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CENTRO DE ENSINO À DISTÂNCIA DE GORONGOSA

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA

IMPACTO AMBIENTAL DE EXTRAÇÃO ARTESANAL DE


AREIA NA LOCALIDADE DE CHITOBE (2020 - 2023)

Autora: Jacobe Filipe Nharuco

Gorongosa, Agosto 2023

1
CENTRO DE ENSINO À DISTÂNCIA DE GORONGOSA

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA

IMPACTO AMBIENTAL DE EXTRAÇÃO ARTESANAL DE AREIA NA


LOCALIDADE DE CHITOBE (2020 - 2023)

Jacobe Filipe Nharuco - 708200661

Projecto de Pesquisa Submetido ao


Centro de Ensino à Distância –
Universidade Católica de
Moçambique como requisito parcial
para elaboração de Monografia do fim
do curdo para obtenção do grau de
Licenciatura em Ensino de Geografia.

2
Gorongosa, Agosto de 2023

Agradecimentos

3
Dedicatória

Gráfico 2: Faixa etária dos Entrevistados........................................................................11


Gráfico 3: Sexo................................................................................................................12
Gráfico 4: Nível de Formação.........................................................................................12
Gráfico 5: Chefe da família?...........................................................................................13
Gráfico 6: Número de agregados?...................................................................................13
Grafico 7 Principal actividade de sustento?....................................................................14
Gráfico 8: Respostas dos entrevistados sobre ter conhecimento da existência de uma
área que esta sendo usada na mineração de areia para construção civil..........................15
Grafico 9: Respostas para a questão de quanto tempo se dedica na extracção de areia? 18
Gráfico 10: Respostas sobre a questão de ganhos têm tido na prática desta actividade de
Mineração?......................................................................................................................18
Grafico 11: Possui algum documento que vos autoriza a praticar essa actividade de
mineração?.......................................................................................................................18
Gráfico 12: Se Sim, qual documento?.............................................................................19
Grafico 13: Que efeitos ambientais negativos são originados da prática da actividade de
extracção da areia?..........................................................................................................20
Gráfico 14: Alguma vez tiveram orientação do Governo Local para aplicar algumas
regras na vossa actividade tendo em vista a minimização da extracção de areia?..........20
Gráfico 15: Das medidas abaixo mencionados, quais que você acha que estão sendo
levado em consideração para minimizar os efeitos ambientais negativos da exploração
da areia?...........................................................................................................................21

4
Resumo

Esta monografia com tema impacto ambiental de extracção artesanal de areia na


localidade de chitobe (2020 - 2023), com objectivo de Analisar as medidas mitigadoras
dos efeitos negativo da mineração de areia sobre o meio ambiente na Localidade de
Chitobe. Para materialização da pesquisa foi utilizada os seguintes procedimentos
metodológicos: método bibliográfico sustentada com as técnicas de observação,
entrevista semi-estruturada que foi dirigida ao governo local e o inquérito que foi
dirigido aos exploradores de areia naquela localidade, entretanto com resultados
obtidos, constatou-se que já se fazem sentir alguns impactos negativos correlacionada
com a actividade de extracção artesanal de areia na localidade de Chitobe e que não
existem duma forma clara estratégias criadas por da entidade governamental e nem por
parte da população local, que vise a mitigação dos impactos originados na exploracao
artesanal da areia na localidade de Chitobe, Distrito de Machaze, sendo assim sugere-se
para que os exploradores juntos das entidades governamentais colaborem no sentido de
criar mecanismos eficazes de mitigação dos impactos ambientais negativos oriundo da
extracção da areia naquela zona, assim com criação de planos de maneio, com vista a
garantir uma exploração sustentável do recurso.

Palavras-chaves: Areia, Extracção Artesanal, Impactos Ambientais, Mitigação.

5
I. INTRODUÇÃO

A utilização de bens minerais pelo homem é tão antiga quanto sua história, o que pode
ser observado no registro das atividades humanas, que buscam suas referências iniciais
na dependência do homem em relação aos recursos minerais. Essa dependência do
homem com relação as substancias minerais adquire, na atualidade, uma relevante
importância, na medida em que a mineração fornece os principais elementos e
comodidades da vida humana, a tal ponto que o consumo de minério por habitante é
considerado como um dos índices de avaliação do nível de desenvolvimento dos países
(Sintoni, 2003).
Segundo Tanno et al. (2003), a areia caracteriza-se pelo seu baixo valor económico e
pelo transporte de grandes volumes, o que condiciona seu aproveitamento económico
nas proximidades dos centros consumidores. Deste modo as mineradoras procuram
áreas o mais próximo possível dos centros de consumo (centros urbanos na sua
maioria), o que potencializa situações de conflito entre a mineração e o uso urbano do
espaço.
Todavia, a extração de areia, como qualquer outra atividade humana, interfere no meio
ambiente, degradando os recursos naturais. Quando ocorre por dragagem de leitos
fluviais, pode provocar graves danos ao meio ambiente, como a supressão da vegetação
nativa presente às margens do local de exploração, instabilidade de ambientes
ribeirinhos, aumento da turbidez da água e até mesmo modificações e desvios no leito
do rio.
Contudo, o presente projecto de pesquisa pretende identificar e discutir os Impacto
ambiental de extração artesanal de areia na Localidade de Chitobe no período de 2020 à
2023 e propor estratégias de mitigação dos impactos ambientais causados pela
exploração artesanal deste minério importantíssimo no desenvolvimento da
humanidade.

1
I.1. Justificativa

Justificativa consiste numa exposição sucinta das razoes de ordem teórica e dos motivos
de ordem prática que tornam importante a realização da pesquisa (Marconi e Lakatos,
2007:221).

