Fenomenologia e Relações Sociais - Alfred Schutz
Fenomenologia e Relações Sociais - Alfred Schutz
Fenomenologia e Relações Sociais - Alfred Schutz
Dessa forma, apesar da tentativa de adaptao por partes dos estrangeiros, o seu lugar
considerado como um no envolvimento, ele tratado como algum em quem no se
pode confiar; sua lealdade ao grupo permanece em dvida. Contudo, somente por meio
do desapego o estrangeiro enquanto um observador torna-se apto a oferecer uma
viso objetiva dessa comunidade.
Portanto, para Schutz, se o indivduo constri sua prpria viso do mundo ao seu redor,
ele no o faz sem a colaborao da matria-prima que os outros lhe oferecem nesse
relacionamento constante com os seus semelhantes (WAGNER, 2012). Nas relaes
sociais, temos necessidade de interpretar os outros, mais algo acontece em todas as
relaes, de forma espontnea.
2. A reciprocidade de Perspectivas
Schutz, ao considerar os aspectos cognitivos e ativos da vida cotidiana, demonstrou que
as orientaes e a conduta dos seres humanos no mundo da vida so influncias pelas
orientaes culturais e formas lingusticas j existentes e a existncia de outros seres
humanos. A interao social envolve a ao social de pelo menos duas pessoas que se
orientam umas em relao outra. E viver no mundo da vida cotidiana geralmente
significa vivenciar situaes de interao com muitas pessoas, em complexas redes de
relaes scias. (WAGNER, 2012:42).
Ou seja, o problema fenomenolgico mais simples tratado aqui, o da
intersubjetividade. Segundo Schutz, o prprio Hursserl (WAGNER, 2012) j havia
percebido que a resposta este problema era fundamental para sua filosofia. Entretando,
Schutz percebeu que a maneira de abordagem de Hursserl era equivocada, ento ele
sugeriu que a intersubjetividade deveria ser tomada como uma condio para toda
experincia humana imediata no mundo da vida. Ela deveria ser aceita como algo dado
e inquestionvel com a apercepo da apario fsica de outros indivduos
(WAGNER, 2012:42)
Assim, argumenta Schutz que no mundo da vida, a intersubjetividade no consiste em
um problema, ela dada e no questionada, ela est no comeo de tudo. O indivduo
aceita como dado a existncia de outros indivduos, ele percebe os seus corpos, seus
movimentos, seus sons, todos esses elementos so diretamente apresentado aos outros
indivduos.
4. Bibliografia
WAGNER, H. T. R. Introduo a abordagem fenomenolgica da Sociologia.
Fenomenologia e Relaes Sociais. Petrpolis. Vozes. 2012 pag 11-62.