PradLIXEIRA PORTO VELHO

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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA – PRAD

ÁREA DE DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E DE


SERVIÇO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO-RO

INDICE PAG
1. INFORMAÇOES GERAIS 4
2. JUSTIFICATIVA. 5
3. QUADRO LEGAL. 6
3.1. Legislação Pertinente. 6
3.1.1. Federal. 6
3.1.2. Estadual. 8
3.1.3. Municipal. 9
3.1.4. Resoluções, normas e instruções normativas de referência – 9
âmbito federal.
4. CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS. 14
4.1. Lixo e Resíduo Sólido. 14
4.2. Classificação dos Resíduos Sólidos Urbanos – RSU. 15
4.3. Classificação dos Resíduos de Serviços de Saúde – RSS 18
5. DISPOSIÇÃO DOS RSU E RSS NO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO 21
(DIAGNÓSTICO).
5.1. Resíduos Sólidos Urbanos - RSU. 21
5.2. Resíduos de Serviços de Saúde – RSS. 24
5.3. Infra Estrutura Operacional. 25
5.3.1. Equipamentos 25
6. IDENTIFICAÇÃO 25
6.1 Contratante. 26
6.2. Contratada. 26
6.2.1. Equipe Técnica. 26
6.3. Gestor do Plano – Responsável pela execução. 26
7. MATERIAIS E MÉTODOS. 27
8. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DA ÁREA 28
8.1. Localização do empreendimento 28
8.2. Mapa da Situação 29
8.3. Meio Físico. 30
8.3.1. Recursos hídricos 30
8.3.1.1. Hidrografia 30
8.3.1.2. Hidrogeologia 30
8.3.2. Geomorfologia e Geologia 30
8.3.3. Clima 31
8.3.4. Solo. 31
8.3.4.2. Coeficiente de Permeabilidade. 33
8.3.4.2.1. Resultados. 34
8.3.4.2.2. Conclusão. 34
8.4. Meio biótico 35
8.4.1. Vegetação 35
9. PROCEDIMENTOS PARA A RECUPERAÇÃO DA ÁREA DEGRADADA 37
COM O USO DE TÉCNICA SIMPLIFICADA.
9.1. Considerações Gerais 37
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9.2. Identificação da Área Impactada Pela Disposição dos Resíduos 38
9.3. Técnica Simplificada Para Reabilitação da Área 38
9.4.Remoção dos Resíduos Sólidos Urbanos Depositados à Céu Aberto. 42
9.5.Construção de Célula Para Recepção dos RSU. 42
9.6. Regularização Topográfica da Área e Contenção das Águas Pluviais 42
9.7.Isolamento da área. 43
9.8. Revegetação. 43
9.8.1.Descrição das Espécies Vegetais. 44
9.8.1.1. Área interna. 44
9.8.1.2.Perímetro 45
9.9.Implantação de Drenos Para Gases 46
9.10. Sinalização. 46
9.10.1. Perímetro 46
9.10.2. Área interna desativada 47
9.10.3. Igarapé e nascentes. 47
9.11.Educação Ambiental 47
10. USO FUTURO DA ÁREA 47
11. MONITORAMENTO AMBIENTAL. 49
11.1. Monitoramento das Águas Subterrâneas. 50
11.2. Monitoramento das Águas Superficiais. 51
11.3. Sistema de Drenagem na Área. 53
11.4. Drenagem e tratamento de percolados 53
12. SINTESE DAS MEDIDAS DE RECUPERAÇÃO PROPOSTAS. 55
13. CRONOGRAMA FISICO. 56
14. CRONOGRAMA FÍSICO/FINANCEIRO DO MONITORAMENTO POR 58
ANO.
15. CONSIDERAÇÕES FINAIS 61
16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 63
17. RELAÇÃO DE ANEXO 66
ANEXO. 1. CARTA IMAGEM; 67
ANEXO 2. ESTUDO HIDROGEOLÓGICO. 68
ANEXO 3. CROQUI DE UTILIZAÇÃO DA ÁREA 83
ANEXO 4. PROJETO DE CONSTRUÇÃO DOS POÇOS - PIEZOMETRO 84
ANEXO 4. RESULTADOS DAS ANÁLISES DE ÁGUA. 96
ANEXO 6. ART’s – EQUIPE TECNCIA 100

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INDICE DE QUADROS.
INDICE PAG
Quadro 1. TIPO DE RESÍDUOS 22
Quadro 2. Localização Geográfica 28
Quadro 3. Resultados da Sondagem 34
Quadro 4. Síntese das Medidas de Recuperação Propostas 55
Quadro 5. Cronograma Físico 56
Quadro 6. Cronograma Financeiro - Ano 2011 58
Quadro 7. Cronograma Financeiro - Ano 2012 60

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1. INFORMAÇOES GERAIS.
Nos últimos anos, os resíduos sólidos urbanos e de serviço de saúde
gerados na cidade de Porto Velho-RO são dispostos de forma inadequada em uma
área localizada na rodovia BR - 364, km 725, sentido Porto Velho/Rio Branco (AC),
a 12 km da zona urbana de Porto Velho.
Segundo informações obtidas de moradores do entorno e confirmada
pela Secretaria Municipal de Serviços Básicos - SEMUSB, desde o início da década
de 90, a Prefeitura de Porto Velho vem utilizando a referida área para disposição dos
Resíduos Sólidos Urbanos.
A metodologia de disposição utilizada neste período classifica-se como
lixão à céu aberto, culminando logicamente na formação de um passivo ambiental. A
atividade de coleta e transporte dos resíduos sólidos é realizada pela Construtora
Marquise desde 1992. Quanto ao gerenciamento operacional da lixeira, somente a
cerca de 08 meses que passou a ser operada pela referida empresa. A partir daí
vem sendo adotado um novo procedimento na disposição. O que era um local de
disposição a céu aberto sem nenhum controle técnico operacional, agora vem
recebendo ações de controle na disposição, somado a ações de recuperação das
áreas já impactadas.
O presente Plano apresenta a caracterização da área impactada, o
diagnóstico, metodologia e técnicas a serem empregadas na recuperação da área
degradada durante e após a desativação e encerramento. Algumas ações de
recuperação podem ser implementadas antes mesmo do seu encerramento.

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2. JUSTIFICATIVA.
O PRAD - Programa de Recuperação de Área Degradada é o instrumento
previsto na legislação ambiental para exigir do empreendedor a reparação,
remediação e minimização de danos advindos de atividades potencialmente
poluidoras, de intervenção antrópica em área de proteção e/ou passível de
recuperação.
Em atendimento a determinação judicial resultado da ação civil pública
conforme processo n° 0051814-07.1996, o presente Plano visa promover a
recuperação ambiental da área da atual lixeira do município de Porto Velho,
contemplando a contenção dos danos causados ao solo, vegetação, águas
subterrâneas e superficiais, bem como o monitoramento das ações de recuperação.

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3. QUADRO LEGAL.
Os instrumentos legais que normatiza o sistema de limpeza urbana
podem ser divididos em três vertentes: a primeira, de ordem política e econômica,
estabelece as formas legais de institucionalização dos gestores do sistema e as
formas de remuneração e cobrança dos serviços; a segunda, conformando um
código de posturas, orienta, regula, dispõe de procedimentos e comportamentos
corretos por parte dos contribuintes e dos agentes da limpeza urbana, definindo
ainda processos administrativos e penas de multa; a terceira vertente compõe o
aparato legal que regula os cuidados com o meio ambiente de modo geral no país
e, em especial, licenciamento para implantação de atividades que apresentem risco
para saúde pública e para o meio ambiente.
No Brasil Há um aparato de leis, decretos, resoluções e normas que
corroboram enorme preocupação com o meio ambiente e, concomitantemente na
questão dos resíduos sólidos urbanos, há ainda a legislação municipal presente nas
leis orgânicas, além de outras normas locais.
A Constituição Federal, nos artigos. 196, 225 e 23 incisos VI, IX e X,
dispõe: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantida mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco da doença e de outros agravos e
ao acesso universal e igualitário a ações e serviços para sua promoção e
recuperação”. Diz ainda: “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
para as presentes e as futuras gerações”. E complementa: “É competência comum
da União, dos Estados, do distrito Federal e dos Municípios: proteger o meio
ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; promover programas
de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de
saneamento básico”.

3.1. Legislação Pertinente.


3.1.1. Federal.
- Lei nº 6. 938, de 31 de agosto de 1981 - Esta Lei, com fundamento nos
incisos VI e VII do art. 23 e no art. 225 da Constituição Federal, estabelece a Política
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Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação,
constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, cria o Conselho
Superior do Meio Ambiente – CSMA, e institui o Cadastro de Defesa Ambiental.
- Lei nº 7. 802, de 11 de julho de - 1989 - Dispõe sobre a pesquisa, a
experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o
armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a
importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a
classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus
componentes e afins, e dá outras providências.
- Lei nº 9605, de 12 de fevereiro de 1998 - Dispõe sobre as sanções
penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente.
- Lei nº º5. 764, de 16 de dezembro de 1971 - Define a Política Nacional
de Cooperativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas.
- Lei nº 8. 666/93, de 21 de junho de 1993 - Regulamenta o art. 37, inciso
XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da
Administração Pública. Alterada pela Lei 8.883, de 08 de junho de 1993 e pela lei
8.987, de 12 de fevereiro de 1995, esta ultima dispondo sobre o regime de
concessão e permissão da prestação de serviços públicos previstos no art.l 175 da
Constituição Federal. Última alteração e atualização foram efetuadas pela lei 9.854,
de 27 de outubro de 1999.
- Lei nº 11. 107/2005 – de 06 de abril de 2005 - Dispõe sobre normas
gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem
consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras
providências.
- Lei nº 11. 445/2007 – de 05 de janeiro de 2007 - Estabelece diretrizes
nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro
de 1979; 8.036, de 11 de maio de 1990; 8.666, de 21 de junho de 1993; 8.987, de 13
de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras
providências.
- Decreto nº 4.074, de 04 de janeiro de 2002 - Regulamenta a Lei nº.
7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a
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produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a
comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o
destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a
inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras
providências.
- Decreto nº 875, de 19 de julho de 1993 - Promulga o texto da
Convenção sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos
Perigosos e seu Depósito.
- Decreto nº6. 017/2007 – de 17 de janeiro de 2007 - Regulamenta a Lei
no 11.107, de 06 de abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação
de consórcios públicos.

3.1.2. Estadual.
- Constituição Estadual e emendas;
- Lei estadual nº 560 de 08 de abril de 1994 - Estabelece a inclusão nos
currículos escolares dos cursos de 1º e 2º graus das redes públicas e particular a
disciplina de meio ambiente;
- Lei estadual nº 547 de 30 de dezembro de 1993 – Dispõe sobre a
criação do sistema estadual de desenvolvimento ambiental de Rondônia – SEDAR e
seus instrumentos estabelecem medidas de proteção e melhoria de qualidade de
meio ambiente, define a política estadual de desenvolvimento ambiental – FEDERO
e fundo especial de reposição florestal – FEREF.
- Lei estadual nº 1145 de 12 de dezembro de 2002 – Institui a política, cria
o sistema de gerenciamento de resíduos sólidos do estado de Rondônia, e dá outras
providências.
- Lei estadual nº 1101 de 06 de agosto de 2002 – Dispõe sobre a coleta, o
recolhimento e o destino final dos resíduos sólidos potencialmente perigosos que
menciona e da outras providências.
- Lei estadual nº 592 de 05 de outubro de 1994 – Dispõe resíduos sólidos
provenientes de serviços de saúde, e dá outras providências.
- Lei estadual nº 506 de 03 de agosto de 1993 – Dispõe sobre coleta
seletiva de lixo, e da outras providências.
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3.1.3. Municipal.
- Lei Orgânica Municipal,
- Lei Complementar nº 138/01 criou o Código Municipal de Meio Ambiente
do município de Porto Velho.

