Memorial-Estrutural - Maria-Trindade....

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MEMORIAL DESCRITIVO DE PROJETO ESTRUTURAL

OBRA: REFORMA E AMPLIAÇÃO DA ESCOLA MUNICIPAL MARIA TRINDADE DA SILVA

RESPONSÁVEIS TÉCNICOS:

ANDRÉ LUIS BELLEI


ANDRÉ LUIS GODINHO FERREIRA DE MELO
JEFFERSON MACIEL VALCANOVER
MARCO ANTÔNIO HANSEN
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................4
2 NORMAS UTILIZADAS...........................................................................................................4
3 PARÂMETROS DE PROJETO..................................................................................................4
3.1 Ampliação.....................................................................................................................4
3.2 Abrigo de resíduos e Central GLP.................................................................................5
3.3 Muro de Divisa..............................................................................................................5
3.4 Cobrimento das peças..................................................................................................6
4 CARGAS CONSIDERADAS......................................................................................................8
4.1 Peso próprio dos elementos.........................................................................................8
4.2 Carga de Paredes..........................................................................................................8
4.3 Cargas Acidentais nas Lajes..........................................................................................8
4.4 Carga de Cobertura.......................................................................................................8
4.5 Carga de Caixa d´Água..................................................................................................9
5 ELEMENTOS ESTRUTURAIS...................................................................................................9
5.1 Fundações.....................................................................................................................9
5.2 Dimensionamento da Fundação...................................................................................9
5.2.1 Características Construtivas das Sapatas............................................................10
5.3 Pilares.........................................................................................................................11
5.3.1 Características construtivas dos pilares..............................................................11
5.4 Vigas...........................................................................................................................11
5.4.1 Características construtivas das vigas.................................................................12
5.5 Lajes............................................................................................................................12
6 RECOMENDAÇÕES CONSTRUTIVAS....................................................................................13
6.1 Locação da obra..........................................................................................................13
6.2 Controle de qualidade dos materiais..........................................................................13
6.2.1 Cimento..............................................................................................................13
6.2.2 Agregado Graúdo................................................................................................13
6.2.3 Agregado Miúdo.................................................................................................14
6.2.4 Água....................................................................................................................14
6.2.5 Concreto.............................................................................................................15
6.2.6 Armaduras..........................................................................................................15
6.3 Formas........................................................................................................................16

6.4 Montagem das armaduras..........................................................................................17


6.5 Lançamento do concreto............................................................................................18
6.6 Adensamento.............................................................................................................19
6.7 Cura............................................................................................................................20
6.8 Remoção das Formas..................................................................................................20
7 QUANTITATIVO DE MATERIAIS................................................Erro! Indicador não definido.
1 INTRODUÇÃO

O presente memorial, trata dos parâmetros utilizados e as recomendações a


serem seguidas para a execução da estrutura em concreto armado de reforma e
ampliação da Escola Municipal Maria Trindade da Silva referente ao contrato nº
080/2018 firmado entre a empresa Hansen e Melo Ltda e a prefeitura Municipal de
Paranaguá.

2 NORMAS UTILIZADAS

O presente projeto seguiu as recomendações das normas a seguir:


 NBR6118 – Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento;
 NBR 6120 – Cargas Para o Cálculo de Estruturas de Edificações;
 NBR 7211 – Agregados para Concreto – Especificação;
 NBR 7215 – Resistência a Compressão do Cimento Portland;
 NBR 8681 – Ações e Segurança nas Estruturas;
 NBR 7480 – Aço Destinado a Armaduras para Estruturas de Concreto Armado;

3 PARÂMETROS DE PROJETO

O sistema estrutural utilizado para o cálculo dos esforços solicitantes nas


estruturas, foi cálculo por pórtico espacial. O software de dimensionamento e
detalhamento estrutural utilizado como ferramenta produtiva foi o Eberick,
comercializado pela empresa AltoQi.