O interesse no estudo deste tema prende-se pelo facto do pesquisador residir nesta área
de minerção artesanal de areia e por constactar que os exploradores deste recurso
mineral é a população local disprovida de conhecimento científico que garanta a
mitigação dos seus impactos ambientais e não possuir plano de maio para o uso
sustentável deste mineral importante na construção civil. Também tenciona que este
estudo possa dispertar ao Governo Local através do Serviço Distrital de Planeamento e
Infra-estrutras sobre o licenciamento, concepção do plano de maneio e fiscalização
desta actividade para que +possa ser explorada de forma sustentável e sem por em causa
ao meio ambiente.

I.2. Problematização

“Problema é qualquer questão não resolvida e que é o objecto de discussão, em qualquer


domínio do conhecimento” (Gil, 2008:33).

Segundo Silva e Minezes (2001:126) “ a pesquisa é fundamentada e metodologicamente


construída objectivando a resolução ou esclarecimento de um problema e um ponto de
partida da pesquisa. Da sua formulação dependerá o desenvolvimento da sua pesquisa.”

A mineração é uma das atividades humanas que mais contribui para a alteração da
superfície terrestre, afetando a área lavrada e os seus arredores, causando impactos
negativos sobre a água, o ar, o solo, o subsolo, a flora, a fauna, e a paisagem como um
todo. Por outro lado, tem grande alcance social, na medida em que, como todo
empreendimento económico, está ligado à geração de emprego e renda (Lelles, 2004).

2
É importante a realização de estudos de controle ambiental, visando a identificação das
áreas de preservação necessárias e a definição e implantação de medidas mitigadoras
capazes de reduzir ao mínimo os impactos negativos gerados ao ambiente em cada fase
do empreendimento, buscando-se ao final da lavra, a realização de um plano de
recuperação e reabilitação da área afetada, o que nem sempre é alcançado (Nobre filho
et al., 2011).

Tendo em conta aos problemas ambientais que a exploração de areia pode acusar,
levanta-se a seguinte questão: Que medidas estão sendo tomadas para garantir a
mitigação dos impactos ambientais da exploração de areia na Localidade de Chitobe?

I.3. Tema
Tema é o assunto que se deseja provar ou desenvolver (Marconi e Lakatos, 2007:221).
Qualquer investigação ou pesquisa científica é feita tendo como base um determinado
assunto sobre o qual o estudo recai. Este assunto central constitui tema de investigação
ou pesquisa científica. Portanto, o projecto que se apresenta tem como tema: “Impacto
ambiental de extração artesanal de areia na localidade de Chitobe (2020— 2023).”

I.4. Delimitação do tema


O processo de delimitação do tema só é dado por terminado quando se faz a delimitação
geográfica e espacial do mesmo (Marconi e Lakato, 1992:102).

Portanto, o presente projecto de pesquisa intitulado “Impacto ambiental de extracção


artesanal de areia na Localidade de Chitobe (2020— 2023)” realizar-se-á na
Localidade de Chitobe, Posto Administrativo Chitobe Sede, Distrito de Machaze,
Província de Manica.

I.5. Objectivos

Toda pesquisa deve ter objectivo determinado para saber o que vai se procurar e o que
se pretende alcançar (Marconi e Lakatos 2007:158).

3
1.5.1. Objectivo Geral

 Analisar as medidas mitigadoras dos efeitos negativo da mineração de areia


sobre o meio ambiente na Localidade de Chitobe.

1.5.2. Objectivos Específicos

 Identificar os impactos ambientais da extracção artesanal de areia na


Localidades de Chitobe.

 Descrever as estratégias adoptadas para a mitigação dos impactos ambientais da


negativos da mineração de areia para construção civil na Localidade de Chitobe.

I.6. Hipóteses

Para Good e Hatt, citado por Gil (2008), “a hipótese é uma preposição que pode ser
colocada a prova para determinar a sua validade. Isto é uma suposta resposta ao
problema assim investigado.”

Entretanto, de acordo com o problema em estudo, levantam-se as seguintes hipóteses:

 É provável que o Governo do Distrito não esteja a implementar alguma medida de


mitigação dos impactos negativos na mineração de areia na Localidade de Chitobe.
 É possível que os mineradores de areia da Localidade de Chitobe estejam a exercer
esta actividade de forma ilegal (sem licença).

CAPÍTULO II: FUNDAMENTACAO TEORICA


2.1. Conceitos ambientais

2.1.1. Impacto ambiental

O conceito de impacto ambiental pode ser obtido na terminologia da palavra, originada


do latim impactu, que significa choque ou colisão de substâncias nos três estados físicos

4
da matéria (sólido, líquido e gasoso). O choque ou colisão podem ser provenientes de
radiações ou formas variadas de energia, vindas de obras ou atividades realizadas com
danosas alterações ao ambiente natural, artificial, cultural ou social. As alterações
podem ser provocadas por diversas formas de energia ou matéria resultante de
atividades antrópicas, que afetam direta ou indiretamente a saúde, segurança da
população, atividades econômicas e sociais, a biota e a disposição dos recursos do
ambiente (Plantenberg, 2002; Custódio, 1995; Spadotto, 2002).

Segundo Sanchez (1999), impacto ambiental é decorrente de ações que provocam


eliminação de um elemento do meio ambiente ou ainda a introdução da quantidade de
fatores maiores que a capacidade de suporte. Enquanto Westhern (1988) considera
impacto ambiental como a mudança das características ambientais de uma área,
resultantes de atividades antrópicas num determinado período, em contraste com uma
situação que ocorreria caso a mesma atividade não fosse iniciada.

A visão dos autores se assemelha muito ao relatado na Resolução do CONAMA, artigo


1, que define impacto ambiental como: “[...] qualquer alteração das propriedades físicas,
químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou
energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:

1) A saúde, a segurança e o bem estar da população;


2) As atividades sociais e econômicas ;
3) A biota;
4) As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
5) A qualidade dos recursos ambientais.”