3.1.4. Resoluções, normas e instruções normativas de referência – âmbito


federal.
- MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO -
Instrução Normativa nº. 23, de 31 de agosto de 2005 - Aprova as Definições e
Normas Sobre as Especificações e as Garantias, as Tolerâncias, o Registro, a
Embalagem e a Rotulagem dos Fertilizantes Orgânicos Simples, Mistos, Compostos,
Organominerais e Biofertilizantes destinados à agricultura.
-CONAMA - Resolução nº. 001/86, de 23 de janeiro de 1.986 –
Estabelece critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da
Avaliação de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional do
Meio Ambiente.
- CONAMA - Resolução nº. 05/93, de 05 de agosto de 1.993 - Dispõe
sobre os resíduos sólidos gerados em Portos, aeroportos, Terminais Ferroviários e
Rodoviários e estabelecimentos prestadores de Serviços de Saúde.
- CONAMA - Resolução nº. 09/93, de 31 de agosto de 1.993 – Dispõe
sobre o recolhimento e destinação adequada de óleos lubrificantes.
- CONAMA - Resolução nº. 237/97, de 19 de dezembro de 1.997 - Define
procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental, de forma a efetivar a
utilização do sistema de licenciamento como instrumento de gestão ambiental,
instituído pela Política Nacional do Meio Ambiente.
-CONAMA - Resolução nº. 257/99, de 30 de junho de 1.999 - Dispõe
sobre procedimentos especiais ou diferenciados para destinação adequada quando
do descarte de pilhas e baterias usadas, para evitar impactos negativos ao meio
ambiente.
- CONAMA - Resolução nº. 258/99, de 26 de agosto de 1.999 - (alterada
pela Resolução 301/02) - Dispõe da coleta e destinação final adequada aos pneus
inservíveis;
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- CONAMA - Resolução nº. 263/99, de 12 de novembro de 1.999 - Inclui o
inciso IV no Artigo 6º da Resolução CONAMA 257 de 30 de junho de 1999;
- CONAMA - Resolução nº. 264/99, de 26 de agosto de 1.999 - Define
procedimentos, critérios e aspectos técnicos específicos de licenciamento ambiental
para o co-processamento de resíduos em fornos rotativos de clínquer, para a
fabricação de cimento.
-CONAMA - Resolução nº. 275/01, de 25 de abril de 2.001 - Estabelece o
código de cores para diferentes tipos de resíduos.
- CONAMA - Resolução 283/01, de 12 de julho de 2.001 - Complementa
os procedimentos do gerenciamento, estabelecendo as diretrizes para o tratamento
e disposição dos resíduos de serviços de saúde.
- CONAMA - Resolução nº. 301/02, de 21 de março de 2002 - Altera
dispositivos da Resolução n. 258, de 26 de agosto de 1999, sobre pneumáticos.
-CONAMA - Resolução nº. 307/02, de 05 de julho de 2.002 - Estabelece
diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.
- CONAMA Resolução nº. 308/02, de 21 de março de 2.002 -
Licenciamento Ambiental de sistemas de disposição final dos resíduos sólidos
urbanos gerados em municípios de pequeno porte.
- CONAMA - Resolução nº. 313/02, de 29 de outubro de 2.002 - Dispõe
sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.
- CONAMA - Resolução nº. 314/02, de 29 de outubro de 2.002 - Dispõe
sobre o registro de produtos destinados à remediação.
- CONAMA - Resolução nº. 316/02, de 29 de outubro de 2.002 - Dispõe
sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento
térmico de resíduos.
- CONAMA Resolução nº. 330/03, de 25 de Abril de 2003 - Institui a
Câmara Técnica de Saúde, Saneamento, Ambiental e Gestão de Resíduos.
- CONAMA Resolução nº. 334/03, de 3 de abril de 2003 - Dispõe sobre os
procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao
recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos.
- CONAMA - Resolução nº. 358/05 – de 29 de Abril de 2005 - Dispõe
sobre o tratamento e a destinação final dos resíduos dos serviços de saúde.
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- ANVISA - Resolução ANVISA RDC nº. 306 DE 07 de dezembro de 2004
- Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de
serviços de saúde.
- ANVISA - Resolução ANVISA RDC - nº. 33, de 25 de fevereiro de 2003 -
Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços
de saúde.
- ANVISA - Portaria nº. 802 de 08 de outubro de 1998 - Institui o Sistema
de Controle e Fiscalização em toda a cadeia dos produtos farmacêuticos.
- ANVISA - Resolução - RDC nº. 342, de 13 de dezembro de 2002 -
Institui e aprova o Termo de Referência para a elaboração dos Planos de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos a serem apresentados a ANVISA para análise
e aprovação relativos à Gestão de resíduos sólidos em Portos, Aeroportos e
Fronteiras.
- Tratados Internacionais - Protocolo de Kyoto, 10 de dezembro de 1997.
- Tratados Internacionais - Agenda 21 Brasileira Tem por objetivo definir
uma estratégia de desenvolvimento sustentável para o País a partir de um processo
de articulação e parceria entre o governo e a sociedade.
- Tratados Internacionais - Carta da Terra.
- Tratados Internacionais - Agenda 21 Global - Estabelece diretrizes para
a obtenção do desenvolvimento sustentável e para a proteção do meio ambiente. Os
capítulos 19, 20, 21 e 22 tratam especificamente de resíduos sólidos.
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS - NBR 10.004 –
Resíduos Sólidos Classificação
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
10.005 – Lixiviação de Resíduos - Procedimento.
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
10.006 – Solubilização de Resíduos - Procedimento.
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
10.007 – Amostragem de Resíduos - Procedimento.
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
10.703 – Degradação do Solo Terminologia.

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- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
11.174/NB 1.264 - Armazenamento de resíduo classe II – não inertes e III inertes.
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
13.894 - Tratamento no solo (landfarming) – Procedimento.
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
11.175/NB 1.265 - Incineração de resíduos sólidos perigosos. Padrões de
desempenho – Procedimento.
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
12.235 - Procedimentos o armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos;
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
13.221 - Transporte de resíduos.
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
13.968 - Embalagem rígida vazia de agrotóxico Procedimento de lavagem
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
14.719 - Embalagem rígida vazia de agrotóxico – Destinação Final da Embalagem
lavada – Procedimento.
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NB
1.183 - Armazenamento de resíduos sólidos perigosos.
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
14.283 - Resíduos em solos - Determinação da biodegradação pelo método
respirométrico – Procedimento;
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
8.843 Tratamento do resíduo em aeroportos – Procedimento;
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
8.418/NB 842 - Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais
perigosos – Procedimento;
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
8.419/NB 843 - Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos
urbanos – Procedimento;
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
8.849 - Apresentação de projetos de aterros controlados de resíduos sólidos
urbanos – Procedimento;
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ÁREA DE DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E DE
SERVIÇO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO-RO
- ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
10.157 - Aterros de resíduos perigosos; Critérios para projeto, construção e
operação – Procedimento;
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
13.896 - Aterros de resíduos não perigosos – Critérios para projeto, implantação e
operação – Procedimento;
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
13.895 - Construção de poços de monitoramento e amostragem – Procedimento;
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
12.807 - Resíduos de serviços de saúde – Terminologia;
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
12.808 - Resíduos de serviços de saúde – Classificação
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
12.809 - Manuseio de resíduos de serviços de saúde – Procedimento
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
12.810 - Coleta de resíduos de serviços de saúde – Procedimento
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
9.190 - Classificação de sacos plásticos para acondicionamento do lixo
- ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR
9.191 - Especificação de sacos plásticos para acondicionamento de lixo.

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4. CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS.
É crescente a preocupação com a proteção e conservação do meio
ambiente no panorama mundial, considerado como aspecto essencial e
condicionante na sociedade moderna. A degradação ambiental traz prejuízos, na
grande maioria das vezes irreparáveis ao ecossistema e conseqüentemente a toda a
sociedade e, atualmente, todos os focos estão voltados aos resíduos sólidos
urbanos. No cenário rondoniense nenhum município possui Aterro Sanitário em
funcionamento, apenas os municípios de Ariquemes e Cacoal apresentam Aterro
Sanitário em fase de construção, todos dispõem de forma inadequada, ou seja, em
lixões.
É sabido que a partir da composição dos resíduos sólidos domiciliares
gerados em uma cidade, mais de 50% destes não precisariam ser destinados a
aterros sanitários e sim reciclados ou reutilizados. Há diversas técnicas e
alternativas ambientalmente corretas e sustentáveis para os diferentes tipos de
resíduos e materiais que podem ser reutilizados e/ou reciclados minimizando
significativamente o volume a ser destinado ao aterro sanitário.

4.1. Lixo e Resíduo Sólido.


De acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa Aurélio, “lixo é tudo
aquilo que não se quer mais e se joga fora; coisas inúteis, coisas imprestáveis,
velhas e sem valor”. Contudo deve-se ressaltar que nos processos naturais não há
lixo, apenas produtos inertes. Além disso, aquilo que não apresenta mais valor para
aquele que descarta, para outro pode se transformar em insumo para um novo
produto ou processo. A NBR 10.004/04 define resíduos sólidos como: “Resíduos nos
estados sólidos e semi-sólidos, resultantes de atividades de origem industrial,
doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviço e de varrição. Ficam incluídos
nesta definição os lodos provenientes do sistema de tratamento de água, aqueles
gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como
determinados líquidos, cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na
rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e
economicamente inviável em face à melhor tecnologia disponível”. Para este

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documento, ainda que os termos lixo e resíduos sólidos tenham significado
equivalente está se utilizando o termo Resíduo Sólido.

4.2. Classificação dos Resíduos Sólidos Urbanos – RSU.


Os resíduos sólidos são classificados de diversas formas, as quais se
baseiam em determinadas características ou propriedades. A classificação é
relevante para a escolha da estratégia de gerenciamento mais viável. Os resíduos
podem ser classificados quanto: à natureza física, a composição química, aos riscos
potenciais ao meio ambiente e ainda quanto à origem, conforme explicitado abaixo
especificado.
1. Quanto a natureza física: Secos e Molhados;
2. Quanto a composição química: Matéria Orgânica e Matéria Inorgânica;
3. Quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente:
a. Resíduos Classe I – Perigosos;
b. Resíduos Classe II – Não perigosos;
c. Resíduos classe II A – Não Inertes;
d. Resíduos classe II B – Inertes.
4. Quanto a origem:
a. Doméstico;
b. Comercial;
c. Público;
d. Serviços de Saúde;
e. Resíduos Especiais: Pilhas e Baterias, Lâmpadas Fluorescentes, Óleos
Lubrificantes, Pneus, Embalagens de Agrotóxicos, Radioativos, Construção Civil /
Entulho, Industrial, Portos, Aeroportos e Terminais Rodoviários e Ferroviários
Agrícola. Fonte: IPT/CEMPRE, 2000.
5. Quanto à Natureza Física:
a. resíduos secos: são os materiais recicláveis como, por exemplo:
metais, papéis, plásticos, vidros, etc.
b. Resíduos úmidos: são os resíduos orgânicos e rejeitos, onde pode ser
citado como exemplo: resto de comida, cascas de alimentos, resíduos de banheiro,
etc.
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5. Quanto à Composição Química:
a. Resíduo Orgânico: São os resíduos que possuem origem animal ou
vegetal, neles podem-se incluir restos de alimentos, frutas, verduras, legumes,
flores, plantas, folhas, sementes, restos de carnes e ossos, papéis, madeiras, etc.. A
maioria dos resíduos orgânicos pode ser utilizada na compostagem sendo
transformados em fertilizantes e corretivos do solo, contribuindo para o aumento da
taxa de nutrientes e melhorando a qualidade da produção agrícola.
b. Resíduo Inorgânico: Inclui nessa classificação todo material que não
possui origem biológica, ou que foi produzida por meios humanos como, por
exemplo: plásticos, metais, vidros, etc. Geralmente estes resíduos quando lançados
diretamente ao meio ambiente, sem tratamento prévio, apresentam maior tempo de
degradação.
6. Quanto aos Riscos Potenciais ao Meio Ambiente: A NBR 10.004 - Resíduos
Sólidos de 2004 a ABNT classifica os resíduos sólidos baseando-se no conceito de
classes em:
a. Resíduos Classe I – Perigosos: São aqueles que apresentam risco à
saúde pública e ao meio ambiente apresentando uma ou mais das seguintes
características: periculosidade, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade
e patogenicidade. (ex.: baterias, pilhas, óleo usado, resíduo de tintas e pigmentos,
resíduo de serviços de saúde, resíduo inflamável, etc.)
b. Resíduos Classe II – Não perigosos
c. Resíduos classe II A – Não Inertes: Aqueles que não se enquadram
nas classificações de resíduos classe I – perigosos ou de resíduos classe II B –
inertes, nos termos da NBR 10. 004. Os resíduos, classe II A – Não inertes podem
ter propriedades tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em
água. (ex.: restos de alimentos, resíduo de varrição não perigoso, sucata de metais
ferrosos, borrachas, espumas, materiais cerâmicos, etc.)
d. Resíduos classe II B – Inertes: Quaisquer resíduos que, quando
amostrados de uma forma representativa, segundo ABNT NBR 10007, e submetidos
a um contato dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura
ambiente, conforme ABNT NBR 10006, não tiverem nenhum de seus constituintes
solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água,
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excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor. (ex.: rochas, tijolos, vidros,
entulho/construção civil, luvas de borracha, isopor, etc.).
7. Quanto à Origem:
a. Doméstico: São os resíduos gerados das atividades diária nas
residências, também são conhecidos como resíduos domiciliares. Apresentam em
torno de 50% a 60% de composição orgânica, constituído por restos de alimentos
(cascas de frutas, verduras e sobras, etc.), e o restante é formado por embalagens
em geral, jornais e revistas, garrafas, latas, vidros, papel higiênico, fraldas
descartáveis e uma grande variedade de outros itens. A taxa média diária de
geração de resíduos domésticos por habitante em áreas urbanas é de 0,5 a 1
Kg/hab/dia para cada cidadão, dependendo do poder aquisitivo da população, nível
educacional, hábitos e costumes.
b. Comercial: Os resíduos variam de acordo com a atividade dos
estabelecimentos comerciais e de serviço. No caso de restaurantes, bares e hotéis
predominam os resíduos orgânicos, já os escritórios, bancos e lojas os resíduos
predominantes são o papel, plástico, vidro entre outros. Os resíduos comerciais
podem ser divididos em dois grupos dependendo da sua quantidade gerada por dia.
O pequeno gerador de resíduos pode ser considerado como o estabelecimento que
gera até 120 litros por dia, o grande gerador é o estabelecimento que gera um
volume superior a esse limite.
c. Público: São os resíduos provenientes dos serviços de limpeza urbana
(varrição de vias públicas, limpeza de praias, galerias, córregos e terrenos, restos de
podas de árvores, corpos de animais, etc.), limpeza de feiras livres (restos vegetais
diversos, embalagens em geral, etc.). Também podem ser considerados os resíduos
descartados irregularmente pela própria população, como entulhos, papéis, restos
de embalagens e alimentos.
d. Serviços de Saúde: Segundo a Resolução RDC nº 306/04 da ANVISA
e a Resolução RDC nº. 358/05 do CONAMA, os resíduos de serviços de “saúde são
todos aqueles provenientes de atividades relacionados com o atendimento à saúde
humana ou animal, inclusive de assistência domiciliar e de trabalhos de campo;
laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios; funerárias e serviços
onde se realizem atividades de embalsamamento; serviços de medicina legal;
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drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimento de ensino e
pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de
produtos farmacêuticos; importadores, distribuidores e produtores de materiais e
controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde;
serviços de acupuntura; serviços de tatuagem, entre outros similares”.

