Interpretação de Exames Geral

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INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS PARA NUTRICIONISTAS

Instrutor: Ms. Aline Messias


[IMPORTÂNCIA DOS EXAMES LABORATORIAIS]

1- Investigação 2- Evolução 3- Confirmação

• Alterações clínicas, antropométricas e dietéticas;


• Detecção de doenças precoce e subclínicas;
• Monitorar as intervenções clínicas.
LEGISLAÇÕES

• LEI FEDERAL Nº 8.234, DE 17 DE SETEMBRO DE 1991, ART 4º,


PARÁGRAFO VIII;

• RESOLUÇÃO CFN Nº 306, DE 24 DE MARÇO DE 2003, ART. 1º;

• RESOLUÇÃO CFN N°380, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2005.


INTRODUÇÃO À
HEMATOLOGIA
SANGUE?

O que é?

Do que é constituído?

De onde vem?

Qual sua função?


SANGUE – O que é?
• Tecido conjuntivo líquido - circula no sistema vascular

• Composto por porção celular, os “elementos figurados” suspenso em meio líquido, o plasma.

Do que é constituído?
Elementos
Plasma
figurados
• Hematócrito • 92% de água
• Eritrócitos, • 8% de proteínas,
leucócitos e sais e etc.
plaquetas.
SANGUE – De onde vem?

Variações entre sexo, idade, peso altitude do local de


residência, gestação.

~ 4,800 ml ~ 3,400 ml

Produzido na medula óssea dos ossos chatos,


Volume sanguíneo vértebras, costelas, quadril, crânio e esterno.
SANGUE – Qual sua função?
• Distribuição de nutrientes (proteínas, açúcares, gordura, água e sais minerais) para as células;

• Ao retornar dos tecidos, o sangue conduz o gás carbônico e os resíduos das células, eliminando-as
através da respiração, do suor, da urina e das fezes;

• Equilíbrio ácido-base (pH entre 7,35 e 7,45);

• Células do sistema de defesa encontram-se no sangue;

• Controle de temperatura do corpo;

• Equilíbrio da distribuição de água;

• Oxigenação das células por meio das moléculas de hemoglobina existentes nos glóbulos vermelhos.
PLASMA

92% água
8% proteínas e etc
Albuminas
Imunoglobulinas
Fatores de coagulação
Fibrinogênio
Transferrina
Dentro outras
Produção das células do
sangue:
HEMATOPOIESE OU
HEMATOPOESE

UFC = unidades
formadoras de colônias
Lembrar que
o hemograma
é o caminho e
não fecha
diagnóstico
sozinho
SÉRIE VERMELHA
ERITRÓCITOS OU HEMÁCIAS
• Células anucleadas (humanos). Realiza transporte de gases: oxigênio (O2) dos

• Produzidas na medula óssea. pulmões para os tecidos e CO2 dos tecidos para o
pulmão, através da hemoglobina.
• Maior população de células do sangue.

Glóbulos vermelhos
HEMOGLOBINA (Hb)
• Proteína constituinte que compõe 95% das hemácias;

• Responsáveis por transporte de gases e equilíbrio ácido-base;

• Coloração vermelha;

• O transporte de gases ocorre pela ligação do ferro com o O2.

O2
ERITROGRAMA
• Avalia de forma quantitativa e qualitativa os eritrócitos circulantes;

• Avaliação quantitativa: Contagem de eritrócitos;


Dosagem da hemoglobina;
Hematócrito;
Índices hematimétricos VCM, HCM e CHCM.

• Avaliação qualitativa: Tamanho (anisocitose);


Forma (poiquilocitose);
Coloração (hipocromia e hipercromia);
Inclusões.
Avaliação quantitativa
DOSAGEM DA HEMOGLOBINA (HB) HEMATÓCRITO (Ht)
Quantificação automática
• É o volume de eritrócitos de uma amostra de
Valores normais: sangue, expressa em percentagem do volume
◦ ♂ - 15,3 ± 2,5 desta

◦ ♀: 13,6 ± 2,0 • Correlaciona-se melhor com a viscosidade


sanguínea que os eritrócitos

• Valores normais:

• ♂: 47±7

• ♀:42 ±6
Avaliação quantitativa

• Índices
hematimétricos

Red blood cell Distribution Width


Avaliação quantitativa
MEDULA ÓSSEA SANGUE

“Ciclo da vida” da hemácia:


ERITROPOIESE
(produção de hemácias)

• Vida útil da hemácia: 120 dias,


após são removidas e destruídas
no baço, no fígado e na medula
óssea.
PRODUÇÃO DE HEMÁCIAS
• Em condições normais, um adulto produz cerca de 200 bilhões de hemácias por dia.

