Guia Técnico - Alvenaria
Guia Técnico - Alvenaria
Guia Técnico - Alvenaria
Residencial BX
Maio 2015
Caxias do Sul, RS
OBJETIVOS
1
NOTA AO CONSTRUTOR
2
SUMÁRIO
3
8.1 LIBERAÇÃO DO PAVIMENTO ................................................................................ 27
8.2 LOCAÇÃO DAS PAREDES DE ALVENARIA ......................................................... 27
8.3 ASSENTAMENTO DOS BLOCOS ............................................................................ 30
8.3.1 ASSENTAMENTO DA PRIMEIRA FIADA ........................................................ 30
8.3.2 CHUBAMENTO DAS BARRAS DE AÇO ........................................................ 32
8.3.3 PREPARO DA ARGAMASSA .......................................................................... 33
8.3.4 ASSENTAMENTO DA SEGUNDA FIADA ....................................................... 35
8.4 GRAUTEAMENTO ..................................................................................................... 36
8.4.1 PONTOS DE GRAUTE, VERGAS E CONTRAVERGAS ................................. 37
8.4.2 CINTA DE AMARRAÇÃO ............................................................................... 40
9. CONTROLE GEOMÉTRICO E ACEITAÇÃO DA ALVENARIA .................................... 41
10. CUIDADOS COM AS LAJES DE COBERTURA ......................................................... 43
11. ARMAÇÕES .................................................................................................................. 43
12. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDRÁULICAS ............................................................. 44
13. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ................................................................................. 45
4
5
1. INTRODUÇÃO A ALVENARIA ESTRUTURAL
a) b)
6
2. DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Nome: Residencial BX
Logradouro: Ernesto Bernardi, 1431 – Bairro Desvio Rizzo – Caxias do Sul, RS.
Número de apartamentos: 36
Estruturas
Concreto Armado:
- Subsolo
- Térreo
Alvenaria Estrutural:
- 9 Pavimentos Tipo
- Cobertura
7
3. CONTROLE DA RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS
Prisma 12
Pequena Parede 6
Parede 3
Tabela 1 - ABNT NBR 15.812-2, demonstrativo do número mínimo de corpos de prova para
ensaio, dependendo do tipo de elemento de alvenaria que será ensaiado.
8
Para fins de compreensão do construtor, demonstraremos um fluxograma
exemplificando as etapas de controle:
Laboratório
Ensaios prévios à
execução da obra dos
materiais e prismas
usados em cada
pavimento
Aceitos Rejeitados
Materiais aprovados
para execução
Procedimento em
Obra
9
Início da Execução do
Empreendimento
Pavimento Inicial
Corpos-de-prova a
Moldagem dos
serem moldados:
corpos-de-prova com Prisma
materiais usados na Argamassa
execução Graute
Bloco
Laboratório
Aceitos Rejeitados
Medidas de correção
10
3.1 PREPARAÇÃO DO PRISMA
4. ELEMENTOS DO PROJETO
11
Devido à amarração característica entre os blocos, as duas primeiras
fiadas são denominadas de “fiadas diferenciais”, pois estas se repetirão até a
conclusão da parede, exceto na altura das aberturas. Logo, com o
posicionamento correto dos blocos da primeira e segunda fiadas, é possível
dar continuação na elevação das paredes, seguindo o padrão estabelecido
pelo projeto.
As dimensões dos cômodos e das arestas da edificação também se
encontram neste documento, além das posições dos pontos elétricos e de
graute dentro das paredes. Outras informações pertinentes ao projeto estão
discriminadas em tabelas e legendas dispostas na prancha. São elas:
Corte esquemático
Mostra um corte simplificado da estrutura contendo a identificação dos
pavimentos a serem construídos em alvenaria estrutural. Serve de referência
para o uso da tabela de resistências, ajudando a diferenciar os materiais
aplicados nos pavimentos, à medida que ocorre a verticalização da estrutura.
