudo,
também, deverá ser exigido quando da construção de cais ou píeres de estrutura maciça, ou
enrocamentos e molhes. Os píeres ou trapiches construídos sobre estacas de madeira ou
concreto estão dispensados desse estudo, devendo, entretanto, dispor de um parecer da
Administração Portuária, caso a obra se situe próximo a instalação portuária.
10.4 -Siglas
LI - Licença de Instalação
LO - Licença de Operação
LP – Licença Prévia.
OM - Organização Militar
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CAPÍTULO 11
Aduaneiro: de, ou relativo à aduana ou alfândega. Diz-se do imposto devido pela importação de
mercadorias. É o chamado imposto aduaneiro ou alfandegário.
Afretador: diz-se daquele que tem a posse de uma embarcação a frete, no sentido de aluguel, no
todo ou em parte, com a finalidade de transportar mercadorias, pessoas ou coisas. Não se deve
confundir com fretador, que é a pessoa que dá a embarcação mediante o pagamento de frete. Na
maioria das vezes, o fretador é o próprio proprietário.
Adernamento: diz-se da inclinação de um navio para um dos seus bordos. O mesmo que banda.
É medido em graus.
AFRMM: Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante. É um adicional que incide
sobre o frete cobrado pelas empresas brasileiras e estrangeiras de navegação que operam em
porto brasileiro, de acordo com o conhecimento de embarque e o manifesto de carga. Incide
sobre a navegação de longo curso, cabotagem, fluvial e lacustre, essa quando se tratar,
exclusivamente, de transporte de cargas de granéis líquidos transportados no âmbito das regiões
Norte e Nordeste.
AFRAMAX: trata-se de uma sigla inglesa que identifica todos os navios-tanques com um porte
entre 80.000 e 120.000 toneladas. Trata-se do limite imposto por muitos portos da África, devido a
águas pouco profundas.
Agência de carga: são empresas que oferecem serviços de agenciamento de cargas aéreas,
marítimas, rodoviárias e ferroviárias, nacionais e/ou internacionais.
Agente de navegação: diz-se daquele que representa legalmente uma empresa de navegação e
goza do privilégio para solicitar os vários serviços portuários dentro das diversas modalidades do
sistema e de serviços de outra natureza.
Água de lastro: o termo lastro representa qualquer material utilizado como contrapeso para a
estabilidade de um objeto. O setor naval utiliza um sistema de tanques de lastro, os quais são
preenchidos com água para manter a estabilidade do navio durante a sua travessia até o próximo
porto.
Água potável: Água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e
radioativos atendam ao padrão de portabilidade e que não ofereça riscos à saúde.
Alfândega: repartição federal instalada nos portos de entrada no país, onde se depositam
mercadorias importadas e se examinam as bagagens de passageiros que estão em trânsito para
o exterior ou chegam ao país.
Amplitude de maré: variação do nível das águas, entre uma preamar (nível máximo de uma
maré cheia) e uma baixa-mar (nível mínimo de uma maré vazante) imediatamente anterior ou
posterior.
Amarração do navio: ato de amarrar os cabos do navio nos cabeços instalados nos cais,
consolidando a atracação do navio.
Amarrador: pessoa que efetua a amarração ou desamarração do navio nos cabeços do cais,
consolidando a atracação navio. desatracação.
Antaq: Agência Nacional de Transportes Aquaviários. Foi criada pela Lei n° 10.233, de 5 de junho
de 2001. É uma agência reguladora, vinculada ao Ministério dos Transportes. Tem por finalidade
regular, supervisionar e fiscalizar as atividades de prestação de serviços de transporte aquaviário
e de exploração da infra-estrutura portuária e aquaviária, harmonizando os interesses do usuário
com os das empresas prestadoras de serviço, preservando o interesse público.
Âncora: peça de aço forjado ou fundido, ligada à embarcação através de cabo ou corrente, que,
lançada ao fundo da água, mantém a mesma parada. Essa barra de ferro, denominada de haste,
tem a sua parte superior ligada a uma parte chamada anete ou aro, que a une à amarra, e a
inferior, que é formada de duas ramificações chamadas de braços. Tais extremidades levam o
nome de patas. Diversas âncoras também têm o cepo, uma peça que se cruza
perpendicularmente com a haste, e que, às vezes, possui esferas na extremidade visando não
aferrar antes das patas.
Área de fundeio: local onde a embarcação lança âncora. Também chamado fundeadouro.
Arrumação: modo de arrumar de maneira metódica a carga que vai ser transportada em um
navio, o qual obedece a normas especiais contidas na lei comercial. A arrumação é de grande
importância para a estabilidade da embarcação e para evitar a ocorrência de avarias.
Arrumador: profissional que trabalha fora do navio, faz a lingada (engate da mercadoria a ser
içada pelo guindaste) e também traz os automóveis (que serão embarcados) até o navio.
Atracação: ato ou efeito de um navio atracar num porto ou terminal privado, a fim de realizar a
operação de carregamento e descarregamento de mercadoria.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Autoridade sanitária: autoridade competente no âmbito da área da saúde com poderes legais
para estabelecer regulamentos e executar licenciamento (habilitação) e fiscalização.
Aparelhos de guindar: equipamentos que suspendem e manobram a carga, por meio de cabos,
entre o cais e o navio. São os guindastes, paus-de-carga, cábreas, pórticos de cais ou
portêineres, etc.
BAF: (Bunker adjustment factor) fator de ajuste do combustível – Sobretaxa aplicada pelo
armador sobre o valor do frete para cobrir o custo do combustível.
Baía: acidente geográfico reentrante na costa, ou qualquer lugar côncavo do litoral onde
se possa aportar. A sua topografia e profundidade são de grande significação na
organização e instalação de um porto.
Balança comercial: resultado das exportações e importações realizadas por um país. Quando as
exportações são maiores que as importações registra-se um superávit na balança. O contrário
significa um déficit.
Baleeiras: pequenas embarcações utilizadas geralmente com equipamentos salva-vidas por suas
boas qualidades náuticas, mesmo em “mar grosso”, por sua durabilidade e resistência, pela
facilidade de arrumação a bordo, pela facilidade nas suas manobras, exigindo poucos homens
para içá-la e arriá-la quando necessário e finalmente pela relação tamanho/capacidade para o
transporte de passageiros.
Bill of Lading (B/L) ou Manifesto de Carga: documento legal oficial que informa qual a carga e
quem é o seu proprietário; documento negociável para receber a carga; contrato entre o
embarcador e o armador.
e eventualmente tubos de baixo calibre. Tem, por vezes, um tubo núcleo de suporte. Não
confundir com o carretel, que para além do núcleo é provido de flanges (disco lateral de apoio).
Boias: caixa oca e flutuante, presa ao fundo do mar por uma poita, cujo interior geralmente é em
compartimentos estanques, oferecendo ao conjunto a necessária rigidez e garantia de
flutuabilidade. De acordo com a sua função, diz-se boia de balizamento ou boia de amarração.
Bombordo: lado esquerdo do navio, de quem está na embarcação olhando na direção popa –
proa.
Box shapped (retangular): diz-se dos porões de certos navios, notadamente os multiuso
(multipurpose), destinados a transportar quase todos os tipos de cargas.
Bow: proa.
Cabeço: coluna de ferro de altura reduzida encravada à beira do cais ou junto à borda de uma
embarcação para nela se amarrar as cordas que mantêm o navio atracado ao cais.
Canal: ou canal de acesso, é a via que permite o tráfego das embarcações desde a barra (local
que demarca a entrada do porto e a partir de onde se torna necessária uma adequada condição
de sinalização) até às instalações de acostagem e vice-versa, ou seja, é o Canal que liga o alto-
mar com as instalações portuárias, podendo ser natural ou artificial.
Carga a granel: também denominada de graneis, é aquela que não é acondicionada em qualquer
tipo de embalagem. Os granéis são cargas que necessitam ser individualizadas, subdividindo-se
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em granéis sólidos e graneis líquidos. São graneis sólidos: os minérios de ferro, manganês,
bauxita, carvão, sal, trigo, soja, fertilizantes, etc. São granéis líquidos: o petróleo e seus
subprodutos, óleos vegetais, etanol, etc.
Carga frigorificada: aquela que, para conservar suas qualidades essenciais durante o
transporte, necessita ser refrigerada, isto é, guardada sob temperatura constante a cerca de 5º C,
ou congelada, ou seja, mantida sob temperatura abaixo do grau de congelamento. As principais
cargas frigorificadas são: carnes, peixes, sucos, hortaliças e frutas.
Carga perigosa: é a carga que, em virtude de sua natureza, pode provocar acidentes,
danificando outras cargas ou os meios de transporte e colocando em risco as pessoas
que a manipulam. Podem ser explosivos, gases, líquidos inflamáveis, sólidos inflamáveis e
semelhantes, substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos, substâncias tóxicas (venenosas) e
substâncias infectantes, materiais radioativos, corrosivos e substâncias perigosas diversas.
Carga pré-lingada: carga que já vem unitizada numa lingada do armazém. Esse procedimento
evita que o trabalhador faça a lingada antes do embarque.
Casco: é o corpo do navio sem mastreação, aparelhos acessórios ou qualquer outro arranjo.
Elemento básico da embarcação, o casco lhe permite flutuar, contrapondo ao peso a sua
flutuação, possibilitando assim a sua navegação e manobrabilidade. A parte imersa do casco
recebe o nome de obras vivas ou carena, e a parte emersa é chamada de obras mortas. O casco
não possui uma forma geométrica definida, e a principal característica dessa forma é ter um plano
de simetria (plano diametral), que se imagina passar pelo eixo da quilha.
Caserna flutuante: navio ancorado num porto, destinado ao alojamento de tropas da marinha ou
do exército.
Clamshell ou Grab: – Colher mecânica. Equipamento dotado de duas ou mais garras, que
funciona com o auxílio do guindaste e destinado ao carregamento e descarregamento de graneis
sólidos das embarcações. Suas garras se fecham automaticamente ou semi-automaticamente
quando pegam a porção do produto.
Cintagem: sistema pelo qual vários volumes são presos por meio de cintas, arames ou fitas,
formando uma unidade de carga. Usada para tábuas de madeira, de compensado, fardos,
amarrados, etc.
produto produzido em massa. As comodidades, termo criado no século XVI, definiam então as
especiarias e outros bens não-essenciais, só para luxo ou comodidade.
Complexo soja: entende-se por complexo soja: os seguintes itens que o compõe, a saber: o
grão, o farelo e o óleo de soja.
Conferência: atividade interna, por meio da qual as mercadorias são submetidas à fiscalização,
antes do pagamento dos tributos aduaneiros. Depois de proceder à conferência, o fiscal calcula o
imposto que deverá ser pago, para que as mercadorias possam ser liberadas. Após efetuado o
pagamento, o fiscal encarregado da conferência de saída desembaraçará as mercadorias, caso
não sejam encontradas irregularidades.
Consertador: profissional responsável pelo conserto de carga avariada dentro ou fora do navio.
Contêiner: unidade de carga, caracterizando-se por ser um contentor, grande caixa ou recipiente
metálico no qual uma mercadoria é colocada (estufada ou ovada), após o que o mesmo é
lacrado.
Contrabordo: operação que consiste em uma embarcação atracar no costado de outra, estando
ou não atracada no cais ou, ainda, fundeada ao largo.
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Costado: parte do casco do navio acima da linha d’água. A expressão “ao costado dos navios”
refere-se às atividades desenvolvidas na beira do cais junto ao costado do navio.
Dala (correia transportadora): superfície móvel, fita sem-fim, que transporta mercadorias a
granel.
Deadweight: 1. O mesmo que porte. 2. O Gross Deadweight, ou porte bruto, é todo o peso
possível de carregar a bordo, tais como tripulação, carga, passageiros, peças suplentes,
mantimentos, apetrechos, combustíveis, água e tudo o que se puder colocar no interior do navio.
3. Net Deadweight, ou porte líquido, restringe-se apenas ao peso da carga transportada e
passageiros.
Demurrage: sobretaxa, ou a multa determinada em contrato a ela relativa, a ser paga pelo
contratante de um navio, quando este demora mais do que o acordado em contrato nos portos de
embarque ou de descarga.
Derivar: 1. Diz-se quando a embarcação se desvia da rota previamente estabelecido, por ação da
corrente marítima. 2. Ação de navegar ao sabor dos elementos circunstantes como o vento, as
vagas e a correnteza. 3. Andar à deriva.
Desembaraço: ato ou efeito de legalmente retirar as cargas ou fazer sair os passageiros de uma
embarcação ou qualquer outro veículo.
Dique: Compartimento escavado junto a portos, à beira do mar, próprio para receber
embarcações que necessitam de limpeza ou reparação (estaleiro, doca). 2. Construção destinada
a represar águas correntes.
Duto: tubulação que tem por finalidade conduzir vários tipos de granéis sólidos (geralmente
impelidos com ar comprimido), líquidos ou gasosos: mineroduto - quando transporta minérios;
oleoduto - quando transporta óleo; gasoduto - quando transporta gás.
Escotilha: são aberturas nos conveses, por onde as cargas são arriadas e içadas. São as
“tampas” dos porões. Geralmente, numeram-se os porões de proa para popa. Assim, o porão nº.
1 é o mais à proa, sendo seguido pelo porão nº. 2, e assim por diante.
Estibordo ou boreste: lado direito do navio de quem está na embarcação olhando no sentido
popa – proa.
ETA (Estimated Time of Arrival): expressão utilizada na indústria transportadora, que significa
Hora Estimada de Chegada.
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Ferryboat: termo Inglês para batelão, barcaça, chata. Embarcação preparada para o transporte
de veículos e pessoas. Geralmente une margens de rios, lagos ou mesmo mares menores.
FPSO: abreviatura do inglês Floating Production Storage and Off loading Unit. Trata-se de um
navio petroleiro convertido utilizado pela indústria de extração de petróleo e gás fora de costa cuja
função é armazenar toda a produção de uma plataforma na proximidade, processá-la e
armazená-la até poder ser descarregada para navios-tanque ou ser enviada por oleoduto até
terra.
Janela de atracação: serviço de atracação com dia e hora pré-estabelecidos para períodos
semanais/mensais regulares de navios exclusivamente de contêineres que, por meio de
solicitação formal, comprovem interesse, demanda de carga e frequência específica.
Normalmente o armador deve apresentar uma movimentação mínima pré-estabelecida por
atracação.
Layday ou laytime: tempo de atracação. Estadia do navio no porto, que significa período previsto
para acontecer a operação (atracar, carregar e zarpar).
Lingada: amarrado de mercadorias correspondentes à porção a ser içada por guindaste ou pau-
de-carga.
Meia nau: é a parte do casco que divide a popa e a proa em duas partes iguais.
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Navio anunciado: anúncio feito pelo armador ou pelo agente do navio com a previsão de
chegada da embarcação ao porto de destino.
ORSV – Oil Recover Supply Vessel: navio que atua no combate a derramamento de óleo,
dotado de especificações que permitem trabalhar na mancha de óleo, em atmosfera onde a
evaporação do petróleo produz gás natural, por isso equipado com sistemas elétricos blindados
para evitar a produção de faíscas. Possui equipamentos para aspirar o óleo derramado e o
armazenar num tanque a bordo.
Paletização: processo pelo qual vários volumes (sacos, caixas, tambores, rolos de arame, etc.)
são colocados sobre um estrado ou palete.
Pau-de-carga (boom): Tipo de aparelho de movimentação de peso que consiste numa verga
(lança), que posiciona a carga suspensa por cabos. Normalmente, é fixada ao mastro e postada
junto à escotilha (abertura do porão). O pau-de-carga completo é constituído de aparelho de
acionamento, aparelho de lingada e guincho (fixado numa mesa de operação no convés, onde é
operado pelo guincheiro.
PCC – Pure Car Carrier: porta-carros puro. Navios que só carregam carros.
Poitas: blocos de concreto para segurar em local fixo no fundo do mar, as boias de sinalização
existentes ao longo do canal dos portos.
Ponta do poço: localidade do município de Pontal do Paraná, Litoral do Paraná, onde será
construído o Porto Público do Mercosul (Porto de Concentração- Hub Port).
Porto seco: é um terminal alfandegário que tem a função de facilitar o despacho aduaneiro de
importação e exportação longe do litoral.
Prancha de carregamento: faz parte das normas de operação dos portos, e significa a
movimentação mínima estabelecida que será operada num determinado período em horas.
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Rodízio: sistema de alocação equânime das oportunidades de trabalho entre os TPA’s. Assim, o
TPA (trabalhador portuário avulso) somente trabalhará quando chegar a sua vez na fila de
oportunidades.
Saca: para além de ser um dos mais antigos contentores de matérias secas fluidas, a saca
tornou-se uma “unidade de medida”, equivalente a 60 kg, peso usual das sacas padrão cheias
(café, açúcar, etc.).
Separador: estrutura flutuante, com defensas laterais, utilizada para afastar o navio do cais.
Silo: armazém de granéis. Podem ser verticais ou horizontais. Os verticais recebem as cargas
por meio de elevadores e a expedição acontece exclusivamente por gravidade, sem uso de
equipamentos. Nos horizontais as cargas são depositadas no nível do solo, manuseadas por
carregadores frontais e, no momento de expedição, parte é transportada pela gravidade e parte
com o uso de equipamentos.
Sociedade classificadora: entidades internacionais de direito privado e quase sempre sem fins
lucrativos, cuja finalidade original é fornecer, por meio de certificados, aos seguradores de navios
e de cargas o grau de confiança necessário ao fechamento de contratos de seguro.
Sorgo (Sorghum bicolor L. Moench.): É o quinto cereal mais importante no mundo, antecedido
pelo trigo, arroz, milho e cevada. É alimento humano em muitos países da África, Sul da Ásia e
América Central e importante componente da alimentação animal nos Estados Unidos, Austrália e
América do Sul.
Talhar: terminologia portuária que significa que o navio já terminou de carregar ou descarregar a
carga.
Tarifa portuária: pauta de preços pela qual a administração do porto cobre os serviços prestados
aos usuários.
Taxa de ocupação do cais: relação entre o somatório dos produtos dos comprimentos das
embarcações pelo tempo de atracação de cada embarcação e o produto do comprimento do cais
pelo número de dias do mês da operação.
Terno: é cada equipe de trabalho a bordo. Normalmente, em cada porão em que haja
movimentação de mercadorias há um terno de trabalhadores escalados.
Tomador de mão de obra: diz-se aquele que utiliza força de trabalho portuária realizada com
vínculo empregatício a prazo indeterminado ou avulso.
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Vazante: 1. Movimento descendente do nível do mar, que começa na preamar e culmina com a
baixa-mar, durando em média um período de seis horas. 2. Refluxo. 3. Maré descendente.
Zona primária: é o ponto de passagem obrigatório por onde todas as mercadorias e veículos
devem entrar no país deles. São pontos exclusivos de entrada e saída de veículos e mercadorias,
com controle aduaneiro permanente e ostensivo.
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CAPÍTULO 12
CAPÍTULO I
DO OBJETO
II – dispor sobre a ordenação dos transportes aquaviário e terrestre, nos termos do art. 178 da
Constituição Federal, reorganizando o gerenciamento do Sistema Federal de Viação e regulando
a prestação de serviços de transporte;
CAPÍTULO II
Art. 2o O Sistema Nacional de Viação – SNV é constituído pela infraestrutura viária e pela
estrutura operacional dos diferentes meios de transporte de pessoas e bens, sob jurisdição da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. O SNV será regido pelos princípios e diretrizes estabelecidos em consonância
com o disposto nos incisos XII, XX e XXI do art. 21 da Constituição Federal.
Art. 3o O Sistema Federal de Viação – SFV, sob jurisdição da União, abrange a malha arterial
básica do Sistema Nacional de Viação, formada por eixos e terminais relevantes do ponto de vista
da demanda de transporte, da integração nacional e das conexões internacionais.
§ 1o Define-se como infraestrutura viária adequada a que torna mínimo o custo total do
transporte, entendido como a soma dos custos de investimentos, de manutenção e de operação
dos sistemas.
§ 2o Entende-se como operação racional e segura a que se caracteriza pela gerência eficiente
das vias, dos terminais, dos equipamentos e dos veículos, objetivando tornar mínimos os custos
operacionais e, consequentemente, os fretes e as tarifas, e garantir a segurança e a
confiabilidade do transporte.
CAPÍTULO III
II – as diretrizes para a integração física e de objetivos dos sistemas viários e das operações de
transporte sob jurisdição da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 6o No exercício da atribuição prevista no art. 5 o, caberá ao CONIT: (Vide Decreto nº 6.550, de
2008)
I – propor medidas que propiciem a integração dos transportes aéreo, aquaviário e terrestre e a
harmonização das respectivas políticas setoriais;
III – harmonizar as políticas nacionais de transporte com as políticas de transporte dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, visando à articulação dos órgãos encarregados do
gerenciamento dos sistemas viários e da regulação dos transportes interestaduais,
intermunicipais e urbanos;
V – aprovar as revisões periódicas das redes de transporte que contemplam as diversas regiões
do País, propondo ao Poder Executivo e ao Congresso Nacional as reformulações do Sistema
Nacional de Viação que atendam ao interesse nacional.
Art. 7o (VETADO)
Art. 7º-A. O CONIT será presidido pelo Ministro de Estado dos Transportes e terá como membros
os Ministros de Estado da Defesa, da Justiça, da Fazenda, do Planejamento, Orçamento e
Gestão, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e o Secretário Especial de
Desenvolvimento Urbano da Presidência da República. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-
3, de 4.9.2001) Revogado pela Medida Provisória nº 369, de 2007)
Art. 7o A O CONIT será presidido pelo Ministro de Estado dos Transportes e terá como membros
os Ministros de Estado da Defesa, da Justiça, da Fazenda, do Planejamento, Orçamento e
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Gestão, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e das Cidades. (Redação dada pela
Lei nº 10.683, de 28.5.2003)
Art. 7º-A. O CONIT será presidido pelo Ministro de Estado dos Transportes e terá como membros
os Ministros de Estado da Justiça, da Defesa, da Fazenda, do Planejamento, Orçamento e
Gestão, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, das Cidades e o Secretário Especial
de Portos da Presidência da República. (Redação dada pela Medida Provisória nº 369, de 2007)
Art. 7o-A O Conit será presidido pelo Ministro de Estado dos Transportes e terá como membros os
Ministros de Estado da Justiça, da Defesa, da Fazenda, do Planejamento, Orçamento e Gestão,
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, das Cidades e o Secretário Especial de
Portos da Presidência da República. (Redação dada pela Lei nº 11.518, de 2007) (Vide Decreto nº
6.550, de 2008)
Art. 8o (VETADO)
Art. 9o (VETADO)
CAPÍTULO IV
Seção I
III – proteger os interesses dos usuários quanto à qualidade e oferta de serviços de transporte e
dos consumidores finais quanto à incidência dos fretes nos preços dos produtos transportados;
IV – assegurar, sempre que possível, que os usuários paguem pelos custos dos serviços
prestados em regime de eficiência;
VIII – assegurar aos usuários liberdade de escolha da forma de locomoção e dos meios de
transporte mais adequados às suas necessidades;
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Seção II
III – dar prioridade aos programas de ação e de investimentos relacionados com os eixos
estratégicos de integração nacional, de abastecimento do mercado interno e de exportação;
VI – estabelecer que os subsídios incidentes sobre fretes e tarifas constituam ônus ao nível de
governo que os imponha ou conceda;
VII – reprimir fatos e ações que configurem ou possam configurar competição imperfeita ou
infrações da ordem econômica.
Art. 13. As outorgas a que se refere o inciso I do art. 12 serão realizadas sob a forma de:
Art. 13. Ressalvado o disposto em legislação específica, as outorgas a que se refere o inciso I do
caput do art. 12 serão realizadas sob a forma de: (Redação dada pela Medida Provisória nº 595,
de 2012)
Art. 13. Ressalvado o disposto em legislação específica, as outorgas a que se refere o inciso I do
caput do art. 12 serão realizadas sob a forma de: (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)
II – (VETADO)
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
III – (VETADO)
V - autorização, quando se tratar de: (Redação dada pela Medida Provisória nº 576, de 2012)
Parágrafo único. Considera-se, para os fins da alínea “d” do inciso V do caput, operador
ferroviário independente a pessoa jurídica detentora de autorização para transporte ferroviário de
cargas desvinculado da exploração da infraestrutura. (Incluído pela Medida Provisória nº 576, de
2012)
V - autorização, quando se tratar de: (Redação dada pela Lei nº 12.743, de 2012)
Parágrafo único. Considera-se, para os fins da alínea d do inciso V do caput, operador ferroviário
independente a pessoa jurídica detentora de autorização para transporte ferroviário de cargas
desvinculado da exploração da infraestrutura. (Incluído pela Lei nº 12.743, de 2012)
Art. 14. Ressalvado o disposto em legislação específica, o disposto no art. 13 aplica-se conforme
as seguintes diretrizes: (Redação dada pela Medida Provisória nº 595, de 2012)
Art. 14. Ressalvado o disposto em legislação específica, o disposto no art. 13 aplica-se conforme
as seguintes diretrizes: (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)
I – depende de concessão:
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
a) a exploração das ferrovias, das rodovias, das vias navegáveis e dos portos organizados que
compõem a infraestrutura do Sistema Nacional de Viação;
II – (VETADO)
III - depende de autorização: (Redação dada pela Medida Provisória nº 595, de 2012)
a) (VETADO)
c) a construção e a exploração das instalações portuárias de que trata o art. 8 o da Lei na qual foi
convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012; (Redação dada pela Lei nº
12.815, de 2013)
d) (VETADO)
h) a construção e exploração de Instalação Portuária Pública de Pequeno Porte; (Incluído pela Lei
nº 11.518, de 2007) (Revogada pela Medida Provisória nº 595, de 2012)
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
§ 4o Os procedimentos para as diferentes formas de outorga a que se refere este artigo são
disciplinados pelo disposto nos arts. 28 a 51.
§ 4o Os procedimentos para as diferentes formas de outorga a que se refere este artigo são
disciplinados pelo disposto nos arts. 28 a 51-A. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.217-3,
de 4.9.2001)
Art. 14-A O exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas, por conta de terceiros e
mediante remuneração, depende de inscrição do transportador no Registro Nacional de
Transportadores Rodoviários de Carga - RNTRC. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de
4.9.2001)
Parágrafo único. O transportador a que se refere o caput terá o prazo de um ano, a contar da
instalação da ANTT, para efetuar sua inscrição. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de
4.9.2001)
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Seção I
Art. 20. São objetivos das Agências Nacionais de Regulação dos Transportes Terrestre e
Aquaviário:
Art. 21. Ficam instituídas a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT e a Agência
Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ, entidades integrantes da Administração Federal
indireta, submetidas ao regime autárquico especial e vinculadas ao Ministério dos Transportes,
nos termos desta Lei.
Art. 21. Ficam instituídas a Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT e a Agência
Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAQ, entidades integrantes da administração federal
indireta, submetidas ao regime autárquico especial e vinculadas, respectivamente, ao Ministério
dos Transportes e à Secretaria de Portos da Presidência da República, nos termos desta Lei.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 595, de 2012)
Art. 21. Ficam instituídas a Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT e a Agência
Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAQ, entidades integrantes da administração federal
indireta, submetidas ao regime autárquico especial e vinculadas, respectivamente, ao Ministério
dos Transportes e à Secretaria de Portos da Presidência da República, nos termos desta Lei.
(Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)
§ 1o A ANTT e a ANTAQ terão sede e foro no Distrito Federal, podendo instalar unidades
administrativas regionais.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
VI – o transporte multimodal;
§ 1o A ANTT articular-se-á com as demais Agências, para resolução das interfaces do transporte
terrestre com os outros meios de transporte, visando à movimentação intermodal mais econômica
e segura de pessoas e bens.
§ 2o A ANTT harmonizará sua esfera de atuação com a de órgãos dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios encarregados do gerenciamento de seus sistemas viários e das
operações de transporte intermunicipal e urbano.
Art. 23. Constituem a esfera de atuação da ANTAQ: (Redação dada pela Medida Provisória nº
595, de 2012)
Art. 23. Constituem a esfera de atuação da Antaq: (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)
II – os portos organizados;
II - os portos organizados e as instalações portuárias neles localizadas; (Redação dada pela Lei
nº 12.815, de 2013)
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
III - os terminais portuários privativos e as Estações de Transbordo de Cargas; (Incluído pela Lei
nº 11.518, de 2007)
III - as instalações portuárias de que trata o art. 8 o da Lei na qual foi convertida a Medida
Provisória no 595, de 6 de dezembro de 2012; (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)
§ 1o A ANTAQ articular-se-á com as demais Agências, para resolução das interfaces do transporte
aquaviário com as outras modalidades de transporte, visando à movimentação intermodal mais
econômica e segura de pessoas e bens.
§ 2o A ANTAQ harmonizará sua esfera de atuação com a de órgãos dos Estados e dos Municípios
encarregados do gerenciamento das operações de transporte aquaviário intermunicipal e urbano.
Seção II
Art. 24. Cabe à ANTT, em sua esfera de atuação, como atribuições gerais:
III – propor ao Ministério dos Transportes os planos de outorgas, instruídos por estudos
específicos de viabilidade técnica e econômica, para exploração da infraestrutura e a prestação
de serviços de transporte terrestre;
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
VII – proceder à revisão e ao reajuste de tarifas dos serviços prestados, segundo as disposições
contratuais, após prévia comunicação ao Ministério da Fazenda;
VIII – fiscalizar a prestação dos serviços e a manutenção dos bens arrendados, cumprindo e
fazendo cumprir as cláusulas e condições avençadas nas outorgas e aplicando penalidades pelo
seu descumprimento;
III - firmar convênios de cooperação técnica com entidades e organismos internacionais. (Incluído
pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 25. Cabe à ANTT, como atribuições específicas pertinentes ao Transporte Ferroviário:
Art. 25. Cabe à ANTT, como atribuições específicas pertinentes ao Transporte Ferroviário:
(Redação dada pela Medida Provisória nº 576, de 2012)
III – publicar editais, julgar as licitações e celebrar contratos de concessão para construção e
exploração de novas ferrovias, com cláusulas de reversão à União dos ativos operacionais
edificados e instalados;
IV – fiscalizar diretamente, com o apoio de suas unidades regionais, ou por meio de convênios de
cooperação, o cumprimento das cláusulas contratuais de prestação de serviços ferroviários e de
manutenção e reposição dos ativos arrendados;
VI – articular-se com órgãos e instituições dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para
conciliação do uso da via permanente sob sua jurisdição com as redes locais de metrôs e trens
urbanos destinados ao deslocamento de passageiros;
Art. 26. Cabe à ANTT, como atribuições específicas pertinentes ao Transporte Rodoviário:
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
VII – fiscalizar diretamente, com o apoio de suas unidades regionais, ou por meio de convênios de
cooperação, o cumprimento das condições de outorga de autorização e das cláusulas contratuais
de permissão para prestação de serviços ou de concessão para exploração da infraestrutura.
§ 1o (VETADO)
Seção III
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
VII – controlar, acompanhar e proceder à revisão e ao reajuste de tarifas, nos casos de serviços
públicos de transporte de passageiros, fixando-as e homologando-as, em obediência às diretrizes
formuladas pelo Ministro de Estado dos Transportes, após prévia comunicação ao Ministério da
Fazenda;
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IX – (VETADO)
XI – (VETADO)
XIII – (VETADO)
XIV – estabelecer normas e padrões a serem observados pelas autoridades portuárias, nos
termos da Lei no 8.630, de 25 de fevereiro de 1993;
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
XVI – cumprir e fazer cumprir as cláusulas e condições avençadas nos contratos de concessão
quanto à manutenção e reposição dos bens e equipamentos reversíveis à União e arrendados
nos termos do inciso I do art. 4o da Lei no 8.630, de 25 de fevereiro de 1993;
XVI - cumprir e fazer cumprir as cláusulas e condições dos contratos de concessão de porto
organizado ou dos contratos de arrendamento de instalações portuárias quanto à manutenção e
reposição dos bens e equipamentos reversíveis à União de que trata o inciso VIII do caput do art.
5o da Medida Provisória no 595, de 6 de dezembro de 2012; (Redação dada pela Medida
Provisória nº 595, de 2012)
XVI - cumprir e fazer cumprir as cláusulas e condições dos contratos de concessão de porto
organizado ou dos contratos de arrendamento de instalações portuárias quanto à manutenção e
reposição dos bens e equipamentos reversíveis à União de que trata o inciso VIII do caput do art.
5o da Lei na qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012; (Redação
dada pela Lei nº 12.815, de 2013)
XVIII – (VETADO)
XXII - fiscalizar a execução dos contratos de adesão das autorizações de instalação portuária de
que trata o art. 8o da Medida Provisória no 595, de 6 de dezembro de 2012; (Redação dada pela
Medida Provisória nº 595, de 2012)
XXII - fiscalizar a execução dos contratos de adesão das autorizações de instalação portuária de
que trata o art. 8 o da Lei na qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de
2012; (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)
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III - firmar convênios de cooperação técnica com entidades e organismos internacionais. (Incluído
pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
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Seção IV
Subseção I
Art. 28. A ANTT e a ANTAQ, em suas respectivas esferas de atuação, adotarão as normas e os
procedimentos estabelecidos nesta Lei para as diferentes formas de outorga previstos nos arts.
13 e 14, visando a que:
a) (VETADO)
c) pagamento pelo valor das outorgas e participações governamentais, quando for o caso.
Art. 29. Somente poderão obter autorização, concessão ou permissão para prestação de serviços
e para exploração das infraestruturas de transporte doméstico pelos meios aquaviário e terrestre
as empresas ou entidades constituídas sob as leis brasileiras, com sede e administração no País,
e que atendam aos requisitos técnicos, econômicos e jurídicos estabelecidos pela respectiva
Agência.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 31. A Agência, ao tomar conhecimento de fato que configure ou possa configurar infração da
ordem econômica, deverá comunicá-lo ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE,
à Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça ou à Secretaria de Acompanhamento
Econômico do Ministério da Fazenda, conforme o caso.