Hemácias Hemácias
produzidas destruídas

• Em situações patológicas (falta de hemácias por hemólise) – parte da medula que produz a célula
se expande;
• Se o estímulo for persistente, baço, fígado e até outros locais podem começar a produzir hemácias.
REGULAÇÃO DA PRODUÇÃO DE HEMÁCIAS
• Nível de troca gasosa – oxigenação dos tecidos controla a produção

Hipóxia Mudança fisiológica Patológica: anemia.

O2 baixo
Ht: 55%
O2 normal
Ht: 45%
O QUE O HEMOGRAMA PODE ME ‘’CONTAR?’’

1º O hemograma geralmente via apontar o caminho;


2º a maioria vai necessitar de exames complementares.
ERITROGRAMA
• Eritrocitopenia Diminuição da contagem, quando acompanhado
de diminuição da Hb anemia.

• Eritrocitose Aumento da contagem, quando acompanhado


do aumento do Ht e Hb poliglobulia.

*no caso de microcitose pode haver eritrocitose sem poliglobulia, e até com
anemia
RELAÇÃO ENTRE ERITRÓCITO, HB, HT E VOLEMIA
Aumento volemia

• Hemodiluição: falsa anemia → gestantes → insuficiência cardíaca congestiva →insuficiência renal


crônica → infusão excessiva de líquidos.

Diminuição da volemia

• Hemoconcentração: → falsa poliglobulia → uso de diuréticos → queimaduras → sudorese excessiva


→ diarreia.

Diminuição harmônica de plasma e componente eritroide

• Inalterado → hemorragias recentes


ALGUMAS ALTERAÇÕES NO VCM
• < 80 fL = Microcitose: Anemia ferropriva; talassemias; anemia de doença crônica (tardia);
deficiência de cobre;

• 80-100 fL = Normocitose: Anemia ferropriva (precoce); anemia de doença crônica; doença


renal crônica; hipotireoidismo; hipopituitarismo;

• > 100 fL = Macrocitose: Abuso de álcool; deficiência de ácido fólico; deficiência de vitamina
B12; hepatopatia crônica; medicamentos (ex.: zidovudina, hidroxiureia); hipotireoidismo;

• >115 fL: Macrocitose > 115 fL é quase que exclusivamente causada por deficiência de vitamina
B12 e/ou ácido fólico.
Volume corpuscular médio (VCM): Considera-se normal de 80-100 fL.
ALGUMAS ALTERAÇÕES NO HCM

Hipercromia
• < 28 = Hipocromia: Anemia ferropriva;
talassemias;

• > 34 = Hipercromia: Costuma acompanhar


macrocitoses. Normocromia

Hipocromia
Hemoglobina Corpuscular Média (HCM):
Considera-se normal de 28-34 g/dL de hemácias.
ALGUMAS ALTERAÇÕES NO CHCM

• < 31: Anemia ferropriva; talassemias;

• > 36: Esferocitose (hereditária ou adquirida); doença falciforme e hemoglobinopatia C.

Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM): Considera-se normal de 31-36 g/dL


de hemácias.
ALGUMAS ALTERAÇÕES NO RDW
• < 11: Anemia causada por doença crônica, como doenças do fígado, problemas
renais, HIV, câncer ou diabetes;

• > 14: Anemia por deficiência de ferro; anemia megaloblástica; talassemia; doenças
do fígado.

Amplitude de Distribuição dos Glóbulos Vermelhos (RDW): Considera-se normal valores de 11 a 14%.
FATORES NUTRICIONAIS E ERITROPOIESE
• Ferro, vitamina B12 e folatos → Fundamental para a síntese da Hb

Pouco ferro – menos ferritina e + absorção.