Analisando o projeto arquitetônico de reforma, tem-se que as interferências


estruturais deverão ser realizadas conforme demonstrado a baixo.

3.1 Ampliação

A ampliação consiste na construção de novas salas de aula, banheiro, pátio


coberto, cozinha e área de serviço. A área total que será ampliada, será igual a 511,65
m². O presente documento trata das recomendações executivas para a execução dos
serviços. Todos os detalhes necessários para a perfeita execução do bloco, como:
armaduras, classe do concreto, cobrimentos dimensões e etc estão demonstrados no
projeto estrutural em anexo.
3.2 Abrigo de resíduos e Central GLP

Será construído uma estrutura para receber os resíduos provenientes da


edificação e outra para armazenar os recipientes contendo Gás. Ambas as estruturas
serão retangulares, conforme dimensões demonstradas em projeto. Sobre a estrutura,
será executada laje de cobertura com rebarba de 10 cm para as laterais e a frente. A laje,
deverá possuir uma inclinação mínima de 2% no sentido frontal e ser impermeabilizada
com manta líquida.

Os detalhes estruturais como: dimensão, posição e armadura estão detalhados no


projeto estrutural em anexo.

O software foi configurado de acordo com os parâmetros que mais se adequam a


região em que será realizada a reforma.

3.3 Muro de Divisa

Para delimitar o terreno da escola, será construído um muro de divisa, conforme


demonstrado no projeto arquitetônico em anexo. O muro terá altura de 300 cm e a
vedação será realizada com alvenaria assentada sobre a viga baldrame do muro. A
fundação para sustentação dos muros, será feita com sapatas. Para amarrar os pilares e
impedir o tombamento do muro, será construído sobre o mesmo uma viga de respaldo.
Todos os detalhes estruturais do muro a ser construído estão indicados no projeto
estrutural em anexo.
3.4 Cobrimento das peças

Para determinação do cobrimento das peças estruturais utilizadas, utilizou-se os


parâmetros das tabelas 6.1, 7.1 e 7.2 da NBR6118 demonstradas a seguir.

Considerando o ambiente em que a estrutura será executada, tem-se que a


mesma se enquadra na categoria Marinha pelo fato de o município de Paranaguá
possuir Oceano. De acordo com a tabela 6.1, tem-se que a classe de agressividade
ambiental correspondente é a III (Forte).

Considerando o disposto na tabela 7.1, para a classe de agressividade III


estruturas de concreto armado deverão possuir concreto com classe de resistência igual
ou superior a C30. A resistência do concreto utilizado será igual a 30 Mpa que
corresponde a classe de resistência C-30.
De acordo com a tabela 7.2, em estruturas de concreto armado sujeitas a classe
de agressividade III, deve-se utilizar um cobrimento igual a 35 mm para lajes e 40 mm
para vigas e pilares. Dessa forma, o software será configurado de acordo com o exigido.
4 CARGAS CONSIDERADAS

Para determinação das cargas, será seguido o disposto na NBR6120.

4.1 Peso próprio dos elementos

Considerando que as estruturas são em concreto armado, tem-se que a carga


resultante do peso próprio dos elementos deverá ser igual a 2.500 kgf/m³ que é a massa
específica do concreto armado. Considerando que as lajes treliçadas utilizadas nos
beirais possuirão fechamento com lajotas cerâmicas, será considerado uma carga igual a
259 kgf/m² para as lajes. A consideração da carga resultante do peso próprio das
estruturas, é realizada automaticamente pelo software.

4.2 Carga de Paredes

Considerando que as estruturas terão o seu fechamento com alvenaria,


considerou- se a carga das paredes sobre os baldrames. Dessa forma, determinou-se a
altura em conformidade com o projeto arquitetônico, espessura da parede igual a 15 cm
e peso próprio da parede como sendo igual a 1500 kgf/m³. Sobre as vigas baldrames,
tem-se que a carga de paredes será igual ao pé direito da edificação que é igual a 300
cm, com isso, o carregamento resultante das paredes será igual a 675 kgf/m. O
fechamento do muro de divisa, será feito com parede em alvenaria sobre as vigas
baldrames do muro. Considerado que o muro possuirá altura igual a 300 cm, tem-se que
o carregamento sobre as vigas baldrames do muro será igual a 675 kgf/m.