4.3. Classificação dos Resíduos de Serviços de Saúde – RSS.


- Grupo A (Potencialmente Infectante)
- A1: Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de
produtos biológicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de
microrganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para
transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de
manipulação genética; Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou
animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes classe de
risco quatro, microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação
ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou
cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido;Bolsas transfusionais contendo
sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má conservação,
ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta; Sobras
de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e
materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou
líquidos corpóreos na forma livre.
- A2: Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos
provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com
inoculação de microorganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de
animais suspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância
epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo
anatomopatológico ou confirmação diagnóstica.
- A3: Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de
fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor
que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham
valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou familiar.
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- A4: Kits de linhas arteriais, endovenosas e deslizadores, quando
descartados; Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana
filtrante de equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares;
Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e
secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos
de conter agente Classe de Risco quatro, e nem apresentem relevância
epidemiológica e risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença
emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de
transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons;
Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro
procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo; Recipientes e
materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha sangue
ou líquidos corpóreos na forma livre; Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros
resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos
anatomopatológicos ou de confirmação diagnóstica; Carcaças, peças anatômicas,
vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de
experimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações.
Bolsas transfusionais vazia ou com volume residual pós-transfusão.
- A5: Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfuro cortantes ou
escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou
animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons.
- Grupo B (químicos): Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos;
antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais,
quando descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de
medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos
Medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações. Resíduos
de saneantes, desinfetantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para
laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes. Efluentes de
processadores de imagem (reveladores e fixadores); Efluentes dos equipamentos
automatizados utilizados em análises clínicas;Demais produtos considerados
perigosos, conforme classificação da NBR 10.004 da ABNT (tóxicos, corrosivos,
inflamáveis e reativos).
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- Grupo C (Rejeitos Radioativos): Quaisquer materiais resultantes de atividades
humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de
isenção especificados nas normas do CNEN e para os quais a reutilização é
imprópria ou não prevista. Enquadram-se neste grupo os rejeitos radioativos ou
contaminados com radionuclídeos, proveniente de laboratórios de análises clinica,
serviços de medicina nuclear e radioterapia, segundo a resolução CNEN-6.05.
- Grupo D (Resíduos Comuns): Papel de uso sanitário e fralda, absorventes
higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto alimentar de paciente, material
utilizado em anti-sepsia e hemostasia de venóclises, equipo de soro e outros
similares não classificados como A1; Sobras de alimentos e do preparo de
alimentos; Resto alimentar de refeitório; Resíduos provenientes das áreas
administrativas; Resíduos de varrição, flores, podas e jardins; Resíduos de gesso
provenientes de assistência à saúde
- Grupo E (Perfurocortantes): Materiais perfuro cortantes ou escarificantes, tais
como: Lâminas de barbear, agulhas, escalpes ampolas de vidro, brocas, limas
endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares;
micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro
quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e
outros similares. Fonte: ANVISA/CONAMA, 2006.

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5. DISPOSIÇÃO DOS RSU E RSS NO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO
(DIAGNÓSTICO).
5.1. Resíduos Sólidos Urbanos - RSU.
Ao longo dos quase 20 anos de disposição de RSU na referida área,
foram realizados na forma mais tradicional possível, ou seja, á céu aberto, sem
nenhuma organização operacional. Atividade esta, sob responsabilidade direta da
Prefeitura Municipal de Porto Velho. Este procedimento inadequado de disposição
que ocorreu durante todo este tempo, resultou em um passivo ambiental
considerável. São exatamente 19,70ha de área impactada de forma direta pela a
disposição de resíduos urbanos.

Foto 01. Vista parcial da lixeira de Porto Velho. RSU, em fase de decomposição
utilizados no nivelamento topográfico

Inicialmente os resíduos eram dispostos em valas de aproximadamente


2,0 a 2,5m de profundidade por 14 a 15m de largura e em torno de 50 a 60m de
comprimento. Estas valas eram construídas com auxilio de um trator esteira,
inadequado para esta atividade, uma vez que não possibilitava o aprofundamento
das valas, no sentido de otimizar o espaço disponível, além da não compactação
dos resíduos. Este processo acelerou a ocupação de praticamente toda a área em
um período de menos de quatro anos, resultando na disposição dos resíduos à céu
aberto por sobre as valas e áreas adjacentes.

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Foram identificadas aproximadamente 20 valas abertas na área em
questão, levando em consideração as informações prestadas por um dos
funcionários mais antigos da Prefeitura que trabalha atualmente na função como
Diretor de Divisão da Secretária Serviços Públicos, um dos responsáveis pelo
gerenciamento da lixeira.

Foto 02. Antiga vala utilizada para deposição de lixo.

Além destas valas foi identificada uma área de 50 x 100m utilizada para a
disposição de resíduos de serviços de saúde – RSS, apenas parte dela (área de
15x75 m), encontra-se isolada.
A partir de março deste ano a atividade de gerenciamento e a
operacionalização da lixeira passou a ser realizada pela empresa Marquise que até
então era responsável somente pela coleta e transporte dos RSU e parte dos RSS.
Atualmente a lixeira recebe diariamente cerca de 420 toneladas de
resíduos das diversas categorias, conforme demonstrado no quadro 1 as médias
mensais referentes ao período de abril a outubro de 2010.
Quadro 1.
TIPO DE RESÍDUOS QUANTIDADE/TONELADA/MÊS
Resíduos sólidos domiciliares 8.256,.000
Resíduos de Serviço de Saúde 17,000
Poda 139,000
Inerte (construção civil) 2.944,000
Remoção (limpeza de meio fio e sarjeta) 389,000
Diversos (materiais de limpeza de quintal e móveis velhos, 774,000
levados por pessoas em carrocinhas e camionetas).
O total geral (média) dos resíduos disposto na área é 12.519 toneladas
mês (fonte: Marquise). Estes resíduos são descarregados em área aberta (exceto os
RSS), em seguida são revirados por catadores que retiram os resíduos com
aproveitamento comercial. Os Resíduos de Construção Civil RCC e podas são

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depositados separadamente. Os RCC são utilizados no nivelamento topográfico da
área.

Foto 03. Catadores selecionando material para reciclagem em meio a urubus e trator
de esteira espalhando e compactando os resíduos.

Desde março de 2010 com a administração da Construtora Marquise,


diariamente os resíduos domiciliares e comerciais são espalhados e compactados
por um trator de esteiras e em seguida são cobertos com uma camada de material
inerte (cascalho).

Foto 04. Áreas com lixo coberto.

O material para cobertura dos resíduos foi obtido com a escavação de


duas valas 70x180m e 13 de profundidade cada uma. Essas valas serão utilizadas
para disposição dos RSU.
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Foto 05. Vista frontal e lateral da vala – Material retirado foi utilizado na
cobertura dos resíduos que estavam a céu aberto.

5.2. Resíduos de Serviços de Saúde – RSS.


Os RSS são depositados em valas sépticas com dimensões: 16m x 06m
x 3m. As paredes das valas são revestidas de tijolos. Recebem diariamente em torno
de 600,000kg de resíduos procedentes das policlínicas, postos de saúde municipais.
Os resíduos dos demais estabelecimentos (hospitais da rede estadual, privados e
farmácias) de serviços de saúde de Porto Velho são coletados e destinados por
empresa por eles contratados.

Foto 06. Vala em construção. Revestimento com tijolo cerâmico.

Os resíduos de serviços de saúde são cobertos periodicamente por uma


camada de material inerte (cascalho e areia argilosa), antes, recebe um tratamento
básico à base de cal virgem.

Foto 07. Placa de sinalização Foto 08. Vala de disposição de RSS

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Foto 09. Vista da área e da vala de disposição de RSS

5.3. Infra Estrutura Operacional.


A lixeira dispõe de guarita de controle com funcionamento 24 horas, uma
balança tipo rodoviária com capacidade para 30 toneladas, uma unidade central
composta com duas prensa para recepção dos resíduos selecionados pelos
catadores pertencentes à Associação local, com cerca de 80 catadores.

Foto 10. Central de reciclagem da Cooperativa de catadores

5.3.1. Equipamentos: utilizados no processo de operação da lixeira.


- 02 Tratores de esteiras,
- 01 retroescavadeira,
- 05 caminhões tipo caçamba.

Foto 11. Tratores utilizados na abertura de valas e cobertura de resíduos

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6. IDENTIFICAÇÃO
6.1 Contratante.
- Nome: Construtora Marquise S.A.
- Endereço: Rua Santa Bárbara 4800 Bairro Industrial – Porto Velho/RO
- CNPJ: 07.950.702/0010-76

6.2. Contratada.
- Nome: Ambiental Service
- Endereço: Avenida Calama 2059- Sala B Bairro São João Bosco – Porto Velho/RO
- CNPJ: 05.911992/0001-22

6.2.1. Equipe Técnica.


- Alberto Figueiredo da Silva – Geógrafo, especialista em gestão ambiental,
educação ambiental e engenharia sanitária e ambiental. – CREA/RO nº 1882/D;
- Dario Medeiros Bezerra – Eng. Agrônomo, mestre em zootecnia CREA/PB
n°4101/D;
- Marcelo Vilela Makhoul - Geólogo, mestre em geociências. - CREA/RO n 3090/D

6.3. Gestor do Plano – Responsável pela execução.


- Responsável: Prefeitura Municipal de Porto Velho
- Representante legal:
- Nome:.
- CPF:
- Endereço:

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7. MATERIAIS E MÉTODOS.
A coleta de dados secundários, sobretudo, referente às informações
históricas, foi coletada através do levantamento bibliográfico e entrevistas com
funcionários que trabalham no local e moradores da Vila Princesa.
Os resultados referentes a hidrogeologia foram obtidos por meio de
estudos realizados no local por meio de levantamento de campo. Foi elaborado
mapa topográfico e piezométrico da área de estudo e entorno para definição dos
fluxos do escorrimento superficial e das águas subterrâneas.(ver anexo 2).
Utilizou-se o Termo de Referência disponibilizado pela Secretária de
Estado do Desenvolvimento Ambiental – SEDAM. Houve adaptação do Termo de
Referência para atender as peculiaridades do estudo, tendo em vista não haver no
referido órgão ambiental termo especifico para recuperação de área de lixeira.

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8. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DA ÁREA.
8.1. Localização do empreendimento.
Rodovia BR - 364, km 725, sentido Porto Velho/Rio Branco (AC), a 12
km da zona urbana de Porto Velho.
A área total da Lixeira é de 52,10ha, sendo que 20,70ha foram
efetivamente utilizada no processo de disposição de Resíduos Sólidos Urbanos –
RSU e Resíduos de Serviço de Saúde - RSS .
Apresenta ainda, 20 ha de floresta nativa antropizada e 11,4 ha ocupada
pela Comunidade denominada Vila Princesa, com aproximadamente 200 famílias.
Em anexo consta a carta imagem da área (anexo 1) com detalhes de vegetação,
drenagem e uso do solo.

Quadro 2. Localização Geográfica.


Coordenadas geográficas * (Lat/Long) no Sistema Geodésico, SAD-69
Lat. ( ) 08º 46’ 53.2” S Long ( ) 63º 54’ 36.8” W
Responsável pela leitura
Alberto Figueiredo da Silva Reg. CREA - RO: 1882 D

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8.2. Mapa da Situação.

RIO MADEIRA

BR 364
UNIR
ÁREA DA LIXEIRA

BR 364

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8.3. Meio Físico.
8.3.1. Recursos hídricos.
8.3.1.1. Hidrografia.
A área da lixeira apresenta duas nascentes que drenam para um igarapé
localizado no seu interior na porção leste (a 550 metros da área ocupada com lixo),
correndo no sentido norte, desaguando no Rio Madeira (dista 3.150 metros da
lixeira). Uma das nascentes encontra-se próxima ao local de disposição re resíduos
sólidos, onde sofreu influência direta de aterramento com carreamento de solo e
material orgânico. A outra nascente dista cerca de 150 metros do local de disposição
de resíduos. Quanto ao igarapé, observa-se que apesar do uso pelos moradores da
Vila Princesa, encontra-se com suas margens com proteção florestal considerável,
embora receba águas pluviais oriundas da área de disposição de lixo.
Realizou-se analises das águas (para uso classe II) das 02 duas
nascentes, do igarapé e dos 03 piezômetros. Esses pontos foram estabelecidos para
monitoramento das águas superficiais e subterrânea.
As analises das águas superficiais classificaram como impróprias para o
uso – classe II (ver anexo 5).
Quanto as analises da água subterrânea os resultados indicam que as
condições microbiológicas excedem os padrões para consumo humano conforme
determinado na Resolução CONAMA nº 396/2008. Referente aos aspectos físicos
químicos os parâmetros analisados estão dentro do limite permitido, segundo a
norma acima citada.

