Pmgirs - Diagnóstico - Final

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PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE

RESÍDUOS SÓLIDOS DE PACAEMBU – SP

DIAGNÓSTICO

JUNHO 2013

Rua Marechal Rondon 625 • Vila Cayres • 17780-000 • Lucélia/SP


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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO 9
2. OBJETIVO 11
2.1 Objetivo Geral 11
2.2 Objetivo Específico 12
3. IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE 14
3.1 Dados Cadastrais do Município 14
3.2 Dedos Cadastrais do Poder Executivo 14
4. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO 15
4.1 Histórico 15
4.2 Formação Administrativa 16
4.3 Geografia 17
4.4 Clima 18
4.5 Demografia 19
4.6 Índice de desenvolvimento humano 19
4.7 Hidrografia 19
5. INSTRUMENTOS LEGAIS 20
5.1 Legislação Federal 20
5.2 Legislação Estadual 21
5.3 Legislação Municipal 21
6. CONTEXTO LEGAL 23
7. RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS 34
7.1 Caracterização dos resíduos sólidos urbanos 34
7.2 Classificação dos resíduos sólidos 35
7.2.1 Natureza física 36
7.2.2 Composição química 36

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7.3 Quantos aos Ricos Potenciais ao Meio Ambiente 37
7.4 Classificação quanto a origem e natureza 38
8. Geração de Resíduos Sólidos Urbanos 43
9. Gestão dos Resíduos Sólidos no Município de Pacaembu 45
9.1 Resíduos Domiciliares e Comerciais 45
9.1.1 Disposição e coleta dos resíduos nos centros urbanos e
distritos; 45
9.1.2 Funcionários envolvidos na coleta dos resíduos 47
9.1.3 Descritivos dos veículos utilizados na coleta dos resíduos 48
9.2 Resíduos do Serviço Público 49
9.2.1 Varrição Pública 50
9.2.2 Resíduos de poda e capina 50
9.3 Resíduos Industriais 53
9.4 Resíduos de Serviços de Saúde 54
9.5 Resíduos Tecnológicos e Perigosos 59
9.6 Resíduos Rurais e Agrossilvopastoris 60
9.7 Resíduos Especiais 61
9.8 Resíduos Cemiteriais 61
9.9 Resíduos Pneumáticos 62
9.10 Resíduos da Construção Civil 63
10. DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 68
10.1 Índice de Qualidade dos Resíduos de Pacaembu 74
11. EDUCAÇÃO AMBIENTAL 75
12. COLETA SELETIVA 82
13. SINTESE DO DIAGNÓSTICO 85
14. CONCLUSÃO 86
15. ANEXOS 87

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16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 88

Lista de Fotos
Foto 1 – Cestos de acondicionamento de resíduos
Foto 2 – Veículo coletor compactador
Foto 3 – Resíduos de poda
Foto 4 – Queima irregular dos resíduos de poda
Foto 5 – Presença de outros tipos de resíduos junto à poda
Foto 6 – Local de armazenamento dos RSS no centro de saúde
Foto 7– Idem Anterior
Foto 8– Armazenamento dos resíduos no hospital
Foto 9– Resíduos armazenados
Foto 10 – Local de armazenamento dos pneus
Foto 11 – Resíduos de pneus armazenados
Foto 12 – Resíduos da Construção Civil - RCCs
Foto 13 – Local de armazenamento dos RCCs
Foto 14 – Veículo utilizado na coleta dos resíduos
Foto 15 – Resíduos acondicionados fora das valas de aterramento
Foto 16 – Resíduos sem recobrimento de terra
Foto 17 – Vista geral do aterro
Foto 18 – Local disponível para construção das valas
Foto 19 –Portão para controle de acesso
Foto 20 –Cerca de Isolamento
Foto 21 – Faixa colocada na escola para divulgar o projeto ECO ÓLEO
Foto 22 – Passeata dia do meio ambiente
Foto 23 – Plantio de mudas
Foto 24 – Coleta Seletiva
Foto 25 – Uso da água

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Foto 26 – Mata Ciliar
Foto 27 – Espaço do meio ambiente na biblioteca municipal
Foto 28 – Oficinas com materiais recicláveis
Foto 29 – Caminhada ecológicas
Foto 30 – Separação de resíduos sólidos recicláveis
Foto 31 – Teatro preservação do meio ambiente
Foto 32 – Resíduos armazenados na residência de um catador
Foto 33 – Área destinada a construção do galpão
Foto 34 – Área de armazenamento periódico

Lista de Figuras
Figura 1 – Prioridades contempladas pela lei 12.305/2010.
Figura 2 – Localização de Pacaembu no Estado de São Paulo

Lista de Quadros
Quadro 1 – Índice pluviométrico do município de Pacaembu
Quadro 2 – Classificação dos Resíduos
Quadro 3 – Estimativa de Crescimento Populacional e Geração de
Resíduos
Quadro 4 – Responsáveis pela coleta dos resíduos
Quadro 5 - Quantidade total de RCC Coletado pelos municípios no Brasil
Quadro 6 - Pontuação do IQR - Inventário CETESB 2012.

Lista de Gráficos
Gráfico 1 – Composição Gravimétrica Média dos Resíduos Sólidos
Gráfico 2: Municípios por Tipo de Destinação dada aos RSS (%)

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LISTA DE SIGLAS, NOMENCLATURAS E ABREVIAÇÕES

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


ABRELPE Associação Brasileira de Limpeza Pública e Resíduos Especiais
ANVISA Agencia nacional de Vigilância Sanitária
CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem
CEPAGRI Centro de Pesquisas Meteorológicas Aplicadas a Agricultura
CESPE Companhia Energética do Estado de São Paulo
CETESB Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDH Índice de Desenvolvimento Humano
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
IQR Índice Qualidade de Resíduos
MVA Município Verde-Azul
NBR Normas Brasileiras
PMGIRS Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos
PNRS Politica Nacional de Resíduos Sólidos
RCC Resíduos da Construção Civil
RCD Resíduos da Construção e Demolição
RDC Resolução de Diretoria Colegiada
RSS Resíduos de Serviço de Saúde
RSU Resíduos Sólidos Urbanos
SEMA Secretaria Estadual de Meio Ambiente
SINMETRO Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial
SISNAMA Sistema Nacional de Meio Ambiente
SNIS Sistema Nacional de Saneamento

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SNVS Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
SUASA Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária
TAC Termo de Ajustamento de Conduta

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APRESENTAÇÃO

O acelerado crescimento populacional, econômico e tecnológico,


somado ao lento desenvolvimento social, cultural e educacional, tem resultado
na geração desenfreada dos chamados Resíduos Sólidos Urbanos (RSU).
Essa terminologia, pouco difundida e por vezes negligenciada pela população,
caracteriza o ‘lixo’ proveniente de nossas residências, dos comércios, das
indústrias, dos serviços de saúde, dos serviços públicos de varrição, capina e
poda, da construção civil, transportes, rurais e da tecnologia.
Dessa forma no que se refere ao gerenciamento adequado do Sistema
de Limpeza Urbana, e, consequentemente dos resíduos sólidos gerados
diariamente pode-se dizer que este quesito é ainda um grande desafio para a
maioria dos municípios brasileiros. Nesse sentido o presente Plano Municipal
de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) de Pacaembu apresenta
inicialmente um diagnóstico da situação atual, e em seguida indica o
planejamento para os próximos anos, de todos os serviços a ele relacionados,
considerando que o planejamento urbano contínuo, mesmo após a criação dos
Planos Diretores Municipais, ainda é uma das principais necessidades dos
municípios.
O PMGIRS é uma ferramenta de gestão extremamente importante para
nortear o gestor público na tomada de decisões. Porém o que se deve atentar é
que este Plano é dinâmico, e dessa forma melhorias deverão ser
implementadas no decorrer dos anos e incorporadas a este instrumento
quando de suas revisões.

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1. INTRODUÇÃO

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil


nos últimos anos passou de um país agrário para um país urbanos, 85% da
população tem se concentrado nas cidades (IBGE,2010). Tendo em vista
tamanho crescimento, as áreas urbanas não conseguiram acompanhar a
provisão de infraestrutura e de serviços urbanos, entre eles a gestão e
gerenciamentos dos resíduos sólidos.
Atualmente, o Brasil conta com aparatos legais que estabelece diretrizes
para a gestão dos resíduos sólidos: Em 2 de agosto de 2010 o Governo
Federal aprovou a Lei 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS), cuja função é regulamentar a destinação final dos resíduos no
país e revolucionar a gestão dos mesmos. Dessa forma a PNRS estabelece os
princípios e as responsabilidades de todos em relação ao gerenciamento dos
resíduos sólidos, desde a sua geração até a destinação ambientalmente
adequada.
O gerenciamento integrado de resíduos sólidos é um conjunto articulado
de ações normativas, operacionais, financeiras e de planejamento que a
administração pública municipal desenvolve com bases e critérios sanitários,
ambientais e econômicos, para coletar, segregar e tratar os resíduos de seu
município.
Dentro desse contexto o Plano Municipal de Gestão integrado de
Resíduos Sólidos, é um instrumento essencial e primordial para a eficácia do
manejo e gestão dos resíduos sólidos, pois racionaliza investimentos públicos,
garante sustentabilidade econômico-financeira, facilita o cumprimento das
obrigações previstas em Lei, desonera a máquina pública, permite a
universalização dos serviços prestados com eficácia e participação social, e
garante acesso preferencial a recursos e incentivos da União.

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O manejo inadequado dos resíduos sólidos de qualquer origem que seja
gera desperdícios e contribui de forma importante à manutenção das
desigualdades sociais, constitui ameaça constante à saúde pública e agrava a
degradação ambiental, comprometendo a qualidade de vida das populações,
especialmente nos centros urbanos de médio e grande porte. Considerando a
quantidade e a qualidade dos resíduos gerados no município de Pacaembu,
assim como a população atual e sua projeção, apresenta-se a caracterização
da situação atual do sistema de limpeza desde a sua geração até o seu destino
final.

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2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

O PMGIRS de Pacaembu tem por finalidade, nortear o serviço de


limpeza urbana que é responsabilidade da prefeitura municipal, considerando
as condições existentes, a realidade cultural e financeira do município, de
modo a apontar as deficiências existentes no sistema e propor adequações
técnicas cabíveis para a realidade do orçamento municipal.
O PMGIRS deverá conter ainda estratégias gerais dos responsáveis
pela geração dos resíduos para proteger a saúde humana e o meio ambiente,
conforme dispõe a Lei 12.305, de 02 de agosto de 2010 e o Decreto Federal
7.404/2010 que a regulamenta, contemplando prioritariamente os seguintes
aspectos como: não geração, redução, reutilização, reciclagem e disposição
final ambientalmente adequada.

Figura 1 – Prioridades contempladas pela lei 12.305/2010.

Fonte: Manual de Orientação: Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, 2012

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2.2 Objetivo Específico

O presente plano apresenta metas de curto, médio e longo prazo,


resultantes do diagnóstico da situação do sistema de limpeza pública
municipal, visando adequar os serviços públicos às necessidades atuais,
considerando as normas legais e viabilidade técnica-financeira para o
município. A execução das ações propostas tem o objetivo precípuo de auxiliar
a municipalidade no gerenciamento adequado dos resíduos sólidos, resultando
na regularidade, funcionalidade e universalização da prestação dos serviços
públicos de limpeza urbana, reduzindo o custo operacional do sistema e
promovendo em longo prazo a sustentabilidade e segurança ambiental dos
serviços.