2.2. Impacto ambiental da extracção artesanal de área

Segundo Sanches, 2006, O termo aspecto ambiental foi usado inicialmente pela Norma
Brasileira, ISO 14.001:2004, que foi incorporada ao longo do tempo ao vocabulário de

5
profissionais da indústria e de consultores, além de órgãos governamentais. Aspecto
ambiental é definido na Norma Brasileira como “elemento das atividades, produtos ou
serviços de uma organização que pode interagir com o meio ambiente”, podendo ser
entendido com o mecanismo através do qual, uma ação humana causa um impacto
ambiental. Destaca-se que uma mesma ação pode levar a vários aspectos ambientais e
consequentemente, causar diversos impactos ambientais.

Segundo Tommasi (1993), entende-se por impacto ambiental qualquer alteração do


meio físico ou funcional de um dado componente ambiental. Essa alteração pode ser
quantificada ou qualificada e pode ser favorável ao ecossistema ou à sociedade humana.
As principais alterações ambientais causadas pela mineração podem ser sintetizadas em:
(a) supressão de áreas de vegetação, (b) reconfiguração de superfícies topográficas, (c)
impacto visual, (d) aceleração de processos erosivos, (e) aumento da turbidez e do
assoreamento de corpos de água, (f) emissão de gases e partículas no ar, (g) ruídos, além
de (h) propagação de vibrações no solo.

Na visão de Simoni e Lorini (2011), há dois tipos de impacto ambiental: (i) os positivos
e (ii) os negativos. Os primeiros têm implicância socioeconômica, uma vez que
impactam o desenvolvimento econômico e regional (emprego) e a arrecadação
tributária. Os autores descrevem os principais impactos negativos relacionados às
atividades de mineração como: (a) poluição do ar: a utilização de explosivos e
movimentação constante de veículos e máquinas pesadas, gerando maior quantidade de
poeira; (b) impacto sobre o solo, como erosão (causada principalmente pela retirada da
vegetação), contaminação por óleos, graxas e combustíveis, instabilidade do terreno
devido às explosões frequentes; (c) impactos sobre a água: podem ocorrer de diversas
formas, sendo que as mais comuns são o assoreamento de corpos d’água, o turvamento
da água.

6
2.3.Mineração de Areia

A areia é uma substância mineral originada da desagregação de diversos tipos de rochas


e pode ser encontrada em vários tipos de depósitos, como aluviões e coluviões
(Gonçalves, 2008). A areia é um sedimento clástico inconsolidado, formado mais
comumente por grãos com 0,2 a 2,0 mm de diâmetro e tendo como cores mais usuais o
cinza, o amarelo ou o vermelho (Leinz e Amaral, 1980). Na geologia, areia é definida
como um material detrítico, com variação de tamanho de partículas, principalmente
partículas de quartzo. As principais definições são feitas no sentido de representar um
material mineral granular não coesivo, com tamanho de partículas situado entre limites
definidos, com composição química e mineralógica variada e com origem inorgânica
(Canto, 2001). Segundo Bueno (2010), os principais ambientes geológicos onde é
extraída a areia para a construção civil são:

 leitos de rios;
 planícies costeiras;
 planícies e terraços aluviais de fundos de vale (pretéritos);
 coberturas de morros constituídas por formações sedimentares arenosas mais
antigas; e
 coberturas de morros com mantos de alteração de rochas quartzosas.

7
CAPÍTULO III. QUADRO METODOLÓGICO
3.1. Metodologias
Método é “o conjunto de etapas e processos a serem vencidos ordenadamente na
investigação dos factos ou na procura da verdade” (RUIZ, 1985:131).

Segundo Marconi e Lakatos (1991), “os métodos constituem etapas mais concretas da
pesquisa, isto é, os distintos caminhos que serão utilizados para alcançar o fim da
pesquisa”.

Para a materialização deste trabalho, o autor privilegiará a pesquisa qualitativa por ser
esta que considera haver dinâmica entre o mundo real e os sujeitos, far-se-á a
conciliação de diferentes procedimentos, assim sendo, a base de todo um conjunto de
metodologias será a consulta bibliográfica e a pesquisa do campo, onde irá realizar uma
série de entrevistas com algumas figuras locais como o Director do SDPI, Chefe da
Repartição de Ambiente na SDPI, chefe da localidade, líderes comunitários, pessoas
influentes e exploradores de areia.

Para a materialização deste estudo, optou-se pela abordagem qualitativa, com


características de um estudo exploratório com base na entrevista, na qual procurar-se-á
levantar informações ou opiniões ligadas as questões de ambientais ligados a mineração
de areia de construção civil. O uso desta deve-se ao facto de permitir desenvolver
peguntas de pesquisa e aumentar a familiaridade do pesquisador com o problema
investigado, para a realização de uma pesquisa mais precisa, que envolve a pesquisa
bibliográfico, documental e virtual, questionario, observação e entrevistas.

3.2. Métodos e técnicas de recolha de dados


Para que os objectivos preconizados ou traçados numa dada actividade sejam atingidos
ou alcançados é necessária a escolha de um caminho que permite a boa realização
dessas actividades, esse caminho dá-se o nome de método.

8
3.2.1. Pesquisa Bibliográfica

Segundo Barros (1983: 84), “a pesquisa bibliografica consiste em pôr o pesquisador ou


aluno a obter conhecimentos procurando encontrar informações públicas em livros ou
em documentos”.