4.3 Cargas Acidentais nas Lajes

Para a carga acidental sobre os cômodos que possuem laje, considerou-se o


disposto na NBR6120, que determina que para lajes de forro sem acesso de pessoas,
deve- se considerar uma carga acidental igual a 50 kgf/m².

4.4 Carga de Cobertura

Conforme o projeto arquitetônico, a cobertura utilizada no bloco a ampliar será


de tesouras de madeira com telha de fibrocimento. O valor considerado para o
carregamento da cobertura com telha de fibrocimento, será igual a 80 kgf/m². Nos
cômodos possuem laje, foi considerado o carregamento da cobertura descarregando
sobre a laje. Nos cômodos que possuem forros de PVC, foi verificado a área do
telhado sobre as vigas
superiores do térreo e multiplicado pelo carregamento considerado, obtendo-se assim, a
carga resultante da cobertura distribuída sobre as vigas superiores do térreo, uma vez
que elas irão servir de suporte para as tesouras de madeira de sustentação da cobertura.

4.5 Carga de Caixa d´Água

Conforme projeto hidrossanitário, tem-se que existirá uma caixa de água com
volume igual a 500 litros sobre a L-11. Dessa forma, tem-se que deverá ser considerado
sobre essa laje uma carga adicional resultante do apoio do reservatório. Considerando
que cada reservatório possui 500 kgf de carga. A carga, será distribuída sobre o fundo
do reservatório com área igual a 0,64 m². Dessa forma, tem-se que a carga resultante
sobre a laje será igual a 750 Kgf/m² nos pontos em que está localizado o reservatório.
Além desse reservatório, considera-se a existência de outros dois reservatórios com
carga igual a 500 kgf sobre a L38.

5 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

5.1 Fundações

Para determinar as fundações a serem utilizadas, contratou-se empresa


especializada para realização do ensaio SPT para caracterização do solo. O relatório de
sondagem, encontra-se em anexo.

De acordo com o relatório de sondagem, o perfil do solo a ser considerado é


tipicamente arenoso. Analisando o relatório, tem-se que existe capacidade de suporte
satisfatória já nas primeiras camadas. Dessa forma, prezando pela economia será
utilizado fundação rasa do tipo Sapata.

5.2 Dimensionamento da Fundação

O dimensionamento das sapatas é realizado pelo software Eberick a partir das


características definidas pelo projetista.

O tipo de solo considerado para o dimensionamento é o arenoso. Para se


determinar a capacidade de suporte do solo, utiliza-se a relação de Alonso (1943) e
Teixeira e Godoy (1996), que determina:
𝑁𝑠𝑝𝑡
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
0,05
Onde o Nspt é a Média Aritmética dos SPT´s na região da cota de apoio da
sapata até o término do bulbo de pressão.

Considera-se o Bulbo de Pressão como sendo igual a 2B, em que B é igual a


menor dimensão da sapata. Para fins de cálculo, será considerado o valor de B como
sendo igual a 1 metro. Dessa forma, tem-se que o bulbo de pressões agirá até 2 metros
abaixo da cota de apoio da sapata. Determinou-se a cota de apoio da sapata como sendo
igual a 1 metro abaixo do nível 0 do solo. Dessa forma, tem-se que o SPT médio da cota
-1 até a cota -3 é igual a 6. Com isso, tem-se que a pressão admissível será igual a:

6
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
0,05
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 120 𝐾𝑁/𝑚² = 1.20 Kgf/cm²
Dessa forma, considera-se que o solo em questão suporta sem sofrer recalque
uma carga de até 1.20 kgf/cm².