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Sendo assim o PMGIRS deverá avaliar e propor alternativas para
adequação do atual sistema de limpeza pública do município de Pacaembu a
partir das seguintes diretrizes:
• Diagnosticar a situação atual do manejo e da disposição dos resíduos sólidos
urbanos do município, revisando e propondo alternativas para adequação da
limpeza pública em âmbito local;

• Remodelar a logística adotada (se necessário);

• Identificar e apontar equipamentos e recursos humanos necessários à


operacionalização do sistema;

• Identificar oportunidades de gestão associada entre municípios, através de


consórcios públicos ou outros arranjos regionais, que assegurem a
sustentabilidade econômica da gestão dos resíduos sólidos do município;

• Propor alternativas técnicas para tratamento e disposição final dos resíduos


sólidos (coleta seletiva, eco-pontos, parcerias);

• Implantar Programas Municipais estabelecendo procedimento para ações


emergenciais e educação ambiental;

• Identificar os principais problemas socioeconômicos e ambientais


relacionados à destinação final dos resíduos sólidos;

• Subsidiar o poder público na racionalização e priorização dos investimentos


para o setor, principalmente na confecção e condução de contratos com a
iniciativa privada.

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3. IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE

3.1 Dados Cadastrais do Município

Nome : Prefeitura Municipal de Pacaembu


CNPJ : 44.927.267/0001-02
Endereço: Av. José Galdino dos Santos, 967
CEP: 17.860-000
Telefone : (18) 3862-1711

3.2 Dados Cadastrais do Representante do Poder Executivo

Nome: Maciel Colpas


Cargo: Prefeito Municipal
Município: Pacaembu (SP)
Endereço: Av. José Galdino dos Santos, 967
CEP: 17.860-000
Telefone : (18) 3862-1711

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4. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICIPIO

4.1 Histórico

A partir do avanço da Companhia Paulista de Estrada de Ferro rumo ao


rio Paraná, por volta de 1925, foram plantadas lavouras que atraíram um maior
número de agrupamentos humanos para o Oeste Paulista. Em consequência,
foram surgindo núcleos urbanos, como os povoados de Sumatra, Iracema, Vila
Pires, Guaraniúva, Esplanada, Marajoara e Jardim Marajoara, próximos entre
si. Sumatra, o mais antigo, foi fundado pelos irmãos Senise; Iracema pelos
irmãos Cavichioli, enquanto que Guaraniuva teve como fundador Oswaldo
Flácio Teixeira. Este apresentava a maior concentração de habitantes e maior
índice de progresso, sendo elevado a Distrito de Paz, pertencente ao Município
de Lucélia, em novembro de 1944.
Com isto surgiu uma competição de progresso e desenvolvimento entre
a sede e a povoação de Esplanada, cujo proprietário, a firma Teixeira, Souza e
Pereira, loteou em quadras. Seu progresso foi tão rápido que ultrapassou o
desenvolvimento da sede do Distrito.
Em 1948, levando-se em consideração que as duas povoações,
Guaraniuva e Esplanada, estavam próximas e interligadas, o Governo Estadual
elevou-as a Município e seu nome foi mudado para Pacaembu, de origem
indígena "paca-yembú"- que significa arroio das pacas.
O município teve como principais colonizadores os imigrantes
japoneses e italianos,

Reza a lenda ainda que o nome de Pacaembu pode ter surgido em uma
discussão entre os representantes de cada um dos povoados da cidade na
escolha do nome do município. Um deputado que intermediava a conversa e
tinha acabado de assistir um jogo do Corinthians no Pacaembu falou que a
gritaria e a bagunça estavam mais alta que a torcida corintiana no estádio. Os

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representantes gostaram do nome e resolveram adotar como o nome do
município mais querido do Brasil (Fonte: IBGE, 2013).

4.2 Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Guaraniúva, por Decreto Lei no


14334 de 30 de novembro 1944, no Município de Lucélia.
Elevado à categoria de município com a denominação de Pacaembu,
por Lei Estadual nº 233, de 24 de dezembro de 1948, desmembrado de
Lucélia. Constituído de 2 Distritos: Flora Rica e Irapuru. Sua instalação
verificou-se no dia 02 de abril de 1949.
Assim fixou o quadro territorial para vigorar no período de 1945-1948, o
município é composto de 3 Distritos: Pacaembu, Flora Rica e Irapuru, comarca
de Lucélia.
No quadro anexo fixado pela Lei Estadual no 2456, de 30 de dezembro
de 1953, o município é constituído apenas de 2 Distritos de Pacaembu e Águas
Claras do Sul, comarca de Pacaembu, menos os Distritos de Flora Rica e
Irapuru elevados à categoria de município, que fixou o quadro para 1954-1958.
Lei Estadual no 5285, de 18 de fevereiro de 1959, extingui o Distrito de
Águas Clara do Sul, sendo seu território anexado ao Distrito de Pacaembu.
Em divisão territorial datada de 01-VII-1960, o município é constituído do
Distrito Sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15-VII-1999.
(Fonte: IBGE, 2013).

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4.3 Geografia

O município de Pacaembu está Localizado geograficamente a uma


latitude 21° 33' 43" sul e a uma longitude 51° 15' 39" oeste, estando a uma
altitude de 415 metros ao nível do mar. Sua população estimada em 2010 era
de 12 934 habitantes. Possui uma área de 339,722 km², tem como municípios
limítrofes Irapuru, Flora Rica, Flórida Paulista,Mirandópolis e Lavínia.

Figura 2 – Localização de Pacaembu no Estado de São Paulo

Fonte: IBGE, 2010

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4.4 Clima

O município de Pacaembu segundo a Classificação Climática de


Koeppen, é enquadrada em Aw “ subtropical, temperaturas elevadas com
chuva no verão e seca no inverno. As médias de temperatura dos meses é
maior que 20°C e no mês mais frio do ano as mínimas são menores que 18°C”.
Como mostra o quadro a seguir:
Quadro 1 – Índice pluviométrico do município de Pacaembu

Fonte: Centro de Pesquisas Meteorológicas Aplicadas a Agricultura


(CEPAGRI)

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4.5 Demografia

A população municipal estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e


Estatística (IBGE) em 2010 era de 12.934 habitantes, com uma densidade
demográfica de 36,85 habitantes por quilômetro quadrado. Sendo que desse
total, 9.745 habitantes estão localizados na zona urbana e 3.189 habitantes
estão na zona rural, ainda de acordo com o mesmo censo, 7.450 habitantes
eram homens e 5.484 eram mulheres.

4.6 Índice de Desenvolvimento Humano

O índice de desenvolvimento humano (IDH) é um indicador que focaliza


o município como unidade de análise, a partir das dimensões de longevidade,
educação e renda, que participam com pesos iguais na sua determinação. O
IDH-M se situa entre 00 (zero) e 01 (um), os valores mais altos indicando níveis
superiores de desenvolvimento humano.

Em relação à longevidade, o IDH-M Pacaembu é 0,751 já no aspecto


educação, que considera o número médio dos anos de estudo o IDH-M é de
0,852, sendo sua taxa de alfabetização de 86,35%. No que diz respeito à renda
o IDH-M é de 0,852, a taxa de fecundidade é 2,31 (filhos por mulher), a
expectativa de vida é 70,04 (anos) e a Mortalidade infantil até 1 ano (por mil) é
18,15 (IPEADATA).

4.7 Hidrografia

 Rio Aguapeí
 Rio do Peixe

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5. INSTRUMENTOS LEGAIS
São elencados a seguir, os principais instrumentos legais para que os
municípios de forma direta ou indiretamente, promovam o controle da poluição
ambiental, intervindo na gestão dos resíduos sólidos no sentido de programar
ações de melhoria continua. O aspecto legal atua positivamente, na elaboração
do PMGIRS, pois norteia ações ambientalmente adequadas visando à melhoria
da gestão dos resíduos gerados em seu território.

5.1 Legislação Federal


• Constituição Federal 1988;

• Resolução CONAMA 283/01 – Dispõe sobre tratamento e destinação


final dos resíduos dos serviços de saúde;

• Resolução CONAMA 307/02 – Estabelece diretrizes, critérios e


procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil;

• NBR 10.004/04 – Classificação dos Resíduos Sólidos;

• Lei 11.107/05 – Normas Gerais de Contratação de Consórcios


Públicos;

• Decreto 6.017/07 – Regulamentação Normas Gerais de Contração de


Consórcios Públicos;

• Lei 11.445/07 – Lei Nacional de Saneamento Básico;

• Lei nº 9.795/99 – Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política


Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências;

• Decreto 7.217/10 – Regulamenta a Lei 11.445/07;

• Lei 12.305/10 – Política Nacional de Resíduos Sólidos.

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5.2 Legislação Estadual

• Lei 7.750/92 – Política Estadual de Saneamento;

• Lei 12.300/06 – Política Estadual de Resíduos Sólidos.

5.3 Legislação Municipal

 Lei Orgânica

 Código de Posturas
 Lei nº 1.892, de 13 de março de 2009 - Dispõe sobre a criação do
Conselho Municipal de Meio Ambiente – CONSEMMA, e dá outras
providências.
 Lei nº 1.907, de 18 de setembro de 2009 - Institui a Política Municipal
de Educação Ambiental na Rede Municipal de Ensino de Pacaembu e
dá outras providências.
 Lei nº 1.908, de 18 de setembro de 2009 - Dispõe sobre as atividades
de avaliação e controle da emissão de fumaça preta de veículos e
máquinas movidos a diesel, conforme regulamentação específica e
adota outras providências.
 Lei nº 1,909, de 18 de setembro de 2009 - Dispõe sobre o uso dos
produtos e subprodutos florestais de origem nativa da flora brasileira a
serem utilizados na construção civil e dá outras providências.
 Lei nº 1.910, de 18 de setembro de 2009 - Institui a Política Municipal
de proteção aos mananciais de água destinados ao abastecimento
público e dá outras providências.

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 Lei nº 1.911, de 18 de setembro de 2009 - Fixa o Calendário de Datas
Comemorativas Ambientais de Pacaembu e dá outras providências.
 Lei nº 1.012, de 18 de setembro de 2009 - Dispõe sobre a
obrigatoriedade de implementação de Projeto de Arborização Urbana
nos novos parcelamentos do solo.
 Lei nº 1.962, de 16 de março de 2011 - Dispõe sobre a coleta e
disposição final do lixo tecnológico e químico no município de Pacaembu
e dá outras providências.
 Lei nº 1.703, de 12 de setembro de 2002 - Disciplina o plantio, a poda e
a supressão da vegetação de porte arbóreo existente no Município de
Pacaembu e dá outras providências.
 Decreto nº 3.417, de 14 de setembro de 2009 - Estabelece
procedimentos de controle ambiental para a utilização de produtos e
subprodutos de madeira de origem nativa em obras, serviços de
engenharia e serviços gerais contratados pelo Município.
 LEI Nº 3.542, DE 26 DE SETEMBRO DE 2012: Autoriza o poder
público a firmar convênios para implementação de políticas públicas de
proteção do meio ambiente de interesse comum dos partícipes.

