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INTERPRETAÇÃO DE CASOS CLÍNICOS

DOR ABDOMINAL DOR ABDOMINAL AGUDA

- Em toda dor abdominal pede-se: raio x de tórax (vai ver


• Caso clínico: gastroenterocolite aguda GECA (viral, bacteriana,
pneumoperitonio no caso do perfura vo, geralmente a
parasitose – ascaridíase, giardíase, amebíase), IAM, intoxicação
direita), raio-x de abdômen, hemograma, pCr.
alimentar, apendicite, disenteria, síndrome de Chron, arbovirose,
hepa te A, diver culose, reto colite ulcera va, dispepsia – gastrite, ◦ Inflamatório (e ologia inflamatória vai causar a sintomatologia,
colescis te, câncer. Não teve febre. apendicite, colecis te). Comum em jovens (14-30 anos). Dor muito
bem localizada – aferida por fibras do po A.
• Elementos importantes:
◦ Obstrução (comum em idosos – mo lidade intes nal diminuída,
◦ Fatores provoca vos (tem fator de melhora ou piora?
distensão de alças com muitas fezes por ex causando
Melhora quando alimenta pode ser uma gastrite/ulcera
sintomatologia). Acontece geralmente após um longo período de
pép ca; melhora em genoflexão pode ser
cons pação (10 dias sem evacuar – já é preocupante). Durante a
gases/meteorismo). palpação não há peritonite, ou seja, não há defesa involuntária, mas
◦ Tipo da dor (em pontada, cólica, con nua, intermitente). pode haver defesa voluntaria (ainda mais quando palpa fossa ilíaca
(Dor em cólica paciente sexo feminino pode ser cólica esquerda).
menstrual; dor con nua padrão 9/10 em região de flanco,
◦ Hemorrágico: sangramento de uma grande artéria, o sangue em
começo em 2h pode ser apendicite – sem exame sico
contato com o peritônio gera a dor, ex: aneurisma de aorta
posi vo pode ser algum problema renal).
abdominal. Sangue extravasado irrita. O paciente tem fator de risco
◦ Cronologia. cardiovascular (geralmente o paciente já tem um aneurisma de
aorta abdominal, pode estar fazendo uso de esta na). Abdômen
◦ Topografia da dor. agudo hemorrágico mata. Paciente sente muita dor, mas ao palpar
o abdômen o paciente não sente nada.
◦ Irradiação.
◦ Perfuração de víscera oca causa o extravasamento de água/HCl
◦ Progressão e episódios anteriores. para a cavidade abdominal gerando a dor, ex: úlcera gástrica (perfil
QSE: ulcera gástrica do paciente: e lista de longa data).

QSD: colecis te. • Sinais de alarme:

QID: apendicite. - Dor que muda de localização; Ex: pancrea te.

QIE: diver culite, obstrução intes nal. - Dor que desperta do sono; Ex: cólica nefrí ca/renal.

- Dor que persiste por mais de 6h;

- Perda de peso.

• Muito raramente a dor abdominal vem sozinha, quando mais


sintomas geralmente mais perto chega do diagnós co.

◦ Febre;

◦ Diarreia;

◦ Náuseas;

◦ Cons pação;

• Diarreia X disenteria:
FIBRAS DO TIPO A vs FIBRAS DO TIPO C
◦ Criança: cronologia. Diarreia convencional = tem um maior
controle, geralmente cursa até o 10° dia. Disenteria = extrapola 10
dias. (Mais de 3 episódios por dia com consistência
• Tipo A: tem uma referência talâmica/cor cal, então somatotopia pastosa/aquosa). Diarreia aguda até 14 dias e crônica acima de 14.
de sensibilidade dessas fibras é maior; a dor é melhor
percebida/iden ficada/localizada. ◦ Em adultos vai depender do conteúdo. “Há sangue ou
muco/catarro/gordura?”, se tem é disenteria. Sem sangue/muco é
• Tipo C: não tem somatotopia cor cal/talâmica, a dor é percebida diarreia convencional. Também verifica a quan dade de dias.
de forma mais difusa, sem uma localização mais especifica.
◦ Quando a diarreia não é invasora/leve ela vai a ngir apenas
mucosa, sai água fezes e restos alimentares. Quando ela é invasora
a bactéria a nge além da mucosa, até a submucosa, faz com que a
destruição de camada chegue até os vasos sanguíneos – fezes com
sangue, muco.
ETIOLOGIAS ◦ Idosos, pacientes imunossuprimidos, portadores de
comorbidades importantes, gestantes e pacientes com internação
• PARASITOLOGIA recente com uso de an bio coterapia cons tuem fatores de risco
◦ São as doenças mais comuns em países em desenvolvimento. para doença invasiva.