Art. 32. As Agências acompanharão as atividades dos operadores estrangeiros que atuam no
transporte internacional com o Brasil, visando a identificar práticas operacionais, legislações e
procedimentos, adotados em outros países, que restrinjam ou conflitem com regulamentos e
acordos internacionais firmados pelo Brasil.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
regulamentações complementares editadas pelas Agências. (Redação dada pela Lei nº 12.815,
de 2013)
Subseção II
Das Concessões
Art. 34-A As concessões a serem outorgadas pela ANTT e pela ANTAQ para a exploração de
infraestrutura, precedidas ou não de obra pública, ou para prestação de serviços de transporte
ferroviário associado à exploração de infraestrutura, terão caráter de exclusividade quanto a seu
objeto e serão precedidas de licitação disciplinada em regulamento próprio, aprovado pela
Diretoria da Agência e no respectivo edital. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de
4.9.2001)
I - o objeto da concessão, o prazo estimado para sua vigência, as condições para sua
prorrogação, os programas de trabalho, os investimentos mínimos e as condições relativas à
reversibilidade dos bens e às responsabilidades pelos ônus das desapropriações; (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
II - os requisitos exigidos dos concorrentes, nos termos do art. 29, e os critérios de pré-
qualificação, quando este procedimento for adotado; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3,
de 4.9.2001)
III - a relação dos documentos exigidos e os critérios a serem seguidos para aferição da
capacidade técnica, da idoneidade financeira e da regularidade jurídica dos interessados, bem
como para a análise técnica e econômico-financeira da proposta; (Incluído pela Medida Provisória
nº 2.217-3, de 4.9.2001)
Art. 35. O contrato de concessão deverá refletir fielmente as condições do edital e da proposta
vencedora e terá como cláusulas essenciais as relativas a:
Art. 35. O contrato de concessão deverá refletir fielmente as condições do edital e da proposta
vencedora e terá como cláusulas essenciais, ressalvado o disposto em legislação específica, as
relativas a: (Redação dada pela Medida Provisória nº 595, de 2012)
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 35. O contrato de concessão deverá refletir fielmente as condições do edital e da proposta
vencedora e terá como cláusulas essenciais, ressalvado o disposto em legislação específica, as
relativas a: (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)
VII – tarifas;
XVI – regras sobre solução de controvérsias relacionadas com o contrato e sua execução,
inclusive a conciliação e a arbitragem;
XVII – sanções de advertência, multa e suspensão da vigência do contrato e regras para sua
aplicação, em função da natureza, da gravidade e da reincidência da infração;
§ 1o Os critérios para revisão das tarifas a que se refere o inciso VIII do caput deverão considerar:
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§ 2o A sanção de multa a que se refere o inciso XVII do caput poderá ser aplicada isoladamente
ou em conjunto com outras sanções e terá valores estabelecidos em regulamento aprovado pela
Diretoria da Agência, obedecidos os limites previstos em legislação específica.
§ 3o A ocorrência de infração grave que implicar sanção prevista no inciso XVIII do caput será
apurada em processo regular, instaurado na forma do regulamento, garantindo-se a prévia e
ampla defesa ao interessado.
§ 4o O contrato será publicado por extrato, no Diário Oficial da União, como condição de sua
eficácia.
Subseção III
Das Permissões
Art. 38. As permissões a serem outorgadas pela ANTT e pela ANTAQ aplicar-se-ão à prestação
regular de serviços de transporte de passageiros que independam da exploração da infraestrutura
utilizada e não tenham caráter de exclusividade ao longo das rotas percorridas, devendo também
ser precedidas de licitação regida por regulamento próprio, aprovado pela Diretoria da Agência, e
pelo respectivo edital.
I – o objeto da permissão;
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 39. O contrato de permissão deverá refletir fielmente as condições do edital e da proposta
vencedora e terá como cláusulas essenciais as relativas a:
III – modo, forma e condições de prestação dos serviços, em função da evolução da demanda;
V – tarifas;
XI – regras sobre solução de controvérsias relacionadas com o contrato e sua execução, incluindo
conciliação e arbitragem;
XII – sanções de advertência, multa e suspensão da vigência do contrato e regras para sua
aplicação, em função da natureza, da gravidade e da reincidência da infração;
§ 2o A sanção de multa a que se refere o inciso XII do caput poderá ser aplicada isoladamente ou
em conjunto com outras sanções e terá valores estabelecidos em regulamento aprovado pela
Diretoria da Agência, obedecidos os limites previstos em legislação específica.
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§ 3o A ocorrência de infração grave que implicar sanção prevista no inciso XIII do caput será
apurada em processo regular, instaurado na forma do regulamento, garantindo-se a prévia e
ampla defesa ao interessado.
§ 4o O contrato será publicado por extrato, no Diário Oficial da União, como condição de sua
eficácia.
I – adotar, em todas as suas operações, as medidas necessárias para a segurança das pessoas e
dos equipamentos e para a preservação do meio ambiente;
Subseção IV
Das Autorizações
Art. 43. A autorização aplica-se segundo as diretrizes estabelecidas nos arts. 13 e 14 e apresenta
as seguintes características:
Art. 43. A autorização, ressalvado o disposto em legislação específica, será outorgada segundo
as diretrizes estabelecidas nos arts. 13 e 14 e apresenta as seguintes características: (Redação
dada pela Medida Provisória nº 595, de 2012)
Art. 43. A autorização, ressalvado o disposto em legislação específica, será outorgada segundo
as diretrizes estabelecidas nos arts. 13 e 14 e apresenta as seguintes características: (Redação
dada pela Lei nº 12.815, de 2013)
I – independe de licitação;
III – não prevê prazo de vigência ou termo final, extinguindo-se pela sua plena eficácia, por
renúncia, anulação ou cassação.
Art. 44. A autorização será disciplinada em regulamento próprio pela Agência e será outorgada
mediante termo que indicará:
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I – o objeto da autorização;
Art. 45. Os preços dos serviços autorizados serão livres, reprimindo-se toda prática prejudicial à
competição, bem como o abuso do poder econômico, adotando-se nestes casos as providências
previstas no art. 31.
Art. 47. A empresa autorizada não terá direito adquirido à permanência das condições vigentes
quando da outorga da autorização ou do início das atividades, devendo observar as novas
condições impostas por lei e pela regulamentação, que lhe fixará prazo suficiente para adaptação.
Art. 49. É facultado à Agência autorizar a prestação de serviços de transporte sujeitos a outras
formas de outorga, em caráter especial e de emergência.
Subseção V
Art. 50. As empresas que, na data da instalação da ANTT ou da ANTAQ, forem detentoras de
outorgas expedidas por entidades públicas federais do setor dos transportes, terão, por meio de
novos instrumentos de outorga, seus direitos ratificados e adaptados ao que dispõem os arts. 13
e 14.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Parágrafo único. Os novos instrumentos de outorga serão aplicados aos mesmos objetos das
outorgas anteriores e serão regidos, no que couber, pelas normas gerais estabelecidas nas
Subseções I, II, III e IV desta Seção.
Art. 51-A Fica atribuída à ANTAQ a competência de supervisão e de fiscalização das atividades
desenvolvidas pelas Administrações Portuárias nos portos organizados, respeitados os termos da
Lei nº 8.630, de 1993. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
§ 1º Na atribuição citada no caput deste artigo incluem-se as administrações dos portos objeto de
convênios de delegação celebrados pelo Ministério dos Transportes nos termos da Lei nº 9.277,
de 10 de maio de 1996. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
§ 2º A ANTAQ prestará ao Ministério dos Transportes todo apoio necessário à celebração dos
convênios de delegação. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
Art. 51-A. Fica atribuída à ANTAQ a competência de fiscalização das atividades desenvolvidas
pelas administrações de portos organizados, pelos operadores portuários e pelas arrendatárias ou
autorizatárias de instalações portuárias, observado o disposto na Medida Provisória no 595, de 6
de dezembro de 2012. (Redação dada pela Medida Provisória nº 595, de 2012)
Art. 51-A. Fica atribuída à Antaq a competência de fiscalização das atividades desenvolvidas
pelas administrações de portos organizados, pelos operadores portuários e pelas arrendatárias ou
autorizatárias de instalações portuárias, observado o disposto na Lei na qual foi convertida a
Medida Provisória no 595, de 6 de dezembro de 2012. (Redação dada pela Lei nº 12.815, de
2013)
Seção V
Art. 52. A ANTT e a ANTAQ terão Diretorias atuando em regime de colegiado como órgãos
máximos de suas estruturas organizacionais, as quais contarão também com um Procurador-
Geral, um Ouvidor e um Corregedor.
Art. 53. A Diretoria da ANTT será composta por um Diretor-Geral e quatro Diretores e a Diretoria
da ANTAQ será composta por um Diretor-Geral e dois Diretores.
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Art. 54. Os membros da Diretoria cumprirão mandatos de quatro anos, não coincidentes, admitida
uma recondução.
Parágrafo único. Em caso de vacância no curso do mandato, este será completado pelo sucessor
investido na forma prevista no § 1o do art. 53.
Art. 55. Para assegurar a não-coincidência, os mandatos dos primeiros membros da Diretoria da
ANTT serão de dois, três, quatro, cinco e seis anos, e os mandatos dos primeiros membros da
Diretoria da ANTAQ serão de dois, três e quatro anos, a serem estabelecidos no decreto de
nomeação.
Parágrafo único. Cabe ao Ministro de Estado dos Transportes instaurar o processo administrativo
disciplinar, competindo ao Presidente da República determinar o afastamento preventivo, quando
for o caso, e proferir o julgamento.
Parágrafo único. Cabe ao Ministro de Estado dos Transportes ou ao Ministro de Estado Chefe da
Secretaria de Portos da Presidência da República, conforme o caso, instaurar o processo
administrativo disciplinar, competindo ao Presidente da República determinar o afastamento
preventivo, quando for o caso, e proferir o julgamento. (Redação dada pela Medida Provisória nº
595, de 2012)
Parágrafo único. Cabe ao Ministro de Estado dos Transportes ou ao Ministro de Estado Chefe da
Secretaria de Portos da Presidência da República, conforme o caso, instaurar o processo
administrativo disciplinar, competindo ao Presidente da República determinar o afastamento
preventivo, quando for o caso, e proferir o julgamento. (Redação dada pela Lei nº 12.815, de
2013)
Art. 57. Aos membros das Diretorias das Agências é vedado o exercício de qualquer outra
atividade profissional, empresarial, sindical ou de direção político-partidária.
Art. 58. Está impedida de exercer cargo de direção na ANTT e na ANTAQ a pessoa que
mantenha, ou tenha mantido, nos doze meses anteriores à data de início do mandato, um dos
seguintes vínculos com empresa que explore qualquer das atividades reguladas pela respectiva
Agência:
III – empregado, ainda que com contrato de trabalho suspenso, inclusive de sua instituição
controladora, ou de fundação de previdência de que a empresa ou sua controladora seja
patrocinadora ou custeadora.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Parágrafo único. Também está impedido de exercer cargo de direção o membro de conselho ou
diretoria de associação, regional ou nacional, representativa de interesses patronais ou
trabalhistas ligados às atividades reguladas pela respectiva Agência.
Art. 59. Até um ano após deixar o cargo, é vedado ao ex-Diretor representar qualquer pessoa ou
interesse perante a Agência de cuja Diretoria tiver participado.
Art. 60. Compete à Diretoria exercer as atribuições e responder pelos deveres que são conferidos
por esta Lei à respectiva Agência.
Parágrafo único. O Procurador-Geral deverá ser bacharel em Direito com experiência no efetivo
exercício da advocacia e será nomeado pelo Presidente da República, atendidos os pré-requisitos
legais e as instruções normativas da Advocacia-Geral da União.
Art. 63. O Ouvidor será nomeado pelo Presidente da República, para mandato de três anos,
admitida uma recondução.
Seção VI
Art. 66. O processo decisório da ANTT e da ANTAQ obedecerá aos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade e publicidade.
Art. 67. As decisões das Diretorias serão tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus
membros, cabendo ao Diretor-Geral o voto de qualidade, e serão registradas em atas que ficarão
disponíveis para conhecimento geral, juntamente com os documentos que as instruam.
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Parágrafo único. Quando a publicidade colocar em risco a segurança do País, ou violar segredo
protegido, os registros correspondentes serão mantidos em sigilo.
Art. 67. As decisões das Diretorias serão tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus
membros, cabendo ao Diretor-Geral o voto de qualidade, e serão registradas em atas. (Redação
dada pela Medida Provisória nº 595, de 2012)
Parágrafo único. As datas, as pautas e as atas das reuniões de Diretoria, assim como os
documentos que as instruam, deverão ser objeto de ampla publicidade, inclusive por meio da
internet, na forma do regulamento. (Redação dada pela Medida Provisória nº 595, de 2012)
Art. 67. As decisões das Diretorias serão tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus
membros, cabendo ao Diretor-Geral o voto de qualidade, e serão registradas em atas. (Redação
dada pela Lei nº 12.815, de 2013)
Parágrafo único. As datas, as pautas e as atas das reuniões de Diretoria, assim como os
documentos que as instruam, deverão ser objeto de ampla publicidade, inclusive por meio da
internet, na forma do regulamento. (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)
§ 2o Os atos normativos das Agências somente produzirão efeitos após publicação no Diário
Oficial, e aqueles de alcance particular, após a correspondente notificação.
§ 3o Qualquer pessoa, desde que seja parte interessada, terá o direito de peticionar ou de
recorrer contra atos das Agências, no prazo máximo de trinta dias da sua oficialização, observado
o disposto em regulamento.
Seção VII
Art. 69. A ANTT e a ANTAQ terão suas relações de trabalho regidas pelo Decreto-Lei no 5.452, de
1o de maio de 1943 – Consolidação das Leis do Trabalho, e legislação correlata, em regime de
emprego público. (Vide Medida Provisória nº 155, de 23.12.2003) (Revogado pela Lei 10.871, de
2004)
Art. 70. Para constituir os quadros de pessoal efetivo e de cargos comissionados da ANTT e da
ANTAQ, ficam criados:
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§ 1o Os quantitativos dos empregos públicos, dos cargos efetivos e dos diferentes níveis de
cargos comissionados da ANTT e da ANTAQ encontram-se estabelecidos nas Tabelas I, II, III e IV
do Anexo I desta Lei.
§ 2o Os limites de salários para os empregos públicos de nível superior e de nível médio da ANTT
e da ANTAQ são fixados na Tabela VII do Anexo I desta Lei. (Vide Medida Provisória nº 155, de
23.12.2003) (Revogado pela Lei 10.871, de 2004)
§ 3o É vedado aos empregados, aos requisitados, aos ocupantes de cargos comissionados e aos
dirigentes das Agências o exercício regular de outra atividade profissional, inclusive gestão
operacional de empresa ou direção político-partidária, excetuados os casos admitidos em lei.
§ 3o É vedado aos ocupantes de cargos efetivos, aos requisitados, aos ocupantes de cargos
comissionados e aos dirigentes das Agências o exercício regular de outra atividade profissional,
inclusive gestão operacional de empresa ou direção político-partidária, excetuados os casos
admitidos em lei. (Redação dada pela Medida Provisória nº 155, de 23.12.2003)
§ 3o É vedado aos ocupantes de cargos efetivos, aos requisitados, aos ocupantes de cargos
comissionados e aos dirigentes das Agências o exercício regular de outra atividade profissional,
inclusive gestão operacional de empresa ou direção político-partidária, excetuados os casos
admitidos em lei. (Redação dada pela Lei nº 10.871, de 2004)
Art. 71. A investidura nos empregos públicos do quadro de pessoal efetivo da ANTT e da ANTAQ
dar-se-á por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos, conforme disposto nos
respectivos regimentos. (Vide Medida Provisória nº 155, de 23.12.2003)
§ 1o O concurso público poderá ser realizado para provimento efetivo de pessoal em classes
distintas de um mesmo emprego público, conforme a disponibilidade orçamentária e de vagas.
(Vide Medida Provisória nº 155, de 23.12.2003)
§ 2o Poderá ainda fazer parte do concurso, para efeito eliminatório e classificatório, curso de
formação específica. (Vide Medida Provisória nº 155, de 23.12.2003) (Revogado pela Lei 10.871,
de 2004)
Art. 73. Os ocupantes dos Cargos Comissionados a que se refere o inciso IV do art. 70, mesmo
quando requisitados de outros órgãos ou entidades da Administração Pública, receberão
remuneração conforme a Tabela V do Anexo I. (Revogado pela Medida Provisória nº 375, de
2007) (Revogado pela Lei nº 11.526, de 2007).
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Parágrafo único. Os ocupantes dos cargos a que se refere o caput poderão optar por receber a
remuneração do seu cargo efetivo ou emprego permanente no órgão de origem, acrescido do
valor remuneratório adicional correspondente a:
II – vinte e cinco por cento da remuneração do cargo exercido na Agência, para os Cargos
Comissionados de Direção, de Gerência Executiva e de Assessoria nos níveis CA I e CA II, e
cinqüenta e cinco por cento da remuneração dos Cargos Comissionados de Assessoria, no nível
CA III, e dos de Assistência.
II - 40% (quarenta por cento) da remuneração do cargo exercido na Agência Reguladora, para os
Cargos Comissionados de Direção, de Gerência Executiva e de Assessoria nos níveis CA I e II, e
65% (sessenta e cinco por cento) da remuneração dos Cargos Comissionados de Assessoria no
nível III e dos de Assistência. (Redação dada pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002) ) (Revogado pela
Medida Provisória nº 375, de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.526, de 2007).
Art. 74. Os Cargos Comissionados Técnicos a que se refere o inciso V do art. 70 são de
ocupação privativa de empregados do Quadro de Pessoal Efetivo e dos Quadros de Pessoal
Específico e em Extinção de que tratam os arts. 113 e 114 e de requisitados de outros órgãos e
entidades da Administração Pública.
Art. 74. Os Cargos Comissionados Técnicos a que se refere o inciso V do art. 70 são de
ocupação privativa de empregados do Quadro de Pessoal Efetivo e dos Quadros de Pessoal
Específico e em Extinção de que tratam os arts. 113 e 114-A e de requisitados de outros órgãos e
entidades da Administração Pública.(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.217-3, de
4.9.2001)
Art. 74. Os Cargos Comissionados Técnicos a que se refere o inciso V do art. 70 são de
ocupação privativa de ocupantes de cargos efetivos do Quadro de Pessoal Efetivo e dos Quadros
de Pessoal Específico e em Extinção de que tratam os arts. 113 e 114-A e de requisitados de
outros órgãos e entidades da Administração Pública. (Redação dada pela Medida Provisória nº
155, de 23.12.2003)
Art. 74. Os Cargos Comissionados Técnicos a que se refere o inciso V do art. 70 desta Lei são de
ocupação privativa de ocupantes de cargos efetivos do Quadro de Pessoal Efetivo e dos Quadros
de Pessoal Específico e em Extinção de que tratam os arts. 113 e 114-A desta Lei e de
requisitados de outros órgãos e entidades da Administração Pública. (Redação dada pela Lei nº
10.871, de 2004)
Parágrafo único. Ao ocupante de Cargo Comissionado Técnico será pago um valor acrescido ao
salário ou vencimento, conforme a Tabela VI do Anexo I desta Lei. (Revogado pela Medida
Provisória nº 375, de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.526, de 2007).
Art. 75. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão divulgará, no prazo de trinta dias a
contar da data de publicação desta Lei, tabela estabelecendo as equivalências entre os Cargos
Comissionados e Cargos Comissionados Técnicos previstos nas Tabelas II e IV do Anexo I e os
Cargos em Comissão do Grupo Direção e Assessoramento Superior – DAS, para efeito de
aplicação de legislações específicas relativas à percepção de vantagens, de caráter
remuneratório ou não, por servidores ou empregados públicos.
Art. 76. Nos termos do inciso IX do art. 37 da Constituição, ficam a ANTT e a ANTAQ autorizadas
a efetuar contratação temporária, por prazo não excedente a trinta e seis meses, do pessoal
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Seção VIII
I - dotações que forem consignadas no Orçamento Geral da União para cada Agência, créditos
especiais, transferências e repasses; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.217-3, de
4.9.2001)
§ 1o (VETADO)
§ 2o (VETADO)
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Art. 78. A ANTT e a ANTAQ submeterão ao Ministério dos Transportes suas propostas
orçamentárias anuais, nos termos da legislação em vigor.
Art. 78. A ANTT e a ANTAQ submeterão ao Ministério dos Transportes e à Secretaria de Portos da
Presidência da República, respectivamente, suas propostas orçamentárias anuais, nos termos da
legislação em vigor. (Redação dada pela Medida Provisória nº 595, de 2012)
Art. 78. A ANTT e a Antaq submeterão ao Ministério dos Transportes e à Secretaria de Portos da
Presidência da República, respectivamente, suas propostas orçamentárias anuais, nos termos da
legislação em vigor. (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)
Parágrafo único. O superávit financeiro anual apurado pela ANTT ou pela ANTAQ, relativo aos
incisos II a V do art. 77, deverá ser incorporado ao respectivo orçamento do exercício seguinte, de
acordo com a Lei no 4.320, de 17 de março de 1964, não se aplicando o disposto no art. 1 o da Lei
no 9.530, de 10 de dezembro de 1997, podendo ser utilizado no custeio de despesas de
manutenção e funcionamento de ambas as Agências, em projetos de estudos e pesquisas no
campo dos transportes, ou na execução de projetos de infraestrutura a cargo do DNIT, desde que
devidamente programados no Orçamento Geral da União.
Art. 78-A. A infração a esta Lei e o descumprimento dos deveres estabelecidos no contrato de
concessão, no termo de permissão e na autorização sujeitará o responsável às seguintes
sanções, aplicáveis pela ANTT e pela ANTAQ, sem prejuízo das de natureza civil e penal:
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
Parágrafo único. Na aplicação das sanções referidas no caput, a ANTAQ observará o disposto na
Lei no 8.630, de 1993, inclusive no que diz respeito às atribuições da Administração Portuária e do
Conselho de Autoridade Portuária.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
§ 1o Na aplicação das sanções referidas no caput, a Antaq observará o disposto na Lei na qual foi
convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012. (Redação dada pela Lei nº
12.815, de 2013)
Art. 78-C. No processo administrativo de que trata o art. 78-B, serão assegurados o contraditório
e a ampla defesa, permitida a adoção de medidas cautelares de necessária urgência. (Incluído
pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
Parágrafo único. Entende-se por reincidência específica a repetição de falta de igual natureza.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
Art. 78-E. Nas infrações praticadas por pessoa jurídica, também serão punidos com sanção de
multa seus administradores ou controladores, quando tiverem agido com dolo ou culpa. (Incluído
pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
Art. 78-F. A multa poderá ser imposta isoladamente ou em conjunto com outra sanção e não deve
ser superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais). (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-
3, de 4.9.2001)
§ 1º O valor das multas será fixado em regulamento aprovado pela Diretoria de cada Agência, e
em sua aplicação será considerado o princípio da proporcionalidade entre a gravidade da falta e a
intensidade da sanção. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
Art. 78-G. A suspensão, que não terá prazo superior a cento e oitenta dias, será imposta em caso
de infração grave cujas circunstâncias não justifiquem a cassação. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
Art. 78-H. Na ocorrência de infração grave, apurada em processo regular instaurado na forma do
regulamento, a ANTT e a ANTAQ poderão cassar a autorização. (Incluído pela Medida Provisória
nº 2.217-3, de 4.9.2001)
Art. 78-I. A declaração de inidoneidade será aplicada a quem tenha praticado atos ilícitos visando
frustrar os objetivos de licitação ou a execução de contrato. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.217-3, de 4.9.2001)
Parágrafo único. O prazo de vigência da declaração de inidoneidade não será superior a cinco
anos. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
Art. 78-J. Não poderá participar de licitação ou receber outorga de concessão ou permissão, e
bem assim ter deferida autorização, a empresa proibida de licitar ou contratar com o Poder
Público, que tenha sido declarada inidônea ou tenha sido punida nos cinco anos anteriores com a
pena de cassação ou, ainda, que tenha sido titular de concessão ou permissão objeto de
caducidade no mesmo período. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
CAPÍTULO VII
Seção I
Art. 79. Fica criado o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, pessoa
jurídica de direito público, submetido ao regime de autarquia, vinculado ao Ministério dos
Transportes.
Parágrafo único. O DNIT terá sede e foro no Distrito Federal, podendo instalar unidades
administrativas regionais.
Art. 80. Constitui objetivo do DNIT implementar, em sua esfera de atuação, a política formulada
para a administração da infraestrutura do Sistema Federal de Viação, compreendendo sua
operação, manutenção, restauração ou reposição, adequação de capacidade, e ampliação
mediante construção de novas vias e terminais, segundo os princípios e diretrizes estabelecidos
nesta Lei.
Art. 81. A esfera de atuação do DNIT corresponde à infraestrutura do Sistema Federal de Viação,
sob a jurisdição do Ministério dos Transportes, constituída de:
I – vias navegáveis;
IV – instalações portuárias.
III – fornecer ao Ministério dos Transportes informações e dados para subsidiar a formulação dos
planos gerais de outorga e de delegação dos segmentos da infraestrutura viária;
VIII – firmar convênios, acordos, contratos e demais instrumentos legais, no exercício de suas
atribuições;
XI – adquirir e alienar bens, adotando os procedimentos legais adequados para efetuar sua
incorporação e desincorporação;
XVI - aprovar projetos de engenharia cuja execução modifique a estrutura do Sistema Federal de
Viação, observado o disposto no inciso IX do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.314 de
2006)
XVII - exercer o controle patrimonial e contábil dos bens operacionais na atividade ferroviária,
sobre os quais será exercida a fiscalização pela Agência Nacional de Transportes Terrestres -
ANTT, conforme disposto no inciso IV do art. 25 desta Lei, bem como dos bens não-operacionais
que lhe forem transferidos; (Incluído pela Lei nº 11.483, de 2007)
XVIII - implementar medidas necessárias à destinação dos ativos operacionais devolvidos pelas
concessionárias, na forma prevista nos contratos de arrendamento; e (Incluído pela Lei nº 11.483,
de 2007)
XIX - propor ao Ministério dos Transportes, em conjunto com a ANTT, a destinação dos ativos
operacionais ao término dos contratos de arrendamento. (Incluído pela Lei nº 11.483, de 2007)
§ 2o No exercício das atribuições previstas neste artigo e relativas a vias navegáveis e instalações
portuárias, o DNIT observará as prerrogativas específicas da Autoridade Marítima. (Redação dada
pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
§ 2º No exercício das atribuições previstas neste artigo e relativas a vias navegáveis, o DNIT
observará as prerrogativas específicas da autoridade marítima. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 595, de 2012)
§ 2o No exercício das atribuições previstas neste artigo e relativas a vias navegáveis, o DNIT
observará as prerrogativas específicas da autoridade marítima. (Redação dada pela Lei nº
12.815, de 2013)
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Seção II
Art. 83. Na contratação de programas, projetos e obras decorrentes do exercício direto das
atribuições previstas nos incisos IV e V do art. 82, o DNIT deverá zelar pelo cumprimento das
boas normas de concorrência, fazendo com que os procedimentos de divulgação de editais,
julgamento das licitações e celebração dos contratos se processem em fiel obediência aos
preceitos da legislação vigente, revelando transparência e fomentando a competição, em defesa
do interesse público.
Art. 83. Na contratação de programas, projetos e obras decorrentes do exercício direto das
atribuições de que trata o art. 82, o DNIT deverá zelar pelo cumprimento das boas normas de
concorrência, fazendo com que os procedimentos de divulgação de editais, julgamento de
licitações e celebração de contratos se processem em fiel obediência aos preceitos da legislação
vigente, revelando transparência e fomentando a competição, em defesa do interesse público.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
Art. 84. No exercício das atribuições previstas nos incisos IV e V do art. 82, o DNIT poderá firmar
convênios de delegação ou cooperação com órgãos e entidades da Administração Pública
Federal, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, buscando a descentralização e a
gerência eficiente dos programas e projetos.
Seção III
Art. 85. O DNIT será dirigido por um Conselho de Administração e uma Diretoria composta por um
Diretor-Geral e quatro Diretores. (Vide Medida Provisória nº 283, de 2006)
Art. 85. O DNIT será dirigido por um Conselho de Administração e uma Diretoria composta por um
Diretor-Geral e pelas Diretorias Executiva, de Infraestrutura Ferroviária, de Infraestrutura
Rodoviária, de Administração e Finanças, de Planejamento e Pesquisa, e de Infraestrutura
Aquaviária. (Redação dada pela Lei nº 11.314 de 2006)
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
III - Diretoria de Infraestrutura Rodoviária: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) (Incluído pela Lei
nº 11.314 de 2006)
b) gerenciar a revisão de projetos de engenharia na fase de execução de obras; (Incluído pela Lei
nº 11.314 de 2006)
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 85-A. Integrará a estrutura organizacional do DNIT uma Procuradoria-Geral, uma Ouvidoria,
uma Corregedoria e uma Auditoria. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
Art. 85-C. À Auditoria do DNIT compete fiscalizar a gestão orçamentária, financeira e patrimonial
da autarquia. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
Parágrafo único. O auditor do DNIT será indicado pelo Ministro de Estado dos Transportes e
nomeado pelo Presidente da República. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
Art. 85-D. À Ouvidoria do DNIT compete: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de
4.9.2001)
III – aprovar e supervisionar a execução dos planos e programas a que se refere o inciso anterior.
II – o seu Diretor-Geral;
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 88. Os Diretores deverão ser brasileiros, ter idoneidade moral e reputação ilibada, formação
universitária, experiência profissional compatível com os objetivos, atribuições e competências do
DNIT e elevado conceito no campo de suas especialidades, e serão indicados pelo Ministro de
Estado dos Transportes e nomeados pelo Presidente da República.
I – (VETADO)
§ 3o As decisões da Diretoria serão tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros,
cabendo ao Diretor-Geral o voto de qualidade, e serão registradas em atas que ficarão
disponíveis para conhecimento geral, juntamente com os documentos que as instruam.
Art. 90. O Procurador-Geral do DNIT deverá ser bacharel em Direito com experiência no efetivo
exercício da advocacia, será indicado pelo Ministro de Estado dos Transportes e nomeado pelo
Presidente da República, atendidos os pré-requisitos legais e as instruções normativas da
Advocacia-Geral da União.
§ 1o (VETADO)
§ 2o (VETADO)
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 91. O Ouvidor será indicado pelo Ministro de Estado dos Transportes e nomeado pelo
Presidente da República.
I – (VETADO)
II – (VETADO)
§ 1o O Corregedor será indicado pelo Ministro de Estado dos Transportes e nomeado pelo
Presidente da República.
Seção IV
Art. 93. O DNIT terá suas relações de trabalho regidas pelo Decreto-Lei n o 5.452, de 1o de maio
de 1943 – Consolidação das Leis do Trabalho, e legislação correlata, em regime de emprego
público. (Vide Medida Provisória nº 155, de 23.12.2003)
Parágrafo único. A investidura nos empregos públicos do quadro de pessoal efetivo do DNIT dar-
se-á por meio de concurso público, nos termos estabelecidos no art. 71. (Vide Medida Provisória
nº 155, de 23.12.2003) (Revogado pela Lei 10.871, de 2004)
Art. 94. Para constituir os quadros de pessoal efetivo e de cargos comissionados do DNIT, ficam
criados: (Vide Medida Provisória nº 155, de 23.12.2003) (Revogado pela Lei 10.871, de 2004)
III – (VETADO)
§ 2o Os limites de salários para os empregos públicos de nível superior e de nível médio do DNIT
são fixados na Tabela III do Anexo II desta Lei. (Vide Medida Provisória nº 155, de 23.12.2003)
(Revogado pela Lei 10.871, de 2004)
§ 4o É vedado aos empregados, aos requisitados, aos ocupantes de cargos comissionados e aos
dirigentes do DNIT o exercício regular de outra atividade profissional, inclusive gestão operacional
de empresa ou direção político-partidária, excetuados os casos admitidos em lei.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 96. Nos termos do inciso IX do art. 37 da Constituição, fica o DNIT autorizado a efetuar
contratação temporária, por prazo não excedente a trinta e seis meses, do pessoal técnico
imprescindível ao exercício de suas atribuições institucionais.
Art. 96. O DNIT poderá efetuar, nos termos do art. 37, IX, da Constituição Federal, e observado o
disposto na Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, contratação por tempo determinado, pelo
prazo de doze meses, do pessoal técnico imprescindível ao exercício de suas competências
institucionais. (Redação dada pela Medida Provisória nº 155, de 23.12.2003)
Art. 96. O DNIT poderá efetuar, nos termos do art. 37, IX, da Constituição Federal, e observado o
disposto na Lei no 8.745, de 9 de dezembro de 1993, contratação por tempo determinado, pelo
prazo de 12 (doze) meses, do pessoal técnico imprescindível ao exercício de suas competências
institucionais. (Redação dada pela Lei nº 10.871, de 2004)
§ 1o A contratação de pessoal de que trata o caput deste artigo dar-se-á mediante processo
seletivo simplificado, compreendendo, obrigatoriamente, prova escrita e, facultativamente, análise
de curriculum vitae sem prejuízo de outras modalidades que, a critério da entidade, venham a
ser exigidas. (Redação dada pela Lei nº 10.871, de 2004)
§ 2o (VETADO)
§ 4º As contratações referidas no caput poderão ser prorrogadas, desde que sua duração total
não ultrapasse o prazo de vinte e quatro meses, ficando limitada sua vigência, em qualquer caso,
a 31 de dezembro de 2005. (Redação dada pela Medida Provisória nº 155, de 23.12.2003)
§ 5º A remuneração do pessoal contratado nos termos referidos no caput terá como referência os
valores definidos em ato conjunto da Agência e do órgão central do Sistema de Pessoal Civil da
Administração Federal - SIPEC. (Redação dada pela Medida Provisória nº 155, de 23.12.2003)
§ 6º Aplica-se ao pessoal contratado por tempo determinado pelo DNIT o disposto no § 1º do art.
7º, nos arts. 8º, 9º, 10, 11,12 e 16 da Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993. (Redação dada
pela Medida Provisória nº 155, de 23.12.2003)
§ 3o Às contratações referidas no caput deste artigo aplica-se o disposto nos arts. 5o e 6o da Lei
no 8.745, de 9 de dezembro de 1993. (Redação dada pela Lei nº 10.871, de 2004)
§ 4o As contratações referidas no caput deste artigo poderão ser prorrogadas, desde que sua
duração total não ultrapasse o prazo de 24 (vinte e quatro) meses, ficando limitada sua vigência,
em qualquer caso, a 31 de dezembro de 2005. (Redação dada pela Lei nº 10.871, de 2004)
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
§ 5o A remuneração do pessoal contratado nos termos referidos no caput deste artigo terá como
referência os valores definidos em ato conjunto da Agência e do órgão central do Sistema de
Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC. (Redação dada pela Lei nº 10.871, de 2004)
§ 6o Aplica-se ao pessoal contratado por tempo determinado pelo DNIT o disposto no § 1º do art.
7º nos arts. 8o, 9o, 10, 11, 12 e 16 da Lei no 8.745, de 9 de dezembro de 1993. (Redação dada
pela Lei nº 10.871, de 2004)
Seção V
Art. 98. O DNIT submeterá anualmente ao Ministério dos Transportes a sua proposta
orçamentária, nos termos da legislação em vigor.