Alimentação Muito ferro – mais ferritina, - absorção e é eliminado

Brócolis
Carnes
Fígado de boi Não existe ferro livre, apenas
Feijão Estocado (ferritina e hemossiderina) ou utilizado ligado a transferrina.
Beterraba Absorção
na eritropoiese
FATORES NUTRICIONAIS E ERITROPOIESE
• Ferro, vitamina B12 e folatos.

Alimentação • Compostos que são intimamente ligados;

• Ambas são coenzimas essenciais na


produção de proteínas;
Origem animal:
Carnes Folato
• Substâncias essenciais para produção e
Ovos maturação dos eritrócitos.
Leite
Vegetais (folatos) Absorção
Vitamina B +
fator intrínseco
CÉLULAS BRANCA
LEUCÓCITOS

• Células brancas do sangue, menos numerosos que os eritrócitos circulantes;

• Eles realizam suas funções, predominantemente, nos tecidos;

• O número circulante, portanto, reflete o equilíbrio entre o fornecimento e a


demanda, variando entre as espécies.

Glóbulos brancos
LEUCOGRAMA

• Leucograma é a parte do hemograma que avalia os leucócitos, tanto do ponto de


vista quantitativo, quanto qualitativo;

• Fazem parte do leucograma:Contagem diferencial;


Contagem relativa/absoluta;

Desvio a esquerda.
O QUE O LEUCOGRAMA PODE ME
‘’CONTAR?’’
1º O leucograma geralmente via apontar o caminho;
2º a maioria vai necessitar de exames complementares.
Avaliação dos LEUCÓCITOS totais

Leucocitose: É uma reação a várias infecções, processos inflamatórios e, em certas


circunstâncias, a processos fisiológicos (p.ex.: estresse extremo). A leucocitose
constitui na resposta de fase aguda do organismo a muitas doenças, incluindo-se
infecções: bactérias, vírus, fungos protozoários e espiroquetas.

Leucopenia: Está associada a uma ampla variedade de infecções virais e bacterianas.


Quando causada por uma doença viral (p. ex., vírus do Epstein-Barr, hepatite A e B,
vírus sincicial respiratório e rubéola).
Avaliação dos BASÓFILOS
• Basófilos: Contém grânulos com grande quantidade de heparina e histamina;

• Ocorrem aumentos nos pacientes com leucemia mielógena crônica, colite


ulcerativa, artrite reumatóide juvenil, deficiência de ferro, insuficiência renal crônica
e após radioterapia.
Avaliação dos EUSINÓFILOS
• Eosinofilia: frequentemente está associada a fenômenos alérgicos, parasitoses ou
distúrbios dermatológicos, hipersensibilidade medicamentosa, asma, alergia ao leite
de vaca. Outras causas incluem doenças gastrintestinais, doença de Hodgkin e
doenças com imunodeficiências, mas ela também ocorre durante a convalescença
de doenças virais;

• Eosinopenia: aparece em situação de estresse agudo como resultante da


estimulação de adrenocoticóides ou da liberação de epinefrina ou de ambos e em
estados inflamatórios agudos.
Avaliação dos NEUTRÓFILOS (segmentados)
• Neutropenia: frequentemente associada a infecções virais, fenômeno de
Shwartzman, uso de antibióticos (cloranfenicol), antiinflamatórios não hormonais,
realização de tratamento da Aids, quimioterapia oncológica, antitérmicos
(dipirona), etc.

Mielócitos, metamielócitos e os bastões ou bastonetes são os neutrófilos jovens e que normalmente são
encontrados no sangue em infecção na fase aguda.
Avaliação dos NEUTRÓFILOS (segmentados)
• • Células pode estar
móveis,
Neutrofilia: relacionadacom
fagocíticas, ao chamado
a função“desvioespecializada
à esquerda”, situação em
de destruir
microrganismos;
que há aumento de neutróflos não segmentados ou imaturos (mielócitos,
metamielócitos e bastões) no sangue periférico.
• São produzidos e armazenados na medula óssea e liberados para o sangue
• periférico
Associadoatravés de mediadores
principalmente químicos
a infecções produzidos
bacterianas, pelo processo
quando inflamatório.
há consumo de
neutróflos, de modo que a medula óssea é estimulada a liberar células imaturas.

