Viktor Frankl e A Logoterapia Slides 2022

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PSI7025 – Psicologia Humanista-Existencial

Profas Cynara Abreu, Symone Melo e Ana Karina Azevedo


Docente Assistida: Amanda Melo
Slides originais por Symone Melo
Temo somente uma coisa: não ser
digno do meu tormento.
Dostoievsky
A liberdade espiritual do ser
humano, a qual não se pode tirar,
permite-lhe, até o último suspiro,
configurar a sua vida de modo que
tenha sentido [...]. Se é que a vida
tem sentido, também o sofrimento
necessariamente o terá.
Frankl
A tese que nos serviu de ponto de
partida: ser homem é ser livre e ser
responsável.
Frankl
https://www.youtube.com/watch?v=oyfnD-Lg_q8
▪ Viktor Emil Frankl (1905-1997) - Neurologista e
Psiquiatra;
▪ Fundador da “Psicoterapia do sentido da vida” ou
Logoterapia
▪ A Logoterapia é uma escola psicológica de caráter
multifacetado – de cunho fenomenológico,
existencial, humanista e teísta.
(Holanda, 2010; Kroeff, 2011)
▪ Nasceu em Viena, em março de 1905.
▪ Pais judeus. O pai era secretário no Ministério da Educação
Vienense e a mãe dona-de-casa;
▪ Interesse pelos trabalhos de Freud, a quem, aos 16 anos dirige uma
carta. Freud pede que ele continue escrevendo;
▪ Aos 19 anos, envia um artigo a Freud, que o publica na Revista
Internacional de Psicanálise, em 1924.
▪ Ingressa no campo da Psicanálise, mas começa a discordar do
determinismo da teoria freudiana e visão mecanicista do homem;
▪ Aproxima-se de Alfred Adler, ex-discípulo de Freud.
▪ Diverge das propostas de Adler, em especial, da ideia de
que o que move o homem é a vontade de poder;
▪ Expulso da sociedade adleriana;
▪ Formou-se em Medicina em 1930;
▪ Prestou serviços no Hospital Psiquiátrico de Viena, no
pavilhão de pessoas afetadas por ideações suicidas, onde
permaneceu por quatro anos;
▪ Responsável pela criação de centros de atendimento para
jovens que tentavam suicídio;
▪ Em dezembro de 1941, casa-se com Tilly Grosser;
▪ A intensa investida dos alemães levou Frankl a pensar em
migrar para os Estados Unidos, local no qual teria, além de boas
possibilidades de viver com sua esposa (que estava grávida),a
chance de se projetar com êxito no campo profissional;
▪ Apesar do desejo, dos benefícios da mudança e do apoio
incondicional dos seus pais, Frankl cedeu ao dilema da dúvida.
▪ Sentiu-se angustiado em ter que deixar os seus pais, já idosos,
diante do destino cruel reservado às guerras
▪ No final de 1942, a Gestapo prende a família de Frankl e cada um é
levado para um lugar diferente;
▪ Frankl ficou prisioneiro no campo de concentração de 1942 a1945.
Quando foi libertado, contava com 40 anos de idade e 25kg.
▪ Dedicou seus primeiros tempos de liberdade para saber sobre o
paradeiro dos seus familiares.
▪ Ao saber da morte de seu pai, irmão e, principalmente, da morte de
Tilly, Frankl ditou (durante nove dias) para o gravador a primeira
versão do livro “Um psicólogo no campo de concentração”
▪ Sua mulher Tilly faleceu no campo de concentração. Até o ano
de1984, Frankl não teve ciência das circunstâncias nas quais ela foi
morta. Foi quando veio ao Brasil, para o 1° Encontro Latino
Americano Humanístico-Existencial: Logoterapia, realizado em Porto
Alegre, que soube sobre a morte de Tilly;
▪ Entre as muitas pessoas que foram recepcioná-lo na chegada ao
Brasil, estava uma cunhada. Durante a guerra, a família Grosser