Selo do projeto
Contém as informações do empreendimento, assim como os responsáveis
pela execução e pelo projeto. No selo é possível identificar se a planta é de
primeira ou segunda fiada e à quais pavimentos elas se referem. Acima do
logo, pode-se averiguar a quantidade de revisões feitas no documento.
12
Fig. 3 – Exemplo de selo presente nas plantas
de primeira e segunda fiada do projeto de
alvenaria estrutural.
Tabela de resistências
Nesta tabela encontram-se as resistências do projeto de alvenaria
estrutural. Como havia sido comentado no item 3 deste guia, a tabela
apresenta a sugestão do projetista para a resistência dos blocos nos diferentes
pavimentos, a fim de alcançar as resistências dos prismas. Junto a cada
pavimento, também estão às respectivas resistências da argamassa, graute,
prisma oco e grauteado. Abaixo da tabela, esta a legenda para
esclarecimentos.
13
Legenda elétrica
Como o projeto de alvenaria está compatibilizado com o projeto elétrico,
nas pranchas encontram-se os pontos elétricos que irão dentro das paredes.
Para identificá-los, tanto nas plantas das fiadas como no caderno de
elevações, estão as legendas elétricas.
14
Legenda de blocos
Contém vistas dos diferentes blocos e suas respectivas cores de referência
no projeto.
Exemplo de Prisma
Demonstra uma imagem cotada de um prisma, acompanhada de
recomendações para o ensaio.
15
Exemplo de como aplicar a argamassa de assentamento
Demonstração da aplicação de argamassa no bloco estrutural, exigida
pelos parâmetros do projeto.
16
Fig. 10 - Exemplo de parede vista no caderno de elevações com seus elementos (esta
parede não se encontra no caderno de elevações do projeto).
17
5. ELEMENTOS DO SISTEMA
5.1 BLOCO
Componente básico que compõe a alvenaria.
Identificação do bloco
Na face lateral dos blocos encontram-se informações de identificação das
características do produto, em baixo relevo, úteis para o executor. Estas
informações evitam equívocos na utilização dos blocos durante a construção.
São estas informações:
Blocos Estruturais
Usados na confecção das paredes estruturais.
19
5.2 ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO
Componente utilizado para a ligação dos blocos.
5.3 GRAUTE
Componente utilizado para o preenchimento dos espaços vazios dos
blocos. Tem como finalidade solidarizar armaduras à alvenaria,
aumentar a capacidade de resistência da parede e reforçar a
amarração entre elas.
20
5.6 ALVENARIA ARMADA
Paredes que contém armadura.
5.8 CINTA
Elemento estrutural apoiado continuamente na parede, ligando ou não
às lajes, vergas ou contravergas.
5.9 COXIM
Elemento estrutural não contínuo, apoiado na parede para distribuir
cargas concentradas.
5.10 VERGA
Viga colocada sobre vãos de portas e janelas, com função de transferir
cargas para as paredes ao lado das aberturas.
5.11 CONTRAVERGA
Viga colocada abaixo de vãos de janelas para evitar fissuras.
21
5.12 PRISMA
Corpo-de-prova composto por dois blocos de mesmas
características, unidos por uma junta de argamassa de
10 mm, com ou sem graute. Tem a finalidade de
comprovar se as características da alvenaria atendem
o projeto estrutural.
Fig. 14 - Prisma.
Fig. 15 – Amarrações diretas entre paredes: a imagem da esquerda mostra amarradas em “L”; a
imagem central mostra a amarração em “X”; e a ultima imagem mostra a amarração em “T”.
22
Fig. 16 - Amarrações indiretas entre paredes: a imagem da esquerda mostra o uso de
tela metálica entre as fiadas; e a imagem da direita o uso de grampo para a
amarração.