CAPÍTULO VIII
Seção I
Art. 99. O Poder Executivo promoverá a instalação do CONIT, da ANTT, da ANTAQ e do DNIT,
mediante a aprovação de seus regulamentos e de suas estruturas regimentais, em até noventa
dias, contados a partir da data de publicação desta Lei. (Vide Decreto nº 6.550, de 2008)
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Seção II
"Art. 102-A. Instaladas a ANTT, a ANTAQ e o DNIT, ficam extintos a Comissão Federal de
Transportes Ferroviários - COFER e o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem - DNER
e dissolvida a Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes - GEIPOT. (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
Art. 103. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos – CBTU e a Empresa de Transportes Urbanos
de Porto Alegre S.A. – TRENSURB transferirão para os Estados e Municípios a administração dos
transportes ferroviários urbanos e metropolitanos de passageiros, conforme disposto na Lei no
8.693, de 3 de agosto de 1993.
Parágrafo único. No exercício das atribuições referidas nos incisos V e VI do art. 25, a ANTT
coordenará os acordos a serem celebrados entre os concessionários arrendatários das malhas
ferroviárias e as sociedades sucessoras da CBTU, em cada Estado ou Município, para regular os
direitos de passagem e os planos de investimentos, em áreas comuns, de modo a garantir a
continuidade e a expansão dos serviços de transporte ferroviário de passageiros e cargas nas
regiões metropolitanas.
Art. 103-A Para efetivação do processo de descentralização dos transportes ferroviários urbanos
e metropolitanos de passageiros, a União destinará à CBTU os recursos necessários ao
atendimento dos projetos constantes dos respectivos convênios de transferência desses serviços,
podendo a CBTU: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
II - transferir para os Estados e Municípios, ou para sociedades por eles constituídas, os recursos
necessários para a implementação do processo de descentralização. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
§ 2º A autorização de que trata este artigo fica limitada ao montante das despesas acima
referidas, corrigidas de acordo com os reajustes salariais praticados pela Companhia Brasileira de
Trens Urbanos - CBTU correndo à conta de sua dotação orçamentária. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
Art. 103-C. As datas limites a que se referem o § 1º do art. 1º da Lei nº 9.600, de 19 de janeiro de
1998, e o § 1º do art. 1º da Lei nº 9.603, de 22 de janeiro de 1998, passam, respectivamente,
para 30 de junho de 2003 e 31 de dezembro de 2005. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3,
de 4.9.2001)
Art. 103-D. Caberá à CBTU analisar, acompanhar e fiscalizar, em nome da União, a utilização dos
recursos supramencionados, de acordo com o disposto nesta Lei e na legislação vigente.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
Art. 104. Atendido o disposto no caput do art. 103, ficará dissolvida a CBTU, na forma do disposto
no § 6o do art. 3o da Lei no 8.693, de 3 de agosto de 1993.
Parágrafo único. As atribuições da CBTU que não tiverem sido absorvidas pelos Estados e
Municípios serão transferidas para a ANTT ou para o DNIT, conforme sua natureza.
Art. 105. Fica o Poder Executivo autorizado a promover a transferência das atividades do Serviço
Social das Estradas de Ferro – SESEF para entidades de serviço social autônomas ou do setor
privado com atuação congênere.
Art. 108. Para cumprimento de suas atribuições, particularmente no que se refere ao inciso VI do
art. 24 e ao inciso VI do art. 27, serão transferidos para a ANTT ou para a ANTAQ, conforme se
trate de transporte terrestre ou aquaviário, os contratos e os acervos técnicos, incluindo registros,
dados e informações, detidos por órgãos e entidades do Ministério dos Transportes
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 109. Para o cumprimento de suas atribuições, serão transferidos para o DNIT os contratos, os
convênios e os acervos técnicos, incluindo registros, dados e informações detidos por órgãos do
Ministério dos Transportes e relativos à administração direta ou delegada de programas, projetos
e obras pertinentes à infraestrutura viária. (Vide Lei nº 11.518, de 2007)
Parágrafo único. Ficam transferidas para o DNIT as funções do órgão de pesquisas hidroviárias
da Companhia Docas do Rio de Janeiro – CDRJ, e as funções das administrações hidroviárias
vinculadas às Companhias Docas, juntamente com os respectivos acervos técnicos e
bibliográficos, bens e equipamentos utilizados em suas atividades.
Seção III
Art. 113. Ficam criados os quadros de Pessoal Específico na ANTT, na ANTAQ e no DNIT, com a
finalidade de absorver servidores do Regime Jurídico Único, dos quadros de pessoal do
Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER e do Ministério dos Transportes.
Art. 113-A O ingresso nos cargos de que trata o art. 113 será feito por redistribuição do cargo, na
forma do disposto na Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.217-3, de 4.9.2001)
Art. 114-A. Ficam criados os Quadros de Pessoal em Extinção na ANTT, na ANTAQ e no DNIT,
com a finalidade exclusiva de absorver, a critério do Poder Executivo, empregados regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho dos quadros de pessoal do Ministério dos Transportes, da
RFFSA, do GEIPOT, das Administrações Hidroviárias e da Companhia de Docas do Rio de
Janeiro - CDRJ, lotados no Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias - INPH, na data de
publicação desta Lei.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
§ 1º O ingresso de pessoal no quadro de que trata o caput será feito por sucessão trabalhista,
não caracterizando rescisão contratual. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
Art. 115. Os quadros de Pessoal Específico e em Extinção, de que tratam os arts. 113 e 114,
acrescidos dos quantitativos de servidores ou empregados requisitados, não poderão ultrapassar
os quadros gerais de pessoal efetivo da ANTT, da ANTAQ e do DNIT.
Art. 115. Os Quadros de Pessoal Específico e em Extinção, de que tratam os arts. 113 e 114-A,
acrescidos dos quantitativos de servidores ou empregados requisitados, não poderão ultrapassar
os quadros gerais de pessoal efetivo da ANTT, da ANTAQ e do DNIT. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
§ 1o À medida que forem extintos os cargos ou empregos de que tratam os arts. 113 e 114, é
facultado o preenchimento de empregos de pessoal concursado nos quadros de pessoal efetivo
de cada entidade.(Revogado pela Medida Provisória nº 353, de 2007)
Seção IV
Art. 117. Fica transferida para o Ministério dos Transportes a responsabilidade pelo pagamento
dos inativos e pensionistas oriundos do DNER, mantidos os vencimentos, direitos e vantagens
adquiridos.
Parágrafo único. O Ministério dos Transportes utilizará as unidades regionais do DNIT para o
exercício das medidas administrativas decorrentes do disposto no caput.
Art. 118. Ficam transferidas da RFFSA para o Ministério dos Transportes: (Vide Medida Provisória
nº 353, de 2007)
II – a responsabilidade pelo pagamento da parcela sob o encargo da União relativa aos proventos
de inatividade e demais direitos de que tratam a Lei no 2.061, de 13 de abril de 1953, do Estado
do Rio Grande do Sul, e o Termo de Acordo sobre as condições de reversão da Viação Férrea do
Rio Grande do Sul à União, aprovado pela Lei no 3.887, de 8 de fevereiro de 1961. (Vide Medida
Provisória nº 353, de 2007)
§ 2o O Ministério dos Transportes utilizará as unidades regionais do DNIT para o exercício das
medidas administrativas decorrentes do disposto no caput. (Vide Medida Provisória nº 353, de
2007)
Art. 118. Ficam transferidas da extinta RFFSA para o Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão: (Redação dada pela Lei nº 11.483, de 2007)
II - a responsabilidade pelo pagamento da parcela sob o encargo da União relativa aos proventos
de inatividade e demais direitos de que tratam a Lei no 2.061, de 13 de abril de 1953, do Estado
do Rio Grande do Sul, e o Termo de Acordo sobre as condições de reversão da Viação Férrea do
Rio Grande do Sul à União, aprovado pela Lei no 3.887, de 8 de fevereiro de 1961. (Redação
dada pela Lei nº 11.483, de 2007)
Art. 119. Ficam a ANTT, a ANTAQ e o DNIT autorizados a atuarem como patrocinadores do
Instituto GEIPREV de Seguridade Social, da Fundação Rede Ferroviária de Seguridade Social –
REFER e do Portus – Instituto de Seguridade Social, na condição de sucessoras das entidades
às quais estavam vinculados os empregados que absorverem, nos termos do art. 114, observada
a exigência de paridade entre a contribuição da patrocinadora e a contribuição do participante.
Art. 119. Ficam a ANTT, a ANTAQ e o DNIT autorizados a atuarem como patrocinadores do
Instituto GEIPREV de Seguridade Social, da Fundação Rede Ferroviária de Seguridade Social -
REFER e do Portus - Instituto de Seguridade Social, na condição de sucessoras das entidades às
quais estavam vinculados os empregados que absorverem, nos termos do art. 114-A, observada
a exigência de paridade entre a contribuição da patrocinadora e a contribuição do participante.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)
Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se unicamente aos empregados absorvidos, cujo
conjunto constituirá massa fechada.
Seção V
Art. 121. A ANTT, a ANTAQ e o DNIT implementarão, no prazo máximo de dois anos, contado da
sua instituição: (Vide Medida Provisória nº 155, de 23.12.2003)
178 de 342
Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
§ 1o A progressão dos empregados nos respectivos empregos públicos terá por base os
resultados obtidos nos processos de avaliação de desempenho, capacitação e qualificação
funcionais, visando ao reconhecimento do mérito funcional e à otimização do potencial individual,
conforme disposto em regulamento próprio de cada Agência.
Art. 123. As disposições desta Lei não alcançam direitos adquiridos, bem como não invalidam
atos legais praticados por quaisquer das entidades da Administração Pública Federal direta ou
indiretamente afetadas, os quais serão ajustados, no que couber, às novas disposições em vigor.
TABELA I
EMPREGO QUANTIDADE
Regulador 589
SUBTOTAL 696
179 de 342
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SUBTOTAL 1.012
Procurador 51
TABELA II
CD I 1
CD II 4
SUBTOTAL 5
CGE I 6
CGE II 15
CGE III 41
SUBTOTAL 62
CA I 13
CA II 4
180 de 342
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CA III 6
SUBTOTAL 23
CAS I 28
CAS II 28
SUBTOTAL 56
CCT I 100
CCT II 87
CCT III 67
CCT IV 53
CCT V 20
SUBTOTAL 337
TABELA III
EMPREGO QUANTIDADE
Regulador 129
SUBTOTAL 182
181 de 342
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SUBTOTAL 154
Procurador 10
TABELA IV
CD I 1
CD II 2
SUBTOTAL 3
CGE I 2
CGE II 7
CGE III 21
SUBTOTAL 30
CA I 7
CA II 4
CA III 2
SUBTOTAL 13
182 de 342
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CAS I 15
CAS II 6
SUBTOTAL 21
CCT I 24
CCT II 20
CCT III 15
CCT IV 10
CCT V 7
SUBTOTAL 76
TABELA V
CD I 8.000,00
CD II 7.600,00
CGE I 7.200,00
CGE II 6.400,00
183 de 342
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CA I 6.400,00
CA II 6.000,00
CA III 1.800,00
CAS I 1.500,00
CAS II 1.300,00
TABELA VI
CCT V 1.521,00
CCT IV 1.111,50
CCT II 590,20
CCT I 522,60
TABELA VII
184 de 342
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ANEXO II
EMPREGO QUANTIDADE
SUBTOTAL 1.578
(VETADO)
TABELA III
TABELA IV
(VETADO)
185 de 342
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CAPÍTULO I
DEFINIÇÕES E OBJETIVOS
Art. 1o Esta Lei regula a exploração pela União, direta ou indiretamente, dos portos e instalações
portuárias e as atividades desempenhadas pelos operadores portuários.
§ 2o A exploração indireta das instalações portuárias localizadas fora da área do porto organizado
ocorrerá mediante autorização, nos termos desta Lei.
II - área do porto organizado: área delimitada por ato do Poder Executivo que compreende as
instalações portuárias e a infraestrutura de proteção e de acesso ao porto organizado;
III - instalação portuária: instalação localizada dentro ou fora da área do porto organizado e
utilizada em movimentação de passageiros, em movimentação ou armazenagem de mercadorias,
destinadas ou provenientes de transporte aquaviário;
IV - terminal de uso privado: instalação portuária explorada mediante autorização e localizada fora
da área do porto organizado;
VIII - (VETADO):
a) (VETADO);
b) (VETADO); e
c) (VETADO);
XII - autorização: outorga de direito à exploração de instalação portuária localizada fora da área
do porto organizado e formalizada mediante contrato de adesão; e
Art. 3o A exploração dos portos organizados e instalações portuárias, com o objetivo de aumentar
a competitividade e o desenvolvimento do País, deve seguir as seguintes diretrizes:
CAPÍTULO II
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Seção I
XVI - ao acesso ao porto organizado ou à instalação portuária pelo poder concedente, pela Antaq
e pelas demais autoridades que atuam no setor portuário;
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XVIII - ao foro.
§ 1o (VETADO).
Art. 6o Nas licitações dos contratos de concessão e arrendamento, serão considerados como
critérios para julgamento, de forma isolada ou combinada, a maior capacidade de movimentação,
a menor tarifa ou o menor tempo de movimentação de carga, e outros estabelecidos no edital, na
forma do regulamento.
§ 1o As licitações de que trata este artigo poderão ser realizadas na modalidade leilão, conforme
regulamento.
§ 2o Compete à Antaq, com base nas diretrizes do poder concedente, realizar os procedimentos
licitatórios de que trata este artigo.
§ 3o Os editais das licitações de que trata este artigo serão elaborados pela Antaq, observadas as
diretrizes do poder concedente.
§ 4o (VETADO).
§ 5o Sem prejuízo das diretrizes previstas no art. 3 o, o poder concedente poderá determinar a
transferência das competências de elaboração do edital e a realização dos procedimentos
licitatórios de que trata este artigo à Administração do Porto, delegado ou não.
Art. 7o A Antaq poderá disciplinar a utilização em caráter excepcional, por qualquer interessado,
de instalações portuárias arrendadas ou exploradas pela concessionária, assegurada a
remuneração adequada ao titular do contrato.
Seção II
V - (VETADO).
189 de 342
Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
§ 1º A autorização será formalizada por meio de contrato de adesão, que conterá as cláusulas
essenciais previstas no caput do art. 5o, com exceção daquelas previstas em seus incisos IV e
VIII.
§ 2o A autorização de instalação portuária terá prazo de até 25 (vinte e cinco) anos, prorrogável
por períodos sucessivos, desde que:
§ 4o (VETADO).
II - promover a abertura de processo de anúncio público, com prazo de 30 (trinta) dias, para
identificar a existência de outros interessados na obtenção de autorização de instalação portuária
na mesma região e com características semelhantes.
§ 2o (VETADO).
§ 3o (VETADO).
Art. 10. O poder concedente poderá determinar à Antaq, a qualquer momento e em consonância
com as diretrizes do planejamento e das políticas do setor portuário, a abertura de processo de
chamada pública para identificar a existência de interessados na obtenção de autorização de
instalação portuária, na forma do regulamento e observado o prazo previsto no inciso II do § 1 o do
art. 9o.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 12. Encerrado o processo de chamada ou anúncio público, o poder concedente deverá
analisar a viabilidade locacional das propostas e sua adequação às diretrizes do planejamento e
das políticas do setor portuário.
II - havendo mais de uma proposta, não haja impedimento locacional à implantação de todas elas
de maneira concomitante.
§ 2o Havendo mais de uma proposta e impedimento locacional que inviabilize sua implantação de
maneira concomitante, a Antaq deverá promover processo seletivo público, observados os
princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Art. 13. A Antaq poderá disciplinar as condições de acesso, por qualquer interessado, em caráter
excepcional, às instalações portuárias autorizadas, assegurada remuneração adequada ao titular
da autorização.
Seção III
III - emissão, pelo órgão licenciador, do termo de referência para os estudos ambientais com
vistas ao licenciamento.
Seção IV
Art. 15. Ato do Presidente da República disporá sobre a definição da área dos portos organizados,
a partir de proposta da Secretaria de Portos da Presidência da República.
Parágrafo único. A delimitação da área deverá considerar a adequação dos acessos marítimos e
terrestres, os ganhos de eficiência e competitividade decorrente da escala das operações e as
instalações portuárias já existentes.
CAPÍTULO III
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DO PODER CONCEDENTE
II - definir as diretrizes para a realização dos procedimentos licitatórios, das chamadas públicas e
dos processos seletivos de que trata esta Lei, inclusive para os respectivos editais e instrumentos
convocatórios;
§ 1o Para os fins do disposto nesta Lei, o poder concedente poderá celebrar convênios ou
instrumentos congêneres de cooperação técnica e administrativa com órgãos e entidades da
administração pública federal, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive com
repasse de recursos.
CAPÍTULO IV
Seção I
Das Competências
Art. 17. A administração do porto é exercida diretamente pela União, pela delegatária ou pela
entidade concessionária do porto organizado.
III - pré-qualificar os operadores portuários, de acordo com as normas estabelecidas pelo poder
concedente;
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
VI - fiscalizar a operação portuária, zelando pela realização das atividades com regularidade,
eficiência, segurança e respeito ao meio ambiente;
§ 3o O disposto nos incisos IX e X do § 1 o não se aplica à embarcação militar que não esteja
praticando comércio.
§ 4o A autoridade marítima responsável pela segurança do tráfego pode intervir para assegurar
aos navios da Marinha do Brasil a prioridade para atracação no porto.
§ 5o (VETADO).
Art. 18. Dentro dos limites da área do porto organizado, compete à administração do porto:
193 de 342
Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
d) estabelecer e divulgar o calado máximo de operação dos navios, em função dos levantamentos
batimétricos efetuados sob sua responsabilidade; e
e) estabelecer e divulgar o porte bruto máximo e as dimensões máximas dos navios que
trafegarão, em função das limitações e características físicas do cais do porto;
Art. 19. A administração do porto poderá, a critério do poder concedente, explorar direta ou
indiretamente áreas não afetas às operações portuárias, observado o disposto no respectivo
Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto.
Parágrafo único. O disposto no caput não afasta a aplicação das normas de licitação e
contratação pública quando a administração do porto for exercida por órgão ou entidade sob
controle estatal.
Art. 20. Será instituído em cada porto organizado um conselho de autoridade portuária, órgão
consultivo da administração do porto.
§ 3o A distribuição das vagas no conselho a que alude o caput observará a seguinte proporção:
Parágrafo único. A indicação dos representantes das classes empresarial e trabalhadora a que
alude o caput será feita pelos respectivos representantes no conselho de autoridade portuária.
Art. 22. A Secretaria de Portos da Presidência da República coordenará a atuação integrada dos
órgãos e entidades públicos nos portos organizados e instalações portuárias, com a finalidade de
garantir a eficiência e a qualidade de suas atividades, nos termos do regulamento.
Seção II
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 24. Compete ao Ministério da Fazenda, por intermédio das repartições aduaneiras:
III - exercer a vigilância aduaneira e reprimir o contrabando e o descaminho, sem prejuízo das
atribuições de outros órgãos;
VII - autorizar a remoção de mercadorias da área portuária para outros locais, alfandegados ou
não, nos casos e na forma prevista na legislação aduaneira;
X - zelar pela observância da legislação aduaneira e pela defesa dos interesses fazendários
nacionais.
CAPÍTULO V
DA OPERAÇÃO PORTUÁRIA
Art. 25. A pré-qualificação do operador portuário será efetuada perante a administração do porto,
conforme normas estabelecidas pelo poder concedente.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
V - o órgão local de gestão de mão de obra do trabalho avulso pelas contribuições não recolhidas;
VI - os órgãos competentes pelo recolhimento dos tributos incidentes sobre o trabalho portuário
avulso; e
VII - a autoridade aduaneira pelas mercadorias sujeitas a controle aduaneiro, no período em que
lhe estejam confiadas ou quando tenha controle ou uso exclusivo de área onde se encontrem
depositadas ou devam transitar.
Art. 27. As atividades do operador portuário estão sujeitas às normas estabelecidas pela Antaq.
§ 1o O operador portuário é titular e responsável pela coordenação das operações portuárias que
efetuar.
II - de embarcações empregadas:
a) em obras de serviços públicos nas vias aquáticas do País, executadas direta ou indiretamente
pelo poder público;
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e) no transporte de mercadorias sólidas a granel, quando a carga ou descarga for feita por
aparelhos mecânicos automáticos, salvo quanto às atividades de rechego;
a) cargas em área sob controle militar, quando realizadas por pessoal militar ou vinculado a
organização militar;
Art. 29. As cooperativas formadas por trabalhadores portuários avulsos, registrados de acordo
com esta Lei, poderão estabelecer-se como operadores portuários.
Art. 30. A operação portuária em instalações localizadas fora da área do porto organizado será
disciplinada pelo titular da respectiva autorização, observadas as normas estabelecidas pelas
autoridades marítima, aduaneira, sanitária, de saúde e de polícia marítima.
Art. 31. O disposto nesta Lei não prejudica a aplicação das demais normas referentes ao
transporte marítimo, inclusive as decorrentes de convenções internacionais ratificadas, enquanto
vincularem internacionalmente o País.
CAPÍTULO VI
DO TRABALHO PORTUÁRIO
Art. 32. Os operadores portuários devem constituir em cada porto organizado um órgão de gestão
de mão de obra do trabalho portuário, destinado a:
VII - arrecadar e repassar aos beneficiários os valores devidos pelos operadores portuários
relativos à remuneração do trabalhador portuário avulso e aos correspondentes encargos fiscais,
sociais e previdenciários.
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Parágrafo único. Caso celebrado contrato, acordo ou convenção coletiva de trabalho entre
trabalhadores e tomadores de serviços, o disposto no instrumento precederá o órgão gestor e
dispensará sua intervenção nas relações entre capital e trabalho no porto.
Art. 33. Compete ao órgão de gestão de mão de obra do trabalho portuário avulso:
I - aplicar, quando couber, normas disciplinares previstas em lei, contrato, convenção ou acordo
coletivo de trabalho, no caso de transgressão disciplinar, as seguintes penalidades:
c) cancelamento do registro;
II - promover:
§ 1o O órgão não responde por prejuízos causados pelos trabalhadores portuários avulsos aos
tomadores dos seus serviços ou a terceiros.
§ 3o O órgão pode exigir dos operadores portuários garantia prévia dos respectivos pagamentos,
para atender a requisição de trabalhadores portuários avulsos.
§ 4o As matérias constantes nas alíneas a e b do inciso II deste artigo serão discutidas em fórum
permanente, composto, em caráter paritário, por representantes do governo e da sociedade civil.
Art. 34. O exercício das atribuições previstas nos arts. 32 e 33 pelo órgão de gestão de mão de
obra do trabalho portuário avulso não implica vínculo empregatício com trabalhador portuário
avulso.
198 de 342
Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 35. O órgão de gestão de mão de obra pode ceder trabalhador portuário avulso, em caráter
permanente, ao operador portuário.
Art. 36. A gestão da mão de obra do trabalho portuário avulso deve observar as normas do
contrato, convenção ou acordo coletivo de trabalho.
Art. 37. Deve ser constituída, no âmbito do órgão de gestão de mão de obra, comissão paritária
para solucionar litígios decorrentes da aplicação do disposto nos arts. 32, 33 e 35.§ 1 o Em caso
de impasse, as partes devem recorrer à arbitragem de ofertas finais.
§ 2o Firmado o compromisso arbitral, não será admitida a desistência de qualquer das partes.
§ 3o Os árbitros devem ser escolhidos de comum acordo entre as partes, e o laudo arbitral
proferido para solução da pendência constitui título executivo extrajudicial.
Art. 38. O órgão de gestão de mão de obra terá obrigatoriamente 1 (um) conselho de supervisão
e 1 (uma) diretoria executiva.
§ 1o O conselho de supervisão será composto por 3 (três) membros titulares e seus suplentes,
indicados na forma do regulamento, e terá como competência:
III - fiscalizar a gestão dos diretores, examinar, a qualquer tempo, os livros e papéis do órgão e
solicitar informações sobre quaisquer atos praticados pelos diretores ou seus prepostos.
§ 2o A diretoria executiva será composta por 1 (um) ou mais diretores, designados e destituíveis
na forma do regulamento, cujo prazo de gestão será de 3 (três) anos, permitida a redesignação.
§ 3o Até 1/3 (um terço) dos membros do conselho de supervisão poderá ser designado para
cargos de diretores.
Art. 39. O órgão de gestão de mão de obra é reputado de utilidade pública, sendo-lhe vedado ter
fins lucrativos, prestar serviços a terceiros ou exercer qualquer atividade não vinculada à gestão
de mão de obra.
Art. 40. O trabalho portuário de capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de carga, bloco
e vigilância de embarcações, nos portos organizados, será realizado por trabalhadores portuários
com vínculo empregatício por prazo indeterminado e por trabalhadores portuários avulsos.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
§ 3o O operador portuário, nas atividades a que alude o caput, não poderá locar ou tomar mão de
obra sob o regime de trabalho temporário de que trata a Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974.
Art. 42. A seleção e o registro do trabalhador portuário avulso serão feitos pelo órgão de gestão
de mão de obra avulsa, de acordo com as normas estabelecidas em contrato, convenção ou
acordo coletivo de trabalho.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 43. A remuneração, a definição das funções, a composição dos ternos, a multifuncionalidade
e as demais condições do trabalho avulso serão objeto de negociação entre as entidades
representativas dos trabalhadores portuários avulsos e dos operadores portuários.
Parágrafo único. A negociação prevista no caput contemplará a garantia de renda mínima inserida
no item 2 do Artigo 2 da Convenção no 137 da Organização Internacional do Trabalho - OIT.
Art. 44. É facultada aos titulares de instalações portuárias sujeitas a regime de autorização a
contratação de trabalhadores a prazo indeterminado, observado o disposto no contrato,
convenção ou acordo coletivo de trabalho.
CAPÍTULO VII
Art. 46. Constitui infração toda ação ou omissão, voluntária ou involuntária, que importe em:
III - utilização de terrenos, área, equipamentos e instalações portuárias, dentro ou fora do porto
organizado, com desvio de finalidade ou com desrespeito à lei ou aos regulamentos.
Parágrafo único. Responde pela infração, conjunta ou isoladamente, qualquer pessoa física ou
jurídica que, intervindo na operação portuária, concorra para sua prática ou dela se beneficie.
Art. 47. As infrações estão sujeitas às seguintes penas, aplicáveis separada ou cumulativamente,
de acordo com a gravidade da falta:
I - advertência;
II - multa;
III - proibição de ingresso na área do porto por período de 30 (trinta) a 180 (cento e oitenta) dias;
Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto nesta Lei, aplicam-se subsidiariamente às infrações
previstas no art. 46 as penalidades estabelecidas na Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001,
separada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade da falta.
Art. 48. Apurada, no mesmo processo, a prática de 2 (duas) ou mais infrações pela mesma
pessoa física ou jurídica, aplicam-se cumulativamente as penas a elas cominadas, se as infrações
não forem idênticas.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 49. Na falta de pagamento de multa no prazo de 30 (trinta) dias, contado da ciência pelo
infrator da decisão final que impuser a penalidade, será realizado processo de execução.
Art. 50. As importâncias pecuniárias resultantes da aplicação das multas previstas nesta Lei
reverterão para a Antaq, na forma do inciso V do caput do art. 77 da Lei nº 10.233, de 5 de junho
de 2001.
Art. 51. O descumprimento do disposto nos arts. 36, 39 e 42 desta Lei sujeitará o infrator à multa
prevista no inciso I do art. 10 da Lei n o 9.719, de 27 de novembro de 1998, sem prejuízo das
demais sanções cabíveis.
Art. 52. O descumprimento do disposto no caput e no § 3o do art. 40 desta Lei sujeitará o infrator
à multa prevista no inciso III do art. 10 da Lei nº 9.719, de 27 de novembro de 1998, sem prejuízo
das demais sanções cabíveis.
CAPÍTULO VIII
Art. 53. Fica instituído o Programa Nacional de Dragagem Portuária e Hidroviária II, a ser
implantado pela Secretaria de Portos da Presidência da República e pelo Ministério dos
Transportes, nas respectivas áreas de atuação.
III - material dragado: material retirado ou deslocado do leito dos corpos d’água decorrente da
atividade de dragagem e transferido para local de despejo autorizado pelo órgão competente;
IV - empresa de dragagem: pessoa jurídica que tenha por objeto a realização de obra ou serviço
de dragagem com a utilização ou não de embarcação; e
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 54. A dragagem por resultado compreende a contratação de obras de engenharia destinadas
ao aprofundamento, alargamento ou expansão de áreas portuárias e de hidrovias, inclusive
canais de navegação, bacias de evolução e de fundeio e berços de atracação, bem como os
serviços de sinalização, balizamento, monitoramento ambiental e outros com o objetivo de manter
as condições de profundidade e segurança estabelecidas no projeto implantado.
§ 1o As obras ou serviços de dragagem por resultado poderão contemplar mais de um porto, num
mesmo contrato, quando essa medida for mais vantajosa para a administração pública.
§ 3o A duração dos contratos de que trata este artigo será de até 10 (dez) anos, improrrogável.
CAPÍTULO IX
Art. 57. Os contratos de arrendamento em vigor firmados sob a Lei n° 8.630, de 25 de fevereiro
de 1993, que possuam previsão expressa de prorrogação ainda não realizada, poderão ter sua
prorrogação antecipada, a critério do poder concedente.
§ 2o (VETADO).
§ 3o Caso, a critério do poder concedente, a antecipação das prorrogações de que trata o caput
não seja efetivada, tal decisão não implica obrigatoriamente na recusa da prorrogação contratual
prevista originalmente.
§ 4o (VETADO).
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
§ 5o O Poder Executivo deverá encaminhar ao Congresso Nacional, até o último dia útil do mês
de março de cada ano, relatório detalhado sobre a implementação das iniciativas tomadas com
base nesta Lei, incluindo, pelo menos, as seguintes informações:
III - relação dos contratos licitados no ano anterior com base no disposto no art. 56 desta Lei, por
porto organizado, indicando data do contrato, modalidade da licitação, empresa detentora, objeto,
área, prazo de vigência e valor dos investimentos realizados e previstos nos contratos de
concessão ou arrendamento;
IV - relação dos termos de autorização e os contratos de adesão adaptados no ano anterior, com
base no disposto nos arts. 58 e 59 desta Lei, indicando data do contrato de autorização, empresa
detentora, objeto, área, prazo de vigência e valor dos investimentos realizados e previstos nos
termos de adesão e autorização;
V - relação das instalações portuárias operadas no ano anterior com base no previsto no art. 7 o
desta Lei, indicando empresa concessionária, empresa que utiliza efetivamente a instalação
portuária, motivo e justificativa da utilização por interessado não detentor do arrendamento ou
concessão e prazo de utilização.
Art. 58. Os termos de autorização e os contratos de adesão em vigor deverão ser adaptados ao
disposto nesta Lei, em especial ao previsto nos §§ 1 o a 4o do art. 8o, independentemente de
chamada pública ou processo seletivo.
Parágrafo único. A Antaq deverá promover a adaptação de que trata o caput no prazo de 1 (um)
ano, contado da data de publicação desta Lei.
Art. 59. As instalações portuárias enumeradas nos incisos I a IV do caput do art. 8o, localizadas
dentro da área do porto organizado, terão assegurada a continuidade das suas atividades, desde
que realizada a adaptação nos termos do art. 58.
Art. 61. Até a publicação do regulamento previsto nesta Lei, ficam mantidas as regras para
composição dos conselhos da autoridade portuária e dos conselhos de supervisão e diretorias
executivas dos órgãos de gestão de mão de obra.
204 de 342
Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
§ 1o Para dirimir litígios relativos aos débitos a que se refere o caput, poderá ser utilizada a
arbitragem, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996.
Art. 63. As Companhias Docas observarão regulamento simplificado para contratação de serviços
e aquisição de bens, observados os princípios constitucionais da publicidade, impessoalidade,
moralidade, economicidade e eficiência.
Art. 64. As Companhias Docas firmarão com a Secretaria de Portos da Presidência da República
compromissos de metas e desempenho empresarial que estabelecerão, nos termos do
regulamento:
Art. 67. Aplica-se subsidiariamente a esta Lei o disposto na Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001,
em especial no que se refere às competências e atribuições da Antaq.
Art. 68. As poligonais de áreas de portos organizados que não atendam ao disposto no art. 15
deverão ser adaptadas no prazo de 1 (um) ano.
Art. 70. O art. 29 da Lei no 5.025, de 10 de junho de 1966, passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 29. Os serviços públicos necessários à importação e exportação deverão ser centralizados
pela administração pública em todos os portos organizados.
§ 1o Os serviços de que trata o caput serão prestados em horário corrido e coincidente com a
operação de cada porto, em turnos, inclusive aos domingos e feriados.
205 de 342
Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
§ 2o O horário previsto no § 1 o poderá ser reduzido por ato do Poder Executivo, desde que não
haja prejuízo à segurança nacional e à operação portuária.
...................................................................................” (NR)
Art. 71. A Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 13. Ressalvado o disposto em legislação específica, as outorgas a que se refere o inciso I do
caput do art. 12 serão realizadas sob a forma de:
...................................................................................” (NR)
“Art. 14. Ressalvado o disposto em legislação específica, o disposto no art. 13 aplica-se conforme
as seguintes diretrizes:
.............................................................................................
.............................................................................................
c) a construção e a exploração das instalações portuárias de que trata o art. 8 o da Lei na qual foi
convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012;
.............................................................................................
g) (revogada);
h) (revogada);
...................................................................................” (NR)
...................................................................................” (NR)
“Art. 21. Ficam instituídas a Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT e a Agência
Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAQ, entidades integrantes da administração federal
indireta, submetidas ao regime autárquico especial e vinculadas, respectivamente, ao Ministério
dos Transportes e à Secretaria de Portos da Presidência da República, nos termos desta Lei.
...................................................................................” (NR)
.............................................................................................
206 de 342
Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
III - as instalações portuárias de que trata o art. 8 o da Lei na qual foi convertida a Medida
Provisória no 595, de 6 de dezembro de 2012;
.............................................................................................
...................................................................................” (NR)
.............................................................................................
a) (revogada);
b) (revogada);
.............................................................................................
.............................................................................................
XVI - cumprir e fazer cumprir as cláusulas e condições dos contratos de concessão de porto
organizado ou dos contratos de arrendamento de instalações portuárias quanto à manutenção e
reposição dos bens e equipamentos reversíveis à União de que trata o inciso VIII do caput do art.
5o da Lei na qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012;
.............................................................................................