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6 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

A Política Nacional de Saneamento Básico, instituída pela lei 11.445/07,


regulamentada pelo Decreto n0 7.217/10 estabelece diretrizes nacionais para o
saneamento básico; altera as Leis 6.766, de 19 de dezembro de 1979; 8.036,
de 11 de maio de 1990; 8.666, de 21 de junho de 1993; 8.987, de 13 de
fevereiro de 1995; revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras
providências.
A lei fixa as diretrizes nacionais para o saneamento básico no país,
define os princípios fundamentais da prestação de serviços públicos em
saneamento (universalização, abastecimento, eficiência, sustentabilidade
econômica), conceitua saneamento básico o conjunto de serviços,
infraestruturas e instalações operacionais para quatro serviços:

• Abastecimento de água;

• Esgotamento sanitário;

• Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

• Drenagem e manejo de água pluvial urbana.


Os titulares dos serviços públicos de saneamento poderão delegar a
organização, a regulação, a fiscalização e a prestação desses serviços nos
termos do art. 241 da Constituição Federal e da Lei no 11.107/05.
Ainda imputa a responsabilidade de formular a respectiva política pública de
saneamento básico, devendo elaborar o Plano de Saneamento Básico nos
termos da lei 11.445/07.
O artigo 6º estabelece que o lixo originário de atividades comerciais,
industriais e de serviços cuja responsabilidade pelo manejo não seja atribuída
ao gerador pode, por decisão do poder público, ser considerado resíduo sólido

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urbano. Já em seu artigo 7o fica estabelecido que o serviço público de limpeza
urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos será composto pelas
seguintes atividades:
• de coleta, transbordo e transporte dos resíduos;

• de triagem para fins de reuso ou reciclagem, de tratamento, inclusive


por compostagem, e de disposição final dos resíduos;

• de varrição, capina e poda de árvores em vias e logradouros públicos e


outros eventuais serviços pertinentes à limpeza pública urbana.
A lei estabelece em seu artigo 11 (caput e inciso III), que são condições
de validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de serviços
públicos de saneamento básico a existência de normas de regulação que prevê
os meios para o cumprimento das diretrizes estabelecidas, incluindo a
designação da entidade de regulação e de fiscalização.
De acordo com a lei, entende-se limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos o conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de
coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do
lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas (art. 3º
alínea c).
Tais normas deverão, entre outras coisas, prever as condições de
sustentabilidade e equilíbrio econômico-financeiro da prestação dos serviços,
em regime de eficiência, incluindo:
a) O sistema de cobrança e a composição de taxas e tarifas;
b) A sistemática de reajustes e de revisões de taxas e tarifas;
c) Política de subsídios.
O art. 22 da Lei Nacional de Saneamento estabelece ainda, os seguintes
objetivos para a regulação dos serviços de saneamento:

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a) Estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos
serviços e para a satisfação dos usuários (inciso I);

b) Garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas (inciso


II);
c) Prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, ressalvada a
competência dos órgãos integrantes do sistema nacional de defesa da
concorrência (inciso III);
d) Definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico e financeiro
dos contratos como a modicidade tarifária, mediante mecanismos que
induzam a eficiência e eficácia dos serviços e que permitam a
apropriação social dos ganhos de produtividade (inciso IV).
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei
Federal nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, regulamentada pelo Decreto
Federal nº 7.404, estabelece as diretrizes relativas à gestão integrada e ao
gerenciamento dos resíduos sólidos, incluído os perigosos, às
responsabilidades dos geradores e do poder público, e aos instrumentos
econômicos aplicáveis.
Conforme disposto no art. 1º, §1º, estão sujeitas à Lei 12.305/10 as
pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis, direta
ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam
ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos
sólidos. Visto que, a lei não se aplica a rejeitos radioativos, os quais deverão
ser direcionados através de legislação especifica.
O art. 2º afirma que a Lei será aplicada em concordância com as normas
estabelecidas pelos órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente
(SISNAMA), do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), do Sistema
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA) e do Sistema

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Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (SINMETRO). E
em comum acordo com as Leis nºs. 11.445/07 (saneamento básico); 9.974/00
(embalagens e agrotóxicos); e 9.966/00 (poluição causada por óleo e outras
substâncias nocivas).
No art. 3º da lei Nacional de Resíduos Sólidos traz dezenas de
definições, entre as quais se destacam as previsões dos incisos I, IV, VII, VIII,
IX, XII e XVII, na forma descrita a seguir:

“I – Acordo setorial: ato de natureza contratual firmado entre o


poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou
comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade
compartilhada pelo ciclo de vida do produto;
IV - Ciclo de vida do produto: conjunto de etapas que envolvem o
desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e
insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final;
VII - destinação final ambientalmente adequada: destinação de
resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a
recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações
admitidas pelos órgãos competentes do SISNAMA, do SNVS e do
SUASA, entre elas a disposição final, observando normas
operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à
saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais
adversos;
VIII - disposição final ambientalmente adequada: distribuição
ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais
específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à
segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;
IX – Geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas,
de direito público ou privado, que geram resíduos sólidos por meio
de suas atividades, nelas incluído o consumo;
XII – Logística reversa: instrumento de desenvolvimento
econômico e social caracterizado por um conjunto de ações,
procedimentos e sólidos ao setor empresarial, para
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou
outra destinação final ambientalmente adequada;
XV - rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as
possibilidades de tratamento e recuperação por processos
tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não

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apresentem outra possibilidade que não a disposição final
ambientalmente adequada;
XVII – Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos
produtos: conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas
dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos
consumidores e dos titulares de serviços públicos de limpeza
urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume
de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os
impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental
decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei.”

Em seu Art. 7 são citados os principais objetivos da lei, destaca-se:

“I – proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;


III – estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e
consumo de bens e serviços;
V – redução do volume e da periculosidade dos resíduos
perigosos;
VI – incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o
uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais
recicláveis e reciclados;
VII - gestão integrada de resíduos sólidos;
IX - capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos;”

A lei define ainda os instrumentos da aplicação da Política Nacional de


Resíduos Sólidos, citando no inciso I do artigo 8º a elaboração de Planos de
Resíduos Sólidos, dentre outros.
O art. 9º cita que na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve
ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução,
reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos, diz ainda que podem ser utilizadas
tecnologias visando à recuperação energética dos resíduos sólidos urbanos.
O art. 13 determina a classificação dos resíduos sólidos quanto aos
seguintes aspectos: à origem, os resíduos sólidos dos estabelecimentos
comerciais e prestadores de serviços como os gerados nessas atividades, com
exceção dos resíduos de limpeza urbana; dos serviços públicos de

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saneamento básico; dos serviços de saúde; da construção civil; e dos resíduos
de serviços de transportes. O parágrafo único do referido artigo dispõe que,
respeitado o plano de gerenciamento de resíduos sólidos, os resíduos dos
estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, se caracterizados
como não perigosos, podem, em razão de sua natureza, composição ou
volume, ser equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público
municipal.
O art. 14 trata da elaboração dos Planos de Resíduos Sólidos Nacional,
Estaduais, Regionais e Municipais.
Será elaborado o Plano Nacional de Resíduos Sólidos pela União, sob a
coordenação do Ministério do Meio Ambiente, com vigência por prazo
indeterminado e horizonte de 20 (vinte) anos, a ser atualizado a cada 4 (quatro)
anos. Deve ainda ser elaborado mediante processo de mobilização e
participação social, incluindo a realização de audiências e consultas públicas.
Segundo o disposto no art. 16, a elaboração de plano estadual de
resíduos sólidos é condição para os Estados terem acesso a recursos da
União, ou por ela controlado, destinado a empreendimentos e serviços
relacionados à limpeza urbana e ao manejo dos resíduos, bem como para
serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de entidades federais de
crédito ou fomento para tal atividade.
A estrutura mínima dos Planos Municipais de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos está definida no artigo 19 da lei 12.305.
O art. 20 determina quem estão sujeitos à elaboração de plano de
gerenciamento de resíduos sólidos, entre outros, os estabelecimentos
comerciais e de prestação de serviço que gerem resíduos perigosos, gerem
resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza,

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composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo
poder público municipal.
No Art. 25. diz que o poder público, o setor empresarial e a coletividade
são responsáveis pela efetividade das ações voltadas para assegurar a
observância da Política Nacional de Resíduos Sólidos e das diretrizes e demais
determinações estabelecidas nesta Lei e em seu regulamento.
O art. 27 prevê que as pessoas físicas ou jurídicas referidas no art. 20,
desta lei, são responsáveis pela implementação e operacionalização integral do
plano de gerenciamento de resíduos sólidos aprovado pelo órgão competente.
Cabe ressaltar, que a contratação de serviços de coleta, armazenamento,
transporte, tratamento ou destinação final dos resíduos não isenta tais pessoas
jurídicas da responsabilidade por danos que vierem a ser provocados pelo
gerenciamento inadequado.
A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos deve
ser implementada de forma individualizada e encadeada, abrangendo os
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores e os
titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos
sólidos.
Comerciantes de agrotóxicos e dos mais variados produtos cuja
embalagem após o uso constitua resíduo perigoso como pilhas e baterias,
pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio, mercúrio
e de luz mista, bem como de produtos eletrônicos e seus componentes, estão
obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, de forma
independente do serviço público de limpeza urbana. As pessoas que aderirem
aos sistemas de logística reversa deverão manter atualizados e disponíveis, ao
órgão municipal competente e a outras autoridades, informações completas
sobre a realização das ações sob sua responsabilidade.

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Os artigos 47 e 48 discorrem sobre a proibição de várias formas de
lançamento dos resíduos sólidos no meio ambiente.
Os artigos 54 e 56 estabelecem que a disposição final ambientalmente
adequada dos rejeitos deverá ser implantada em até quatro anos após a data
da publicação da Lei nº 12.305/10 e que a logística reversa relativa às
lâmpadas e eletroeletrônicos será implementada progressivamente segundo
cronograma estabelecido em regulamento.
A Política Estadual de Resíduos Sólidos instituída pela lei Estadual n0
12.300/06 regulamentada pelo Decreto no 54.695/09, estabelece no artigo 13
que a gestão dos resíduos sólidos urbanos será feita pelos Municípios, de
forma, preferencialmente, integrada e regionalizada, com a cooperação do
Estado e participação dos organismos da sociedade civil, tendo em vista a
máxima eficiência e a adequada proteção ambiental e à saúde pública.
Já em seu Artigo 9º determina-se que as atividades e instalações de
transporte de resíduos sólidos deverão ser projetadas, licenciadas, implantadas
e operadas em conformidade com a legislação em vigor, devendo a
movimentação de resíduos ser monitorada por meio de registros rastreáveis,
de acordo com o projeto previamente aprovado pelos órgãos previstos em lei
ou regulamentação específica.
O artigo 19 da Lei estadual de Resíduos Sólidos estabelece a
obrigatoriedade de apresentação do plano de gerenciamento de resíduos
sólidos por parte do gerenciador do resíduo e de acordo com os critérios
estabelecidos pelos órgãos de saúde e meio ambiente, devendo contemplar os
aspectos referentes à: geração, segregação, acondicionamento,
armazenamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final.

