Mini Monografia de Logistica - Exemplo
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Logística do Petróleo
Por:
PETROLÍFEROS
i
2.4.2. Distribuição e transporte para os consumidores finais ......................... 16
ANEXOS 29
ii
Lista de figuras:
Figura 1- Cadeia de valor do gás natural liquefeito. .................................................... 7
Figura 2- Evolução dos navios criogênicos ................................................................. 8
Figura 3- Classificação dos sistemas de contenção ..................................................... 9
Figura 4- Tanque autònomo esférico ......................................................................... 10
Figura 5- Tanque autônomo prismático tipo B .......................................................... 11
Figura 6- Tanque de membrana ................................................................................. 11
Figura 7- Interior de um tanque de membrana ........................................................... 12
Figura 8- Categorias de sistemas de propulsão de navios criogênicos de GNL. ....... 14
Figura 9- Configuração da cadeia de suplemento do GNL ........................................ 15
Figura 10 - Esquema do processo típico do terminal de GNL ................................... 16
Figura 11- Camião tanque de GNL ............................................................................ 17
Figura 12- Conteiner intermodal de GNL .................................................................. 17
Figura 13- Projectos de GNL no Rovuma.................................................................. 19
Figura 14- Destino do GNL do projecto Mozambique LNG. .................................... 20
Figura 15- Maiores proprietários de navios criogênicos até 2017. ............................ 21
Figura 16- Exemplo de sloshing na carga. ................................................................. 23
Lista de tabelas:
Lista de abreviaturas:
iii
FID – Final investment decision
Lista de unidades:
K – Kelvin
km - Quilómetro
m3 – Metro cúbico
mm - milímetros
ºC – Graus centígrados
iv
Estudo dos Desafios Tecnológicos no Transporte e Distribuição do GNL do Rovuma
na Região e no Mercado Internacional
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
Dos diversos combustíveis fósseis, a procura por gás natural tem sido a que
demonstrou um crescimento mais rápido nos últimos anos e espera-se que esta
tendência continue, apesar de não remover o petróleo e o carvão das suas posições
cimeiras. O crescimento da procura de gás é parcialmente guiado pelo florescimento
recente do Xisto Betuminoso da América do Norte, o crescimento económico da Ásia
e preocupações ambientais ao nível local e global (Standard Bank, 2014).
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Devido a incapacidade local para consumo de grandes quantidades de gás natural como
as encontradas na bacia do Rovuma, seja para a componente doméstica, energética ou
industrial, uma das opções para monetização de tais reservas é a exportação do gás
natural para países com matrizes capazes de absorver tais quantidades. Para tal, será
instalada uma unidade de liquefação de grande escala para transformação física do gás
natural, que aplicará um processo de refrigeração, fazendo com que a temperatura
baixe a ponto de o liquefazer (-162ºC), chegando a razão 1/600.
Os navios criogênicos que transportam o GNL são, sem dúvidas, os navios mais caros
e sofisticados que navegam pelo globo, eles precisam de ser operados por tripulantes
profissionais e experientes, e demandam atenção especial quando carregam,
transportam e descarregam o GNL (Zanne & Mirjana, 2009).
Visto que o GNL será transportado por longas distâncias e grandes volumes através de
estruturas marítimas até o seu destino final, torna-se necessário conhecer os desafios
tecnológicos que serão enfrentados nos processos de transporte e distribuição do GNL
do Rovuma na região e no mercado internacional.
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na Região e no Mercado Internacional
1.3. Objectivos
1.3.1. Objectivo geral
Estudar os desafios tecnológicos que serão enfrentados nos processos de
transporte e distribuição do GNL do Rovuma na região e no mercado
internacional.
1.4. Justificativa
As descobertas da Anadarko e da ENI na Bacia do Rovuma colocaram Moçambique
no topo dos países com grandes reservas de gás natural no mundo. Maior parte do gás
natural a ser produzido será comercializado na região e no mercado internacional, em
forma de GNL. Contudo, a relevância da pesquisa consiste em compreender os
desafios tecnológicos que serão enfrentados durante o transporte e distribuição do
GNL do Rovuma na região e no mercado interncional, e analisar as possíveis soluções
para minimizar os seus impactos, de forma a garantir a efectividade e segurança das
operações.
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CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Estima-se que o total de recursos descobertos em Moçambique está em torno dos 128
triliões de pés cúbicos, dos quais 124 triliões de pés cúbicos estão localizados na zona
norte do Rovuma. Usando modelos internacionais, estima-se que Moçambique tenha
um adicional de 148 triliões de pés cúbicos ainda não descobertos, conforme ilustra a
tabela 1.
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Em 2010 e 2012 a Anadarko Petroleum e a ENI, anunciaram descobertas de 33 e 38
Tcf de gás natural recuperável ao largo da costa da Bacia do Rovuma, na província de
Cabo Delgado. As prospecções recentes sugerem que a Bacia poderá conter mais de
200 Tcf de gás natural recuperável.
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2.2. O Gás Natural Liquefeito
Quando o gás natural é refrigerado a temperaturas de aproximadamente - 162ºC ou -
259ºF a pressão atmosférica, o líquido condensado é GNL. A redução do volume é de
cerca de 1/600 do volume do gás natural no estado gasoso. A forma mais condensada
do GNL perrmite o transporte através de navios tanques e camiões (Mokhatab, Poe, &
Mak, 2015).