◦ Geralmente causada por helmintos ou protozoários. ◦ Critérios de internação hospitalar: desidratação grave, diarreia
severa com sangue, dor abdominal importante, sinais clínicos de
◦ Cursam com dor abdominal, diarreia e, a depender de fatores infecção grave ou sepse, diarreia severa em pacientes maiores que
individuais ou do parasita em questão, podem cursar com outros 70 anos. = Nesses casos é necessária inves gação complementar –
sintomas, como náuseas, febre, má absorção; entre outros. interna e faz exame: hemograma, PCr, crea nina, VHS e
parasitológico de fezes (EPF).
◦ Sua suspeição é clínica e o diagnós co pode ser confirmado
através de um exame parasitológico de fezes, que deve ser ◦ Tratamento: u lizar álcool em gel 70% para higienizar as mãos. pós
COLHIDO EM TRÊS AMOSTRAS, a fim de aumentar a acurácia do usar o banheiro, higienizar as mãos com água e sabonete ou se
exame. sujidade não visível nas mãos. Ingerir água após evacuação;
diminuir ou evitar a ingesta de leite e derivados, café e bebidas que
- Exame parasitológico de fezes: tem que ser colhido em tenham cafeína e refrigerantes até resolução do quadro; evitar
três amostras. comer alimentos gordurosos, grãos (feijão, grão de bico, len lha,
milho), frutas, verduras e salada crua por 3 dias, progredir dieta
◦ Agentes e ológicos:
habitual lentamente após 3 dias.
- Giardia lamblia
- Ciprofloxacino 500mg, 1cp, 12/12h, 7 dias.
- Entamoeba histoly ca
- Sulfametaxazol + trimetropina 860+80mg, 1CP, 12/12H.
- Balan dium
◦ Exame: pedir hemograma + EPF.
- Blastomycis hominis
◦ Está indicado se houver sinais de alerta para infecção
- Ascaris lumbricoides bacteriana: idosos, febre moderada à importante, fezes com
sangue ou muco, pacientes imunocomprome dos ou
- Trichuris trichiura com desidratação grave, diabé cos, uso recente de an bió co, dor
abdominal refratária, hospitalização recente.
- Taenia solium/saginata

• CROHN E RCU

◦ A diarreia é um sintoma que prevalece sobre a dor abdominal;

◦ É uma condição CRÔNICA;

◦ Na Doença de Crohn, a diarreia geralmente acontece após as


refeições; É uma doença autoimune que gera uma inflamação
crônica no trato gastrointes nal (pode inflamar da boca até o ânus,
no sistema digestório inteiro). O acome mento geralmente é
irregular, assimétrico. Estenosa, inflama e obstrui.
◦ Tratamento: Vários fármacos implicados no tratamento dessas
condições clínicas, de forma geral, o fármaco de escolha para ◦ O acome mento em RCU retocolite ulcera va é simétrico e
infecções por protozoários é o Metronidazol. Por outro lado, nas con nuo.
infecções por helmintos, o Albendazol detém maior cobertura para
◦ Em ambas as condições, a suspeição clínica a par r de diarreia
as diversas nosologias.
crônica deve ser complementada com o exame de escolha, a
- Na maioria das vezes toma albendazol (400mg, 01cp ao colonoscopia;
dia, 3 dias), mas em giardíase é metronizazol (500mg,
◦ A incidência de ambas as condições clínicas é até os 30 anos de
01cp, 12/12, 7 dias).
idade, em especial, dos 14 aos 24 anos;

◦ Exames corrobora vos podem ser solicitados até que a


• GECA, gastroenterocolite aguda colonoscopia esteja acessível.

◦ Viral = é a maioria, como o rotavírus. No geral, de e ologia viral e ◦ O espectro sintomá co é variável sendo que o DIAGNÓSTICO
de evolução AGUDA; OPORTUNO e tratamento precoce interfere diretamente na
qualidade de vida do paciente;
◦ O quadro clínico comum cursa com diarreia e dor abdominal.

