Introdução À Filosofia
Introdução À Filosofia
Introdução À Filosofia
B. Cosmogonia e Cosmologia
O termo physis significa em português a palavra natureza, que por sua vez deriva do termo latino „natura‟
significando aquilo que nasce. Assim, natureza pode ser entendida como as totalidades dos seres que nascem por
ação de suas próprias forças, por isso as chamam de “forças naturais”, e cujas propriedades desenvolvem-se e
transforma-se sem a interferência direta de entidades fantásticas, divinas e sobrenaturais.
A Filosofia, ao nascer, é uma COSMOLOGIA. A palavra Cosmologia é composta de duas outras: cosmos, que significa
mundo ordenado, organizado, e logia, que vem da palavra logos, que significa pensamento racional, discurso
racional, conhecimento. A cosmologia é uma filosofia da natureza, - ou da physis; daí os primeiros filósofos serem
chamados de “físicos” - isto é, só diz respeito ao homem na medida em que ele é parte de um universo natural que
o engloba e determina. Esses físicos vão buscar fundamentos em argumentos teóricos, uma primeira causa material
e unitária do princípio - arché - constitutivo da Natureza - physis - do universo. Forma os principais físicos do
período Cosmológico: Tales de Mileto (624-545 a.C.), Anaximandro de Mileto (610-547 a.C.), Anaximenes de
Mileto (588-524 a.C.), Pitágoras de Samos (571-497 a.C.), Empédocles (483-430 a. C.), Anaxágora (499-428 a.C.),
Leucipo (séc. V a.C.) e Demócrito (460-370 a.C.). O Mito é uma COSMOGONIA. Gonia vem da palavra génos, que
significa gênese, geração, nascimento. O mito é uma narrativa sagrada e poética na qual uma autoridade
(mensageiro, poeta rapsodo - um artista popular) relata o nascimento do mundo ordenado ou suas partes através de
façanhas (alianças e lutas) entre seres sobrenaturais.
Os Pré-socráticos: A busca de um princípio (arché) material constitutivo da natureza
São os primeiros filósofos. Eles procuravam uma explicação racional (logos) do mundo buscando uma arché,
princípio constitutivo (portanto eles faziam Cosmologia). Entre estes primeiros filósofos podemos destacar
Heráclito de Éfeso que afirmava: uma lei eterna (logos) governa, através de luta dos contrários, o devir de todas as
coisas, pois “A guerra (pólemos) é a mãe e rainha de todas as coisas”. Outro importante pré-socrático foi
Parmênides de Eléia que afirmava a imobilidade e unidade do ser.
Leitura Complementar
A filosofia do Senso Comum ao Senso Crítico: O que é o Senso Comum?O que é o senso crítico?
Senso comum são conhecimentos pouco profundos, adquiridos ocasionalmente no cotidiano, sem uma procura séria e
reflexiva por parte das pessoas. Faz parte do senso comum uma infinidade de “frases feitas”. É um conhecimento que não se
compromete com a realidade dos fatos. O senso comum não é formado apenas por concepções falsas ou incorretas, mas
também por concepções verdadeiras (são aqueles conhecimentos superficiais, soltos, que não nasceram de reflexões
profundas e abertas. Ex.: Os ditados populares). O conhecimento do senso comum possui, habitualmente, as seguintes
características gerais: Imprecisão: conceitos vagos; Incoerência: conceitos contraditórios e Fragmentação: conceitos soltos,
objeto estudado. Todo o conhecimento do senso comum está cercado de opiniões não conclusivas, não fundamentadas, e isso
podemos observar nos fatos do cotidiano. Portanto, o conceito senso comum é a faculdade que a generalidade dos homens
possui de raciocinar com acerto. Perante o senso comum, a filosofia é muitas vezes considerada como algo confuso, difícil,
inútil e nada prático.
O conhecimento que se volta para o senso critico é todo aquele que possui um comprometimento com a verdade visando
assim, à compreensão do “Eu”, do “Outro” e da “Sociedade”, ou seja, é uma contextualização, uma capacidade de solucionar
os problemas existentes utilizando-se de métodos científicos. O conhecimento do senso crítico é um conhecimento que se
baseia na realidade do fato, na cientificidade da pesquisa. Pode-se dizer também que o senso crítico é a procura incessante
que o homem faz pela verdade. Portanto, o conhecimento que se volta para o senso crítico é considerado um conhecimento
puro, pois se utiliza do método científico e racional para afirmar que tal coisa é real e verdadeira. Concluindo, o senso crítico é
a superação do homem diante das concepções ingênuas e superficiais, o resultado desse processo e a ampliação da
consciência reflexiva do homem. Culturalmente o senso crítico é muito mais aproveitável e bom para o indivíduo que o senso
comum.
Referência Bibliográfica:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. 3ª Ed. Revista. São Paulo: Moderna, 2003.
CHAUÍ, Marilena. Filosofia. 2ª Ed. São Paulo: Ática S.A., 2008.
CASTRO, Susan de. (org.). Introdução à Filosofia. Petrópolis, Rio de Janeiro: Ed. Vozes, 2008.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da filosofia: história e grandes temas. 16ª Ed. reform.da e ampl. São Paulo: Saraiva, 2006.
_____, Fundamentos da Filosofia: ser, saber e fazer. Elementos da história do pensamento ocidental. 14ª Ed. São Paulo: Saraiva,
1999.
JAPIASSÚ, Hilton. Dicionário básico de Filosofia. 4ª Ed. Atualizada. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.
Internet: www.google.com.br, pt.wikipédia.org, www.infoescola.com, www.zahar.com.br, www.sofilosofia.com.br.
Material de Filosofia Prisma COC - Filosofia 1 e Filosofia 3 livro 1.