Filosofia Amor Ao Conhecimento

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Filosofia: Amor ao conhecimento (filo = amor, sofia= saber).

Filosofia
Do espanto reflexo: o homem sente a necessidade de interpretar o mundo e acaba criando um segundo mundo: o mundo humano. A espcie humana aquela capaz de refletir sobre a produo do universo da cultura.

O homem assegura-se de que a vida tem algum sentido e garante a reproduo da vida social. Ele elabora abordagens do real. Tais abordagens apresentam-se em diversos aspectos e versam sobre diferentes reas do conhecimento: a arte, a mitologia, a religio, a cincia, o senso comum e a Filosofia.

O Senso Comum
O senso comum um conhecimento empirco, herdado do meio social. A realidade complexa e exige esforos da inteligncia para ser mais bem sondada. Assim, desenvolve-se o senso crtico, que capacita o homem para questionar os valores transmitidos sem destru-los.

O Nascimento da Filosofia

na Grcia antiga, mais especificamente nas suas colnias (Jnica e Magna Grcia), no sculo VI a.C., que nasce a reflexo filosfica. Os mitos baseavam-se em certezas dogmticas e no resultavam de processos reflexivos. A Filosofia, segundo Plato (428-347 a.C.), nascera do espanto, da perplexidade, ou seja, da capacidade humana de se admirar com o mundo.

Sobre Aristteles
O filosfo grego Aristteles nasceu em 384 a.C. e morreu em 322 a.C. Seus pensamentos filosficos e ideias sobre a humanidade tm influncias significativas na educao e no pensamento ocidental. Aristteles considerado o criador do pensamento lgico. Sua grande obra o livro Organon, que rene grande parte de seus pensamentos.

Pensamento

A educao tem razes amargas, mas os frutos so doces. Aristteles A busca por uma Verdade universalmente vlida tem sido um dos motores da histria do pensamento filosfico. Muitos veem nisso, como Nietzsche (1844-1900), uma obsesso louca, desvairada e sem sentido. Outros, os relativistas, afirmam que no h uma s Verdade, mas pequenas verdades de valor particular, sem nenhuma vocao de aplicao universal.

Pensamento Antigo
Scrates: Protgoras afirma que a medida de todas as coisas o homem. O homem a norma que julga todos os fatos: daqueles que so pelo que so, daqueles que no so pelo que no

Pensamento Moderno

E se o Relativismo fosse verdade Uma ilustrao. Matthew J. Slick Relativismo a posio em que todos os pontos de vista so to vlidos quanto quaisquer outros em que o indivduo a medida do que verdade para si. Eu vejo um grande problema nisso.

O Sentido Grego
Verdade: o verdadeiro se ope ao falso. A verdade uma qualidade das prprias coisas e o verdadeiro est nas prprias coisas. Conhecer ver e dizer a verdade que est na prpria realidade, portanto, a verdade depende de que a realidade se manifeste, enquanto a falsidade depende de que ela se esconda ou se dissimule em aparncias.

Antropologia Filosfica

O Homem, quem ele? 3 principais concepes: metafsica, naturalista e histrico-social. A concepo metafsica v o homem a partir de uma essncia imutvel, apesar da distino entre os homens. Baseada na concepo platnica, essa concepo predominou na Idade Mdia e

A concepo naturalista, forte na Idade Moderna, fruto das descobertas cientficas e do pensamento de Descartes e Locke. O homem definido a partir de sua dualidade psicofsica, ou seja, a partir de uma substncia pensante e de outra biolgica ou corporal. O homem torna-se produto de determinaes naturais e no percebido como um ser autnomo, capaz de gerir seu destino.

A terceira concepo, a histricosocial, entende o homem como um processo, valorizando-o na sua existncia pessoal e concreta. V-se aqui o homem como algum no espao e no tempo, marcado pela singularidade e pela possibilidade de realizao. O homem enquanto processo implica a marca do inacabamento, pois no se nasce pronto, no se nasce homem. A humanidade est se construindo, estamos construindo a nossa humanidade.