◦ Tratando-se de casos de disinteria, os agentes e ológicos mais


comuns são a Shigella, Salmonella e Entamoeba, mas também
pode ser causada por toxinas de agentes como E.
coli enterohemorrágica (EHEC) ou C. dificille.
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO - AVE

• CASO CLÍNICO:

◦ 68 anos, dificuldade súbita para falar, fraqueza no braço esquerdo


e perna direita, dificuldade para ar cular palavras, sintomas
surgiram a 1h = AVC. Paciente NIHSS de 11 -> elegível para
trombólise. TC não evidencia sangramento. DEXTRO de 102
(normoglicemia).

- Escala de Acidente Vascular Cerebral dos Ins tutos


Nacionais de Saúde (NIHSS).
• ITU - Infecção do Trato Urinário
- Fraqueza no braço: hemiparesia.
◦ Dor abdominal no andar inferior do abdômen, no hipogastrico
quando é uma cis te; quando é uma infecção ascendente pode ser - Dificuldade de ar cular palavra = disartria.
dor em flancos como pielonefrite.
◦ Hipertensão permissiva = 185/110mmHg até descobrir a real
◦ ITU refere-se a uma resposta inflamatória do urotélio a e ologia do quaro.
microrganismos patogênicos dentro do trato urinário;
◦ SCORE de Cincinna FAST/SAMU. Usado na triagem pré-
◦ É mais comum em mulheres; hospitalar do AVE, se posi vo a sensibilidade para AVE é muito alta
(usado na triagem pré-hospitalar).
◦ Pode ser de e ologia por patógenos comunitários ou nosocomiais;

◦ Apresentação clínica pica inclui dor em andar inferior do


abdome, disúria, polaciúria, urgência miccional e em alguns casos
hematúria macroscópica; (pielonefrite pode dar febre).

◦ Fatores de risco: diabetes, Gestação, anormalidade anatômica do


trato urinário, história de ITU de repe ção (incidência de 3x
infecções no trato urinário em 1 ano ou/ 2x em 6 meses),
transplante renal, nefroli ase e imunossupressão.

◦ O diagnós co é clínico, sendo que em casos a picos o sumário de


urina pode ser u lizado como subsidiário; (dor em hipogastrico,
paciente com disuria, polaciuria, abdômen inocente,

◦ Outros exames laboratoriais podem contribuir para o diagnós co,


como:

- Hemograma: Leucocitose com desvio à esquerda (em


pielonefrite principalmente).

- PCR: Elevação de PCR (proteína de fase aguda).

- Urocultura: Crescimento de mais de 100.000 UFC.

- Hemocultura: Em pacientes que cursam com sepse


secundária a uma ITU, pode ser posi va.
◦ Primeiros 10 minutos no pronto socorro = medir glicemia capilar,
- USG: Hidronefrose, obstrução de vias urinárias e exame neurológico e tomografia computadoriza (para descartar
abcessos. sangramento).

◦ Tratamento: An bio coterapia empírica ou guiada - nos casos - NIHSS (Na onal Ins tutes of Health Stroke Scale) =
em que houver urocultura com an biograma;
- Escala que vai de 0 até 44 pontos (quanto maior a
- Profilaxia para os pacientes com ITU de repe ção; pontuação, maior é a gravidade do acome mento).

- An bio coterapia para pacientes com bacteriúria Quando optar pela trombólise:
assintomá ca em grupos específicos (que são gestantes,
paciente pós transplantado); - Acidentes elegíveis para trombólise = acima de 4 pontos.

- Nitrofurantoina 100mg, 1cp 6/6h por 7 dias. - Paciente que precisam muito das mãos -> controle fino
de movimento = abaixo de 4 pontos; o cenário deve ser
- Paciente com deficiência de G6PD: ciprofloxacino, analisado individualmente, talvez eles podem usar a
bactrim, amoxicilina com clavulanato. alteplase – trombolí co.

- Bacteinúria assintomá ca: só trata em


gestante/paciente pós transplantado.
10% da dose em bolus intravenoso e o restante
em infusão con nua durante 60 minutos.
Indicada pois o paciente está dentro da janela
terapêu ca de 4,5 horas desde o início dos
sintomas. (Na prova vai ter uma alterna va
escrito 4,3 NÃO MARCAR!!! ATENÇÃO!!!).

