Trabalho de Didactica de Biologia 1

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

A Utilização dos Meios Didácticos nas Aulas de Biologia

Estudante: Maria Emilia Cipriano Março

Código: 708233761
Turma: V

Curso: Biologia
Disciplina: Didáctica de Biologia I
Ano: 2º Ano

Quelimane
Maio
2024

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
Instituto de Educação à Distância

A Utilização dos Meios Didácticos nas Aulas de Biologia


Tutor:
Chipenda Zacarias Bondolo Chitubala

Quelimane
Maio
2024

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Folha de feedback

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
máxima tutor Subt
otal
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(indicação clara 1.0
do problema)
 Descrição dos 1.0
Introdução objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
 Articulação e
do trabalho
domínio do discurso
académico
(expressão escrita 2.0
cuidada,
Conteúdo coerência/coesão
Análise e discussão  textual)
Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.0
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0

Conclusão  Contributos teóricos


e práticos 2.0

 Paginação, tipo e
tamanho de letras,
Aspectos gerais Formatação parágrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas
Referȇncias Normas APA 6ᵃ  Rigor e coerência das
edição em citações citações/referências 4.0
Bibliográficas e bibliografia bibliográficas

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Índice

Introdução ................................................................................................................................... 5
Objectivos do Trabalho .............................................................................................................. 5
Objectivo Geral........................................................................................................................... 5
Objectivos específicos ................................................................................................................ 5
Metodologia ................................................................................................................................ 5
A utilização dos Meios Didácticos nas Aulas de Biologia ......................................................... 6
Conceito dos Meios Didácticos .................................................................................................. 6
Classificação dos meios didácticos............................................................................................. 8
Funções de Meios Didácticos ..................................................................................................... 9
Factores da escolha de meios didácticos .................................................................................. 12
Modelos nas Aulas de Biologia ................................................................................................ 14
Conceito sobre Modelo Didáctico ............................................................................................ 14
Conclusão ................................................................................................................................. 16
Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 17

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Introdução

O presente trabalho da disciplina de Didáctica de Biologia I objectiva abordar sobre A


utilização dos Meios Didácticos nas Aulas de Biologia. Portanto, a aprendizagem do latim
significa captar, reter para si. A aprendizagem é escrita como sendo “um processo de
aquisição e assimilação, mais ou menos consciente, de novos padrões e novas formas de
perceber, ser, pensar e agir” e é fruto da educação e do ensino. O professor antes de tudo,
alguem que sabe coisa e ensina a alguem. A função docente se caracteriza pela ação de
ensinar sendo que o conceito de ensinar não é definido de modo simples e fácil, pois há
diferença entre “professar um saber” e fazer os outros aprenderem alguma coisa. O ensino é
uma categoria que a pedagogia utiliza para designar actividade do professor; é actividade
mediante a qual o professor organiza o processo de aquisição de conhecimentos, habilidades e
normas de conduta dos alunos.

Objectivos do Trabalho

Objectivo Geral

 Abordar sobre a utilização dos Meios Didácticos nas Aulas de Biologia.

Objectivos específicos

 Conceituar os Meios e Modelos Didácticos;


 Indicar a importância do uso dos Meios e Modelos Didácticos em sala de aulas;
 Classificar os Meios Didácticos.

Metodologia

A realização do presente trabalho, foi possível com ajuda de consultas de vários


manuais digitais e não digitais. Baseado nisso pode-se classificar o método usado como sendo
bibliográfico uma vez que o trabalho foi desenvolvido com base em material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos de acordo com Gil (2002).

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A utilização dos Meios Didácticos nas Aulas de Biologia

Conceito dos Meios Didácticos

Meios de ensino são todos os meios materiais utilizados pelo professor e pelos alunos para a
organização e condução metódica do processo de ensino e aprendizagem” (Libâneo, 2013,
p.191).

Professor o termo deriva de professus e é de origem latina, que significa “pessoa que declara
em público”. O professor antes de tudo, alguém que sabe coisa e ensina a alguém. A função
docente se caracteriza pela ação de ensinar sendo que o conceito de ensinar não é definido de
modo simples e fácil, pois há diferença entre “professar um saber” e fazer os outros
aprenderem alguma coisa (Roldão, 2007. p.94).