XXII - fiscalizar a execução dos contratos de adesão das autorizações de instalação portuária de
que trata o art. 8 o da Lei na qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de
2012;
.............................................................................................
207 de 342
Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
XXVII - (revogado).
§ 1o .......................................................................
.............................................................................................
.............................................................................................
§ 3º (Revogado).
§ 4º (Revogado).” (NR)
.............................................................................................
..................................................................................” (NR)
“Art. 35. O contrato de concessão deverá refletir fielmente as condições do edital e da proposta
vencedora e terá como cláusulas essenciais, ressalvado o disposto em legislação específica, as
relativas a:
...................................................................................” (NR)
“Art. 43. A autorização, ressalvado o disposto em legislação específica, será outorgada segundo
as diretrizes estabelecidas nos arts. 13 e 14 e apresenta as seguintes características:
...................................................................................” (NR)
...................................................................................” (NR)
“Art. 51-A. Fica atribuída à Antaq a competência de fiscalização das atividades desenvolvidas
pelas administrações de portos organizados, pelos operadores portuários e pelas arrendatárias ou
autorizatárias de instalações portuárias, observado o disposto na Lei na qual foi convertida a
Medida Provisória no 595, de 6 de dezembro de 2012.
208 de 342
Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Parágrafo único. Cabe ao Ministro de Estado dos Transportes ou ao Ministro de Estado Chefe da
Secretaria de Portos da Presidência da República, conforme o caso, instaurar o processo
administrativo disciplinar, competindo ao Presidente da República determinar o afastamento
preventivo, quando for o caso, e proferir o julgamento.” (NR)
“Art. 67. As decisões das Diretorias serão tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus
membros, cabendo ao Diretor-Geral o voto de qualidade, e serão registradas em atas.
Parágrafo único. As datas, as pautas e as atas das reuniões de Diretoria, assim como os
documentos que as instruam, deverão ser objeto de ampla publicidade, inclusive por meio da
internet, na forma do regulamento.” (NR)
“Art. 78. A ANTT e a Antaq submeterão ao Ministério dos Transportes e à Secretaria de Portos da
Presidência da República, respectivamente, suas propostas orçamentárias anuais, nos termos da
legislação em vigor.
...................................................................................” (NR)
§ 1º Na aplicação das sanções referidas no caput, a Antaq observará o disposto na Lei na qual foi
convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012.
.............................................................................................
IV - (revogado).” (NR)
.............................................................................................
§ 2º No exercício das atribuições previstas neste artigo e relativas a vias navegáveis, o DNIT
observará as prerrogativas específicas da autoridade marítima.
...................................................................................” (NR)
Art. 72. A Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003, passa a vigorar com as seguintes alterações:
.............................................................................................
§ 2o ...........................................................
.............................................................................................
.............................................................................................
...................................................................................” (NR)
.............................................................................................
XXII - ...............................................................
...................................................................................” (NR)
Art. 73. A Lei no 9.719, de 27 de novembro de 1998, passa a vigorar acrescida do seguinte art.
10-A:
“Art. 10-A. É assegurado, na forma do regulamento, benefício assistencial mensal, de até 1 (um)
salário mínimo, aos trabalhadores portuários avulsos, com mais de 60 (sessenta) anos, que não
cumprirem os requisitos para a aquisição das modalidades de aposentadoria previstas nos arts.
42, 48, 52 e 57 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, e que não possuam meios para prover a
sua subsistência.
Parágrafo único. O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário
com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro regime,salvo os da assistência
médica e da pensão especial de natureza indenizatória.”
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
d) os §§ 3º e 4º do art. 27; e
Art. 1o Esta Lei estabelece normas sobre o Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha
Mercante - AFRMM e o Fundo da Marinha Mercante - FMM.
II - navegação de longo curso é aquela realizada entre portos brasileiros e portos estrangeiros,
sejam marítimos, fluviais ou lacustres;
VII - estaleiro brasileiro é a pessoa jurídica constituída segundo as leis brasileiras, com sede no
País, que tenha por objeto a indústria de construção e reparo navais; e
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Parágrafo único. O AFRMM não incide sobre a navegação fluvial e lacustre, exceto sobre cargas
de granéis líquidos, transportadas no âmbito das regiões Norte e Nordeste.
Parágrafo único. O AFRMM não incide sobre: (Redação dada pela Lei nº 12.788, de 2013)
Art. 5o O AFRMM incide sobre o frete, que é a remuneração do transporte aquaviário da carga de
qualquer natureza descarregada em porto brasileiro.
§ 1o Para os fins desta Lei, entende-se por remuneração do transporte aquaviário a remuneração
para o transporte da carga porto a porto, incluídas todas as despesas portuárias com a
manipulação de carga, constantes do conhecimento de embarque ou da declaração de que trata
o § 2o do art. 6o desta Lei, anteriores e posteriores a esse transporte, e outras despesas de
qualquer natureza a ele pertinentes.
§ 2o O somatório dos fretes dos conhecimentos de embarque desmembrados não pode ser
menor que o frete do conhecimento de embarque que os originou.
III - 40% (quarenta por cento) na navegação fluvial e lacustre, quando do transporte de granéis
líquidos nas regiões Norte e Nordeste.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Parágrafo único. Deverão também ser disponibilizados ao Ministério dos Transportes, por
intermédio do responsável pelo transporte aquaviário, os dados referentes à:
II - navegação interior de percurso nacional, quando não ocorrer a incidência do AFRMM, no porto
de descarregamento da embarcação.
II - navegação interior de percurso nacional, quando não ocorrer a incidência do AFRMM, no porto
de descarregamento da embarcação. (Redação dada pela Lei nº 11.434, de 2006)
§ 2o Nos casos enquadrados no caput deste artigo em que o tempo de travessia marítima ou
fluvial for igual ou menor a 5 (cinco) dias, o prazo será de 1 (um) dia útil após o início da operação
de descarregamento da embarcação.(Incluído pela Lei nº 11434, de 2006)
Art. 7o O responsável pelo transporte aquaviário deverá, na forma e nos prazos estabelecidos
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, disponibilizar os dados necessários ao controle da
arrecadação do AFRMM, oriundos do conhecimento de embarque ou da declaração de que trata
o § 2o do art. 6o, referentes às mercadorias a serem desembarcadas no porto de
descarregamento, independentemente do local previsto para a sua nacionalização, inclusive
aquelas em trânsito para o exterior. (Redação dada pela Medida Provisória nº 545, de 2011) (Vide
Lei nº 12.599, de 2012)
Parágrafo único. Deverão também ser disponibilizados à Secretaria da Receita Federal do Brasil
os dados referentes às mercadorias objeto: (Incluído pela Medida Provisória nº 545, de 2011)
II - de transporte em navegação interior, quando não ocorrer a incidência do AFRMM. (Incluído pela
Medida Provisória nº 545, de 2011)
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 7o O responsável pelo transporte aquaviário deverá, na forma e nos prazos estabelecidos
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, disponibilizar os dados necessários ao controle da
arrecadação do AFRMM, oriundos do conhecimento de embarque ou da declaração de que trata
o § 2o do art. 6o, referentes às mercadorias a serem desembarcadas no porto de
descarregamento, independentemente do local previsto para a sua nacionalização, inclusive
aquelas em trânsito para o exterior. (Redação dada pela Lei nº 12.599, de 2012).
Art. 9o Na navegação de longo curso, quando o frete estiver expresso em moeda estrangeira, a
conversão para o padrão monetário nacional será feita com base na tabela "taxa de conversão de
câmbio" do Sistema de Informações do Banco Central - SISBACEN, utilizada pelo Sistema
Integrado do Comércio Exterior - SISCOMEX, vigente na data do efetivo pagamento do AFRMM.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
incidência, ficará responsável pelo seu recolhimento com os acréscimos previstos no art. 16 desta
Lei. (Vide Medida Provisória nº 320, 2006) (Revogado pela Lei nº 11.434, de 2006)
Art. 11. O AFRMM deverá ser pago no prazo de até 30 (trinta) dias, contados da data do início
efetivo da operação de descarregamento da embarcação.
Art. 12. A Secretaria da Receita Federal somente liberará mercadoria de qualquer natureza, ou
autorizará a sua saída da zona primária aduaneira, ou a sua inclusão nos regimes aduaneiros
especiais, mediante a informação do pagamento do AFRMM, de sua suspensão, isenção ou da
não-incidência, disponibilizada pelo Ministério dos Transportes. (Vide Medida Provisória nº 320,
2006)
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica às mercadorias de importação
transportadas na navegação de longo curso cujo destino final seja porto localizado na Região
Norte ou Nordeste do País, enquanto estiver em vigor a não-incidência do AFRMM de que trata o
art. 17 da Lei no 9.432, de 8 de janeiro de 1997. (Incluído pela Lei nº 11.434, de 2006) (Revogado
pela Medida Provisória nº 545, de 2011) (Revogado pela Lei nº 12.599, de 2012).
Art. 13. Pelo prazo de 5 (cinco) anos, contados a partir da data do efetivo início da operação de
descarregamento da embarcação em porto brasileiro, o contribuinte deverá manter arquivo dos
conhecimentos de embarque e demais documentos pertinentes ao transporte, para apresentação
quando da solicitação da fiscalização ou da auditoria do Ministério dos Transportes.
Art. 13. O contribuinte deverá manter em arquivo, pelo prazo de cinco anos, contado da data do
efetivo descarregamento da embarcação, os conhecimentos de embarque e demais documentos
pertinentes ao transporte, para apresentação à fiscalização, quando solicitados. (Redação dada
pela Medida Provisória nº 545, de 2011)
Art. 13. O contribuinte deverá manter em arquivo, pelo prazo de 5 (cinco) anos, contado da data
do efetivo descarregamento da embarcação, os conhecimentos de embarque e demais
documentos pertinentes ao transporte, para apresentação à fiscalização, quando solicitados.
(Redação dada pela Lei nº 12.599, de 2012).
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
I - definidas como bagagem, mala postal, amostra sem valor comercial e unidades de carga,
inclusive quando do reposicionamento para reutilização, nos termos e condições da legislação
específica;
III - transportadas:
a) bens sem interesse comercial, doados a entidades filantrópicas, desde que o donatário os
destine, total e exclusivamente, a obras sociais e assistenciais gratuitamente prestadas;
b) bens que ingressem no País especificamente para participar de eventos culturais ou artísticos,
promovidos por entidades que se dediquem com exclusividade ao desenvolvimento da cultura e
da arte, sem objetivo comercial;
e) bens destinados à pesquisa científica e tecnológica, conforme disposto em lei; (Redação dada
pela Medida Provisória nº 545, de 2011)
e) bens destinados à pesquisa científica e tecnológica, conforme disposto em lei; (Redação dada
pela Lei nº 12.599, de 2012).
a) importadas para uso próprio das missões diplomáticas e das repartições consulares de caráter
permanente e de seus membros, bem como pelas representações de organismos internacionais,
de caráter permanente, de que o Brasil seja membro, e de seus integrantes;
b) importadas em decorrência de atos firmados entre pessoas jurídicas, de direito público externo,
celebrados e aprovados pelo Presidente da República e ratificados pelo Congresso Nacional, que
contenham cláusula expressa de isenção de pagamento do AFRMM, sendo o pedido de
reconhecimento de isenção formulado ao órgão competente do Ministério dos Transportes;
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
b) importadas em decorrência de atos firmados entre pessoas jurídicas de direito público externo
celebrados e aprovados pelo Presidente da República e ratificados pelo Congresso Nacional, que
contenham cláusula expressa de isenção de pagamento do AFRMM; (Redação dada pela Medida
Provisória nº 545, de 2011) (Vide Lei nº 12.599, de 2012)
b) importadas em decorrência de atos firmados entre pessoas jurídicas de direito público externo
celebrados e aprovados pelo Presidente da República e ratificados pelo Congresso Nacional, que
contenham cláusula expressa de isenção de pagamento do AFRMM; (Redação dada pela Lei nº
12.599, de 2012).
c) submetidas a regime aduaneiro especial que retornem ao exterior no mesmo estado ou após
processo de industrialização, excetuando-se do atendimento da condição de efetiva exportação
as operações realizadas a partir de 5 de outubro de 1990, nos termos do § 2o do art. 1o da Lei no
8.402, de 8 de janeiro de 1992;
d) importadas pela União, Distrito Federal, Estados e Municípios, ou por intermédio de órgãos da
administração direta, autárquica e fundacional;
2. por defeito técnico que exija sua devolução, para reparo ou substituição;
f) importadas em substituição a outras idênticas, em igual quantidade e valor, que tenham sido
devolvidas ao exterior após a importação por terem se revelado defeituosas ou imprestáveis para
os fins a que se destinavam;
VI - de trigo classificado na posição 10.01 da TIPI; e (Incluído pela Medida Provisória nº 433, de
2008)
VII - de farinha de trigo classificada no código 1101.00.10 da TIPI. (Incluído pela Medida
Provisória nº 433, de 2008)
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Parágrafo único. No caso dos incisos VI e VII, o disposto no caput aplica-se até 31 de dezembro
de 2008. (Incluído pela Medida Provisória nº 433, de 2008)
VI - de trigo classificado na posição 10.01 da Tipi; e (Incluído pela lei nº 11.787, de 2008)
VII - de farinha de trigo classificada no código 1101.00.10 da Tipi. (Incluído pela lei nº 11.787, de
2008)
Parágrafo único. No caso dos incisos VI e VII, o disposto no caput deste artigo aplica-se até 31 de
dezembro de 2008. (Incluído pela lei nº 11.787, de 2008)
Art. 15. Fica suspenso o pagamento do AFRMM incidente sobre o transporte de mercadoria
importada submetida a regime aduaneiro especial, até o término do prazo concedido pelo
Ministério dos Transportes ou até a data do registro da correspondente declaração de importação
em caráter definitivo, realizado dentro do período da suspensão concedida.
Art. 15. O pagamento do AFRMM incidente sobre o frete relativo ao transporte de mercadoria
submetida a regime aduaneiro especial fica suspenso até a data do registro da declaração de
importação que inicie o despacho para consumo correspondente.(Redação dada pela Medida
Provisória nº 545, de 2011)
Art. 15. O pagamento do AFRMM incidente sobre o frete relativo ao transporte de mercadoria
submetida a regime aduaneiro especial fica suspenso até a data do registro da declaração de
importação que inicie o despacho para consumo correspondente. (Redação dada pela Lei nº
12.599, de 2012).
I - multa de mora de 0,33% (trinta e três centésimos por cento) por dia de atraso, a contar do 1 o
(primeiro) dia subsequente à data de vencimento até o dia em que ocorrer o pagamento, limitada
ao percentual de 20% (vinte por cento); e
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 16. Sobre o valor do AFRMM pago em atraso ou não pago, bem como sobre a diferença
decorrente do pagamento do AFRMM a menor que o devido, incidirão multa de mora ou de ofício
e juros de mora, na forma prevista no § 3 o do art. 5o e nos arts. 43, 44 e 61 da Lei n o 9.430, de 27
de dezembro de 1996. (Redação dada pela Medida Provisória nº 545, de 2011)
Art. 16. Sobre o valor do AFRMM pago em atraso ou não pago, bem como sobre a diferença
decorrente do pagamento do AFRMM a menor que o devido, incidirão multa de mora ou de ofício
e juros de mora, na forma prevista no § 3 o do art. 5o e nos arts. 43, 44 e 61 da Lei n o 9.430, de 27
de dezembro de 1996. (Redação dada pela Lei nº 12.599, de 2012).
a) 100% (cem por cento) do AFRMM gerado por empresa estrangeira de navegação;
b) 100% (cem por cento) do AFRMM gerado por empresa brasileira de navegação, operando
embarcação afretada de registro estrangeiro;
c) 41% (quarenta e um por cento) do AFRMM gerado por empresa brasileira de navegação,
operando embarcação própria ou afretada, de registro brasileiro, na navegação de longo curso,
não inscrita no Registro Especial Brasileiro - REB, de que trata a Lei no 9.432, de 8 de janeiro de
1997; e
d) 8% (oito por cento) do AFRMM gerado por empresa brasileira de navegação, operando
embarcação, própria ou afretada, de registro brasileiro, na navegação de longo curso, inscrita no
REB, de que trata a Lei no 9.432, de 8 de janeiro de 1997;
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
a) 50% (cinquenta por cento) do AFRMM que tenha gerado na navegação de longo curso, quando
a embarcação não estiver inscrita no REB;
b) 83% (oitenta e três por cento) do AFRMM que tenha gerado na navegação de longo curso,
quando a embarcação estiver inscrita no REB; e
c) 100% (cem por cento) do AFRMM que tenha gerado nas navegações de cabotagem, fluvial e
lacustre;
III - a uma conta especial, 9% (nove por cento) do AFRMM gerado na navegação de longo curso,
por empresa brasileira de navegação, operando embarcação, própria ou afretada, de registro
brasileiro, inscrita ou não no REB.
§ 4o O AFRMM gerado por embarcação de registro estrangeiro, afretada por empresa brasileira
de navegação, poderá ter a destinação prevista no inciso I, alíneas c e d, e nos incisos II e III do
caput deste artigo, desde que tal embarcação esteja substituindo outra em construção em
estaleiro brasileiro, com contrato em eficácia, de tipo semelhante, até o limite de toneladas de
porte bruto contratadas.
§ 5o A destinação de que trata o § 4 o deste artigo far-se-á enquanto durar a construção, porém
nunca por prazo superior a 36 (trinta e seis) meses, contado, de forma ininterrupta, da entrada em
eficácia do contrato de construção da embarcação, que ocorre com o início do cumprimento de
cronograma físico e financeiro apresentado pela empresa brasileira de navegação e aprovado
pelo órgão competente do Ministério dos Transportes.
Art. 18. As parcelas recolhidas à conta a que se refere o inciso III do caput do art. 17 desta Lei,
acrescidas das correções resultantes de suas aplicações previstas no art. 20 desta Lei, serão
rateadas entre as empresas brasileiras de navegação autorizadas a operar na cabotagem e na
navegação fluvial e lacustre, proporcionalmente ao total de fretes por elas gerado no transporte,
entre portos brasileiros, de cargas de importação e de exportação do comércio exterior do País.
§ 1o O total de fretes referidos no caput deste artigo será obtido quando as empresas
mencionadas no caput deste artigo estiverem operando embarcações próprias ou afretadas de
registro brasileiro, bem como embarcações afretadas de registro estrangeiro no regime de que
tratam os §§ 4o e 5o do art. 17 desta Lei, conforme se dispuser em regulamento.
§ 2o O produto do rateio a que se refere este artigo será depositado, conforme se dispuser em
regulamento, na conta vinculada das empresas.
Art. 19. O produto da arrecadação do AFRMM destinado a empresa brasileira de navegação será
depositado diretamente, no Banco do Brasil S.A., em conta vinculada em nome da empresa, a
qual será movimentada por intermédio do agente financeiro do FMM, nos seguintes casos:
com esses recursos e que tenha por objeto as modalidades de apoio previstas nos itens 1 e 2 da
alínea a do inciso I do art. 26 desta Lei;
f) para utilização por empresa coligada, controlada ou controladora nos casos previstos nas
alíneas deste inciso;
§ 1o O agente financeiro deverá deduzir do valor dos recursos liberados da conta vinculada em
nome da empresa comissão a título de administração das contas vinculadas, que será fixada pelo
Conselho Monetário Nacional por proposta do Ministro de Estado dos Transportes.
§ 2o As parcelas do AFRMM previstas nos incisos II e III do caput do art. 17 desta Lei, geradas
por embarcação financiada com recursos do FMM, poderão, a critério do agente financeiro,
consultado o órgão competente do Ministério dos Transportes, ser creditadas na conta vinculada
da empresa brasileira contratante inadimplente, até a liquidação do contrato de financiamento,
mesmo que a embarcação financiada venha a ser explorada por empresa brasileira de navegação
mediante contrato de afretamento, sub-afretamento ou qualquer outra modalidade de cessão de
sua utilização nas atividades de navegação mercante.
§ 4o Poderão ser utilizados até 30% (trinta por cento) dos valores creditados na conta vinculada,
anualmente, para pagamento dos serviços de docagem e reparação, em estaleiro brasileiro, de
embarcação afretada a casco nu inscrita no REB, devendo esse registro ser mantido por pelo
menos 5 (cinco) anos após o término da obra, sob pena de devolução dos recursos ao FMM, com
os acréscimos previstos em lei para o não-pagamento do AFRMM.
Art. 20. Os valores depositados nas contas de que tratam o art. 19 desta Lei e o inciso III do caput
do art. 17 desta Lei poderão ser aplicados pelo agente financeiro em operações de mercado
aberto, em títulos públicos federais, em nome do titular, na forma que dispuser o Conselho
Monetário Nacional.
Art. 21. A empresa brasileira de navegação decai do direito ao produto do AFRMM no caso de
não-utilização dos valores no prazo de 3 (três) anos, contados do seu depósito, transferindo-se
esses valores para o FMM.
Art. 22. O FMM é um fundo de natureza contábil, destinado a prover recursos para o
desenvolvimento da Marinha Mercante e da indústria de construção e reparação naval brasileiras.
Art. 23. Fica criado o Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante - CDFMM, órgão colegiado
integrante da estrutura do Ministério dos Transportes, cuja competência e composição serão
estabelecidas em ato do Poder Executivo, assegurada a participação da Marinha do Brasil e de
empresários e trabalhadores dos setores de Marinha Mercante e da indústria de construção e
reparação naval.
Art. 23. Fica criado o Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante - CDFMM, órgão colegiado
integrante da estrutura do Ministério dos Transportes, cuja competência e composição serão
estabelecidas em ato do Poder Executivo, assegurada a participação da Marinha do Brasil, da
Secretaria Especial de Portos da Presidência da República e de empresários e trabalhadores dos
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setores de Marinha Mercante e da indústria de construção e reparação naval. (Redação dada pela
Medida Provisória nº 369, de 2007)
Art. 23. Fica criado o Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante - CDFMM, órgão colegiado
integrante da estrutura do Ministério dos Transportes, cuja competência e composição serão
estabelecidas em ato do Poder Executivo, assegurada a participação da Marinha do Brasil, da
Secretaria Especial de Portos da Presidência da República e de empresários e trabalhadores dos
setores da Marinha Mercante e da indústria de construção e reparação naval. (Redação dada
pela Lei nº 11.518, de 2007)
Art. 24. O FMM é administrado pelo Ministério dos Transportes, por intermédio do CDFMM.
VII - as receitas provenientes de multas aplicadas por infrações de leis, normas, regulamentos e
resoluções referentes à arrecadação do AFRMM;
a) prioritariamente, a empresa brasileira de navegação, até 90% (noventa por cento) do valor do
projeto aprovado:
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
1. destinada a empresa brasileira de navegação, até 90% (noventa por cento) do valor do projeto
aprovado;
2. destinada à exportação, até 90% (noventa por cento) do valor do projeto aprovado;
d) à Marinha do Brasil, até 100% (cem por cento) do valor do projeto aprovado, para construção e
reparos, em estaleiros brasileiros, de embarcações auxiliares, hidrográficas, oceanográficas, e de
embarcações a serem empregadas na proteção do tráfego marítimo nacional;
f) às empresas brasileiras, até 90% (noventa por cento) do valor do projeto aprovado, para
construção, jumborização, conversão, modernização ou reparação, quando realizadas por
estaleiro brasileiro, de qualquer tipo de embarcação própria, de aplicação comercial, industrial ou
extrativista, no interesse do desenvolvimento da Marinha Mercante e da indústria de construção e
reparação naval;
g) aos estaleiros brasileiros, para financiamento de reparo de embarcações, até 90% (noventa por
cento) do valor do projeto aprovado;
h) aos estaleiros, arsenais e bases navais brasileiros, para expansão e modernização de suas
instalações ou para construção de novas instalações, até 90% (noventa por cento) do valor do
projeto aprovado;
b) das comissões devidas pela concessão de financiamentos realizados com recursos do FMM e
de outras fontes, a título de administração ou risco das operações contratadas até a publicação
desta Lei; e
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
IV - em crédito reserva, até o limite de 20% (vinte por cento) do valor do contrato de
financiamento concedido com recursos do FMM e de outras fontes à produção de embarcação
destinada à exportação, visando a assegurar o término da obra, no caso de descumprimento da
correspondente obrigação de fazer por parte do estaleiro;
Parágrafo único. As comissões de que trata a alínea b do inciso II deste artigo continuarão a ser
reguladas pelas regras do Conselho Monetário Nacional vigentes na data da publicação desta Lei,
e poderão ser pagas ao agente financeiro, mediante retenção nas prestações recebidas dos
mutuários.
Art. 27. O financiamento concedido com recursos do FMM, destinado à construção, jumborização,
conversão, modernização ou reparação de embarcação, poderá ter como garantias a alienação
fiduciária, a hipoteca da embarcação financiada ou de outras embarcações, a fiança bancária, a
cessão de direitos creditórios e aquelas emitidas pelo Fundo de Garantia para a Indústria Naval –
FGIN.
§ 2o O agente financeiro, a seu critério, poderá aceitar outras modalidades de garantia além das
previstas no caput deste artigo.
Art. 29. O FMM terá como agente financeiro o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social – BNDES e, nas condições fixadas em ato do CDFMM, os bancos oficiais federais.
§ 1o O BNDES poderá habilitar seus agentes financeiros para atuar nas operações de
financiamento com recursos do FMM, continuando a suportar os riscos perante o FMM.
§ 2o Nas operações a que se refere o art. 26, inciso I, alínea d, desta Lei, o FMM, com
autorização expressa do Ministro de Estado dos Transportes, concederá o empréstimo
diretamente à Marinha do Brasil, sem a intermediação de agente financeiro, devendo os
desembolsos anuais decorrentes desta operação observar a dotação prevista no orçamento da
Marinha do Brasil para o projeto financiado, e respeitar os limites de movimentação de empenho e
de pagamento dos decretos de programação financeira.
Art. 30. Os riscos resultantes das operações com recursos do FMM serão suportados pelos
agentes financeiros, na forma que dispuser o Conselho Monetário Nacional, por proposta do
Ministro de Estado dos Transportes.
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Parágrafo único. Continuarão suportados pelo FMM, até final liquidação, os riscos das operações
aprovadas pelo Ministro de Estado dos Transportes com base no § 5o do art. 12 do Decreto-Lei n o
1.801, de 18 de agosto de 1980, ou contratadas até 31 de dezembro de 1987.
Art. 31. Fica a União autorizada, nos limites da dotação orçamentária, a conceder subvenção
econômica, em percentual, sobre o prêmio do seguro-garantia modalidade executante construtor,
suportado por agente segurador, que obteve da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP
autorização para operar, ou sobre os custos de carta de fiança, emitida por instituições financeiras
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, nos termos aprovados pelo Conselho
Monetário Nacional, quando eventualmente exigidos durante a construção de embarcações
financiadas. (Regulamento)
Art. 32. A decisão de contratação de financiamento com recursos do FMM será, após aprovação
do agente financeiro, imediatamente encaminhada ao CDFMM.
Parágrafo único. Os agentes financeiros manterão o CDFMM atualizado dos dados de todas as
operações realizadas.
Art. 33. O Conselho Monetário Nacional, por proposta do Ministro de Estado dos Transportes,
baixará normas reguladoras dos empréstimos a serem concedidos pelo FMM, no que concerne:
III - à comissão devida pelo mutuário pela administração de operações aprovadas pelo Ministro de
Estado dos Transportes com base no § 5o do art. 12 do Decreto-Lei no 1.801, de 18 de agosto de
1980.
Parágrafo único. O somatório das comissões a que alude o inciso II deste artigo será menor que
a taxa de juros dos respectivos financiamentos para os contratos celebrados a partir da edição
desta Lei.
Art. 34. Os programas anuais de aplicação dos recursos do FMM serão aprovados pelo Ministro
de Estado dos Transportes, sem prejuízo do disposto no art. 4o, § 1o, do Decreto-Lei no 1.754, de
31 de dezembro de 1979.
Art. 35. Os recursos do FMM destinados a financiamentos contratados a partir da edição desta
Lei, bem como os respectivos saldos devedores, poderão ter a Taxa de Juros de Longo Prazo -
TJLP do respectivo período como remuneração nominal, ou serem referenciados pelo contravalor,
em moeda nacional, da cotação do dólar dos Estados Unidos da América, divulgada pelo Banco
Central do Brasil. (Vide Medida Provisória nº 320, 2006)
§ 1o A parcela do crédito destinada a gastos em moeda nacional será calculada de acordo com o
critério estabelecido pela lei instituidora da TJLP e a parcela destinada a gastos em moedas
estrangeiras será referenciada em dólar dos Estados Unidos da América.
§ 2o Parte do saldo devedor, na mesma proporção das receitas previstas em moeda nacional a
serem geradas pelo projeto aprovado, será remunerada pela TJLP e o restante, na mesma
proporção das receitas previstas em moedas estrangeiras a serem geradas pelo projeto
aprovado, será referenciado em dólar dos Estados Unidos da América.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
I - ter a Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP do respectivo período como remuneração nominal;
ou
III - ter a combinação dos critérios referidos nos incisos I e II do caput deste artigo, na proporção
a ser definida pelo tomador.
§ 1o A taxa a que se refere este artigo será devida na emissão do número "conhecimento de
embarque do MERCANTE - CE-MERCANTE", à razão de R$ 50,00 (cinqüenta reais) por unidade,
e cobrada a partir de 1o de janeiro de 2005.
§ 3o A taxa de que trata o caput não incide sobre: (Incluído pela Medida Provisória nº 545, de
2011)
II - as cargas isentas do pagamento do AFRMM, conforme previsto no art. 14. (Incluído pela
Medida Provisória nº 545, de 2011)
§ 4o O produto da arrecadação da taxa de que trata o caput fica vinculado ao Fundo Especial de
Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização - FUNDAF, instituído pelo art.
6o do Decreto-Lei no 1.437, de 17 de dezembro de 1975. (Incluído pela Medida Provisória nº 545,
de 2011)
§ 3o A taxa de que trata o caput não incide sobre: (Incluído pela Lei nº 12.599, de 2012) Produção
de efeito
I - as cargas destinadas ao exterior; e (Incluído pela Lei nº 12.599, de 2012) Produção de efeito
II - as cargas isentas do pagamento do AFRMM, conforme previsto no art. 14. (Incluído pela Lei nº
12.599, de 2012) Produção de efeito
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
III - as cargas submetidas à pena de perdimento, nos termos do inciso II do parágrafo único do
art. 4o. (Incluído pela Lei nº 12.788, de 2013)
§ 4o O produto da arrecadação da taxa de que trata o caput fica vinculado ao Fundo Especial de
Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização - FUNDAF, instituído pelo art.
6o do Decreto-Lei no 1.437, de 17 de dezembro de 1975. (Incluído pela Lei nº 12.599, de 2012)
(Produção de efeito)
Art. 38. O FMM destinará, até 31 de dezembro de 2011, às empresas brasileiras de navegação,
mediante crédito na conta vinculada, R$ 0,75 (setenta e cinco centavos de real) para cada R$
1,00 (um real) de AFRMM gerado na navegação de cabotagem ou no transporte de granéis na
navegação de longo curso, bem como na navegação fluvial e lacustre no transporte de granéis
líquidos nas regiões Norte e Nordeste, por embarcações construídas em estaleiro brasileiro com
tripulação brasileira e entregues a partir de 26 de março de 2004.
§ 1o (VETADO)
§ 2o (VETADO)
Art. 39. O montante da arrecadação do AFRMM e sua aplicação deverão ser divulgados de
acordo com a Lei no 9.755, de 16 de dezembro de 1998.
Art. 50. Os armadores ou seus prepostos poderão exercer as atribuições de corretor de navios e
de despachante aduaneiro no tocante às suas embarcações, de quaisquer bandeiras,
empregadas em longo curso, em cabotagem ou navegação interior.
Parágrafo único. Só será devida remuneração aos corretores de navios e aos despachantes
aduaneiros quando houver prestação efetiva de serviço.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 52. O caput do art. 7o da Lei no 10.849, de 23 de março de 2004, passa a vigorar com a
seguinte redação:
........................................................................................" (NR)
Art. 52-A. A Secretaria da Receita Federal do Brasil processará e viabilizará, mediante recursos
decorrentes da arrecadação do AFRMM que cabem ao Fundo da Marinha Mercante - FMM, o
ressarcimento às empresas brasileiras de navegação das parcelas previstas nos incisos II e III do
caput art. 17 que deixarem de ser recolhidas em razão da não incidência de que trata o caput do
art. 17 da Lei no 9.432, de 1997. (Incluído pela Medida Provisória nº 545, de 2011)
Art. 52-A. A Secretaria da Receita Federal do Brasil processará e viabilizará, mediante recursos
decorrentes da arrecadação do AFRMM que cabem ao Fundo da Marinha Mercante - FMM, o
ressarcimento às empresas brasileiras de navegação das parcelas previstas nos incisos II e III do
caput do art. 17 que deixarem de ser recolhidas em razão da não incidência de que trata o caput
do art. 17 da Lei no 9.432, de 8 de janeiro de 1997. (Incluído pela Lei nº 12.599, de 2012)
(Produção de efeito)
Art. 52-B. O disposto no art. 74 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996, não se aplica ao
AFRMM e à Taxa de Utilização do Mercante. (Incluído pela Lei nº 12.788, de 2013)
Art. 52-C. Ficam a cargo do Departamento do Fundo da Marinha Mercante a análise do direito
creditório, a decisão e o pagamento dos processos de restituição e de ressarcimento referentes
ao AFRMM e à Taxa de Utilização do Mercante relacionados a pedidos ocorridos até a data da
vigência do ato do Poder Executivo de que trata o inciso I do art. 25 da Lei no 12.599, de 23 de
março de 2012. (Incluído pela Lei nº 12.788, de 2013)
IV – (VETADO); e
Capítulo I
Do Âmbito da Aplicação
IV - as embarcações de pesca;
V - as embarcações de pesquisa.