8.3.1.2. Hidrogeologia.
Trabalho realizado in loco incluindo águas subterrâneas e superficiais
encontra-se em anexo.

8.3.2. Geomorfologia e Geologia.


Relevo de topo aplainado, contendo interflúvios tabulares separados, por
vales de fundo plano e eventualmente por vales em ”V” com diferentes níveis de
dissecação. São superfícies elaboradas por processos de pediplanação, cortando
litologias diversas. As superfícies tabulares são geralmente limitadas por rebordos
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erosivos. As amplitudes topográficas não ultrapassam 15 metros. Na área ocorrem
latossolos espessos com horizonte concrecionário colunar, desenvolvidos sobre
sedimentos argilo-arenosos da Formação Jaci-Paraná (Pleistoceno) consolidados e
lateritos imaturos (Pleistoceno).

8.3.3. Clima.
O clima da região, segundo a classificação de Köppen, é do tipo Awi, ou
Tropical Chuvoso, com uma estação relativamente seca durante o ano, temperatura
média de 26ºC, com média máxima de 32ºC e média mínima de 21ºC, ocorrendo
2.000 horas/ano de insolação.
Anualmente, a umidade relativa do ar fica em torno de 85%, com
precipitação média anual na área do empreendimento da ordem de 2.265 mm,
distribuídas em dois períodos distintos: (a) período chuvoso - entre os meses de
outubro e abril, apresentando índices pluviométricos acima de 300 mm mensais; e
(b) período de estiagem - entre maio e setembro, com índices pluviométricos
mínimos em tomo de 36 mm mensais, entre os meses de junho e agosto.
Dados do Boletim Climatológico de Rondônia, ano base 2008, publicado
em 2010 pelo Núcleo de Sensoriamento Remoto e Climatologia da SEDAM -
NUSERC indicaram no município de Porto Velho as seguintes condições: índice de
precipitação pluviométrica total de 2.410,8mm; a umidade relativa do ar apresenta a
** **
média de (falha na estação) a menor umidade relativa foi (falha na estação) e a
**
maior foi (falha na estação) a velocidade média anual do vento foi 1,4 m/s; a
temperatura média anual foi 25,8º com máxima de 36,2º e mínima de 18,3º. A
deficiência hídrica foi de 288,5 mm no mês de setembro e excedente hídrico de
1081,1 mm com período mais chuvoso no mês de janeiro.

8.3.4. Solo.
De acordo com o Mapa de Levantamento de Reconhecimento de Média
Intensidade dos Solos do Estado de Rondônia (EMBRAPA) os solos do Município
de Porto Velho estão classificados no grupos de Latossolo Vermelho - Amarelo
álico A moderado textura argilosa fase Floresta Equatorial, com relevo plano suave
ondulado; Associação de Latossolo Vermelho – Amarelo distrófico A moderado,
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textura argilosa com cascalho, com floresta equatorial subperenifólia, relevo suave
ondulado; Podzólico Vermelho Amarelo Álico Latossolico A moderado, textura média
argilosa com floresta equatorial; Podzólico Vermelho- Amarelo Distrófico Latossolico
A moderado textura argilosa com cascalho/ muito argiloso; Cambissolo Álico tb
moderado textura média fase floresta equatorial, relevo suave ondulado e suave;
Associação de Cambissolo Álico tb plíntico A moderado textura argilosa com
cascalho floresta equatorial relevo ondulado.
Estudos recentes de mapeamento de solos da Segunda Aproximação do
Zoneamento socioeconômico-Ecológico do Estado de Rondônia identificaram que no
Município de Porto Velho e áreas adjacentes, a presença de solos da classe dos
latossolos, cambissolos e solos glei.
Na área do estudo e no entorno, o levantamento de campo indicou a
classe de latossolo amarelo com afloramento lateritico. Em geral os solos
latossólicos, possuem um horizonte A e B subjacente, escurecido pela matéria
orgânica, é normalmente claro gradual. Seu horizonte C também é subjacente,
normalmente difuso, exceto os latossólicos roxos que praticamente não apresentam
horizonte C (EMBRAPA., 1983).
Os solos do horizonte B latossólicos, só apresentam argila de atividade
baixa (Tb). Estas características indicam que os solos são muito profundos, sem
problemas de drenagem e nem aeração, ou seja, possui excelentes condições
físicas, o que lhe confere em condições naturais resistência à erosão. São solos:
muito profundo, permeável, de excelente qualidade física, e de notável resistência a
erosão, principalmente em relação a outras classes de solos.
Os latossolos, largamente dominantes na área abrangida, são comumente
bastante intemperizados, constituídos por minerais derivados da argila, caolinita,
gipsita, minerais amorfos e sesquióxidos de ferro e alumínio. Possuem uma boa
drenagem, favorecendo o desenvolvimento dos sistemas radiculares. Porém, são ao
mesmo tempo, resistentes as erosões.
Os solos lateriticos encontram-se nos climas tropicais quentes e úmidos,
com chuvas abundantes, onde a meteorização é intensa. Os solos lateriticos são
freqüentemente vermelhos e são compostos por óxidos de ferro e de alumínio no
seu interior. Quando o solo é rico em hematita, pode ser utilizado como minério de
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ferro. Mas o clima tropical geralmente permite a hidratação da hematita em limonite
o que pode tirar valor econômico ao depósito. Nestes solos encontram-se camadas
de vauxite, o principal minério do alumínio. Estes solos são muito pobres, pois o
húmus é praticamente inexistente devido à intensa atividade bacteriana.
Na área do empreendimento na sua maior parcela predominam
afloramento Lateritico e o solo do tipo areno-argiloso.

8.3.4.1. Profundidade Efetiva.


- Horizonte A, estima-se uma profundidade média de 15 cm;
- Horizonte B, estima-se uma profundidade média entre 20 e 40 cm.

8.3.4.2. Coeficiente de Permeabilidade.


Os ensaios para a determinação do coeficiente de permeabilidade foram
realizados somente na área em que foram escavadas as células para disposição dos
Resíduos Sólidos Urbanos. Para os ensaios foram feitos dois furos de sondagem
FS-01, FS-02, na mesma profundidade da zona inferior da célula de disposição dos
resíduos, no intervalo entre 12,50 m e 13,00 m.

FIGURA 1. Localização dos ensaios de permeabilidade

O método de ensaio utilizado foi o de tubo aberto com carga e vazão


constantes. Este tipo de ensaio é utilizado para solos mais finos e a determinação do
coeficiente de permeabilidade é feita enchendo-se o furo revestido com uma
determinada quantidade de água e deixando-se a água percolar pelo solo. Durante o
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processo de infiltração, são realizadas leituras do nível de água no revestimento do
furo e do tempo decorrido desde o início do ensaio.
O coeficiente de permeabilidade pode variar muito para um mesmo
material. A Figura 1.2 ilustra valores de permeabilidade típicos para diversos tipos de
solo.
FIGURA 2. Localização dos ensaios de permeabilidade para Diferentes Tipos
de Solo

(Fonte: UFBA - Mecânica dos Solos II – Conceitos Introdutórios)


As informações obtidas nos ensaios foram anotadas em caderneta e
posteriormente foram processadas em computador.

8.3.4.2.1. Resultados.
Os resultados obtidos na sondagem da área estudada estão resumidos
no Quadro 2.1 apresentado a seguir. Os boletins dos ensaios de permeabilidade,
estão apresentados na seção de anexos do presente trabalho.
Quadro 3. Resultados da Sondagem.

ÁREA SONDAGEM PERMEABILIDADE

FURO SPT PROF. TOTAL NÍVEL FREÁTICO


Não -3
Lixeira FS-01 0,75m Não Determinado 9,82x10 cm/s
Determinada
Municipal
Não -3
FS-02 0,75m Não Determinado 5,48x10 cm/s
Determinada

8.3.4.2.2. Conclusão.
De acordo com os resultados obtidos no campo podemos concluir que a
base da célula de disposição de resíduos sólidos que será utilizada na lixeira
municipal apresenta permeabilidade da ordem de 10-3 cm/s. Esta ordem de valores
está relacionada à presença de sedimentos areno-siltosos com pouca fração argila,
que foram observados durante a sondagem no local. Desta forma podemos afirmar
que os sedimentos presentes na base da célula de disposição de resíduos são
permeáveis.
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8.4. Meio biótico.
8.4.1. Vegetação.
Estudo da 2ª aproximação do Zoneamento Sócio-econômico e Ecológico
de Rondônia, aponta a composição vegetal da região que inclui a área de estudo
como sendo Floresta Ombrófila Aberta: É o tipo de floresta dominante no Estado,
abrangendo cerca de 55% da área total da vegetação.
Esta tipologia caracteriza-se pela descontinuidade do dossel, permitindo
que a luz solar alcance o sub-bosque, favorecendo a sua regeneração. Os troncos
apresentam-se mais espaçados no estrato mais alto que atinge cerca de 30 m de
altura, enquanto o sub-bosque encontra-se estratificado. Neste tipo de floresta o
caminhamento e a visibilidade se tornam mais difíceis em virtude da grande
quantidade de plantas em regeneração. São comuns as presenças de cipós,
palmeiras, bambus e sororocas, dando origem a várias fisionomias. Entre as
espécies de palmeiras encontra-se o babaçu (Orbgynia phalerata), a mais comum
da região, o patauá (Jessenia bataua), que geralmente ocorre entre áreas planas
sujeitas a inundações e a terra firme. O açaí (Euterpe precatória), a paxiúba
(Iryantea exorrhiza) e o buriti (Mauritia flexuosa), sendo estas três últimas de
ocorrência em áreas úmidas.
Entre as espécies arbóreas de maior interesse comercial desta o mogno
(Swietenia macrophylla), o cedro (Cedrella odorata), a cerejeira (Torresia acreana), a
urucuba (Virola spp), o ipê amarelo (Tabebuia serratifolia), o roxinho (Peltogine
paniculata), o angelim-pedra (Diniza excelsa) e a faveira .
Em algumas regiões ocorrem grandes concentrações de espécies usadas
no extrativismo como a seringueira (Hevea brasiliensis e H. guianensis) e a
castanheira (Bertolletia excelsa).
As Florestas Ombrófilas Abertas, em virtude de seu arranjo florístico e
relevo, podem apresentar-se em quatro fisionomias distintas: - Florestas Ombrófila
Aberta de Áreas Inundadas: Ocupam grandes planícies, sofrendo inundações na
época das chuvas que, na região, vão de novembro a março. São também
chamadas de matas de igapó. - Florestas Ombrófila Aberta de Terras baixas:
Ocorrem em relevo plano a suavemente ondulado não ultrapassando 100 m de

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altitude; Florestas Ombrófila Aberta Submontana: Ocorrem em relevos mais
acentuados, variando entre 100 a 600 m de altitude.
Área em estudo observa-se que os impactos decorrentes do
desenvolvimento econômico se fazem sentir com bastante rigor. As áreas de
influência do empreendimento possuem fragmentos de vegetação primarias em
grande parte descaracterizada, principalmente a área de influência direta.
No entanto, ainda são observados terrenos revestidos pela cobertura
vegetal nativa contínua e, freqüentemente, a fragmentação desta cobertura
resistindo, em meio às áreas desmatadas pelos agricultores locais.
No entorno da área da lixeira, sobretudo nos lotes 04 e 05, são
observados fragmentos de florestas nativas com alto grau de antropização, que
certamente irá contribuir sobremaneira no processo de recuperação da área
degradada.

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9. PROCEDIMENTOS PARA A RECUPERAÇÃO DA ÁREA DEGRADADA COM O
USO DE TÉCNICA SIMPLIFICADA.
9.1. Considerações Gerais.
Existem diversas técnicas utilizadas para recuperação de áreas
degradadas pela disposição de resíduos sólidos urbanos em lixões. Teoricamente, a
recuperação de uma área degradada por deposição inadequada de lixo envolve a
remoção total dos resíduos depositados, transportando-os para um aterro sanitário,
seguida da deposição de solo natural da região na área escavada. Contudo, ações
deste porte compreendem elevados custos, inviabilizado economicamente este
processo e forçando a adoção de soluções mais simples e econômicas de modo a
minimizar o problema (IBAM, 2001).
Está técnica de remoção dos RSU para aterro sanitário somente é viável
quando a quantidade de resíduos for relativamente pequena, e o município já dispor
de uma área licenciada para Aterro Sanitário em operação. No caso em questão o
município ainda não dispõe da área licenciada e a quantidade de RSU depositado é
consideravelmente grande.
Outra forma é a recuperação como Aterro Controlado ou Aterro Sanitário.
Esta prática promove a recuperação gradual da área degradada mantendo sua
operação, e objetiva a prolongar a vida útil do aterro e minimizar os seus impactos
sócio-ambientais. Sua aplicação depende da existência de espaço suficiente para
disposição de lixo na área por um prazo futuro significativo.
Poderia ser uma prática a ser adotada para lixeira de Porto Velho, no
entanto, não há área “virgem” para expansão que viabilize a transformação em um
aterro sanitário/controlado, além de que o local atual não preenche os critérios
básicos para implantação desta atividade, sobretudo, no que se refere à distância de
afloramento hídrico, aeroporto, etc.
Desta forma um conjunto de circunstâncias indica como mais sensata a
adoção de medidas de recuperação simplificadas, por meio do encapsulamento dos
resíduos dispostos no lixão.
Optou-se por essa técnica, mormente porque desde março de 2010 a
Marquise está realizando o serviço de recobrimento do lixo e encerramento de parte
da área (ver croqui de uso atual da área em anexo), todavia o serviço não segue um
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plano de trabalho definido. As informações quanto a execução dos serviços são
repassadas verbalmente através do engenheiro sanitarista da empresa Marquise
que periodicamente realiza visita na área da lixeira com essa finalidade.
Considerando que á área em questão possui características favoráveis a
implementação desta técnica como, por exemplo:
- Apresenta pequena altura, podendo ser capeado com solo, sem manejo
de lixo, de modo seguro e economicamente viável;
- Não está localizado em áreas reconhecida com formação cárstica, ou
sobre qualquer outra formação geológica propícia à formação de cavernas;
- Não está localizado em áreas de valor histórico ou cultural,
exemplificando-se com os sítios arqueológicos;
- Possui disponibilidade de solo apropriado para o enclausuramento;
- Os catadores de material reciclável já se encontram ou estão em
processo formal de organização. Há uma cooperativa de catadores na Vila Princesa
que de certa forma é a responsável pelo processo de coleta, prensagem e
comercialização dos resíduos com potencial comercial para reciclagem.

