RESUMO
RESUMO
RESUMO
A dipirona é um derivado pirazolônico não narcótico com efeitos analgésico, antipirético e espasmolítico.
A dipirona é uma pró-droga cuja metabolização gera a formação de vários metabólitos entre os quais há 2 com
propriedades analgésicas: 4-metil-aminoantipirina (4-MAA) e o 4-amino-antipirina (4-AA).
Como a inibição da ciclo-oxigenase (COX-1, COX-2 ou ambas) não é suficiente para explicar este efeito antinociceptivo,
outros mecanismos alternativos foram propostos, tais como: inibição de síntese de prostaglandinas
preferencialmente no sistema nervoso central, dessensibilizacão dos nociceptores periféricos envolvendo atividade
via óxido nítrico-GMPc no nociceptor, uma possível variante de COX-1 do sistema nervoso central seria o alvo
específico e, mais recentemente, a proposta de que a dipirona inibiria uma outra isoforma da ciclooxigenase, a COX-
3.
Os efeitos analgésico e antipirético podem ser esperados em 30 a 60 minutos após a administração e geralmente
duram cerca de 4 horas.
A farmacocinética da dipirona e de seus metabólitos não está completamente elucidada, mas as seguintes informações
podem ser fornecidas: Após administração oral, a dipirona é completamente hidrolisada em sua porção ativa, 4-N-
metilaminoantipirina (MAA). A biodisponibilidade absoluta da MAA é de aproximadamente 90%, sendo um pouco
maior após administração oral quando comparada à administração intravenosa. A farmacocinética da MAA não se
altera em qualquer extensão quando a dipirona é administrada concomitantemente a alimentos.
-Toxicidade crônica: Doses mais elevadas causaram alterações químicas do soro e hemossiderose no fígado e baço,
também foram detectados sinais de anemia e toxicidade da medula óssea.
CONTRAINDICAÇÕES
- com hipersensibilidade à dipirona ou a qualquer um dos componentes da formulação ou a outras pirazolonas (ex.
fenazona, propifenazona) ou a pirazolidinas (ex. fenilbutazona, oxifembutazona) incluindo, por exemplo, experiência
prévia de agranulocitose com uma destas substâncias;
- com função da medula óssea prejudicada (ex. após tratamento citostático) ou doenças do sistema hematopoiético;
- que tenham desenvolvido broncoespasmo ou outras reações anafilactoides (isto é urticária, rinite, angioedema) com
analgésicos tais como salicilatos, paracetamol, diclofenaco, ibuprofeno, indometacina, naproxeno.
Este medicamento é contraindicado para menores de 3 meses de idade ou pesando menos de 5 kg.
Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
ADVERTÊNCIAS
o Agranulocitose induzida pela dipirona é uma casualidade de origem imunoalérgica, durável por pelo menos 1
semana. Embora essa reação seja muito rara, pode ser grave que implique em risco à vida, podendo ser fatal.
Não é dose dependente e pode ocorrer em qualquer momento durante o tratamento. Todos os pacientes
devem ser advertidos a interromper o uso da medicação e consultar seu médico imediatamente se alguns dos
seguintes sinais ou sintomas, possivelmente relacionados a neutropenia, ocorrerem: febre, calafrios, dor de
garganta, ulceração na cavidade oral. Em caso de ocorrência de neutropenia (menos de 1.500
neutrófilos/mm3 ) o tratamento deve ser imediatamente descontinuado e a contagem sanguínea completa
deve ser urgentemente controlada e monitorada até retornar aos níveis normais.
o Pancitopenia: em caso de pancitopenia o tratamento deve ser imediatamente descontinuado e uma completa
monitorização sanguínea deve ser realizada até normalização dos valores. Todos os pacientes devem ser
aconselhados a procurar atendimento médico imediato se desenvolverem sinais e sintomas sugestivos de
discrasias do sangue (mal estar geral p. ex., infecção, febre persistente, nódoas negras, sangramento, palidez)
durante o uso de medicamentos contendo dipirona.
o Choque anafilático: Essa reação ocorre principalmente em pacientes sensíveis. Portanto, a dipirona deve ser
usada com cautela em pacientes que apresentem alergia atópica ou asma (vide Contraindicações).
o Reações cutâneas graves: reações cutâneas com risco à vida, como síndrome de Stevens – Johnson (SSJ) e
Necrólise Epidérmica Tóxica (NET) têm sido relatadas com o uso de dipirona. Se desenvolverem sinais ou
sintomas de SSJ ou NET (tais como exantema progressivo muitas vezes com bolhas ou lesões da mucosa), o
tratamento com a dipirona deve ser descontinuado imediatamente e não deve ser retomado. Os pacientes
devem ser avisados dos sinais e sintomas e acompanhados de perto para reações de pele, particularmente
nas primeiras semanas de tratamento.