"Artigo 19 – O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, a


ser elaborado pelo gerenciador dos resíduos e de acordo com os
critérios estabelecidos pelos órgãos de saúde e do meio ambiente,

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constitui documento obrigatoriamente integrante do processo de
licenciamento das atividades e deve contemplar os aspectos
referentes à geração, segregação, acondicionamento,
armazenamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final,
bem como a eliminação dos riscos, a proteção à saúde e ao
ambiente, devendo contemplar em sua elaboração e
implementação: (...);
Artigo 20 – O Estado apoiará, de modo a ser definido em
regulamento, os Municípios que gerenciarem os resíduos urbanos
em conformidade com Planos de Gerenciamento de Resíduos
Urbanos (...)."

Os planos deverão ser apresentados a cada quatro anos e contemplarão


diversos itens previstos no parágrafo 1º do referido dispositivo legal.
Contudo, o horizonte de planejamento do Plano deve ser compatível
com o período de implantação dos seus programas e projetos, ser
periodicamente revisado e compatibilizado com o plano anteriormente vigente,
na conformidade do parágrafo 2º do citado dispositivo.
Os Municípios com menos de 10.000 (dez mil) habitantes de população
urbana, conforme último censo poderão apresentar Planos de Gerenciamento
de Resíduos Urbanos simplificados, na forma estabelecida em regulamento,
quanto aos demais municípios, o plano deve abranger todos os aspectos
definidos na lei.
A lei estabelece que os municípios sejam responsáveis pelo
planejamento e execução com regularidade e continuidade, dos serviços de
limpeza pública, exercendo a titularidade dos serviços em seus respectivos
territórios.
Visando a sustentabilidade dos serviços de limpeza pública, os
municípios poderão fixar critérios de mensuração que subsidiem a taxa de
limpeza pública (art. 25).
O Artigo 21 determina que os gerenciadores de resíduos industriais
devam seguir, na elaboração dos respectivos Planos de Gerenciamento, as

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gradações de metas estabelecidas pelas suas associações representativas
setoriais e pelo órgão ambiental.
O artigo 10 do Decreto Estadual 54.695/09 estabelece o escopo mínimo
do Plano de Resíduos Sólidos, devendo ser elaborado pelo gerador como parte
obrigatória do processo de licenciamento ambiental da atividade de pessoas
jurídicas de direito público ou privado.
Uma vez idealizado e elaborado o Plano Municipal, a educação
ambiental será necessária para poder alcançar o envolvimento da comunidade
local no processo. Tanto a Lei nº 12.305/2010 como o Decreto nº 7.404/2010
condicionam a gestão de resíduos sólidos à educação ambiental, que deverá
obedecer às diretrizes gerais fixadas na Lei nº 9.795/1999 e no Decreto nº
4.281/2002, que instituíram e regulamentaram a Política Nacional de Educação
Ambiental.
A Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação
ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras
providências.
Em seu Art. 7º diz que Política Nacional de Educação Ambiental envolve
em sua esfera de ação, além dos órgãos e entidades integrantes do Sistema
Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), instituições educacionais públicas e
privadas dos sistemas de ensino, os órgãos públicos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, e organizações não governamentais com
atuação em educação ambiental.
Cita ainda em seu Art. 10 que a educação ambiental será desenvolvida
como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os
níveis e modalidades do ensino formal.
De acordo com Lei Orgânica local, compete ao município assegurar o
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e

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essencial a qualidade de vida, mediante convênios com o Estado e a União,
nos termos da legislação superior pertinente complementando-a no que
couber.
Ainda dentro da Lei Orgânica, assegura que incumbe ao município
promover a educação ambiental na sua rede de ensino e a conscientização
para a preservação do meio ambiente.
O capitulo 4 da lei orgânica específica as obrigações do município
quando ao meio ambiente
Art. 197. A lei Municipal promoverá a defesa da natureza contra a
poluição e deterioração do meio ambiente, da fauna e da flora, dos mananciais
e da qualidade das terras, contra a erosão, o indiscri-minado uso de agrotóxico
que tendem à destruição da base biológica da existência humana, à destruição
ou diminuição da qualidade de vida.
Art. 198. A proteção dos mananciais, por parte da Administração, far-se-
á até 15 (quinze) metros a partir das margens de ambos os lados, e cuja linha
será fixada em lei municipal.
Art. 199. É proibida a edificação, na faixa de proteção dos mananciais,
salvo a de obras de fins comunitários, observadas as especificações técnicas
recomendadas para a mencionada proteção.
Art. 200. A lei promoverá, com incentivos fiscais, o reflorestamento, a
restauração das matas ciliares, a construção de obras civis destinadas à
conservação e proteção das terras e mananciais e a erradi-cação do uso do
fogo na limpeza de áreas ou lavouras.
Dentro da contextualização legal, o município de Pacaembu, deu um
passo importante para a proteção do meio ambiente através da criação das
Leis citadas anteriormente.

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7 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

7.1 Caracterização dos Resíduos Sólidos Urbanos

Os resíduos sólidos gerados pelas mais diversas atividades humanas


tem se diversificado cada vez mais a partir do momento em que a humanidade
se desenvolve tecnologicamente, incorporando aos seus hábitos os mais
variados tipos de materiais. O Gráfico 1, apresentado a seguir, mostra a
composição gravimétrica média dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU)
coletados no Brasil, permitindo visualizar de um modo geral à participação dos
diferentes materiais na fração total dos RSU.
O estudo da composição dos resíduos sólidos é de estrema importância
não só para conhecer melhor os hábitos e costumes da população, como
principalmente para elaboração de projetos que visem à coleta, transporte,
acondicionamento, tratamento e destino final dos resíduos sólidos urbanos.
O gráfico 1 a seguir demonstra atualmente os percentuais da
composição gravimétrica média dos resíduos sólidos urbanos nos municípios
brasileiros, elaborados a partir de estimativas.
Gráfico 1 – Composição Gravimétrica Média dos Resíduos Sólidos

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Fonte: Plano Nacional de Resíduos Sólidos – Versão pós Audiências e
Consulta Pública para Conselhos Nacionais (Fevereiro-2012).

7.2 Classificação dos Resíduos Sólidos


Os resíduos sólidos são classificados de diversas formas, as quais se
baseiam em determinadas características ou propriedades. A classificação é
relevante para a escolha da estratégia de gerenciamento mais viável. De
acordo com a Norma Brasileira NBR 10.004 da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), os resíduos sólidos podem ser classificados
conforme explicitado no quadro 2 abaixo.

QUADRO 2 – Classificação dos Resíduos

CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS (NBR 10.004/04)


SECOS
QUANTO A NATUREZA FÍSICA
MOLHADOS
QUANTO A COMPOSIÇÃO MATERIA ORGANICA
QUÍMICA MATERIA INORGANICA
RESIDUOS CLASSE I - PERIGOSOS
RESIDUOS CLASSE II - NÃO
QUANTO AOS RISCOS PERIGOSOS
POTÊNCIAIS AO MEIO AMBIENTE RESIDUOS CLASSE II A - NÃO
INERTES
RESIDUOS CLASSE II B - INERTES
DOMÉSTICO E COMERCIAL
PUBLICO
SERVIÇOS DE SAÚDE
RESIDUOS ESPECIAIS
CONSTRUÇÃO CIVIL/ENTULHOS
QUANTO A ORIGEM INDÚSTRIA
AGRICOLA
TECNOLÓGICOS E PERIGOSOS
PNEUMÁTICOS
CEMITERIAIS

Fonte: IPT/CEMPRE, 2000.

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7.2.1 Natureza Física

 Resíduos Secos e Úmidos: Os resíduos secos são os materiais


recicláveis como, por exemplo: metais, papéis, plásticos, vidros, etc. Já
os resíduos úmidos são os resíduos orgânicos e rejeitos, onde pode ser
citado como exemplo: resto de comida, cascas de alimentos, resíduos
de banheiro, etc.

7.2.2 Composição Química

 Resíduo Orgânico

São os resíduos que possuem origem animal ou vegetal, neles podem-


se incluir restos de alimentos, frutas, verduras, legumes, flores, plantas, folhas,
sementes, restos de carnes e ossos, papéis, madeiras, etc.. A maioria dos
resíduos orgânicos pode ser utilizada na compostagem sendo transformados
em fertilizantes e corretivos do solo, contribuindo para o aumento da taxa de
nutrientes e melhorando a qualidade da produção agrícola.

 Resíduo Inorgânico

Inclui nessa classificação todo material que não possui origem biológica, ou
que foi produzida por meios humanos como, por exemplo: plásticos, metais,
vidros, etc. Geralmente estes resíduos quando lançados diretamente ao meio
ambiente, sem tratamento prévio, apresentam maior tempo de degradação.

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7.3 Quanto aos Riscos Potenciais ao Meio Ambiente

 Classe I - Perigosos - São aqueles que, em função de suas


características intrínsecas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade ou patogenicidade, apresentam riscos à saúde pública
através do aumento da mortalidade ou da morbidade, ou ainda
provocam efeitos adversos ao meio ambiente quando manuseados ou
dispostos de forma inadequada.

 Classe II – Não Perigosos

 Classe II A – Não Inertes - São os resíduos que podem


apresentar características de combustibilidade,
biodegradabilidade ou solubilidade, com possibilidade de
acarretar riscos à saúde ou ao meio ambiente, não se
enquadrando nas classificações de resíduos Classe I – Perigosos
– ou Classe III – Inertes.
 Classe II B – Inertes - São aqueles que, por suas características
intrínsecas, não oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente, e
que, quando amostrados de forma representativa, segundo a
norma NBR 10.007, e submetidos a um contato estático ou
dinâmico com água destilada ou deionizada, a temperatura
ambiente, conforme teste de solubilização segundo a norma NBR
10.006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a
concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água,
excetuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor.

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7.4 Classificações quanto à Origem e Natureza

A origem é o principal elemento para a caracterização dos resíduos


sólidos. Segundo este critério, os diferentes tipos de resíduos serão agrupados
em nove classes a fim de promover uma melhor visualização do sistema:

 Resíduos Domiciliares e Comerciais

É originado nas residências e comércios sendo constituídos


principalmente por restos de alimentação, papéis, papelão, vidros, metais
ferrosos e não ferrosos, plásticos, madeira, trapos, couros, varreduras, capinas
de jardim, entre outras substâncias. A sua composição varia de população para
população, dependendo da situação sócio-econômica e das condições e
hábitos de vida de cada um. Apresentam em torno de 50% a 60% de materiais
orgânicos, constituídos basicamente por restos de alimentos, e o restante pelos
materiais recicláveis e os rejeitos. A média de geração de resíduos sólidos
urbanos no país, segundo projeções do SNIS (2010) da Abrelpe (2009), varia
de 1 a 1,15 kg por hab./dia, padrão próximo aos dos países da União Europeia,
cuja média é de 1,2 kg por dia por habitante.