9.2. Identificação da Área Impactada Pela Disposição dos Resíduos.


O local vem recebendo resíduos a cerca de 20 anos, a carta imagem
(anexo 1 e croqui de utilização da área anexo 3)) ilustra com exatidão, a área
impactada identificada em vistoria in loco, com a presença de funcionários da
Prefeitura que acompanhou toda a evolução da lixeira.
Embora a disposição dos resíduos ocorrerem, na maior parte do tempo, à
céu aberto, atingindo diretamente 19,70 ha, Três pontos merecem destaque:
- O primeiro diz respeito às valas destinadas ao recebimento dos resíduos
sólidos comuns (domiciliares) que abrange cerca de 50% da área. Parte desta área
encontra-se recoberta por cascalho, parte vem passando por um processo de
remoção do lixo, para abertura de novas células melhor elaboradas. O lixo removido
vem sendo utilizado no processo de nivelamento da área, após o espalhamento é
recoberto de imediato com o próprio material retirado da construção das novas
células.

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- O segundo refere-se á área utilizada na disposição de RSS. Está área
apresenta uma extensão de aproximadamente 1200m². A disposição foi realizada
em células revestidas com tijolos, sempre pela empresa Marquise.

9.3. Técnica Simplificada Para Reabilitação da Área.


Para a implantação desta técnica é necessária as atividades e etapas, a
saber:
1. Avaliação da extensão da área ocupada pelos resíduos – O
levantamento de campo identificou uma extensão de 19,7ha impactada por RSU,
todavia quando do encerramento da lixeira será necessário proceder a uma nova
avaliação para identificar a situação atual no momento do encerramento;
2. Delimitação da área com cerca de isolamento e portão – Parte do
perímetro da área objeto de recuperação encontra-se já isolada (ver croqui de
utilização da área anexo 3) necessitando de isolamento a porção norte e nordeste e
no interior quando desativado.
3. Não deve ser permitida a entrada de pessoas estranhas na área.
Considerando a proximidade da Comunidade Vila Princesa, é necessário que a
vigilância permaneça em tempo integral para evitar a entrada de pessoas não
autorizada no local;
4. Identificação do local com placas de advertência e informativas
conforme modelo em anexo – as placas devem ser instaladas em locais
estratégicos, sobretudo, na entrada e ao longo do perímetro da área, nos locais das
células de disposição de RSU e RSS, no igarapé, nas nascentes hídricas, ponto de
monitoramento das águas superficiais e nos piezômetro de monitoramento das
águas subterrâneas.
5. Projeto Básico de Engenharia para dimensionamento e operação das
células para disposição dos RSU, bem como sistema de tratamento primário O
projeto deverá considerar o que já está sendo executado, ou seja, as células
escavadas deverão ser adaptadas as normas definidas no projeto de engenharia.
Sugere-se o método da rampa. Onde os resíduos são acondicionados em células
previamente escavadas podendo ter as seguintes dimensões: 100,00m x 60,00m x

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8,00 de altura na base e fundo compactado e impermeabilizado com material inerte
(argila).
Recomenda-se para o projeto:
- O lixo domiciliar procedente da coleta diária, bem como o resultante do
recolhimento do lixo disposto à céu aberto e o removido de antigas valas devem ser
dispostos em camadas de aproximadamente 50 cm, da base para o topo do
talude coberto por camadas de solo com 0.5 a 1,0 metros de espessura e
compactado pelo trator, a compactação final se dá com o trafego dos veículos
coletores. Poderá ultrapassar a cota do terreno natural, trabalhando com uma cota
positiva, a qual não deverá ser superior a 1,50m e deverá ter aterro nas laterais com
um talude considerado de 45º.
- O material escavado deverá ficar depositado às margens da célula,
mantendo uma distancia mínima de 1,5m da borda; esse material será reutilizado no
confinamento dos resíduos que será depositado em camada, aterrado e compactado;
salientado que quando da conclusão da utilização da célula; a camada final após a
compactação receberá deverá ser coberta com uma camada de concreto conforme
planta de detalhe construtivo anexa.
- Definir procedimento que permita a menor movimentação de lixo
possível, ficando a critério dos técnicos responsáveis, a obtenção da configuração
mais estável.
- Conformação do platô superior com declividade mínima de 2%, na
direção das bordas ou, no caso de valas, o nivelamento final deverá ser feito de
forma abaulada para evitar o acúmulo de águas de chuva sobre a vala e ficar em
cota superior à do terreno, prevendo-se prováveis recalques;
- Recobrimento do maciço de resíduos com uma camada mínima de 50
cm de argila de boa qualidade, inclusive nos taludes laterais;
- Execução de caneletas de drenagem pluvial a montante do maciço para
desvio das águas de chuva;
- Execução de drenos verticais de gás;
- Lançamento de uma camada de terra vegetal ou composto orgânico
para possibilitar o plantio de espécies nativas de raízes curtas, preferencialmente

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gramíneas. Nos espaços entre as células recomenda-se vegetação arbórea. A
figura nº 01 ilustra a célula sugerida recebendo resíduos.

Figura 03. Disposição final de resíduos em rampa

Embora a lixeira ainda esteja recebendo os RSU da cidade de Porto


Velho pode se considerar que algumas ações de recuperação estão sendo
executadas no caso a cobertura dos resíduos antigo que se encontravam a céu
aberto, cobertura do resíduos atuais e a reconformação de talude formado com
disposição de resíduos. Pode ser implementada ainda de forma concomitante nas
áreas em que não haverá mais disposição de resíduos o isolamento e plantio de
gramíneas como etapa inicial de recuperação da camada orgânica do solo e da
paisagem. Quando do encerramento total (somente após a construção do Aterro
Sanitário), a área deve ser totalmente isolada, de forma que não se permita a
entrada de pessoas estranhas e animais domésticos.
A futura desativação da operação da área deverá ser previamente
comunicada ao Órgão Ambiental e obedecer a um cronograma paulatino de
enceramento, obedecendo rigorosamente ao Plano de Encerramento, onde constará
as diversas atividades de monitoramento a médio e longo prazo.
O Projeto de encerramento deve prevê a destinação futura da área e
atentar para projetos paisagísticos, monitoramento, inspeção periódicas de campo,
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serviços de manutenção de equipamentos, tratamento de gases, percolados e
outros.

9.4. Remoção dos Resíduos Sólidos Urbanos Depositados à Céu Aberto.


Basicamente não há exposição de resíduos a céu aberto, exceção para
resíduos inertes e RCC que ainda estão sendo dispostos numa área de talude de
aterro. Os resíduos antigos foram cobertos com material inerte e os resíduos atuais
seguem o mesmo procedimento.

9.5. Construção de Célula Para Recepção dos RSU.


Foram escavadas 02 células (conforme já descrito anteriormente) para
recepção dos resíduos que tem vida útil de 06 meses cada uma. Em tese garante
local para confinamento dos RSU por um período de um ano. Considerando que
praticamente toda a área destinada a lixeira encontra-se ocupada, não existindo
área “virgem” para construção de novas células. No caso de após o período
estimado a lixeira estiver em operação e conseqüentemente se fará necessário a
abertura de nova célula, neste caso o reaproveitamento de áreas já utilizadas
inadequada e desordenadamente surgi como opção para escavação de nova célula.
Para tanto os resíduos removidos devem ser retornado a célula.

9.6. Regularização Topográfica da Área e Contenção das Águas Pluviais.


Com o uso de trator de esteira, poderá proceder a quebra das estruturas
ruiniformes residuais que estiverem com inclinações de rampa inferiores a 30%.
Sugere-se também a utilização de uma motoniveladora para terraplanagem final de
acabamento, onde serão estabelecidos os sulcos e caneletas de drenagem para o
desvio das águas pluviais, cujas ações trarão como conseqüência:

- Preparação do terreno para revegetação;


- Desvios das águas pluviais evitando arrastes de implantes;
- Harmonização da fisiografia e panorama visual.
Para minimizar a erosão na área em questão, deve ser construído um
sistema de drenagem que consiste na implantação de caneletas escavada em torno

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das valas, a fim de drenar as águas pluviais para o local adequado, disciplinando o
fluxo e diminuindo a energia, o potencial erosivo, evitando a sua infiltração.

9.7. Isolamento da área.


A área a ser recuperada deverá ser isolada com cerca de arame farpado
com 05 fios e intervalo de estaqueamento de 03 metros.

9.8. Revegetação.

A revegetação da área pode iniciar com a introdução de gramíneas, e


numa etapa posterior, espécies arbóreas, havendo a necessidade de se formar um
substrato. A formação desse substrato se faz necessário para:
- Formação de matéria orgânica;
- Melhor incorporação de nutrientes ao solo;
- Melhores condições de se estabelecer o revestimento vegetal primário.
As Gramíneas exercem a função de revestimento vegetal para proteção
inicial, devido a sua rápida germinação e rusticidade, sobretudo no que concerne a
sua resistência e adaptação as carências nutricionais dos solos degradados. Suas
raízes ajudam na reconstituição da estrutura do solo, contribuindo para aglutiná-lo
em grumos, aumentando a porosidade deste e minimizando o impacto da
compactação.
Basicamente são duas áreas distintas para serem recobertas por
gramíneas: as áreas de platô e os taludes de aterro. A metodologia de plantio
indicada para ambas às situações é a hidrossemeadura.
A hidrossemeadura nada mais é que um composto de
sementes transitórias e definitivas, tratadas juntamente com produtos
fertilizantes, retentores de umidade, orgânicos, corretores de PH, etc.,
misturados com água limpa, formando uma dispersão coloidal,
mistura emulsificante de aspecto gelatinoso, que é aplicada mecânica
e diretamente nos mais diversos tipos de solos, previamente preparados das
mais variadas pedogêneses.

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A hidrossemeadura pode ser aplicada em qualquer tipo de solo,
arenosos, rochosos, etc., em morros, taludes de corte e aterro, em rodovias,
barragens, ferrovias, em locais onde possam ocorrer instabilidades de
características geológicas
Após a implantação da revegetação inicial, o passo seguinte é a
introdução de espécies arbóreas nativas e pioneiras, que terão efeito de
recomposição, através de sucessão ecológica.
A técnica utilizada será o replantio de espécies vegetais nativas e
introduzidas com adaptabilidade comprovada na região em estudo. As espécies
eleitas poderão ser produzidas em viveiros da própria Prefeitura ou adquiridas de
terceiros, ficando a critério do empreendedor.

9.8.1. Descrição das Espécies Vegetais.


Segundo DAVIDE (1999), a escolha de espécies vegetais para utilização
em recuperação de áreas degradadas deve ter como ponto de partida a composição
florística das matas remanescentes da região. Sendo que as espécies pioneiras e
secundárias iniciais deverão ter prioridade na primeira fase da seleção de espécies.
A escolha das espécies deve levar em consideração, além de sua
ocorrência natural, os seguintes aspectos:
- Característica quanto à exigência de luminosidade (heliófita e esciófita);
- Características quanto à exigência de umidade (xerófita e higrófita);
- Adaptação a solos empobrecidos;
- Capacidade de fixação de nitrogênio;
- Plantas com sistema radicular vasto, capazes de conter erosão;
- Plantas com frutos comestíveis (bagueiras);
- Plantas melíferas. (produz alimento para abelhas)

9.8.1.1. Área Interna.


Após o estágio de formação do substrato, as áreas que envolvem este
Plano, serão reflorestadas com espécies vegetais, nativas e pioneiras, encontradas
na área de florestada do empreendimento.

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Por ser uma área de disposição de lixo, decidiu-se aguardar o
comportamento da recomposição da camada orgânica do solo e acomodação
geológica local para daí definir as espécies a serem introduzidas.
O monitoramento da área definirá as espécies e o momento do inicio do
plantio considerando as condições de desenvolvimento do solo e estabilidade
geológica local.
As espécies arbóreas a serem plantadas deverão ser definidas
considerando a flora do entorno onde foram identificadas a presença das seguintes
espécies: ipê amarelo (Tabebuia serratifolia), roxinho (Peltogine paniculata),
angelim-pedra (Diniza excelsa), Faveira (Dinizia excelsa Ducke), Itauba (Mezilaurus
itauba), Tucumã (Astrocaryum aculeatum G. Mey.), Açaí da mata (Euterpe precatória
Mart), Goiaba de anta (Bellucia Grossularioides), Ingá (Ingá macrophylla Humb), e
seringueira (Hevea brasiliensis e H. guianensis).