◦ AVE wake-up stroke = paciente foi visto bem (sem


sintomas) antes de dormir, mas acordou com déficit. = se
passar de 4,5h NÃO trombolisa.

◦ Se o paciente ver com NIHSS de 11 no início da alteplase e depois


de 26 minutos o NIHSS for a 0 = NÃO SUSPENDE A ALTEPLASE ->
completa o tratamento. (Porque a

• AIT = ataque isquêmico transitório . Se o paciente entra com um


• O Acidente Vascular Encefálico (AVE), é uma condição clínica
NIHSS (6 por ex) e a longo do tempo diminui até chegar a 0,
caracterizada pela interrupção do fluxo sanguíneo para uma parte
provavelmente o paciente teve um AIT.
do encéfalo, resultando em dano cerebral, reversível ou
- Resolução completa dos sintomas sem que haja permanente.
intervenção clínica, consideramos que o paciente teve um
É a terceira principal causa de mortalidade no Brasil e a
AIT.
Segunda no mundo;

Principal causa de morbimortalidade.


1) Tomografia suges va de AVE isquêmico. Tem zona de penumbra.
80% ocorre após os 65 anos.
◦ Zona de penumbra só começa a aparecer a par r de 4h.
- 85%: Isquêmicos. 15%: Hemorrágicos.

◦ O mais comum é o acome mento da Artéria Cerebral Média


(Déficit motor braquiofacial, déficit sensi vo e afasia).

◦ Também pode acometer ACP (Predomínio de alterações de campo


visual); ACA (Predomínio de alterações em MMII); Basilar
(Predomínio de rebaixamento de nível).

- Lesão no hemisfério direito: as fibras do trato


cor coespinhal vão cruzar, então o déficit é contralateral.

2) Tomografia suges va de AVE hemorrágico.

◦ Depois que o TC chega -> verifica se realmente é isquêmico. Logo


após começa a procurar contraindicação (gestante, menores de 18
anos, AVEh nos úl mos 6 meses, trauma smo craniano, paciente
que faz u lização de an coagulante (varfarina, marevan) com
menos de 24h de uso -> não trombolisa). Paciente em uso de
an agreganteplaquetario pode trombolisar (que usa AAS ou
clopidogrel). *PROVA* - Se for no campo visual (o hemisfério cerebral dominante é o
esquerdo = toma conta do campo visual direito e esquerdo,
interpreta a informação visual dos dois lados; o hemisfério direito
• Terapia de reperfusão: vai interpretar apenas do campo visual esquerdo).