A Condio Humana
Por Edgar Morin; A Cabea BemFeita. Conhecer o homem no separ-lo do Universo, mas situ-lo nele. () todo conhecimento, para ser pertinente, deve contextualizar seu objeto. A Terra a totalidade complexa fsicobiolgico-antropolgica, na qual a vida uma emergncia da histria e da

A humanidade uma entidade planetria e biosfrica () Tudo isso nos coloca diante do carter duplo e complexo do que humano: a humanidade no se reduz absolutamente animalidade, mas sem animalidade no h humanidade ().

Paradoxo
Por Juvenal Arduini O ser humano ambivalente. Conhecido e estranho, prximo e distante, transparente e opaco. O ser humano canta e protesta, dana e agride, congrega e dispersa (). O ser humano expandese festivamente e tranca-se amargamente. lgico e ilgico. O ser humano pulsa, est em mutao. cachoeira de decises. Jamais concludo.

O Homem Concreto e o Existencialismo


No sculo XX assistiu-se ao advento de vrios movimentos intelectuais inovadores, com destaque para o Estruturalismo e o Existencialismo. No Estruturalismo, o homem percebido como determinao da estrutura social, cultural e histrica. No existencialismo, o homem percebido como um projeto, um ser condenado, como diria o existencialista Jean Paul Satre (19051980), a ser livre.

Existencialismo
Por Cassiano Reimao (filsofo portugus). () Para o Existencialismo, o homem no seu prprio fim, uma vez que no existe seno enquanto se projeta para alm de si mesmo. Segundo o Existencialismo, o homem existe antes de ser. Essa corrente filosfica desenvolveu-se, na Europa, entre as duas guerras mundiais; constitui uma reao contra todas as formas de alienao do

Humanismo
Por Hannah Arendt: Toda dor pode ser suportada se sobre ela puder ser contada uma histria. O termo humanismo refere-se a um conjunto de valores e a uma forma de pensar que valoriza o ser humano. O Iluminismo e o Marxismo investiram na ideia de emancipao do ser humano. Valorizou-se a razo humana como instrumento de emancipao e a noo de progresso estabeleceu, com o humanismo, o incio da modernidade.

No sculo XX, houve uma filsofa brilhante que estabeleceu novos enfoques sobre o humanismo, criticando os sistemas totalitrios e investindo no conceito de educao do homem. Seu nome era Hannah Arendt. O trabalho filosfico de Hannah estendeu-se por temas como a poltica, a autoridade, o totalitarismo, a educao, a condio laboral, a violncia, a condio humana e a da mulher. Valorizou a condio humana, o que sustentou sua postura tico-poltica.

A condio metafsica v o homem a partir de uma essncia imutvel, apesar da distino entre os homens. A concepo naturalista define o homem a partir de sua dualidade psicofsica, ou seja, a partir de uma substncia pensante e de outra biolgica ou corporal. O homem torna-se um produto das determinaes naturais e no percebido como um ser autnomo, capaz de gerir seu prprio destino.

Filosofia: tica
Moral e tica: por Thiago Firmino Silvano. A confuso que acontece entre as palavras moral e tica existe h muitos sculos. A prpria etimologia destes termos gera confuso, pois tica vem do grego ethos, que significa modo de ser, e moral tem sua origem no latim e vem de mores, que significa costumes.

Durkheim explicava a Moral como a cincia dos costumes, sendo algo anterior prpria sociedade. A moral tem carter obrigatrio. tica a forma como o homem deve se comportar no seu meio social. O homem portador de um senso moral que lhe permite discernir o que certo do que errado. Enfim, tica e moral so os maiores valores do homem livre. Quando ambos existem significa que h respeito e venerao vida.