SÍNDROME DE STEVENS JOHNSON >>> Síndrome de Stevens-Johnson é uma reação alérgica grave, que causa
lesão da pele, olhos e mucosas. É um tipo de hipersensibilidade mediada por células CD8 citotóxicas. As
erupções cutâneas podem afetar olhos, nariz, uretra, vagina, trato gastrointestinal ou trato respiratório,
ocasionando processos de necrose.
É uma forma grave, às vezes fatal, do eritema multiforme ou polimorfo, que acomete o tegumento e as
mucosas oral, genital, anal e ocular. Apenas 10% dos casos diagnosticados são leves (menos de 10% do corpo
afetado) e com rápida recuperação. Entre 30 a 60% dos casos evoluem para a forma ainda mais grave de
necrólise epidérmica tóxica conhecida como síndrome de Lyell.
POSOLOGIA
o Dipirona 500 mg: adultos e adolescentes acima de 15 anos: 1 a 2 comprimidos até 4 vezes ao dia.
o Dipirona 1 g: adultos e adolescentes acima de 15 anos: ½ a 1 comprimido até 4 vezes ao dia.
Se o efeito de uma única dose for insuficiente ou após o efeito analgésico ter diminuído, a dose pode ser repetida
respeitando-se a posologia e a dose máxima diária, conforme descrito acima.
Não há estudos dos efeitos deste medicamento administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e
para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Populações especiais >>> Em pacientes com insuficiência renal ou hepática, recomenda-se que o uso de altas doses
de dipirona seja evitado, uma vez que a taxa de eliminação é reduzida nestes pacientes. Entretanto, para tratamento
em curto prazo não é necessária redução da dose. Em pacientes idosos e pacientes debilitados deve-se considerar a
possibilidade das funções hepática e renal estarem prejudicadas.
NIMESULIDA
A nimesulida possui atividade anti-inflamatória mais potente do que o ácido acetilsalicílico, a fenilbutazona e a
indometacina; possui atividade antipirética tão eficaz quanto a do diclofenaco e da dipirona, e potencialmente
superior à do acetaminofeno.
A nimesulida possui modo de ação único e sua atividade anti-inflamatória envolve vários mecanismos. A nimesulida é
um inibidor seletivo da enzima da síntese de prostaglandina, a cicloxigenase. In vitro e in vivo a nimesulida
preferencialmente inibe a enzima COX-2, a qual é liberada durante a inflamação, com mínima atividade sobre a
COX-1, a qual atua na manutenção da mucosa gástrica.
Além disso, foi demonstrado que a nimesulida possui muitas outras propriedades bioquímicas que provavelmente são
responsáveis pelas suas propriedades clínicas. Estas incluem: inibição da fosfodiesterase tipo IV, redução da formação
do ânion superóxido (O2), “scavenging” do ácido hipoclorídrico, inibição de proteinases (elastase, colagenase),
prevenção da inativação do inibidor da alfa-1-protease, inibição da liberação de histamina dos basófilos e mastócitos
humanos e inibição da atividade da histamina.
CONTRAINDICAÇÕES
pacientes com úlcera péptica em fase ativa, ulcerações recorrentes ou com hemorragia no trato gastrintestinal;
ADVERTÊNCIAS
As drogas anti-inflamatórias não-esteroidais podem mascarar a febre relacionada a uma infecção bacteriana
subjacente. O tratamento deve ser revisto a intervalos regulares e descontinuado se nenhum benefício for observado.
Durante a terapia com nimesulida, os pacientes devem ser advertidos para se abster de outros analgésicos. O uso
concomitante de outros anti-inflamatórios não-esteroidais durante a terapia com nimesulida não é recomendado.
A administração concomitante com drogas hepatotóxicas conhecidas e abuso de álcool, devem ser evitados durante
o tratamento com nimesulida, uma vez que podem aumentar o risco de reações hepáticas.
POSOLOGIA
Aconselha-se administrar nimesulida comprimidos após as refeições. Recomenda-se que a nimesulida, assim como
todos os anti-inflamatórios não-esteroidais, seja utilizada na sua menor dose efetiva possível e pelo menor período de
tempo adequado ao tratamento planejado. Uso para adultos e crianças acima de 12 anos: A dose mais recomendada
corresponde a 50 - 100 mg, ou seja, meio a um comprimido que deve ser ingerido via oral junto a meio copo de água
duas vezes ao dia. Nos casos excepcionais, pode-se alcançar até 200 mg duas vezes ao dia, que devem ser tomados
pelo tempo mais breve possível.
