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Bula
Solução oral 50 mg/mL
NOVALGINA®
dipirona monoidratada
APRESENTAÇÃO
Solução oral (Infantil) 50 mg/mL: frascos com 100 mL + seringa dosadora.
COMPOSIÇÃO
Cada mL contém 50 mg de dipirona monoidratada.
Excipientes: sacarose líquida, formaldeído bissulfito de sódio, sorbato de
potássio, benzoato de sódio, ácido cítrico anidro, corante eritrosina,
essência de framboesa, água purificada.
1. INDICAÇÕES
Este medicamento é indicado como antitérmico e analgésico.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
A eficácia da dipirona xarope foi avaliada em um estudo clínico
comparando com xarope de paracetamol em 120 crianças febris
com idade entre 4 e 10 anos. Infecções virais do trato respiratório
foram as principais queixas e as temperaturas de base foram
comparáveis em ambos os grupos (38,4°C para a dipirona e 39,3°C
para o paracetamol).
Trinta minutos após uma única dose foi observada redução
acentuada na febre com ambas as drogas.
A dipirona pareceu ser significativamente superior ao paracetamol,
1,5 h a 6 h após a ingestão da droga. O início da ação foi a mesma
com ambas as drogas, mas o efeito atipirético durou mais tempo
com a dipirona. A faixa de dose foi 13,2-22,3 mg/kg de dipirona e
15,0-39,2 mg/kg de paracetamol. Altas doses de paracetamol não
resultaram em um maior efeito antipirético (Adam, 1994).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
Propriedades farmacocinéticas
Toxicidade aguda
As doses mínimas letais de dipirona em camundongos e ratos são:
aproximadamente 4000 mg/kg de peso corporal por via oral,
aproximadamente 2300 mg de dipirona por kg de peso corporal ou
400 mg de MAA por kg de peso corporal por via intravenosa. Os
sinais de intoxicação foram sedação, taquipneia e convulsões pré-
morte.
Toxicidade crônica
As injeções intravenosas de dipirona em ratos (peso corporal 150
mg/kg por dia) e cães (50 mg/kg de peso corporal por dia) durante
um período de 4 semanas foram toleradas. Foram realizados estudos
de toxicidade oral crônica ao longo de um período de 6 meses em
ratos e cães: doses diárias de até 300 mg de peso corporal/kg em
ratos e até 100 mg/kg de peso corporal de peso em cães não
causaram sinais de intoxicação. Doses mais elevadas em ambas
espécies causaram alterações químicas do soro e hemossiderose no
fígado e baço, também foram detectados sinais de anemia e
toxicidade da medula óssea.
Mutagenicidade
Estão descritos na literatura tanto resultados positivos bem como
negativos. No entanto, estudos in vitro e in vivo com material
específico grau Hoechst não deu indicação de um potencial
mutagênico.
Carcinogenicidade
Estudos de tempo de vida com dipirona em ratos e camundongos
NMRI não mostraram efeitos cancerígenos.
Toxicidade reprodutiva
Estudos em ratos e coelhos não indicam potencial teratogênico.
4. CONTRAINDICAÇÕES
NOVALGINA não deve ser administrada a pacientes:
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Agranulocitose: induzida pela dipirona é uma casualidade de
origem imunoalérgica, durável por pelo menos 1 semana. Embora
essa reação seja muito rara, pode ser grave e fatal. Não é dose
dependente e pode ocorrer em qualquer momento durante o
tratamento. Todos os pacientes devem ser advertidos a interromper
o uso da medicação e consultar seu médico imediatamente se
alguns dos seguintes sinais ou sintomas, possivelmente relacionados
à neutropenia, ocorrerem: febre, calafrios, dor de garganta,
ulceração na cavidade oral. Em caso de ocorrência de neutropenia
(menos de 1500 neutrófilos/mm3) o tratamento deve ser
imediatamente descontinuado e a contagem sanguínea completa
deve ser urgentemente controlada e monitorada até retornar aos
níveis normais.
Reações anafiláticas/anafilactoides
Em particular, os seguintes pacientes apresentam risco especial
para possíveis reações anafiláticas graves relacionadas à dipirona
(vide “Contraindicações”):
- pacientes com síndrome da asma analgésica ou intolerância
analgésica do tipo urticária-angioedema;
- pacientes com asma brônquica, particularmente aqueles com
rinossinusite poliposa concomitante;
- pacientes com urticária crônica;
- pacientes com intolerância ao álcool, por exemplo, pacientes que
reagem até mesmo a pequenas quantidades debebidas alcoólicas,
apresentando sintomas como espirros, lacrimejamento e rubor
pronunciado da face. Aintolerância ao álcool pode ser indicativa da
síndrome de asma analgésica prévia não diagnosticada;
- pacientes com intolerância a corantes ou a conservantes (ex.:
tartrazina e/ou benzoatos).
Antes da administração de NOVALGINA, os pacientes devem ser
questionados especificamente. Em pacientes que estão sob risco
potencial para reações anafiláticas, NOVALGINA só deve ser
administrada após cuidadosa avaliação dos possíveis riscos em
relação aos benefícios esperados. Se NOVALGINA for administrada
em tais circunstâncias, é requerido que seja realizada sob
supervisão médica e recursos para tratamento de emergênciadevem
estar disponíveis.
Os pacientes que apresentaram uma reação anafilática ou outra
reação imunológica a outras pirazolidas, pirazolidinas e outros
analgésicos não narcóticos, também apresentam risco alto de
responder de forma semelhante à NOVALGINA.