O desvio a esquerda
pode ser não
escalonado, ou seja
sem um padrão.
Avaliação dos LINFÓCITOS
• Os linfócitos são células que respondem de forma específica aos antígenos. A
• Linfocitose: Infecções virais (mononucleose infecciosa, citomegalovírus, varicela,
atuação do linfócito através da produção de anticorpos (linfócitos B) ou por
hepatites, adenovírus, sarampo, parotidite epidêmica) e doenças como a
citotoxidade (linfócitos T) somente ocorre após o reconhecimento de um
tuberculose, toxoplasmose e brucelose;
determinado antígeno por um linfócito, predeterminado a reconhecê-lo como tal.

• Linfocitopenia: Na reação de fase aguda, o hemograma frequentemente


demonstrará linfocitopenia absoluta.
Avaliação dos MONÓCITO
• Os monócitos têm grande importância no processo inflamatório em nível tecidual
• Na fase aguda apresenta pouca alteração;
devido a sua importância na fagocitose, eliminação de microrganismos e,
principalmente, como célula apresentadora de antígenos.
• Monocitose: na fase de convalescença e cronificação da doença. Doenças
infecciosas de evolução crônica como a tuberculose, paracoccidioidomicose, sífilis,
endocardite bacteriana subaguda, febre tifóide e por protozoários a presença de
monocitose é comum.
PLAQUETOGRAMA
• As plaquetas (às vezes chamadas trombócitos) são fragmentos celulares que
circulam na corrente sanguínea e ajudam o sangue a coagular.

• Plaquetas altas: o aumento no número de plaquetas pode acontecer devido a


causas patológicas ou fisiológicas, com exercício intenso, trabalho de parto,
altitude elevada, tabagismo, estresse ou uso de adrenalina;

• Plaquetas baixa: Pode acontecer devido ao uso de alguns medicamentos,


anemia perniciosa, doenças auto-imunes, como o lúpus, e deficiências
nutricionais.
Exames laboratoriais para desnutrição proteica
Hemograma completo

• Visto anteriormente.
Exames laboratoriais para desnutrição proteica
Proteinas totais

• Geralmente são produzidas no fígado e podem ser utilizadas como marcadores


do estado nutricional proteico;

• As principais causas de diminuição das proteínas totais são desnutrição grave,


doenças hepáticas e doenças renais;

• A elevação das proteínas totais geralmente decorre do aumento da produção de


anticorpos em algumas doenças infecciosas.
Exames laboratoriais para desnutrição proteica
Proteina ligadora de retinol

• A proteína ligadora de retinol (RBP) é uma proteína específica de transporte de vitamina


A, transporta a vitamina do fígado para seus tecidos alvos;

• Quando os estoques de vitamina A do fígado estão depletados, a RBP fica retida no


retículo endoplasmático do hepatócito e não é secretada;

• Ou seja, na deficiência de vitamina A, assim como acontece com o retinol sérico, a RBP
fica reduzida.
Exames laboratoriais para desnutrição proteica
Índice de creatinina-altura (ICA)

• Maneira de exprimir o um índice antropométrico;

• Avalia a massa muscular corporal, baseando-se no fato de que 98% da creatinina estão
localizadas nos músculos;

• Se houver perda do volume muscular por desnutrição proteica, índice estará baixo.
Exames laboratoriais para acompanhamento de
doenças endócrinas
Glicemia ou glicemia em jejum

• A glicose é a principal fonte de energia para as células do corpo e a única fonte de


energia de curto prazo para o cérebro e o sistema nervoso;

• Mede o nível de glicose (taxa de açúcares) na corrente sanguínea;

• Utilizado para detectar doenças como hipoglicemia, hiperglicemia e também para o


diagnóstico e acompanhamento da diabetes.
Exames laboratoriais para acompanhamento de
doenças endócrinas
Teste oral de tolerância à glicose/curva glicêmica