Autotica

Por Edgar Morin: Minha autotica baseia-se sobretudo na f, no amor, na compaixo, na fraternidade, no perdo e na redeno que marcou minha adolescncia. Mas minha f na redeno , desde ento, estritamente individual. Entre outros questionamentos, Morin afirma que, diante dos problemas complexos que as sociedades contemporneas enfrentam hoje, apenas estudos de carter inter-politransdisciplinar poderiam resultar em anlises satisfatrias de tais

O homem, para Morin, uma galxia, ou seja, revela uma dimenso csmica, no sentido de complexidade e multiplicidade interior. Porm, ele entende que o ser humano um projeto e encontrase na infncia na tarefa de construo de civilizao e humanizao.

Biotica

Biotica uma palavra muito nova, formada por duas razes gregas: bios (vida) + ethos (relativo tica). Segundo Diniz & Guilhem, por ser a biotica um campo disciplinar compromissado com o conflito moral na rea da sade e da doena dos seres humanos e dos animais no-humanos, seus temas dizem respeito a situaes de vida que nunca deixaram de estar em pauta na histria da humanidade.

A tica de um povo ou de um grupo social um conjunto de costumes consagrados, informados por valores. Com base nesses costumes que se estabelece um sistema de normas de comportamento cuja obedincia geralmente reconhecida como necessria ou conveniente para todos os integrantes do corpo social.

Sobre a clonagem

O maior questionamento em torno da clonagem humana passa pela ideia da eugenia. Foi esta ideia que moveu Adolf Hitler a levar uma nao a odiar judeus e negros, pregando a purificao da raa humana, com a ascenso da raa ariana ao poder.

Racionalismo e Empirismo
O filsofo Ren Descartes (1596-1650) criou uma teoria do conhecimento. Descartes um representante do racionalismo ou do inatismo, segundo o qual o homem desenvolve ideias a partir de seu prprio sujeito, pois a realidade est primeiramente no esprito. Os filsofos representantes dessa concepo so John Locke (1632-1704) e Francis Bacon (1561-1626). Comparando Descartes e Locke, podemos afirmar que, enquanto o primeiro enfatiza o sujeito conhecedor, o segundo enfatiza o objeto conhecido, pois a realidade acessvel ao

Immanuel Kant (1724-1804)


Entre a postura dos racionalistas, que valorizam o sujeito, e a dos empiricistas, que valorizam o objeto, encontramos a posio de Kant, para quem o conhecimento esbarra nos limites da razo e nas possibilidades da experincia. Em suma, para Kant, o conhecimento resulta da apreenso dos contedos pela experincia emprica e pela razo humana.

Reflexes sobre a Vida e a Axiologia


Por Friedrich Nietzsche: () Sob o encantamento do dionisaco no s se reconstitui a ligao entre o homem e homem. Tambm a natureza alienada, hostil ou subjugada celebra a sua festa de perdo ao filho perdido: o homem. Nietzsche (1844-1900) Para este filsofo, nascido na Prssia, o homem precisaria se libertar da preocupao com a verdade e investir no conceito de viver. Desse modo, o homem seria portador de uma vontade de poder. Seu livro mais conhecido Assim falou Zaratrusta.

Axiologia

Axiologia (do grego axio: valor) a rea da Filosofia que estuda os valores. Toda sociedade humana tecida por um conjunto de valores, mais ou menos claros. Ento, pode-se afirmar que alguns valores nem sempre so percebidos de imediato. possvel classificar os valores em positivos e negativos; sensveis e espirituais; pessoais e sociais ou relativos e universais.

Por Neri de Paula Carneiro: A filosofia atual emprega, muitas vezes, a distino entre juzos de existncia e juzos de valor; esta uma distino frequente na Filosofia, e assim os juzos de existncia sero aqueles juzos que enunciam de uma coisa, aquilo que essa coisa ().

Religiosidade e Filosofia
A Filosofia se distingue da Teologia, tanto em relao ao objeto, quanto em relao ao mtodo. Muitos filsofos, porm, na histria do pensamento ocidental, foram influenciados pela perspectiva religiosa da existncia. O pensamento filosfico da Idade Mdia foi marcado pela forte influncia de dois grandes filsofos cristos: Agostinho (354-430) e Toms de Aquino (1221-1274), o maior expoente da Escolstica (Filosofia Medieval). Assim, sculos de histria da Filosofia trazem o rastro da reflexo a partir de uma perspectiva crist.