23
6.2 RECEBIMENTO DA ARGAMASSA E GRAUTE NÃO INDUSTRIALIZADOS
24
c) Armazenar produtos diferentes, separadamente, por lote e por tipo,
impedindo a mistura acidental;
7. FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS
3 Linha guia: usada para balizar o nível da fiada pela face superior dos blocos.
25
7 Colher de pedreiro: usada para o manuseio da argamassa de assentamento
e raspagem da superfície dos blocos.
11 Escantilhão: após ser fixado na laje e nivelado, passa ser usado como um
gabarito para as fiadas de blocos.
12 Linha de marcação (pó xadrez) / Giz: usado para marcar as linhas das
paredes na primeira fiada, após o assentamento dos blocos estratégicos.
14 Balde para graute: recipiente usado para manusear e veritr o graute dentro
das formas e vazados dos blocos.
26
O uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) é obrigatório para a
realização dos trabalhos em alvenaria estrutural. A proteção tem o objetivo de
evitar lesões físicas ou químicas capazes de ameaçar a segurança e a saúde
dos envolvidos na construção.
8. PRODUÇÃO DA ALVENARIA
27
Para fins de compreensão textual, seguem as seguintes definições:
Blocos estratégicos
Bloco de referência
28
e) Verificada a espessura da primeira fiada, assentar um bloco estratégico,
nivelando-o, e em seguida remover os blocos de referência para
prosseguir com o assentamento dos demais blocos estratégicos.
29
Sendo assim, os blocos estratégicos devem ser fixados a laje com o mesmo
traço da primeira fiada.
31
NOTA: A primeira fiada ira determinar a correta locação dos blocos das
seguintes fiadas, por tanto, não é permitido realizar ajustes fora do contesto do
projeto estrutural, além do supracitado. Para esclarecimento de qualquer
duvida consultar a equipe de engenharia responsável.
Fig. 21 – Representação da primeira fiada concluída com os escantilhões fixados nos cantos.
32
Fig. 22 – Etapas de execução do chumbamento da barra de aço no ponto de graute.
Caso o executor tenha optado por deixar as esperas dos pontos de graute
na fase de concretagem da laje, e estas barras não coincidirem nos furos dos
blocos segundo a paginação do projeto, o executor nunca deve entorta-las
para acomoda-las nos furos dos blocos. Retirando-as e chumbando-as
novamente no local correto.
33
TRAÇO RESISTÊNCIA RECOMENDADO
MÉDIA DA PARA A RESISTÊNCIA
ARGAMASSA DO BLOCO
CIMENTO CAL AREIA A/C
(Mpa) (Mpa)
1 1 5 1,2 9,38 9 a 12
34
de preferência, em local protegido de intempéries climáticas e sempre com
misturador mecânico, sendo vetada a mistura manual. O recipiente onde
ocorrerá a mistura, assim como o recipiente onde a argamassa será
depositada para o uso, deve estar limpo e isento de impurezas.
O tempo de mistura da argamassa esta relacionado às condições
adequadas de uso, porém essa verificação é empírica. Sendo assim, a
realização de ensaios prévios de trabalhabilidade e resistência passam a ser
importantes.
Após a adição de água na mistura o tempo em aberto de uso da
argamassa é de aproximadamente 2,5 h. E quando for misturada distante do
local de uso, tendo que ser transporta a uma distância muito grande dentro
da obra, deve-se remisturar manualmente antes de aplicar para evitar a
segregação e a exsudação dos componentes da argamassa.
35
1º passo
Assentar os blocos nos cantos, nos encontro entre paredes e nas delimitações
das aberturas de portas (blocos estratégicos).
2º passo
Conferir nivelamento e alinhamento dos blocos, posicionando a linha guia
entre eles.
3º passo
Assentar os demais blocos como mostra o projeto, aplicando a argamassa
sobre toda superfície do bloco e dois filetes de argamassa em uma das laterais
dele.
4º passo
Conferir o nivelamento, prumo e alinhamento da fiada recém assentada,
assim como a espessura das juntas verticais e horizontais.