Gravidez
A dipirona atravessa a barreira placentária. Não existem evidências
de que o medicamento seja prejudicial ao feto: a dipirona não
apresentou efeitos teratogênicos em ratos e coelhos, e
fetotoxicidade foi observada apenas com doses muito elevadas que
foram tóxicas as mães. Entretanto, não existem dados clínicos
suficientes sobre o uso de NOVALGINA durante a gravidez.
Recomenda-se não utilizar NOVALGINA durante os primeiros 3
meses da gravidez. Durante o segundo trimestre da gravidez só deve
ocorrer o uso de NOVALGINA após cuidadosa avaliação do potencial
risco/benefício pelo médico.
NOVALGINA não deve ser utilizada durante os 3 últimos meses da
gravidez, uma vez que, embora a dipirona seja uma fraca inibidora
da síntese de prostaglandinas, a possibilidade de fechamento
prematuro do ducto arterial e de complicações perinatais devido ao
prejuízo da agregação plaquetária da mãe e do recém-nascido não
pode ser excluída
Lactação
Os metabólitos da dipirona são excretados no leite materno. A
lactação deve ser evitada durante e por até 48 horas após a
administração de NOVALGINA.
Populações especiais
Sensibilidade cruzada
Pacientes que apresentam reações anafilactoides à dipirona podem
apresentar um risco especial para reações semelhantes a outros
analgésicos não narcóticos.
Pacientes que apresentam reações anafiláticas ou outras
imunologicamente-mediadas, ou seja, reações alérgicas (ex.:
agranulocitose) à dipirona podem apresentar um risco especial para
reações semelhantes a outras pirazolonas ou pirazolidinas.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Indução farmacocinética de enzimas metabolizadoras:
A dipirona pode induzir enzimas metabolizadoras, incluindo CYP2B6
e CYP3A4.
A co-administração de dipirona com substratos do CYP2B6 e/ou
CYP3A4, como bupropiona, efavirenz, metadona, ciclosporina,
tacrolimus ou sertralina, pode causar uma redução nas
concentrações plasmáticas destes medicamentos.
Portanto, recomenda-se cautela quando dipirona e substrato de
CYP2B6 e/ou CYP3A4 são administrados concomitantemente; a
resposta clínica e/ou os níveis do medicamento devem ser seguidos
de monitoramento terapêutico do medicamento.
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO
MEDICAMENTO
NOVALGINA deve ser mantida em temperatura ambiente (entre 15 e
30°C), proteger da luz.
POSOLOGIA
24 a Dose 5 a 10 250
30 única 40 (4 a
kg (7 Dose tomadas 500
a9 máxima x 10 2000
anos) diária mL)
Populações especiais
9. REAÇÕES ADVERSAS
As frequências das reações adversas estão listadas a seguir de
acordo com a seguinte convenção:
Reação muito comum (≥ 1/10)
Reação comum (≥ 1/100 e < 1/10)
Reação incomum (≥ 1/1.000 e < 1/100)
Reação rara (≥ 1/10.000 e < 1/1.000)
Reação muito rara (< 1/10.000)
Distúrbios cardíacos
Síndrome de Kounis (aparecimento simultâneo de eventos
coronarianos agudos e reações alérgicas ou anafilactoides. Engloba
conceitos como infarto alérgico e angina alérgica).
Distúrbios vasculares
Reações hipotensivas isoladas
Podem ocorrer ocasionalmente após a administração, reações
hipotensivas transitórias isoladas (possivelmente por mediação
farmacológica e não acompanhadas por outros sinais de reações
anafiláticas/anafilactoides); em casos raros, estas reações
apresentam-se sob a forma de queda crítica da pressão sanguínea.
Distúrbios gastrintestinais
Foram reportados casos de sangramento gastrintestinal.
Distúrbios hepatobiliares
Lesão hepática induzida por medicamentos, incluindo hepatite
aguda, icterícia, aumento das enzimas hepáticas podem ocorrer com
frequência desconhecida (vide “Advertências e Precauções”).
10. SUPERDOSE
Sintomas
Após superdose aguda foram registradas reações como: náuseas,
vômito, dor abdominal, deficiência da função renal/insuficiência
renal aguda (ex.: devido à nefrite intersticial) e, mais raramente,
sintomas do sistema nervoso central (vertigem, sonolência, coma,
convulsões) e queda da pressão sanguínea (algumas vezes
progredindo para choque) bem como arritmias cardíacas
(taquicardia). Após a administração de doses muito elevadas, a
excreção de um metabólito inofensivo (ácido rubazônico) pode
provocar coloração avermelhada na urina.
Tratamento
Não existe antídoto específico conhecido para dipirona. Em caso de
administração recente, deve-se limitar a absorção sistêmica
adicional do princípio ativo por meio de procedimentos primários de
desintoxicação, como lavagem gástrica ou aqueles que reduzem a
absorção (ex.: carvão vegetal ativado). O principal metabólito da
dipirona (4-N-metilaminoantipirina) pode ser eliminado por
hemodiálise, hemofiltração, hemoperfusão ou filtração plasmática.
DIZERES LEGAIS
Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os
sintomas, procure orientação médica.
MS – 1.8326.0351
Farm. Resp.: Ricardo Jonsson
CRF-SP n° 40.796
IB280121
Esta bula foi aprovada pela Anvisa em 08/03/2021.