9.8.1.2. Perímetro.
No perímetro da área da lixeira ao longo da cerca de arame farpado
deverá ser feito uma “cortina verde” com espécies arbóreas. Sugere-se o plantio de
Sansão do Campo (Mimosa caesalpiniaefolia) tendo em vista que foi identificado na
área vários exemplares dessa espécie. Árvore nativa da região nordeste do Brasil, é
um arbusto de rápido crescimento, que apresenta vantagens que o tornam ideal
para a formação de cerca - viva): Produz espinhos semelhantes aos da roseira,
funcionando como uma barreira contra invasores, forma uma proteção contra a
poeira das estradas e também age como quebra ventos, é uma planta perene que
necessita de pouquíssima manutenção e, dependendo da situação, dispensa
inclusive as podas, suas pequenas flores acrescentam valor ornamental à cerca-
viva, a espécie é muito rústica e resistente, adapta-se a quase todos os tipos de
solo, não sendo muito exigente.
O plantio pode ser de forma direta. As sementes poderão ser plantadas
diretamente no local da cerca definitiva, utilizando-se para isso um sulco de 05 a 08
cm de profundidade. As sementes, neste caso, podem ser colocadas na superfície
do sulco. Em seguida, deve-se cobrir com 02 (dois) cm de terra fértil e destorroada.

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É necessário manter a irrigação no período de estiagem, até que as mudas atinjam
porte de 10 a 15 cm.

9.9. Implantação de Drenos Para Gases.


Nos locais em que foram escavadas as células profundas com 13 metros.
O sistema de drenagem de gases, tem a função de drenar os gases provenientes da
decomposição da matéria orgânica, evitando a sua migração através dos meios
porosos que constituem o subsolo, podendo atingir desordenadamente a sua saída
pela superfície final das cavidades.
A formação de gases nas valas de RSU se deve a decomposição da
matéria orgânica em meio anaeróbico, liberando principalmente o gás carbônico e
metano. O projeto básico de engenharia definirá quantidade e distribuição espacial
dentro das células.
O tratamento compreende basicamente na destruição de contaminantes
gasosos através da combustão controlada (queima).
No Brasil, a maioria dos casos de tratamento de gases em aterros sanitários
constitui-se da queima do metano (CH4) e liberação do dióxido de carbono (CO2).
Este tratamento empírico é realizado fora da célula, através de sistema de extração
forçado e destruição térmica dos componentes orgânicos do biogás à baixa
temperatura. (o dimensionamento do sistema constará do Projeto especifico)

9.10. Sinalização.
a implantação de placas proibitivas e informativas são extremamente
necessária no processo de recuperação da área.

9.10.1. Perímetro.
Ao longo do perímetro definiu-se a colocação de 11 placas distribuída da
seguinte forma:
- Frente da área (portaria e divisa com a Vila princesa) 02 placa
informativa/proibitiva, tamanho 1,00x1,50m, letras garrafais com os dizeres:
“ÁREA EM PROCESSO DE RECUPERAÇÃO”
“É PROIBIDO ENTRAR NA ÁREA CERCADA”
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- Na lateral/oeste junto a estrada vicinal (linha da rema) 04 placas
informativas/proibitivas, tamanho 1,00x1,00m, letras garrafais, colocadas em locais
visíveis com os dizeres:
“ ÁREA EM PROCESSO DE RECUPERAÇÃO”
“NÃO ENTRE”
- No fundo/norte (divisa com o lote 05) 02 placas informativas nos mesmos
moldes das placas indicadas na lateral junto a estrada vicinal.
- Na lateral/Leste junto à área de mata nativa colocação de 04 placas
informativas/proibitivas, tamanho 1,00x1,00m, letras garrafais, distribuídas em pontos
eqüidistantes com os dizeres:
“ ÁREA EM PROCESSO DE RECUPERAÇÃO”
“NÃO ENTRE”
9.10.2. Área interna desativada.
Nos locais de maior visibilidade, aglomeração e passagem de pessoas
colocação de placas informativas/proibitivas, tamanho 1,00x1,50m, letras garrafais, com
os dizeres:
“ÁREA DESATIVADA E EM PROCESSO DE RECUPERAÇÃO”
“PROIBIDO DEPOSITAR LIXO OU MATERIAL RECICLAVEL”
“PROIBIDO ENTRAR NA ÁREA CERCADA”

9.10.3. Igarapé e nascentes.


Nos pontos de monitoramento (nascentes, piezômetros e no igarapé)
colocação de placas informativas, tamanho 1,00x1,00m, letras garrafais, com os dizeres:
“ÁGUA IMPRÓPRIA PARA O CONSUMO”
“PERIGO PARA SAÚDE”
“AFASTE-SE”

9.11. Educação Ambiental.


Conforme constatado nos resultados das análises ás águas superficiais e
subterrâneas, as águas locais não atendem aos padrões estabelecidos na legislação
para classe II de uso.

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Devido a proximidade da área com a comunidade da Vila Princesa bem
como, a presença de trabalhadores que realizam a catação de materiais recicláveis
na lixeira. Certamente ocorrerá interferência de pessoas no processo de
recuperação da área, mormente adentrando as áreas em processo de recuperação.
Considerando ainda que o uso de água em desconformidade com o padrão definido
na legislação poderá causar danos a saúde da comunidade local.
Assim será necessário executar junto a comunidade da Vila Princesa
ações a atividades de educação ambiental tendo como foco a conscientização dos
indivíduos e do grupo referente a necessidade e importância de respeitar as placas
informativas e de sinalização, bem como não fazer uso da água contaminada.
Para tanto se torna imprescindível o conhecimento da comunidade do
projeto a ser executado.
Sugere se que seja elaborado e executado projeto de educação ambiental
tendo como público alvo a comunidade da Vila Princesa e trabalhadores que atuam
na área da lixeira tantos os catadores de material reciclável como os funcionários da
Prefeitura e da empresa Marquise.
O projeto de educação ambiental deverá ser executado com a
participação da Associação de Moradores da Vila Princesa, da Escola, de Igrejas,
da Cooperativa, da Prefeitura e da empresa Marquise.
Todas as ações do projeto deverão estar em conformidade com as
diretrizes que norteiam a educação ambiental.

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10. USO FUTURO DA ÁREA.
Concluídas as etapas de suavização topográfica do relevo, implantação
de drenos para contenção de erosão e revegetação dos ambientes degradados,
monitoramento constante, faz-se necessário planejamento para a destinação do uso
da área para outras atividades. Excluindo a inclusão em programa de expansão
urbana, industrial ou qualquer tipo de edificação habitacional.
A destinação da área para atividades compatíveis é necessária,
sobretudo, para evitar possíveis invasões para construção de moradias. Até porque
já existe uma comunidade no entorno em processo de expansão.
Considerando que se trata de uma área pública de 51,10 ha (lote 04),
sendo: 20 ha de floresta antropizada, 19,70ha de área a ser recuperada e 11,40ha
de área ocupada com a Comunidade Vila Princesa, sugere a destinação,
excetuando a ocupada com a Comunidade, em área verde perfazendo um total
39.70ha. Isto se justifica pela fragilidade ambiental da área, considerando a
existência de duas nascentes e dois igarapés.
O lote 05 apresenta apenas uma área de um hectare considerada
degradada pela ação de deposição de resíduos, sobretudo, pela disposição de
resíduos de fossa séptica. Estes resíduos estão concentrados é podem ser
removidos para as células que receberão os resíduos removidos das valas antigas e
resíduos lançados à céu aberto.

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11. MONITORAMENTO AMBIENTAL.
O monitoramento ambiental de uma área de disposição final de RSU
encerrada e/ou em fase de encerramento é realizado por meio dos resultados das
observações de campo, da análise da instrumentação instalada e das análises
físico-químicas e microbiológicas em amostras de águas superficiais e subterrâneas.
São monitoradas também as condições da qualidade dos solos e do ar.
Os resultados permitem identificar ou antecipar alterações no padrão de
desempenho previsto, orientar os trabalhos de conservação e manutenção da área,
além de propor, medidas preventivas e corretivas, evitando a formação de processos
de degradação que podem comprometer a sua recuperação ambiental.
O projeto de monitoramento proposto está dividido em blocos de trabalhos
que permitem um desenvolvimento sucessivo: Monitoramento das Águas
Subterrâneas e Superficiais, Sistema de Drenagem na Área, revegetação e
paisagem . Algumas atividades podem ser desenvolvidas independentemente, razão
pela qual ocorre uma superposição em determinados período.
Os serviços básicos de conservação e manutenção de uma área de
disposição final de RSU encerrada e/ou em fase de encerramento tem caráter
preventivo e corretivo, compreendem principalmente a implantação, recomposição,
limpeza e desobstrução de drenagem superficial, a recuperação dos trechos com
processos erosivos e a implantação e conservação da cobertura vegetal da
superfície da área objeto de recuperação.
O monitoramento consiste em avaliar a eficiência da recuperação para
tanto, considerou-se como objeto de monitoramento as seguintes variáveis:
a. Qualidade das águas subterrâneas: Para o monitoramento e controle
da qualidade da água subterrânea foram indicados três pontos para instalação de
piezômetros (ver figuras 13/14/15), sendo um à montante da área e que serve com
testemunho e os outros à jusante, que tem o objetivo de avaliar a eficiência do
sistema.
As amostras de água subterrânea para análise serão coletadas nos poços
de monitoramento instalados nos locais definidos a partir dos resultados da
interpretação do comportamento da superfície piezométrica estabelecida no mapa
potenciométrico da área do aterro (ver estudo hidrogeológico - anexo 2).
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b. Qualidade das águas superficiais. Será monitorada em conformidade
com os parâmetros estabelecidos na Resolução CONAMA nº 357/2005.
c. Manutenção do sistema de drenagem e afastamento de águas
pluviais, através de valas escavadas no terreno;
d. Observar periodicamente o sistema de drenagem e queima de gás;
e. Manutenção de placas informativas identificando os pontos de
disposição de RSS;
f. Controle de pessoas não autorizadas na área, sobretudo, invasores
objetivando a ocupação;
g. Controle de queimadas. Manter constantemente acerados os limites,
cercas da área para evitar a entrada de fogo oriundo das propriedades rurais do
entorno. Promover ações de sensibilização e conscientização voltadas ao público do
entorno para evitar queimadas involuntárias na área, bem como o acompanhamento
sistemático de áreas que possam gerar combustão oriunda de lixo aterrado em
épocas anteriores.

11.1. Monitoramento das Águas Subterrâneas.


Foi determinado após a elaboração do mapa piezométrico da área obtido
a partir do tratamento das informações do levantamento topográfico e nas medidas
de profundidade do nível freático nos poços, rede de drenagem e captações
superficiais do entorno da área em questão, conforme Estudo de Caracterização
Hidrogeológicas (anexo 2).
De acordo com a direção do fluxo das águas subterrâneas foram locados
e construídos três poços (ver projeto da construção anexo 4) para o monitoramento
das águas subterrâneas/piezômetros, nos limites da área de disposição dos resíduos
sólidos, que faz parte de um conjunto de medidas que iniciarão o processo de
transformação e recuperação da área em questão.

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Os piezômetros são instrumentos que permite a amostragem periódica
das águas subterrâneas de acordo com um plano de monitoramento. Os resultados
obtidos nas amostras das águas deverão atender aos padrões da legislação
ambiental vigente.
Definiu-se pela periodicidade trimestral da amostragem das águas
subterrâneas. Os parâmetros para análises físico-químicas e microbiológicas devem
ser os estabelecidos na norma do CONAMA nº 396/2008, tendo como referência
inicial os resultados obtidos nas primeiras análises conforme os Boletins de
Resultado de análise nº (s) 21, 22 e 23 (anexo 5). Deverão ainda ser submetidas à
avaliação das autoridades ambientais no caso a Secretária de Estado do
Desenvolvimento Ambiental - SEDAM.

Foto 13. Poço de monitoramento 1.


Foto 10. Poço
Coordenada: de monitoramento
S=08º50’55,3” 1.
W=63º56’ 32,7”

Foto 14. Poço de monitoramento 2.


Coordenada: S=08º50’52,5” W=63º56’ 32,5”

Foto 15. Poço de monitoramento 3.


Coordenada: S=08º50’47,6” W=63º56’ 37,8”

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11.2. Monitoramento das Águas Superficiais.
As analise das águas superficiais também deverão estar sustentadas pela
Resolução CONAMA já citada. Três pontos de amostragem nas duas nascentes e
no igarapé deverão ser monitorados. (ver carta imagem – anexo 1)
- Nascente 1: Coordenada S= 08º 50’ 52”, W= 63º 56’ 32,4”
- Nascente 2. Coordenada S = 08º 50’ 56,6”, W= 63º 56’ 31,2”
- Igarapé Coordenada S = 08º 50’ 37”, W= 63º 56’ 30,6”
Trimestralmente deverá proceder a coleta e análise físico-químico e
bacteriológica das águas nos 03 pontos (nas duas nascentes e no igarapé) conforme
definido no mapa de localização dos pontos de coletas. Tendo como referência
inicial os resultados obtidos nas primeiras análises conforme os Boletins de
Resultado de Análise nº (s) 01, 02 e 03 (anexo 5).

11.3. Sistema de Drenagem na Área.


Para melhorar as condições de escoamento das águas pluviais, de forma
a atenuar os problemas de erosões, infiltração de água no solo, assoreamento e
inundações; deve ser associada à recuperação da área, a implantação de um
sistema de drenagem de água ao redor das valas a serem escavadas, de modo a
desviar as águas superficiais das valas.
No talude de aterro deverá ser construídos dissipadores de energia com a
finalidade de reter o carreamento de material de aterro para a área de floresta a
jusante do talude.
Na área de platô será necessário serviço de terraplenagem com objetivo
de nivelar o terreno evitando assim empoçamentos de água, facilitando o
escoamento superficial.

