Atividade 9
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Atividade 9
✓Defina:
A)Antropocentrismo→ O antropocentrismo, kentron, “centro”) é uma concepção
que considera que a humanidade deve permanecer no centro do entendimento
dos humanos, isto é, o universo deve ser avaliado de acordo com a sua relação
com o ser humano, sendo que as demais espécies, bem como tudo mais,
existem para servi-los. O antropocentrismo coloca o ser humano no centro do
universo, postulando que tudo o que existe foi concebido e desenvolvido para a
satisfação humana. O Homem vitruviano é uma representação do
antropocentrismo. O termo tem duas aplicações principais. Por um lado trata-se
de um lugar comum na historiografia qualificar como antropocêntrica a cultura
renascentista e moderna, em contraposição ao teocentrismo da Idade Média. A
transição da cultura medieval à moderna é frequentemente vista como a
passagem de uma perspectiva filosófica e cultura centrada em Deus a uma
outra, centrada no homem – ainda que esse modelo tenha sido reiteradamente
questionado por numerosos autores que buscaram mostrar a continuidade
entre a perspectiva medieval e a renascentista. Por outro lado, e em um
contexto moderno, se denomina antropocentrismo as doutrinas ou perspectivas
intelectuais que tomam como único paradigma de juízo as peculiaridades da
espécie humana, mostrando sistematicamente que o único ambiente conhecido
é o apto à existência humana, e ampliando indevidamente as condições de
existência desta a todos os seres inteligentes possíveis. Pode ser visto, então,
num sentido pejorativo, significando uma desvalorização das outras espécies
no planeta, estando então associado à degradação ambiental, visto que a
natureza deveria estar subordinada aos seres humano. Em contraste, o
antropocentrismo judaico-cristão estaria se baseando numa interpretação
diferente, a dos textos bíblicos, que foram escritos em épocas onde o sentido
central de determinada palavra como “domínio” tinha outro significado, que
nesse caso não era o de tratar com desprezo como entendemos hoje, mas de
zelar, cuidar com autoridade. Nesse novo ponto de vista podemos afirmar que
o contexto bíblico trata na realidade do caminho contrário ao antropocentrismo,
considerando que a espécie humana deve cuidar das espécies menos
favorecidas de razão e consciência. Dentro da doutrina judaico-cristã, esse
antropocentrismo se opõe ao teocentrismo que coloca Deus, e não o homem,
no centro do universo, e ainda que isto sirva aos propósitos existenciais
humanos, não se tem necessariamente o ser humano como centro, mas
apenas como beneficiado por aquele considerado como centro, nesse caso,
Deus. Ademais, na Europa medieval, o suposto antropocentrismo, além de
resultar num eurocentrismo que discriminava as tradições orientais, também
tinha caráter aristocrático, não servindo sequer à toda a sociedade, mas sim a
grupos privilegiados. Tudo isso, põe em dúvida se o conceito de
antropocentrismo é realmente adequado nesse contexto. O antropocentrismo,
num outro sentido, pode tomar um aspecto cultural mais ousado — como na
representação, típica na ficção científica da Era de Ouro — do ser humano
como excepcional entre as espécies burras, como evidenciado nas ingênuas
representações dos extraterrestres como vagamente humanoides. Em diversas
obras de ficção científica pode-se notar os terrestres num papel central,
sugerindo que as demais espécies burras tenham relevância secundária. Isso é
um evidente paralelo em relação a posição do homem branco europeu sobre
as demais etnias no período Renascentista. Esta situação deu origem a uma
extensa discussão acerca do chamado princípio antrópico — que,
simplificadamente, postula que os valores possíveis para as constantes físicas
universais estão de fato restritos àqueles que permitem a existência da espécie
humana, ainda que não haja limitação de princípio para que assim seja —, e
acerca da teoria do desenho inteligente, que utiliza esta limitação para afirmar
que é evidente o desígnio de uma inteligência superior, artífice da ordem do
universo.
B)Teocentrismo→ Teocentrismo (do grego θεóς, theos, "Divindade"; e κέντρον,
kentron, "centro") é a filosofia ou doutrina que considera Divino o fundamento
de toda a ordem no mundo. Nesta visão, o significado e o valor das ações
feitas às pessoas ou ao ambiente são atribuídas a Divindade. Os princípios do
teocentrismo, como a humildade, o respeito, a moderação, a abnegação e a
atenção, pode levar a uma forma de Ambientalismo. A Idade Média talvez
possa ser denominada teocêntrica porque todas as suas ideias giravam em
torno de Deus, o Deus da Revelação judaico-cristã e não o "Deus dos
Filósofos". Entretanto, uma ideia de Deus apenas masculino, um "Pai", o que
jamais poderia representar toda a inteireza do que se entende pela totalidade
da Divindade. É um teocentrismo de simbologia não igualitária, patriarcal.