 Resíduos do Serviço Público

São os resíduos provenientes dos serviços de limpeza urbana (varrição


de vias públicas, limpeza de praias, galerias, córregos e terrenos, restos de
podas de árvores, corpos de animais, etc.), limpeza de feiras livres (restos
vegetais diversos, embalagens em geral, etc.). Também podem ser
considerados os resíduos descartados irregularmente pela própria população,
como entulhos, papéis, restos de embalagens e alimentos.

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 Resíduos Industriais

São resíduos provenientes dos processos industriais, na forma sólida,


líquida ou gasosa ou combinação dessas, e que por suas características
físicas, químicas ou microbiológicas não se assemelham aos resíduos
domésticos, como cinzas, lodos, óleos, materiais alcalinos ou ácidos, escórias,
poeiras, borras, substâncias lixiviadas e aqueles gerados em equipamentos e
instalações de controle de poluição, bem como demais efluentes líquidos e
emissões gasosas contaminantes atmosféricos.

As empresas devem buscar a redução na geração de resíduos por meio


da adoção das melhores práticas tecnológicas e organizacionais disponíveis.
devem ter destino adequado sendo proibido o lançamento ou a liberação no
ambiente de trabalho de quaisquer contaminantes que possam comprometer a
segurança e saúde dos trabalhadores.

 Resíduos de Serviços de Saúde

Segundo a Resolução RCD nº 306/04 da ANVISA e a Resolução n°


358/05 do CONAMA, os resíduos de serviço de “saúde são todos aqueles
provenientes de atividades relacionadas com o atendimento à saúde humana e
animal, inclusive de asistencia domiciliar e de trabalhos de campo; serviços de
medicina legal; drogarias e farmácias; estabelecimentos de ensino e pesquisa
na área de saúde; centro de controle de zoonoses; distribuidores de produtos
farmacêuticos; produtores de máteriais e controle para diagnósticos in vitro;
unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de tatuagens; serviços de
acupuntura; entre outros similares”. Este tipo de resíduo em função de suas
características, merece um cuidado especial em seu acondicionamento,
manipulação e disposição final para evitar possíveis contaminações.

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 Resíduos de Atividades Rurais

São aqueles gerados pelas atividades agropecuárias (cultivos, criações


de animais, beneficiamento, processamento, etc.). Podem ser compostos por
embalagens de defensivos agrícolas, restos orgânicos (palhas, cascas,
estrume, animais mortos, bagaços, etc.), produtos veterinários e etc.. A
questão das embalagens dos agroquímicos, geralmente muito tóxicos, tem sido
alvo de legislação específica, definindo os cuidados na sua destinação final, e
por vezes, corresponsabilizando a própria indústria fabricante desses produtos.
Al legislação vigente desde junho de 2000 (Lei nº 9.974) estabelece regras e
responsabilidades sobre o destino final das embalagens de produtos de
defensivos agrícolas. A falta de fiscalização e penalidades mais rigorosas faz
com que estes resíduos muitas vezes sejam misturados aos resíduos comuns
e levados aos aterros municipais, ou ainda são queimados nas fazendas e
sítios mais afastados dos centros urbanos gerando uma imensa quantidade de
gases tóxicos.

 Resíduos Especiais

São resíduos provenientes de portos, aeroportos, terminais de


transporte, postos de fronteiras, aeronaves ou meios de transportes terrestres.
Dever ser incluídos também os produzidos nas atividades de operação e
manutenção, os associados às cargas, consumo de passageiros e aqueles
gerados nas instalações físicas ou áreas desses locais. A contaminação por
esse tipo de resíduo está diretamente ligada ao risco de transmissão de
doenças, podendo ocorrer através de cargas contaminadas, como exemplo,
animais, carnes e plantas.

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 Resíduos da Construção Civil

Os resíduos de construção civil são gerados quer por demolições, obras


em processo de renovação, quer por edificações novas, em razão de
desperdícios de materiais resultantes da característica artesanal de construção,
tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais,
resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso,
telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc. De
acordo com a resolução CONAMA nº. 307/02, os resíduos da construção civil
são classificados da seguinte forma:

 Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados,


tais como:

a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de


outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de
terraplanagem;
b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações:
componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento
etc.), argamassa e concreto;

c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em


concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de
obras;

 Classe B - São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais


como: plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso (nova
redação RESOLUÇÃO CONAMA Nº 431/11);

 Classe C - São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas


tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua

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reciclagem ou recuperação (nova redação RESOLUÇÃO CONAMA Nº
431/11);

 Classe D - São os resíduos perigosos oriundos do processo de


construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles
contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas
e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem
como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou
outros produtos nocivos à saúde (nova redação RESOLUÇÃO CONAMA
Nº 348/04).

 Resíduos Tecnológicos

Considera-se resíduos tecnológicos todos aqueles gerados a partir de


aparelhos eletrodomésticos ou eletroeletrônicos e seus componentes, incluindo
os acumuladores de energia (baterias e pilhas) e produtos magnetizados, de
uso doméstico, industrial, comercial e de serviços, que estejam em desuso e
sujeitos à disposição final.

 Resíduos Pneumáticos

Os resíduos de pneus apresentam uma estrutura formada por diversos


materiais como borracha, aço, nylon ou poliéster, é um resíduo que caso
receba destinação inadequada poderá causar grandes danos ao meio
ambiente. A queima dos resíduos pneumáticos a céu aberto pode contaminar o
ar com uma fumaça altamente tóxica composta de carbono e dióxido de
enxofre, além de poluir o solo por liberar grande quantidade de óleo que se
infiltra e contamina o lençol freático.

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 Resíduos Cemiteriais

Segundo Anna Pires (2008) os cemitérios são potenciais fontes


geradoras de impactos ambientais. Pois, a localização e operações
inadequadas de necrópoles em meios urbanos podem provocar a
contaminação de mananciais hídricos por microrganismos que proliferam no
processo de decomposição dos corpos. Caso o aqüífero freático seja
contaminado na área interna do cemitério, esta contaminação poderá fluir para
regiões próximas, aumentando o risco de saúde nas pessoas que venham a
utilizar desta água captada através de poços rasos. Deve-se considerar ainda,
os resíduos como vasos, flores, velas, etc.

8 GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS


Desde 2002 o Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento
(SNIS) elabora o diagnóstico de manejo de resíduos sólidos urbanos, que
incorpora dados que são enviados pelos próprios municípios, sendo que a
partir deste ano de 2012 o sistema de informações passou a ser on-line. Essa
coleta de dados permite identificar, com elevado grau de objetividade, os
aspectos da gestão dos respectivos serviços nos municípios brasileiros.
Atualmente a média de geração de resíduos sólidos urbanos no país,
segundo projeções do SNIS (2010) da Abrelpe (2009), varia de 0,8 a 1,15 kg
por hab./dia, padrão próximo aos dos países da União Europeia, cuja média é
de 1,2 kg por dia por habitante. Até 1999 essa mesma taxa era
aproximadamente de 0,4 Kg/hab/dia (IPT/CEMPRE, 2000). Analisando o
quadro abaixo pode-se verificar que de acordo com os dados estatísticos do
senso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos últimos anos
a população de Pacaembu não apresentou crescimento significativo.
Assim como em muitas cidades brasileiras, o município de Pacaembu
vem aumentando significativamente a taxa de geração de resíduos sólidos nos

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últimos anos, se considerarmos a taxa de geração de resíduos de 0,8
kg/hab/dia, podemos concluir que o município gera aproximadamente 10
toneladas/dia. O quadro a seguir demonstra a evolução da população em
relação à quantidade de resíduos gerados no município de Pacaembu.

Quadro 3 – Estimativa de Crescimento Populacional e Geração de Resíduos

ESTIMATIVA DE CRESCIMENTO POPULACIONAL E GERAÇÃO DE


RESÍDUOS SÓLIDOS
PACAEMBU - SP
Resíduos Gerados Resíduos Gerados
Ano População (Kg/Dia) (Ton/Ano)
1991 12365 4946,0 1805,29
1996 11319 4527,6 1652,574
2000 12518 10014,4 3655,256
2007 13072 10457,6 3817,024
2010 13226 10580,8 3861,992

Para realização dos cálculos acima considerou-se:


Sistema de Informações dos municípios paulistas - IMP - Fundação SEADE
Produção per capta de lixo:
De 1991 a 1999: 0,4 kg/hab/dia
A partir do ano 2000 segundo estimativas do SNIS pode-se considerar a
geração de resíduos com valores equivalentes a 0,8kg/hab/dia.

Fonte: Projecta ,2013

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9 GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO DE PACAEMBU

O objetivo primordial da elaboração do Diagnóstico é a formulação de


propostas que irão nortear a elaboração de políticas públicas voltadas ao tema,
balizadas nas necessidades locais e aspectos legais que disciplinam o assunto,
objetivando a criação e desenvolvimento de uma lei municipal que institua o
Código Municipal de Limpeza Pública.

9.1 Resíduos Domiciliares e Comerciais


Nas atividades de limpeza urbana, os tipos "doméstico" e "comercial"
constituem o chamado "lixo domiciliar", que, somado com o lixo público,
representam a maior parcela dos resíduos sólidos produzidos nas cidades.
Estes resíduos são gerados no decorrer das atividades diárias nas
casas, apartamentos, condomínios e demais edificações residenciais e
comerciais; constituídos basicamente de restos de preparos de refeições, de
alimentos, de lavagens, vasilhames, papeis, papelão, plásticos, vidro,
varredura, folhagens, galhos, etc.
O sistema de gerenciamento dos resíduos domiciliares do município de
Pacaembu realiza-se da seguinte forma:

9.1.1 Disposição e coleta dos resíduos no centro urbano e


distritos;

No município de Pacaembu os resíduos das atividades domésticas são


dispostos pelos munícipes em sacos de lixo preto, sacolinhas de
supermercado, caixas de papelão, entre outros, e são acondicionados em
cestos de lixo suspensos a fim de evitar que estes sejam disseminados pela
vias públicas.

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Foto 1 – Cestos de acondicionamento de resíduos

Fonte: Projecta, 2013


O município possui um sistema de coleta regular, com um caminhão
compactador que coleta os resíduos nas residências e comércios, durante 06
dias da semana, segunda a sábado, das 8:00 às 16:00 horas e assim o conduz
para o aterro em valas. A logística de coleta por bairros ocorre da seguinte
forma:

 Áreas Centrais – Segundas, Quartas e Sextas-Feiras;

 Bairros Periféricos – Terças, Quintas e Sábados;

 Penitenciarias – Sextas-Feiras;

Com uma população de aproximadamente 14.000 habitantes, segundo


as estatísticas IBGE, estima-se que a taxa de geração de resíduos seja em

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média 0,8 Kg/dia de acordo com valor fixado pelo Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento (SNIS), portanto o município gera
aproximadamente 11 toneladas de resíduos por dia. Todo o resíduo coletado
segue para o aterro sanitário em valas.