Ensino etmologimente o termo deriva do latim (in+signare) e significa, “colocar dentro,


gravar no espirito”. O ensino é uma categoria que a pedagogia utiliza para designar actividade
do professor; é actividade mediante a qual o professor organiza o processo de aquisição de
conhecimentos, habilidades e normas de conduta dos alunos (Piletti, 2004.p. 28)

Aprendizagem do latim significa captar, reter para si. A aprendizagem é escrita como sendo
“um processo de aquisição e assimilação, mais ou menos consciente, de novos padrões e
novas formas de perceber, ser, pensar e agir” e é fruto da educação e do ensino (Schmitz,
citado por Piletti em 2004).
Meios de ensino e aprendizagem

O processo de ensino-aprendizagem é apresentado segundo Fronza-Martins (2009), citado por


Ferreira e Gurgueira (2011), onde, o ensino seria basicamente a construção de conhecimento
em sala de aula, informações ou esclarecimentos importantes à educação, realizados com um
objectivo pré-determinado, enquanto a aprendizagem seria vista como o exercício ou a prática
de uma matéria aprendida como uma experiência. Os alunos devem estar motivados e terem
objectivos bem definidos para facilitar a construção de conhecimento em sala de aula.

De acordo com Vygotsky (1991), o professor é uma figura importante, pois actua como
impulsionador do desenvolvimento psíquico dos seus alunos, realizando uma intervenção
pedagógica na construção de conhecimento.

Segundo Gil (2008), por muito tempo prevaleceu a ideia de que, para se tornar um bom
professor, bastaria dispor de comunicação fluente ou, então, de um alto nível de conhecimento
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sobre determinado assunto. Entretanto, é preciso uma boa didáctica e a efectivação desta
forma de conseguir criar uma boa comunicação junto aos receptores.

Corroborando com o autor, para que seja possível construir conhecimento em sala de aula, é
necessário transmitir o conteúdo leccionado de maneira compreensível e eficaz, através de
utilização de meios de ensino tradicionais e inovadores. A utilização dos meios de ensino,
facilita a comunicação, assim como o processo de ensino-aprendizagem.

Qualquer ensino mesmo o mais tradicional que seja, apoia-se em meios ou recursos; alias,
esta é uma singularidade própria a todas acções humanas que, para a sua concretização, um
mínimo de recursos matérias e humanos (para além de financeiras, em certos casos) se torna
indispensável.

No caso do ensino trata-se sobretudo de meios que devem despertar e motivar a actividade
dos alunos, ao mesmo tempo que poderão representar forma através da qual os conteúdos são
representados e concretizados, tornando-os reais e palpáveis, próximos dos alunos.

De acordo com (Mukhuna, 2019), os meios de ensino ou recursos didácticos ou pedagógicos,


são todos os meios utilizados pelo professor para a facilitação e a compreensão da disciplina e
conteúdos no PEA.

Ainda Piletti (2006, p.68), “os recursos de ensino são os componentes do ambiente da
aprendizagem que dão origem à estimulação do aluno”. No entanto, o objectivo de todo
professor é fazer com que os alunos compreendam a matéria ou conteúdo leccionado durante
a aula, os recursos de ensino são todos aqueles meios utilizados pelo professor com a
finalidade de fazer acontecer o PEA, de uma maneira simples e compreensiva dos conteúdos

Recurso didáctico é todo material utilizado como auxílio no ensino e aprendizagem do


conteúdo proposto para ser aplicado pelo professor a seus alunos (Souza, 2007). Pode se aqui
ressaltar que, os recursos didácticos variam consoante as matérias e as disciplinas.

Um exemplo prático aqui seria na disciplina de Geografia quando se trata de conteúdos que
dizem respeito a localização dos continentes, será necessário o Mapa em especial Mapa-
Mundo, Globo terrestres, atlas. Na disciplina de Biologia na matéria relacionado com o corpo
humano, o professor precisará de Esqueleto Humano. Nesta vertente, os recursos não têm sido
os mesmos para todas as disciplinas, e por vezes nem mesmo para a própria disciplina.