5º passo
Repetir os passos anteriores até a conclusão do pavimento, lembrando-se de
conferir sempre o projeto.
8.4 GRAUTEAMENTO
O graute que será vertido dentro dos furos dos blocos, nos pontos
determinados em projeto, deverá preenchê-los totalmente. Para que a área
de vazão seja suficiente, deve-se realizar a retirada das rebarbas de
argamassa dos furos com uma haste de ferro e com água. Caso o executor
queira evitar retrabalhos, recomendamos que durante o assentamento das
fiadas seja retirado o excesso de argamassa remanescente nos vazios internos
do bloco, onde passará o graute e as barras de aço. A retirada do excesso de
argamassa de assentamento sobre as superfícies externas dos blocos também
deve ser feita para posterior acabamento da parede.
36
8.4.1 PONTOS DE GRAUTE, VERGAS E CONTRAVERGAS
37
do assentamento dos blocos canaleta, para que haja a devida cura da junta
de argamassa.
Pelo fato de o graute ser um micro concreto, ele precisa de um tempo
mínimo de cura. Por isso, vergas de janelas e vãos de portas devem estar
escoradas durante um período mínimo de 7 (sete) dias após o grauteamento.
O graute é um concreto composto por agregados de pequena
dimensão e com aspecto fluido para o preenchimento total dos vazios onde
será vertido. Sua relação água/cimento pode chegar a 0,8, para alcançar um
aspecto desejado, também levando em consideração o alto índice de
absorção dos blocos.
Diferente de um concreto convencional, o graute pode alcançar um
slump na faixa de 20 a 25 cm. Essa verificação feita no graute permite o uso
adequado segundo a ocasião. Como no caso de vergas e contravergas,
onde um slump próximo dos 20 cm é suficiente para o preenchimento da
forma. Já para vãos mais estreitos, como é o caso das colunas verticais
formadas pelos vazios dos blocos, um slump de aproximadamente de 25 cm se
faz necessário.
Sua composição consiste basicamente em cimento, areia média e brita
0 ou apenas cimento e areia média para grautes finos. A dosagem de cal
pode ser feita em um volume máximo de até 10% do volume de cimento para
o aumento de plasticidade, considerando que uma alta dosagem deste
insumo pode resultar na queda de resistência do graute, assim como quando
há o uso excessivo de água. Dependendo da resistência que se deseja
alcançar, o uso de aditivos plastificantes passa a ser necessário para manter
uma baixa relação água/cimento.
38
TRAÇO RESISTÊNCIA À
COMPRESSÃO
MÉDIA (MPa)
CIMENTO CAL AREIA BRITA 0 A/C
Recomendação de uso:
39
8.4.2 CINTA DE AMARRAÇÃO
Fig. 21 – Representações da
última fiada concluída com
blocos canaleta U e
canaleta J.
As duas imagens inferiores
demonstram a amarração
das lajes com as paredes
usando peças pré-
moldadas ou concretadas
in loco.
40
9. CONTROLE GEOMÉTRICO E ACEITAÇÃO DA ALVENARIA
a) b)
c)
41
d)
e)
f)
42
10. CUIDADOS COM AS LAJES DE COBERTURA
Isolar a última laje com manta asfáltica em camada dupla (faces mais
lisas em contato uma com a outra), ou Neoprene, ou 2 folhas de
fórmica (faces mais lisas em contato uma com a outra), ou EPS
revestido com manta aluminizada.
Criar uma ventilação no telhado com venezianas ou exaustores.
11. ARMAÇÕES
43
segunda fiada. Aplicar armaduras em coxins, vergas, contravergas, cintas e
pontos de graute.
44
13. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
45
TERMO DE ENTREGA
Responsável Técnico:
______________________________________________________
Eng. Paulo José Imaizumi
CREA SP 5060773140
______________________________________________________
Benetti Construtora Ltda.
46