9.1.2 Funcionários envolvidos na coleta e transporte dos resíduos

Segue abaixo o quadro 3 especificando os funcionários envolvidos no


gerenciamento dos resíduos no município de Pacaembu:

Quadro 4 – Responsáveis pela coleta dos resíduos

FUNCIONÁRIO CARGO

Argemiro Luiz Cassiano Coletor de Lixo

José Aparecido Dias Coletor de Lixo

Manoel Rodrigues de Souza Motorista

Marcelo Antonio de Campos Coletor de Lixo

Marcio Carvalho Oliveira Ajudante Geral

Fonte: Projecta, 2013

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9.1.3 Descritivo dos veículos utilizados no gerenciamento dos
resíduos
O município possui apenas um veículo coletor compactador, segue
abaixo a imagem e os dados do mesmo:
Foto 2 – Veículo coletor compactador

Fonte: Projecta, 2013

Tipo: Caminhão Prensa Capacidade: 12 Mt³

Placa: DEX-1130

Modelo: Ford Motor Cummins F 12000/160 Ano: 2001/2001

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9.2 Resíduos do Serviço Público

Os serviços de limpeza pública englobados pela Lei Federal 11.445/07


são a varrição, capina, podas, limpeza de escadarias, monumentos, sanitários,
abrigos e outros; raspagem e remoção de terra e areia em logradouros
públicos; desobstrução e limpeza de bueiros, bocas de lobo e correlatos; e
limpeza dos resíduos de feiras públicas e eventos de acesso aberto ao público
(BRASIL, 2007a).
Este é uma importante ferramenta de manutenção da cidade e tem como
principal atividade a intervenção nas áreas de maior movimentação e
aglomeração de pessoas, geralmente as áreas centrais da cidade.
A constituição dos resíduos desta atividade é inconstante. Pode possuir
resíduos inertes, matéria orgânica, resíduos secos, pequenas embalagens,
terra, madeira e etc.
O serviço de varrição é feito em áreas e logradouros públicos têm como
objetivo evitar:
 Problemas sanitários e saúde pública a população;
 Inundação das ruas pelo entupimento dos bueiros;
 Riscos de acidentes tanto quanto ao trânsito ou ao pedestre e;
A varrição das vias públicas é feita de maneira manual em todo o
perímetro urbano. Este tipo de procedimento tem como vantagens:
 Manutenção de baixo custo, com investimentos pequenos, em carrinhos,
ferramentas, EPI - Equipamentos de Proteção Individual e uniformes;
 Possibilita a limpeza de passeios e sarjetas, sem problemas de
obstáculos;
 Podem varrer em qualquer tipo de pavimento.

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Tem como desvantagens:
 Crescimento progressivo do custo de mão de obra;
 Grande possibilidade de ocorrência de acidente do trabalho;
 Baixa produtividade.

9.2.1 Varrição pública


Atualmente, a prefeitura municipal realiza o serviço de varrição somente
nas vias centrais e em algumas travessas. O serviço é realizado manualmente
por 1 funcionário da prefeitura, os resíduos recolhidos são encaminhados para
o aterro sanitário municipal.
Na limpeza de sarjetas, bocas de lobos, guias de calçadas a prefeitura
conta com o serviço de aproximadamente 30 presidiários que encontram-se em
regime semiaberto e que trabalham para a prefeitura municipal de segunda a
sexta-feira das 7:00hs as 17:00hs. Ao inicio e ao término do serviço a prefeitura
fornece condução para os mesmos se locomoverem aos locais de trabalho e a
volta ao presídio.
9.2.2 Resíduos de Poda
A prefeitura municipal não realiza o serviço de poda, este é realizado por
conta dos próprios munícipes, o poder público realiza apenas a coleta e
destinação dos resíduos. A logística de coleta ocorre da seguinte forma, os
resíduos são recolhidos pela prefeitura nos meses ímpares, até o 5º dia útil,
nos outros dias e nos meses pares o morador fica responsável por fazer a
limpeza e destinação dos mesmos.
Os resíduos provenientes dos serviços de poda e capina atualmente
estão acondicionados em uma área de propriedade do município próxima ao
aterro sanitário, em uma visita técnica realizada pela Projecta pode-se notar
que existem alguns pontos que deverão ser observados, com exemplo:

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 Licenciamento da área de disposição;

 A presença de outros tipos de materiais;

 Queimada dos resíduos;

 Ausência de Cerca Verde;

 Liberação de chorume;

 Melhoramento no isolamento da área

Segue abaixo algumas imagens que caracterizam o local:

Foto 3 – Resíduos de poda

Fonte: Projecta, 2013

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Foto 4 – Queima irregular dos resíduos de poda

Fonte: Projecta, 2013


Foto 5 – Presença de outros tipos de resíduos junto à poda

Fonte: Projecta, 2013

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9.3 Resíduos Industriais
De acordo com a Resolução CONAMA n° 313/2002, Resíduo Sólido
Industrial é todo resíduo que resulte de atividades industriais e que se encontre
nos estados sólido, semissólido, gasoso – quando contido, e líquido – cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgoto ou
em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnicas ou economicamente
inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. Ficam incluídos nesta
definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água e aqueles
gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição.
O Art. 4º da Resolução CONAMA nº 313/02 define os seguintes setores
industriais que deveriam apresentar ao órgão estadual de meio ambiente,
informações sobre geração, características, armazenamento, transporte e
destinação de seus resíduos sólidos: indústrias de preparação de couros e
fabricação de artefatos de couro; fabricação de coque, refino de petróleo,
elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool; fabricação de
produtos químicos; metalurgia básica; fabricação de produtos de metal;
fabricação de máquinas e equipamentos, máquinas para escritório e
equipamentos de informática; fabricação e montagem de veículos automotores,
reboques e carrocerias; e fabricação de outros equipamentos de transporte.
O município de Pacaembu não possui nenhuma indústria de grande
porte que gere quantidades consideráveis de resíduos, no município existem
algumas indústrias de pequeno e médio porte, cita-se 2 fábricas de sapatão e 2
fábricas de doce, porém, os resíduos específicos das produção são
gerenciados pelas próprias unidades, assim como exige a legislação vigente. A
prefeitura municipal realiza a coleta somente dos resíduos considerados
domiciliares, como materiais de escritório, e os encaminha para o aterro
sanitário.

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9.4 Resíduos de Serviços de Saúde

De acordo com a RDC ANVISA nº 306/04 e a Resolução CONAMA no


358/2005, são definidos como geradores de Resíduos do Serviço de Saúde
(RSS) todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou
animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo.
A classificação dos RSS vem sofrendo um processo de evolução
contínuo, na medida em que são introduzidos novos tipos de resíduos nas
unidades de saúde e como resultado do conhecimento do comportamento
destes perante o meio ambiente e a saúde, como forma de estabelecer uma
gestão segura com base nos princípios da avaliação e gerenciamento dos
riscos envolvidos na sua manipulação.
Os resíduos de serviços de saúde são parte importante do total de
resíduos sólidos urbanos, não necessariamente pela quantidade gerada, mas
pelo potencial de risco que representam à saúde e ao meio ambiente, segue
abaixo o gráfico 2 mostrando as principais formas de destinação que os
município brasileiros estão dando a este tipo de resíduo.
Gráfico 2: Municípios por Tipo de Destinação dada aos RSS (%)

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Fonte: ABRELPE, 2011
Os RSS são classificados em função de suas características e
consequentes riscos que podem acarretar ao meio ambiente e à saúde. De
acordo com a RDC ANVISA no 306/04 e Resolução CONAMA no 358/05, os
RSS são classificados em cinco grupos: A, B, C, D e E.
 Grupo A - engloba os componentes com possível presença de agentes
biológicos que, por suas características de maior virulência ou
concentração, podem apresentar risco de infecção. Exemplos: placas e
lâminas de laboratório, carcaças, peças anatômicas (membros), tecidos,
bolsas transfusionais contendo sangue, dentre outras.
 Grupo B - contém substâncias químicas que podem apresentar risco à
saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características
de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Ex:
medicamentos apreendidos, reagentes de laboratório, resíduos
contendo metais pesados, dentre outros.
 Grupo C - quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que
contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de
eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia
Nuclear - CNEN, como, por exemplo, serviços de medicina nuclear e
radioterapia etc.
 Grupo D - não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à
saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos
domiciliares. Ex: sobras de alimentos e do preparo de alimentos,
resíduos das áreas administrativas etc.
 Grupo E - materiais perfuro-cortantes ou escarificantes, tais como
lâminas de barbear, agulhas, ampolas de vidro, pontas diamantadas,
lâminas de bisturi, lancetas, espátulas e outros similares.

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O acondicionamento dos RSS sempre deve ser feito com identificação
de modo a permitir fácil visualização, de forma indelével, utilizando símbolos,
cores frases, além de outras exigências relacionadas à identificação de
conteúdo e aos riscos específicos de cada grupo de resíduos.
No município de Pacaembu os resíduos do serviço de saúde, de
responsabilidade da prefeitura municipal, são gerenciados por uma empresa
terceirizada, a STERLIX AMBIENTAL TRATAMENTO DE RESÍDUOS LTDA
localizada na cidade de Mogi Mirim, estado de São Paulo, sendo esta
responsável pela coleta, transporte, tratamento e disposição final dos RSS.
O município possui um hospital, um Centro de Saúde e um PSF, porém este
atualmente está em reformas. A empresa responsável realiza a coleta todas as
sextas-feiras, recolhendo os resíduos nos devidos estabelecimentos de saúde,
nos outros dias que a empresa não realiza a coleta, estes ficam
acondicionados em locais adequados nas próprias unidades geradoras.
Seguem abaixo algumas imagens que caracterizam estes locais de prévio
armazenamento:
Foto 6 – Local de armazenamento dos RSS no centro de saúde

Fonte: Projecta, 2013

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Foto 7– Idem Anterior

Fonte: Projecta, 2013


Foto 8– Armazenamento dos resíduos no hospital

Fonte: Projecta, 2013

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Foto 9– Resíduos armazenados

Fonte: Projecta, 2013

Atualmente, o município paga 4,50 (quatro reais e cinquenta centavos)


por kilograma de resíduos por mês, sendo este valor até o limite de 300 Kg por
mês.
É expressamente proibido o encaminhamento de resíduos de serviços
de saúde para disposição final em aterros, sem submetê-los previamente a
tratamento especifico que neutralize sua periculosidade. Porém em situações
excepcionais de emergência sanitária e fitossanitária, os órgãos de saúde de

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controle ambiental competentes podem autorizar a queima de RSS a céu
aberto ou outra forma de tratamento que utilize tecnologia alternativa dos RSS.

9.5 Resíduos Tecnológicos e Perigosos


São os resíduos provenientes das crescentes inovações de tecnologias,
das constantes trocas de aparelhos eletroeletrônicos, domésticos, comerciais e
industriais, ou seja, da substituição dos antigos aparelhos pelas modernidades.
Os resíduos, bem como as pilhas,baterias e lâmpadas, se depositados
ou mesmo enterrados podem fazer com que ocorra contaminação do solo e
lençol freático por metais pesados.
Os fabricantes de pilhas e baterias de acordo com a Resolução
CONAMA nº401/08 estão obrigados a implantarem os sistemas de reutilização,
reciclagem, tratamento e disposição final destes resíduos.
De acordo com a mesma Resolução, no seu art. 6º diz:
“Art. 6º A partir de 1º de janeiro de 2001, a fabricação, importação
e comercialização de pilhas e baterias deverão atender aos limites
estabelecidos a seguir:
I - com até 0,010% em peso de mercúrio, quando forem do tipo zinco-
manganês e alcalino-manganês;
II - com até 0,015% em peso de cádmio, quando forem dos tipos
alcalino-manganês e zinco-manganês;
III - com até 0,200% em peso de chumbo, quando forem dos tipos
alcalino-manganês e zinco-manganês.”

