Bula Donaren Retard Profissional
Bula Donaren Retard Profissional
Bula Donaren Retard Profissional
APRESENTAÇÕES
Comprimido de liberação prolongada de 150 mg. Caixas com 10 e 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de liberação prolongada contém:
cloridrato de trazodona (equivalente a 136,6 mg de trazodona base)........... 150 mg
Excipientes*qsp............................................................................................. 1 comprimido
* Excipientes: sacarose, povidona, cera de carnaúba e estearato de magnésio.
1. INDICAÇÕES
DONAREN® RETARD, cujo princípio ativo é o cloridrato de trazodona, é indicado no tratamento da
depressão com ou sem episódios de ansiedade, da dor associada à neuropatia diabética e em dores
crônicas associadas a outras condições clínicas.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
Trezentos e quarenta e sete pacientes com depressão foram randomizados para receber um comprimido
de trazodona de liberação prolongada (150 mg) à noite ou um comprimido de trazodona de liberação
imediata (150 mg) à noite por um período de 6 semanas. As avaliações de eficácia, tolerabilidade e
adesão ao tratamento foram feitas no início do estudo e depois de 1, 2, 4 e 6 semanas de tratamento.
Setenta e sete pacientes retiraram-se do estudo, dos quais 44 eram do grupo da trazodona de liberação
imediata e 33 eram do grupo da trazodona de liberação prolongada. Não foram observadas diferenças
significantes entre os dois grupos de tratamento nas medidas de eficácia (Moon CA et al. Efficacy and
tolerability of controlled-release trazodone in depression: a large multicentre study in general practice.
Curr Med Res Opin 1990 12(3): 160-8).
1
Um estudo aberto, multicêntrico, realizado em 80 centros de estudos na Áustria incluiu 549 pacientes
com depressão que utilizaram a trazodona de liberação prolongada, durante um período de 6 semanas.
Os resultados, com base no escore Clinical Global Impression (CGI), mostraram melhora importante em
78,3% dos pacientes, enquanto apenas 3,6% permaneceram inalterados ou pioraram. Também houve
melhora significante no escore de Hamilton Rating Scale for Depression (HAM-D), que passou de 21
para 14 após duas semanas e normalizou após 6 semanas (Saletu-Zyhlarz GM, et al. Confirmation of the
neurophysiologically predicted therapeutic effects of trazodone on its target symptoms depression,
anxiety and insomnia by postmarketing clinical studies with a controlled-release formulation in
depressed outpatients Neuropsychobiology 2003 48(4): 194-208).
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Farmacodinâmica
A trazodona é um derivado da triazolopiridina que difere quimicamente dos demais antidepressivos
disponíveis. Embora a trazodona apresente certa semelhança com os benzodiazepínicos, fenotiazidas e
antidepressivos tricíclicos, seu perfil farmacológico difere desta classe de drogas.
O mecanismo de ação antidepressiva da trazodona no homem ainda não está completamente elucidado.
Estudos em animais demonstraram inibição seletiva da recaptação da serotonina no cérebro e outras
ações farmacológicas em receptores adrenérgicos.
Farmacocinética
Depois da administração de uma dose única de 75 mg da trazodona de liberação prolongada, uma
concentração plasmática máxima (Cmax) de aproximadamente 0,7 μg /mL é alcançada com um tempo
2
para a Cmax (Tmax) de 4 horas e uma área sob a curva (ASC) de aproximadamente 8 μg/mL/h. Depois de
uma dose oral única de 150 mg de trazodona de liberação prolongada, a Cmax de aproximadamente 1,2
μg/mL é alcançada com um Tmax de 4 horas. A meia-vida é de aproximadamente 12 horas e a ASC é de
aproximadamente 18 μg/mL/h.
Transporte e Metabolismo:
In vitro, a trazodona é 89% a 95% ligada às proteínas plasmáticas nas concentrações terapêuticas.