11.4. Drenagem e tratamento de percolados de Percolados


Projeto Básico de Engenharia deverá ser elaborado para adequar e
padronizar o procedimento operacional da lixeira.
Todavia, sugere que a drenagem deverá ser executada com tubos
poroso ou tubos do tipo meia-cana, em concreto, envelopados com brita, destinado

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às caixas de passagem com dimensões adequadas e destas fazer a recirculação
do percolados, de modo a acelerar a degradação do resíduos depositados.

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12. SINTESE DAS MEDIDAS DE RECUPERAÇÃO PROPOSTAS.
Quadro 4.
MEDIDA SITUAÇÃO ATUAL/DEZEMBRO/2010
- Elaboração de Projeto Básico de - Não executado.
Engenharia para dimensionamento e
operação das células para disposição dos
RSU.
- Delimitação da área com cerca de - Parte do perímetro da área objeto de recuperação
isolamento e portão. encontra-se já isolada, necessitando de isolamento a
porção norte e nordeste e no interior quando
desativado.
- Regularização Topográfica da Área e - Em execução
Contenção das Águas Pluviais

- Isolamento da área interna já desativada - Não executado.

- Revegetação - Não executado.


Implantação de drenos para gases - Não executado. (será definido no Projeto Básico de
engenharia).
Projeto de Educação Ambiental. - Não executado.
Monitoramento Ambiental - Construído 03 piezômetros para monitoramento as
águas subterrâneas;
- Definido 03 pontos de monitoramento de águas
superficiais;
- Realizadas as primeiras analises das águas
subterrâneas e superficiais.

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13. CRONOGRAMA FISICO.
Quadro 5.
ANO/MÊS
ATIVIDADE 2010 2011 2012
Projeto Básico de Engenharia para
dimensionamento e operação das células para
disposição dos RSU.

- Elaboração JANEIRO
- Execução JANEIRO A DEZEMBRO
Isolamento da área - perímetro
- Aquisição de estaca JANEIRO
- Aquisição de arame JANEIRO
- Aquisição de prego JANEIRO
- Construção da cerca JANEIRO E FEVEREIRO
Regularização Topográfica da Área e Contenção das
Águas Pluviais

- Talude de aterro DEZEMBRO


- Platô DEZEMBRO
Sinalização
- Aquisição de placas JANEIRO E FEVEREIRO
- Colocação de placas MARÇO
Revegetação
- Aquisição de sementes
- Aquisição de mudas JANEIRO
- Plantio JANEIRO
- Tratos culturais MARÇO/JUNHO/OUTUBRO JANEIRO
- Aquisição de sementes ( Sansão do campo) JANEIRO
Projeto de Educação Ambiental.

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ÁREA DE DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E DE SERVIÇO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE PORTO
VELHO-RO
- Elaboração JANEIRO/FEVEREIRO
- Execução MARÇO/ABRIL
Monitoramento
- Visita de campo SEMANAL MENSAL
- Contratação de responsável técnico JANEIRO
- Coleta de amostras para análise da água MAR/JUN/SET/DEZ MAR/JUN/SETE/DEZ
- Relatório de monitoramento MENSAL TRIMESTRAL
Plano de desativação
- Elaboração JANEIRO/FEVEREIRO
- Execução JANEIRO A DEZEMBRO

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VELHO-RO
14. CRONOGRAMA FÍSICO/FINANCEIRO DO MONITORAMENTO POR ANO.
Quadro 6. Ano 2011.
ANO - 2011
ATIVIDADE UND QTD R$ MÊS(ES) TOTAL
Projeto Básico de Engenharia para dimensionamento e operação
das células para disposição dos RSU
- Elaboração SERV 01 12.500,00 JANEIRO 12.500,00
- Execução SERV A/D JANEIRO A DEZEMBRO
Isolamento da área - perímetro
PEÇA 700 15,00 JANEIRO 10.500,00
- Aquisição de estaca
- Aquisição de arame ROLO 110 250,00 JANEIRO 3.600,00
- Aquisição de grampo KILO 15 10,00 JANEIRO 150,00
- Construção da cerca DIARIA 30 80,00 JANEIRO E FEVEREIRO 2.400,00
Sinalização
- Aquisição de placas SERV 15 150,00 JANEIRO/FEVEREIRO 2.250,00
- Colocação de placas DIARIA 03 80,00 MARÇO 240,00
Revegetação

KILO 150 20,00 JANEIRO 300,00


- Aquisição de sementes de gramíneas UNID A/D JANEIRO
- Aquisição de mudas
SERV A/D JANEIRO
- Aplicação de hidrossemeadura
- Plantio DIARIA 30 80,00 JANEIRO 2.400,00
- Tratos culturais DIARIA 10 80,00 MARÇO/JUNHO/OUTUBRO 800,00
- Aquisição de sementes ( Sansão do campo) KILO 5 300,00 JANEIRO 1.500,00
Projeto de Educação Ambiental.
- Elaboração SERV 01 8.500,00 JANEIRO/FEVEREIRO 8.500,00
- Execução SERV 02 A/D MARÇO/ABRIL
Monitoramento
- Contratação de responsável técnico SERV 01 4.650,00 JANEIRO A DEZEMBRO 55.800,00
- Visita de campo SERV 36 200,00 JANEIRO A DEZEMBRO 7.200,00

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VELHO-RO
- Coleta de amostras para análise da água SERV 24 300,00 7.200,00
- Relatório de monitoramento SERV 04 800,00 3.200,00
Plano de desativação
- Elaboração SERV 01 8.560,00 8.560,00
- Execução SERV 01 A/D JANEIRO A DEZEMBRO
TOTAL PARCIAL 123.900,00

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VELHO-RO
Quadro 7. Ano 2012.
ANO - 2012
ATIVIDADE UND QTD R$ MÊS(ES) TOTAL
Projeto Básico de Engenharia para dimensionamento e operação
das células para disposição dos RSU
SERV A/D JANEIRO A DEZEMBRO
Isolamento da área - perímetro
- Manutenção da cerca SERV 12 200,00 JANEIRO A DEZEMBRO 2.400,00
Sinalização
- Manutenção de placas SERV 15 150,00 JANEIRO/FEVEREIRO 2.250,00
Revegetação
- Manutenção de placas DIARIA 10 80,00 MARÇO/JUNHO/OUTUBRO 800,00
Projeto de Educação Ambiental.
SERV 02 A/D MARÇO/ABRIL
Monitoramento
SERV 01 4.650,00 JANEIRO A DEZEMBRO 55.800,00
- Contratação de responsável técnico
- Visita de campo SERV 36 200,00 JANEIRO A DEZEMBRO 7.200,00
- Coleta de amostras para análise da água SERV 24 300,00 MARÇO/JUNHO/SETEMBTO/DEZEMBRO 7.200,00
- Relatório de monitoramento SERV 04 800,00 JANEIRO A DEZEMBRO 3.200,00
Plano de desativação
- Elaboração SERV 01 8.560,00 8.560,00
- Execução SERV 01 A/D JANEIRO A DEZEMBRO
TOTAL PARCIAL 85.240,00
TOTAL GERAL DO PROJETO R$ 209.140,00

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15. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
A implantação de um programa de recuperação de uma área tem como
objetivo minimizar ou eliminar os efeitos adversos decorrentes das intervenções e
alterações ambientais inerentes ao processo construtivo e à operação do
empreendimento, as quais são potencialmente geradoras de fenômenos indutores
de impactos ambientais que poderão manifestar-se nas áreas de influência do
empreendimento.
São considerados como degradação os processos resultantes dos danos
ao meio ambiente, pelos quais se perdem ou se reduzem algumas de suas
propriedades, tais como a qualidade ou capacidade produtiva dos recursos
ambientais. A recuperação terá por objetivo o retorno do sítio degradado a uma
forma de utilização, de acordo com um plano de utilização de acordo com um plano
preestabelecido para o uso do solo.
De acordo o Instituto Brasileiro do Meio Ambientes e dos Recursos
Renováveis - IBAMA (1990), recuperar significa retornar o sítio degradado a uma
forma de utilização de acordo com um plano preestabelecido para uso do solo.
MAJER (1989) define recuperação como todos os aspectos de qualquer
processo, visando à obtenção de uma nova utilização para área degradada.
O termo recuperação, está definido na Constituição Brasileira de 1988, é
um conceito abrangente, podendo ser subdividido, segundo VIANA (1990), em:
reabilitação que se constitui em um conjunto de tratamento que buscam a
recuperação de uma ou mais funções do ecossistema que podem ser tratamentos
que visam recuperar a forma original do ecossistema, ou seja, a sua estrutura
original, dinâmica e interações biológicas.
A recuperação de áreas de lixões, mormente as ocupadas por longos
períodos apresentam fatores principalmente de viabilidade econômica que limitam a
indicação de métodos que proporcione o resgate da qualidade ambiental da área
afetada assemelhado ao entorno.
As medidas exeqüíveis consistem na adoção de técnicas de
acompanhamento das variáveis físico químico, micro bacteriológica e bacteriológicas
dos recursos hídricos, controle de processos erosivos, recuperação do solo e da
paisagem e uso futuro da área.
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As medidas de recuperação foram definidas considerando os fatores que
limitam a recuperação da área afetada. O Plano prevê a execução de diversas ações
integradas que no período de médio e longo prazo proporcionará condições para
regeneração natural do ecossistema.
É de supra importância que seja elaborado o Plano de Desativação da
Lixeira, tendo em vista que já iniciou a desativação, porém a definição de critérios
imprescindíveis na execução de serviço dessa natureza. Com a criação do Plano de
Desativação o responsável pelo monitoramento deverá reavaliar o PRAD e caso as
fazer readequações indispensáveis para execução do plano.

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16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. AB’ SABER, Azis. Revista Ecológica e Desenvolvimento, ano 3, Nº 39, 1994;
ABSY.ET AC. Avaliação de Impacto Ambiental; Agentes sociais, Procedimentos e
Ferramentas, Brasília, IBAMA, 1995;
Adeilton Fernandes da COSTA, Walter MALAGUTTI FILHO. Caracterização
estrutural e geofísica da lixeira de porto velho (RO). Geociências, Vol. 27, No 2
(2008);
2. MA, Eugênio. Desmatamento e economia local e Políticas Públicas.
In:Causas e dinâmica do desmatamento na Amazônia. Ministério do Meio ambiente
– Brasília, 2001;
3. Barttholo Jr., RobertoS. Burstyn, Marcel.Amazônia sustentável: uma
estratégia de desenvolvimento para Rondônia 2020. IBAMA, 1999;
4. BENITEZ, Ivo. Legislação Ambiental Federal e de Rondônia. 2ª Edição.
Insight comunicação e Marketing. Porto Velho-RO, 2002;
5. BURSTYN, M. (ORG.) Para Pensar o Desenvolvimento Sustentável, São
Paulo, Brasilense, 1993;
6. Brasil. Departamento Nacional de Estradas e Rodagem. Diretoria de Transito.
Manual de Analise, diagnóstico, proposição de melhorias e avaliações econômicas
dos segmentos críticos. Rio de Janeiro, Serv. De Publ, 1988;
7. BRASÍLIA. Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, Lei dos Crimes Ambientais;
8. BRASÍLIA. Lei 4.771, de 15 de setembro de 1965, Institui o Código Florestal;
9. BRASÍLIA. Lei 7.754, de 14 de abril de 1989, – Estabelece medidas para
proteção das florestas existentes nas nascentes dos rios;
10. BRASÍLIA. Lei 9.433, de 8 de janeiro de 1997 – Institui a Política Nacional de
Recursos Hídricos;
11. BRASIL, Constituição Federal, Brasília, 1988;
12. BRASIL Gerenciamento de Resíduos de serviços de saúde. Ministério da
Saúde, Secretaria Executiva, Projeto Reforço à Reorganização do Sistema Único de
Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2001
13. CONAMA. Resolução 001/86. Estabelece a exigência de Elaboração de
Estudo de Impacto Ambiental. (Federal);

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14. DAVIDE, Antônio C. Seleção de Espécies Vegetais para Recuperação de
Áreas Degradadas. Simpósio Nacional de Recuperação de Áreas Degradadas –
SINRAD, 1999;
15. EMBRAPA – Empresa Brasileira de pesquisa Agropecuária. Mapa de
levantamento de Reconhecimento de Média Intensidade dos Solos do Estado de
Rondônia, Rondônia,1982;
GLUFKE, Clarice. Espécies Florestais Recomendadas para Recuperação de
Arcas Degradadas. Porto Alegre : Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul.,
1999.
Guerra, Antonio Teixeira.Dicionário Geológico Geomorfológico. IBGE, Rio de
Janeiro, 1993.
SOCIEDADE DE INVESTIGAÇÕES FLORESTAIS. Boletim Técnico, nº 2. 1980.
16. IBAMA. Manual de Reabilitação de Arcas Degradadas. 1990;
17. MASCHIO, Lucila et aL. Evolução, Estágio e Caracterização da Pesquisa em
Recuperação de Arcas Degradadas no Brasil. In: Simpósio Nacional de
Recuperação de Áreas Degradadas – SINRAD, 1992.
18. Monteiro, José Henrique Penido Manual Gerenciamento Integrado de
Resíduos Sólidos. coordenação técnica Victor Zular Zveibil. Rio de Janeiro: IBAM,
2001;
19. KAGEYAMA, Paulo et al. Revegetação de Areas Degradadas: Modelos de
Consorciação com Alta Diversidade. In: Simpósio Nacional de Recuperação de
Áreas Degradadas – SINRAD, 1994.
20. KOPEZINSKI, Isaac. Mineração X' Meio Ambiente: Considerações Legais,
Principais Impactos Ambientais e Seus Processos Modificadores. Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre : Ed. da Universidade., 2000.
21. Patrocínio: Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano da Presidência
da República – SEDU/PR;
22. RONDÔNIA. Lei 890, de 24 de abril de 2000, dispõe sobre estudos
ambientais para empreendimentos considerados poluidores;
23. SEDAM – Secretária de Desenvolvimento ambiental, Termo de Referencia
para Elaboração de Plano de Recuperação de Área Degradada -PRAD, Porto
Velho–RO, 2000;
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24. Solange, Dachach, Vitor zular Zveibil, Karin Segala. Gestão Integrada de
resíduos sólidos na Amazônia; com lidar com o lixo de maneira adequada. IBAM,
Brasília: MMA, 2002;
25. VESENTINI, José William. Geografia Crítica. Ed. Ática, 199;
26. VESENTINI, José William. Sociedade e Espaço. Geografia Geral e do Brasil.
30º edição Ed. Ática , 1999;
26. VIEIRA, Lúcio Salgado. Manual de Morfologia e Classificação de Solos. Ed.
Agronômica Ceres LTDA. São Paulo 2º ed. 1998