• Um suprimento estável deve estar disponível para uso e um nível relativamente


constante de glicose deve ser mantido no sangue;

• Pedido quando a glicemia e hemoglobina glicada dá alta;

• Se os índices ficarem altos , mostra uma tolerância diminuída à glicose, significa que há
um grande risco de desenvolver diabetes, podendo ser considerada uma pré-diabetes.
Exames laboratoriais para acompanhamento de
doenças endócrinas
Insulina

• A insulina é um hormônio produzido e armazenado nas células beta do pâncreas;

• É vital para transporte e armazenamento da glicose nas células, regula o nível


sanguíneo de glicose e controla o metabolismo de lipídios;

• Para avaliar a produção de insulina, diagnosticar insulinoma, e determinar a causa


de hipoglicemia.
Exames laboratoriais para acompanhamento de
doenças endócrinas
Peptídeo C

• Produzido na mesma velocidade que a insulina, o que o torna um marcador útil da


produção de insulina;

• Ou seja, se ele der baixo significa que há pouca produção de insulina.


Exames laboratoriais para acompanhamento
de doenças renais
Gasometria

• A gasometria é usada para avaliar a oxigenação e o equilíbrio ácido-base;

• É pedida quando há um desequilíbrio ácido-base ou quando há problemas respiratórios.


Exames laboratoriais para acompanhamento
de doenças renais
Ácido úrico

• Produto de degradação das purinas, compostos nitrogenados encontrados em ácidos


nucleicos (DNA e RNA);

• Para detectar níveis altos de ácido úrico no sangue, que podem indicar gota ou que
podem estar relacionados com a formação de cálculos renais.
Exames laboratoriais para acompanhamento
de doenças renais
Sódio

• Este exame mede o nível de sódio no sangue;

• O sódio é um eletrólito vital para os processos corporais normais, incluindo função


nervosa e muscular;

• Para determinar se as concentrações de sódio do indivíduo estão entre os limites


normais e auxiliar na avaliação do balanço eletrolítico e a função renal.
Exames laboratoriais para acompanhamento
de doenças renais
Creatinina

• Mede a quantidade de creatinina;

• A creatinina é um resíduo produzido nos músculos de uma substância chamada


creatina, se estiver baixa indica uma menor massa muscular;

• A produção de creatinina ocorre em uma velocidade relativamente constante e é quase


toda excretada pelos rins, se estiver alta na urina os rins precisam ser investigados.
Exames laboratoriais para acompanhamento
de doenças renais
Ureia

• Mede a quantidade de ureia no sangue;

• O metabolismo de proteínas no fígado gera ureia, que é transportada pelo sangue e


excretada na urina;

• Doenças que afetam os rins ou o fígado podem alterar a quantidade de ureia no sangue;

• Se houver aumento de produção no fígado ou diminuição de excreção nos rins, os


níveis sanguíneos aumentam.
Exames laboratoriais para acompanhamento
de doenças renais
Proteína

• Grandes moléculas que formam partes estruturais dos órgãos e constituem enzimas e
hormônios que regulam as funções do corpo;

• A partir da sua depuração renal, avalia o funcionamento dos rins.
Exames laboratoriais para acompanhamento de
doenças renais
Cálcio (total e iônico)

•• Mede a quantidade
Cálcio de cálcio
total elevado: no sangue
aumento na ou urina; da glândula paratireoide, câncer que atingiu os
função
ossos, excesso de ingestão de vitamina D, imobilização prolongada;
• O cálcio é um dos minerais mais importantes no corpo;

•• OCálcio total total


teste cálcio baixo:
medeníveis
ambasbaixos de albumina
as formas no sangue, glândula paratireoide hipoativa,
livre e ligada;
deficiência extrema de cálcio na dieta, níveis diminuídos de vitamina D, deficiência
• Ode magnésio,
teste níveismede
cálcio ionizado aumentados de fósforo,
apenas a forma desnutrição eativa;
livre, metabolicamente insuficiência renal;