O volume de distribuição (Vd) após a administração intravenosa de 25 mg de trazodona variou de 0,9
l/kg a 1,5 l/kg, mostrando diferenças relacionadas à faixa etária e ao sexo: valores maiores foram
observados nos idosos em relação aos jovens e em mulheres em relação aos homens.
A trazodona (20 ng/mL) foi detectada no líquido céfalo-raquidiano de pacientes psiquiátricos depois da
administração da droga, e o metabólito m-clorofenil-piperazina (mCPP) não foi detectado.
A trazodona é amplamente metabolizada no fígado por hidroxilação, alquilação e N-oxidação. O
metabólito mCPP é formado pela N-alquilação do nitrogênio piperazinil. A transformação da trazodona
em seu metabólito mCPP foi estudada in vitro usando preparações microssomais do fígado humano e
enzimas do citocromo P450 humano.
O metabolismo da trazodona para se transformar em seu metabólito, mCPP, foi estudado in vitro usando
preparações microssomais do fígado humano e enzimas do citocromo P450 humano expressa CDMA.
A cinética da formação de mCPP foi determinada e três experimentos in vitro foram realizados para
identificar a enzima P450 envolvida. Apenas incubações com citocromo P4503A4 (CY3A4) resultaram
na formação de mCPP, indicando que a trazodona é um substrato para CYP3A4 e que esta é a principal
isoforma envolvida na produção de mCPP.
De acordo com estes achados, a possibilidade das interações droga-droga com a trazodona e outros
substratos, indutores e/ou inibidores do CYP3A4, foi confirmada. Uma vez que os níveis de CYP3A4
variam de 5 a 20 vezes entre indivíduos e porque CYP3A4 é inibida e induzida por muitas drogas
comumente usadas e por compostos ambientais, é importante estar consciente que a trazodona é um
substrato do CYP3A4 e consequentemente, está sujeita a muitos fatores que podem alterar sua
concentração plasmática.
A significância clínica deste potencial de interação foi notado com a carbamazepina, um indutor da
CYP3A4 que diminui as concentrações plasmáticas de trazodona e de mCPP.
Por outro lado, quando a trazodona é o competidor da enzima contra outras drogas com pequeno índice
terapêutico, como a terfenadina, poderá haver significante interação clínica.
3
Excreção:
A meia-vida de eliminação terminal da trazodona em voluntários sadios variou de 9,1 a 10,79 horas.
A eliminação da trazodona é bifásica, consistindo de uma fase inicial (meia-vida de 1 hora), seguida de
uma fase mais lenta (meia-vida de 13 horas). A excreção é predominantemente renal (70 – 75% dentro de
72 horas). Menos que 1% da dose é excretada inalterada na urina e fezes. A excreção no leite materno foi
estudada em seis mulheres lactantes seguido da administração oral de um comprimido único de 50 mg de
trazodona.
A proporção leite/plasma de trazodona baseado na ASC no plasma e no leite foi pequena: 0,142 ± 0,045
(média ± desvio padrão). Supondo que os bebês beberiam 500 mL/12 h, eles seriam expostos a menos
que 0,005 mg/kg, em comparação a 0,77 mg/kg nas mães. Concluiu-se que a exposição de bebês a
trazodona, via amamentação, é muito pequena.
De qualquer maneira, o uso durante a gravidez e a lactação deverá ser limitado para casos selecionados e
apenas depois de avaliação médica da relação risco benefício.
4
4. CONTRAINDICAÇÕES
DONAREN® RETARD é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade à trazodona ou a qualquer
um dos componentes da fórmula.
Está contraindicado o uso de DONAREN® RETARD concomitantemente ou dentro de 14 dias da
descontinuação do tratamento com medicamentos inibidores da enzima MAO.
DONAREN® RETARD não é recomendado para pacientes em fase de recuperação de um infarto do
miocárdio.
Os antidepressivos podem diminuir a capacidade mental e/ou física exigidas para o desempenho de
tarefas potencialmente perigosas, tais como dirigir veículos ou operar máquinas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
A trazodona está associada à ocorrência de priapismo. Os pacientes do sexo masculino com ereções
prolongadas ou de duração inadequada devem suspender imediatamente o tratamento com o
medicamento e consultar o médico.
