Teorias Humanistas
Teorias Humanistas
Teorias Humanistas
Introdução
A teoria humanista expressa que o psicólogo necessita se tornar um agente ativo nos processos de evolução do paciente,
oferecendo compreensão e aceitação na busca de que o paciente construa seu próprio caminho e como um mediador o psicólogo
age na busca do paciente por sua autonomia e propria força para seguir este caminho, sendo auxiliado e apoiado na busca de
enfrentar suas adversidades e descobrir sua forca para seguir em sua evolução pessoal.
Sendo uma linha teórica da ciência psicológica a teoria humanista age principalmente na integração do indivíduo, seus principais
conceitos são : livre - arbítrio, auto -eficácia e auto realização, baseando - se nestes conceitos se desvia da disfunção, se
concentrando em capacitar o indivíduo a buscar seu potencial máximo e aumentar de forma gradativa a sensação de bem - estar.
A ciência por trás da teoria humanista tem como principal protagonista o próprio ser humano, esta é a matéria prima de todos os
estudos e pesquisas, do ser humano parte todas as inquietações, pois, quanto mais o ser se desenvolve mais perceptível ele se torna
tendo consciência do mundo ao seu redor. O agir e pensar de cada ser é singular e essa complexidade é o produto de todas as
perguntas, apesar de ser o centro do assunto o ser em si não é o foco da abordagem e sim, sua evoluçâo pessoal e tornar útil essa
mesma capacidade no aprendizado.
A integração traz à luz o foco desta investigação que é a construção de personalidade do indivíduo, no ensino centrado, dando
ênfase nas relações interpessoais, o fazendo capaz de fazer sua propria composição e coordenação do pessoal da realidade, bem
como ser capaz de se manter em operação como ser que faz parte de um grupo de indivíduos de seu meio social.
Alguns destes conceitos e entedimentos partiram dos estudos de vários psicólogos com extenso histórico de pesquisa porém neste
trabalho escolhemos falar sobre, George Kelly e Carl Rogers ainda que existiam pequenas discrepâncias entre eles as suas visões
teóricas, ainda no século XXI são utilizadas de forma diretas e atual , sendo pesquisadas por estudiosos e cientistas, o que torna
ambos Kelly e Rogers e suas teorias de supra relevância para o estudo da Teoria Humanista e suas práticas que ainda são
utilizadas na era moderna trazem todos os holofotes para o ser humano os transformando no centro da teoria humanista.
SOBRE CARL ROGERS:
Nasceu em Chicago em 1902.
Em 1919 ingressou na Universidade de Wisconsin cursando Agricultura.
Em 1924 graduou-se em História, com pela Universidade de Chicago.
Em 1931 doutorou-se em Psicologia Educacional no “Teachers College’ da
Universidade de Columbia, em Nova York.
Em 1939 publica seu primeiro livro: "O tratamento clínico da criança
problema”.
Publicou 16 livros, dentre os quais se destacam: Tornar-se Pessoa, Liberdade
para Aprender e Terapia Centrada no Cliente.
Publica em 1957 o mais importante artigo “As condições necessárias e
suficientes para mudança terapêutica da personalidade”.
Foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz e ganhou um Oscar sobre sua prática,
(1902-
registrada em um filme documentário.
A abordagem Rogeriana é basicamente humanista e visa à aprendizagem do
individuo por completo.
1987)
TEORIA HUMANISTA DE CARL ROGERS:
Ao invés de uma teoria de aprendizagem, Rogers propõe uma série de Princípios de Aprendizagem:
I. Seres humanos têm uma potencialidade natural para aprender.
II. A aprendizagem significante (é mais que acumulo de fatos. Produz modificação, quer que seja no
comportamento, na orientação da ação futura que escolhe, ou nas suas atitudes e na sua personalidade.)
ocorre quando a matéria de ensino é percebida pelo aluno como relevante para seus próprios objetivos.
III. A aprendizagem que envolve mudança na organização do eu – na percepção de si mesmo – é
ameaçadora e tende a suscitar resistência.
IV. As aprendizagens que ameaçam o eu são mais facilmente percebidas e assimiladas quando as ameaças
externas se reduzem a um mínimo.
V. Quando é pequena a ameaça ao eu, pode-se perceber a experiência de maneira diferenciada e a
aprendizagem pode prosseguir.