Com isso, determina-se a capacidade de suporte real do solo em que será feita a
fundação. A área das sapatas é obtida em função do carregamento a que a mesma está
sujeita e a capacidade de suporte do solo. Dessa forma, considera-se a carga resultante
de cada pilar (demonstrado pela planta de locação) e determina-se a área necessária da
sapata considerando a capacidade de suporte do solo.

Os esforços solicitantes sobre cada sapata e o detalhamento estrutural, encontra-


se no projeto estrutural em anexo.

5.2.1 Características Construtivas das Sapatas

Para a execução das sapatas, deverá ser seguido os parâmetros a seguir.


 Concreto Estrutural com resistência característica fck= 30 Mpa (Classe C-30);
 Relação água/cimento menor ou igual a 0,5;
 Tipo de cimento recomendado: Cimento Portland II Z ou ARI (pozolânico ou de
alta resistência inicial);
 Cobrimento do aço: 4 cm;
5.3 Pilares

Os pilares do projeto estrutural em anexo, serão em concreto armado. Para o


dimensionamento, o software eberick considera o índice de esbeltez de cada pilar, o
carregamento, os momentos fletores atuantes sobre o topo e sobre a base de acordo com
a norma NBR6118. O detalhamento estrutural e disposição dos pilares está demonstrado
na prancha em anexo.

5.3.1 Características construtivas dos pilares

Para a execução dos pilares, deverá ser seguido os parâmetros a seguir.


 Concreto Estrutural com resistência característica fck= 30 Mpa (Classe C-25);
 Relação água/cimento menor ou igual a 0,5;
 Tipo de cimento recomendado: Cimento Portland II Z ou ARI (pozolânico ou de
alta resistência inicial);
 Cobrimento do aço: 4 cm;

5.4 Vigas

As vigas a serem utilizadas na estrutura considerada, possuirão nomenclatura a


depender da posição das mesmas. O padrão utilizado, encontra-se a seguir.

VB – Vigas Baldrames – utilizada para resistir aos esforços das paredes de alvenaria a
serem construídas;
VBM – Vigas Baldrames Muro – utilizada para resistir ao reforço da vedação do muro
de divisa a ser construído.
VBR - Vigas Baldrames abrigo de resíduos/central GLP – utilizadas para suportar a
carga das paredes do abrigo de resíduo e central GLP;
VS – Vigas superiores destinadas a suportar os carregamentos das lajes e da cobertura
da edificação;
VRM – Viga Respaldo Muro – Viga Destinada para solidarizar os pilares do muro de
fechamento e impedir o tombamento do muro de divisa;
VSR- Vigas Superiores do Abrigo de resíduos e central GLP para suportar o
carregamento das lajes de fechamento;

Configurou-se o software para considerar o carregamento a que cada viga está sujeira.
Com isso, determina-se o momento fletor máximo para cálculo das armaduras
longitudinais e esforços cortantes para cálculo das armaduras transversais, conforme
determinado da NBR6118. O detalhamento estrutural das vigas, encontra-se no projeto
estrutural em anexo.
5.4.1 Características construtivas das vigas

Para a execução das, deverá ser seguido os parâmetros a seguir.


 Concreto Estrutural com resistência característica fck= 30 Mpa (Classe C-30);
 Relação água/cimento menor ou igual a 0,5;
 Tipo de cimento recomendado: Cimento Portland II Z ou ARI (pozolânico ou de
alta resistência inicial);
 Cobrimento do aço: 4 cm;

5.5 Lajes

O abrigo de resíduos e central GLP será coberto por estrutura de laje em


concreto armado. A laje deverá possuir uma inclinação de 2% para a direção frontal e
ser impermeabilizada para impedir a infiltração.

Para o dimensionamento, foi considerado uma carga acidental igual a 50 kgf/m²


de carga acidental e uma carga igual a 35 kgf/m² resultante de revestimento
(considerando o emboço e a manta de impermeabilização). Com o carregamento, o
software utilizado como ferramenta de produção monta a grelha e verifica os momentos
críticos. O resultado do dimensionamento, está demonstrado na prancha do projeto
estrutural em anexo.