Quatro linhas de raciocnio

Para a Filosofia e para o ser humano, porm, Deus sempre foi um imenso ponto de interrogao. Quem ou o que Deus? Como se pode provar sua existncia? Foram essas as questes fundamentais que os filsofos, a partir dos pr-socrticos; se colocaram. Ao serem respondidas ao longo de mais de dois milnios da histria da Filosofia , quatro linhas de raciocnio foram estabelecidas.

So elas:
A relao de Deus com o mundo, considerando-se Deus como causa do mundo; A relao de Deus com a ordem moral, identificando-se Deus com o Bem; A relao de Deus consigo mesmo, pois, de acordo com as diversas concepes, ele pode ser um ou vrios entes; A relao de Deus com os homens ou

A f uma convico acerca de algo ou de uma verdade que independe de provas empricas. A origem da palavra grega (pistis) e significa confiana. O termo expressa, porm, mais do que apenas uma crena ou confiana, pois representa uma experincia afetiva com o objeto desse sentimento de

Razo

J a Razo, embora seja uma parte constitutiva do ser humano, est inserida em uma histria de reflexo acerca de suas dimenses, possibilidades e limites, tendo passado por uma sobrevalorizao nos ltimos trs sculos. A razo a habilidade humana de traduzir o mundo real pela observao cientfica, a partir de premissas

Filosofia, Esttica e Arte

A esttica (do grego aisthsis, que significa percepo) a rea da Filosofia que estuda o sentido, a busca e a reproduo do belo na arte. O fenmeno esttico envolve a percepo, a interpretao, o julgamento e a emoo, relacionados ao que considerado belo. Por Aires Almeida: Umas das disciplinas tradicionais da Filosofia, que aborda um conjunto de problemas e conceitos por vezes muito diferentes entre si. A esttica comeou por ser, sobretudo, uma teoria do belo, depois passou a ser entendida como uma teoria do gosto e, nos nossos dias, predominantemente identificada com a

Filosofia Poltica

Hoje, disponibilizamos de uma cincia especfica que estuda o ser social e as relaes sociais: a Sociologia. Mas a Filosofia nunca deixou de interpretar a sociedade, a convivncia humana, imposta pela prpria natureza antropolgica, pois o homem um ser social e a vida em sociedade tem um fim em si mesmo.

Leviata, por Thomas Hobbes: Em primeiro lugar, os homens esto em contnua competio pela honra e pela dignidade, o que no ocorre entre essas criaturas; consequentemente, surgem entre os homens inveja e dio e, por fim, a guerra; entre as criaturas no assim.

Marxismo
Relaes de produo e classe social: Para Karl Marx (1818-1883), a sociedade no era um tecido solidrio como queria Durkheim, mas uma organizao baseada nas relaes de produo. Na produo social de sua existncia, dizia Marx, os homens travam relaes determinadas, necessrias e independentes de sua vontade. Tais relaes de produo correspondem a um grau de

A mais-valia

Atravs da Teoria da Mais-valia, Marx demonstra que apesar de tudo ser trocado pelo seu valor, existe uma fonte de lucro. Para chegar a explicar a mais-valia, precisamos expor trs proposies: 1) O valor de qualquer mercadoria proporcional quantidade de valor de trabalho social nela embutido. 2) O valor-trabalho pode ser medido como valor de mercadoria. 3) O tempo do trabalho necessrio para o operrio produzir um valor igual ao que recebe sob a forma de salrio inferior durao de seu trabalho de fato.