VI. Grande parte da aprendizagem significante é adquirida através de atos.
PRINCÍPIOS DA APRENDIZAGEM:
VII. A aprendizagem é facilitada quando o aluno participa responsavelmente do processo de
aprendizagem.
VIII. A aprendizagem autoiniciada que envolve a pessoa do aprendiz como um todo – sentimentos
e intelecto – é mais duradoura e abrangente.
IX. A independência, a criatividade e a autoconfiança são todas facilitadas, quando a autocrítica e a
autoavaliação são básicas e a avaliação feita por outros é de importância secundária.
X. A aprendizagem socialmente mais útil, no mundo moderno, é a do próprio processo de
aprender, uma contínua abertura à experiência e à incorporação dentro de si mesmo, do processo
de mudança.
O ensino na perspectiva de Rogers diz ter uma reação negativa em relação
ao ensino porque, tal como é usualmente definido, levanta questões
erradas, tais como: O que ensinar? O que deve abranger o curso?
ENSINO X FACILITAÇÃO:
Para ele, qualquer resposta dada a perguntas dessa natureza pressupõe que aquilo é ensinado é o
que é aprendido, que aquilo que é apresentado é o que é assimilado. Diz ele desconhecer suposição
tão obviamente falsa. Para Rogers, o objetivo do sistema educacional, desde os primeiros anos até
a pós-graduação, deve ser a facilitação da mudança e da aprendizagem.
FACILITAÇÃO X ENSINO:
Facilitação da aprendizagem não é, para Rogers, sinônimo de ensino no sentido usual: “A iniciação
dessa aprendizagem (auto iniciada, significante, experiencial, “visceral”, “pela pessoa inteira”) não
repousa em habilidade de ensino do líder, nem em sua erudição, nem em seu planejamento curricular,
nem no uso que ele faz de recursos audiovisuais. Também não repousa nos materiais programados que
ele usa, nem em suas aulas, nem na abundância de livros, apesar de que cada um desses recursos possa
em certo momento ser importante. Não, a facilitação da aprendizagem significante repousa em certas
qualidades atitudinais que existem na relação interpessoal entre facilitador e aprendiz.”
AUTENTICIDADE DO FACILITADOR DA APRENDIZAGEM: O professor é uma pessoa
para seus alunos e não um mecanismo através do qual o conhecimento é transmitido de uma
geração para outra.
PREZAR, ACEITAR, CONFIAR: O facilitador que apresenta esta qualidade valoriza o
estudante como ser humano imperfeito dotado de muitos sentimentos e potencialidades.
COMPREENSÃO EMPÁTICA: A compreensão empática faz com que o aluno se sinta
compreendido, ao invés de julgado ou avaliado.
Os estudantes precisam ser compreendidos, não avaliados, não julgados, não ensinados. ➢
Facilitação exige compreensão e aceitação empática. ➢ Aprendizagem significante envolve a
pessoa inteira do aprendiz (sentimentos, assim como intelecto) e é mais duradoura e penetrante.
Além disso, aprender a ser aprendiz, isto é, ser independente, criativo e autoconfiante é mais
facilitado quando a autocrítica e a autoavaliação são básicas e a avaliação por outros tem
importância secundária.
Para Rogers, o ser humano nasce com uma tendência de realização que, se a infância não estraga,
pode resultar em uma pessoa plena: aberta a novas experiências, reflexivas, espontâneas e que
valorize a si e aos outros.
A pessoa não adaptada teria traços opostos: fechada, rígida e desdenhosa de si mesma e dos outros.
Rogers insiste na importância das atitudes e qualidades do terapeuta para o bom resultado da terapia:
as três principais são empatia, autenticidade e congruência.
O paradigma humanista considera os estudantes como entidades individuais, únicas e diferentes das
outras.
Eles são seres com iniciativa, com necessidades pessoais para crescer, com potencial para
desenvolver atividades e resolver problemas criativamente.
Os estudantes não são seres que participam apenas cognitivamente, mas pessoas que têm afetos,
interesses e valores particulares e devem ser considerados como pessoas totais.
O propósito do humanista é treinar estudantes na tomada de decisões em áreas onde o respeito pelos
direitos da pessoa, justos e injustos são questionados
As características que o humanista deve ter são:
i. ser um professor interessado no aluno como uma pessoa completa. ii. Tente estar aberto a
novas formas de ensino.
iii. Encorajar o espírito cooperativo
iv. Seja autêntico e genuíno diante dos estudantes.
v. Tente entender seus alunos colocando-se em seu lugar (empatia) e seja sensível às suas
percepções e sentimentos.
vi. Rejeitar posições autoritárias e egocêntricas.
vii. Disponibilizar aos alunos seus conhecimentos e experiências e quando eles precisarem, eles
podem contar com eles.