Segundo Marconi e Lakatos (1991) “o método bibliográfico aparece mais para definir,
resolver não somente problemas não acabados como também explorar novas áreas onde
os problemas não se cristalizam suficientemente”. Este método será prioridade do autor,
em que consistirá em consultas de várias obras literárias, diversos manuais, artigos
científicos encontrados na internet, que de forma directa ou indirecta trazem uma
abordagem do tema em pesquisa incluindo o perfil da localidade de Chitobe. Também
far-se-á a revisão bibliográfica relacionada com a matéria em estudo, como forma de se
obter o marco teórico do objecto de estudo.

3.2.2. Método de Observação

Na perspectiva de Lakatos (1987: 107) “este método utiliza os sentidos na obtenção de


determinados aspectos da realidade. Para ele, este método não consiste apenas em ver e
ouvir, mas também em examinar factos ou fenómenos que se desejam estudar”. Para o
caso evidente, deslocar-se-á para a área de exploração de areia na Localidade de
Chitobe para obter determinadas informações, assistir o processo de mineração de áreia
de construção civil, observar a paisagem em volta, o nível de degradação ambiental e os
métodos ou tipo de mineração de área.

3.2.3. Entrevista semi-estruturada

Segundo Mutimucuio (2008), entrevista semi-estruturada consiste num roteiro


preliminar de perguntas contendo as principais ideias, que se molda à situação concreta
de entrevista. Optou-se pela entrevista semi-estruturada por esta ser uma conversa entre
o entrevistador e o sujeito respondente, em que o entrevistador é livre para fazer

9
perguntas ou pedir clarificações adicionais que se centram em assuntos que vão
surgindo ao longo da entrevista. A entrevista semi-estruturada será feita ao Director do
SDPI, Chefe e técnicos do Ambiente no SDPI, chefe da Localidade e pessoas influentes.

3.2.4. Inquérito

Segundo Tuckman (2000: 517), inquérito é uma técnica de investigação que permite a
recolha de informação directamente de um interveniente na investigação através de um
conjunto de questões organizadas segundo uma determinada ordem. Estas, podem ser
apresentadas ao respondente de forma escrita ou oral. É uma das técnicas mais
utilizadas, pois permite obter informação, sobre determinado fenómeno, através da
formulação de questões que reflectem atitudes, opiniões, percepções, interesses e
comportamentos de um conjunto de indivíduos.

Consistirá em aplicar inquérito a população residente nas proximidades da área de


extração de areia e aos mineradores deste recurso.

3.2.5. Amostragem

Para o alcance dos objectivos deste estudo, recorrer-se-á à amostragem por saturação
teórica e intencional. Segundo Fontanella et al. (2008), a saturação teórica consiste na
suspensão de inclusão de novos participantes quando os dados obtidos passam a
apresentar, na avaliação do pesquisador, uma repetição, não sendo mais necessário a
persistência da colecta de dado.

A saturação teórica será aplicada para a poluação e aos mineradores de areia de


construção de ambos os géneros, maiores de 18 anos de idade, num total 20 inqueridos,
dados esses suficientes para se atingir a saturação teórica.

Relativamente à amostragem intencional, esta será utilizada apenas para os 3


funcionários do SDPI, Chefe da Localidade de Chitobe e 3 pessoas influentes da zona
com finalidade de analisar as estratégias adotadas na mitigação dos efeitos ambientes
causados pela extração de areia naquela localidade. Conforme Gil (1999), sobre a

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amostragem intencional aquela em que são seleccionados apenas os elementos
considerados típicos ou representativos da população que se pretende estudar.

Portanto, para o alcance dos objectivos trassados para este estudo, definiu-se uma
amostra de 27 elermentos.

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Capitulo IV: Apresentação e análises de dados

Neste capítulo, serão apresentados e analisados os resultados adquiridos a partir do


inquérito dirigido aos aos mineradores de areia na Localidade de Chitobe e guião de
entrevista feita Serviço Distrital de Planeamento e Infra-estrutura do Distrito de
Machaze e ao Chefe de Localidade de Chitobe, assim como também os resultados qe
foram observados no local de amostragem, com objectivo de analisar as medidas
mitigadoras dos efeitos negativos da mineração de areia sobre o meio ambiente na
localidade acima referenciada.

5.1.perfil sociodemograficos.

De modo analisar as medidas mitigadoras dos efeitos negativos da mineração de areia


sobre o meio ambiente na localidade chitobe, Distrito de Machaze foi submetido ao
questionario 3 membros da SDPI e 1 chefe da localidade, na mesma senda foram
inqueridos 20 exploradores de areia na localidade de chitobe, onde practicamnte dos 24
que correspondera a parte amostral, sendo 16 são de sexo masculino e 8 são de sexo
femenino.

Gráfico 1: Faixa etária dos Entrevistados

Idade
41 a 50 anos
17% 10 a 20 anos
17%

31 a 40 21 a 20
anos aos
33% 33%

Relativamente a faixa, os resultados foi possivel constatar que dos entrevistados 33%
compreende uma faixa etaria de 31 a 40 anos e mesma compreende faixa etaria de 21 a
30 , sendo que 17 % compreende a faixa etaria de como se vem na figura1.

12
Gráfico 2: Sexo

Sexo

Femenino
33%
Masculino
67%

Relativamente ao sexo, com os resultados ee possivel constatar que a amostra e


constituida maioritariamente de sexo masculino que correspondem a 67%, sendo que
dos 33% são de sexo femenino, com vem na figura 2.

Gráfico 3: Nível de Formação

Nivel de Formacao
Primario Secundario Medio Superior sem formacao

25%

10%
65%

No que concerne a nivel de formacao, com os resultados que foram coletados foi
posssivel, constatar que, a maioria parcela dos entrevistados, que corresponde a 65%
não tem formacao, somente 25% tiveram o ensino secundario e 10%afirmaram em ter
feito o ensino secundario, o que significa que a amostra ee constituido maioritariamente
por menbros sem formacao conmo vem na figura acima.