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17. RELAÇÃO DE ANEXOS

1. CARTA IMAGEM;
2. ESTUDO HIDROGEOLÓGICO;
3. CROQUI DE UTILIZAÇÃO DA ÁREA.
4. PROJETO DE CONSTRUÇÃO DOS POÇOS - PIEZOMETRO
5. BOLETINS DAS ANÁLISES DE ÁGUA.
6. ART’s – EQUIPE TÉCNICA

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ANEXO. 1. CARTA IMAGEM;

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ANEXO 2. ESTUDO HIDROGEOLÓGICO.
1. HIDROGEOLOGIA.
1.1. Caracterização Hidrogeológica.
A região Norte é caracterizada por um quadro hidrogeológico bastante
favorável, em virtude da presença, em mais da metade de seu território, de
depósitos sedimentares de litologia variável, com ocorrência de horizontes de
elevada permeabilidade.

FIGURA 1.Domínios Hidrogeológicos do Brasil

O restante da área constitui domínio dos sistemas aqüíferos fissurados de


baixa produtividade quando aflorantes, mas com freqüência sensivelmente
melhorada pela presença, em superfície, de sedimentos inconsolidados, com
espessura que pode ultrapassar os 40 m, com os quais formam muitas vezes
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sistema aqüífero único. As coberturas, além de constituírem reservatórios hídricos
de boa potencialidade, geralmente os mais explorados em suas áreas de ocorrência,
constituem um meio permeável que permite a recarga contínua do sistema fissurado
subjacente.
Os dois domínios hidrogeológicos estão concentrados
predominantemente em três grandes áreas; duas representadas pelos sistemas
aqüíferos fissurados das províncias hidrogeológicas do escudo Setentrional, que
ocupa a faixa norte da região (maior parte dos estados do Amapá e Roraima e áreas
dos estados do Amazonas e Pará), e do escudo Central, correspondente à metade
sul do Pará e grandes superfícies de Rondônia e Tocantins. Esses sistemas têm
recarga facilitada pelo elevado índice pluviométrico da região, pela presença de
coberturas cenozóicas e pela abundância de água de superfície.
Os problemas de gerenciamento de água subterrânea de Rondônia estão
mais relacionados com a qualidade do que com a quantidade de água. A água é um
artigo abundante, porém a construção de poços de alta vazão sem contaminação
bacteriológica nem sempre é fácil. A água subterrânea rasa corre o risco de poluição
bacteriológica, constituindo um sério problema de saúde para a população.
Em Rondônia, merece menção, além dos aqüíferos das aluviões e
eluviões, o aqüífero Parecis, com seqüência sedimentar constituída
predominantemente por clásticos, e que apresenta elevada produtividade (vazões
específicas de 10 a 15 m3/h/m). Sua ocorrência fica restrita à porção sudeste do
Estado, onde se desenvolve para o estado de Mato Grosso.

1.2. Potencialidades e Condições de Utilização das Águas Subterrâneas.


Na região Norte, a água subterrânea é utilizada quase que
exclusivamente para o abastecimento humano. Embora não dispondo de
informações precisas, pode-se dizer, com certa segurança, que o volume de água
destinado a outros usos (irrigação, pecuária, indústria etc.) é inferior a 10% do total.
O uso industrial é concentrado nas maiores cidades, como Belém e Manaus, onde
se encontram as principais indústrias, com atividades voltadas principalmente para
as áreas alimentícia, madeireira e de cerâmica.

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De um total de 352 localidades com sistema de distribuição de água
(dados de 1995), 169 utilizam água subterrânea, correspondente em volume a 40%
dos cerca de 1.210.000 m3 disponibilizados por dia. Em alguns estados, a
contribuição subterrânea ainda é relativamente pequena, se levadas em
consideração as grandes possibilidades. Nesse caso estão incluídos os estados do
Acre (18,7%), Rondônia (25%) e Tocantins (20%). Por outro lado, estados como o
Pará, com 79,4% das localidades, e o Amapá, com 64%, mostram o predomínio das
águas subterrâneas no abastecimento público. O Amazonas é o estado que utiliza
maior volume de água subterrânea, com cerca de 25% do total disponibilizado na
região.
O aqüífero explorado é representado pelos sedimentos cenozóicos da
província do Amazonas, através de poços tubulares com até 250 m de profundidade
e, com maior freqüência, por poços escavados de grande diâmetro e ponteiras. Em
Manaus, as oito dezenas de poços tubulares utilizados no abastecimento têm
profundidade média de 160m e captam o aqüífero Alter do Chão com uma vazão
média de 78 m3/h.
Existe na região um número muito grande de poços rasos, de "fundo de
quintal", que, pela deficiência da construção e falta de conservação, constituem
verdadeiros canais de poluição dos aqüíferos. Só na Grande Belém existem cerca
de 20.000 desses poços, utilizados no abastecimento de residências, hotéis,
hospitais, lava-jatos, pequenas indústrias etc.

1.3. Sistema Aqüífero.


Um sistema aqüífero é definido por um conjunto de características
geométricas (forma, limites, etc.) e físicas (transmissividade, permeabilidade, etc.).
Os sistemas aqüíferos do Estado de Rondônia foram definidos tendo por base a
litologia, a estrutura e a permeabilidade (tipo e ordem de grandeza). A partir da
definição da estrutura de cada sistema aqüífero e de seus limites, baseada no
comportamento hidrogeológico das litologias predominantes, obteve-se a seguinte
compartimentação hidrolitológica:
• aqüíferos intergranulares descontínuos, livres a semiconfinados;
• aqüíferos intergranulares contínuos, livres;
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• aqüíferos fraturados descontínuos, livres;
• aqüíferos locais restritos às zonas fraturadas, livres;
• aqüíferos intergranulares/fraturados, livres ou confinados;
• aqüíferos de baixo potencial hídrico;
• zonas praticamente sem água subterrânea.
A área em estudo está incluída na Unidade Santo Antônio do Sub-
Domínio Hidrogeológico das Rochas Cristalinas representadas por aqüíferos Locais
Restritos às Zonas Fraturadas, Livres.

PORTO
VELHO

Área em
Estudo

FIGURA 2. Subdomínios Hidrogeológicos – Porto Velho

Corrrespondem às rochas cristalinas das diversas suítes intrusivas


graníticas, charnoquíticas e gabróicas ocorrentes no Estado, bem como aos basaltos
da For¬mação Anari.
A permeabilidade é variável, comumente baixa; no entanto, os poços que
exploram estes aqüíferos apresentam uma produtividade média maior que aqueles
que exploram os aqüíferos Fraturados Descontínuos Livres. A vazão específica
média dos poços é de 1,2 m3/h/m, e a transmissividade média, calculada com dados
de cinco poços, é de 4,84 x 10 -4 m2/s.
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A alimentação desse sistema é feita diretamente pela água da chuva ou
através da cobertura elúvio-coluvial, e seu aproveitamento, através de poços
tubulares de até 100 m de profundidade, restrito às zonas de relevo mais suave.

1.4. Qualidade das Águas Superficiais.


Na região, existem três tipos dominantes de águas superficiais que são:
água esbranquiçada, água negra e água clara, que se distinguem entre si
visualmente pelo aspecto físico.

1.5. Águas Esbranquiçadas.


As águas esbranquiçadas são muito ricas em sólidos minerais em
suspensão apresentando um aspecto barrento. São comuns nos rios
geologicamente jovens. Esse tipo de sistema fluvial é encontrado na bacia
sedimentar, sendo os mais importantes: o Rio Madeira, Machado, Jaci-Paraná,
Abunã, que constituem os chamados rios de várzea.

1.6. Águas Negras.


Resultado da decomposição da vegetação da floresta Amazônica lixiviada
pelas águas das chuvas, formando uma solução, que vai alcançar o lençol freático
dando origem aos igarapés de águas escuras. A solução aquosa passa pelo sistema
radicular da vegetação da florestal ficando despojada de sais minerais.

1.7. Águas Mistas.


Formam um ecossistema aquático de transição que ocorre nos ambientes
de mistura natural de águas barrentas com águas negras, eventos regionalmente
conhecidos como encontro das águas, que constituem ambientes importantíssimos
para a produtividade primária e secundária aquática na região amazônica.

1.8. Águas Claras


Constituem um sistema definido por peculiaridades geológicas da região.
Assim, pode existir um sistema de água clara com qualidade físico-química similar à
água esbranquiçada, e um outro, pobre em nutrientes equivalente a água negra. Se
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a bacia hidrográfica drena regiões cujas deposições sedimentares ocorreram no final
do Cretáceo, com idade da ordem de 65 milhões de anos, apresenta solo com
textura argilosa e rede de drenagem constituída por rios geologicamente velhos,
vamos encontrar um sistema de água clara, com ausência de sólidos minerais em
suspensão e de metabólicos secundários. Sob o ponto de vista físico-químico é
equivalente a água destilada ácida, e sua produtividade primária e secundaria é
muito pequena.

1.9. Interpretação dos Resultados


Os resultados obtidos na etapa de campo foram utilizados para a
confecção de mapas que apresentam a direção e fluxo do escorrimento superficial e
subterrâneo.

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2. FLUXO DO ESCORRIMENTO SUPERFICIAL.
Foi determinado após levantamento topográfico de detalhe da área. Os
dados obtidos foram processados em computador em software específico que traçou
as curvas de nível e a direção do fluxo do escorrimento das águas superficiais.
OPOGRAFIA DA ÁREA ESCORRIMENTO SUPERFICIAL

9,023,000 9,023,000

9,022,500 9,022,500

9,022,000 9,022,000

9,021,500 9,021,500

9,021,000 9,021,000

395,000 395,500 396,000 396,500 397,000 397,500 395,000 395,500 396,000 396,500 397,000 397,500

FIGURA 3. Topografia e fluxo do escorrimento superficial da área e entorno

De acordo com os resultados obtidos pode-se afirmar que a direção do


fluxo do escorrimento superficial na área de um modo geral se dá da área de
disposição de resíduos sólidos para NE (Nordeste) e para SW (Sudoeste),
conduzindo o fluxo em direção à rede de drenagem local.

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3. FLUXO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
Foi determinado após a elaboração do mapa piezométrico da área que
foi obtido a partir do tratamento das informações do levantamento topográfico e nas
medidas de profundidade do nível freático nos poços, rede de drenagem e
captações superficiais do entorno.
A confecção do mapa piezométrico permitiu estabelecer o padrão do
fluxo subterrâneo expressando o comportamento geral do escoamento das águas
subterrâneas na área.

MAPA PIEZOMÉTRICO DA ÁREA FLUXO SUBTERRÂNEO

9,023,000 9,023,000

9,022,500 9,022,500

9,022,000 9,022,000

9,021,500 9,021,500

9,021,000 9,021,000

395,000 395,500 396,000 396,500 397,000 397,500 395,000 395,500 396,000 396,500 397,000 397,500

FIGURA 4. Mapa piezométrico e fluxo das águas subterrâneas da área e entorno

De acordo com os resultados obtidos pode-se afirmar que a direção do


fluxo das águas subterrâneas se dá, com maior intensidade, da área de disposição
de resíduos sólidos para a direção NE/E (Nordeste/Este), conduzindo o fluxo em
direção à rede de drenagem local.

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4. LOCAÇÃO DE POÇOS DE MONITORAMENTO
De acordo com a direção do fluxo das águas subterrâneas foram locados
3 (três) poços para o monitoramento das águas subterrâneas nos limites da área de
disposição dos resíduos sólidos.
Os poços serão perfurados e construídos de acordo com as condições
estabelecidas na norma da ABNT NBR 13.895 “Construção de Poços de
Monitoramento e Amostragem”.

9,023,000

9,022,500

9,022,000

9,021,500

9,021,000

395,000 395,500 396,000 396,500 397,000 397,500

FIGURA 5. Locação dos Poços de Monitoramento

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ANEXO 3. CROQUI DE UTILIZAÇÃO DA ÁREA

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4. PROJETO DE CONSTRUÇÃO DOS POÇOS - PIEZOMETRO

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ANEXO 5. BOLETINSDAS ANÁLISES DE ÁGUA.

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ANEXO 6. ART’S

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