Foram relatados casos de detumescência do priapismo com estimulantes alfa-adrenérgicos, tais como
epinefrina e metaraminol. Em um caso de priapismo (de 12 a 24 horas de duração) em paciente tratado
com trazodona no qual foi aplicado injeção intracavernosa de epinefrina, houve detumescência imediata
com retorno de atividade erétil normal. Esse procedimento deve ser realizado sob a supervisão de um
urologista ou um médico familiarizado com o tratamento e não deve ser iniciado sem consulta urológica,
se o priapismo persistir por mais de 24 horas.
Precauções Gerais:
- Administrar DONAREN® RETARD pode ser tomado em jejum ou após as refeições.
- Embora 75% dos pacientes apresentem melhora em 2 semanas, às vezes é necessário um período
superior a 30 dias para produzir efeitos terapêuticos significativos.
- Suspender a medicação gradualmente.
- Evitar bebidas alcoólicas ou outros depressores do SNC.
- Orientar que o paciente tenha cuidado ao levantar-se ou sentar-se abruptamente, pode ocorrer vertigem.
- Orientar que o paciente evite atividades nas quais a falta de atenção aumente o risco de acidentes.
- O risco/benefício deve ser considerado em situações clínicas como doenças cardíacas, alcoolismo,
comprometimento hepático ou renal e gravidez.
5
A possibilidade de suicídio em pacientes seriamente deprimidos é inerente à depressão e pode persistir
até que ocorra melhora significativa do quadro depressivo. Como uma melhora do quadro depressivo por
levar algumas semanas, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados, especialmente aqueles com
história de tentativa de suicídio ou com ideação suicida. Portanto, deve-se prescrever o menor número
possível de comprimidos a esses pacientes, adequando o tratamento às necessidades do paciente.
A trazodona pode piorar o quadro psiquiátrico em pacientes com esquizofrenia ou outras desordens
psiquiátricas, pensamentos paranoicos podem ser intensificados ou precipitar uma mudança para mania
ou hipomania em pacientes com transtorno bipolar. Em todos os casos, a trazodona deve ser
descontinuada.
Há relatos sobre a ocorrência de hipotensão, incluindo a hipotensão ortostática e síncope em pacientes
em tratamento com cloridrato de trazodona. A administração concomitante de terapia anti-hipertensiva
com trazodona pode exigir uma redução da dose do medicamento anti-hipertensivo.
Pouco se sabe sobre a interação entre a trazodona e anestésicos em geral, portanto, antes de cirurgia
eletiva, o tratamento com trazodona deve ser interrompido pelo tempo que for clinicamente viável.
Deve-se ter cautela ao administrar cloridrato de trazodona a pacientes com distúrbios cardíacos e tais
pacientes devem ser monitorados cuidadosamente, visto que medicamentos antidepressivos (incluindo a
trazodona) estão associados com a ocorrência de arritmias cardíacas. Estudos clínicos recentes em
pacientes com distúrbios cardíacos pré-existentes indicam que a trazodona pode ser arritmogênica em
alguns pacientes desse grupo. Devido a sua fraca atividade adrenolítica, a trazodona pode provocar
bradicardia e hipotensão acompanhada de eventual taquicardia compensatória, o que exige cuidados no
uso em pacientes cardiopatas, especialmente nos que apresentam distúrbios de condução ou bloqueio
átrio-ventricular.
Deve-se ter cautela ao administrar cloridrato de trazodona a pacientes com epilepsia, hipertireoidismo,
desordens miccionais (como hipertrofia prostática), glaucoma de ângulo fechado e aumento da pressão
intraocular. No caso de aparecimento de icterícia, a trazodona deve ser suspensa.
Assim como ocorre com todos os antidepressivos, o uso da trazodona deve ser recomendado pelo médico
levando em consideração se os benefícios da terapia superam os fatos potenciais de risco.