- Trombolí co = até 4,5h (4h e 30 minutos). - Se o paciente tem uma lesão no hem. Direito = vai ter
comprome mento do campo visual esquerdo mas o hemisfério
- Trombólise Intravenosa: Administrar alteplase esquerdo vai compensar, ou seja não vai ter alteração do campo
(rtPA) 0,9 mg/kg, com dose máxima de 90 mg. visual. // Se o paciente tem um AVE no hemisfério esquerdo, ele vai
ter um acome mento do campo esquerdo e direito, do lado - Trajeto: Origem no tronco
esquerdo não tem problema porque o hemisfério direito vai cobrir, cerebral, passando pelo meato
mas o lado direito é afetado, paciente fica heminegligente a direita. acús co interno, canal facial no
osso temporal, e saindo pelo
- Heminegligência = paciente deleta a percepção visual e forame es lomastoideo.
propriocep va de um lado do corpo, nesse caso do
direito. - Funções: Movimento dos
músculos faciais, secreção das
◦ Fatores de risco modificáveis do AVE: HAS, DM, dislipidemia, glândulas lacrimais e salivares,
tabagismo, FA (fibrilação arterial), obesidade, sedentarismo, sensibilidade do pavilhão
alcoolismo e uso de an concepcional oral (ACO). auricular e paladar nos dois
◦ Fatores de risco não modificáveis do AVE: idade, sexo, etnia, terços anteriores da língua.
fatores gené cos, AIT ou AVE prévios. ◦ Classificação:
◦ Quadro clínico (é variável): Alteração de força e/ou sensibilidade - Paralisia de Bell: Forma mais comum, idiopá ca.
em um ou ambos os lados do corpo. Alterações da fala. Confusão.
Dificuldade para entender e/ou se comunicar. Alteração marcha e - Paralisia Traumá ca: Resultante de lesão direta ao
equilíbrio. Hemianopsia parcial ou completa. Cefaleia súbita e nervo facial.
a pica.
- Paralisia Infecciosa: Causada por infecções como herpes
◦ Tratamento de AVE isquêmico: para AVEi com indicação de zoster (síndrome de Ramsay Hunt).
trombólise, uso de trombolí co (Alteplase) se Delta-T até 4,5h do
ictus; Manter níveis pressóricos até 220x120mmHg em qualquer - Paralisia Tumoral: Compressão do nervo facial por
situação ou até 185X 110mmHg se indicado trombolí co; Nos casos neoplasias.
nos quais os trombolí co não for indicado, u lizar an agregante - Paralisia Congênita: Presente ao nascimento devido a
plaquetário, an coagulação profilá ca e hipolipemiantes de alta anomalias do desenvolvimento.
potência.
◦ E ologias e fatores de risco:
◦ Contraindicações absolutas do AVE hemorrágico: An coagulação
oral e tempo de protrombina > 15 seg (RNI > 1,7). Uso de heparina - Idiopá ca: Paralisia de Bell.
nas úl mas 48 horas com TTPa elevado. Plaquetas < 100.000/mm³.
AVCI ou TCE grave nos úl mos 3 meses. Punção liquorica e arterial - Infecciosa: Herpes simplex, herpes zoster, o te média.
a menos de 7 dias. Persistência da PAS > 180 mmHg ou PAD > 105
- Traumá ca: Fraturas do osso temporal, lesões cirúrgicas.
mmHg, ou necessidade de medidas para reduzir a PA. Melhora
rápida dos sinais neurológicos. AVCH prévio. Sangramento interno - Neoplásica: Tumores do ângulo ponto-cerebelar,
a vo (exceto menstruação). paró da.

- Outros: Doenças autoimunes, doenças metabólicas


(diabetes), sarcoidose.
• AIT = ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO.
◦ Manifestações clínicas: tem dificuldade em piscar (ressecamento
◦ Episódio transitório de disfunção neurológica secundária a uma
da esclera, vermelhidão, ladrimejamento). Fraqueza ou paralisia
isquemia cerebral sem a ocorrência de infarto agudo local. súbita em um lado do rosto. Inabilidade de fechar o olho do lado
◦ Considerar quando o evento neurovascular se resolver sem um afetado. Sorriso assimétrico, desvio da boca. Perda de paladar nos
tratamento de fato, NIHSS vai melhorando até zerar/status basal do dois terços anteriores da língua. Dor retroauricular ou na
paciente. mandíbula. Paralisia Traumá ca: Associada a histórico de trauma ou
cirurgia. Síndrome de Ramsay Hunt: Erupções vesiculares no canal
◦ Pode ser causado por: um êmbolo (obstruiu um pouco o fluxo, não audi vo externo e dor severa.
a ponto de obstruir totalmente, sendo a vada uma cascata
fibrinolí ca endógena para destruir aquele trombo, quando ele é ◦ Avaliação complementar: eletromiografia, ressonância magné ca,
dissolvido os sintomas do paciente somem), lacunar (ocorre em testes laboratoriais.
pressões arteriais muito elevadas) ou baixo fluxo (obstrução
- Eletromiografia (EMG): Avaliação da gravidade da lesão.
proximal como placa ateroscleró ca em A.caro da comum/interna;
geralmente o paciente tem um período em síncope). - Ressonância Magné ca (RM): Excluir causas neoplásicas
ou vasculares.
◦ Melhora NIHSS sem interferência nenhuma (fora isso o quadro
parece muito com o AVCi, sintomatologia + TC limpa). - Testes Laboratoriais: Sorologia para herpes zoster, testes
de função autoimune.

PROVA = tratamento de paralisia de Bell.