emigrou para Porto Alegre e o sogro de Frankl exerceu o cargo de
professor na PUC/RS, uma das entidades promotoras do referido
encontro.
▪ Para a surpresa de Frankl, foi no Brasil - momentos antes de seu
embarque de retorno - que soube das circunstâncias da morte de
sua mulher.
▪ Viktor Frankl viveu três anos no holocausto, onde viu o
manuscrito de seu primeiro livro sobre logoterapia ser
destruído;
▪ De cada 29 pessoas, apenas uma conseguiria sobreviver;
▪ Frankl afirmava ter duas fortes razões para continuar vivo:
escrever seus livros e o encontro com Tilly;
▪ Como lição, percebeu que o ser humano é capaz de
suportar os mais intensos sofrimentos, quando tem um
sentido para sua vida, uma tarefa cobrando realização, uma
missão intransferível.(Gomes, 1992; Bragio, 1982)
▪ O documento mais
significativo deste
momento de sua vida,
está no livro “Em
busca de sentido - um
psicólogo no campo
de concentração”,
escrito em dezembro
de 1945, poucos
meses depois de sua
libertação, sob a
intensa emoção
provocada com a
constatação da morte
do pai, da esposa e do
irmão.
▪ Foi titular das cadeiras de Neurologia e Psiquiatria da
Universidade de Viena e também professor de Logoterapia
da Universidade Internacional da Califórnia.
▪ Ocupou diversas cadeiras nas Universidade de Harvard,
Stanford, Universidades de Dallas (Texas) e de Pittsburgh.
▪ Sua teoria tem sido incorporada em muitos estudos e
vários centros de pesquisa por todo o mundo.
▪ Viktor Frankl faleceu em 1997.
▪ No Brasil, a Logoterapia teve como campo privilegiado o
estado do Rio Grande do Sul, principalmente na Pontifícia
Universidade Católica (PUC).
▪ Vale ressaltar que na América-Latina, em 1984,com a
presença de Viktor Frankl, foi fundada a Sociedade Latino
Americana de Logoterapia, integrada pelos seguintes
países: Argentina, México, Chile, Porto Rico, Uruguai e
Brasil, da qual o autor da Logoterapia foi presidente de
honra.
▪ Os vinte e seis livros de Frankl foram traduzidos em pelo
menos vinte línguas, incluindo o japonês, o coreano, o
chinês e algumas línguas africanas.
▪ Sobre a Logoterapia, já são incontáveis os pesquisadores,
os terapeutas, os livros e as teses.
▪ Influências – Freud e Adler, Buber, Max Scheler, Heidegger.
▪ O método utilizado pela logoterapia é o fenomenológico;
▪ A existência humana se revela numa cuidadosa análise
fenomenológica;
▪ Somente o conhecimento existencial pode ser absoluto.
Frankl critica, porém, a concepção existencialista de falta
de sentido para a vida;
▪ Considerou-se humanista, embora faça críticas ao sentido
de autorrealização (Para Frankl, o sentido está fora, no
outro ou na comunidade).
▪ Frankl assinalava a necessidade de agregar à visão
de homem uma dimensão além das dimensões
física e psíquica, lembrando que apesar de o
homem ser uma unidade físico-psíquica, “esta
unidade não constitui o homem total; precisamente
o espiritual é que institui, funda e garante a
totalidade do homem”
▪ O homem é biológico, sociológico, psicológico e
espiritual.
A teoria de Viktor Emil Frankl concebe uma visão de
homem distinta das demais concepções psicológicas de seu
tempo ao propor a compreensão da existência mediante
fenômenos especificamente humanos e a identificação de
sua dimensão espiritual, a qual pela sua dinâmica própria
pode despertar a vivência da religiosidade.
▪ Premissas do pensamento de Viktor Frankl:

▪ O homem é ser espiritual-pessoal;


▪ É capaz de se autodeterminar (de fazer escolhas, de encontrar seus
próprios sentidos);
▪ Orienta-se, primariamente, para os significados e valores;
▪ A auto transcendência (e não auto realização)pertence de maneira
essencial ao ser do homem – abertura para o mundo.(Peter, 1999)
▪ “O conceito de homem da logoterapia está baseado em
três pilares, a liberdade da vontade, a vontade de sentido, e
o sentido da vida” (Frankl, 1970, p. 16).

▪ O que de fato impulsiona o homem não é nem a vontade de


poder (como aponta Adler), nem a vontade de
prazer(como em Freud), mas sim o que Frankl chama de
vontade de sentido.
▪ Necessidade dos seres humanos em buscar um telos
(sentido, fim, finalidade, vigor de vida), um significado, um
por que viver.
▪ Frankl percebeu que as pessoas, especialmente os jovens,
que retornaram da Primeira Guerra Mundial na Europa,
estavam terrivelmente traumatizados pela destruição
sofrida e que somente poderiam recuperar-se
psicologicamente dos danos sofridos – incapacidade física,
carência de afeto e de recursos logísticos, simbólicos e
culturais – quando se empenhassem na busca de um novo
sentido para viver.
▪ A busca do indivíduo por um sentido é a motivação
primária em sua vida;
▪ Esse sentido é exclusivo e específico, uma vez que precisa
e pode ser cumprido somente por aquela determinada
pessoa (o que só você pode fazer?);
▪ Frustração existencial – ocorre quando a vontade de
sentido é frustrada;
▪ Não importa o sentido da vida de um modo geral, mas
antes o sentido específico da vida de uma pessoa em dado
momento.
▪ Não se deveria procurar um sentido abstrato da vida. Cada
qual tem sua própria vocação ou missão específica na vida.
▪ Cada um precisa executar uma tarefa concreta, que está a
exigir realização. Nisto a pessoa não pode ser substituída,
nem pode sua vida ser repetida.
▪ Assim, a tarefa de cada um é tão singular como a sua
oportunidade específica de levá-la a cabo.
▪ Cada pessoa é questionada pela vida;
▪ e ela somente pode responder à vida respondendo por sua
própria vida;
▪ à vida, cada pessoa somente pode responder sendo
responsável (capacidade de dar respostas, de responder).
▪ Assim, a logoterapia vê na responsabilidade/responsividade
a essência propriamente dita da existência humana;
▪ Para viver é fundamental a manutenção da liberdade, da
singularidade e da responsabilidade.
▪ Para Frankl (2013, p 135), podemos descobrir o sentido na
vida de três diferentes formas:
▪ Criando um trabalho ou praticando um ato;
▪ Experimentando algo – como a bondade, a verdade, a cultura
ou a natureza, ou encontrando alguém – amor.
▪ Pela atitude que tomamos frente ao sofrimento inevitável.
Tríade trágica: dor, culpa e morte.
“Quando já não somos capazes de mudar uma situação,
somos desafiados a mudar a nós próprios.”
▪ A vida tem um sentido em qualquer circunstância e a despeito da
tríade trágica: Dor, Culpa e Morte
▪ Otimismo trágico – otimismo diante da tragédia (da tríade)
▪ “ Como é possível dizer sim à vida apesar de tudo isso?”(Frankl,
1984/2013, p. 161)
▪ Diante da dor: transformar o sofrimento numa conquista e numa
realização humana;
▪ Diante da culpa: extrair da culpa a oportunidade de mudar a si
mesmo para melhor;
▪ Diante da morte: fazer da transitoriedade da vida um incentivo para
realizar ações responsáveis.
(...) a consciência e a responsabilidade constituem
precisamente os dois fatos fundamentais da existência
humana.
O que, traduzido numa forma antropológica fundamental,
podia expressar-se assim:
ser-homem equivale a ser-consciente e responsável (...) são
os dois aspectos juntos e combinados que oferecem a
imagem total e verdadeira do homem.
(Frankl, 1967, p. 13).
O homem é a sua liberdade.
Aquilo que o homem apenas tem poderá perder.
A liberdade, porém, é característica permanente e definitiva do
homem.
Mesmo que a ela renuncie, o próprio ato dessa voluntária
renúncia acontece na liberdade.
[...]. O julgamento sobre a liberdade ou inexistência da mesma
não será feito simplesmente à base da teoria, mas em primeiro
plano, na prática, no agir aqui e agora.
(Frankl 1991, p. 118-119)
Não preciso de que ninguém me chame a atenção para a
condicionalidade do homem - afinal de contas, eu sou
especialista em duas matérias, neurologia e psiquiatria, e
nessa qualidade sei muito bem da condicionalidade
biopsicológica do homem;
acontece, porém, que não sou apenas um especialista em
duas matérias, sou também sobrevivente de quatro campos de
concentração, e por isso também sei perfeitamente até onde
vai a liberdade do homem, que é capaz de resistir às mais
rigorosas e duras condições e circunstâncias, escorando-se
naquela força que costumo denominar de resistência do
espírito.
(Frankl, 1989, p. 41).
▪ Para Frankl (1989), os processos de massificação eliminam
a singularidade da pessoa, fazendo de cada indivíduo uma
simples cópia do outro.
▪ Nela, não é possível encontrar a singularidade, a
diversidade, a ação e as atribuições individuais.
▪ É longe das massas e próximo à comunidade que o ser
humano tem a possibilidade de renascer para a vida
individual e coletiva.
A Logoterapia defende a diferença entre a
comunidade e a massa:
“Uma verdadeira comunidade é essencialmente
comunidade de pessoas ‘responsáveis’, ao passo