•• Diariamente,
A medida do perde-se
cálciouma pequena
total quantidade
geralmente de cálcio para
é suficiente do organismo, filtrado pois
uma triagem, do sangue pelosiônico
o cálcio rins e
excretado na urina;
exige um maior cuidado na obtenção da amostra.
• A medição da quantidade de cálcio na urina é utilizada para determinar o quanto de cálcio está sendo
eliminado pelos rins.
Exames laboratoriais para acompanhamento
de doenças renais
Potássio sérico

•• Potássio
O exame elevado:
de potássiotem muitaspara
é usado causas,
medirinclusive distúrbios
o nível da renais,
substância medicamentos que afetam
no sangue;
a função renal e consumo excessivo de potássio suplementar, normalmente, a hipercalemia
• deve ser grave
Alterações nele antes
podem deprejudicar
causar sintomas, principalmente
o funcionamento ritmos cardíacos
dos músculos, anormais.
do sistema nervoso e até
dos batimentos cardíacos;
• Potássio baixo: tem muitas causas, mas normalmente resulta de vômitos, diarreia, distúrbios
• da glândula
Potássio adrenal
é um ou do uso minerais
dos eletrólitos, de diuréticos,
com aseus níveis
função debaixos podem
transportar causar
água fraqueza
dentro das células
muscular,
do cãibras, contrações ou até paralisia, podendo ocorrer ritmos cardíacos anormais.
corpo humano;

• A substância está presente em diversos alimentos. Depois de ingerido, o potássio é filtrado


pelos rins e em seguida eliminado pela urina.
Exames laboratoriais para acompanhamento
de doenças renais
Fósforo sérico:

•• Fósforo
O fósforoelevado:
é um hiperfosfatemia
mineral que sepodem ser causados
combina a outras por insuficiência
substâncias renal,
para formar compostos
hipoparatireoidismo, cetoacidose
fosfatados orgânicos e inorgânicos;diabética (no momento do diagnóstico) e aumento da ingestão
com a dieta (suplementos de fosfato);
• Os termos fósforo e fosfato costumam ser análogos no que se refere ao exame realizado,
• Fósforo
mas o quebaixo: hipofosfatemia
é dosado podemdeser
é a quantidade causados
fosfato por hipercalcemia,
inorgânico especialmente a
presente no sangue;
causada por hiperparatireoidismo, uso excessivo de diuréticos, desnutrição,
• cetoacidose
Os fosfatos diabética
são vitais(após
paratratamento),
produção de hipotireoidismo, potássio baixo,
energia, funcionamento uso crônico
de músculos de
e nervos e
antiácido e raquitismo.
crescimento ósseo. Também têm papel importante como tampões, ajudando a manter
o equilíbrio ácido-básico.
Exames laboratoriais para acompanhamento
de doenças renais
Magnésio sérico:
• Magnésio elevado: é geralmente encontrada em pacientes com insuficiência renal aguda ou
• O magnésio é, após o potássio, o segundo cátion mais abundante no fluido intracelular dos
crônica, durante a administração de doses farmacológicas de magnésio, em recém-nascidos,
organismos vivos;
após a administração de magnésio às mães por eclâmpsia e, finalmente, com o uso de laxativos
orais ou enemas retais contendo magnésio em sua composição;
• É envolvido na maioria dos processos metabólicos, participando no evento da síntese
proteica via DNA;
• Magnésio baixo: consumo de grandes quantidades de álcool (comum), diarreia prolongada
(comum), níveis elevados hormônio antidiurético ou de hormônios tireoidianos, medicamentos
• Está envolvido na regulação da função mitocondrial, processos inflamatórios e defesa imune,
que aumentam a excreção do magnésio, uso crônico de determinados medicamentos para
alergia, crescimento e estresse, controle da atividade neuronal, excitabilidade cardíaca,
reduzir o ácido gástrico e amamentação;
transmissão neuromuscular, tônus vasomotor e pressão arterial.
• Tudo isso aumenta a excreção de magnésio.
Exames laboratoriais para acompanhamento
de doenças renais
Uranálise:

• A urinálise é um grupo de exames químicos e microscópicos;

• Detecta produtos normais e anormais do metabolismo, células, fragmentos de células


e bactérias na urina;