Filosofia da Linguagem

O tema da Filosofia da Linguagem ganhou fora no sculo XX com o filsofo austraco Ludwig Wittgenstein (1889-1951). Por Jos Maurcio Mazzucco: O problema da linguagem merece sempre um enfoque filosfico. Passo, ento, a expor a concepo de linguagem de trs filsofos, lembrando que no minha inteno oferecer ao leitor um adequado conhecimento sobre eles. O pouco aqui relatado estar muito aqum de uma noo superficial de seus fecundos

O Problema da Liberdade
Segundo o filsofo Descartes (1596-1650), torna-se necessrio conhecer e compreender as alternativas ao alcance da nossa escolha para experimentar uma maior liberdade. Nesse sentido, o indivduo precisa buscar se informar acerca das alternativas. Para o filsofo Kant (1725-1804), a autonomia de esprito requer a apropriao de regras para o agir racional. A razo e a liberdade se implicam e, assim como em Descartes, a relao exige conhecimento. Continua Kant, afirmando que necessrio tambm que o indivduo seja consciente de sua liberdade. Para Sartre (1905-1980), filsofo existencialista, o homem condenado a ser livre, ou seja, a liberdade a sua condio ontolgica. O ser humano nada antes de ser qualquer coisa e absolutamente livre para transformar-se, definir

Solidariedade
Solidariedade no apenas um simples sinnimo de bondade, voluntariado ou caridade, embora ela possa produzir tais fenmenos. Trata-se de um sentimento de pertenda, uma postura diante do outro, movida pela viso do grupo como algo slido, formado por laos fortes. Por Mrio Quintana: A arte de viver simplesmente a arte de conviversimplesmente , disse eu? Mas como difcil!.

Segundo Bergson, a realidade psicolgica do presente a durao do tempo. O presente confina com o passado imediato (sensao) e com o futuro imediato (ao). O presente consiste em um sistema combinado de sensaes e movimento. Segundo Jos Geraldo de Carvalho, a reflexo sobre o tempo prope importantes questes sobre a vida humana e seu sentido e brevidade, como: Onde estamos? Para onde vamos? O que podemos saber? O que devemos fazer? O que nos lcito

Consumo e Felicidade
Por M. Gandhi: A terra pode oferecer o suficiente para satisfazer as necessidades de todos os homens, mas no a ganncia de todos os homens. Por G. Lipovetsky: No h drama no fato de algum no poder comprar marcas e luxo; o drama a vida no ter outro ideal seno o consumo. A sociedade de consumo, por um lado, prega e propaga bem-estar material, ao menos para alguns, e, por outro lado, experimenta uma incidncia de perturbaes e ansiedades. O filsofo conclui que, ao contrrio do que se pensa, o aumento de consumo no propicia o aumento de felicidade.

O Estado
Definimos hoje o Estado Moderno como uma instituio organizada poltica, social e juridicamente, ocupando um territrio definido, normalmente onde a lei mxima a constituio, e dirigida por um governo que possui soberania reconhecida, tanto interna como externamente. Para Nicolau Maquiavel (1469-1572), os fins justificam os meios e o Estado, para a defesa do bem comum, abandona as regras ordinrias da tica pessoal.

Para Thomas Hobbes (1588-1679), o homem no um ser naturalmente social. O homem cumpre as leis e respeita a propriedade e segurana alheia somente quando atemorizado pelo Estado. John Locke (1637-1704) acreditava que o Estado fosse uma criao humana para proteger a propriedade e o bem comum. Para salvar o indivduo dos abusos do poder, torna-se necessria a diviso do poder. Para Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), o Estado deve construir a vontade geral e coletiva, acima dos interesses dos indivduos. O bem comum nao a soma dos interesses individuais.

Para Wilheim F. Hegel (1770-1831), o Estado a substncia tica consciente de si mesma. O Estado coloca-se como um organismo vivo, compacto e utilitrio. Para Karl Marx (1818-1883), o Estado capitalista o Estado burgus, ou seja, no representa, como se pretende, os interesses da sociedade como um todo, mas est a servio dos interesses da burguesia, que a

O Estado em Gramsci

Antonio Gramsci fala do partido revolucionrio, no modo de produo capitalista, que tem por finalidade uma humanidade social ou uma sociedade humana, baseando-se na Tese 12 sobre Feuerbach, de Marx. Em seus estudos, percebe-se que o entendimento do Estado perpassa pela principal fonte de conflitos polticos: a distribuio desigual da propriedade privada e a anlise da sociedade civil como ncleo de mudanas.