que a pura massa é apenas uma soma de seres
despersonalizados” (Frankl, 1989, p. 118).
▪ O passado não decide todo o destino do homem. O homem
não é apenas aquilo que ele é, é também aquilo que ele
decide ser;
▪ A liberdade do homem é liberdade de tomar atitude em
qualquer condição em que se encontre. Em última
instância, o homem decide sobre si mesmo;
▪ O problema fundamental do homem é descobrir e realizar
o significado da própria existência, por meio da realidade
concreta da vida.
▪ A pessoa humana tem uma espiritualidade
inconsciente, pulsante no íntimo de cada pessoa;
▪ Presença ignorada, eterna e oculta de Deus;
▪ Na angústia intensa, aparece uma fé, uma esperança no
futuro que faz brotar o sentido da vida, a crença em
Deus;
▪ O Deus oculto não é um Deus mágico no sentido
espiritual, mas uma energia que aparece quando todas
as outras sumiram. (Gomes, 1992)
▪ A logoterapia não concebe da mesma forma o fenômeno da fé como
crença em Deus, mas concebe-a como uma crença ampliada no
sentido; sendo assim, é legítimo que ela não se ocupe apenas com a
“vontade de sentido”, mas também com a vontade de um sentido
último, um “super sentido”.
▪ Ou seja, a fé religiosa é uma crença no suprassentido”.
▪ “A verdadeira religiosidade não tem caráter de impulso, mas antes
de decisão” (Frankl, 1993, p. 56).
▪ A religião é a consciência que o homem tem de sua dimensão sobre-
humana e nesta dimensão se apoia a fé básica no sentido último da
vida.
▪ Logoterapia – psicoterapia centrada no sentido;
▪ Logos – sentido;
O papel do logoterapeuta consiste em ampliar e
alargar o campo fenomenológico do paciente de
forma que todo o espectro do significado e dos
valores se torne consciente e visível para ele”
(Frankl, 1977, pp. 173-174).
▪ Na logoterapia, o ser humano é concebido como um ser livre,
capaz de tomar consciência desta liberdade, e de agir
responsavelmente, motivado pelo que considera os sentidos de
sua vida.
▪ A logoterapia visa ampliar a capacidade da pessoa de
perceber todas as possibilidades existentes de sentido em sua
vida, escolhendo para realizar aquelas que considerar mais
significativas.
▪ Quando o sentido de vida não está presente na vida da pessoa,
esta pode experienciar um vazio existencial. (Kroeff, 2011)
▪ Esse vazio existencial pode ser atribuído à perda dos
instintos e da tradição que o homem tem experimentado
desde que se tornou um ser verdadeiramente humano...
▪ .... agora, o homem precisa fazer escolhas;
▪ Nenhum instinto lhe diz o que deve fazer e não há tradição
que lhe diga o que ele deveria fazer, às vezes ele não sabe
sequer o que deseja fazer.
▪ Em vez disso, ele deseja fazer o que os outros fazem
(conformismo) ou ele faz o que outras pessoas querem que
ele faça (totalitarismo).
▪ O vazio existencial se manifesta principalmente sob a
forma de tédio.
▪ Não são poucos os casos de suicídio que podem ser
atribuídos a este vazio existencial.
▪ Fenômenos como depressão, agressão e vício não
podem ser entendidos se não reconhecermos o vazio
existencial subjacente a eles.
▪ O vazio existencial ainda utiliza diversas máscaras e
disfarces.
▪ A preocupação ou desespero da pessoa sobre se sua
vida vale a pena ser vivida é uma angústia existencial,
mas de forma alguma uma doença mental;
▪ Ao invés de remédios, o paciente precisa ser guiado
através de suas crises existenciais a encontrar sentido
em sua vida;
▪ Neuroses noogênicas (noo = mente) – neuroses
causadas pelos problemas existenciais, como a
frustração existencial.
▪ A busca por sentido pode
causar tensão interior em
vez de equilíbrio interior.
Tal tensão, entretanto, é
um pré-requisito
indispensável para a
saúde mental;
▪ Quando os terapeutas
desejam incrementar a
saúde mental de seus
pacientes, não deveriam
ter receio de criar uma
sadia quantidade de
tensão através da
reorientação para o
sentido da sua vida.
(Frankl, 1991)
▪ Ao utilizar o termo noodinâmica, Frankl critica as
concepções de saúde mental a partir do ideal do equilíbrio
homeostático, pois segundo ele, uma determinada tensão é
necessária para a existência humana.
▪ A noodinâmica é a tensão essencialmente humana, é a
própria dinâmica existencial; é a tensão que se estabelece
entre o homem e o sentido, entre o ser e o dever-ser.
▪ E nela está presente a liberdade a qual permite escolher
uma ou outra possibilidade (Roehe, 2005)
▪ Intenção paradoxal – a arte de prescrever ao cliente o
sofrimento que ele já possui. Com ela, o terapeuta propõe
ao cliente manter o sintoma que está incomodando como
estratégia para conseguir o contrário;
▪ Derreflexão – Tentativa de deslocar a atenção do cliente
que está preocupado com a sua doença (hiper-reflexão)
para alguma coisa mais importante e significativa de sua
vida.
▪ Os próprios pacientes, através de suas questões, perguntas
e problemas forçam a entrada dos temas filosóficos no
campo da psicoterapia;
▪ É certo que tais questões, perguntas e problemas superam
a psicoterapia enquanto tal, mas também é certo que uma
teoria psicológica do homem não pode excluir tais
questões, perguntas e problemas que são próprias do
homem, nem renunciar a eles. (Peter, 1999)
https://www.youtube.com/watch?v=e5878lMpVkc
https://www.youtube.com/watch?v=ilRNmwNvuWk

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