A laje utilizada nos beirais e na cozinha, será do tipo pré-moldada treliçada com
fechamento em Lajota Cerâmica. No dimensionamento, foi considerado uma carga
acidental de 50 kgf/m², conforme orientação da NBR6120. Além da carga acidental, foi
considerado o carregamento resultante da cobertura que será utilizada (tesouras de
madeira com telha de fibrocimento) como sendo igual a 80 kgf/m².

Características Construtivas das Lajes

 Concreto Estrutural com resistência característica fck= 30 Mpa (Classe C-30);


 Relação água/cimento menor ou igual a 0,5;
 Tipo de cimento recomendado: Cimento Portland II Z ou ARI (pozolânico ou de
alta resistência inicial);
 Cobrimento do aço: 3.5 cm;
6 RECOMENDAÇÕES CONSTRUTIVAS

6.1 Locação da obra

Para realizar a locação da obra, deve-se seguir o demonstrado na planta de


locação com as disposições das fundações e cotas presente no projeto em anexo. Para
facilitar, foi adicionado os elementos estruturais existentes para serem utilizados como
referência.

Cabe ao engenheiro executor, a perfeita locação dos elementos com o auxílio de


equipamentos de precisão para não existir conflitos de dimensões nas fases posteriores
de execução.

6.2 Controle de qualidade dos materiais

6.2.1 Cimento
O cimento empregado no preparo do concreto deverá satisfazer as especificações
e métodos previstos pelas Normas Brasileiras. Para cada partida de cimento deverá ser
fornecido o certificado de origem correspondente. No caso de concreto aparente, não
será permitido o emprego de cimento de mais de uma marca ou procedência para evitar
possíveis, por menores que sejam, diferenças no produto final.

O armazenamento do cimento na obra deverá ocorrer em depósitos secos, à


prova d’água, adequadamente ventilada e provida de assoalhos isolados do solo, de
modo a eliminar a possibilidade de qualquer dano, total ou parcial, ou ainda misturas de
cimento de diversas procedências.

O controle de estocagem deverá permitir a utilização conforme a ordem


cronológica de entrada no depósito. A apresentação do cimento poderá ser em sacos ou
a granel.

6.2.2 Agregado Graúdo


Deverá ser utilizado preferencialmente pedra britada proveniente do britamento
de rochas estáveis. Recomenda-se a utilização de agregado basáltico ou granito como
agregado graúdo.
Independente do material a ser utilizado, os mesmos deverão estar isentos de
substâncias nocivas ao seu emprego, tais como torrões de argila, material pulverulento,
gravetos e outros e, deverão possuir diâmetro máximo superior a 3,6 mm.

O armazenamento em canteiro deverá ser feito em plataformas apropriadas, de


modo a impedir qualquer tipo de trânsito sobre o material já depositado.

6.2.3 Agregado Miúdo

Como agregado miúdo, deve-se utilizar areia natural quartzosa, ou artificial,


resultante da britagem de rochas estáveis, com uma granulometria que se enquadre no
especificado pelas Normas. Este agregado deverá estar isento de substâncias nocivas à
sua utilização, tais como mica, materiais friáveis, gravetos, matéria orgânica, torrões de
argila, etc.

O armazenamento da areia deverá ser feito em plataformas apropriadas


protegidas por valetas, para evitar a contaminação do material pelo escoamento das
águas pluviais.

6.2.4 Água

A água a ser utilizada no amassamento do concreto deverá ser limpa e isenta de


siltes, sais, alcalis, ácidos, óleos, matéria orgânica ou qualquer outra substância
prejudicial à mistura. Em princípio, a água potável poderá ser utilizada. Deve-se
respeitar a relação água/cimento máxima estabelecida nas peças estruturais.