Como foi relatada a ocorrência do priapismo em pacientes que receberam cloridrato de trazodona, os
pacientes com ereção prolongada ou inapropriada devem interromper imediatamente o tratamento com o
medicamento e consultar o médico.
A trazodona pode intensificar o efeito do álcool, de barbitúricos e de outros depressores do SNC (Sistema
Nervoso Central).
Após um período prolongado de tratamento, a suspensão da trazodona deve ser precedida por uma
redução da dose, para minimizar a ocorrência de sintomas de retirada, tais como náusea, cefaleia e mal-
estar.
6
Não há evidências de que a trazodona cause dependência.
Gravidez
Não há estudos adequados e bem controlados sobre os efeitos em mulheres grávidas. A trazodona não
deve ser usada durante os três primeiros meses da gravidez, e nos meses restantes apenas se o benefício
esperado justificar o risco potencial para o feto. Quando a trazodona for usada até o parto, os recém-
nascidos devem ser monitorados para a ocorrência de sintomas de retirada.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua
habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Amamentação
A trazodona é excretada no leite humano e concentrações máximas são alcançadas ~2 horas após sua
administração. Não se recomenda administrar o cloridrato de trazodona para lactantes.
Uso Pediátrico
A segurança e eficácia em crianças abaixo de 18 anos ainda não estão bem determinadas.
Comportamento suicida e hostilidade foram observados em estudos clínicos com crianças e adolescentes
7
tratados com medicamentos antidepressivos. Além disso, dados de segurança de longo prazo relativos ao
crescimento e desenvolvimento comportamental e cognitivos não estão disponíveis.
Geriatria
Os pacientes idosos são mais sensíveis aos efeitos dos antidepressivos, podendo experimentar
principalmente mais hipotensão ortostática e sonolência. Deve-se ter cautela com os potenciais efeitos
aditivos com outros medicamentos concomitantes, tais como anti-hipertensivos e outros medicamentos
psicotrópicos. O uso em pacientes idosos, acima de 65 anos de idade, exige uma redução da dose,
conforme especificado em Posologia e Modo de Usar.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Interações medicamento-medicamento
Deve-se evitar a administração do medicamento concomitante à terapia por eletrochoque pela ausência
de estudos clínicos nessa área.
Há relatos de ocorrência de aumento e diminuição de tempo de protrombina em pacientes sob tratamento
com warfarina e trazodona. A trazodona na dose de 175 mg/dia não intervem na terapia anticoagulante
com cumarínicos, embora modere o efeito da heparina.
O uso concomitante com álcool ou outros depressores do SNC (antipsicóticos, hipnóticos, sedativos,
relaxantes musculares, anestésicos e anti-histamínicos) pode causar depressão excessiva do SNC.
O uso concomitante de anti-hipertensivos e de fenotiazinas pode causar hipotensão grave.
Há relatos da ocorrência de aumento nas concentrações de digoxina e fenitoína no sangue de pacientes
que recebem trazodona juntamente com um desses medicamentos. Foi descrito um caso de possível
intoxicação digitálica precipitada pela trazodona em um paciente geriátrico, sugere-se especial cuidado
nestes casos.
Os inibidores da MAO podem aumentar os eventos adversos dos antidepressivos inibidores de recaptação
da serotonina. Se os inibidores de MAO forem suspensos um pouco antes ou forem administrados
concomitantemente à trazodona, a terapia deve ser iniciada com cautela aumentando-se gradualmente a
dosagem até que se obtenha a reação esperada.
Existe a possibilidade de interações droga-droga entre a trazodona e substratos indutores ou inibidores
(eritromicina, cetoconazol, ritonavir, indinavir e nefazodona) da CYP3A4; por exemplo, a
carbamazepina, um indutor da CYP3A4, diminui as concentrações plasmáticas de trazodona e de seu
metabólito mCPP. Por outro lado, quando a trazodona é o competidor da enzima contra outras drogas
com pequeno índice terapêutico, como a terfenadina, poderá haver significante interação clínica.