Capítulo II
Das Definições
I - afretamento a casco nu: contrato em virtude do qual o afretador tem a posse, o uso e o
controle da embarcação, por tempo determinado, incluindo o direito de designar o comandante e
a tripulação;
II - afretamento por tempo: contrato em virtude do qual o afretador recebe a embarcação armada
e tripulada, ou parte dela, para operá-la por tempo determinado;
III - afretamento por viagem: contrato em virtude do qual o fretador se obriga a colocar o todo ou
parte de uma embarcação, com tripulação, à disposição do afretador para efetuar transporte em
uma ou mais viagens;
IV - armador brasileiro: pessoa física residente e domiciliada no Brasil que, em seu nome ou sob
sua responsabilidade, apresta a embarcação para sua exploração comercial;
V - empresa brasileira de navegação: pessoa jurídica constituída segundo as leis brasileiras, com
sede no País, que tenha por objeto o transporte aquaviário, autorizada a operar pelo órgão
competente;
XII - suspensão provisória de bandeira: ato pelo qual o proprietário da embarcação suspende
temporariamente o uso da bandeira de origem, a fim de que a embarcação seja inscrita em
registro de outro país;
XIV - navegação de travessia: aquela realizada: (Incluído pela Lei nº 12;379, de 2010)
a) transversalmente aos cursos dos rios e canais; (Incluído pela Lei nº 12;379, de 2010)
b) entre 2 (dois) pontos das margens em lagos, lagoas, baías, angras e enseadas; (Incluído pela
Lei nº 12;379, de 2010)
c) entre ilhas e margens de rios, de lagos, de lagoas, de baías, de angras e de enseadas, numa
extensão inferior a 11 (onze) milhas náuticas; (Incluído pela Lei nº 12;379, de 2010)
d) entre 2 (dois) pontos de uma mesma rodovia ou ferrovia interceptada por corpo de água.
(Incluído pela Lei nº 12;379, de 2010)
Capítulo III
II - sob contrato de afretamento a casco nu, por empresa brasileira de navegação, condicionado à
suspensão provisória de bandeira no país de origem.
Capítulo IV
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Da Tripulação
Capítulo V
Parágrafo único. O governo brasileiro poderá celebrar acordos internacionais que permitam a
participação de embarcações estrangeiras nas navegações referidas neste artigo, mesmo quando
não afretadas por empresas brasileiras de navegação, desde que idêntico privilégio seja conferido
à bandeira brasileira nos outros Estados contratantes.
Capítulo VI
Art. 9º O afretamento de embarcação estrangeira por viagem ou por tempo, para operar na
navegação interior de percurso nacional ou no transporte de mercadorias na navegação de
cabotagem ou nas navegações de apoio portuário e marítimo, bem como a casco nu na
navegação de apoio portuário, depende de autorização do órgão competente e só poderá ocorrer
nos seguintes casos:
Parágrafo único. A autorização de que trata este artigo também se aplica ao caso de afretamento
de embarcação estrangeira para a navegação de longo curso ou interior de percurso
internacional, quando o mesmo se realizar em virtude da aplicação do art. 5º, § 3º.
III - estrangeira a casco nu, com suspensão de bandeira, para a navegação de cabotagem,
navegação interior de percurso nacional e navegação de apoio marítimo, limitado ao dobro da
tonelagem de porte bruto das embarcações, de tipo semelhante, por ela encomendadas a
estaleiro brasileiro instalado no País, com contrato de construção em eficácia, adicionado de
metade da tonelagem de porte bruto das embarcações brasileiras de sua propriedade, ressalvado
o direito ao afretamento de pelo menos uma embarcação de porte equivalente.
Capítulo VII
Art. 11. É instituído o Registro Especial Brasileiro - REB, no qual poderão ser registradas
embarcações brasileiras, operadas por empresas brasileiras de navegação.
§ 2º Quando o mercado interno não oferecer coberturas ou preços compatíveis com o mercado
internacional, é assegurada às empresas brasileiras de navegação a contratação, no mercado
internacional, da cobertura de seguro e resseguro de cascos, máquinas e responsabilidade civil,
bem como aos estaleiros brasileiros a contratação, no mercado internacional, de cobertura de
seguro e resseguro de risco de construção, para as embarcações registradas ou pré registradas
no REB. (Redação dada pela Medida Provisória nº 177, de 2004) Convertida na Lei nº 10.893, de
2004
para suas embarcações registradas no REB, desde que o mercado interno não ofereça tais
coberturas ou preços compatíveis com o mercado internacional.
§ 4º (VETADO)
§ 11. A inscrição no REB será feita no Tribunal Marítimo e não suprime, sendo complementar, o
registro de propriedade marítima, conforme dispõe a Lei nº 7.652, de 3 de fevereiro de 1988.
Art. 12. São extensivos às embarcações que operam na navegação de cabotagem e nas
navegações de apoio portuário e marítimo os preços de combustível cobrados às embarcações
de longo curso.
Art. 13. O Poder Executivo destinará, por meio de regulamento, um percentual do Adicional de
Frete para Renovação da Marinha Mercante - AFRMM, para manutenção do Fundo de
Desenvolvimento do Ensino Profissional Marítimo, a título de compensação pela perda de receita
imposta pelo art. 11, § 8º.
Art. 14. Será destinado ao Fundo da Marinha Mercante - FMM 100% (cem por cento) do produto
da arrecadação do AFRMM recolhido por empresa brasileira de navegação, operando
embarcação estrangeira afretada a casco nu.
Parágrafo único. O AFRMM terá, por um período máximo de trinta e seis meses, contado da data
da assinatura do contrato de construção ou reparo, a mesma destinação do produzido por
embarcação de registro brasileiro, quando gerado por embarcação estrangeira afretada a casco
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Capítulo VIII
Art. 15. A inobservância do disposto nesta Lei sujeita o infrator às seguintes sanções:
I - multa, no valor de até R$ 10,00 (dez reais) por tonelada de arqueação bruta da embarcação;
Capítulo IX
Art. 16. Caso o Registro Especial Brasileiro não seja regulamentado no prazo de cento e oitenta
dias, contado da data de publicação desta Lei, será admitida, até que esteja regulamentado o
REB, a transferência ou exportação de embarcação inscrita no Registro de Propriedade Marítima,
de propriedade de empresa brasileira, para a sua subsidiária integral no exterior, atendidas, no
caso daquelas ainda não quitadas, as seguintes exigências:
III - prestação de fiança adicional, pela subsidiária integral, para o financiamento de que trata o
inciso I.
III - tenham sido construídas no Brasil ou, se construídas no exterior, tenham sido registradas no
Brasil até a data de vigência desta Lei;
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 17. Por um prazo de dez anos, contado a partir da data da vigência desta Lei, não incidirá o
Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante - AFRMM sobre as mercadorias cuja
origem ou cujo destino final seja porto localizado na Região Norte ou Nordeste do País.
(Regulamento) (Vide Lei nº 11.482, de 2007)
Capítulo X
Art. 18. A ordenação da direção civil do transporte aquaviário em situação de tensão, emergência
ou guerra terá sua composição, organização administrativa e âmbito de coordenação nacional
definidos pelo Poder Executivo.
Art. 20. O art. 2º, § 2º, da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995, passa a vigorar com a seguinte
redação:
"Art. 2º ...........................................................................
I - para a Caixa Econômica Federal - CEF, ações ordinárias nominativas, de sua propriedade,
representativas do capital social da Companhia Vale do Rio Doce e da Light Serviços de
Eletricidade S.A., até o limite de R$ 800.000.000,00 (oitocentos milhões de reais);
§ 1o A CEF, em contrapartida à transferência das ações pela União, a que se refere o inciso I
deste artigo, deverá assumir dívidas caracterizadas e novadas da União, nos termos da legislação
em vigor, relativas ao Fundo de Compensação de Variações Salariais - FCVS, pelo valor nominal
equivalente ao valor de venda das referidas ações.
§ 3o Não se aplica ao produto da alienação das ações de que trata o inciso I o disposto no inciso
III do art. 6o e no art. 13 da Lei no 9.491, de 9 de setembro de 1997, e no art. 30 da Lei no 8.177,
de 1o de março de 1991, com a redação ora vigente.
§ 4o A CEF somente poderá vender as ações a que se refere o inciso I deste artigo para Fundos
Mútuos de Privatização de que trata o inciso XII do art. 20 da Lei n o 8.036, de 11 de maio de
1990, com a redação dada pela Lei no 9.491, de 1997.
§ 5o A transferência das ações a que se refere o inciso I é condicionada à aprovação, por parte do
Conselho Nacional de Desestatização - CND, do limite para participação dos Fundos Mútuos de
Privatização - FMP-FGTS, de que trata o inciso XII do art. 20 da Lei no 8.036, de 1990, nas
respectivas ofertas públicas e leilões de privatização, e dar-se-á no momento em que for
estabelecido o preço de venda dessas ações.
Art. 2o O art. 20 da Lei n o 8.036, de 1990, com as modificações introduzidas pelo art. 31 da Lei n o
9.491, de 1997, passa a vigorar com as seguintes alterações:
......................................................................................
.......................................................................................................
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
adquiridas, para atendimento de seus desembolsos, autorizada a livre aplicação do produto dessa
venda, nos termos da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976."
Art. 4o São convalidados os atos praticados com base na Medida Provisória no 1.613-6, de 2 de
abril de 1998.
CAPÍTULO I
Art. 2º Transporte Multimodal de Cargas é aquele que, regido por um único contrato, utiliza duas
ou mais modalidades de transporte, desde a origem até o destino, e é executado sob a
responsabilidade única de um Operador de Transporte Multimodal.
Art. 4º O Ministério dos Transportes é o órgão responsável pela política de Transporte Multimodal
de Cargas nos segmentos nacional e internacional, ressalvada a legislação vigente e os acordos,
tratados e convenções internacionais.
CAPÍTULO II
Art. 5º O Operador de Transporte Multimodal é a pessoa jurídica contratada como principal para a
realização do Transporte Multimodal de Cargas da origem até o destino, por meios próprios ou
por intermédio de terceiros.
Parágrafo único. Quando por tratado, acordo ou convenção internacional firmado pelo Brasil, o
Operador de Transporte Multimodal puder, nessa qualidade, habilitar-se para operar em outros
países, deverá atender aos requisitos que forem exigidos em tais tratados, acordos ou
convenções.
CAPÍTULO III
DO CONTRATO DE TRANSPORTE
II - a carga ou sua embalagem não estiverem em perfeitas condições físicas, de acordo com as
necessidades peculiares ao transporte a ser realizado.
I - a indicação "negociável" ou "não-negociável" na via original, podendo ser emitidas outras vias,
não negociáveis;
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
VII - o valor do frete, com a indicação "pago na origem" ou "a pagar no destino";
CAPÍTULO IV
DA RESPONSABILIDADE
Art. 11. Com a emissão do Conhecimento, o Operador de Transporte Multimodal assume perante
o contratante a responsabilidade:
I - pela execução dos serviços de transporte multimodal de cargas, por conta própria ou de
terceiros, do local em que as receber até a sua entrega no destino;
II - pelos prejuízos resultantes de perda, danos ou avaria às cargas sob sua custódia, assim como
pelos decorrentes de atraso em sua entrega, quando houver prazo acordado.
Parágrafo único. No caso de dano ou avaria, será lavrado o "Termo de Avaria", assegurando-se
às partes interessadas o direito de vistoria, de acordo com a legislação aplicável, sem prejuízo da
observância das cláusulas do contrato de seguro, quando houver.
Art. 12. O Operador de Transporte Multimodal é responsável pelas ações ou omissões de seus
empregados, agentes, prepostos ou terceiros contratados ou subcontratados para a execução
dos serviços de transporte multimodal, como se essas ações ou omissões fossem próprias.
Parágrafo único. O Operador de Transporte Multimodal tem direito a ação regressiva contra os
terceiros contratados ou subcontratados, para se ressarcir do valor da indenização que houver
pago.
Art. 14. O atraso na entrega ocorre quando as mercadorias não forem entregues dentro do prazo
expressamente acordado entre as partes ou, na ausência de tal acordo, dentro de um prazo que
possa, razoavelmente, ser exigido do operador de transporte multimodal, tomando em
consideração as circunstâncias do caso.
Parágrafo único. Se as mercadorias não forem entregues dentro de noventa dias corridos depois
da data da entrega estabelecida, de conformidade com o disposto no caput, o consignatário ou
qualquer outra pessoa com direito de reclamar as mercadorias poderá considerá-las perdidas.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 15. O Operador de Transporte Multimodal informará ao expedidor, quando solicitado, o prazo
previsto para a entrega da mercadoria ao destinatário e comunicará, em tempo hábil, sua
chegada ao destino.
§ 2º Findo o prazo previsto no parágrafo anterior, a carga poderá ser considerada abandonada.
§ 3º No caso de bem perecível ou produto perigoso, o prazo de que trata o § 1º deste artigo
poderá ser reduzido, conforme a natureza da mercadoria, devendo o Operador de Transporte
Multimodal informar o fato ao expedidor e ao destinatário.
Art. 16. O Operador de Transporte Multimodal e seus subcontratados somente serão liberados de
sua responsabilidade em razão de:
§ 4º Quando a perda ou dano à carga for produzida em fase determinada o transporte multimodal
para a qual exista lei imperativa ou convenção internacional aplicável que fixe limite de
responsabilidade específico, a responsabilidade do Operador de Transporte Multimodal por
perdas ou danos será determinada de acordo com o que dispuser a referida lei ou convenção.
responsável com o Operador de Transporte Multimodal, sem prejuízo do direito de regresso deste
último pelo valor que haja pago em razão da responsabilidade solidária.
Art. 18. Os operadores de terminais, armazéns e quaisquer outros que realizem operações de
transbordo são responsáveis, perante o Operador de Transporte Multimodal de Cargas que emitiu
o Conhecimento de Transporte Multimodal, pela perda e danos provocados às mercadorias
quando da realização das referidas operações, inclusive de depósito.
Art. 20. O Operador de Transporte Multimodal não poderá valer-se de qualquer limitação de
responsabilidade se for provado que a perda, dano ou atraso na entrega decorreram de ação ou
omissão dolosa ou culposa a ele imputável.
Art. 21. O expedidor, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, indenizará o Operador de
Transporte Multimodal pelas perdas, danos ou avarias resultantes de inveracidade na declaração
da carga ou de inadequação dos elementos que lhe compete fornecer para a emissão do
Conhecimento, sem que tal dever de indenizar exima ou atenue a responsabilidade do Operador,
nos termos previstos nesta Lei.
Art. 22. As ações judiciais oriundas do não cumprimento das responsabilidades decorrentes do
transporte multimodal deverão ser intentadas no prazo máximo de um ano, contado da data da
entrega da mercadoria no ponto de destino ou, caso isso não ocorra, do nonagésimo dia após o
prazo previsto para a referida entrega, sob pena de prescrição.
CAPÍTULO V
DA UNIDADE DE CARGA
Art. 24. Para os efeitos desta Lei, considera-se unidade de carga qualquer equipamento
adequado à unitização de mercadorias a serem transportadas, sujeitas a movimentação de forma
indivisível em todas as modalidades de transporte utilizadas no percurso.
Art. 25. A unidade de carga deve satisfazer aos requisitos técnicos e de segurança exigidos pelas
convenções internacionais reconhecidas pelo Brasil e pelas normas legais e regulamentares
nacionais.
Art. 26. É livre a entrada e saída, no País, de unidade de carga e seus acessórios e
equipamentos, de qualquer nacionalidade, bem como a sua utilização no transporte doméstico.
CAPÍTULO VI
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I - na importação, pela unidade aduaneira com jurisdição sobre o ponto de entrada das
mercadorias no território nacional;
Art. 29. Nos casos de dano ao erário, se ficar provada a responsabilidade do Operador de
Transporte Multimodal, sem prejuízo da responsabilidade que possa ser imputável ao
transportador, as penas de perdimento, previstas no Decreto-lei nº 37, de 18 de novembro de
1966, e no Decreto-lei nº 1.455, de 7 de abril de 1976, serão convertidas em multas, aplicáveis ao
Operador de Transporte Multimodal, de valor equivalente ao do bem passível de aplicação da
pena de perdimento.
Parágrafo único. No caso de pena de perdimento de veículo, a conversão em multa não poderá
ultrapassar três vezes o valor da mercadoria transportada, à qual se vincule a infração.
Art. 30. Para efeitos fiscais, no contrato de transporte multimodal, é nula a inclusão de cláusula
excedente ou restritiva de responsabilidade tributária.
CAPÍTULO VII
Parágrafo único. Para atender ao disposto neste a artigo, a União, os Estados e o Distrito Federal
celebrarão convênio, no prazo de cento e oitenta dias da data de publicação desta Lei.
§ 1º Enquanto não for regulamentado o disposto no § 3º do art. 17, será observado o limite de
666,67 DES (seiscentos e sessenta e seis Direitos Especiais de Saque e sessenta e sete
centésimos) por volume ou unidade, ou de 2,00 DES (dois Direitos Especiais de Saque) por
quilograma de peso bruto das mercadorias danificadas, avariadas ou extraviadas, prevalecendo a
quantia que for maior.
§ 2º Para fins de aplicação dos limites estabelecidos no parágrafo anterior, levar-se-á em conta
cada volume ou unidade de mercadoria declarada como conteúdo da unidade de carga.
§ 4º Se for omitida essa menção, todas as mercadorias contidas na unidade de carga serão
consideradas como uma só unidade de carga transportada.
Art. 35. São revogadas as Leis nºs. 6.288, de 11 de dezembro de 1975; 7.092, de 19 de abril de
1983; e demais disposições em contrário.
Art. 1o Esta Lei estabelece os princípios básicos a serem obedecidos na movimentação de óleo e
outras substâncias nocivas ou perigosas em portos organizados, instalações portuárias,
plataformas e navios em águas sob jurisdição nacional.
Capítulo I
I – Marpol 73/78: Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição Causada por Navios,
concluída em Londres, em 2 de novembro de 1973, alterada pelo Protocolo de 1978, concluído
em Londres, em 17 de fevereiro de 1978, e emendas posteriores, ratificadas pelo Brasil;
IV – áreas ecologicamente sensíveis: regiões das águas marítimas ou interiores, definidas por ato
do Poder Público, onde a prevenção, o controle da poluição e a manutenção do equilíbrio
ecológico exigem medidas especiais para a proteção e a preservação do meio ambiente, com
relação à passagem de navios;
V – navio: embarcação de qualquer tipo que opere no ambiente aquático, inclusive hidrofólios,
veículos a colchão de ar, submersíveis e outros engenhos flutuantes;
VIII – óleo: qualquer forma de hidrocarboneto (petróleo e seus derivados), incluindo óleo cru, óleo
combustível, borra, resíduos de petróleo e produtos refinados;
XIII – instalação portuária ou terminal: instalação explorada por pessoa jurídica de direito público
ou privado, dentro ou fora da área do porto organizado, utilizada na movimentação e
armazenagem de mercadorias destinadas ou provenientes de transporte aquaviário;
XIV – incidente: qualquer descarga de substância nociva ou perigosa, decorrente de fato ou ação
intencional ou acidental que ocasione risco potencial, dano ao meio ambiente ou à saúde
humana;
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XV – lixo: todo tipo de sobra de víveres e resíduos resultantes de faxinas e trabalhos rotineiros
nos navios, portos organizados, instalações portuárias, plataformas e suas instalações de apoio;
XVI – alijamento: todo despejo deliberado de resíduos e outras substâncias efetuado por
embarcações, plataformas, aeronaves e outras instalações, inclusive seu afundamento intencional
em águas sob jurisdição nacional;
XVII – lastro limpo: água de lastro contida em um tanque que, desde que transportou óleo pela
última vez, foi submetido a limpeza em nível tal que, se esse lastro fosse descarregado pelo navio
parado em águas limpas e tranquilas, em dia claro, não produziria traços visíveis de óleo na
superfície da água ou no litoral adjacente, nem produziria borra ou emulsão sob a superfície da
água ou sobre o litoral adjacente;
XVIII – tanque de resíduos: qualquer tanque destinado especificamente a depósito provisório dos
líquidos de drenagem e lavagem de tanques e outras misturas e resíduos;
XXI – órgão ambiental ou órgão de meio ambiente: órgão do poder executivo federal, estadual ou
municipal, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), responsável pela
fiscalização, controle e proteção ao meio ambiente no âmbito de suas competências;
XXIV – órgão regulador da indústria do petróleo: órgão do poder executivo federal, responsável
pela regulação, contratação e fiscalização das atividades econômicas da indústria do petróleo,
sendo tais atribuições exercidas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Art. 3o Para os efeitos desta Lei, são consideradas águas sob jurisdição nacional:
I – águas interiores;
b) as dos portos;
c) as das baías;
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f) as dos arquipélagos;
II – águas marítimas, todas aquelas sob jurisdição nacional que não sejam interiores.
Art. 4o Para os efeitos desta Lei, as substâncias nocivas ou perigosas classificam-se nas
seguintes categorias, de acordo com o risco produzido quando descarregadas na água:
I – categoria A: alto risco tanto para a saúde humana como para o ecossistema aquático;
II – categoria B: médio risco tanto para a saúde humana como para o ecossistema aquático;
III – categoria C: risco moderado tanto para a saúde humana como para o ecossistema aquático;
IV – categoria D: baixo risco tanto para a saúde humana como para o ecossistema aquático.
Parágrafo único. O órgão federal de meio ambiente divulgará e manterá atualizada a lista das
substâncias classificadas neste artigo, devendo a classificação ser, no mínimo, tão completa e
rigorosa quanto a estabelecida pela Marpol 73/78.
Capítulo II
Art. 5o Todo porto organizado, instalação portuária e plataforma, bem como suas instalações de
apoio, disporá obrigatoriamente de instalações ou meios adequados para o recebimento e
tratamento dos diversos tipos de resíduos e para o combate da poluição, observadas as normas e
critérios estabelecidos pelo órgão ambiental competente.
III – a capacidade das instalações de recebimento e tratamento dos diversos tipos de resíduos,
padrões de qualidade e locais de descarga de seus efluentes;
§ 2o O estudo técnico a que se refere o parágrafo anterior deverá levar em conta o porte, o tipo
de carga manuseada ou movimentada e outras características do porto organizado, instalação
portuária ou plataforma e suas instalações de apoio.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 7o Os portos organizados, instalações portuárias e plataformas, bem como suas instalações
de apoio, deverão dispor de planos de emergência individuais para o combate à poluição por óleo
e substâncias nocivas ou perigosas, os quais serão submetidos à aprovação do órgão ambiental
competente.
Art. 8o Os planos de emergência mencionados no artigo anterior serão consolidados pelo órgão
ambiental competente, na forma de planos de contingência locais ou regionais, em articulação
com os órgãos de defesa civil.
Capítulo III
Art. 10. As plataformas e os navios com arqueação bruta superior a cinquenta que transportem
óleo, ou o utilizem para sua movimentação ou operação, portarão a bordo, obrigatoriamente, um
livro de registro de óleo, aprovado nos termos da Marpol 73/78, que poderá ser requisitado pela
autoridade marítima, pelo órgão ambiental competente e pelo órgão regulador da indústria do
petróleo, e no qual serão feitas anotações relativas a todas as movimentações de óleo, lastro e
misturas oleosas, inclusive as entregas efetuadas às instalações de recebimento e tratamento de
resíduos.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 11. Todo navio que transportar substância nociva ou perigosa a granel deverá ter a bordo um
livro de registro de carga, nos termos da Marpol 73/78, que poderá ser requisitado pela
autoridade marítima, pelo órgão ambiental competente e pelo órgão regulador da indústria do
petróleo, e no qual serão feitas anotações relativas às seguintes operações:
I – carregamento;
II – descarregamento;
Art. 12. Todo navio que transportar substância nociva ou perigosa de forma fracionada, conforme
estabelecido no Anexo III da Marpol 73/78, deverá possuir e manter a bordo documento que a
especifique e forneça sua localização no navio, devendo o agente ou responsável conservar cópia
do documento até que a substância seja desembarcada.
Art. 13. Os navios enquadrados na CLC/69 deverão possuir o certificado ou garantia financeira
equivalente, conforme especificado por essa convenção, para que possam trafegar ou
permanecer em águas sob jurisdição nacional.
Art. 14. O órgão federal de meio ambiente deverá elaborar e atualizar, anualmente, lista de
substâncias cujo transporte seja proibido em navios ou que exijam medidas e cuidados especiais
durante a sua movimentação.
Capítulo IV
Art. 15. É proibida a descarga, em águas sob jurisdição nacional, de substâncias nocivas ou
perigosas classificadas na categoria "A", definida no art. 4o desta Lei, inclusive aquelas
provisoriamente classificadas como tal, além de água de lastro, resíduos de lavagem de tanques
ou outras misturas que contenham tais substâncias.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
I – a situação em que ocorrer o lançamento enquadre-se nos casos permitidos pela Marpol 73/78;
III – os procedimentos para descarga sejam devidamente aprovados pelo órgão ambiental
competente.
Art. 16. É proibida a descarga, em águas sob jurisdição nacional, de substâncias classificadas
nas categorias "B", "C", e "D", definidas no art. 4 o desta Lei, inclusive aquelas provisoriamente
classificadas como tais, além de água de lastro, resíduos de lavagem de tanques e outras
misturas que as contenham, exceto se atendidas cumulativamente as seguintes condições:
I – a situação em que ocorrer o lançamento enquadre-se nos casos permitidos pela Marpol 73/78;
III – os procedimentos para descarga sejam devidamente aprovados pelo órgão ambiental
competente.
Art. 17. É proibida a descarga de óleo, misturas oleosas e lixo em águas sob jurisdição nacional,
exceto nas situações permitidas pela Marpol 73/78, e não estando o navio, plataforma ou similar
dentro dos limites de área ecologicamente sensível, e os procedimentos para descarga sejam
devidamente aprovados pelo órgão ambiental competente.
§ 2o (VETADO)
§ 3o Não será permitida a descarga de qualquer tipo de plástico, inclusive cabos sintéticos, redes
sintéticas de pesca e sacos plásticos.
Art. 18. Exceto nos casos permitidos por esta Lei, a descarga de lixo, água de lastro, resíduos de
lavagem de tanques e porões ou outras misturas que contenham óleo ou substâncias nocivas ou
perigosas de qualquer categoria só poderá ser efetuada em instalações de recebimento e
tratamento de resíduos, conforme previsto no art. 5o desta Lei.
Art. 19. A descarga de óleo, misturas oleosas, substâncias nocivas ou perigosas de qualquer
categoria, e lixo, em águas sob jurisdição nacional, poderá ser excepcionalmente tolerada para
salvaguarda de vidas humanas, pesquisa ou segurança de navio, nos termos do regulamento.
Parágrafo único. Para fins de pesquisa, deverão ser atendidas as seguintes exigências, no
mínimo:
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
I – a descarga seja autorizada pelo órgão ambiental competente, após análise e aprovação do
programa de pesquisa;
III – o responsável pela descarga coloque à disposição, no local e hora em que ela ocorrer,
pessoal especializado, equipamentos e materiais de eficiência comprovada na contenção e
eliminação dos efeitos esperados.
Art. 20. A descarga de resíduos sólidos das operações de perfuração de poços de petróleo será
objeto de regulamentação específica pelo órgão federal de meio ambiente.
Art. 21. As circunstâncias em que a descarga, em águas sob jurisdição nacional, de óleo e
substâncias nocivas ou perigosas, ou misturas que os contenham, de água de lastro e de outros
resíduos poluentes for autorizada não desobrigam o responsável de reparar os danos causados
ao meio ambiente e de indenizar as atividades econômicas e o patrimônio público e privado pelos
prejuízos decorrentes dessa descarga.
Art. 22. Qualquer incidente ocorrido em portos organizados, instalações portuárias, dutos, navios,
plataformas e suas instalações de apoio, que possa provocar poluição das águas sob jurisdição
nacional, deverá ser imediatamente comunicado ao órgão ambiental competente, à Capitania dos
Portos e ao órgão regulador da indústria do petróleo, independentemente das medidas tomadas
para seu controle.
Parágrafo único. No caso de descarga por navio não possuidor do certificado exigido pela
CLC/69, a embarcação será retida e só será liberada após o depósito de caução como garantia
para pagamento das despesas decorrentes da poluição.
Art. 24. A contratação, por órgão ou empresa pública ou privada, de navio para realização de
transporte de óleo ou de substância enquadrada nas categorias definidas no art. 4 o desta Lei só
poderá efetuar-se após a verificação de que a empresa transportadora esteja devidamente
habilitada para operar de acordo com as normas da autoridade marítima.
Capítulo V
Pena – multa;
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
§ 1o Respondem pelas infrações previstas neste artigo, na medida de sua ação ou omissão:
II – o armador ou operador do navio, caso este não esteja sendo armado ou operado pelo
proprietário;
V – a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que legalmente represente o porto
organizado, a instalação portuária, a plataforma e suas instalações de apoio, o estaleiro, a
marina, o clube náutico ou instalação similar;
VI – o proprietário da carga.
§ 2o O valor da multa de que trata este artigo será fixado no regulamento desta Lei, sendo o
mínimo de R$ 7.000,00 (sete mil reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de
reais).
§ 3o A aplicação das penas previstas neste artigo não isenta o agente de outras sanções
administrativas e penais previstas na Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e em outras
normas específicas que tratem da matéria, nem da responsabilidade civil pelas perdas e danos
causados ao meio ambiente e ao patrimônio público e privado.
Art. 26. A inobservância ao disposto nos arts. 15, 16, 17 e 19 será punida na forma da Lei no
9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e seu regulamento
Capítulo VI
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
b) avaliar os danos ambientais causados por incidentes nos portos organizados, dutos,
instalações portuárias, navios, plataformas e suas instalações de apoio;
b) dar início, na alçada estadual, aos procedimentos judiciais cabíveis a cada caso;
a) avaliar os danos ambientais causados por incidentes nas marinas, clubes náuticos e outros
locais e instalações similares, e elaborar relatório circunstanciado, encaminhando-o ao órgão
estadual de meio ambiente;
b) dar início, na alçada municipal, aos procedimentos judiciais cabíveis a cada caso;
Art. 28. O órgão federal de meio ambiente, ouvida a autoridade marítima, definirá a localização e
os limites das áreas ecologicamente sensíveis, que deverão constar das cartas náuticas
nacionais.
Parágrafo único. As autoridades a que se referem os incisos XXI, XXII, XXIII e XXIV do art. 2 o
desta Lei atuarão de forma integrada, nos termos do regulamento.
Art. 30. O alijamento em águas sob jurisdição nacional deverá obedecer às condições previstas
na Convenção sobre Prevenção da Poluição Marinha por Alijamento de Resíduos e Outras
Matérias, de 1972, promulgada pelo Decreto no 87.566, de 16 de setembro de 1982, e suas
alterações.
I – trezentos e sessenta dias a partir da data de publicação desta Lei, para elaborar e submeter à
aprovação do órgão federal de meio ambiente o estudo técnico e o manual de procedimento
interno a que se referem, respectivamente, o § 1o do art. 5o e o art. 6o;
II – trinta e seis meses, após a aprovação a que se refere o inciso anterior, para colocar em
funcionamento as instalações e os meios destinados ao recebimento e tratamento dos diversos
tipos de resíduos e ao controle da poluição, previstos no art. 5 o, incluindo o pessoal adequado
para operá-los;
III – cento e oitenta dias a partir da data de publicação desta Lei, para apresentar ao órgão
ambiental competente os planos de emergência individuais a que se refere o caput do art. 7o.
Art. 32. Os valores arrecadados com a aplicação das multas previstas nesta Lei serão destinados
aos órgãos que as aplicarem, no âmbito de suas competências.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 33. O Poder Executivo regulamentará esta Lei, no que couber, no prazo de trezentos e
sessenta dias da data de sua publicação.
Art. 34. Esta Lei entra em vigor noventa dias da data de sua publicação.
CAPÍTULO I
Da Finalidade
Art. 1º Esta lei tem por finalidade regular o registro da propriedade marítima, dos direitos reais e
demais ônus sobre embarcações e o registro de armador.
CAPÍTULO II
Art. 2º O registro da propriedade tem por objeto estabelecer a nacionalidade, validade, segurança
e publicidade da propriedade de embarcações.
Art. 4º A aquisição de uma embarcação pode ser feita através de sua construção ou de outro
meio regular em direito permitido, mas a transmissão de sua propriedade só se consolida pelo
registro no Tribunal Marítimo ou, para aquelas não sujeitas a esta exigência, pela inscrição na
Capitania dos Portos ou órgão subordinado.
Parágrafo único. Presume-se proprietário a pessoa física ou jurídica em cujo nome estiver
registrada ou inscrita a embarcação, conforme o caso.
Art. 6º O registro da propriedade de embarcação será deferido, exceto nos casos previstos nesta
lei, a brasileiro nato ou a sociedade constituída de acordo com a lei brasileira, com sede no Brasil,
administrada por brasileiros natos, cujo capital votante pertença, em pelo menos 60% (sessenta
por cento), a brasileiros natos e controlada por brasileiros natos ou por pessoa moral brasileira
que satisfaça as exigências em realce.(Revogado pela Lei nº 9.432, de 1997)
§ 2º Além dos casos previstos neste artigo, o registro será, também, deferido a:
b) sociedades de economia mista, empresas públicas e fundações instituídas pelo poder público.
§ 3º O brasileiro nato, casado com estrangeira, somente poderá ser proprietário de embarcação
se tiver a direção dos seus bens ou dos bens do casal, nos termos da lei civil.
§ 4º A brasileira nata, casada com estrangeiro, somente poderá ser proprietária de embarcação
se excluída esta da comunhão de bens e competir à mulher a sua administração, nos termos da
lei civil.
Art. 6o O registro de propriedade de embarcação será deferido, exceto nos casos previstos nesta
Lei, a pessoa física residente e domiciliada no País ou a entidade pública ou privada sujeita às
leis brasileiras. (Redação dada pela Lei nº 9.774, de 98)
Art. 7º O registro da propriedade das embarcações classificadas nas atividades de pesca, será,
também, deferido a brasileiro ou a sociedade constituída de acordo com a lei brasileira, com sede
no Brasil, que seja administrada por brasileiros, cujo capital votante pertença, em pelo menos
60% (sessenta por cento), a brasileiros e controlada por brasileiros ou por pessoa moral brasileira
que satisfaça às exigências em realce. (Revogado pela Lei nº 9.774, de 98)
Art. 8o Ao estrangeiro que não seja residente e domiciliado no País poderá ser deferido o registro
de embarcação classificada na atividade de esporte ou recreio.(Redação dada pela Lei nº 9.774,
de 1998)
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
II - da chegada ao porto onde deverá ser inscrita a embarcação, quando adquirida ou construída
no estrangeiro; e
III - do ato translativo da propriedade ou, no caso de promessa de compra e venda, do direito e
ação.
b) documentos que atendam às exigências dos arts. 6º e seus parágrafos e 7º desta lei;
e) certificado de arqueação; e
§ 2º Sendo a embarcação adquirida em condomínio, o pedido será assinado por qualquer dos
condôminos, fazendo referência aos demais e às respectivas quotas.