O ponto crítico do metano é 190,4K, o que significa que o metano não pode ser
liquefeito apenas pela pressão à temperatura ambiente. Portanto, ele deve ser
refrigerado para liquefazer. À temperatura atmosférica, ele deve ser resfriado ao ponto
de ebulição mostrado na Tabela A (em anexo). Este é diferente do gás liquefeito de
petróleo (GLP, propano e butano) que é liquefeito a temperatura ambiente a grandes
pressões (Woodward & Pitblado, 2010).
% Mole, origem
Componente
Trinidad Algeria Nigeria Oman
Metano 96.9 87.93 91.692 87.876
C5+ — 0.61 — —
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2.2.2. Cadeia de valor do gás natural liquefeito
Segundo (Confederação Nacional da Indústria, 2016), a cadeia de valor do GNL
compreende players operacionais e financeiros e é caracterizada por estes segmentos:
Exploração e desenvolvimento
Upstream Produção e processamento de gás natural
Liquefação
Transporte por navio metaneiro
Midstream
Terminais de regaseficação
Distribuição
Downstream
Vendas aos consumidores finais
Tabela 3- Segmentos da cadeia de valor do GNL.
Fonte: Adaptado de (Confederação Nacional da Indústria, 2016).
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2.3. Transporte do Gás Natural Liquefeito
O GNL é transportado por navios especializados, transportadores de GNL, com
tanques isolados de casco duplo, projetados para conter a carga ligeiramente acima da
pressão atmosférica a uma temperatura criogênica de aproximadamente –259ºF (-
169ºC). Normalmente, os tanques de armazenamento operam a 0,3 bar com uma
pressão de projeto de 0,7 bar (Mokhatab, Poe, & Mak, 2015).
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Este fenômeno é chamado envelhecimento ou intemperismo e sua conseqüência é que
a composição de GNL se torna mais pesada, e o valor de aquecimento e o Índice
Wobbe de GNL aumentam ao longo do tempo (Mokhatab, Poe, & Mak, 2015).
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2.3.1.1. Tanques autônomos
Segundo (Mokhatab, Poe, & Mak, 2015), os tanques autônomos ou independentes são
auto-contidos, geralmente esféricos (desenvolvido pela Moss Maritime da Noruega)
ou de forma prismática (projetado pela Conch International Methane Ltd), e feitos de
liga de alumínio ou 9% de aço níquel com camadas de isolamento no exterior (Figuras
4 e 5).
Tanques de membrana são tanques de carga não auto-sustentados cercados por uma
estrutura completa de navio de casco duplo. Os tanques de contenção de membrana
consistem em uma camada fina de metal (barreira primária), isolamento, barreira de
membrana secundária e isolamento adicional em uma construção em sanduíche (figura
5). A membrana é projetada de tal forma que a expansão térmica ou outra contração é
compensada sem estresse indevido da membrana (Mokhatab, Poe, & Mak, 2015).
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de sloshing, que é uma consideração importante de projeto para armazenamento
offshore (Mokhatab, Poe, & Mak, 2015).
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tornado os sistemas de propulsão alternativos mais atraentes, Lee et al. (2008), como
citado em (Mokhatab, Poe, & Mak, 2015).
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para viagens longas, evitando perdas do BOG. No entanto, quando os preços dos
combustíveis líquidos são superiores aos preços do GNL, o custo sistema de propulsão
será maior, pois eles são incapazes de usar o BOG. Uma opção para superar esta
desvantagem é usar motores de dois tempos de injeção de gás de alta pressão SSD.
Contudo, tais sistemas de propulsão ainda não foram aplicados a navios de GNL.
Existem outros sistemas de propulsão potenciais que ainda precisam ser comprovados
em navios de GNL (Mokhatab, Poe, & Mak, 2015).
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2.4.1. Regaseficação e armazenamento
Na fase de regaseificação, o GNL é devolvido à sua forma gasosa original aumentando
a sua temperatura. A regaseificação geralmente ocorre em terra num terminal de
importação que inclui instalações de ancoragem para o navio criogênico de GNL, um
ou mais tanques de armazenamento criogênicos para manter o GNL até a capacidade
de regaseificação estar disponível, e uma planta de regaseificação (Department of
Energy, 2017).
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de transporte, distribuição e vendas. Compradores e vendedores devem levar em conta
a mudança (e potencial de mudança) local e condições do mercado internacional. O
marketing e o comércio de GNL exigem cuidados nos projecto para que as receitas
sejam geradas para satisfazer todas as partes interessadas e para expansão, se fizer
parte do plano do projeto (Department of Energy, 2017).