O uso concomitante de trazodona e drogas que prolongam o intervalo Q-T pode aumentar o risco de
arritmias ventriculares, incluindo torsade de pointes.
8
Raros casos de aumento das concentrações plasmáticas de trazodona foram relatados com a
administração concomitante de fluoxetina, um inibidor da CYPA2/2D6.
Antidepressivos podem acelerar o metabolismo da levodopa.
O uso do medicamento buprenorfina / opioides (medicamentos para tratar dependência de opioides / dor
intensa) pode aumantar os possíveis efeitos colaterais do medicamento DONAREN® RETARD.
9
Adultos: a posologia recomendada é de 75 - 150 mg ao dia, conforme orientação médica, por via oral, em
uma dose única à noite, antes de dormir.
A dose pode ser aumentada para 300 mg ao dia, ou seja, 1 comprimido de 12 em 12 horas.
Em pacientes hospitalizados, a dose pode ser aumentada até 600 mg ao dia, em doses divididas.
Pacientes idosos: Sugere-se uma dose única de 100 mg ao dia, ou seja, repartir 1 comprimido em 3 partes
iguais e tomar 2 partes, por via oral. A dose pode ser aumentada, conforme prescrição médica,
dependendo da resposta clínica. Doses superiores a 300 mg ao dia não são recomendadas.
Os comprimidos vincados podem ser divididos em três partes, com o objetivo de permitir um aumento
gradual da dose, dependendo da gravidade da doença, do peso, da idade e das condições gerais do
paciente.
O alívio sintomático pode ser observado durante a primeira semana, com efeitos antidepressivos efetivos
em geral evidentes dentro de 2 semanas. Vinte e cinco por cento dos pacientes que respondem bem a
trazodona precisam de mais de 2 semanas (até 4 semanas) de administração do medicamento.
Embora não tenha havido nenhuma avaliação sistemática da eficácia da trazodona além de 6 semanas,
em geral recomenda-se que o tratamento com drogas antidepressivas tenha a duração de vários meses.
9. REAÇÕES ADVERSAS
Casos de comportamentos e pensamentos suicidas foram relatados durante o tratamento com trazodona
ou logo após interrupção do tratamento.
Os sintomas citados abaixo, alguns dos quais são comumente relatados em casos de depressão não
tratada, também foram registrados em pacientes recebendo tratamento com trazodona.
Abaixo estão listadas as possíveis reações adversas por sistema orgânico que podem aparecer com o uso
do DONAREN® RETARD:
Distúrbios do sangue e do sistema linfático: Discrasias sanguíneas (incluindo agranulocitose,
trombocitopenia, eosinofilia, leucopenia e anemia).
Distúrbios do sistema imunológico: Reações alérgicas.
Distúrbios endócrinos: Síndrome da secreção inapropriada do hormônio antidiurético.
Distúrbios do metabolismo e da nutrição: Hiponatremia, perda de peso, anorexia e aumento de apetite.
Perturbações psiquiátricas: Pensamento e/ou comportamento suicida, estado confusional, insônia,
desorientação, mania, ansiedade, nervosismo, agitação (muito ocasionalmente exacerbação que leva ao
delírio), ilusão, reações agressivas, alucinação, pesadelos, diminuição da libido, síndrome de retirada
medicamento.
10
Distúrbios do sistema nervoso: Síndrome serotoninérgica, convulsão, síndrome neuroléptica maligna,
tontura, vertigem, dor de cabeça, sonolência, cansaço, diminuição da atenção, tremor, visão borrada,
distúrbios de memória, mioclonia, afasia de expressão, parestesia, distonia e alteração do paladar.
Distúrbios do sistema cardíaco: Arritmias cardíacas (incluindo Torsade de Pointes, palpitações, extra-
sístoles ventriculares, dísticos ventriculares, taquicardia ventricular), bradicardia, taquicardia, alterações
no ECG (prolongamento do segmento QT).
Distúrbios do sistema vascular: Hipotensão ortostática, hipertensão, síncope.