Gráfico 4: Chefe da família?

13
Chefe da familia?

Não
20%

Sim
80%

No que concerne, a chefe da familia, com os resultados obtidos das entrevista foi
possivel constatar que o espaco amostral ee constituido maioritariamente por chefes de
familia que corresponde a 80%, como vem na figura acima.

Gráfico 5: Número de agregados?

Numero de agregado?
4° Trim.
9%
3° Trim.
10%

2° Trim. 1° Trim.
23% 59%

Relativamente ao numero de agregado familiar, dos 80% que afirmaram em ser chefe de
familia que foram submetidos ao inquerito,

Grafico 6 Principal actividade de sustento?

14
Principais actividade de sustento
Agricultura
10% Pastoricia
10% Comercio
Mineracao de areia
Emprego formal
Emprego informal
80% outras Actividades

Relativamnte a principal actividade de sustento, dos dados coletados, mostrou que o


espaco amostra ee constituido maioritariamente por pessoas que tem como a principal
actividade de sustento a mineracao de areia, que corresponde 76% com vem na figura
acima.

5.2. Apresentação dos Resultados relativo ao Impacto Ambiental da Extracção da


Areia obtidos aquando da observação feita no local de Amostragem.

Na área de estudo foram observados in loco diversos impactos oriundos da extracção de


areia, onde foram dividido em positivos e negativos .

5.2.1.Impactos positivos

 Geração de emprego
 Dinamização do sector comercial e de serviços
 Recebimentos de receitas

5.2.2.Impactos negativos

 Depreciação da qualidade do ar: devido a emissão de partículas e gases por


conta do trafego de veículos;
 Modificação na paisagem: ocasionada pela a retirada da vegetação;
 Diminuição da infiltração da água no solo, após sofrer compactação pelo trafego
de caminhões e maquinas pesadas;
 Destruição do habitat natural dos animais e o desaparecimento de plantas,
devido a retirada vegetação nativa;

15
 Afugentamento da fauna ocasionada pela derrubada da mata;
 Diminuição da fertilidade do solo, devido ao solo ficar bastante consistente por
conta dos veículos e maquinas pesadas;
 Diminuição ou a não contribuição nas receitas para o município, devido as
lavras que atuam de maneira informal;
 Alteração da topografia do local onde ocorre a extração de areia, devido a
retirada do material; diminuição da oferta de areia com a desativação das cavas;
 Depreciação das vias de acesso devido ao intenso tráfego de veículos carregados
com material bruto.

Fonte: Autor, 2023

5.2. Apresentação dos Resultados obtidos da entrevista feita SDPI e Chefe da


localidade de Chitobe

Questão 1: Tem conhecimento de existência de uma área que está sendo usada na
mineração de areia para construção civil?

Gráfico 7: Respostas dos entrevistados sobre ter conhecimento da existência de uma


área que esta sendo usada na mineração de areia para construção civil.

16
Não
25%

sim
75%

A esta questão, dos (4) entrevistados 75% confirmaram a existência da areia de


mineração para construção civil, conforme o gráfico 7.

Questão 2: Qual é área total ocupada para da extracção artesanal de areia?

Questão 3: Quais são os possíveis problemas ambientais que estão sendo


verificados na exploração de areia na Localidade de Chitobe?

A esta questão, os entrevistados responderam positivamente e apontaram como


principais problemas, a poluição atmosférica, ou seja, levantamento de grandes nuvens
de poeira sobre o povoado, a erosão, Modificação na paisagem.

Questão 4: Que acções estão sendo implementadas para mitigar os impactos


ambientais causados pela extração de areia na Localidade de Chitobe?

A esta questão, os entrevistados tiveram respostas paralelas, sendo da seguinte maneira:

E1: já discutimos a respeito e não sei se já esta sendo implementado ou não

E2: Que já tinha sido implementado a 1ª fase dos planos de mitigação

E3: absteu-se da questão

Chefe da Local: que já tnha comunicado aos superior do distrito, e prometera agir
imediato.

17
Questao 5: Existe algum Plano de Maneio para orientar de forma sustentável a
extração de areia na Localidade de Chitobe?

A esta questão, os entrevistados tiveram respostas similares, todos responderam da


seguinte maneira: ʺo plano de maneio esta incluso nos plano discutido acerca da
mitigaçãoʺ.

Questão 6: Gostaria de tecer algum comentário relativo a actividade de extração


de areia de construção civil na Localidade de Chitobe?

A esta questão, os entrevistados responderam da seguinte maneira:

E1: ʺOs exploradores deveriam levar em consideração o uso de mascaras no momento


da extracção da areia, visto que das visitas que temos feito no local temos encontrado
um senário de não uso de mascaras, uma vez que a natureza do trabalho levanta uma
nuvem de poeira e isto quando consumido pode causar danos ao organismoʺ.

E2: ʺlevarei em consideração a questão de se fazer no local para dinamizar o plano de


mitigações dos impactos ambientais oriundos da extracção de areiaʺ.

E3: ʺvou perceber melhor com os meus colegas a questão da implementação dos planos
de mitigação, visto já tinha discutido no outro fórum, e havia concordado em entrar em
acçãoʺ.

Chefe da locali: ʺfarei a questão de incomodar mais uma vez os meus superior, para
perceber do porque de não implementação dos planos de mitigaçãoʺ.

Estes exploradores de areia estão licenciados para esta actividade?

A esta questão os entrevistados responderam dizendo que nem todos estão em condições
para o exercício, visto que tem alguns que não tem nem se quer meses.

Apresentação dos resultados obtido do inquérito dirigido a comunidade local

18
Aqui estão apresentados os resultados dos inquiridos na comunidade local, onde decorre
a actividade de extracção artesanal da areia.

Grafico 8: Respostas para a questão de quanto tempo se dedica na extracção de areia?