• Os rins filtram o sangue, eliminando na urina restos metabólicos desnecessários, como ureia
e creatinina, e conservando substâncias necessárias e reaproveitáveis, como proteínas e
glicose;

• Alterações da composição da urina podem indicar problemas metabólicos ou problemas


renais.
Exames laboratoriais para avaliação da tireoide
Tiroxina (total e livre):

• Esse teste mede a quantidade de tiroxina ou T4 no sangue;

• O T4 é um dos dois principais hormônios produzidos pela glândula tireoide;

• A tireoide é uma glândula pequena, em formato de borboleta, localizada logo abaixo do pomo
de Adão, no pescoço;

• Ela desempenha um papel muito importante no controle do metabolismo : a taxa de utilização


de energia no corpo.
Exames laboratoriais para avaliação da tireoide
Triiodotironina:

• Este exame mede a quantidade de triiodotironina ou T3 no sangue;

• O T3 é um dos dois principais hormônios produzidos pela glândula tireoide;

• A glândula tireoide é um órgão achatado e em formato de borboleta que se localiza na frente


da traqueia, no pescoço;

• Os hormônios que el a produz controlam a taxa de energia utilizada pelo corpo.


Exames laboratoriais para avaliação da tireoide
Hormônio estimulador da tireoide:

• Esse teste mede a quantidade de TSH no sangue;

• O TSH é produzido pela glândula hipófise, um pequeno órgão localizado na parte inferior no
cérebro e atrás das cavidades nasais, estimula a produção e liberação de T4 e T3 pela
glândula tireoide;

• Ela faz parte do sistema de feedback (realimentação) do corpo para manter estável a
quantidade de hormônios tireoidianos tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) no sangue;

• Os hormônios tireoidianos ajudam a controlar a taxa de energia utilizada pelo corpo. Quando
as concentrações diminuem no sangue, o hipotálamo libera o Hormônio Liberador de
Tireotropina (TRH), que estimula a liberação de TSH pela glândula hipófise.
Exames laboratoriais para avaliação da tireoide
Exames laboratoriais para acompanhamento
de anemias
Ferro:

• O exame mede a quantidade de ferro na parte líquida do sangue;

• É necessário para a produção de hemácias normais, sendo parte importante da hemoglobina,


a proteína das hemácias que transporta oxigênio por todo o corpo;

• O ferro é usado também na produção de outras proteínas, como a mioglobina e


algumas enzimas.

Transferiina:

• O ferro é um elemento essencial absorvido de alimentos e transportado no corpo


pela transferrina, uma proteína produzida no fígado.
Exames laboratoriais para acompanhamento
de anemias
Ferritina:

• Esse exame mede a quantidade de ferritina no sangue;

• Ferritina é uma proteína que contém ferro e é a principal forma de ferro armazenado nas
células;

• A pequena quantidade de ferritina liberada no sangue reflete a quantidade total de ferro


armazenado no corpo.

Hemograma:

• Já citado anteriormente.
Exames laboratoriais para acompanhamento
de anemias

• Um ferro baixo com transferrina ou capacidade total de transporte de ferro alta em geral é
devido a deficiência de ferro;

• Nas doenças crônicas, o ferro e a transferrina ou a capacidade total de transporte de ferro


costumam estar baixos;

• A deficiência de ferro em geral é devida a sangramento prolongado ou intenso;

• Entretanto ela pode também ser devida a aumento das necessidades de ferro (na
gravidez), crescimento rápido (em crianças), dieta inadequada e problemas de absorção
(doença do estômago ou do intestino).
Exames laboratoriais para acompanhamento
de anemias
Recomenda-se avaliar os quatro parâmetros:
Exames laboratoriais para acompanhamento
carências específicas do organismo
vitamina B12 e folato Formar hemácias e reparo de tecidos e células.

vitamina A Essencial para o bom funcionamento da retina.

vitamina E Ação antioxidantes e às suas propriedades anti-inflamatórias, que ajudam a melhorar o sistema
imune.
vitamina B2 Estimular a produção de sangue e a manter o metabolismo adequado.

vitamina B6 Produz energia por atuar no metabolismo dos aminoácidos, gorduras e proteínas.