Sempre que se suspeitar que a água local ou a disponível possa conter


substâncias prejudiciais, análises físico-químicas deverão ser providenciadas.
6.2.5 Concreto
O traço do concreto utilizado deverá ser determinada pelo engenheiro executor
ou pela empresa contratada para o fornecimento de concreto usinado, através de estudos
de dosagem experimental, objetivando atender aos requisitos de trabalhabilidade,
resistência característica especificada pelo projeto, e durabilidade das estruturas. O
slump utilizado, deverá ser tal que garanta o perfeito adensamento do concreto no
interior das formas e que não cause bicheiras nas peças. A relação água/cimento não
pode ultrapassar o valor de 0,6. Recomenda-se a utilização de slump +/- 10cm. O
engenheiro executor, deve exigir que seja realizado o teste do tronco de cone para
verificar se o slump desejado foi alcançado.

Será exigido o emprego de material de qualidade uniforme e correta utilização


dos agregados graúdos e miúdos, de acordo com as dimensões das peças a serem
concretadas, e a fixação do fator água-cimento, tendo em vista a resistência e a
trabalhabilidade do concreto, compatível com as dimensões e acabamentos das peças. A
quantidade de água usada no concreto deverá ser regulada, ajustando às variações de
umidade dos agregados, no momento de sua utilização na execução dos serviços.

Todos os materiais recebidos na obra ou utilizados em usina, devem ser


previamente testados para comprovação de sua adequação ao traço adotado.

Deverá ser feito por meio de laboratório, os ensaios de controle do concreto e


seus componentes de acordo com as Normas Brasileiras relativas ao assunto, antes e
durante a execução das peças estruturais.

6.2.6 Armaduras

As barras de aço utilizadas para as armaduras das peças de concreto armado,


bem como a sua montagem, deverão atender às prescrições das Normas Brasileiras que
regem o assunto (NBR7480).

De modo geral, as barras de aço deverão apresentar suficiente homogeneidade


quanto às suas características geométricas e não apresentar defeitos tais como bolhas,
fissuras, esfoliações e corrosão.
As barras de aço deverão ser depositadas em pátios cobertos com pedrisco,
colocadas sobre travessas de madeira.

Deverão ser agrupados nas várias partidas por categorias, por tipo e por lote. O
critério de estocagem deve permitir a utilização em função da ordem cronológica de
entrada.

As barras de aço deverão ser convenientemente limpas de qualquer substância


prejudicial à aderência (barro, óleos, graxa ou outros elementos inconvenientes),
retirando as camadas eventualmente destacas por oxidação. Sendo vedada a utilização
de barras que apresentam camadas oxidadas.

A limpeza das armações deverá ser feita fora das respectivas fôrmas. Quando
feita em armaduras já montadas em fôrmas, será executada de modo a garantir que os
materiais provenientes desta limpeza não permaneçam retidos nas fôrmas.

Quando do prosseguimento dos serviços de armação decorrentes das etapas


construtivas da obra, deve-se limpar a ferragem de espera com escovas de aço, retirando
excessos de concreto e de nata de cimento. Em casos onde a exposição das armaduras às
intempéries for longa e previsível, as mesmas deverão ser devidamente protegidas.

6.3 Formas

Os materiais de execução das fôrmas deverão ser compatíveis com o acabamento


desejado (chapas de madeira ou metálica). Partes da estrutura não visíveis poderão ser
executadas com madeira serrada em bruto.

Para as partes aparentes, será exigido o uso de chapas compensadas, madeira


aparelhada, madeira em bruto revestida com chapa metálica ou simplesmente outros
tipos de materiais, conforme indicação no projeto e conveniência da execução.

O madeiramento a ser utilizado deverá ser armazenado em local abrigado, com


suficiente espaçamento entre pilhas, visando a prevenção de incêndios.