Cidadania

Por Cristiane Rozicki: Nos ltimos tempos, usamos com frequncia o termo cidadania em qualquer discurso ou dilogo trivial, pois consiste, este vocbulo, devido ao seu significado abrangente, em uma designao que tende a ser oportuna e adequada em inmeras situaes.

Resumo

Maquiavel: O prncipe deve agir segundo o interesse do Estado. Hobbes: O Estado realiza a vontade de todos e deve ser reverenciado. Locke: A diviso dos poderes essencial democracia. Rousseau: A vontade geral no pode ser vinculada opinio individual dos cidados. Marx: O Estado capitalista centralizador. Enquanto para os clssicos o Estado uma verdade universal e natural da humanidade, Marx indica suas origens histricas e aponta os seus interesses.

Natureza

Os alquimistas viam a natureza como algo de misterioso e fantstico, e acreditavam que tudo estava impregnado de simbolismo. Os alquimistas queriam decifrar e utilizar esses smbolos para descobrir as maravilhas da natureza. Desse modo, eles poderiam, inclusive, manipul-la e, por exemplo, transformar os metais vis em metais

Sobre o Amor

O Amor Platnico: Plato escreveu uma apologia sobre o amor chamada O Banquete. Para Plato, o homem porta um impulso nostlgico, pois a alma preexiste e tem sua origem num mundo de idealidades. O mundo material seria apenas um jogo de sombras do verdadeiro mundo das ideias. Para esse filsofo grego, h nos homens um Bem ansiado de ordem metafsica e dele nasce o Eros (deus do amor), que representa a parte consciente da experincia de atrao que

Resumo
A expresso Amor Platnico quer dizer a busca da verdade essencial, pois, para o pensamento de Plato, o amor ausncia, pois os homens esto, na matria, distantes do mundo original. Nesse caso, amor platnico um exerccio de contemplao metafsica. H nos indivduos, segundo Freud, uma inclinao original para sentimentos de hostilidade, mas os homens estabelecem relaes entre si por laos libidinais e os indivduos do grupo comportam-se como se fossem uniformes, toleram as pecualiaridades dos seus outros membros, igualam-se a eles e no sentem averso por

Plato e a Repblica
O famoso Mito da Caverna narrado por Plato no livro VII de A Repblica. Para Plato, todos ns estamos condenados a ver sombras a nossa frente e tom-las como verdadeiras. Plato enxergava a humanidade numa condio infeliz. Imaginou os homens todos aprisionados numa caverna e imobilizados, os homens seriam obrigados a olharem sempre a parede em frente. Observando apenas sombras, acreditavam que estes fantasmas eram a

Para Plato, o poeta no poderia ser um constituinte da cidade perfeita, visto que est a trs passos da realidade e sua produo est espelhada na sombra da realidade. Estando to distante do mundo inteligvel, sua obra nos revela apenas a aparncia e apresenta uma descrio, sobretudo dos aspectos trgicos e taciturnos da natureza humana, correspondendo alma. O poeta, assim, duas vezes ilusrio, visto que no imita o mundo imanente, mas apenas o mundo sensvel.

Descartes e o Mundo Dual


Considerado o pai da filosofia moderna, sua filosofia mudou a forma de o homem ocidental refletir e produzir conhecimento. Sua principal obra Discurso sobre o Mtodo (1632). Descartes parte do princpio de que todos os homens participam da universalidade da razo. O intelecto puro possui, para o filsofo, duas faculdades essenciais: a intuio, que nos permite, pelo esprito, o acesso s ideias claras; e a deduo, pela qual podemos descobrir conjuntos de verdades racionalmente ordenadas.