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino: Dispneia, congestão nasal.
Distúrbios gastrointestinais: Náusea, vômito, boca seca, constipação, diarreia, dispepsia, dor de
estômago, gastroenterite, aumento da salivação, íleo paralítico.
Distúrbios hepatobiliares: Alterações da função hepática (icterícia, lesão hepatocelular), colestase intra-
hepática.
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Rash cutâneo, urticária, hiperidrose.
Afecções musculoesqueléticas e dos tecidos conjuntivos: Dor nos membros, dorsalgia, mialgia, artralgia.
Distúrbios renais e urinários: Alteração da micção.
Distúrbios do sistema reprodutivo e das mamas: Priapismo.
Perturbações gerais e alterações no local de administração: Fraqueza, edema, sintomas tipo-gripe, fadiga,
dor torácica, febre.
Investigações: Elevação das enzimas hepáticas.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
10. SUPERDOSE
A LD50 do medicamento é 610 mg/kg em camundongos, 486 mg/kg em ratos, e 560 mg/kg em coelhos.
Sinais e Sintomas
- Sintomas de superdosagem: sonolência, diminuição da coordenação muscular, náusea ou vômito.
- As consequências da superdosagem em pacientes que ingerem cloridrato de trazodona e outra droga
concomitantemente (por exemplo, álcool + hidrato de cloral + diazepam; amobarbital; clordiazepóxido;
ou meprobamato) podem ser muito graves ou fatais.
As reações mais graves relatadas ocorridas apenas com superdosagem de trazodona foram priapismo,
coma, taquicardia, hipotensão, hiponatremia, convulsões, parada respiratória e alterações no
eletrocardiograma (ECG). As reações mais frequentes foram sonolência e vômitos. A superdosagem
11
pode causar um aumento na incidência ou gravidade de quaisquer das reações adversas relatadas (veja
REAÇÕES ADVERSAS).
Tratamento
Não há um antídoto específico para a trazodona. O tratamento deve ser sintomático e de suporte no caso
de hipotensão ou sedação excessiva, com monitorização da pressão arterial, do pulso e da saturação de
oxigênio. Caso ocorra hipotensão grave, deve-se considerar o uso de drogas inotrópicas, por exemplo,
dopamina ou dobutamina. Todo paciente com suspeita de ter ingerido uma superdosagem de trazodona
deve sofrer lavagem gástrica. O uso de carvão ativado deve ser considerado em adultos que ingeriram
mais que 1 g de trazodona ou em crianças que ingeriram mais de 150 mg de trazodona, dentro de 1 hora
da apresentação. A diurese forçada pode ser útil para facilitar a eliminação da droga. Convulsões breves
não necessitam tratamento, mas convulsões prolongadas ou frequentes devem ser controladas com
diazepam intravenoso (0,1-0,3 mg/kg de peso) ou lorazepam intravenoso (4 mg em adultos e 0,05 mg/kg
em crianças). Deve-se observar o paciente por pelo menos 12 horas após a ingestão.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
Reg. M.S.: Nº 1.0118.0601
Farmacêutico Responsável: Rodrigo de Morais Vaz
CRF-SP nº 39.282
Fabricado por:
Aziende Chimiche Riunite Angelini Francesco - ACRAF SpA
Via Vecchia Del Pinocchio, 22 – 60100
Ancona - Itália
12
® Marca registrada de Apsen Farmacêutica S.A.
Donaren_Retard_com_lib_prol_VPS_v05
13
HISTÓRICO DE ALTERAÇÃO DA BULA1
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/ Notificação que altera a bula Dados das alterações de bulas
Data da
Data do Número do Data do Número do aprovação Versões Apresentações
Assunto Assunto Itens de bula2
expediente expediente expediente expediente (VP/VPS)3 relacionadas4
Notificação de
alteração de - 150 mg x 10 comp.
texto de bula – revestidos;
13/11/2020 - - - - - 9. Reações adversas VPS
publicação no - 150 mg x 30 comp.