• PARALISIA FACIAL
◦ Tratamento PARALISIA DE BELL:
◦ A paralisia facial é a perda parcial ou completa do movimento
voluntário dos músculos faciais. - Cor coesteroides; predinisona (20mg, 1cp de 12/12h
por 10 dias – tem que fazer o desmame)
◦ Origem: nervo craniano VII (nervo facial).
- An virais; aciclovir (400mg, 1 cp de 8/8h por 5 dias).
- Cuidados com os olhos: lubrificantes oculares e ◦ Sinais meníngeos:
fechamento noturno.
- Sinal Kerning: flexão cervical involuntária em resposta a
- Fisioterapia: exercícios faciais e es mulação elétrica. dor, provocada pela extensão da perna com o quadril
flexionado. (Presente em 11% dos casos)
◦ Tratamento PARALISIA TRAUMÁTICA:
- Sinal de Brudzinski = Flexão involuntária de membros
- Cirurgia de Descompressão: Para fraturas do osso inferiores, secundária a dor, provocada pela flexão da
temporal. coluna cervical. (Presente em 9% dos casos) reflexo de
- Reconstrução Nervosa: Em casos de lesão nervosa re ra devido a dor.
severa. - Esses sinais meníngeos quase não aparecem. Ou seja, se um
- Tratamento Adjuvante: Cor costeroides para reduzir o paciente com cefaleia + febre que não verem os sinais posi vos
edema. NÃO se pode descartar a hipótese de ser uma meningite. É um
exame de baixa sensibilidade. Mas em caso de ser sinal posi vo a
possibilidade de ser meningite é muito alta (valor predi vo bom).

◦ E ologias: variam de acordo com a idade.

- Neonato: Streptococcus agalac ae.


MENINGITE
- Pré-escolar: Listeria monocytogenes.

- Escolar: Haemophilus influenzae.

- Adulto: Streptococcus pneumoniae (a letalidade é alta,


é um coco espiral/cadeia reta, gram posi vo) e Neisseria
meningi dis (tem vários soro pos A, B, C, W, Y, é
diplococo gram nega vo e o mais comum é o soro po C).
Demoram de 1-3 dias para manifestar. Haemophilus
influenzae (tem vacina, é mais raro). PROVA.

- Idoso: Listeria monocytogenes.

- Imunocomprome dos (DM descompensando, HIV+), 50


anos ou mais, criança = Listeria monocytogenes.
◦ Inflamação das meninges (no espaço subaracnóideo).

◦ Transmissão: go culas, mas depois que o patógeno entra em


contato com hospedeiro ele pode ou não ocasionar a meningite.
Principal agente e ológico: streptococco.

◦ Classificação cronológica:

- Meningite aguda: até 4 semanas. Geralmente causadas


por VÍRUSS x BACTÉRIAS.

- Meningite crônica: acima de 4 semanas. Geralmente


causadas por fungo/protozoário (neurocis cercose). De um lado diplococo gram nega vo (meningococo) rosa e do outro
cocos gram posi vos (pneumococo) roxo.
◦ Tríade clássica: febre, cefaleia e sinais meníngeos (rigidez de
nuca). - Quando colhe amostra do LCR, pode ser que naquela gota que foi
colocada na placa para testar a cultura não tenha nenhuma bactéria
◦ Fator de risco: criança menor de 5 anos, idosos, (tentar visualizar diretamente – coloração de gram).
imunocomprome dos e viajante.
- A cultura (esfregaço de LCR) sai em 72h, a primeira parcial sai com
◦ Manifestações clínicas: Cefaleia global/holocrânia. 48h (analise liquórica).

◦ Espectros da doença meningocócica (dentro da meningite


bacteriana causada pelo meningococco Neisseria meningi dis):

- Meningite meningocócica (apenas o espaço


subaracnóideo tomado pelo patógeno).

- Meningococemia (meningococo circulando na corrente


sanguínea).

- Meningite meningocócica + meningcoccemia (é


importante colher uma hemocultura – mas só são
posi vas em cerca de 30% dos casos de meningite);
- O meningococo expressa pouca proteína de super cie, aumenta ◦ Tratamento:
pouco o sistema imune.
- No caso de Meningite bacteriana, o tratamento deverá incluir
além de cor cóides, an bio coterapia que inicialmente poderá ser
empírica a fim de cobrir os principais patógenos que atuam como
• Meningite bacteriana: agentes e ológicos em cada faixa etária. Dos 18-50 anos, uma
- Mais exuberante, expressa uma sintomatologia maior. opção sergura seria o uso de ce riaxona + vancomicina. O
tratamento é SEMPRE endovenoso
- Febre.
- Dexametasona (30 min antes da an bio coterapia).
- Rebaixamento de consciência. 10mg IV a cada 6/6h (até no mínimo 5 dias).