Recomenda-se a utilização de fôrmas de madeirite plastificado e re- utilização de


até 4 vezes da mesma e espessura de no mínimo 4cm.
Os painéis deverão ser limpos e receber aplicação de desmoldante, não sendo
permitido emprego de óleo.

As fôrmas deverão ser construídas de forma estanque, não permitindo fugas de


nata de cimento. Toda vedação das fôrmas deverá ser garantida por meio de justa
posição das peças, sendo vedado o artifício da calafetagem com papéis, estopa e outros.
A manutenção da estanqueidade deverá ser garantida, evitando longa exposição das
fôrmas ao tempo antes das respectivas concretagens. Os cantos e arestas vivas deverão
ser executados com juntas de topo.

A ferragem deverá ser mantida afastada das fôrmas por meio de pastilhas de
argamassa ou espaçadores plásticos.

6.4 Montagem das armaduras

As armaduras dimensionadas das peças estruturais, deverão seguir o


determinado no projeto estrutural em anexo, respeitando os comprimentos, transpasses e
diâmetros calculados.

O dobramento das barras, inclusive para ganchos, deverá ser feito com os raios
de curvatura previstos no projeto, respeitando-se os mínimos estabelecidos por Norma.
As barras de aço deverão ser dobradas a frio. As barras não poderão ser dobradas junto
às emendas com solda.

Para manter o posicionamento da armadura durante as operações de montagem,


lançamento e adensamento do concreto, deverão ser utilizados fixadores e espaçadores,
desde que fique garantido o recobrimento mínimo preconizado no projeto, que essas
peças sejam totalmente envolvidas pelo concreto, e de modo a não provocarem manchas
ou deteriorações nas superfícies externas.

Após o término do serviço de armação, o engenheiro deverá evitar ao máximo o


trânsito de pessoas através das ferragens colocadas. Contudo, deverá ser executadas
passarelas de tábuas que oriente a passagem e distribua o peso sobre o fundo das
fôrmas, e não diretamente sobre a ferragem.

Antes e durante o lançamento do concreto, as plataformas de serviço deverão


estar dispostas de modo a não acarretar deslocamento das armaduras.
As barras de espera deverão ser protegidas contra a oxidação, através de pintura
com nata de cimento e, ao ser retomada a concretagem, deverão ser limpas de modo a
permitir uma boa aderência.

6.5 Lançamento do concreto

O concreto só deverá ser lançado depois que todo o trabalho de fôrmas,


instalação de peças embutidas e preparação das superfícies, esteja inteiramente
concluído e aprovado. Todas as superfícies e peças embutidas que tenham sido
incrustadas com argamassa proveniente de concretagem deverão ser limpas, antes que o
concreto adjacente ou de envolvimento seja lançado.

O concreto deverá ser depositado nas fôrmas, tanto quanto possível e praticável,
diretamente em sua posição final, e não deverá fluir de maneira a provocar sua
segregação.

Quando levado por calhas para dentro das fôrmas, a inclinação das mesmas
deverá ser estabelecida experimentalmente e em função da consistência do concreto.
Recomenda-se para concretos normais a faixa de variação de inclinação entre 1:1,5 e 1:
1 (horizontal : vertical).

As extremidades inferiores das calhas deverão ser dotadas de anteparo, para


evitar segregação. Não é permitido quedas livres maiores que 2,0 m. Acima de tal, deve
ser exigido o emprego de funil para o lançamento.

O lançamento deverá ser contínuo e conduzido de forma a não haver


interrupções superiores ao tempo de pega do concreto. No caso do lançamento de
concreto em superfícies inclinadas, este deverá ser inicialmente lançado na parte mais
baixa e, progressivamente, sempre de baixo para cima. O lançamento do concreto
deverá ser efetuado em subcamadas de altura compatível com o alcance do vibrador,
não podendo, entretanto, exceder 50 cm. O espalhamento do concreto para formar estas
subcamadas, poderá ser efetuado por meios manuais ou mecânicos mas nunca por
vibrações.