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Actualmente no processo de ensino-aprendizagem usam-se meios ou recursos didácticos,
trata-se de uma variada gama de dispositivos matérias e humanos, naturais e artificias, que o
professor utiliza para facilitar o seu trabalho didáctico. Por outras palavras, os meios de
ensino são os componentes do ambiente da aprendizagem que dão origem a estimulação para
o aluno. Esses componentes podem ser o professor, os livros, os mapas, os objectos físicos as
fotografias as fitas gravadas as gravuras, os filmes, os recursos naturais e assim por diante.

O material didáctico é uma exigência daquilo que esta sendo estudado por meio de palavras, a
fim de torna-lo concreto e intuitivo. Porém existem vários tipos de meios de ensino-
aprendizagem que o professor e alunos podem usar para optimizar a actividade do processo de
ensino.

Classificação dos meios didácticos

Na classificação de recursos de ensino existem uma grande divergência dos autores, mas nesta
abordagem classifica-se de acordo com Piletti 2(006).

Piletti (2006, p.68), classifica os recursos de ensino em três que são:

Recursos visuais: que engloba Projecções, Cartazes e Gravuras;

Recursos auditivos: Rádio e Gravações.

Recursos audiovisuais: Cinema e Televisão.

Mas também o autor não exclui os recursos encontrados na sociedade, uma vez que a
instituição de ensino se encontra nela, e que os conteúdos leccionados estão relacionados com
o homem e o meio. No entanto, encontram-se Recursos humanos e Materiais.

Tabela representativa dos Meios de ensino

Recursos humanos Recursos materiais


-Professor Ambiente Recursos da comunidade
-Aluno Natural Escolar -Indústrias
-Pessoal escolar e comunidade -Água Giz -Lojas
-Folha -Quadro -Repartições públicas
-Pedra Cartazes
Fonte: (Mukhuna, 2019).

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Esta é uma classificação muito vasta, mas que tem como vantagem o envolvimento da
sociedade no meio escolar. A utilização destes recursos da comunidade, serve como uma
ponte de aproximação da realidade comunitária à da escola.

Funções de Meios Didácticos

A construção do conhecimento em sala de aula é uma tarefa sublime destinada àqueles que
dedicam suas vidas à docência. Todavia, o cumprimento desta missão nem sempre é exacto e,
muitas vezes, torna-se árduo e complexo. Por isso, o uso de bons recursos didácticos que
facilitem o desempenho do professor é sempre intencionado.

Segundo Piletti (2000, p. 28), “os meios de ensino podem oferecer ricos estímulos à criança,
motivando-a em muitos casos ajudando-a a desinibir-se cabendo ao professor associar os
recursos e saber explora-los”. Estes meios dão mais motivação ao aluno no PEA. Exemplo: na
disciplina de Biologia, relacionado a matéria da constituição do corpo humano, se o professor
trás consigo o esqueleto humano ou cartaz dele, vai criar interesse e ânimo por parte do aluno
e o professor também, o aluno estará com a curiosidade e interesse da aula assim como a da
disciplina.

Não deixando de fora a era tecnológica, os meios visuais também contribuem bastante na
aprendizagem. Muitas crianças vivem em ambiente repleto de informações. Piletti (2006, p.
156), sustenta que:

Quanto a utilização dos recursos audiovisuais na sala de aula, devemos ter


presente que o homem toma conhecimento do mundo exterior através dos
cinco (5) sentidos. Aprendemos através do gosto, tacto, olfacto, ouvido e vista;
retemos do que lemos, escutamos, vemos, vemos e escutamos, ouvimos e logo
discutimos, ouvimos e logo realizamos.

Portanto, os cinco (5) sentidos não têm a mesma importância no PEA, visto que cada sentido
actua de uma forma diferente que a outra, o uso de um único sentido não trás consigo a
eficácia na aprendizagem, mas sim se usar os mesmos de uma forma simultânea. Ainda é
visto nos dias de hoje que a educação apresenta inúmeras características de ensino tradicional,
onde o professor é tido como o detentor do saber, enquanto os alunos são considerados
sujeitos passivos no PEA.