- Rigidez de nuca. - An bio coterapia empírica: ce riaxona 3ª (2g 12/12h +


vancomicina) EV.
• Meningite viral:
-> DEXAMETASONA = reduz leucócito, reduz infiltrado, reduz
- Geralmente são auto resolu vas. compressão craniana (vai desinflamar).
- Sintomas sistêmicos menos evidentes. ◦ Após o incio do tratamento não faz punção lombar de controle.
Apenas se o paciente não ver melhora em dias de tratamento.
- Fotofobia mais associada.
◦ Tempo mínimo de internação: 14 dias. (An bio coterapia
- Rash cutâneo melhor evidenciado.
ENDOVENOSA).
◦ Exames laboratoriais:
◦ Profilaxia: saber o quadro. Residentes no mesmo domicilio.
- Hemograma = observar o quadro infeccioso. Pessoas que compar lham o mesmo dormitório. Comunicantes de
creche/escolas (aluno que fica pelo menos 3h), contato com
- PCR ou VHS. go culas desprotegidas. Quimioprofilaxia =
- Crea nina = função renal, pode ser que tenha que ser - Rifampicina (600mg, 2x ao dia, por 2 dias) ou
u lizado algum an bió co nefrotóxico. ciprofloxacino (2g, 1cp ao dia, por 2 dias).
- Glicose (para analisar a glicose do líquor comparada com - Até quantos dias pode iniciar a profilaxia: 5 dias.
a glicose sanguínea).

- Ureia.

- Hemocultura.

- Punção lombar.

◦ Todos precisam fazer punção lombar.

◦ Pede TC em suspeita de meningite (não é em todos os casos) só


naqueles que pacientes que possuem sinais de hipertensão
intracraniana, rebaixamento de nível sensório/consciência,
paciente imunossuprimido. ◦ A meningite é uma EMERGÊNCIA MÉDICA!

◦ Em pacientes que precisam passar por uma TC, a TC deve


ser feita antes da punção lombar.

LOMBALGIA

◦ Afecção dolorosa da coluna lombar que não necessariamente


quer dizer que há o acome mento da coluna lombar, pode ser de
órgãos que estão passando por algo evento e a dor está sendo
irradiada.

• Classificação:

◦ Cronológica:
◦ Punção lombar = analise do LCR. Parâmetros normais do LCR:
- Aguda: todo episódio que dure até 4 semanas.
- Leucócitos: 0-5cel/mcl.
- Subaguda: episódios de 4 a 6 semanas.
- Glicose: é 50% da glicose sérica.
- Crônica: a par r de 12 semanas.
- Proteínas: até 40mg/dL.
- Tem um hiato temporal de 6 a 12 semanas. equina o paciente tem um déficit motor da
perna, paciente perde força.
◦ E ológico:
• YELLOW FLAGES = no caso de lombalgias eles possuem uma
- Inespecífica (mecânica): 80% dos casos, geralmente de tendencia a se cronificar, dessa forma deve-se verificar se o
caráter mecânico (piora com a movimentação). paciente tem fatores predi vos que aumentam a probabilidade
- Radiculopa a: dor não está circunscrita apenas na dele desenvolver uma lombalgia crônica.
coluna lombar, vai acompanhando todo o trajeto do I. Sofrimento psíquico. Dor modulada também a
nervo (nervo mais afetado é o n. ciá co), as compressões nível central, a nível de percepção de dor; limiar
nervosas geralmente ocorrem em L3-L4, L4-L5, L5-S1 de dor menor.
(sustentam uma carga de peso maior). A dor irradia pelo II. Insônia (pela dor).
dermátomo, geralmente é unilateral. III. Alterações no humor.
- Infecciosa:

Primárias: verificar se há febre, se passou por • Tratamento =


alguma cirurgia (por ex: se passou por uma
raquianestesia). ◦ Conservador: pilates, acupuntura, ioga.