Parágrafo único. O requerimento deverá conter: (Redação dada pela Lei nº 9.774, de 1998)
c) prova de quitação de ônus fiscais e de encargos sociais; (Redação dada pela Lei nº 9.774, de
1998)
e) desenhos, especificações e memorial descritivo. (Redação dada pela Lei nº 9.774, de 1998)
Art. 10. Quando a embarcação for adquirida no estrangeiro, a autoridade consular brasileira
fornecerá documento provisório de propriedade que valerá até a chegada ao porto onde tiver de
ser inscrita.
Parágrafo único. Em nenhuma hipótese será iniciada nova viagem antes de feito o pedido de
registro.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 11. Enquanto se processar o registro, a embarcação ficará autorizada a trafegar, mediante
registro provisório, fornecido pelo órgão de inscrição, com até 1 (um) ano de validade.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo poderá ser prorrogado pelo órgão de
inscrição, desde que o proprietário não esteja incurso nas sanções previstas nesta lei pelo não
cumprimento de exigências.
CAPÍTULO III
Art. 12. O registro de direitos reais e de outros ônus que gravem embarcações brasileiras deverá
ser feito no Tribunal Marítimo, sob pena de não valer contra terceiros.
§ 1º Enquanto não registrados, os direitos reais e os ônus subsistem apenas entre as partes,
retroagindo a eficácia do registro à data da prenotação do título.
Art. 13. A hipoteca ou outro gravame poderão ser constituídos em favor do construtor ou
financiador, mesmo na fase de construção, qualquer que seja a arqueação bruta da embarcação,
devendo, neste caso, constar do instrumento o nome do construtor, o número do casco, a
especificação do material e seus dados característicos e, quando for o caso, o nome do
financiador.
Art. 14. Os interessados, para requererem o registro dos direitos reais e de outros ônus,
apresentarão o contrato que deverá conter, obrigatoriamente, além dos elementos intrínsecos ao
ato:
§ 2º O registro do direito real ou do ônus será comunicado pelo Tribunal Marítimo à Capitania dos
Portos em cuja jurisdição estiver incluído o porto de inscrição da embarcação, para a devida
anotação.
CAPÍTULO IV
Do Registro de Armador
Art. 15. É obrigatório o registro no Tribunal Marítimo de armador de embarcação mercante sujeita
a registro de propriedade, mesmo quando a atividade for exercida pelo proprietário.
§ 1º As disposições deste artigo são igualmente aplicáveis, ainda que se trate de embarcação
mercante com arqueação bruta inferior às previstas no art. 3º desta lei, quando, provida de
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propulsão mecânica, se dedique a qualquer atividade lucrativa fora dos limites da navegação do
porto.
Art. 16. Para os efeitos desta lei, compreende-se como armador a pessoa física ou jurídica que,
em seu nome e sob sua responsabilidade, apresta a embarcação para sua utilização, pondo-a ou
não a navegar por sua conta.
Parágrafo único. Nesse conceito também se incluem aqueles que tenham o exclusivo controle da
expedição, sob qualquer modalidade de cessão, embora recebam a embarcação devidamente
aparelhada e tripulada, desde que possuam sobre ela poderes de administração.
Art. 17. A armação de embarcação só poderá ser exercida por pessoas e entidades
caracterizadas no art. 6º, no seu § 1º e nas alíneas de seu § 2º, e, quando se tratar de
embarcação classificada na atividade de pesca, pelas enumeradas no art. 7º desta lei. (Revogado
pela Lei nº 9.774, de 1998)
Parágrafo único. Ultimado o processo, será expedido pelo Tribunal Marítimo o Certificado de
Registro de Armador.
Art. 19. A armação, qualquer que seja a sua modalidade, deverá ser averbada à margem do
registro da embarcação e na respectiva Provisão.
§ 1º A averbação será requerida antes da viagem, cabendo à Capitania dos Portos ou órgão
subordinado fazer constar do Rol de Equipagem o nome do responsável pela expedição, antes
mesmo de encaminhar o requerimento ao Tribunal Marítimo.
§ 2º O requerimento será apresentado a qualquer Capitania dos Portos ou órgão subordinado por
quem for exercer a armação, acompanhado de uma via do instrumento da outorga, para
encaminhamento imediato ao Tribunal Marítimo, podendo ser requerido, ao mesmo tempo, o
registro de armador, quando se tratar de pessoa ainda não habilitada, juntando-se, neste caso, os
documentos necessários.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 20. As embarcações mercantes sujeitas a registro só poderão operar sob a administração de
pessoa ou entidade que esteja registrada como armador no Tribunal Marítimo, ressalvados os
casos em que este registro é dispensado.
Art. 21. Para o fiel cumprimento do disposto nos artigos anteriores, caberá às Capitanias dos
Portos ou órgãos subordinados e às autoridades consulares brasileiras no exterior fiscalizar e
reter as embarcações infratoras, comunicando a ocorrência ao Presidente do Tribunal Marítimo,
para aplicação das penalidades.
CAPÍTULO V
I - a embarcação deixar de pertencer a qualquer das pessoas caracterizadas nos arts. 6º, 7º e 8º
desta lei;
I – a embarcação deixar de pertencer a qualquer das pessoas mencionadas no art. 6 o desta Lei;
(Redação dada pela Lei nº 9.774, de 1998)
III - a embarcação perecer ou, estando em viagem, dela não houver notícia por mais de 6 (seis)
meses;
V - provado ter sido o registro feito mediante declaração, documentos ou atos inquinados de dolo,
fraude ou simulação.
§ 1º Nos casos dos incisos I, II, III, IV e VII, proceder-se-á ao cancelamento do registro a
requerimento do proprietário, o qual deverá fazê-lo no prazo máximo de 2 (dois) meses, contados
da data do evento, ou de 8 (oito) meses, contados da data da última notícia no segundo caso do
inciso III, cabendo, pelo não cumprimento da exigência, a multa prevista nesta lei.
§ 2º Nos casos de incisos V e VI e nos demais, não previstos neste artigo, proceder-se-á ao
cancelamento do registro ex officio, quando comunicados ao Tribunal Marítimo.
Art. 23. A hipoteca ou outro gravame será considerado extinto, cancelando-se o registro
respectivo:
III - quando obtido em desacordo com a legislação vigente ou por meio de declarações,
documentos ou atos inquinados de dolo, fraude ou simulação;
V - quando, canceladas todas as autorizações que lhe tenham sido outorgadas, o armador não
venha a obter, dentro do prazo de 2 (dois) anos, a nova autorização para operar na navegação.
§ 2º Ficam impedidas de se registrarem como armador as pessoas que, exercendo de fato essa
atividade, incorrerem na prática de que trata o inciso IV deste artigo.
Art. 25. O cancelamento do registro de armador, nos casos dos incisos II, III e IV do artigo
anterior, resulta no cancelamento automático da autorização para operar em qualquer classe de
navegação.
Art. 26. As pessoas que tiverem o registro de armador cancelado na forma do inciso IV do art. 24
desta lei, ficam impedidas de participar da administração de entidades de direito público ou
privado que se dediquem à armação de embarcações.
§ 1º Às entidades que não observarem o disposto neste artigo, não será concedido registro de
armador, ficando suspensa temporariamente a atividade das que já estiverem registradas.
b) os que integravam, ao tempo do fato, a direção de entidades de direito público ou privado que
tiverem o registro de armador cancelado na forma do inciso IV do art. 24 desta lei, a não ser que
fique provada sua isenção.
Art. 27. A reabilitação de armador pessoa física ou de sócios e dirigentes de empresa que tenham
sofrido a sanção do inciso IV do art. 24 desta lei poderá ser requerida somente uma vez perante o
Tribunal, após 5 (cinco) anos de trânsito em julgado da decisão condenatória, observadas as
exigência legais, e desde que, no período de cassação, não tenham sofrido nenhuma punição
pelo Tribunal Marítimo.
CAPÍTULO VI
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Das Sanções
Art. 28. Pela inobservância das obrigações nos prazos previstos nesta lei, será aplicada, pelo
Tribunal Marítimo, ao infrator, a multa de 5 (cinco) vezes o maior valor de referência vigente no
País, por mês ou frações decorrido após o prazo fixado, até o máximo de 200 (duzentos) valores
de referência.
Art. 28. Pela inobservância das obrigações nos prazos previstos nesta Lei, será aplicada ao
infrator, pelo Tribunal Marítimo, a multa de cinco UFIR ou outro índice de atualização monetária
que vier a ser legalmente instituído, por mês ou fração decorrido após o prazo fixado, até o limite
máximo de duzentas UFIR. (Redação dada pela Lei nº 9.774, de 1998)
§ 2º As mesmas penalidades serão aplicadas à pessoa que, sem estar legalmente habilitada
como armador, exerça tal atividade na situação prevista no parágrafo único do art. 16 desta lei.
Art. 29. O não cumprimento da exigência no prazo de 30 (trinta) dias ou naquele fixado no
despacho, contados a partir da data do seu conhecimento, ou ainda a falta de pagamento das
taxas na forma estabelecida no Regimento de Custas do Tribunal Marítimo importará no
indeferimento do pedido e consequente arquivamento do processo.
Art. 30. Verificado, a qualquer tempo, que o proprietário ou armador deixou de atender aos
requisitos dos arts. 6º, 7º e 8º desta lei, ser-lhe-á concedido um prazo de 60 (sessenta) dias,
contado da data do seu conhecimento, para que se ajuste às citadas normas, sob pena de, não o
fazendo, ser determinada a suspensão do tráfego das suas embarcações, bem como o
cancelamento da autorização para operar em qualquer classe de navegação.
Art. 30. Verificado, a qualquer tempo, que o proprietário ou armador deixou de atender aos
requisitos do art. 6o desta Lei, ser-lhe-á concedido um prazo de sessenta dias, contado da data
do seu conhecimento, para que se ajuste às citadas normas, sob pena de, não o fazendo, ser
determinada a suspensão do tráfego das suas embarcações, bem como o cancelamento da
autorização para operar em qualquer classe de navegação. (Redação dada pela Lei nº 9.774, de
1998)
Art. 31. A Superintendência Nacional da Marinha Mercante - SUNAMAM, nos casos de sua
competência, providenciará a efetivação das sanções aplicadas com base nesta lei, à vista de
comunicação do Presidente do Tribunal Marítimo.
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Art. 31. O órgão competente do Ministério dos Transportes providenciará a efetivação das
sanções aplicadas com base nesta Lei, à vista de comunicação do Presidente do Tribunal
Marítimo. (Redação dada pela Lei nº 9.774, de 1998)
Parágrafo único. As medidas punitivas serão tornadas sem efeito tão logo cessem os motivos que
as determinaram, feita a prova através de documento expedido pelo Tribunal Marítimo.
CAPÍTULO VII
Art. 32. As disposições da legislação sobre registros públicos serão aplicadas, subsidiariamente,
ao registro de direitos reais e de outros ônus sobre embarcações, e às averbações decorrentes.
Art. 33. Os atos relativos às promessas, cessões, compra e venda e outra qualquer modalidade
de transferência de propriedade de embarcações sujeitas a registro serão feitas por escritura
pública, lavrada por qualquer Tabelião de Notas, se na comarca não existir cartório privativo de
contratos marítimos.
Art. 33. Os atos relativos às promessas, cessões, compra e venda e outra qualquer modalidade
de transferência de propriedade de embarcação sujeitas a registro serão feitas por escritura
pública, lavrada por qualquer tabelião de notas. (Redação dada pela Lei nº 9.774, de 1998)
Parágrafo único. Quando o outorgante for casado, qualquer que seja o regime de bens, será
indispensável o consentimento do outro cônjuge.
Art. 34. Aos processos em andamento, que estiverem com exigência, será aplicado o disposto no
art. 29 e seus parágrafos, se os interessados não a satisfizerem dentro de 60 (sessenta) dias,
contados de publicação desta lei.
Art. 37. Ficam revogados o Título III da Lei nº 2.180, de 5 de fevereiro de 1954, os artigos de 12 a
20 da Lei nº 5.056, de 29 de junho de 1966, a Lei nº 5.742, de 1º de dezembro de 1971 e as
demais disposições em contrário.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe conferem os arts. 84, caput,
incisos IV e VI, alínea “a”, e 21, caput, inciso XII, alínea “f”, da Constituição, e tendo em vista o
disposto nas Leis no 12.815, de 5 de junho de 2013, no 10.233, de 5 de junho de 2001, e n o
10.683, de 28 de maio de 2003,
DECRETA:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Parágrafo único. O poder concedente será exercido por intermédio da Secretaria de Portos da
Presidência da República.
Art. 2o Sem prejuízo de outras atribuições previstas na legislação específica, compete ao poder
concedente:
III - definir diretrizes para a elaboração dos regulamentos de exploração dos portos;
VII - aprovar e encaminhar ao Congresso Nacional o relatório de que trata o § 5o do art. 57 da Lei
no 12.815, de 2013.
Art. 3o Sem prejuízo de outras atribuições previstas na legislação específica, compete à Antaq:
IV - arbitrar, em grau de recurso, os conflitos entre agentes que atuem no porto organizado,
ressalvadas as competências das demais autoridades públicas;
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Parágrafo único. A Antaq deverá cumprir o disposto no plano geral de outorgas para a realização
das licitações de concessão e de arrendamento e das chamadas públicas para autorização de
instalações portuárias.
II - decidir sobre conflitos que envolvam agentes que atuam no porto organizado, ressalvadas as
competências das demais autoridades públicas.
CAPÍTULO II
Seção I
Art. 5o A licitação para a concessão e para o arrendamento de bem público destinado à atividade
portuária será regida pelo disposto na Lei no 12.815, de 2013, na Lei no 12.462, de 4 de agosto
de 2011, neste Decreto e, subsidiariamente, no Decreto no 7.581, de 11 de outubro de 2011.
Art. 6o A realização dos estudos prévios de viabilidade técnica, econômica e ambiental do objeto
do arrendamento ou da concessão, quando necessária, deverá observar as diretrizes do
planejamento do setor portuário.
§ 1o Os estudos de que trata o caput poderão ser realizados em versão simplificada, conforme
disciplinado pela Antaq, sempre que:
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§ 3o O poder concedente poderá autorizar a elaboração, por qualquer interessado, dos estudos
de que trata o caput e, caso esses sejam utilizados para a licitação, deverá assegurar o
ressarcimento dos dispêndios correspondentes.
Art. 7o Definido o objeto da licitação, a Antaq deverá adotar as providências previstas no art. 14
da Lei no 12.815, de 2013.
Seção II
Do edital da licitação
Art. 8o O edital definirá os critérios objetivos para o julgamento da licitação e disporá sobre:
III - os prazos, os locais e os horários em que serão fornecidos aos interessados os dados,
estudos e projetos necessários à elaboração dos orçamentos e à apresentação das propostas;
Parágrafo único. O edital de licitação poderá impor ao vencedor a obrigação de indenizar o antigo
titular pela parcela não amortizada dos investimentos realizados em bens afetos ao arrendamento
ou à concessão, desde que tenham sido aprovados pelo poder concedente.
Art. 9o Nas licitações de concessão e de arrendamento, serão utilizados como critérios para
julgamento, de forma isolada ou combinada, a maior capacidade de movimentação, a menor tarifa
ou o menor tempo de movimentação de carga.
§ 1o O edital poderá prever ainda a utilização de um dos seguintes critérios para julgamento,
associado com um ou mais dos critérios previstos no caput:
III - melhor proposta técnica, conforme critérios objetivos estabelecidos pelo poder concedente.
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I - capacidade estática, entendida como a quantidade máxima de carga que pode ser
armazenada na instalação portuária a qualquer tempo;
II - capacidade dinâmica, entendida como a quantidade máxima de carga que pode ser
movimentada na instalação portuária durante certo período de tempo e em nível adequado de
serviço; ou
Art. 10. Na fase de habilitação das licitações previstas neste Decreto, será aplicado, no que
couber, o disposto nos arts. 27 a 33 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993.
Parágrafo único. Para a qualificação técnica nas licitações de arrendamento, o edital poderá
estabelecer que o licitante assuma o compromisso de:
Art. 11. Deverá ser adotado o prazo mínimo de trinta dias para a apresentação de propostas,
contado da data de publicação do edital.
§ 3o A Antaq deverá convocar, com antecedência mínima de dez dias úteis de sua realização,
audiência pública que deverá ocorrer com antecedência mínima de quinze dias úteis da data
prevista para a publicação do edital.
Seção III
Do procedimento licitatório
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Art. 12. O procedimento licitatório observará as fases e a ordem previstas no art. 12 da Lei nº
12.462, de 2011.
§1o A comissão de licitação poderá negociar condições mais vantajosas com os licitantes.
§2o A negociação de que trata o § 1 o será promovida segundo a ordem de classificação das
propostas, assegurada a publicidade sobre seus termos e condições.
§ 3o Encerrada a sessão de julgamento, será dada publicidade à respectiva ata, com a ordem de
classificação das propostas.
Art. 14 O procedimento licitatório terá fase recursal única, que se seguirá à habilitação do
vencedor, exceto na hipótese de inversão de fases.
Art. 15. O recurso será dirigido à Diretoria da Antaq, por intermédio da comissão de licitação, que
apreciará sua admissibilidade.
§ 2o A Antaq deverá proferir sua decisão no prazo de cinco dias úteis, contado da data de seu
recebimento.
I - determinar o retorno dos autos para saneamento de irregularidades que forem supríveis;
IV - adjudicar o objeto.
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Art. 17. Convocado para assinar o contrato, o interessado deverá observar os prazos e as
condições estabelecidos no edital, sob pena de decadência do direito à contratação, sem prejuízo
das sanções previstas na Lei no 12.462, de 2011, e na Lei nº 8.666, de 1993.
I - determinar à Antaq que revogue a licitação, sem prejuízo da aplicação das cominações
previstas na Lei no 8.666, de 1993; ou
Art. 18. Nos procedimentos licitatórios regidos por este Decreto, caberão:
Seção IV
Art. 19. Os contratos de concessão e de arrendamento terão prazo de até vinte e cinco anos,
prorrogável uma única vez, por período não superior ao originalmente contratado, a critério do
poder concedente.
III - o desempenho, total ou parcial, das funções de administração do porto, vedada a exploração
das instalações portuárias.
Art. 21. Os contratos celebrados entre a concessionária e terceiros serão regidos pelas normas
de direito privado, não se estabelecendo qualquer relação jurídica entre os terceiros e o poder
concedente, sem prejuízo das atividades regulatória e fiscalizatória da Antaq.
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Art. 22. Os contratos de arrendamento e demais instrumentos voltados à exploração de áreas nos
portos organizados vigentes no momento da celebração do contrato de concessão poderão ter
sua titularidade transferida à concessionária, conforme previsto no edital de licitação.
Art. 24. A aplicação do disposto no § 6º do art. 6º da Lei no 12.815, de 2013, só será permitida
quando comprovada a inviabilidade técnica, operacional e econômica de realização de licitação
de novo arrendamento.
Seção V
Art. 25. As áreas não afetas às operações portuárias e suas destinações serão previstas no plano
de desenvolvimento e zoneamento do porto.
Parágrafo único. Para a exploração indireta das áreas referidas no caput, a administração do
porto submeterá à aprovação do poder concedente a proposta de uso da área.
CAPÍTULO III
Art. 26. Serão exploradas mediante autorização, formalizada por meio da celebração de contrato
de adesão, as instalações portuárias localizadas fora da área do porto organizado,
compreendendo as seguintes modalidades:
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§ 1o O início da operação da instalação portuária deverá ocorrer no prazo de três anos, contado
da data de celebração do contrato de adesão, prorrogável uma única vez, por igual período, a
critério do poder concedente.
I - memorial descritivo das instalações, com as especificações estabelecidas pela Antaq, que
conterá, no mínimo:
I - publicar em seu sítio eletrônico, em até cinco dias, a íntegra do conteúdo do requerimento e
seus anexos; e
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 28. O poder concedente poderá determinar à Antaq, a qualquer momento e em consonância
com as diretrizes do planejamento e das políticas do setor portuário, a abertura de processo de
chamada pública para identificar a existência de interessados na obtenção de autorização de
instalação portuária.
Art. 29. O instrumento da abertura de chamada ou de anúncio públicos, cujos extratos serão
publicados no Diário Oficial da União e no sítio eletrônico da Antaq, indicará obrigatoriamente os
seguintes parâmetros:
§ 1o O perfil de cargas a serem movimentadas será classificado conforme uma ou mais das
seguintes modalidades:
I - granel sólido;
IV - carga conteinerizada.
Art. 30. Encerrado o processo de chamada ou de anúncio públicos, o poder concedente deverá
analisar a viabilidade locacional das propostas e sua adequação às diretrizes do planejamento e
das políticas do setor portuário.
Parágrafo único. Para os fins deste Decreto, considera-se viabilidade locacional a possibilidade
da implantação física de duas ou mais instalações portuárias na mesma região geográfica que
não gere impedimento operacional a qualquer uma delas.
Art. 31. Poderão ser expedidas diretamente, independente da realização de processo seletivo
público, as autorizações de instalação portuária quando:
Parágrafo único. Em qualquer caso, somente poderão ser autorizadas as instalações portuárias
compatíveis com as diretrizes do planejamento e das políticas do setor portuário.
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Art. 32. Nos casos de inviabilidade locacional à implantação concomitante das instalações
portuárias solicitadas, a Antaq deverá:
II - conferir prazo de trinta dias para que os interessados reformulem suas propostas, adaptando-
as à participação no processo seletivo público.
Art. 33. Encerrada a chamada ou anúncio públicos na forma do art. 31 ou encerrado o processo
seletivo público na forma do art. 32, os interessados terão o prazo de noventa dias, contado da
data de publicação da decisão, para apresentar à Antaq os seguintes documentos, além de outros
que venham a ser exigidos por norma específica:
IV - parecer favorável da autoridade marítima, que deverá responder à consulta em prazo não
superior a quinze dias.
Parágrafo único. Celebrados os contratos de adesão, os processos serão restituídos à Antaq para
acompanhamento.
Art. 35. Não dependerão da celebração de novo contrato de adesão, bastando a aprovação pelo
poder concedente:
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto no caput, o poder concedente poderá, conforme
disciplinado em ato do Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Portos da Presidência da
República, dispensar a emissão de nova autorização nas hipóteses de:
II - a ampliação da área da instalação portuária, localizada fora do porto organizado, que não
exceda a vinte e cinco por cento da área original, desde que haja viabilidade locacional.
CAPÍTULO IV
Art. 36. Será instituído em cada porto organizado um conselho de autoridade portuária, órgão
consultivo da administração do porto.
III - ações para promover a racionalização e a otimização do uso das instalações portuárias;
Art. 37. Cada conselho de autoridade portuária será constituído pelos membros titulares e seus
suplentes:
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
§ 1o Para os efeitos do disposto neste artigo, os membros e seus suplentes do conselho serão
indicados:
II - pelas entidades de classe local das respectivas categorias profissionais e econômicas, nos
casos dos incisos II e III do caput.
CAPÍTULO V
Art. 38. O órgão de gestão de mão de obra terá, obrigatoriamente, um conselho de supervisão e
uma diretoria-executiva.
§ 1o O conselho de supervisão será composto por três membros titulares e seus suplentes,
sendo:
I - dois indicados pelas entidades de classe local das respectivas categorias econômicas; e
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
§ 4o Caso a Diretoria-Executiva seja composta por dois membros ou mais, um deles poderá ser
indicado pelas respectivas entidades de classe das categorias profissionais relativas às atividades
previstas no § 1o do art. 40 da Lei no 12.815, de 2013, conforme definido em convenção coletiva.
§ 5o Até um terço dos membros do conselho de supervisão poderá ser designado para exercício
de cargos de diretores.
CAPÍTULO VI
E DO SINE-PORTO
Art. 39. Fica instituído o Fórum Nacional Permanente para Qualificação do Trabalhador Portuário,
com a finalidade de discutir as questões relacionadas a formação, qualificação e certificação
profissional do trabalhador portuário e do trabalhador portuário avulso, em especial:
d) Ministério da Educação;
f) Comando da Marinha;
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
§ 3o Perderá o mandato o membro do Fórum de que tratam os incisos II e III do § 1 o que faltar,
injustificadamente, a três reuniões consecutivas ou seis alternadas, assumindo a vaga o seu
suplente até a efetivação de nova indicação.
I - identificação do trabalhador;
CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS
§ 1o A indicação dos representantes das classes empresarial e trabalhadora de que trata o caput
será feita pelos respectivos representantes no conselho de autoridade portuária.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
§ 4o Serão observadas, quanto aos requisitos e impedimentos para a participação nos conselhos
de que trata o art. 21 da Lei nº 12.815, de 2013, as disposições constantes da legislação sobre
conflitos de interesse no âmbito da administração pública federal e, subsidiariamente, da Lei no
6.404, de 15 de dezembro de 1976.
Art. 42. A realização de investimentos não previstos nos contratos deverá ser precedida:
Art. 43. Os requerimentos de autorização de instalação portuária apresentados à Antaq até a data
de publicação deste Decreto e que atendam ao disposto na Lei no 12.815, de 2013, poderão
ensejar a abertura imediata de processo de anúncio público.
Art. 44. A Antaq disciplinará, após consulta pública, as condições de acesso por qualquer
interessado, em caráter excepcional, às instalações portuárias arrendadas, autorizadas ou
exploradas pela concessionária, assegurada remuneração adequada a seu titular.
Art. 45. Ato conjunto dos Ministros de Estado da Fazenda, do Planejamento, Orçamento e
Gestão, da Previdência Social, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e Chefe da
Secretaria de Portos da Presidência da República disporá sobre a concessão do benefício
assistencial de que trata o art. 10-A da Lei no 9.719, de 27 de novembro de 1998, e disciplinará:
I - o valor do benefício;
II - comparecimento a, no mínimo, oitenta por cento das chamadas realizadas pelo respectivo
órgão de gestão de mão de obra; e
III - comparecimento a, no mínimo, oitenta por cento dos turnos de trabalho para os quais tenha
sido escalado no período.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Art. 46. Ato conjunto dos Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e Chefe da
Secretaria de Portos da Presidência da República estabelecerá os procedimentos para cessão de
áreas públicas da União, com vistas à implantação de instalações portuárias.
Art. 47. Deverão ser publicados em até cento e oitenta dias, contados da data de publicação
deste Decreto, os atos a que se referem os seguintes dispositivos:
I - § 2o do art. 37;
II - § 2o do art. 38;
IV - art. 44;
V - art. 45; e
VI - art. 46.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e na Lei no
9.966, de 28 de abril de 2000,
DECRETA:
CAPÍTULO I
I - Marpol 73/78: Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição Causada por Navios,
concluída em Londres, em 2 de novembro de 1973, alterada pelo Protocolo de 1978, concluído
em Londres, em 17 de fevereiro de 1978, e emendas posteriores, ratificadas pelo Brasil;
III - áreas ecologicamente sensíveis: regiões das águas marítimas ou interiores, definidas em ato
do Poder Público, onde a prevenção, o controle da poluição e a manutenção do equilíbrio
ecológico exigem medidas especiais para a proteção e a preservação do meio ambiente, com
relação à passagem de navios;
IV - navio: embarcação de qualquer tipo que opere no ambiente aquático, inclusive hidrofólios,
veículos a colchão de ar, submersíveis e outros engenhos flutuantes;
VII - óleo: qualquer forma de hidrocarboneto (petróleo e seus derivados), incluindo óleo cru, óleo
combustível, borra, resíduos de petróleo e produtos refinados;
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
XII - instalação portuária ou terminal: instalação explorada por pessoa jurídica de direito público
ou privado, dentro ou fora da área do porto organizado, utilizada na movimentação e
armazenagem de mercadorias destinadas ou provenientes de transporte aquaviário;
XIII - incidente: qualquer descarga de substância nociva ou perigosa, decorrente de fato ou ação
intencional ou acidental que ocasione risco potencial, dano ao meio ambiente ou à saúde
humana;
XIV - lixo: todo tipo de sobra de víveres e resíduos resultantes de faxinas e trabalhos rotineiros
nos navios, portos organizados, instalações portuárias, plataformas e suas instalações de apoio;
XVI - alijamento: todo despejo deliberado de resíduos e outras substâncias efetuado por
embarcações, plataformas, aeronaves e outras instalações, inclusive seu afundamento intencional
em águas sob jurisdição nacional;
XVIII - plano de contingência: conjunto de procedimentos e ações que visam à integração dos
diversos planos de emergência setoriais, bem como a definição dos recursos humanos, materiais
e equipamentos complementares para a prevenção, controle e combate à poluição das águas;
XIX - órgão ambiental competente: órgão de proteção e controle ambiental do poder executivo
federal, estadual ou municipal, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA,
responsável pelo licenciamento ambiental das atividades de um porto organizado, instalação
portuária e plataforma e de suas correspondentes instalações de apoio, bem como pela
fiscalização dessas unidades quanto às exigências previstas no referido licenciamento, no âmbito
de suas competências;
XXII - órgão regulador da indústria do petróleo: órgão do poder executivo federal, responsável
pela regulação, contratação e fiscalização das atividades econômicas da indústria do petróleo,
sendo tais atribuições exercidas pela Agência Nacional do Petróleo - ANP;
XXIII - auditoria ambiental: é o instrumento pelo qual se avalia os sistemas de gestão e controle
ambiental em porto organizado, instalação portuária, plataforma e suas instalações de apoio e
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
dutos, a ser realizada por órgão ou setor que não esteja sendo objeto da própria auditoria, ou por
terceira parte; e
Art. 3o Para os efeitos deste Decreto, são consideradas águas sob jurisdição nacional:
I - águas interiores:
a) as compreendidas entre a costa e a linha de base reta, a partir de onde se mede o mar
territorial;
b) as dos portos;
c) as das baías;
f) as dos arquipélagos;
II - águas marítimas, todas aquelas sob jurisdição nacional que não sejam interiores, a saber:
a) as águas abrangidas por uma faixa de doze milhas marítimas de largura, medidas a partir da
linha de base reta e da linha de baixa-mar, tal como indicada nas cartas náuticas de grande
escala, reconhecidas oficialmente no Brasil (mar territorial);
b) as águas abrangidas por uma faixa que se estende das doze às duzentas milhas marítimas,
contadas a partir das linhas de base que servem para medir o mar territorial, que constituem a
zona econômica exclusiva - ZEE; e
CAPÍTULO II
Seção I
Art. 4o As infrações, para efeito de aplicação de multa, classificam-se em grupos, por faixas, de
modo a permitir a sua adequada gradação em função da gravidade da infração, sendo seus
valores estabelecidos no Anexo I deste Decreto.
Art. 5o Para efeito deste Decreto, respondem pela infração, na medida de sua ação ou omissão:
II - o armador ou operador do navio, caso este não esteja sendo armado ou operado pelo
proprietário;
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V - a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que legalmente represente o porto
organizado, a instalação portuária, a plataforma e suas instalações de apoio, o estaleiro, a
marina, o clube náutico ou instalação similar; e
VI - o proprietário da carga.
Art. 7o São autoridades competentes para lavrar auto de infração os agentes da autoridade
marítima, dos órgãos ambientais federal, estaduais e municipais e do órgão regulador da indústria
do petróleo, no âmbito de suas respectivas competências.
Art. 8o Qualquer pessoa que constate a ocorrência de fato que possa se caracterizar como
possível infração de que trata este Decreto poderá comunicá-lo às autoridades relacionadas no
art. 7o, para que se possa realizar a devida apuração.
Art. 9o As infrações dispostas nas Subseções VI a XVII da Seção II deste Capítulo serão punidas
com as seguintes sanções:
I - advertência;
II - multa simples;
IV - apreensão do navio;
VI - embargo da atividade;
§ 2o A advertência será aplicada pela inobservância das disposições contidas nas Subseções VI a
XVII da Seção II deste Capítulo, e na legislação em vigor, sem prejuízo das demais sanções
previstas neste artigo.
§ 3o A multa simples será aplicada sempre que o agente, por culpa ou dolo:
I - advertido por irregularidade que tenha sido praticada, deixar de saná-la, no prazo assinalado
por órgão competente; ou
§ 5o A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no tempo,
até a sua efetiva cessação ou regularização da situação, mediante a celebração, pelo infrator, de
termo de compromisso de reparação do dano.
III - fica proibida a transferência a terceiros das embarcações de que trata este parágrafo, salvo
na hipótese de autorização da autoridade competente; e
IV - a autoridade competente encaminhará cópia dos termos de que trata este parágrafo ao
Ministério Público, para conhecimento.
§ 7o Aplica-se a sanção indicada no inciso VI do caput deste artigo quando a atividade não estiver
obedecendo às prescrições legais ou regulamentares.
V - proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos.
Art. 10. O cometimento de nova infração por agente beneficiado com a conversão de multa
simples em prestação de serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio
ambiente, implicará a aplicação de multa em dobro do valor daquela anteriormente imposta.
Art. 11. Constitui reincidência, para efeito das infrações previstas nas Subseções VI a XVII da
Seção II deste Capítulo a repetição da prática de infração de mesma natureza pelo mesmo
agente, em período igual ou inferior a trinta e seis meses.
Parágrafo único. No caso de infração punida com multa, a reincidência implicará o aumento da
penalidade originária ao triplo do seu valor.
Seção II
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
Subseção I
Das Infrações Relativas aos Sistemas de Prevenção, Controle e Combate da Poluição Imputáveis
a Portos Organizados, Instalações Portuárias e Plataformas com suas Instalações de Apoio
Art. 12. Deixarem os portos organizados, instalações portuárias e plataformas com suas
instalações de apoio de apresentar estudo técnico definindo as características das instalações ou
meios adequados ao recebimento, tratamento de resíduos gerados ou provenientes das
atividades de movimentação e armazenamento de óleo e substâncias nocivas ou perigosas ou o
seu envio para tratamento, para os quais está habilitado, e para o combate da poluição, aprovado
ou em processo de análise pelo órgão ambiental competente:
Art. 13. Deixarem os portos organizados, instalações portuárias e plataformas com suas
instalações de apoio de dispor de instalações ou meios adequados para o recebimento,
tratamento dos resíduos gerados ou provenientes das atividades de movimentação e
armazenamento de óleo e substâncias nocivas ou perigosas ou o seu envio para tratamento, para
os quais está habilitado, e para o combate da poluição, implementados, ou em processo de
implementação, aprovados ou em processo de análise pelo órgão ambiental competente:
Art. 14. Deixarem os portos organizados, instalações portuárias e plataformas com suas
instalações de apoio de dispor de plano de emergência individual para o combate à poluição por
óleo e substâncias nocivas ou perigosas, aprovado ou em processo de aprovação pelo órgão
ambiental competente:
Subseção II
Das Infrações Relativas aos Sistemas de Prevenção, Controle e Combate da Poluição Imputáveis
a Entidades Exploradoras de Portos Organizados e Instalações Portuárias e Operadores de
Plataformas
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Subseção III
Das Infrações Relativas aos Sistemas de Prevenção, Controle e Combate da Poluição Imputáveis
às Instalações Portuárias Especializadas em Outras Cargas que não Óleo e Substâncias Nocivas
ou Perigosas e aos Estaleiros, Marinas, Clubes Náuticos e Similares
Art. 17. Deixarem as instalações portuárias especializadas em outras cargas que não óleo e
substâncias nocivas ou perigosas e os estaleiros, marinas, clubes náuticos e similares de possuir
meios destinados ao recebimento, ao tratamento de resíduos gerados ou provenientes das
atividades para as quais estão habilitados, ou o seu envio para tratamento, e ao combate da
poluição quando exigidos pelo órgão ambiental competente:
Art. 18. Cabe ao órgão ambiental competente autuar e multar os infratores nas situações
previstas nas Subseções I, II e III desta Seção.