Para entender a certeza matemtica ao conjunto dos saberes e do conhecimento, devemos aplicar a deduo e a intuio atravs de quatro regras fundamentais: Evidncia: segundo a qual devemos evitar todas as prevenes e a precipitao, para acolher apenas ideias claras. Anlise: segundo a qual devemos dividir os problemas no maior nmero possvel de partes para, assim, poder entendlos. Sntese: segundo a qual devemos distinguir as verdades mais simples, independentes e absolutas, das

Aristteles e o Pensamento Lgico Metafsica a parte da Filosofia que trata de


problemas sobre o propsito e a origem da existncia e dos seres, especulando em torno dos primeiros princpios e das causas primeiras do ser. O conhecimento o conhecimento das causas: a causa material (aquilo de que uma coisa feita), a causa formal (aquilo que faz com que uma coisa seja o que ), a causa eficiente (a que transforma a matria) e a causa final (o objetivo com que a coisa feita). Enquanto Plato age nos planos das ideias, usando s a razo e mal reparando nas transformaes da natureza, Aristteles interessa-se por estas e pelos processos

A Dialtica de Hegel
O pensamento de Hegel chamado de idealista porque, diferentemente da viso dos materialistas, que julgam que as foras materiais so o motor da histria, acreditava que a fora da histria residia nos princpios do esprito e do pensamento. Assim, para Hegel, a contradio o motor do pensamento. Monismo perceber a totalidade do mundo. A filosofia de Hegel representa a tentativa de considerar o universo como um todo sistemtico.

Obra de Kant

Segundo Kant, as cincias so possveis pois a matemtica e as cincias encontraram um caminho seguro e progridem, avanam, se consolidam; em filosofia, em metafsica no se chegou a ter o caminho seguro da cincia, e isto justamente o que determina a preocupao central de Kant.

Rosseau Iluminismo
Valorizao da razo, considerada o mais importante instrumento para se alcancar qualquer tipo de conhecimento. Valorizao do questionamento, da investigao e da experincia como forma de conhecimento tanto da natureza quanto da sociedade, poltica e economia. Crenas nas leis naturais, normas da natureza que regem todas as transformaes que ocorrem no comportamento humano, nas

Crenas nos direitos naturais que todos os indivduos possuem em relao vida, liberdade, posse de bens materiais; Crtica ao absolutismo, ao mercantilismo e aos privilgios da nobreza e do clero. Defesa da liberdade poltica e econmica e da igualdade de todos perante a lei.

Voltaire
Ningum jamais empenhou-se tanto em querer nos converter em animais. Essas palavras foram escritas por Voltaire para criticar Rousseau. Trata-se de uma crtica proposta de Rousseau de devolver ao homem a sua pureza natural, corrompida pelo ser social. No entanto, a antropologia rousseauniana se revela bem mais complexa e no reduz o homem a um mero animal. Voltaire pregou a liberdade de expresso e criticou a intolerncia religiosa. Contribuiu tambm para o conceito de igualdade de direitos.

Schopenhauer e Nietzsche e a Vontade

Segundo o filsofo Nietzsche, a arte como uma serpente que morde a prpria cauda, ou seja, ela tem um fim em si mesma. A vontade, no entendimento de Schopenhauer, no um princpio racional, mas um impulso irracional e cego, que conduz ao instinto de preservao. Trata-se de uma fora da natureza e universal. O homem, porm, tenta encobrir a irracionalidade dessa fora, conferindo causalidade a seus atos.

Escola de Frankfurt

o nome dado a um grupo de filsofos e cientistas sociais de tradio marxista que surgiu na dcado de 1920. Segundo a Escola de Frankfurt, a indstria cultural conduz a um consumo da produo cultural, em que o comportamento humano manipulado segundo os interesses da classe dominante. Assim, a forma como ocorre o consumo da cultura, que se torna mercadoria visando a estrutura inconsciente do pblico, dificulta o exerccio da reflexo autnoma e produz indivduos alienados.

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