Papel antioxidante e apresenta relação direta com a formação de fibras colágenas e a absorção
vitamina C
de ferro pelo nosso organismo.

vitamina K Ativação de proteínas que atuam na coagulação sanguínea e na fixação do cálcio no organismo.
Exames laboratoriais para acompanhamento
de falhas nutricionais na alimentação
Albumina:

• • Albumina
Proteínaelevado: são observados
mais presente no plasma,naa desidratação, mas
parte líquida do o exame não costuma ser usado
sangue;
nesse caso;
• Impede que a água saia dos vasos sanguíneos e transporta hormônios, vitaminas,
• Albumina baixo: são
medicamentos vistossubstâncias;
e outras em doenças hepáticas, em doenças renais e quando
há desnutrição. A desnutrição pode ocorrer em doenças com inflamação intestinal e distúrbio da
• absorção de alimentos,
É produzida no fígado;como doença de Crohn, colite ulcerativa, doença celíaca, ou quando se
perdem grandes volumes de proteínas a partir do intestino.
. • Sua concentração diminui em doenças hepáticas, em doenças renais que causam síndrome
nefrótica e quando há desnutrição, e pode aumentar quando há desidratação.
Exames laboratoriais para acompanhamento
de falhas nutricionais na alimentação
Colesterol:

• O colesterol é uma substância (um esteroide) essencial para a vida;

• Faz parte das membranas de todas as células do corpo;

• É usado para fabricar hormônios essenciais para o desenvolvimento, o crescimento e a


reprodução;

• Forma ácidos biliares necessários para a absorção de nutrientes dos alimentos. Uma
pequena parte do colesterol do corpo circula no sangue em partículas complexas chamadas
lipoproteínas.
Exames laboratoriais para acompanhamento
de falhas nutricionais na alimentação
Colesterol HDL:

• O colesterol HDL é a fração do colesterol ligada a lipoproteínas de alta densidade (em inglês,
HDL – high density lipoproteins), um dos tipos de proteínas transportadoras do colesterol no
sangue;

• As HDL, formadas por proteína e uma pequena quantidade de colesterol, são consideradas
benéficas porque removem o colesterol dos tecidos e o transportam para ser metabolizado no
fígado;

• Por isso, o colesterol HDL é chamado, com frequência, o colesterol “bom”.


Exames laboratoriais para acompanhamento
de falhas nutricionais na alimentação
Colesterol LDL:

• As lipoproteínas de baixa densidade (em inglês, LDL – low density lipoproteins) são um tipo
de lipoproteínas que transportam as gorduras no sangue;

• As LDL são consideradas indesejáveis porque depositam excessos de colesterol nas paredes
vasculares e contribuem assim para o endurecimento das artérias (aterosclerose) e
para doenças cardíacas;

• Por isso, o colesterol ligado a LDL, chamado simplesmente colesterol LDL, é com frequência
chamado de "mau" colesterol.
Exames laboratoriais para acompanhamento
de falhas nutricionais na alimentação
Triglicerídeos:

• Esse exame mede a quantidade de triglicerídeos no sangue, que são uma forma de gordura e
uma fonte de energia importante para o corpo;

• A maior parte dos triglicerídeos se encontra no tecido gorduroso (adiposo) do corpo, mas uma
quantidade circula no sangue para fornecer combustível para os músculos;

• Depois que a pessoa se alimenta, os níveis sanguíneos de triglicerídeos aumentam enquanto


o corpo converte em gordura a energia que não vai ser usada imediatamente.
Referências

• LabTest Oline - https://labtestsonline.org.br/search?keywords=colesterol;

• HOKAMA. N.K., MACHADO, P.E.A. Interpretação clínica do hemograma nas infecções. JBM.
Rio de janeiro, v.72, n.3, p.38- 49, mar. 1997. RAPAPORT, S.I. Introdução à Hematologia. 2.ed.
São Paulo: Roca, 1990.

• WALTERS, M.C., ABELSON, H.T. Interpretação do hemograma completo. Clínicas Pediátricas


da América do Norte. Rio de janeiro. Interlivros. V.3, p.577-599, 1996

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