Subseção IV
Art. 19. Deixarem as plataformas e navios com arqueação bruta superior a cinquenta, que
transportem óleo ou o utilizem para sua movimentação ou operação, de possuir a bordo o livro de
registro de óleo, aprovado nos termos da MARPOL 73/78, com as anotações relativas a todas as
movimentações de óleo, lastro e misturas oleosas, inclusive as entregas efetuadas às instalações
de recebimento e tratamento de resíduos:
Penalidade: multa do Grupo H e retenção do navio até que a situação seja regularizada.
Art. 20. Deixar o navio que transporte substância nociva ou perigosa a granel de possuir a bordo
livro de registro de carga nos termos da MARPOL 73/78:
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Penalidade: multa do Grupo H e retenção do navio até que a situação seja regularizada.
Subseção V
Das Infrações Relativas ao Transporte de Óleo e Substâncias Nocivas e Perigosas por Navios
que Transportem estas Substâncias de Forma Fracionada, nos Termos do Anexo III da MARPOL
73/78
Art. 21. Deixarem os navios que transportem óleo e substâncias nocivas e perigosas de forma
fracionada, nos termos do Anexo III da MARPOL 73/78, de manter a bordo estas substâncias sem
que as embalagens estejam corretamente identificadas e com a advertência quanto aos riscos,
utilizando a simbologia prevista na legislação e normas nacionais e internacionais em vigor:
Penalidade: multa do Grupo I e retenção do navio até que a situação seja regularizada.
Art. 22. Deixarem os navios que transportem óleo e substâncias nocivas e perigosas de forma
fracionada, nos termos do Anexo III da MARPOL 73/78, de manter a bordo estas substâncias sem
que as embalagens estejam devidamente estivadas, amarradas e posicionadas de acordo com os
critérios de compatibilidade com outras cargas existentes:
Penalidade: multa do Grupo I e retenção do navio até que a situação seja regularizada.
Art. 23. Deixarem os navios que transportem óleo e substâncias nocivas e perigosas de forma
fracionada, nos termos do Anexo III da MARPOL 73/78, de possuir a bordo documento que
especifique e forneça a localização das substâncias no navio:
Penalidade: multa do Grupo H e retenção do navio até que a situação seja regularizada.
Art. 24. Deixar o agente ou responsável pelo navio de conservar cópia do documento que
especifique e forneça a localização das substâncias nocivas e perigosas de forma fracionada, até
que essas substâncias sejam desembarcadas:
Art. 25. Operar, o proprietário do navio, pessoa física ou jurídica, ou quem legalmente o
represente, navio no transporte de óleo ou de substâncias nocivas e perigosas de forma
fracionada, em desacordo com as Normas da Autoridade Marítima, ou sem que a empresa
transportadora esteja devidamente habilitada pelo Ministério dos Transportes:
Art. 27. Deixar o navio enquadrado na Convenção CLC/69 de possuir o Certificado nela previsto
ou garantia financeira equivalente ou outro Certificado de maior ou igual cobertura para que
possa trafegar ou permanecer em águas sob jurisdição nacional:
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Art. 28. Cabe à autoridade marítima autuar e aplicar as sanções aos infratores nas situações
previstas nas Subseções IV e V da Seção II deste Capítulo.
Subseção VI
Art. 29. Efetuar o navio a descarga de substâncias nocivas ou perigosas da categoria A, conforme
definidas no art. 4o da Lei no 9.966, de 2000, bem como água de lastro, resíduos de lavagem de
tanques ou outras misturas que as contenham e água subsequentemente adicionada ao tanque
lavado em quantidade inferior a cinco por cento do seu volume total:
Parágrafo único. Cabe à autoridade marítima autuar e multar os infratores nas situações previstas
neste artigo.
Art. 30. Efetuar o navio a descarga de água subsequentemente adicionada ao tanque lavado que
continha substâncias nocivas ou perigosas da categoria A, em quantidade superior a cinco por
cento do seu volume total, salvo se atendidas cumulativamente as seguintes condições:
I - a situação em que ocorrer o lançamento enquadrar-se nos casos permitidos pela MARPOL
73/78;
II - o navio não se encontrar dentro dos limites de área ecologicamente sensível, conforme
representado nas cartas náuticas nacionais; e
Parágrafo único. Cabe à autoridade marítima autuar e multar os infratores na situação prevista
neste artigo.
Subseção VII
Art. 31. Efetuarem os portos organizados, instalações portuárias e dutos não associados a
plataforma, a descarga de substâncias nocivas ou perigosas da categoria A, conforme definidas
no art. 4o da Lei no 9.966, de 2000, bem como água de lastro, resíduos de lavagem de tanques
ou outras misturas que as contenham, salvo nas condições de descarga aprovadas pelo órgão
ambiental competente:
Parágrafo único. Cabe ao órgão ambiental competente autuar e multar os infratores na situação
prevista neste artigo.
Subseção VIII
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Art. 32. Efetuarem os navios ou plataformas com suas instalações de apoio a descarga de
substâncias classificadas nas categorias B, C e D, conforme definidas no art. 4 o da Lei no 9.966,
de 2000, bem como água de lastro, resíduos de lavagem de tanques e outras misturas que as
contenham, salvo se atendidas as seguintes condições:
I - a situação em que ocorrer o lançamento enquadrar-se nos casos permitidos pela MARPOL
73/78;
II - o navio não se encontrar dentro dos limites de área ecologicamente sensível, conforme
representado nas cartas náuticas nacionais; e
III - os procedimentos para descarga sejam aprovados pelo órgão ambiental competente:
Parágrafo único. Cabe à autoridade marítima autuar e multar os infratores nas situações previstas
neste artigo.
Subseção IX
Art. 33. Efetuarem os portos organizados, instalações portuárias e dutos não associados a
plataforma a descarga de substâncias classificadas nas categorias B, C e D, conforme definidas
no art. 4o da Lei no 9.966, de 2000, bem como água de lastro, resíduos de lavagem de tanques e
outras misturas que as contenham, salvo nas condições de descarga aprovadas pelo órgão
ambiental competente:
Parágrafo único. Cabe ao órgão ambiental competente autuar e multar os infratores nas situações
previstas neste artigo.
Subseção X
Das Infrações Relativas à Descarga de Esgotos Sanitários e Águas Servidas por Navios e
Plataformas com suas Instalações de Apoio
Art. 34. Efetuarem os navios ou plataformas com suas instalações de apoio a descarga de
esgotos sanitários e águas servidas, salvo se atendidas as seguintes condições:
I - a situação em que ocorrer o lançamento por navio enquadrar-se nos casos permitidos pela
MARPOL 73/78;
II - o navio não se encontrar dentro dos limites de área ecologicamente sensível, conforme
representado nas cartas náuticas nacionais; e
III - os procedimentos para descarga sejam aprovados pelo órgão ambiental competente:
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Parágrafo único. Cabe à autoridade marítima autuar e multar os infratores nas situações previstas
neste artigo.
Subseção XI
Das Infrações Relativas à Descarga de Esgoto Sanitário e Águas Servidas por Portos
Organizados, Instalações Portuárias e Dutos não Associados a Plataforma
Art. 35. Efetuarem os portos organizados, instalações portuárias e dutos não associados a
plataforma a descarga de esgoto sanitário e águas servidas em desacordo com os procedimentos
aprovados pelo órgão ambiental competente:
Parágrafo único. Cabe ao órgão ambiental competente autuar e multar os infratores nas situações
previstas neste artigo.
Subseção XII
Das Infrações Relativas à Descarga de Óleo e Misturas Oleosas e Lixo por Navios e Plataformas
com suas Instalações de Apoio
Art. 36. Efetuarem os navios ou plataformas com suas instalações de apoio a descarga de óleo,
misturas oleosas e lixo, sem atender as seguintes condições:
I - a situação em que ocorrer o lançamento enquadrar-se nos casos permitidos pela MARPOL
73/78;
II - o navio ou a plataforma não se encontrar dentro dos limites de área ecologicamente sensível,
conforme representado nas cartas náuticas nacionais; e
III - os procedimentos para descarga por navio e plataforma com suas instalações de apoio sejam
aprovados pelo órgão ambiental competente:
Subseção XIII
Das Infrações Relativas à Descarga de Óleo e Misturas Oleosas e Lixo por Portos Organizados,
Instalações Portuárias e Dutos não Associados a Plataforma
Art. 37. Efetuarem os portos organizados, instalações portuárias e dutos não associados a
plataforma a descarga de óleo, misturas oleosas e lixo, salvo nas condições de descarga
aprovadas pelo órgão ambiental competente:
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Parágrafo único. Cabe ao órgão ambiental competente autuar e multar os infratores nas situações
previstas nesta subseção.
Subseção XIV
Art. 38. Efetuarem os navios ou plataformas com suas instalações de apoio o descarte contínuo
de água de processo ou de produção em desacordo com a regulamentação ambiental específica:
Parágrafo único. Cabe ao órgão ambiental competente autuar e multar os infratores na situação
prevista neste artigo.
Art. 39. Efetuarem o navio ou plataforma com suas instalações de apoio a descarga de água de
processo ou de produção em desacordo com os procedimentos aprovados pela autoridade
marítima:
Parágrafo único. Cabe à autoridade marítima autuar e multar os infratores na situação prevista
neste artigo.
Subseção XV
Das Infrações Relativas à Descarga de qualquer Tipo de Plástico, Cabos Sintéticos, Redes de
Pesca e Sacos Plásticos por Navios ou Plataformas com suas Instalações de Apoio, Portos
Organizados e Instalações Portuárias
Art. 40. Efetuarem o navio ou a plataforma com suas instalações de apoio a descarga de
qualquer tipo de plástico, cabos sintéticos, redes de pesca e sacos plásticos:
Parágrafo único. Cabe à autoridade marítima autuar e multar os infratores nas situações previstas
neste artigo.
Art. 41. Efetuarem os portos organizados e instalações portuárias a descarga de qualquer tipo de
plástico, cabos sintéticos, redes de pesca e sacos plásticos:
Parágrafo único. Cabe ao órgão ambiental competente autuar e multar os infratores nas situações
previstas neste artigo.
Subseção XVI
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Art. 42. Efetuarem os navios ou plataformas com suas instalações de apoio a descarga de óleo,
misturas oleosas, substâncias nocivas ou perigosas de qualquer categoria e lixo, para fins de
pesquisa, sem atender as seguintes condições:
III - o responsável pela descarga coloque à disposição, no local e hora em que ela ocorrer,
pessoal especializado, equipamentos e materiais de eficiência comprovada na contenção e
eliminação dos efeitos esperados:
Parágrafo único. Cabe à autoridade marítima autuar e multar os infratores nas situações previstas
neste artigo.
Art. 43. Efetuarem os navios ou plataformas com suas instalações de apoio a descarga de óleo,
misturas oleosas, substâncias nocivas ou perigosas de qualquer categoria e lixo, exceto nas
situações previstas nas Subseções VI, VIII, X, XII, XIV e XVI da Seção II deste Capítulo, sem
comprovar a excepcionalidade nos casos de salvaguarda da vida humana e segurança do navio:
Parágrafo único. Cabe à autoridade marítima autuar e multar os infratores nas situações previstas
neste artigo.
Subseção XVII
Das Infrações Relativas à Descarga de Óleo, Misturas Oleosas, Substâncias Nocivas e Perigosas
de qualquer Categoria e Lixo por Portos Organizados, Instalações Portuárias e Terminais
Art. 44. Efetuarem os portos organizados, instalações portuárias e terminais a descarga de óleo,
misturas oleosas, substâncias nocivas e perigosas de qualquer categoria e lixo, exceto nas
situações previstas nas Subseções VII, IX, XI e XIII da Seção II deste Capítulo, sem comprovar a
excepcionalidade nos casos de segurança de vidas humanas:
Parágrafo único. Cabe ao órgão ambiental competente autuar e multar os infratores nas situações
previstas neste artigo.
Art. 45. Constatado dano ambiental decorrente da descarga, a autoridade marítima e o órgão
ambiental competente deverão aplicar as sanções legais previstas em legislação específica, sem
prejuízo das demais penalidades aplicadas nas Subseções VI a XVII da Seção II deste Capítulo,
no âmbito de suas competências.
Subseção XVIII
Da Infração Referente à Comunicação de qualquer Incidente que Possa Provocar Poluição das
Águas sob Jurisdição Nacional
qualquer incidente que possa provocar poluição das águas sob jurisdição nacional, ocorrido em
suas instalações ou no seu navio, quando dele tomar conhecimento, à Capitania dos Portos ou à
Capitania Fluvial da Jurisdição do incidente, independentemente das medidas tomadas para o seu
controle:
Parágrafo único. Cabe à autoridade marítima autuar e multar os infratores quando não
comunicada, na situação prevista neste artigo.
Parágrafo único. Cabe ao órgão ambiental competente autuar e multar os infratores quando não
comunicado, na situação prevista neste artigo.
Parágrafo único. Cabe ao órgão regulador da indústria do petróleo autuar e multar os infratores
quando não comunicado, na situação prevista neste artigo.
Art. 49. As autoridades competentes deverão divulgar os seus respectivos canais de comunicação
principal e alternativo para efeito de recebimento da informação do incidente de que trata esta
Subseção.
Seção III
Art. 50. As penalidades serão aplicadas mediante procedimento administrativo próprio de cada
autoridade competente, que se inicia com o auto de infração, assegurados o contraditório e a
ampla defesa, sem prejuízo da aplicação pela autoridade sanitária competente do disposto na
legislação específica.
§ 1o Nos casos de descarga, previstas nas Subseções VI a XVII da Seção II deste Capítulo, é
obrigatória, para efeito de aplicação da multa, a elaboração de laudo técnico ambiental do
incidente, pelo órgão ambiental competente, identificando a dimensão do dano envolvido e as
conseqüências advindas da infração.
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Art. 51. Constatada a infração, será lavrado o respectivo auto de infração pela autoridade
competente com o enquadramento legal da infração cometida, entregando-se uma das vias ao
autuado.
Parágrafo único. Deverão ser consideradas pela autoridade competente, em todas as fases do
procedimento, circunstâncias atenuantes e agravantes previstas em lei.
CAPÍTULO III
Art. 52. A autoridade marítima, o órgão ambiental competente e o órgão regulador da indústria do
petróleo deverão expedir, no prazo máximo de seis meses, a partir da publicação deste Decreto,
atos normativos visando disciplinar os procedimentos necessários ao seu cumprimento.
Art. 53. O órgão federal do meio ambiente deverá, sempre que houver inserção ou alteração dos
limites das áreas ecologicamente sensíveis, encaminhar essas alterações ao Comando da
Marinha - Estado-Maior da Armada, para fins de lançamento nas cartas náuticas nacionais.
Art. 54. A aplicação das penas previstas neste Decreto não isenta o agente de outras sanções
administrativas e penais previstas na Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e em outras
normas específicas que tratam da matéria, nem da responsabilidade civil pelas perdas e danos
causados ao meio ambiente e ao patrimônio público e privado.
Art. 55. O alijamento em águas sob jurisdição nacional deverá obedecer às condições previstas
na Convenção sobre Prevenção da Poluição Marinha por Alijamento de Resíduos e Outras
Matérias, de 1972, promulgada pelo Decreto no 87.566, de 16 de setembro de 1982, e suas
atualizações.
Art. 56. Compete à autoridade marítima, aos órgãos ambientais e ao órgão regulador da indústria
do petróleo manter os seus respectivos agentes fiscalizadores habilitados para aplicação deste
Decreto.
Art. 57. Os valores arrecadados com a aplicação das multas previstas neste Decreto serão
destinados aos órgãos que as aplicarem, no âmbito de suas competências.
ANEXO I
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A 1.000,00 a 10.000.000,00
B 1.000,00 a 20.000.000,00
C 1.000,00 a 30.000.000,00
D 1.000,00 a 40.000.000,00
E 1.000,00 a 50.000.000,00
F 7.000,00 a 35.000,00
G 7.000,00 a 70.000,00
H 7.000,00 a 700.000,00
I 7.000,00 a 7.000.000,00
ANEXO II
Hora: ___:___
Dia/Mês/ano: ___/___/___
Latitude: ___o___’
Longitude: ___o___’
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V - Substância descarregada.
_____________________________________
Hora: ___:___
Dia/Mês/ano: ___/___/___
X - Identificação do comunicante.
____________________________________
Assinatura
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 9.611, de 19 de fevereiro de 1998,
DECRETA :
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO II
§ 1o A ANTT manterá sistema único de registro para o Operador de Transporte Multimodal, que
inclua as disposições nacionais e as estabelecidas nos acordos internacionais de que o Brasil
seja signatário. (Redação dada pelo Decreto nº 5.276, de 2004)
II - registro comercial, no caso de firma individual; e (Redação dada pelo Decreto nº 5.276, de
2004)
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§ 1o Qualquer alteração nos termos dos requisitos estabelecidos neste artigo deverá ser
comunicada à ANTT, no prazo de trinta dias, sob pena de cancelamento da inscrição. (Redação
dada pelo Decreto nº 5.276, de 2004)
§ 2º O registro será concedido por um prazo de dez anos, prorrogável por igual período, ou
enquanto forem mantidos os requisitos mínimos estabelecidos neste Decreto.
Parágrafo único. Quando em virtude de tratado, acordo ou convenção internacional, firmados pelo
Brasil, o Operador de Transporte Multimodal for representado por pessoa física domiciliada no
País, esta deverá comprovar, por ocasião do registro de que trata o art. 2º, a inscrição no
Cadastro de Pessoa Física do Ministério da Fazenda.
§ 1º Para a habilitação, que será concedida pelo prazo de dez anos, prorrogável por igual
período, será exigido do interessado o cumprimento dos seguintes requisitos, sem prejuízo de
outros que vierem a ser estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal:
CAPÍTULO III
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Parágrafo único. A representação a que se refere este artigo poderá ser exercida por
administradores de empresas operadoras de transporte multimodal e de seus empregados,
previamente credenciados junto à Secretaria da Receita Federal, na forma por ela estabelecida.
Parágrafo único. No caso de dano ou avaria de mercadoria importada deverá ser lavrado o
"Termo de Avaria" pelo depositário no destino.
Art. 12. Para apuração do crédito tributário, referido no art. 10 deste Decreto, será realizada a
vistoria aduaneira prevista no Livro IV, Título II, Capítulo III, Seção II, do Regulamento Aduaneiro,
aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985.
Art. 13. Na determinação do crédito tributário será considerado o valor aduaneiro, apurado
segundo o disposto no Acordo sobre a Implementação do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas
e Comércio - GATT 1994, e, tratando-se de mercadoria nacional, o valor constante da nota fiscal,
conforme disposto na regulamentação do Imposto sobre Produtos Industrializados.
Art. 14. Para efeito de aplicação da legislação aduaneira, será considerada abandonada a
mercadoria objeto de transporte multimodal internacional que permanecer em recinto alfandegado
sem que o seu despacho comece no decurso dos prazos previstos no art. 461 do Regulamento
Aduaneiro.
Art. 15. Nas operações a que se refere o art. 27 da Lei nº 9.611, de 1998, deverá ser utilizada
uma única Declaração de Trânsito Aduaneiro, com a indicação em destaque - Multimodal.
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CAPÍTULO IV
§ 1o Para fins de aplicação dos limites estabelecidos no caput deste artigo, levar-se-á em conta
cada volume ou unidade de mercadoria declarada como conteúdo da unidade de carga.
§ 3o Se for omitida essa menção, todas as mercadorias contidas na unidade de carga serão
consideradas como uma só unidade de carga transportada.
Art. 17. Os arts. 82 e 257 do Regulamento Aduaneiro, aprovado pelo Decreto nº 91.030, de 1985,
passam a vigorar com a seguinte redação:(Art. revogado Pelo Decreto nº 4.543, de 27.12.2002)
..............................................................
Art. 18. O § 4º do art. 1º do Decreto nº 1.910, de 21 de maio de 1996, passa a vigorar com a
seguinte redação:(Art. revogado Pelo Decreto nº 4.543, de 27.12.2002)
"§ 4º TRA são terminais situados em zona contígua à de porto organizado ou instalação portuária,
compreendida no perímetro de cinco quilômetros dos limites da zona primária, demarcada pela
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autoridade aduaneira local, nos quais são executados os serviços de operação, sob controle
aduaneiro, com carga de importação e exportação." (NR)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 11, § 12, da Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de
1997,
DECRETA:
Art 1o O Registro Especial Brasileiro - REB, instituído pela Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997,
será efetuado no Tribunal Marítimo, não suprimindo e sendo complementar ao registro da
propriedade marítima, conforme dispõe a Lei nº 7.652, de 3 de fevereiro de 1988.
Art 4º O pré-registro, o registro no REB e os seus cancelamentos serão feitos pelo Tribunal
Marítimo.
§1º O pré-registro no REB será feito em atendimento a requerimento formulado pela empresa
brasileira de navegação registrada no Tribunal Marítimo, ao qual serão anexados os seguintes
documentos:
§2º O registro no REB será feito em atendimento a requerimento formulado pela empresa
brasileira de navegação proprietária ou afretadora da embarcação brasileira, ao qual serão
anexados os seguintes documentos:
b) para embarcação sem pré-registro, pela comprovação do registro dominial no Tribunal Marítimo
ou da inscrição no Ministério da Marinha;
d) Certidão Negativa de Débito - CND, expedida pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS
(art. 84, inciso I, alínea “a” do Regulamento da Organização e do Custeio da Seguridade Social,
aprovado pelo Decreto nº 2.173, de 5 de março de 1997), Certidão Negativa de Débito para com
o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, expedida pela Caixa Econômica Federal (art.
1 o, § 1 o , da Lei nº 9.012, de 30 de março de 1995) e Certidão Negativa de Tributos e
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Contribuições Federais administrados pela Secretaria da Receita Federal (art. 60 da Lei nº 9.069,
de 29 de junho de 1995).
a) pré-registro:
b) registro:
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§ 7 o Não se aplica o prazo previsto no parágrafo único do art. 8º, quando se comprovar que as
partes esgotaram todas as possibilidades de composição dos interesses coletivos, promovidos
diretamente ou mediante intermediação administrativa do Ministério do Trabalho, e estiverem em
processo de negociação ou dissídio coletivo.
§ 1 o Para os fins do disposto no caput deste artigo, serão considerados critérios de avaliação dos
preços compatíveis, além do prêmio ou preço do seguro, as condições de pagamento, prazo e
demais características do seguro oferecido.
§ 2º As condições de financiamento previstas neste artigo serão revistas a partir da data em que o
registro da embarcação no REB seja cancelado.
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Parágrafo único. Anualmente, o Fundo da Marinha Mercante - FMM repassará para o FDEPM
1,5% do valor líquido efetivamente depositado na conta do FMM, como cota parte do Adicional de
Frete para Renovação da Marinha Mercante - AFRMM arrecadado no exercício, a título de
compensação da redução decorrente do disposto no caput do art. 13 da Lei nº 9.432, de 1997.
Art 10.Não será computado na base de cálculo dos tributos incidentes sobre a importação e
exportação de mercadorias, o valor do frete aquaviário internacional decorrente do transporte
realizado em embarcações registradas no REB.
Parágrafo único. Não usufruem o disposto no caput deste artigo às mercadorias transportadas em
embarcações registradas no REB eventualmente fretadas, por tempo ou viagem, a empresas
estrangeiras.
Art 11. As embarcações construídas no Brasil e transferidas por matriz de empresa brasileira de
navegação para subsidiária integral no exterior poderão retornar ao registro brasileiro, como de
propriedade da mesma empresa nacional de origem, desde que aprovadas em vistoria de
condições pelo Ministério da Marinha.
Parágrafo único. Após o retorno ao registro brasileiro, a embarcação poderá ser transferida para o
REB, observado o estipulado no § 3 o do art. 4 o deste Decreto.
DECRETA:
CONVÊM EM:
CAPÍTULO I
Definições
Operador de Transporte Multimodal toma as mercadorias sob sua custódia, até outro lugar
designado para sua entrega, situado em outro Estado Parte, compreendendo, além do transporte
em si, os serviços de coleta, unitização ou desunitização da carga por destino, armazenagem,
manipulação e entrega da carga ao destinatário, abarcando os serviços que foram contratados
entre a origem e o destino, inclusive os de consolidação e desconsolidação das cargas.
Toda pessoa jurídica, ou não, quer por si só ou através de outra que atue em seu interesse,
celebre um Contrato de Transporte Multimodal atuando como principal e não como agente ou no
interesse do Expedidor ou de transportadores que participem das operações de Transporte
Multimodal, e assumindo a responsabilidade pelo seu cumprimento.
e) Transportador:
A pessoa que efetivamente executa o transporte, ou parte dele, seja ou não Operador de
Transporte Multimodal.
f) Expedidor:
g) Consignatário:
h) Destinatário:
i) Mercadoria:
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k) Entrega de mercadoria:
m) Unitização:
o) Consolidação de Mercadorias:
CAPÍTULO II
Âmbito de Aplicação
Artigo 2° - O presente Acordo se aplica aos Contratos de Transporte Multimodal sempre que:
CAPÍTULO III
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Artigo 4° - As disposições contidas no presente Acordo serão aplicáveis sempre que existir no
documento ou conhecimento de transporte multimodal expressa menção ao mesmo, indicando,
especificamente, “Acordo de Transporte Multimodal Internacional MERCOSUL”.
No caso em que exista tal menção, as disposições do presente Acordo prevalecerão sobre
quaisquer das cláusulas adicionais do contrato de transporte multimodal que lhe sejam contrárias,
salvo se aumenta a responsabilidade ou as obrigações do Operador de Transporte Multimodal.
Nenhuma disposição deste Acordo restringe o direito do contratante de escolher entre transporte
multimodal ou segmentado.
O Operador de Transporte Multimodal não inscrito ou que não cumpra com os requisitos do
presente Acordo não poderá invocar o “Acordo de Transporte Multimodal Internacional –
MERCOSUL nem recorrer a seus benefícios.
Os conhecimentos e/ou documentos emitidos por todas as pessoas físicas ou jurídicas que
intervenham por disposição do Operador de Transporte Multimodal serão sempre a favor deste.
CAPÍTULO IV
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Artigo 10 - O Operador de Transporte Multimodal não será responsável se provar que a perda, o
dano ou o atraso na entrega das mercadorias transportadas, sobrevieram durante esse
transporte, em uma ou mais das seguintes circunstâncias:
Artigo 11 - O atraso na entrega ocorre quando as mercadorias não forem entregues dentro do
prazo expressamente acordado entre as partes ou, na ausências de tal acordo, dentro de um
prazo que possa, razoavelmente, ser exigido ao Operador de Transporte Multimodal, tomando em
consideração as circunstâncias do caso.
Se as mercadorias não forem entregues dentro de 90 dias corridos depois da data da entrega
estabelecida de conformidade com o disposto neste artigo, o consignatário ou qualquer outra
pessoa com direito de reclamar as mercadorias poderá considerá-las perdidas.
Artigo 12 - A quantia de indenização por perda ou danos das mercadorias se fixará segundo o
valor destas no lugar e no momento de entrega ao consignatário ou no lugar e no momento em
que, de conformidade com o contrato de transporte multimodal, deveriam ter sido entregues.
O valor das mercadorias se determinará com observância à quotação que tenham em uma bolsa
de mercadorias, ou, em sua falta, com observância do preço que tenham no mercado ou, senão
se dispuser dessa quotação nem de seu preço, segundo o valor usual de mercadorias de igual
natureza e qualidade.
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Artigo 13 - A menos que a natureza e o valor das mercadorias tenham sido declarados pelo
expedidor antes que o Operador de Transporte Multimodal as tenha tomado sob sua custódia e
que tenham sido consignadas no documento de transporte multimodal, o Operador de Transporte
Multimodal não será nem poderá ser tido por responsável, em nenhum caso, da perda ou dano
das mercadorias, por uma quantia que exceda o limite de responsabilidade que seja estabelecido
por cada Estado Parte, conforme a declaração formulada por cada um deles no Anexo I, que
passa a fazer parte do presente Acordo.
Não obstante, os Estados Parte acordam que esses limites de responsabilidade do Operador de
Transporte Multimodal poderão ser revistos sempre que julgado conveniente, comunicando-se
essa revisão aos demais Estados Parte.
Artigo 19 - Quando a perda total ou parcial, a avaria ou o atraso na entrega das mercadorias
tenha ocorrido em um segmento do transporte claramente identificado, quem opera no referido
segmento será solidariamente responsável com o Operador de Transporte Multimodal, sem
prejuízo do direito de regressão deste último pelo valor pago em razão da responsabilidade
solidária.
CAPÍTULO V
Responsabilidade do Expedidor
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O direito do Operador de Transporte Multimodal a tal indenização não limitará, de modo algum,
sua responsabilidade, em virtude do contrato de transporte multimodal, com relação a qualquer
pessoa distinta do expedidor.
CAPÍTULO VI
Quando a perda ou dano não forem aparentes, será igualmente aplicável o contido no parágrafo
anterior, caso não seja apresentado, por escrito, o aviso antes de seis dias após a colocação das
mercadorias em poder do consignatário ou destinatário.
Para efeito deste Artigo se considerará o aviso dado a uma pessoa que atue por conta do
Operador de Transporte Multimodal, incluindo-se qualquer pessoa a cujos serviços este recorra
no local de entrega das mercadorias transportadas, como sido entregue ao Operador de
Transporte Multimodal.
Artigo 22 - Salvo acordo expresso em contrário, prescreve em doze meses qualquer ação, ou
reclamação sobre responsabilidade por Transporte Multimodal, contando este prazo desde o dia
da entrega da carga no destino, ou se isso não ocorrer, desde o nonagésimo dia contado a partir
dos prazos constantes do Artigo 11.
CAPÍTULO VII
Solução de Controvérsias
Artigo 24 - Se, mediante tais negociações, não se alcançar um Acordo ou se a controvérsia só for
solucionada parcialmente, aplicar-se-ão os procedimentos previstos no sistema de Solução de
Controvérsias vigente entre os Estados Parte do Tratado de Assunção.
CAPÍTULO VIII
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Cada Organismo Nacional Competente informará, por escrito, a seus similares dos demais
Estados Parte, quais os Operadores de Transporte Multimodal ele registrados, bem como as
modificações introduzidas no registro respectivo, encaminhando os documentos do caso.
A inscrição manterá sua vigência nos termos do Artigo 29, sempre que não intervier uma
comunicação oficial, por escrito, do Organismo Nacional Competente ao Operador de Transporte
Multimodal e aos demais organismos similares, sobre a modificação, suspensão ou cancelamento
do referido registro.
a) possuir a capacidade legalmente exigida nas normas gerais do Estado Parte a qual solicita a
inscrição;
b) contar com representação legal suficiente e domicílio estabelecido no Estado Parte ao qual
solicita sua inscrição, assim como nos demais Estados Parte nos quais pretenda operar; e
Artigo 29 - A vigência da inscrição será por 10 anos, prorrogáveis por períodos iguais.
Artigo 30 - Para poder operar, os Operadores de Transporte Multimodal deverão ter uma apólice
de seguros que cubra a sua responsabilidade civil em relação às mercadorias sob sua custódia,
sem prejuízo dos seguros estabelecidos na legislação de cada Estado Parte.
CAPÍTULO IX
Disposições Complementares
Não obstante o disposto no parágrafo anterior, o Operador de Transporte Multimodal poderá, com
consentimento do expedidor, aumentar a responsabilidade e as obrigações de sua incumbência
em virtude das disposições do presente Acordo.
ANEXO I
1 – Para a Argentina – a menos que a natureza ou o valor das mercadorias tenham sido
declarados pelo expedidor antes que o Operador de Transporte Multimodal as tenha tomado sob
sua custódia e consignadas no documento de transporte multimodal, a responsabilidade do
Operador de Transporte Multimodal não poderá exceder, em caso de perda total ou parcial, avaria
ou atraso na entrega da mercadoria por um valor superior a de 400 pesos argentinos outro por
quilo do volume ou peça afetada, ou de 10 pesos argentinos outro por quilo do volume ou peças
afetadas, se esta quantia for maior.
2 – Para o Brasil – o equivalente a 666,67 DES por volume ou unidade de carga, ou por 2 DES
por quilograma de peso bruto das mercadorias perdidas ou danificadas, se essa quantia for
maior.
3 – Para o Paraguai – o equivalente a 666,67 DES por volume ou unidade de carga, ou por 2 DES
por quilograma de peso bruto das mercadorias perdidas ou danificadas, se essa quantia for
maior.
4 – Para o Uruguai – o equivalente a 666,67 DES por volume ou unidade de carga, ou por 2 DES
por quilograma de peso bruto das mercadorias perdidas ou danificadas, se essa quantia for
maior.
ANEXO II
JURISDIÇÃO E ARBITRAGEM
Artigo 1° - Por escolha do demandante ou de quem atue em seu nome, serão competentes para
conhecer as ações relacionadas com o contrato de transporte multimodal de mercadorias,
realizado com base no presente Acordo, os Tribunais que correspondam à sede do
estabelecimento principal do demandado ou do agente ou representante que interveio na
operação de transporte multimodal ou ao lugar de entrega ou onde deveriam ter sido entregues
as mercadorias.
Artigo 2° - As partes poderão pactuar, por escrito, logo após a ocorrência do fato, que toda
controvérsia relativa ao contrato de transporte multimodal seja submetida a arbitragem, em
consonância com as regras que as partes estabeleceram.
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As ações legais serão interpostas ante o tribunal arbitral competente, conforme disposto no artigo
anterior, o qual estará obrigado a aplicar as disposições do presente Acordo.
____________
DECRETA:
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, deverão predominar, no tráfego entre o Brasil e os
demais países os armadores nacionais do país exportador e importador de mercadorias, até que
seja obtida a igualdade de participação entre os mesmos armadores preconizada pela política
brasileira de transporte marítimo internacional.