Dever-se-á evitar a paralisação da concretagem nos pontos de maior solicitação


da estrutura, devendo-se manter um sistema de comunicação permanente entre a obra e
central de concreto, ou um veículo à disposição.
Cada camada de concreto deverá ser consolidada até o máximo praticável em
termos de densidade; deverá ser evitado vazios ou nichos, de tal maneira que o concreto
seja perfeitamente confinado junto às fôrmas e peças embutidas.

A utilização de bombeamento para concreto somente deve ser utilizada com a


disponibilidade de equipamentos e mão-de-obra suficientes para que haja perfeita
compatibilidade e sincronização entre os tempos de lançamento, espalhamento e
vibração do concreto. O lançamento por meio de bomba somente poderá ser efetuado
em obediência ao plano de concretagem, de modo que não seja retardada a operação de
lançamento, com o acúmulo de depósito de concreto em pontos localizados, nem
apressada ou atrasada a operação de adensamento.

6.6 Adensamento

Durante e imediatamente após o lançamento, o concreto deverá ser vibrado ou


socado continuamente com equipamento adequado à sua trabalhabilidade. O
adensamento deverá ser executado de modo a que o concreto preencha todos os vazios
das fôrmas.

Durante o adensamento, deverá ser tomada as precauções necessárias para que


não se formem nichos ou haja segregação dos materiais; evitar a vibração da armadura
para que não se formem vazios em seu redor, com prejuízo da aderência.

O vibrador deverá ser mantido na massa de concreto até que apareça a nata na
superfície, momento em que deverá ser retirado e mudado de posição.

Os vibradores deverão trabalhar com uma freqüência mínima de 7.000


ciclos/minuto para os de imersão, e de 8.000 ciclos/minutos para os de fôrma.

Durante o adensamento de uma camada, o vibrador de imersão deverá ser


mantido em posição vertical e a “agulha” deverá atingir a parte superior da camada
anterior.

O vibrador deverá ser introduzido na massa de concreto rapidamente e a sua


retirada deverá ser vagarosa, ambas com o vibrador funcionando.
Os vibradores deverão ser mergulhados e retirados em pontos diversos e
espaçados de aproximadamente 50 cm, em períodos de 10 e 20 segundos,
sistematicamente, até que toda a massa do concreto esteja vibrada.

É incorreto mergulhar os vibradores em espaços maiores com tempo de vibração


mais prolongado.

É importante que durante o lançamento não haja superposição de “cabeças” entre


duas camadas. Tal superposição prejudica o alcance do vibrador e gera um adensamento
irregular

6.7 Cura

Será cuidadosamente executada a cura de todas as superfícies expostas, com o


objetivo de impedir a perda de água destinada à hidratação do cimento.

Durante o período de endurecimento do concreto, suas superfícies deverão ser


protegidas contra chuvas, secagem, mudanças bruscas de temperatura, choques e
vibrações que possam produzir fissuras ou prejudicar a aderência com a armadura.

Para impedir a secagem prematura, as superfícies de concreto deverão ser


abundantemente umedecidas com água durante pelo menos 7 dias após o lançamento.
Como alternativa, poderá ser aplicado agente químico de cura, de modo a que a
superfície seja protegida pela formação de uma película impermeável, desde que as
propriedades mecânicas e de trabalhabilidade não sejam consideravelmente alteradas.

Todo concreto não protegido por fôrmas e todo aquele já desformado, deverão
ser curados imediatamente após ter endurecido o suficiente para evitar danos às suas
superfícies. O método de cura dependerá das condições no campo e do tipo de estrutura.

6.8 Remoção das Formas

Para a desforma dos pilares e vigas baldrames, deverá ser obedecido o prazo de
sete dias após a concretagem. Para o início da contagem do tempo, pode-se tolerar até 2
horas após o princípio do lançamento, admitindo-se a otimização da idade de remoção
das fôrmas em função da determinação dos tempos de início de pega do cimento no
concreto.

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