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De acordo com Nicola e Paniz (2016), nessa lógica, com o passar do tempo o aluno perde o
interesse pelas aulas pois, muito pouco de diferente é feito para tornar a aula mais atractiva e
que motive o mesmo a aprender e contruir seu próprio conhecimento. Os recursos utilizados
geralmente são quadro e giz assim a aula a caba virar rotina, não chamando a atenção dos
alunos para os conteúdos abordados.

Para tornar a aula mais dinâmica e atractiva, existem diversos recursos que podem ser
utilizados pelos professores, contribuindo para a aprendizagem e motivação dos alunos. Souza
(2007, p. 110), ressalta que “é possível a utilização de vários materiais que auxiliem a
desenvolver o processo de ensino e de aprendizagem, isso faz com que facilite a relação
professor – aluno – conhecimento.”

Quando o recurso utilizado demonstra resultados positivos, o aluno torna-se mais confiante,
capaz de se interessar por novas situações de aprendizagem e de construir conhecimentos
mais complexos. A simples presença do recurso em sala de aula não garante a qualidade e,
muito menos, dinamismo à prática do docente. Porém a sua existência poderá fornecer ao
docente, subsídios para que, ao utilizar o recurso de ensino, oferece possibilidade para que os
alunos ampliem sua leitura do mundo a sua acção crítica com base nas informações que o
recurso oferece (Viveiro & Diniz, 2009).

Conforme, defende (Souza, 2007, p. 110):

O professor poderá concluir juntamente com seus alunos, que o uso dos
recursos didácticos é muito importante para uma melhor aplicação do
conteúdo, e que, uma maneira de verificar isso é na aplicação das aulas, onde
poderá ser verificada a interacção do aluno com o conteúdo. Os educadores
devem concluir que o uso de recursos didácticos deve servir de auxílio para
que no futuro seus alunos aprofundem e ampliem seus conhecimentos e
produzam outros conhecimentos a partir desses. Ao professor cabe, portanto,
saber que o material mais adequado deve ser construído, sendo assim, o aluno
terá oportunidade de aprender de forma mais efectiva e dinâmica.

Apesar disso, muitos professores não utilizam recursos diferentes, talvez por medo ou por não
terem o dominio dos mesmos e encontram dificuldades em explicar aos alunos. A utilização
de jogos, filmes, oficinas orientadas, aulas em laboratório, saídas de campo são alguns

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recursos que podem ser utilizados sendo que, podem possibilitar a compreensão dos alunos no
sentido da construção de conhecimentos.

Dessa forma, alguns autores ressaltam a sua importância de alguns recursos didácticos que
foram citados: Enquanto joga, o aluno desenvolve a iniciativa, a imaginação, o raciocínio, a
memória, a atenção, a curiosidade e o interesse, concentrando-se por longo tempo em uma
actividade. Cultiva o senso de responsabilidade individual e colectiva, em situações que
requerem cooperação e colocar-se na perspectiva do outro. Enfim, a actividade lúdica ensina
os jogadores a viverem numa ordem social e num mundo culturalmente simbólico (Fortuna,
2003, p. 3).

Para que os alunos demonstrem maior interesse pelas aulas, todo e qualquer recurso ou
método diferente do habitual utilizado pelo professor é de grande valia, servindo como apoio
para as aulas. Assim, recurso didáctico é todo material utilizado como auxílio no ensino
aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado, pelo professor, a seus alunos.

Dessa forma, as utilizações desses recursos no processo de ensino podem possibilitar a


aprendizagem dos alunos de forma mais significativa, ou seja, no intuito de tornar os
conteúdos apresentados pelo professor mais contextualizados propiciando aos alunos a
ampliação de conhecimentos já existentes ou a construção de novos conhecimentos.

Utilizar recursos didácticos no processo de ensino- aprendizagem é importante para que o


aluno assimile o conteúdo trabalhado, desenvolvendo sua criatividade, coordenação motora e
habilidade de manusear objectos diversos que poderão ser utilizados pelo professor na
aplicação de suas aulas” (Souza, 2007, p. 113).