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§ 2º A obrigatoriedade prevista neste artigo será extensivo às mercadorias cujo transporte esteja
regulado em acordos ou convênios firmados ou reconhecidos pelas autoridades brasileiras
obedecidas as condições nos mesmos fixadas.
§ 3º Quando a exportação ou importação for feita para ou de país que não seja servido por navios
nacionais de ambas as bandeiras, importadora ou exportadora de mercadoria sujeita à liberação,
a Superintendência Nacional da Marinha Mercante fará a liberação prévia das cargas de que trata
este Decreto-lei, designando o transportador.
§ 3º Quando a importação de mercadorias sujeitas à liberação for feita de país não servido por
navio de sua bandeira nem por navio de bandeira brasileira, a Superintendência Nacional da
Marinha Mercante fará a liberação prévia das cargas. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 687, de
1969)
Art. 4º Os atos do Poder Executivo, que objetivem proteger e regular o transporte marítimo de
mercadorias de e para portos nacionais, só se aplicam a Conferência de Fretes, a acordos, a
rateios de fretes ou de cargas e a contratos, desde que destes atos participe a Companhia de
Navegação Lloyd Brasileiro, com ou sem armadores a ela associados, bem como a qualquer
armador brasileiro previamente autorizado pela Superintendência Nacional da Marinha Mercante
para tráfego específico.
Art. 5º Para os fins deste Decreto-Lei, considera-se navio de bandeira brasileira o navio afretado
por empresa brasileira devidamente autorizada a funcionar no transporte de longo curso.
Art. 6º Entende-se como favor governamental qualquer isenção ou redução tributária, tratamento
tarifário protecionista e benefício de qualquer natureza concedido pelo Governo Federal.
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CAPÍTULO 13
13 -EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
2) Os navios que estão fora dos padrões exigidos pelas sociedades classificadoras, que na sua
maioria navegam com as chamadas bandeiras de conveniência, são intitulados substandard.
3) A parte submersa abaixo da linha d'água (ou linha de flutuação) é conhecida como obras
mortas.
10) A Lei de ordenação de transportes aquaviários não se aplica aos navios de guerra e de
Estado que não estejam empregados em atividades comerciais, às embarcações de esporte e
recreio, às embarcações de turismo, às embarcações de pesca e às embarcações de pesquisa.
11) Afretamento a casco nu: contrato em virtude do qual o afretador tem a posse, o uso e o
controle da embarcação, por tempo indeterminado, incluindo o direito de designar o comandante
e a tripulação.
12) Afretamento a casco nu: contrato em virtude do qual o afretador tem a posse, o uso e o
controle da embarcação, por tempo determinado, excluindo deste o direito de designar o
comandante e a tripulação.
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Apostila Preparatória para o Concurso da Antaq de 2014
13) Afretamento a casco nu: contrato em virtude do qual o afretador tem a posse, o uso e o
controle da embarcação, por tempo determinado, incluindo o direito de designar o comandante e
a tripulação.
14) Afretamento por tempo: contrato em virtude do qual o afretador recebe a embarcação armada
e tripulada, ou parte dela, para operá-la por tempo determinado.
15) Afretamento por tempo: contrato em virtude do qual o fretador recebe a embarcação armada
e tripulada, ou parte dela, para operá-la por tempo determinado.
16) Afretamento por viagem: contrato em virtude do qual o fretador se obriga a colocar o todo ou
parte de uma embarcação, com tripulação, à disposição do afretador para efetuar transporte em
uma ou mais viagens.
17) Afretamento por viagem: contrato em virtude do qual o afretador se obriga a colocar o todo ou
parte de uma embarcação, com tripulação, à disposição do fretador para efetuar transporte em
uma ou mais viagens.
18) Afretamento por tempo: contrato em virtude do qual o afretador recebe a embarcação
armada e tripulada, ou parte dela, para operá-la por tempo indeterminado.
19) Navegação de apoio portuário: a realizada exclusivamente nos portos e terminais aquaviários,
para atendimento a embarcações e instalações portuárias.
20) Navegação de apoio marítimo: a realizada para o apoio logístico a embarcações e instalações
em águas territoriais nacionais e na Zona Econômica, que atuem nas atividades de pesquisa e
lavra de minerais e hidrocarbonetos.
21) Navegação de cabotagem: a realizada entre portos ou pontos do território brasileiro, utilizando
a via marítima ou esta e as vias navegáveis interiores.
22) Navegação de cabotagem: a realizada apenas entre portos do território brasileiro, utilizando a
via marítima ou esta e as vias navegáveis interiores.
23) Navegação de cabotagem: a realizada apenas entre pontos do território brasileiro, utilizando a
via marítima ou esta e as vias navegáveis interiores.
26) suspensão provisória de bandeira: ato pelo qual o proprietário da embarcação suspende
temporariamente o uso da bandeira de origem, a fim de que a embarcação seja inscrita em
registro de outro país.
27) suspensão provisória de bandeira: ato pelo qual a autoridade competente suspende
temporariamente o uso da bandeira de origem, a fim de que a embarcação seja inscrita em
registro de outro país.
28) navegação de travessia: aquela realizada, entre outros locais, entre ilhas e margens de rios,
de lagos, de lagoas, de baías, de angras e de enseadas, numa extensão inferior a 11 (onze)
milhas náuticas.
empresa brasileira e, também, as embarcações sob contrato de afretamento a casco nu, por
empresa brasileira de navegação, condicionado à suspensão provisória de bandeira no país de
origem.
35) A empresa brasileira de navegação poderá afretar embarcações brasileiras e estrangeiras por
viagem, por tempo e a casco nu.
38) No Registro Especial Brasileiro – REB, poderão ser registradas embarcações brasileiras,
operadas por empresas brasileiras de navegação.
44) As embarcações inscritas no REB recolhem regularmente a taxa para manutenção do Fundo
de Desenvolvimento do Ensino Profissional Marítimo.
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45) As embarcações inscritas no REB são isentas do recolhimento de taxa para manutenção do
Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional Marítimo.
46) A inscrição no REB será feita no Tribunal Marítimo e não suprime, sendo complementar, o
registro de propriedade marítima.
47) A inscrição no REB será feita na Capitania dos Portos ou órgão subordinado e não suprime,
sendo complementar, o registro de propriedade marítima.
48) São extensivos às embarcações que operam na navegação de cabotagem e nas navegações
de apoio portuário e marítimo os preços de combustível cobrados às embarcações de longo
curso.
49) O registro da propriedade tem por objeto estabelecer a nacionalidade, validade, segurança e
publicidade da propriedade de embarcações.
50) O registro da propriedade tem por objeto estabelecer apenas a nacionalidade da propriedade
de embarcações.
51) O registro da propriedade tem por objeto estabelecer, entre outros, a nacionalidade da
propriedade de embarcações.
52) O registro da propriedade tem por objeto estabelecer, entre outros, segurança e publicidade
da propriedade de embarcações.
53) O registro da propriedade tem por objeto estabelecer apenas a segurança e publicidade da
propriedade de embarcações.
55) As embarcações brasileiras, exceto as da Marinha de Guerra, serão inscritas na Capitania dos
Portos ou órgão subordinado, em cuja jurisdição for domiciliado o proprietário ou armador ou
onde for operar a embarcação.
58) A aquisição de uma embarcação pode ser feita através de construção ou de outro meio
regular em direito permitido, mas a transmissão de sua propriedade só se consolida pelo registro
no Tribunal Marítimo ou, para aquelas sujeitas a esta exigência, pela inscrição na Capitania dos
Portos ou órgão subordinado.
59) A aquisição de uma embarcação pode ser feita através de construção ou de outro meio
regular em direito permitido, mas a transmissão de sua propriedade só se consolida pelo registro
no Tribunal Marítimo.
60) A aquisição de uma embarcação pode ser feita através de construção ou de outro meio
regular em direito permitido, mas a transmissão de sua propriedade só se consolida por meio da
inscrição na Capitania dos Portos ou órgão subordinado.
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61) A aquisição de uma embarcação pode ser feita através de construção ou de outro meio
regular em direito permitido, podendo a transmissão de sua propriedade se consolidar pelo
registro no Tribunal Marítimo ou pela inscrição na Capitania dos Portos ou órgão subordinado,
conforme o caso.
64) Presume-se proprietário a pessoa física ou jurídica em cujo nome estiver registrada ou
inscrita a embarcação, conforme o caso.
67) Tanto pessoa física quanto pessoa jurídica poderão ser proprietárias de embarcação.
68) O registro de propriedade da embarcação será deferido, exceto nos casos previstos na Lei
(na lei nº.7652/88), a pessoa física residente e domiciliada no País ou a entidade pública ou
privada sujeita às leis brasileiras.
69) Ao estrangeiro que não seja residente e domiciliado no País poderá ser deferido o registro de
embarcação classificada na atividade de esporte ou recreio.
70) Ao estrangeiro que não seja residente e domiciliado no País não poderá ser deferido registro
de embarcação de nenhum tipo.
71) Quando a embarcação for adquirida no estrangeiro, a autoridade consular brasileira fornecerá
documento provisório de propriedade que valerá até a chegada ao porto onde tiver de ser inscrita.
72) Quando a embarcação for adquirida no estrangeiro, a autoridade consular brasileira fornecerá
documento definitivo de propriedade, devendo este ser homologado pela autoridade competente
ao chegar ao Brasil.
73) Quando a embarcação for adquirida no estrangeiro, a autoridade consular brasileira fornecerá
documento provisório de propriedade que valerá até a chegada ao porto onde tiver de ser inscrita,
podendo iniciar nova viagem ainda que não tenha sido feito pedido de registro.
74) O registro de direitos reais e de outros ônus que gravem embarcações brasileiras deverá ser
feito na Capitania dos Portos ou em órgãos subordinados, conforme o porto de inscrição.
75) O registro de direitos reais e de outros ônus que gravem embarcações brasileiras deverá ser
feito no Tribunal Marítimo, sob pena de não valer contra terceiros.
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79) Só será deferido o registro de armador a pessoas ou entidades que operem, de modo
habitual, embarcação com finalidade lucrativa.
80) Só será deferido o registro de armador a pessoas ou entidades que operem, de modo
habitual, embarcação com finalidade de recreio.
82) Armador é a pessoa física ou jurídica que, em seu nome e sob sua responsabilidade, apresta
a embarcação para sua utilização, pondo-a ou não a navegar por sua conta.
83) No conceito de Armador também se incluem aqueles que tenham o exclusivo controle da
expedição, sob qualquer modalidade de cessão, embora recebam a embarcação devidamente
aparelhada e tripulada, desde que possuam sobre ela poderes de administração.
85) O CRA (Certificado de Registro de Armador) poderá ser expedido pela Capitania do Portos
ou órgão subordinado, conforme o caso.
86) A armação, qualquer que seja a sua modalidade, deverá ser averbada à margem do registro
da embarcação e na respectiva Provisão.
87) A hipoteca ou outro gravame, na embarcação, somente será considerado extinto, cancelando-
se o registro respectivo pela extinção da obrigação principal
90) O registro de armador será cancelado, entre outros casos, quando, canceladas todas as
autorizações que lhe tenham sido outorgadas, o armador não venha a obter dentro do prazo de 2
(dois) anos, a nova autorização para operar na navegação.
94) As disposições da legislação sobre registros públicos não se aplicam aos direitos reais e de
outros ônus sobre embarcações, e às averbações decorrentes.
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95) Os atos relativos às promessas, cessões, compra e venda e outra qualquer modalidade de
transferência de propriedade de embarcação sujeitas a registro serão feitas por escritura pública,
lavrada por qualquer tabelião de notas, sendo dispensado consentimento do cônjuge, ainda que o
mesmo seja casado.
1-C 2-C 3-E 4-E 5-E 6-C 7-E 8-C 9-C 10-C 11-E 12-E
13-C 14-C 15-E 16-E 17- E 18-E 19-C 20-C 21-C 22-E 23-E 24-C
25-E 26-C 27-E 28-C 29-C 30-E 31-C 32-E 33-C 34-C 35-c 36-E
37-C 38-C 39-E 40-C 41-E 42-C 43-E 44-E 45-C 46-C 47-E 48-C
49-C 50-E 51-C 52-C 53-E 54-E 55-C 56-C 57-E 58-C 59-E 60-E
61-C 62-C 63-E 64-C 65-E 66-E 67-C 68-C 69-C 70-E 71-C 72-E
73-E 74-E 75-C 76-C 77-C 78-E 79-C 80-E 81-C 82-C 83-C 84-C
85-E 86-C 87-E 88-E 89-C 90-C 91-C 92-E 93-C 94-E 95-E
96) A exploração indireta do porto organizado e das instalações portuárias nele localizadas
ocorrerá apenas mediante concessão de bem público.
97) A exploração indireta do porto organizado e das instalações portuárias nele localizadas
ocorrerá mediante concessão e arrendamento de bem público.
98) A exploração indireta das instalações portuárias localizadas fora da área do porto organizado
ocorrerá mediante autorização.
99) A exploração indireta das instalações portuárias localizadas fora da área do porto organizado
ocorrerá mediante concessão e arrendamento.
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103) Porto organizado é bem público construído e aparelhado para atender a necessidades de
navegação, de movimentação de passageiros ou de movimentação e armazenagem de
mercadorias, e cujo tráfego e operações portuárias estejam sob jurisdição de autoridade
portuária.
105) A área do porto organizado é área delimitada por ato do Poder Executivo que compreende
as instalações portuárias e a infraestrutura de proteção e de acesso ao porto organizado.
106) A instalação portuária é a instalação localizada apenas dentro da área do porto organizado e
utilizada em movimentação de passageiros, em movimentação ou armazenagem de mercadorias,
destinadas ou provenientes de transporte aquaviário.
107) A instalação portuária é a instalação localizada dentro ou fora da área do porto organizado e
utilizada em movimentação de passageiros, em movimentação ou armazenagem de mercadorias,
destinadas ou provenientes de transporte aquaviário.
108) A instalação portuária é a instalação localizada somente fora da área do porto organizado e
utilizada em movimentação de passageiros, em movimentação ou armazenagem de mercadorias,
destinadas ou provenientes de transporte aquaviário.
109) Terminal de uso privado: instalação portuária explorada mediante autorização e localizada
fora da área do porto organizado.
110) Terminal de uso privado: instalação portuária explorada mediante autorização e localizada
dentro ou fora da área do porto organizado.
115) Instalação portuária pública de pequeno porte: instalação portuária explorada mediante
autorização, localizada dentro do porto organizado e utilizada em movimentação de passageiros
ou mercadorias em embarcações de navegação interior.
116) Instalação portuária pública de pequeno porte: instalação portuária explorada mediante
autorização, localizada fora do porto organizado e utilizada em movimentação de passageiros ou
mercadorias em embarcações de navegação interior.
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117) Instalação portuária pública de pequeno porte: instalação portuária explorada mediante
autorização, localizada fora do porto organizado e utilizada em movimentação de passageiros ou
mercadorias em embarcações de navegação de cabotagem.
118) Instalação portuária pública de pequeno porte: instalação portuária explorada mediante
autorização, localizada fora do porto organizado e utilizada em movimentação de passageiros ou
mercadorias em embarcações de navegação interior e de cabotagem.
120) Concessão: cessão onerosa do porto organizado, com vistas à administração e à exploração
de sua infraestrutura por prazo indeterminado.
123) A delegação para administração e a exploração do porto organizado poderá ser efetuada
mediante arrendamento.
124) Arrendamento: cessão onerosa de área e infraestrutura públicas localizadas dentro do porto
organizado, para exploração por prazo indeterminado.
125) Arrendamento: cessão onerosa de área e infraestrutura públicas localizadas dentro do porto
organizado, para exploração por prazo determinado.
126) Arrendamento: cessão onerosa de área e infraestrutura públicas localizadas dentro ou fora
do porto organizado, para exploração por prazo determinado.
127) Autorização: outorga de direito à exploração de instalação portuária localizada fora da área
do porto organizado e formalizada mediante contrato de adesão.
128) Autorização: outorga de direito à exploração de instalação portuária localizada dentro ou fora
da área do porto organizado e formalizada mediante contrato de adesão.
129) Operador portuário: pessoa física ou jurídica pré-qualificada para exercer as atividades de
movimentação de passageiros ou movimentação e armazenagem de mercadorias, destinadas ou
provenientes de transporte aquaviário, dentro da área do porto organizado.
131) Apenas pessoa jurídica pode ser qualificada como operador portuário.
132) São diretrizes para a exploração dos portos organizados e instalações portuárias: expansão,
modernização e otimização da infraestrutura e da superestrutura que integram os portos
organizados e instalações portuárias; garantia da modicidade e da publicidade das tarifas e
preços praticados no setor, da qualidade da atividade prestada e da efetividade dos direitos dos
usuários; estímulo à modernização e ao aprimoramento da gestão dos portos organizados e
instalações portuárias, à valorização e à qualificação da mão de obra portuária e à eficiência das
atividades prestadas; promoção da segurança da navegação na entrada e na saída das
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135) A Antaq poderá disciplinar a utilização em caráter excepcional, por qualquer interessado, de
instalações portuárias arrendadas ou exploradas pela concessionária, assegurada a remuneração
adequada ao titular do contrato.
139) As instalações portuárias localizadas fora da área do porto organizado que serão exploradas
mediante autorização compreendem a seguintes modalidades: terminal de uso privado (TUP);
estação de transbordo de carga (ETC); instalação portuária pública de pequeno porte (IP4);
instalação portuária de turismo (IPT), sendo que essa última, a IPT, deverá ser arrendada quando
localizada dentro da área do porto organizado.
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147) Encerrado o processo de chamada ou anúncio público, o poder concedente deverá analisar
a viabilidade locacional das propostas e sua adequação às diretrizes do planejamento e das
políticas do setor portuário.
149) Poderão ser expedidas diretamente as autorizações de instalação portuária para mais de
uma proposta, ainda que haja impedimento locacional à implantação de todas elas de maneira
concomitante.
150) Poderão ser expedidas diretamente as autorizações de instalação portuária quando havendo
mais de uma proposta, não haja impedimento locacional à implantação de todas elas de maneira
concomitante.
151) Havendo mais de uma proposta e impedimento locacional que inviabilize sua implantação de
maneira concomitante, a SEP deverá promover processo seletivo público, observados os
princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
152) Havendo mais de uma proposta e impedimento locacional que inviabilize sua implantação de
maneira concomitante, a Antaq deverá promover processo seletivo público, observados os
princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
153) Em qualquer caso, somente poderão ser autorizadas as instalações portuárias compatíveis
com as diretrizes do planejamento e das políticas do setor portuário.
155) A Antaq poderá disciplinar as condições de acesso, por qualquer interessado, em caráter
excepcional, às instalações portuárias autorizadas, assegurada remuneração adequada ao titular
da autorização.
156) A Antaq não poderá disciplinar as condições de acesso nas instalações portuárias
autorizadas, devendo a Receita Federal atuar para viabilizar o acesso nas aludidas instalações.
161) Ato do Presidente da República disporá sobre a definição da área dos portos organizados, a
partir de proposta da Secretaria de Portos da Presidência da República.
162) Ato do Presidente da República disporá sobre a definição da área dos portos organizados, a
partir de proposta da Antaq.
163) Na delimitação da área do porto organizado não será considerado a adequação dos acessos
marítimos e terrestres, os ganhos de eficiência e competitividade decorrente da escala das
operações e as instalações portuárias já existentes.
164) A delimitação da área do porto organizado deverá considerar a adequação dos acessos
marítimos e terrestres, os ganhos de eficiência e competitividade decorrente da escala das
operações e as instalações portuárias já existentes.
168) Sempre que a licitação, a chamada pública ou o processo seletivo envolver instalações
portuárias voltadas à movimentação de petróleo, gás natural, seus derivados e biocombustíveis, o
poder concedente deverá ouvir a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP).
169) A administração do porto é exercida diretamente pela União, pela delegatária ou pela
entidade concessionária do porto organizado.
170) Quando a administração do porto estiver sendo exercida por Companhia Docas Federal,
entidade integrante da administração pública indireta da União, estará desta forma caracterizada
a administração do porto diretamente exercida pela União.
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176) Dentro dos limites da área do porto organizado, compete à administração do porto, sob
coordenação da autoridade aduaneira, organizar e sinalizar os fluxos de mercadorias, veículos,
unidades de cargas e de pessoas.
178) É vedado à administração do porto explorar áreas não afetas às operações portuárias.
186) A entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas poderá ser
efetuada em portos ou instalações portuárias não alfandegados.
189) O operador portuário responderá, entre outros, perante o trabalhador portuário pela
remuneração dos serviços prestados e respectivos encargos.
190) O operador portuário responderá, entre outros, perante o órgão local de gestão de mão de
obra do trabalho avulso pelas contribuições não recolhidas.
191) As atividades do operador portuário estão sujeitas às normas estabelecidas pela Antaq.
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192) As atividades do operador portuário não estão sujeitas às normas estabelecidas pela Antaq,
estando submetidas à autoridade portuária e a SEP.
199) As cooperativas formadas por trabalhadores portuários avulsos, registrados de acordo com a
nova lei dos portos, poderão estabelecer-se como operadores portuários.
200) As cooperativas formadas por trabalhadores portuários avulsos, cadastrados de acordo com
a nova lei dos portos, poderão estabelecer-se como operadores portuários.
201) A operação portuária em instalações localizadas fora da área do porto organizado será
disciplinada pelo titular da respectiva autorização, observadas as normas estabelecidas pelas
autoridades marítima, aduaneira, sanitária, de saúde e de polícia marítima.
202) Os operadores portuários devem constituir em cada porto organizado um órgão de gestão
de mão de obra do trabalho portuário.
204) Os operadores portuários devem constituir em cada porto organizado um órgão de gestão
de mão de obra do trabalho portuário, destinado a, entre outras atribuições, arrecadar e repassar
aos beneficiários os valores devidos pelos operadores portuários relativos à remuneração do
trabalhador portuário avulso e aos correspondentes encargos fiscais, sociais e previdenciários.
205) Caso celebrado contrato, acordo ou convenção coletiva de trabalho entre trabalhadores e
tomadores de serviços, o disposto no instrumento precederá o órgão gestor e dispensará sua
intervenção nas relações entre capital e trabalho no porto.
206) Ainda que celebrado contrato, acordo ou convenção coletiva de trabalho entre trabalhadores
e tomadores de serviços, o disposto no instrumento não precederá o órgão gestor de mão de
obra nas relações entre capital e trabalho no porto.
207) O órgão de gestão de mão de obra (OGMO) não responde por prejuízos causados pelos
trabalhadores portuários avulsos aos tomadores dos seus serviços ou a terceiros.
208) O órgão de gestão de mão de obra (OGMO) responde por prejuízos causados pelos
trabalhadores portuários avulsos aos tomadores dos seus serviços ou a terceiros.
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209) O órgão de gestão de mão de obra (OGMO) responde, solidariamente com os operadores
portuários, pela remuneração devida ao trabalhador portuário avulso e pelas indenizações
decorrentes de acidente de trabalho.
210) O órgão de gestão de mão de obra (OGMO) não responde, solidariamente com os
operadores portuários, pela remuneração devida ao trabalhador portuário avulso e pelas
indenizações decorrentes de acidente de trabalho.
211) O órgão de gestão de mão de obra (OGMO) pode exigir dos operadores portuários garantia
prévia dos respectivos pagamentos, para atender a requisição de trabalhadores portuários
avulsos.
212) É vedado ao órgão de gestão de mão de obra (OGMO) exigir dos operadores portuários
garantia prévia dos respectivos pagamentos, para atender a requisição de trabalhadores
portuários avulsos.
213) O exercício das atribuições específicas do órgão de gestão de mão de obra do trabalho
portuário avulso implica vínculo empregatício com trabalhador portuário avulso.
214) O órgão de gestão de mão de obra pode ceder trabalhador portuário avulso, em caráter
permanente, ao operador portuário.
215) O órgão de gestão de mão de obra terá obrigatoriamente 1 (um) conselho de supervisão e 1
(uma) diretoria executiva.
216) O trabalho portuário de capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de carga, bloco e
vigilância de embarcações, nos portos organizados, será realizado por trabalhadores portuários
com vínculo empregatício por prazo indeterminado e por trabalhadores portuários avulsos.
217) O trabalho portuário de capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de carga, bloco e
vigilância de embarcações, nos portos organizados, será realizado por trabalhadores portuários
com vínculo empregatício por prazo determinado e por trabalhadores portuários avulsos.
218) Tecnicamente peação é a fixação das cargas nos porões ou conveses da embarcação,
visando evitar sua avaria pelo balanço do mar. Sendo que a despeação é o desfazimento da
peação.
222) O ingresso no registro do trabalhador portuário avulso depende de prévia seleção e inscrição
no cadastro do trabalhador portuário, obedecidas a disponibilidade de vagas e a ordem
cronológica de inscrição no aludido cadastro.
226) As obras ou serviços de dragagem por resultado poderão contemplar mais de um porto, num
mesmo contrato, quando essa medida for mais vantajosa para a administração pública.
227) As obras ou serviços de dragagem por resultado não poderão contemplar mais de um porto,
num mesmo contrato.
230) A duração dos contratos de dragagem por resultado será de até 10 (dez) anos,
improrrogável.
231) A duração dos contratos de dragagem por resultado será de até 10 (dez) anos, prorrogável
uma vez por igual período.
238) As competências relativas a instalações portuárias públicas de pequeno porte, por ocasião
do advento da nova lei dos portos (Lei 12.815/2013) não foram transferidas a Secretaria de
Portos da Presidência da República.
239) Foram transferidas, com o advento da nova lei dos portos (Lei 12.815/2013,) à Secretaria de
Portos da Presidência da República as competências atribuídas ao Ministério dos Transportes e
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240) Os serviços públicos necessários à importação e exportação deverão ser centralizados pela
administração pública em todos os portos organizados.
241) A Antaq articular-se-á com órgãos e entidades da administração, para resolução das
interfaces do transporte aquaviário com as outras modalidades de transporte, com a finalidade de
promover a movimentação intermodal mais econômica e segura de pessoas e bens.
96-E 97-C 98-C 99-E 100-E 101-C 102-E 103-C 104-E 105-C 106-E 107-C
108-E 109-C 110-E 111-C 112-E 113-E 114-E 115-E 116-C 117-E 118-E 119-C
120-E 121-C 122-E 123-E 124-E 125-C 126-E 127-C 128-E 129-E 130-C 131-C
132-C 133-C 134-E 135-C 136-E 137-C 138-E 139-C 140-C 141-E 142-C 143-E
144-C 145-C 146-C 147-C 148-C 149-E 150-C 151-E 152-C 153-C 154-E 155-C
156-E 157-C 158-C 159-C 160-C 161-C 162-E 163-E 164-C 165-C 166-E 167-C
168-C 169-C 170-C 171-C 172-E 173-C 174-C 175-E 176-C 177-C 178-E 179-E
180-C 181-C 182-C 183-E 184-E 185-C 186-E 187-C 188-E 189-C 190-C 191-C
192-E 193-E 194-C 195-C 196-E 197-C 198-E 199-C 200-E 201-C 202-C 203-E
204-C 205-C 206-E 207-C 208-E 209-C 210-E 211-C 212-E 213-E 214-C 215-C
216-C 217-E 218-C 219-C 220-E 221-E 222-C 223-C 224-E 225-C 226-C 227-E
228-C 229-E 230-C 231-E 232-C 233-E 234-C 235-E 236-C 237-C 238-C 239-C
240-C 241-C
De modo geral, a infraestrutura portuária compreende, entre outros aspectos, o conjunto de cais,
pátios, dolfins, bacias de evolução e canal de acesso. Acerca desse assunto, julgue os itens que
se seguem.
245) Os pátios de estocagem de qualquer carga devem sempre ficar junto ao berço em que as
mesmas serão movimentadas.
246) A bacia de evolução é o local em que o navio recebe a bordo o prático para orientar as
manobras de atracação.
247) O tráfego dos navios ao longo de todo o canal de acesso ao porto é sempre efetuado com o
auxílio de rebocadores.
248) Para um novo empreendimento portuário, as licenças ambientais normalmente exigidas são
a licença prévia, a licença de instalação e a licença de operação.
Considerando a Lei nº 12.815/2013, conhecida como a Nova Lei dos Portos que dispõe sobre o
regime jurídico de exploração dos portos organizados e das instalações portuárias, julgue os itens
a seguir.
252) Em portos organizados, o trabalho portuário de conserto de cargas, devido ao seu caráter
episódico, será realizado unicamente por trabalhadores portuários avulsos, sem vínculo
empregatício.
253) O Conselho de Autoridade Portuária é o órgão responsável pela administração de cada porto
organizado.
254) O serviço de movimentação de carga a bordo da embarcação deve ser executado de acordo
com a instrução de seu comandante ou de seus prepostos, que são os responsáveis pela
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segurança da embarcação no que se refere a arrumação ou retirada da carga, seja no porto, seja
em viagem.
Para efeito de se obter uma maior economia na movimentação global, as mercadorias costumam
ser divididas em carga geral, contêineres, granéis sólidos e granéis líquidos. Considerando esses
tipos de mercadoria, julgue os itens que se seguem.
255) Mercadorias que exigem armazenagem em câmaras frigoríficas não podem ser embarcadas
em contêineres.
256) Grãos como soja, trigo, milho, arroz e feijão são transportados exclusivamente sob a forma
de granel sólido.
257) Carga geral é constituída dos mais diversos tipos de mercadorias, acondicionadas em
embalagens apropriadas e embarcadas em partidas de tonelagens diversas.
258) Commodities são produtos padronizados e não diferenciados, sobre os quais o produtor não
tem poder de fixação de preços, que são regulados pelo mercado.
259) Em instalações portuárias, granéis sólidos devem ser armazenados em silos verticais ou
horizontais.
260) As instalações de acostagem são sempre constituídas por cais contínuos, com extensão
suficiente para permitir a atracação de todo o comprimento do navio.
261) Os guindastes portuários localizados ao longo da faixa do cais devem estar devidamente
equipados para realizar processos de carga e descarga de qualquer mercadoria transportada
comercialmente pelos navios.
262) A proteção e acesso ao porto compreende o canal de acesso e a bacia de evolução, que
proporcionam águas abrigadas, tranquilas, profundas e sinalizadas para que as embarcações
realizem suas operações com segurança.
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265) Uma maneira de se verificar a viabilidade financeira do projeto por parte do arrendatário,
sem considerar a tributação, é fazer o cálculo do valor presente líquido (VPL) da diferença entre o
fluxo da receita líquida anual e os investimentos realizados ao longo do período de arrendamento
do terminal.
267) Um dos fatores que estimula o crescimento do porte dos navios porta-contêineres está
relacionado à operação de navios maiores em poucos portos concentradores associados a
sistemas alimentadores de cargas (feeder services).
268) O transporte marítimo de minério de ferro está limitado ao uso de navios com capacidade de
até 150.000 tpb (toneladas de porte bruto), devido a problemas de restrição de estocagem e de
capacidade de operação portuária.
269) De acordo com a legislação brasileira, têm direito de arvorar a bandeira brasileira as
embarcações inscritas no registro de propriedade marítima, de propriedade de pessoa física
residente e domiciliada no país ou de empresa brasileira, e aquelas sob contrato de afretamento a
casco nu, por empresa brasileira de navegação, condicionadas à suspensão provisória de
bandeira no país de origem.
270) A aquisição de uma embarcação pode ser feita por meio de construção ou de outro meio
legalmente permitido, mas a transmissão de sua propriedade se consolida unicamente com o
registro no tribunal marítimo.
272) O Brasil e a Argentina mantêm um acordo bilateral que estabelece que o transporte marítimo
de toda a carga geral e a granel entre os dois países deve ser realizada em navios de bandeira
brasileira ou argentina, salvo em casos de indisponibilidade de navios dessas nações para
realizar o transporte.
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O contrato de fretamento de qualquer embarcação, quer seja na sua totalidade ou em parte, para
uma ou mais viagens, quer seja à carga, colheita ou prancha, o que tem lugar quando o capitão
recebe carga de quantos se apresentam, deve provar-se por escrito. No primeiro caso, o
instrumento, que se chama carta partida ou carta de fretamento, deve ser assinada pelo fretador
e afretador, e por quaisquer outras pessoas que intervenham no contrato, do qual se dará a cada
uma das partes um exemplar.
Tendo por referência o texto acima, que é um extrato do art. 566 do Código Comercial Brasileiro,
julgue os próximos itens, referentes a contratos de afretamento.
273) No afretamento por viagem, o proprietário da carga afreta o navio do armador para realizar
uma ou mais viagens, mediante o pagamento do frete, além das despesas com combustível do
navio, embarque, desembarque, estivagem e rechego da carga.
274) O afretamento por período (time charter) corresponde a um contrato pelo qual o afretador
recebe a embarcação armada e tripulada, ou parte dela, para operá-la por tempo determinado.
Nesse tipo de contrato, o armador mantém a gestão náutica e o afretador fica responsável pela
gestão comercial.
Acerca das embarcações utilizadas no transporte marítimo, julgue os itens que se sucedem.
275) O transporte marítimo de LNG (liquid natural gas) é realizado, principalmente, à temperatura
ambiente em navios com tanques pressurizados.
276) Hoje em dia, uma das embarcações empregadas no apoio logístico a embarcações e
instalações fixas ou flutuantes que atuem nas atividades de pesquisa e lavra de minerais e
hidrocarbonetos são os platform supply vessels (PSV), embarcações especializadas no transporte
de granéis e outras cargas para as unidades offshore.
277) O tamanho dos navios porta-contêineres tem aumentado significativamente nos últimos
anos. Os maiores navios em operação, hoje em dia, apresentam capacidade em torno de 15.000
TEU a 18.000 TEU.
278) A grande maioria dos navios petroleiros empregados no transporte de óleo bruto e seus
derivados caracteriza-se por apresentar formas cheias com coeficiente de bloco entre 0,65 e 0,75
e velocidades baixas, situadas entre 16 nós e 20 nós.
280) Um dos principais fluxos de transporte de granéis sólidos no Brasil envolve o embarque de
minério de alumínio em navios graneleiros no Pará entre os Portos de Trombetas e Vila do
Conde.
242-C 243-E 244-C 245-E 246-E 247-E 248-C 249-E 250-C 251-E 252-E 253-E
254-C 255-E 256-E 257-C 258-C 259-E 260-E 261-E 262-C 263-C 264-E 265-C
266-C 267-C 268-E 269-C 270-E 271-E 272-E 273-E 274-C 275-E 276-C 277-C
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Aquaviários e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes, e dá outras
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junho de 2001, 10.683, de 28 de maio de 2003, 9.719, de 27 de novembro de 1998, e 8.213,
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5 de setembro de 2007; e dá outras providências. Disponível em:
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