A quanto tempo se dedica na extração de areia?


Menos de 1 anos 1 a 5 anos 6 a 10 anos
11 a 15 anos Mais de 15 anos

13%

20%
67%

Em relação a questão acima colocada, os resultados revelaram que dos entrevistados


65% estão no intervalo de (6 a 1 anos), 20% estão no intervalo de (1 a 5 anos) e 13%
estão no intervalo de (menos de 1 anos), com vem na figura 8.

Gráfico 9: Respostas sobre a questão de ganhos têm tido na prática desta actividade de
Mineração?

Que ganhos tem tido na practica desta actividade de mineração?


Sustento da Familia
10% Compra de material Escolar
10% Construcao de casa
Compra de meio de Transorte
Investimento no negocio
Outros
80%

Relativamente a questão de ganhos aquando da prática da actividade de extracção de


areia, dos inquiridos 76% afirmaram que os ganhos têm sido para o sustento da família,
15% afirmaram que os ganhos têm sido para compra de material escolar e 9%
afirmaram que os ganhos têm sido para construção casa, com vem no gráfico 9.

Grafico 10: Possui algum documento que vos autoriza a praticar essa actividade de
mineração?

19
Possui algum documento que vos autoriza a praticar essa ac-
tividade de mineração?
Sim Não

16%

84%

Quando colocada acima colocada, os resultados revelaram que dos entrevistados 84%
possuíam documentos legais e 16% não possui documentos, como vem no gráfico 10.

Gráfico 11: Se Sim, qual documento?

Se sim, qual documento?


Licenca senha de Pagamento de Actividade
Outros

38%

63%

Dos 16 inquiridos que corresponderam a 84% que afirmaram em possuir documentos,


62% possuem licença e 38% fazem o pagamento diário da actividade, com vem no
gráfico 11.

20
Grafico 12: Que efeitos ambientais negativos são originados da prática da actividade de
extracção da areia?

Que efeitos ambientais negativos são originados da


práctica da actividade de extração da areia?
Acumulacao de agua
11%
Erosão
37%

perda da Biodiversidade
53%

No que concerne a questão de impactos ambientais oriundos da extracção de areia, os


resultados mostram que 53% são da perda da biodiversidade, 37% são da erosão e 10%
são de derrube das árvores nos locais de extracção, com vem no gráfico 12.

Gráfico 13: Alguma vez tiveram orientação do Governo Local para aplicar algumas
regras na vossa actividade tendo em vista a minimização da extracção de areia?

Alguma vez tiveram orientação do Governo Local para aplicar


algumas regras na vossa actividade tendo em vista a minimização
dos efeitos ambientais negativos da extração de areia?

Não
30%
Não me
recordo
50%
Talvez
20%

Relativamente a questão sobre se porventura já tiveram orientação do local na aplicação


de algumas regras na actividade de mineração com vista a minimização de efeitos
negativos ambientais, dos inquiridos 50% disseram que não se recordam, 30% disseram
que Não e 20% disseram talvez, conforme vem no gráfico 13.

21
Gráfico 14: Das medidas abaixo mencionados, quais que você acha que estão sendo
levado em consideração para minimizar os efeitos ambientais negativos da exploração
da areia?

O afastamento dos exploradores de areia dos locais de muita pressão


Orientação dos exploradores de areia para extrair os locais com mais dunas de areia
Orientação dos exploradores a extrair em locais que esta fora da comunidade
Orientação dos exploradores para extrair em locais planos para evitar a erosão
Outros
Nenhuma

No que concerne a questão acima colocada, das medidas acima citadas, dos inquiridos
100% afirmaram que nenhuma das medidas estão sendo levadas em consideração para
minimizar os impactos negativos ambientais.

CAPITULO V: DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


5.1. Identificação os impactos ambientais da extracção artesanal de areia na
Localidades de Chitobe.

Aquando das observações feitas in loco foi possível constatar alguns impactos
ambientais oriundo da extracção artesanal, onde foram divididos de positivos e

22
negativos, sendo que os impactos negativos gerados nesse processo de mineração
recaem directamente sobre o meio ambiente e os impactos positivos estão directamente
ligados ao desenvolvimento social. Embora que tenhamos uma vantagem no que diz
respeito a impactos positivos da extracção mineração, a que se levar em consideração os
impactos que recai sobre o ambiente, pois são irreversíveis.

A Mineração Artesanal traduz-se como uma das principais problemáticas ambientais em


territórios em que existe minério. Largamente definida pelos autores Seccatore, Tomi e
Chouinard (2015), a «mineração artesanal» representa a pequena mineração da mesma
faixa de produção em que possui características de mecanização rudimentar,
recuperação ineficiente, condições de trabalho insalubres e exploração insegura do
trabalho. Portanto, quando realizada de forma responsável (fora dos aspectos
contraindicados), transforma-se em pequena mineração, cuja única peculiaridade é a sua
escala.

5.2. Descrição das estratégias adoptadas para a mitigação dos impactos ambientais
da exploração de areia na Localidade de Chitobe.