Com a utilização de recursos didácticos diferentes é possível tornar as aulas mais dinâmicas,
possibilitando que os alunos compreendam melhor os conteúdos e que, de forma interactiva e
dialogada, possam desenvolver sua criatividade, sua coordenação, suas habilidades, dentre
outras.

Para que isso ocorra é necessário que o material que será aplicado para os alunos esteja em
consonância com o que vai ser ou já foi estudado, e assim, é necessário um planeamento
crítico, para que o professor saiba e consiga usar de forma que seus objectivos sejam
alcançados e o aluno consiga atrelar teoria e prática.

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Factores da escolha de meios didácticos

Não se pode dizer que exista uma fórmula uniformizada para a selecção deste ou daquele
recurso pedagógico, ou para a combinação ideal entre eles. Terá que ser o formador, depois de
fazer uma análise cuidada ao grupo e aos objectivos traçados, a definir qual a melhor
estratégia a aplicar. Neste processo selectivo, devemos ter em conta que, por mais sofisticados
que sejam os recursos, estes seguramente não irão servir para todo o tipo de sessão.

Cada situação de aprendizagem é singular, por isso a selecção do(s) recurso(s) deve ser
original e circunscrever-se a uma situação formativa em particular. A variedade de recursos e
métodos a utilizar dependerá da variedade que a situação de aprendizagem propiciar.

O Objetivo

Se o objetivo for demonstrar a funcionalidade do quadro branco, certamente iremos fazê-lo


melhor na presença deste recurso do que através de um filme. Os recursos seleccionados terão
de estar sempre em consonãncia com a concretização dos objetivos. O formador deve saber
claramente o que devem aprender os formandos e, a partir daí, traçar os caminhos que melhor
desenvolvam as sua competências e habilidades.

Os Destinatários

Os recursos selecionados devem adequar-se às caraterísticas psicológicas dos participantes.


Esta tarefa obriga a que tenhamos que determinar quais as caraterísticas diretamente
relacionadas com a aprendizagem: conhecimentos prévios, ritmos de aprendizagem,
capacidade de expressão, inteligência.

Há grupos de formandos que necessitam de ser mais estimulados que outros. Há que aferir
qual o recurso que melhor o estimulará. É indispensável que se faça uma análise criteriosa às
caraterísticas do público-alvo e que daí resultem experiências suficientes para fazer assimilar
determinados conceitos.

O Conteúdo da Mensagem

Se a mensagem se destinar a uma reflexão individual, o melhor recurso será com certeza o
texto impresso. Permite uma concentração individual maior e a anotação de algumas
reflexões, por parte do formando. Se a mensagem se destinar a uma análise de grupo, o
recurso a um equipamento projetável, será o aconselhável.

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Os Condicionalismos Materiais

Quando planificamos uma sessão, temos que nos assegurar que os equipamentos necessários à
nossa estratégia irão estar disponíveis e em condições de funcionamento. Se o recurso
selecionado não estiver disponível, deve-se optar por outro alternativo que garanta uma taxa
de sucesso próxima daquela a que nos propusemos inicialmente.

O Tempo Disponível

Se a nossa sessão estiver planificada para 60 minutos não podemos, certamente, fazer uso de
um filme de duração superior a 30 minutos, sob pena de não termos tempo para aprofundar a
discussão e avaliarmos as conclusões.

Os Sentidos do Professor

Ao pretender concretizar um determinado objetivo não poderá nunca cair no erro de estimular
apenas um sentido. Devem-se estimular os diferentes sentidos de modo a que todos eles
contribuam na sua totalidade para que o formando, no final da sessão, tenha apreendido os
conteúdos de tal modo que os consiga executar e explicar.

A Sofisticação dos Recursos

Os recursos selecionados deverão permitir a visualização de forma clara e realista as ideias


que o formador pretende apresentar. Torna-se assim necessário, por exemplo, que o formador
assegure a nitidez de um filme, a legibilidade de um texto, a clareza do som, etc.