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CAPITULO III: METODOLOGIA
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CAPÍTULO IV: DESAFIOS TECNOLÓGICOS NO
TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO DO GNL DO ROVUMA NA
REGIÃO E NO MERCADO INTERNACIONAL
O projecto de GNL flutuante Coral Sul (FLNG) na Área 4 foi o primeiro projecto da
bacia do Rovuma a ter a decisão final de investimento (FID) aprovada e o
desenvolvimento do campo iniciou em 2017. Este projecto é operado pela Eni com o
inicio de produção esperado para 2022.
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4.2. Destino do GNL de Moçambique
Espera-se que as vendas do GNL de Moçambique tenham como alvo os países da
região da Ásia-Pacífico, especialmente o norte da Ásia, incluindo a China, o Japão e a
Coreia do Sul, bem como vários territórios europeus.
O projeto Coral Sul FLNG alcançou um SPA em 2016 para a venda de 100% da
produção de GNL para a BP por 20 anos, que está previsto para distribuição global.
Para a Rovuma LNG (Área 4), a maior parte do GNL é destinada para entidades
compradoras associadas aos participantes do co-empreendimento (incluindo a
ExxonMobil, Eni, CNPC, ENH, Kogas e Galp).
Para o projecto de Moçambique LNG (Área 1), a operadora Anadarko assinou SPAs
de longo prazo com compradores globais como PTT, CNOOC, Tokyo Gas & Centrica,
Shell, Pertamina e Bharat Petroleum, num total de 11.8 mmTPA, a maioria dos quais
serão exportados para países asiáticos, como China, Singapura, Japão, Indonésia e
Índia, para consumo doméstico (Scala, 2019).
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Alguns países africanos como a África do Sul, Quénia e Seicheles já mostraram
interesse no GNL de Moçambique para abastecimento dos seus projectos de geração
de energia eléctrica, o que caracteriza o possível mercado para o GNL de Moçambique
na região.
A Anadarko procura 16 navios criogênicos para contratos de longo termo que serão
necessários para o transporte do GNL do projecto Moçambicano (Zawadzki, 2019).
Fonte: https://www.lngworldshipping.com/news/view,lng-shipping-rich-list-the-top-
owners-of-2017_47026.htm
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4.2.1. Capacidade dos navios criogênicos
A produção esperada em meados da década de 2020 proveniente dos projectos Coral
Sul FLNG, Rovuma LNG e Moçambique LNG é de cerca de 30 mmTPA que serão
exportados a países que estão a mais de 3.000 km de Mozambique.
O uso de navios criogênicos de menor escala constitui uma opção para o transporte de
GNL na região. Segundo (Mokhatab, Poe, & Mak, 2015), dois navios de pequena
escala de GNL com capacidade de 2.500 m3 estão em serviço desde 2004 para o
transporte costeiro de GNL no Japão.
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Os aços ficam mais fortes à medida que são resfriados e o material do tanque é
selecionado para evitar problemas de fragilização associados ao conteúdo normal ou
de aços com baixo teor de níquel.
Os sistemas de contenção utilizados estão em uso há muitos anos e o design está bem
estabelecido. Porém, o foco continua sendo a redução da geração de BOG.
Ademais, o equipamento de processo está sujeito a accção de água salgada, o que causa
rachas de corrosão por tensão. O equipamento deve ser protegido por revestimentos
ou pelo uso de materiais resistentes à corrosão Bukowski et al., (2011) como citado
em (Mokhatab, Poe, & Mak, 2015).
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operação e distância, uso de BOG ou FBOG e óleo combustível como complemento,
ou apenas óleo combustível e a liquefacção do BOG, etc.), as tendências dos preços
do diesel e do LNG, e da disponibilidade de navio do grau correto na rota de operação,
o custo inicial e custo de manutenção, o cumprimento do regulamento de emissões, a
disponibilidade da tripulação e assim por diante (Huan, Wei, & Guoqiang, 2019).
Segundo (Mokhatab, Poe, & Mak, 2015), os navios criogênicos devem respeitas os
seguintes requisitos:
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CAPÍTULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1. Conclusões
O presente estudo demonstrou os principais desafios nos processos de transporte e
distribuição do GNL do Rovuma. A bacia do Rovuma, localizada no norte de
Moçambique, conta com mais de 125 Tcf de gás natural distribuidos em duas áreas (4
e 5) que irão abastecer os projectos de GNL. Estes projectos, com capacidade de
produzir mais de 30 mmTPA de GNL, irão transformar o país num dos dez maiores
produtores mundiais de GNL em meados da década de 2020.
5.2. Recomendações
As empresas devem contratar empresas especializadas e experintes para
realizar o transporte do GNL, como é o caso dos estaleiros asiáticos;
Que se realizem estudos adicionais para escolha de melhores navios
criogênicos tendo em conta os desafios abordados;
Que se faça o uso de navios criogênicos de pequena escala para distribuição do
GNL na região pois proporcionará maior flexibilidade e eficiência;
Que se aposte em mais técnicas de distribuição de média e pequena escala,
assim como o uso dos conteineres intermodais em modais ferroviários.
Que se faça a utilização da energia fria do GNL para geração de electricidade.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Zanne, M., & Mirjana, G. (2009). Challenges of LNG (liquified natural gas) carriers
in 21st century. Promet - Traffic & Transportation, 21, 49-60.
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