PARACETAMOL
Propriedades farmacodinâmicas: O paracetamol é um analgésico e antitérmico não pertencente aos grupos dos
opiáceos e salicilatos, clinicamente comprovado, que promove analgesia pela elevação do limiar da dor e antipirese
através de ação no centro hipotalâmico que regula a temperatura. Seu efeito tem início 15 a 30 minutos após a
administração oral e permanece por um período de 4 a 6 horas.
Propriedades farmacocinéticas:
Efeito dos alimentos: a absorção de paracetamol é mais rápida se você estiver em jejum. Embora as concentrações
máximas sejam atrasadas quando o paracetamol é administrado com alimentos, a extensão da absorção não é afetada.
O paracetamol pode ser administrado independentemente das refeições.
Distribuição: o paracetamol parece ser amplamente distribuído aos tecidos orgânicos, exceto ao tecido gorduroso.
Seu volume de distribuição aparente é de 0,7 a 1litro/kg em crianças e adultos. Uma proporção relativamente pequena
(10% a 25%) do paracetamol se liga às proteínas plasmáticas.
Metabolismo: o paracetamol é metabolizado principalmente no fígado e envolve três principais vias: conjugação com
glucoronídeo, conjugação com sulfato e oxidação através da via enzimática do sistema citocromo P450. A via oxidativa
forma um intermediário reativo que é detoxificado por conjugação com glutationa para formar cisteína inerte e
metabólitos mercaptopúricos. A principal isoenzima do sistema citocromo P450 envolvida in vivo parece ser a CYP2E1,
embora a CYP1A2 e CYP3A4 tenham sido consideradas vias menos importantes com base nos dados microssomais in
vitro. Em adultos com disfunção hepática de diferentes graus de intensidade e etiologia, vários estudos sobre
metabolismo demonstraram que a biotransformação do paracetamol é semelhante àquela de adultos sadios, mas um
pouco mais lenta. A administração diária consecutiva de doses de 4g por dia induz glucoronidação (uma via não tóxica)
em adultos sadios e com disfunção hepática, resultando essencialmente em depuração total aumentada do
paracetamol no decorrer do tempo e acúmulo plasmático limitado.
Eliminação: em adultos a meia vida de eliminação do paracetamol é cerca de 2 a 3 horas e em crianças é cerca de 1,5
a 3 horas. Ela é aproximadamente uma hora mais longa em recém-nascidos e em pacientes cirróticos. O paracetamol
é eliminado do organismo sob a forma de conjugado glucoronídeo (45% a 60%) e conjugado sulfato (25% a 35%), tiois
(5% a 10%), como metabólitos de cisteína e mercaptopurato e catecois (3% a 6%), que são excretados na urina. A
depuração renal do paracetamol inalterado é cerca de 3,5% da dose.
CONTRAINDICAÇÕES
Este medicamento não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade ao paracetamol ou a qualquer outro
componente de sua fórmula.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
A dose recomendada de paracetamol não deve ser ultrapassada. Muito raramente, foram relatadas sérias reações
cutâneas, tais como pustulose generalizada exantemática aguda, síndrome de Stevens Johnson e necrólise epidérmica
tóxica em pacientes que receberam tratamento com paracetamol.
Os pacientes devem ser informados sobre os sinais de reações cutâneas sérias e o uso do medicamento deve ser
descontinuado no primeiro aparecimento de erupção cutânea ou qualquer outro sinal de hipersensitividade.
o Uso com álcool: Usuários crônicos de bebidas alcoólicas podem apresentar um risco aumentado de doenças
hepáticas caso seja ingerida uma dose maior que a dose recomendada (superdose) de paracetamol, embora
relatos deste evento sejam raros. O álcool (etanol) tanto induz quanto inibe competitivamente a CYP2E1,
resultando em indução e inibição simultânea quando o álcool está presente. Atividade catalítica mais elevada
apenas é observada uma vez que o etanol é eliminado do organismo, de modo que a ativação do paracetamol
em seu intermediário tóxico geralmente é limitada pelo álcool.
Gravidez (Categoria B) e Lactação: Os estudos em animais não demonstraram risco fetal, mas também não há
estudos controlados em mulheres grávidas; ou então, os estudos em animais revelaram riscos, mas que não foram
confirmados em estudos controlados em mulheres grávidas. Em casos de uso por mulheres grávidas ou
amamentando, a administração deve ser feita por períodos curtos.
Uso oral. Os comprimidos devem ser administrados por via oral, com líquido. O paracetamol pode ser
administrado independentemente das refeições.