Secundárias: pielonefrite, dor que emula uma ◦ Agudo:


dor lombar. Geralmente há febre.
Inespecífica: tratamento conservador (evitar opioide em lombalgia
- Neoplásica: aguda por conta da dependência), a base de:

Primárias: mieloma múl plo (gera dor lombar - AINE = ibuprofeno (cuidado em idoso – ataca os rins,
devido a uma lesão lí ca – fratura a vertebra). e lista. 600mg 1cp de 8/8h de 5-10 dias) celecoxibe (é um
an inflamatório inibidor da cox2, dose máxima 400mg
Secundárias: si o de metástase de outras (dose terapêu ca ó ma é de 200mg), 1cp de 100mg de
neoplasias. Neoplasias que metasta zam para 12/12h ou 1cp de 200mg 1x ao dia); cetoprofeno (150mg
coluna lombar: próstata, rim, pulmão e mama. 1cp por dia, 5-10 dias); nimesulida (1cp 100mg de 8/8h de
5-10 dias).

ANAMNESE - Analgésico simples = dipirona (2g é a dose máxima ao


dia - 1cp de 500mg 4/4h), paracetamol (3g é a dose
1) Há quanto tempo dói? máxima ao dia – se for cp de 750mg 8/8h) em associação
2) Já teve isso antes? com o RM/ relaxante muscular como ciclobenzaprima
3) Infecciosa: pesquisar fatores que levam a pensar em uma (agonista colinérgico e es mula Ach no SNC, de 5-10mg
infecção (febre, prostração, adinamia?). de 12/12h por 5-10 dias, nome comercial miozan); o
4) Radiculopa a: localização da dor, irradia? relaxante muscular é associado ao analgésico simples
5) Neoplásica: fuma? Tem histórico de CA? porque as lombalgias agudas inespecíficas possuem
geralmente um fator de tensionamento muscular, quando
◦ Pesquisei e não achei nenhum fator de radiculopa a/neoplásica a musculatura é relaxada ajuda no alivia da dor.
ou infeciosa = trato como se fosse de e ologia
inespecífica/mecânica. Conferir se o paciente não está tomando
albendazol/metronidazol associado a
◦ Dentro das radiculopa as, temos uma grande síndrome = paracetamol = MATA. (5g de paracetamol + 4g
síndrome da cauda equina (compressão radicular e medular). As de albendazol -> hepa te fuminante).
RED FLAGS são sintomas que se caso o paciente apresente sirvam
como alarme para possível diagnós co de síndrome da cauda Beta30 pode ser usada em lombalgia aguda
equina. inespecífica recorrente ou lombalgia aguda com
sinais clássicos de radiculopa a. É um cor coide
• RED FLAGS = parenteral. Bene cios: cor coide deposito
◦ Sozinhos possuem um baixo valor predi vo, se eles são (posologia dose única, dura de 30-45 dias).
associados vai aumentar a chance de ser a síndrome da Male cios: pode gerar uma dependência
cauda equina -> faz testes. psicológica.

I. Anestesia em sela. Parestesia sen da em região ◦ Crônico:


puberal, perianal e face medial da coxa. - DUAIS 1° linha, inibidores de recaptação de seretonina e
II. Disfunção de esfincteriana. L4-L5 sai o nervo noradrenalina (pregabalina = 75mg 1x ao dia; máximo de
que inerva o musculo detrusor = pode ter uma 300mg/dia 12/12h se progredir dose, duloxe na = 30mg,
incon nência urinária ou uma contenção 1x ao dia [a noite no início] e a dose máxima é 90mg/dia
urinária. ai pode usar de 12/12h, e gamapen na 300mg até 4x ao
III. Déficit motor. Como as raízes são comprimidas dia) Usar por 60 dias e fazer um desmame.
o paciente começa a perder força; parestesia
leve; sensação de choque; formigamento; - TRICICLICO 2° linha, age na histamina-noradrenalina-
perna mais gelada. Na síndrome da cauda serotonina (amitrip lina, dor crônica 75mg acima disso
começa a funcionar como um an depressivo).
- Indicação de ressonância nuclear magné ca em lombalgia: se
paciente apresenta red flags, lombalgia crônica, paciente com
história posi va pessoal para CA.

QUESTÃO DE PROVA = Síndrome da cauda equina e AVE.

QUESTÃO DE PROVA = contraindicação de trombólise.

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