A Resolução CONAMA nº 401 também atribui a responsabilidade do


acondicionamento, coleta, transporte e disposição final de pilhas e baterias aos
fabricantes, comerciantes, importadores e à rede de assistência técnica
autorizada.
O município de Pacaembu além de desenvolver ações de educação
ambiental que mobilizam a população a entregarem seus resíduos e não

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depositarem em locais inadequados realiza também mutirões para estimular os
habitantes a entregarem os resíduos e assim receberem uma destinação
correta.
A prefeitura municipal no ano de 2012 firmou com convênio com o
município de Adamantina-SP para entregarem os resíduos tecnológicos e
assim receberem a destinação final ambientalmente adequada (vide convênio
anexo).

9.6 Resíduos Rurais e Agrossilvopastoris

Os resíduos provenientes da atividade agrícola incluem o uso de


insumos e agrotóxicos utilizados na produção agropecuária. A coleta de
resíduos domiciliares na zona rural é um serviço de difícil consecução muitas
vezes ocasionada pela extensão territorial, associada às dificuldades de
acesso aos locais, além da individualidade dos pontos de coleta (propriedades
isoladas).

O revendedor, por sua vez, está responsabilizado por orientar e


conscientizar os agricultores quanto a este tipo de ação e também aos
procedimentos operacionais quanto aos resíduos. É de suma importância o
cumprimento desta determinação legal porque o material em questão possui
resíduos perigosos, com grandes riscos para a saúde pública e contaminação
ambiental.
Atualmente o município de Pacaembu não desenvolve nenhuma ação
específica que gerencie estes materiais. Os resíduos rurais que são produzidos
nas residências das propriedades são enterrados ou queimados, visto que, as
propriedades não são contempladas com o serviço de coleta.
Os resíduos produzidos nas atividades agrossilvopastoris (embalagens
de agrotóxicos, remédios e vacinas para animais) do município de Pacaembu,

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na maioria das vezes, são descartados sem qualquer tipo de controle ou
fiscalização, sendo estes enterrados ou queimados. Este tipo de
gerenciamento é considerado inadequado devido aos altos riscos de
contaminação do meio ambiente.
Os consumidores desses produtos, em sua grande maioria, são
pequenos produtores rurais, que têm dificuldades de armazenamento e
descarte dos frascos e embalagens, pois desconhecem a logística reversa que
determina que os fabricantes e comerciantes têm como obrigação dar um
destino final aos recipientes dos produtos por eles comercializados.

9.7 Resíduos Especiais

Considerados como os resíduos provenientes de terminais portuários,


aéreos, ferroviários ou rodoviários associados às cargas e passageiros.

O município de Pacaembu possui apenas o terminal rodoviário municipal


cuja limpeza é de responsabilidade da prefeitura municipal.

Não existe um sistema de coleta ou tratamento diferenciado, os resíduos


gerados nesta unidade são tratados como lixo domiciliar. De modo que não há
dados específicos quanto aos volumes gerados ou tipo de material.

9.8 Resíduos Cemiteriais


Os cemitérios se mal planejados podem gerar uma gama de problemas
para o município, seja pela contaminação do solo e lençol freático por
necrochorume ou pela quantidade de resíduos que as pessoas acabam
deixando em seu interior, tais como: vasos, flores, velas, caixas, etc.
No município de Pacaembu a prefeitura municipal realiza a limpeza do
cemitério semanalmente com o auxilio de 2 funcionários municipais que

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trabalham de segunda a sexta-feira. Os resíduos são recolhidos por um veículo
devidamente adequado e conduzido para o aterro sanitário.

9.9 Resíduos de Pneus


Atualmente, os pneus recolhidos no município de Pacaembu são
enviados para um galpão de propriedade do estado onde ficam armazenados
até que se obtenha um montante considerável para assim dar uma destinação
correta, os pneus são recolhidos, semanalmente ou mediante ao aviso prévio
dos geradores, pela prefeitura municipal. O local de disposição destes resíduos
está devidamente adequado sendo este totalmente vedado, evitando a
influência de fatores externos. Até o momento a prefeitura não firmou parceira
com empresas que recolham e deem destinação final para estes materiais.
Segue abaixo algumas imagens do local de disposição.
Foto 10 – Local de armazenamento dos pneus

Fonte: Projecta, 2013

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Foto 11 – Resíduos de pneus armazenados

Fonte: Projecta, 2013

9.10 Resíduos da Construção Civil


Resíduos da construção civil (RCD`s) são os provenientes de
construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os
resultantes da preparação e escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos
cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas,
madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento
asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica, etc, comumente
chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha (Resolução CONAMA -
Conselho Nacional do Meio Ambiente - n° 307/02).

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Sua disposição varia com as regras que os gestores municipais
estabelecem e a fiscalização exercida para garantir seu cumprimento. A
ausência de normas locais ou a fiscalização ineficiente favorecem as
deposições irregulares ou inadequadas que, por sua vez, criam um cenário
favorável ao surgimento de problemas como a proliferação de vetores de
doenças, a contaminação de áreas, problemas de drenagem, degradação do
ambiente e paisagem urbana, desperdício de recursos naturais, entre outros.
Tais problemas podem ser enquadrados como impactos ambientais quando se
utiliza a definição de impacto ambiental descrita na Resolução CONAMA n°
01/86: “qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do
meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante
das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
I a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II as atividades sociais e econômicas;
III a biota;
IV as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V a qualidade dos recursos ambientais.”
Os resíduos de construção e demolição são um grande problema para
os gestores municipais por sua massa, volume e geração. Estima-se que para
cada tonelada de lixo urbano recolhido, são recolhidas duas toneladas de
entulhos NETO (2005). Segue abaixo o quadro 6 especificando o total de RCC
(Resíduos da Construção Civil) ou RCD (Resíduos da Construção e
Demolição) coletados pelos município brasileiros no ano de 2011.

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Quadro 5 - Quantidade total de RCC Coletado pelos municípios no Brasil

A Resolução CONAMA n° 307/02 classifica os RCC’s em quatro


categorias:
- Classe A: concreto, alvenaria, argamassa, solos;
- Classe B: plástico, papéis, metais, madeiras;
- Classe C: resíduos sem tecnologia ou sem viabilidade econômica para
reciclagem;
- Classe D: resíduos perigosos, a serem destinados de acordo com
normas técnicas específicas.
Em Pacaembu os resíduos da construção civil não são recolhidos pela
prefeitura municipal, esta realiza a coleta somente de resíduos de fundos de
quintas, tais como entulhos. No município existe uma empresa privada de
caçambas que realizam a coleta dos RCCs, a empresa possui
aproximadamente 30 caçambas e cobram 40,00 por unidade. Os resíduos
recolhidos são encaminhados para uma área de propriedade da prefeitura
municipal onde são triados e reutilizados na recuperação de estradas rurais e
controle de erosões. A reutilização dos resíduos da construção civil em
adequação de estradas rurais é uma alternativa que contribui para diminuição
do volume dos mesmos, porém, se não realizada de maneira adequada pode
gerar danos ao meio ambiente.

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Para a limpeza dos fundos de quintais a prefeitura disponibiliza um
veículo, devidamente adequado, em excelente estado de conservação que
realiza a coleta seguindo a logística de coleta dos resíduos do serviço público
Segue abaixo algumas imagens que caracterizam a área:

Foto 12 – Resíduos da Construção Civil - RCCs

Fonte: Projecta, 2013

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Foto 13 – Local de armazenamento dos RCCs

Fonte: Projecta, 2013


Foto 14 – Veículo utilizado na coleta dos resíduos

Fonte: Projecta, 2013

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Pode-se observar que a área de armazenamento dos resíduos encontra-
se sem licença de operação, não possui cerca de isolamento, permitindo a
entrada de catadores informais no local e ainda a presença de outros materiais,
como os resíduos de poda, porém, possui característica que viabilizam o uso
da mesma, visto que, não está inserida em APP e possui facilidade de acesso.

10 DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

De acordo com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT (2000),


aterro sanitário é o processo utilizado para a disposição de resíduos sólidos no
solo, particularmente o resíduo sólido urbano que, fundamentado em critérios
de engenharia e normas operacionais específicas, permite um confinamento
seguro em termos de controle de poluição ambiental e proteção à saúde
pública.
Dependendo da quantidade de resíduos a serem aterrados, das
condições topográficas do local escolhido e da técnica construtiva, os aterros
sanitários podem ser classificados em três tipos básicos: Aterros sanitários
convencionais ou construídos acima do nível original do terreno; Aterros
sanitários em trincheiras; Aterros sanitários em valas.
Os aterros sanitários convencionais, que são construídos acima do
nível original do terreno, são formados por camadas de resíduos sólidos que se
sobrepõem, de modo a se obter um melhor aproveitamento do espaço,
resultando numa configuração típica, com laterais que assemelham a uma
escada ou uma pirâmide, sendo facilmente identificáveis pelo aspecto que
assumem.

Os aterros sanitários em trincheiras são construídos no interior de


grandes escavações especialmente projetadas para a recepção de resíduos.

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Teoricamente, podem ser recomendados para qualquer quantidade de
resíduos, porem, como apresentam custos relativamente maiores que as outras
técnicas construtivas existentes, devido à necessidade da execução de
grandes volumes escavações, são mais recomendados para comunidades que
geram entre 10 e 60 toneladas de resíduos sólidos por dia. As rotinas
operacionais são basicamente as mesmas dos aterros convencionais, isto é, os
resíduos são compactados e cobertos com terra, formando células diárias que,
paulatinamente, vão preenchendo a escavação e reconstituindo a topografia
original do terreno.
Os aterros sanitários em valas, que se constituem em obras simples,
ou seja, basicamente são construídas valas estreitas e compridas, feitas por
retro escavadeiras, onde os resíduos são depositados sem compactação e
coberto com terra diariamente.
O aterro sanitário do município de Pacaembu, em operação, está
localizado na estrada municipal PBU 249, bairro Santa Genoveva e possui uma
área 14.520 m², segundo a matricula do imóvel, e licença de operação
expedida pela CETESB com o Nº 67000056.
Em visita técnica ao aterro pode-se observar que este necessita de
algumas intervenções para que esteja de acordo com os parâmetros técnicos
estabelecidos pelo órgão vigente, a CETESB. Segue abaixo as principais
intervenções:
 Falta de isolamento verde ou cinturão verde, podendo acarretar o
carregamento de resíduos para outros locais por ação do vento;
 Identificação da presença de resíduos fora das valas de aterramento,
podendo estes acarretar uma série de fatores de riscos ao meio
ambiente e a saúde pública;

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Foto 15 – Resíduos acondicionados fora das valas de aterramento

Fonte: Projecta, 2013

 Quantidade considerável de resíduos sem aterramento. Na ocasião da


visita havia no local uma porção de resíduos que ainda não haviam
recebido a cobertura com terra, nem mesmo a compactação, podendo
ocasionar o aparecimento de animais, liberação de odores e
contaminação do meio ambiente.