Aquando das questões colocadas relativamente a estratégias adoptadas para mitigação


dos ambientais oriundos da actividade de exploração artesanal de areia, a primeira
questão dizia ʺQue acções estão sendo implementadas para mitigar os impactos
ambientais causados pela extração de areia na Localidade de Chitobeʺ e a segunda
dizia o seguinte ʺExiste algum Plano de Maneio para orientar de forma sustentável a
extração de areia na Localidade de Chitobe?ʺ as respostas dadas pelos entrevistados
que por sinal são membros de serviço distrital de planeamento e infra-estrutura,
evidenciaram claramente que que ainda não existe um plano elaborado que vise mitigar
as questões de impactos ambientais oriundos da extracção da areia, e nem plano
elaborado que vise um bom maneio pra garantir uma exploração sustentável. E também
Verificou-se que há uma ineficiência da fiscalização, os pontos de extracção crescem e
com eles os impactos se estendem podendo influenciar na vida da população que reside
próximo aos locais da actividade.
Já relativamente as questões direccionadas a comunidade local responsável pela
exploração de areia no local em estudo, sendo que a primeira questão dizia ʺAlguma vez

23
tiveram orientação do Governo Local para aplicar algumas regras na vossa actividade
tendo em vista a minimização dos efeitos ambientais negativos da extração de areia?ʺ,
50% foram unânimes em afirmar que não se recordam, 20% afirmaram positivamente
que não e 10 disseram talvez. Isto significa que a chance de ter acontecido uma
orientação organizada pelo governo local é muito menor, o que nos mostra com clareza
é possível que não tenha acontecido. Dando continuidade na mesma senda quando
colocado a questão que dizia Das medidas abaixo mencionados, quais que você acha
que estão sendo levado em consideração para minimizar os efeitos ambientais
negativos da exploração de areia, que por sinal foi uma questão direccionada a
comunidade exploradora foram unânimes em afirmar que nenhuma das medidas que
haviam sido mencionados no inquérito estava sendo implementado pela comunidade
explorada, que seria por sinal umas medidas mitigadora dos impactos negativos
oriundos da exploração da areia na localidade de Chitobe.

Em pesquisa in locu, realizada entre os meses de maio e junho de 2006 no Rio Tibagi,
em Ponta Grossa/PR, os geógrafos Mariana Annibelli e Daniel Telles, perceberam, que
muitos moradores de áreas próximas ao rio, tinham hábitos de passeio, descanso,
apreciação da paisagem, pesca e banhos, porém, com o surgimento de problemas
ambientais decorrentes da mineração de areia, especialmente a poluição das águas, o
desmatamento, a perda da vida e o acúmulo de lixo, os moradores estão afastando-se
paulatinamente. Além disso, observou-se através de entrevistas, que o sentimento de
ligação, elo, entre os moradores das áreas afetadas pela mineração está mudando, uma
vez que ‘‘36,3% dos entrevistados disseram já não possuir nenhuma relação com o Rio;
enquanto 18,1% disseram já ter possuído; 22,7% possuíam pouca ligação; enquanto
22,7% dos entrevistados ainda mantinham bastante relação com o mesmo’’ (AnibellI,
2006).

Nesta ordem de ideia é necessário de alguma forma que haja um entendimento entre o
governo local e a comunidade exploradora da areia na localidade, para que se crie
estratégias ou medidas mitigadoras que garantam uma exploração sustentável, que não
possa trazer danos ao ambiente, como para as comunidades circunvizinhas.

24
A mineração de areia, embora necessária, altera a paisagem do lugar minerado e
degrada o meio ambiente, e nesse passo, é imprescindível a busca de aperfeiçoamentos
para extração desses materiais, cuja importância econômica e social é indiscutível, de
forma a se conseguir uma integração, sem ferir a paisagem e o meio ambiente.

De acordo com Fernandes (2008, p. 20), o desenvolvimento e o ambiente ‘‘devem ser


almejados de forma sustentável para que as pessoas possam viver de forma digna com
melhoria da qualidade de vida, através do desenvolvimento econômico e da manutenção
dos recursos ambientais’’.

Assim sendo, justificam-se as atenções para a realização de licenciamentos ambientais


nas áreas onde ocorre à extração mineral de areia, visando avaliar suas limitações,
vulnerabilidade e sustentabilidade, de forma que os impactos negativos sejam
minimizados em busca do desenvolvimento sustentável.

5.3. Propopostas de estratégias a implementar na mitigação dos impactos


ambientais negativos da mineração de areia para construção civil na Localidade de
Chitobe.

 Planejamento e Regulamentação

Desenvolver planos de mineração que incluam medidas para proteger o meio ambiente e
as comunidades locais. Isso pode envolver regulamentações mais rigorosas e a criação
de zonas específicas para mineração.

 Reabilitação de Áreas Mineradas

Implementar programas de recuperação de áreas mineradas para restaurar o ambiente


afetado pela mineração. Isso pode incluir reflorestamento, restauração de habitats
naturais e reabilitação de cursos d'água.

 Monitoramento Ambiental

Estabelecer sistemas de monitoramento ambiental para acompanhar de perto os


impactos da mineração na qualidade do ar, da água e do solo. Isso permitirá uma
resposta rápida a quaisquer problemas que possam surgir.

 Tecnologias de Mineração Sustentável

25
Investir em tecnologias de mineração mais sustentáveis que reduzam o desperdício, o
consumo de água e a poluição do ar.

 Participação Comunitária

Envolver as comunidades locais no processo de tomada de decisão e implementação das


medidas de mitigação. Isso pode incluir programas de educação ambiental e
compartilhamento dos benefícios da mineração.

 Diversificação Econômica

Promover a diversificação econômica para reduzir a dependência exclusiva da


mineração de areia. Isso pode incluir o desenvolvimento de outras indústrias e
oportunidades de emprego na região.

 Fiscalização e Cumprimento das Regulamentações

Garantir a aplicação eficaz das regulamentações ambientais e o cumprimento das


normas de segurança por parte das empresas de mineração.