Custos dos Recursos

Ainda que pareça que o argumento económico não devesse interferir, sabemos que não é
assim. Há que avaliar se os custos associados ao recurso, irão compensar em função dos
benefícios previstos da aprendizagem. Se não, há que pensar em alternativas. Torna-se
também necessário adequarmos a nossa planificação aos recursos em consonãncia com a
capacidade económica da Entidade responsável pela formação.

Função do Recurso Didáctico

A selecção de um recurso deve basear-se na função que irá desempenhar numa situação de
ensino-aprendizagem. Os recursos podem assumir funções distintas. Por exemplo, um
conjunto de acetatos coloridos ou um filme ajudam à introdução de um tema e facilitam a

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motivação. Outros recursos haverá que facilitam a retenção e a memorização, como os
audiovisuais em geral.

Condicionalismos Físicos

A falta de espaço para a realização de uma atividade, a distância dos formandos ao televisor, a
dificuldade em obscurecer a sala, etc. são também fatores a considerar.

Modelos nas Aulas de Biologia

Conceito sobre Modelo Didáctico

O modelo didático é um esquema mediador entre a realidade e o pensamento do professor,


uma estrutura na qual se organiza o conhecimento. Terá sempre um caráter provisório e de
aproximação com uma realidade, além de ser um recurso para o desenvolvimento e
fundamentação para a prática do professor.

Na área da Biologia, o uso de modelos pode ser uma estratégia eficaz para facilitar o ensino e
a aprendizagem. Esses modelos são representações físicas ou visuais que ajudam os alunos a
compreender conceitos complexos de forma mais concreta e prática.

Modelos Tridimensionais e Semi-Planos

Os modelos biológicos podem ser estruturas tridimensionais ou semi-planas (alto relevo) e


coloridas. Eles complementam o conteúdo escrito e as figuras planas dos livros-texto,
tornando o aprendizado mais envolvente. Esses modelos podem representar células,
moléculas, órgãos ou sistemas biológicos específicos.

Metodologias Ativas

Durante o ensino de biologia, é importante adotar metodologias ativas que envolvam os


alunos de forma prática. A manipulação de modelos demonstrativos e a reflexão sobre os
conceitos por meio do raciocínio próprio são ferramentas importantes. Elas ajudam a conectar
os conteúdos e despertam o interesse dos alunos, explorando suas habilidades e competências.

Desenvolvimento de Modelos Didáticos

Professores podem criar modelos didáticos com materiais de baixo custo para uso em práticas
inovadoras. Esses modelos podem ser construídos para representar estruturas biológicas

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específicas, como células, proteínas ou sistemas orgânicos. A ludicidade também pode ser
incorporada, tornando o processo de aprendizagem mais divertido e envolvente3.

Planos de Aula

Os planos de aula de biologia podem incluir atividades práticas com modelos. Os professores
podem trabalhar com os alunos para explorar a vida e os organismos vivos por meio de aulas
teóricas e práticas

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Conclusão

Os alunos podem perder interesse na aula quando não são utilizados diferentes meios ou
recursos para a implementação da aula. Existem vários meios que podem tornar a aula mais
aprazível e contribuem para que o aluno tenha interesse pelo conteúdo ministrado,
construindo conhecimentos. Por várias razões, existem professores que não fazem o uso
destes meios de ensino. Apesar do quadro actual estar a mudar, ainda pode-se verificar
características de um ensino tradicional, onde o professor é visto como detentor do saber,
enquanto os alunos são considerados sujeitos passivos no processo de ensino e aprendizagem.
Neste sentido, ao longo do tempo, o aluno fica desinteressado pelas aulas porque não acontece
nada de diferente para tornar a aula mais aprazível e que motive o mesmo a aprender e
construir seu próprio conhecimento. Os meios utilizados geralmente são quadro e giz e assim
a aula se torna uma rotina, não chamando a atenção dos alunos para os conteúdos abordados.
Existem vários meios, para tornar uma aula mais aprazível e dinâmica e assim contribuir na
construção de conhecimento do aluno. Refere que “é possível a utilização de vários materiais
que auxiliam a desenvolver o processo de ensino e aprendizagem, isso faz com que facilite a
relação professor-alunos-conhecimento”.

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