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Foto 16 – Resíduos sem recobrimento de terra

Fonte: Projecta, 2013

Pode-se observar também que o aterro possui características que


viabilizam a utilização do mesmo, como: facilidade de acesso à área, cerca de
isolamento para controle de acesso, possui local para construção de novas
valas, não está inserido em áreas de APP ou reserva legal, não possui
residências próximas ao local.

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Foto 17 – Vista geral do aterro

Fonte: Projecta, 2013


Foto 18 – Local disponível para construção das valas

Fonte: Projecta, 2013

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Foto 19 –Portão para controle de acesso

Fonte: Projecta, 2013

Foto 20 –Cerca de Isolamento

Fonte: Projecta, 2013

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10.1 Índice de Qualidade dos Resíduos (IRQ)

O Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos (IQR) tem como objetivo a


análise das condições de disposição final dos resíduos sólidos domiciliares
gerados no Estado. Para elaboração do IQR, todos os aterros do Estado que
recebem este tipo de resíduo são inspecionados periodicamente pelos técnicos
da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), sendo atribuída
a cada município uma nota, que pode variar de 0 a 10 e, em função dela, os
aterros podem ter suas instalações classificadas como inadequadas (0 a 6,0),
controladas (6,1 a 8,0) ou adequadas (8,1 a 10,0). O quadro abaixo trás as
pontuações quanto às condições de tratamento e disposição dos resíduos
domiciliares em valas (IQR), no período de 1997 a 2012 no município de
Pacaembu que obteve os seguintes resultados:

Quadro 6 - Pontuação do IQR - Inventário CETESB 2012.

Ano 1997 1999 2001 2003 2005 2007


Enquadramento 4,5 9,7 9,3 8,5 7,2 5,1

2009 2010 2011 2012


6,7 8,6 8,6 8,3
Fonte: Projecta, 2013

Pode-se observar que o município de Pacaembu durante 3 anos


consecutivos tem sido considerado adequado na avaliação do Índice de
Qualidade dos Resíduos realizada pela CETESB.

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11 EDUCAÇÃO AMBIENTAL
De acordo com o Artigo 1o da Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999 que
dispõe sobre a Política Nacional de Educação Ambiental, entende-se por
educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso
comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Já em seu Art. 2º, menciona que a educação ambiental é um
componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar
presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo
educativo, em caráter formal e não formal.
O município de Pacaembu possui uma grande quantidade de programas
de Educação Ambiental desenvolvidos na cidade, especificamente nas escolas,
cita-se alguns:

 Projeto ECO Óleo de Cozinha – Onde a população, através das


escolas, foi motivada a entregarem seus resíduos de óleo de
cozinha usados nas escolas, e a cada 4 litros de óleo entrego o
munícipe recebe um litro de óleo novo. O montante de óleo
recolhido é encaminhado para a GRANOL, localizada na cidade
de Osvaldo Cruz, uma empresa de grão e também produtora de
Biodiesel. Segundo relatórios das escolas o projeto obteve ótimos
resultados, no ano de 2011 foram entreguem 1000 litros de óleos
usados.

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Foto 21 – Faixa colocada na escola para divulgar o projeto ECO
ÓLEO

Fonte: Projecta, 2013

 Ações de Educação Ambiental nas escolas: Foi desenvolvido nas


escolas um calendário ambiental, onde constantemente são
realizadas ações educacionais pelos professores para motivarem
as crianças quanto a preservação do meio ambiente, foram
desenvolvidas as seguintes ações: - Plantio de mudas de árvores,
- Palestras sobre o uso da água, - Passeata pelo dia do meio
ambiente, - Coleta Seletiva e – Mata ciliar.

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Foto 22 – Passeata dia do meio ambiente

Fonte: Arquivo municipal, 2012

Foto 23 – Plantio de mudas

Fonte: Arquivo municipal, 2012

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Foto 24 – Coleta Seletiva

Fonte: Arquivo municipal, 2012


Foto 25 – Uso da água

Fonte: Arquivo municipal, 2012

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Foto 26 – Mata Ciliar

Fonte: Arquivo municipal, 2012

 Foi criado na biblioteca municipal um espaço destinado a livros e


folders relacionados com o meio ambiente;

Foto 27 – Espaço do meio ambiente na biblioteca municipal

Fonte: Arquivo municipal, 2012

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Além dos projetos citados anteriormente são desenvolvidos muitos
outros, todos com o intuito de fazer com que a população, especialmente os
estudantes desenvolvam uma consciência critica quanto a preservação do
meio ambiente.
Foto 28 – Oficinas com materiais recicláveis

Fonte: Arquivo municipal, 2012


Foto 29 – Caminhada ecológicas

Fonte: Arquivo municipal, 2012

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Foto30 – Separação de resíduos sólidos recicláveis

Fonte: Arquivo municipal, 2012


Foto 31 – Teatro preservação do meio ambiente

Fonte: Arquivo municipal, 2012

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12 COLETA SELETIVA
A coleta seletiva e a reciclagem de lixo têm um papel muito importante
para o meio ambiente. Por meio delas, recuperam-se matérias-primas que de
outro modo seriam tiradas da natureza. A ameaça de exaustão dos recursos
naturais não-renováveis aumenta a necessidade de reaproveitamento dos
materiais recicláveis, que são separados na coleta seletiva de lixo. (SEMA,
2012). A coleta seletiva promove melhorias no meio ambiente, cita-se algumas:
• Diminui a exploração de recursos naturais;

• Reduz o consumo de energia;

• Diminui a poluição do solo, da água e do ar;

• Prolonga a vida útil dos aterros sanitários;

• Possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o lixo;


•Diminui os custos da produção, com o aproveitamento de recicláveis;

• Diminui o desperdício;

• Diminui os gastos com a limpeza urbana;

• Cria oportunidade de fortalecer organizações comunitárias;

• Gera emprego e renda pela comercialização dos recicláveis.


O município de Pacaembu assim como muitos municípios da região
ainda não possui a coleta seletiva devidamente implantada e regularizada,
porem, foi contemplado com um recurso financeiro oriundo do Programa de
Compensação Ambiental, firmado sobre o Termo Ajustamento de Conduta
(TAC) entre a Companhia Energética do Estado de São Paulo (CESPE) mais
precisamente do Reservatório da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta
(Porto Primavera) e o Ministério Público Estadual, para ações de implantação
e/ou implementação da Coleta Seletiva, projeto este que o município já
apresentou junto ao Ministério Publico e está em faze de revisão.

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No município existem alguns catadores de materiais recicláveis
realizando o serviço de maneira irregular, ou seja, não estão inseridos em uma
associação ou cooperativas. Os resíduos ficam armazenados nas próprias
residências podendo gerar ricos ao meio ambiente e a saúde pública.
O município já dispõe de uma área para a instalação do novo galpão de
separação dos resíduos recicláveis, esta atualmente está sendo adequada
para a devida implantação. A prefeitura disponibilizará um galpão, devidamente
coberto, por um determinado período para que os resíduos sejam
armazenados pelos catadores para evitar que estes fiquem de maneira
irregular nas residências, até que o novo centro de triagem esteja finalizado.
Foto 32 – Resíduos armazenados na residência de um catador

Fonte: Projecta, 2013

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Foto 33 – Área destinada a construção do galpão

Fonte: Projecta, 2013


Foto 34 – Área de armazenamento periódico

Fonte: Projecta, 2013

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13 SINTESE DO DIAGNÓSTICO

SINTESE DO DIAGNÓSTICO
I - Logística de coleta dos resíduos ineficiente
Resíduos Domiciliares e Comerciais II - Falta do programa de coleta seletiva;
III - Falta de caminhão coletor compactador
IV - Falta de uma área específica para a compostagem dos resíduos
úmidos
I - Falta do serviço de varrição nos bairros periféricos
II - Acondicionamento Inadequado dos resíduos de varrição e poda
Resíduos do Serviço Público III - Falta da licença de operação para a área de acondicionamento
IV- Queimada dos resíduos de poda
V - Presença de outros materiais acondicionados no mesmo local
Resíduos Tecnológicos e Perigosos I - Falta de constantes políticas de entrega voluntária dos resíduos
II - Não existem Ecopontos para a entrega voluntária
I - Ausência do serviço de coleta dos resíduos rurais
Resíduos Rurais e
Agrossilvopastoris II - Falta de políticas de entrega dos resíduos arossilvopastoris
III - Falta de fiscalização e controle
Resíduos Especiais I - Ausência do serviço de coleta diferenciada destes resíduos
II - Falta de fiscalização
Resíduos de Pneus I - Falta de convênio com empresa que recolhem estes materiais
II- Grande quantidade de resíduos armazenados
I - Falta de licenciamento ambiental da área de disposição destes resíduos
Resíduos da Construção Civil II - Falta de isolamento da área
III - Destinação ambiental inadequada
I - Falta de um cinturão verde
Aterro Sanitário II - Resíduos acondicionados fora das valas
III - Falta de cobertura diária dos resíduos com terra
Fonte: Projecta, 2013

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14 CONCLUSÃO
A elaboração do Plano Municipal de Gerenciamento Resíduo Sólidos
tem por finalidade, diagnosticar a situação atual e propor melhorias através da
elaboração do prognostico que é parte integrante deste plano, uma vez que
será o instrumento norteador para a tomada de decisões da administração
pública municipal.
O diagnóstico realizado no município de Pacaembu mostrou fragilidades
quanto à gestão dos resíduos sólidos urbanos em seu território. Para melhorar
esse desempenho do município na área de gerenciamento de resíduos sólidos
é importante o cumprimento dos programas, objetivos, metas e ações
propostas no presente plano. Sugere-se que o plano seja revisto de 04 (quatro)
em 04 (quatro) anos para atualizações dos dados e novas proposições de
acordo com as necessidades do município.

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15 ANEXOS

 Anexo 1 - Convênio de lixo eletrônico


 Anexo 2 - Programa de Educação Ambiental
 Anexo 3 - Convênio dos resíduos de saúde
 Anexo 4 - Licença de Operação do Aterro

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16 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

Ministério do Meio Ambiente ICLEI – Brasil - Planos de gestão de resíduos


sólidos: manual de orientação - Brasília, 2012.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Saneamento e Energia – Departamento
de Águas e Energia Elétrica; CEPAM. Plano Municipal de Saneamento passo a
passo, São Paulo, 2009.
LIXO MUNICIPAL: Manual de Gerenciamento Integrado, Coordenação Maria
Luiza Otero D´Almeida, André Vilhena – 2ª. Ed. São Paulo, IPT/CEMPRE.
BRASILIA-DF. IBAM, Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos
Sólidos, Coordenação Técnica Victor Zular Zveibvil, IBAM, 2001.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas segundo NBR – 10004, de
1987 – Resíduos Sólidos – Classificação.
http://www.resol.com.br, cartilhas disponíveis, acesso março/2013.
http://www.ibam.org.br, Mecanismo de Desenvolvimento Limpo Aplicado a
Resíduos Sólidos, módulo 01, acesso março/2013.
http://www.seade.gov.br/, indicadores, acesso março/2013.
http://www.ibge.gov.br, censo 2010, acesso março/2013.
http://www.cetesb.sp.gov.br, acesso março/2013.

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