26
CAPITULO VI: CONCLUSÕES E SUGESTÕES
Aqui estão apresentadas as Conclusões, e Sugestões da pesquisa.
Após a apresentação e discussão dos resultados relativo ao processo de mineração
decorrente na localidade de Chetobe e mediante aos objectivos e hipóteses traçadas
chegou-se as seguintes conclusões.
6.1 Conclusões
Após a discussão dos resultados colectados na localidade de Chitobe relativo a
actividade de extracção de artesanal de areia chegou-se as seguintes conclusões:

Que na exploracao artesanl de areia que decorre na localidade de chitobe tem como
impactos ambientais negativos:

 Na área que decorre as actividades de extracção artesanal de areia foram


identificada impactos ambientais, dividido em positivo e negativos, sendo que
positivos refiro de criação de emprego, recebimento de receitas, dinamização de
sector comercial e de serviços entre outros. Já dos impactos negativos refiro de
Depreciação da qualidade do ar, Modificação na paisagem, Diminuição da
infiltração da água no solo, Destruição do habitat natural dos animais e o
desaparecimento de plantas, Diminuição da fertilidade do solo, Depreciação das
vias de acesso.
 Não existem duma forma clara estratégias criadas por da entidade
governamental e nem por parte da população local, que vise a mitigação dos
impactos originados na exploracao artesanal da areia na localidade de Chitobe,
Distrito de Machaze
 Os exploradores juntos das entidades governamentais devem haver uma
colaboração no sentido de criar mecanismos eficazes de mitigação dos impactos
ambientais negativos oriundo da extracção da areia naquela zona, assim com
criação de planos de maneio, com vista a garantir uma exploração sustentável do
recurso.

27
6.2. Sugestões

6.2.1. A População

Desta feita sugere-se aos exploradores para junto do governo local criarem estratégias
mitigação dos impactos ambientais negativos oriundos da extracção de areia que
decorre na localidade de Chitobe, distrito de Machaze, assim como a criação de planos
de maneio, que vise uma exploração sustentável dos recurso.

4.2.2. Ao Governo Local

Para desenhar estratégias de mitigação dos impactos ambientais negativos e planos de


maneio, para que juntos com os exploradores implementem na área, com vista a garantir
uma exploração sustentável.

28
3.3. Cronograma de Actividades

Tabela 1 – Cronograma

Nº Actividades/ período (mês) 1 2 3 4 5 6


1 Elaboração do projecto

2 Preparação do material a ser usado no


levantamento ou colecta de dados
3 Colecta de dados
4 Tratamento de dados
5 Elaboração do relatório final
Fonte: Autor

4. Referências bibliográficas

1. Annibelli, Mariana Baggio.(2006) Mineração de areia e seus impactos sócio-


econômico-ambientais. In: Congresso Nacional do Conselho Nacional de
Pesquisa e Pós-Graduação em Direito - CONPEDI. Manaus: p.4205-4217.
2. Dantas , S. P.(2016). O Ensino de Climatologia Geográfica: uma abordagem de
intervenção sobre os conceitos básicos de Clima e Tempo.
3. Ely, D. F. (2006). Teoria e método da climatologia geográfica brasileira: uma
abordagem sobre seus discursos e práticas. São Paulo.

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4. Fernandes, Jeferson Nogueira. O Direito Fundamental ao Desenvolvimento
Sustentável. Revista Direitos Fundamentais & Democracia. Curitiba: n. 3, 2008
5. Fontanella at al. (2008). Amostragem por saturação teórica em pesquisa
qualitativa na saúde
6. Freire, L. G. L. (2006). Concepções e abordagens sobre a aprendizagem: a
construção do conhecimento através da experiencia dos alunos. Lisboa.
7. Gil, A. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ª ed.. São Paulo: Editora
Atlas
8. Gil, A. C. (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social.6a edição, Atlas. São
Paulo.
9. Júnior, A. C. O., & Araújo, L. R. O. (2018). O ensino de climatologia sob uma
abordagem dinâmica: considerações sobre documentos educacionais normativos.
Brasil
10. Mutumucuio, I. V. (2008). Métodos de investigação, apontamentos.
11. Plantenberg, Clarita M. AB’SABER, Aziz Nacib. (2002).Previsão de Impactos
O Estudo de Impacto Ambiental no Leste, Oeste e Sul. Experiências no Brasil,
na Rússia e Alemanha. 2 ed. Universidade de São Paulo.
12. Redondo, D. M. (2016). Abordagem, método e técnica: diálogos e duelos. São
Paulo, Brasil.
13. Sánches, Luis Enrique.(2008) Avaliação de impacto ambiental: conceitos e
métodos, Luis Enrique Sánches – São Paulo: Oficina de Textos.
14. Sánchez, Luis Enrique. (1999).As etapas iniciais do processo de avaliação de
impacto ambiental. In: Goldenstein, S. et al. Avaliação de impacto ambiental.
São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente,.
15. Santos, D. N. (2008). Extração de areia e dinâmica sedimentar no alto curso do
rio Paraná na região de Porto Rico, PR. Dissertação de mestrado, Universidade
Guarulhos, Guarulhos, SP:
16. Silva, F. C. M. L., Costa, F. A. e Borba, G. L. (2016). A educação em mudanças
climáticas: uma abordagem interdisciplinar. São Paulo.
17. Silva, I. A. S., & Goveia, C. R. (2020). Revista Ensino de Geografia. Ensino do
clima e dos componentes físicos- naturais: propostas didáticas e construção do
conhecimento. Brasil

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18. Silva, M. S., Cardoso, C. (2018). Challenges and perspectives for the teaching of
geografic climatology at school. Fortaleza.
19. Simoni, M.; Lorini, K. (2011).Diagnóstico das atividades desenvolvidas por
mineração de rocha basáltica da pedreira. Trabalho de conclusão de curso
(Bacharelado em Tecnologia de Gestão Ambiental) - Universidade Federal do
Paraná, Medianeira.
20. Tamaio, I. (2013). Educação Ambiental e Mudanças Climáticas, diálogo
Necessário num mundo em transição. Brasília.
21. Tommasi, L. R. (1993). Estudo de impacto ambiental. São Paulo:
CETESB/Terragraph Artes e Informática.

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