B)Hedonismo→ O hedonismo (do grego hedonê, "prazer", "vontade") é uma
teoria ou doutrina filosófico-moral que afirma que o prazer é o bem supremo da
vida humana. Surgiu na Grécia, e seu mais célebre representante foi Aristipo
de Cirene. Para o utilitarismo, o prazer deve ter natureza coletiva, isto é, os
utilitaristas pregam a busca da felicidade do grupo como o objetivo próprio da
moral; um exemplo dessa concepção é o "hedonismo moderno" de John Stuart
Mill.
D)Racionalismo→ O racionalismo é a corrente filosófica que iniciou com a
definição do raciocínio como uma operação mental, discursiva e lógica que usa
uma ou mais proposições para extrair conclusões, ou seja, se uma ou outra
proposição é verdadeira, falsa ou provável. Essa era a ideia central comum ao
conjunto de doutrinas conhecidas tradicionalmente como racionalismo. O
racionalismo é em parte, a base da Filosofia, ao priorizar a razão como o
caminho para se alcançar a verdade. O racionalismo afirma que tudo o que
existe tem uma causa inteligível, mesmo que essa causa não possa ser
demonstrada empiricamente, tal como a causa da origem do Universo.
Privilegia a razão em detrimento da experiência do mundo sensível como via
de acesso ao conhecimento. Considera a dedução como o método superior de
investigação filosófica. René Descartes, Baruch Espinoza e Gottfried Wilhelm
Leibniz introduzem o racionalismo na filosofia moderna. Georg Wilhelm
Friedrich Hegel, por sua vez, identifica o racional com o real, supondo a total
inteligibilidade deste último. O racionalismo é baseado nos princípios da busca
da certeza, pela demonstração e análise, sustentados, segundo Kant, pelo
conhecimento a priori, ou seja, o conhecimento que não é inato nem decorre da
experiência sensível, mas é produzido somente pela razão. René Descartes. O
racionalismo é a corrente central no pensamento liberal que se ocupa em
procurar, estabelecer e propor caminhos para alcançar determinados fins. Tais
fins são postulados em nome do interesse coletivo (commonwealth), base do
próprio liberalismo anglo-saxónico, contribuindo também para estabelecer a
base do racionalismo. O racionalismo, por sua vez, fica na base do
planejamento da organização econômica e espacial da reprodução social.
F)Naturalismo→ O naturalismo é um movimento artístico e literário conhecido
por ser a radicalização do realismo, baseando-se na observação fiel da
realidade e na experiência, mostrando que o indivíduo é determinado pelo
ambiente e pela hereditariedade. A escola esboçou o que se pode declarar
como os primeiros passos do pensamento teórico evolucionista de Charles
Darwin. Émile Zola, grande precursor do naturalismo. O naturalismo filosófico
como forma de conceber o universo constitui um dos pilares da ciência
moderna, sendo alvo de considerações também de ordem filosófica.
G)Otimismo→ Otimismo é a disposição para encarar as coisas pelo seu lado
positivo e esperar sempre por um desfecho favorável, mesmo em situações
muito difíceis. É o oposto de pessimismo. A oposição entre otimismo e
pessimismo é seguidamente evocada pelo "dilema do copo": se ele é
preenchido com água até a metade de sua capacidade, espera-se que um
otimista diga que ele está "meio cheio" e que um pessimista reconheça um
copo "meio vazio".
H)individualismo→ Individualismo é um conceito político, moral e social que
exprime a afirmação e a liberdade do indivíduo frente a um grupo, à sociedade
ou ao Estado. O Homem do renascimento passou a apoiar a competição e a
desenvolver uma crença baseada em que o homem poderia tudo, desde que
tivesse vontade, talento e capacidade de ação individual. O individualismo, em
princípio, opõe-se a toda forma de autoridade ou controle coercitivo sobre os
indivíduos e coloca-se em total oposição ao coletivismo, no que concerne à
propriedade. O individualista pode permanecer dentro da sociedade e de
organizações que tenham o indivíduo como valor básico - embora as
organizações e as sociedades, contraditoriamente, carreguem outros valores,
não necessariamente individualistas, o que cria um estado de permanente
tensão entre o indivíduo e essas instâncias de vida social. Segundo Sartre,
mesmo dentro do maior constrangimento - político, econômico, educacional ou
outro -, existe um espaço, maior ou menor, para o exercício da liberdade
individual, o que faz com que as pessoas possam se distinguir uma das outras,
através das suas escolhas. O exercício da liberdade individual implica
escolhas, que, nas sociedades contemporâneas, frequentemente estão
associadas a um determinado projeto. Indivíduos desenvolvem seus projetos
dentro de um campo de possibilidades e dado um certo repertório sociocultural
- que inclui ideologias, visões de mundo e experiências de classe, grupos,
ethos, dimensões nas quais o indivíduo se insere.