Bulário RDC revestidos.
60/12
Notificação de 4. O que devo saber
antes de usar este VP - 150 mg x 10 comp.
Alteração de
medicamento? revestidos;
03/09/2020 2982891/20-1 Texto de Bula - - - -
- 150 mg x 30 comp.
- RDC nº 6. Interações
VPS revestidos.
60/12 Medicamentosas
4. O que devo saber
antes de usar este
Notificação de medicamento? VP
6. Como devo usar este - 150 mg x 10 comp.
Alteração de
Alteração de medicamento. revestidos;
05/04/2019 0309481/19-2 Texto de Bula 09/12/2015 1074393/15-6 25/03/2019
Posologia - 150 mg x 30 comp.
- RDC nº 5. Advertência e
revestidos.
60/12 Precauções.
VPS
8. Posologia e modo de
usar.
Notificação de
Notificação de - 150 mg x 10 comp.
Alteração de
Alteração de revestidos;
23/02/2017 0304707/17-5 Texto de Bula - - - Apresentações VP / VPS
Texto de Bula - - 150 mg x 30 comp.
- RDC nº
RDC nº 60/12 revestidos.
60/12
4. O que devo saber
antes de usar este
medicamento? VP
Notificação de
Notificação de - 150 mg x 10 comp.
Alteração de 5. Advertências e
Alteração de revestidos;
18/11/2015 1005880/15-0 Texto de Bula 18/11/2015 1005880/15-0 18/11/2015 Precauções
Texto de Bula - - 150 mg x 20 comp.
- RDC nº
RDC nº 60/12 8. Quais os males que revestidos.
60/12
este medicamento pode
VPS
me causar?
9. Reações adversas
Todos os campos
(linguagem / vocabulário
VP
mais acessível ao
paciente)
2. Como este
Notificação de VP
Notificação de medicamento funciona? - 150 mg x 10 comp.
Alteração de
Alteração de 7. O que devo saber revestidos;
16/10/2014 0933537/14-4 Texto de Bula 16/10/2014 0933537/14-4 16/10/2014
Texto de Bula - quando eu me esquecer - 150 mg x 20 comp.
- RDC nº VP
RDC nº 60/12 de usar este revestidos.
60/12
medicamento?
8. Quais os males que
este medicamento pode
VP / VPS
me causar?
9. Reações adversas
Identificação do
VP / VPS
medicamento
Notificação de Notificação de 5. Onde, como e por - 150 mg x 10 comp.
Alteração de Alteração de quanto tempo posso revestidos;
05/02/2014 0087029/14-3 05/02/2014 0087029/14-3 05/02/2014 VP
Texto de Bula Texto de Bula – guardar este - 150 mg x 20 comp.
– RDC 60/12 RDC 60/12 medicamento? revestidos.
7. Cuidados com o
VPS
armazenamento do
medicamento
1 Informar os dados relacionados a cada alteração de bula que acontecer em uma nova linha. Eles podem estar relacionados a uma notificação, a uma petição de alteração de texto de bula ou a uma
petição de pós-registro ou renovação. No caso de uma notificação, os Dados da Submissão Eletrônica correspondem aos Dados da petição/notificação que altera bula, pois apenas o procedimento
eletrônico passou a ser requerido após a inclusão das bulas no Bulário. Como a empresa não terá o número de expediente antes do peticionamento, deve-se deixar em branco estas informações no
Histórico de Alteração de Bula. Mas elas podem ser consultadas na página de resultados do Bulário e deverão ser incluídos na tabela da próxima alteração de bula.
2 Informar quais Itens de Bula foram alterados, conforme a RDC 47/09 (anexo I da Bula para o Paciente e/ou para o Profissional de Saúde).
3 Informar se a alteração está relacionada às versões de Bulas para o Paciente (VP) e/ou de Bulas para o Profissional de Saúde (VPS).
4 Informar quais apresentações, descrevendo as formas farmacêuticas e concentrações que tiverem suas bulas alteradas.