O aluno desenvolverá seu aprendizado quando se tornar significativo e isso acontece quando a
pessoa está envolvida como um todo, incluindo seus processos afetivos e cognitivos, e se
desenvolve experimentalmente.
É importante que o aluno considere o tópico tratado como algo importante para seus objetivos
pessoais.
A aprendizagem é melhor se for promovida como participativa, na qual o aluno decide, move
seus próprios recursos e assume a responsabilidade pelo que aprenderá.
Também é importante promover um ambiente de respeito, compreensão e apoio aos alunos.
Rogers sugere que o professor não utilize receitas estereotipadas, mas agir de forma inovadora e
é ele mesmo, isso é autêntico.
O aluno desenvolverá seu aprendizado quando se tornar significativo e isso acontece quando a
pessoa está envolvida como um todo, incluindo seus processos afetivos e cognitivos, e se
desenvolve experimentalmente.
É importante que o aluno considere o tópico tratado como algo importante para seus objetivos
pessoais.
A aprendizagem é melhor se for promovida como participativa, na qual o aluno decide, move
seus próprios recursos e assume a responsabilidade pelo que aprenderá.
Também é importante promover um ambiente de respeito, compreensão e apoio aos alunos.
Rogers sugere que o professor não utilize receitas estereotipadas, mas agir de forma inovadora e
é ele mesmo, isso é autêntico.
Influências do existencialismo e fenomenologia:
Existencialismo: ênfase na existência, em como os seres humanos vivem suas vidas, na
liberdade. Contra especulações abstratas e cientificismo racionalista. O ser humano não pode
ser reduzido a nenhuma entidade, seja de um animal racional, de um ser social, de uma entidade
psíquica ou biológica.
Fenomenologia: é o método certo para abordar o homem. Procura descobrir o que é dado na
experiência, abordar os conteúdos da consciência sem preconceitos ou teorias preconcebidas
por parte do observador. Juntamente com essa consideração metodológica, a fenomenologia
oferece à psicologia humanista outra tese fundamental: a consciência é sempre uma consciência
que tende a algo, é essencialmente intencional.
O humanismo incorpora o existencialismo nos seguintes pontos:
▪ O ser humano é eletivo, capaz de escolher seu próprio destino;
▪ O ser humano é livre para estabelecer seus próprios objetivos de vida
▪ O ser humano é responsável por suas próprias escolhas.
Existem postulados comuns para a maioria dos psicólogos humanistas, e eles são os seguintes:
i. O ser humano é uma totalidade. Esta é uma ênfase holística que diz que o ser humano deve ser estudado em sua
totalidade e não fragmentado.
ii. O homem tem um núcleo central estruturado, isto é, seu "eu", que é a gênese e a estrutura de todos os seus
processos psicológicos.
iii. O homem tende naturalmente à sua autorrealização de maneira formativa. Em face de situações negativas, você
deve transcendê-las. Se o ambiente é propício, genuíno e empático e não ameaçador, as potencialidades serão
favorecidas.
iv. O homem é um ser em um contexto humano e vive em relação a outras pessoas.
O homem está consciente de si e da sua existência. Nós nos conduzimos de acordo com o que éramos no passado e
nos preparando para o futuro.
vi. O homem tem as faculdades de decisão, liberdade e consciência para escolher e tomar suas próprias decisões, o
que se traduz em um ser ativo e construtor de sua própria vida.
vii. O homem é intencional, isto é, que os atos volitivos ou intencionais são refletidos em suas próprias decisões ou
escolhas.
Rogers extrapolou a partir da experiência e da pesquisa em aconselhamento e psicoterapia e
propôs uma nova abordagem à educação, que vê o ensino como a relação que facilita o
interpessoal onde o facilitador é caracterizado por três atitudes ou condições básicas: empatia,
respeito, consideração positiva, estima ou confiança e realismo, genuinidade ou congruência, ao
fazê-lo, Rogers forneceu uma base psicológica sistemática para o que está sendo chamado de
educação humanista.
Rogers descreve a educação do futuro da seguinte forma: a educação não será uma preparação
para a vida. Será, em si, uma experiência de vida.
Os seres humanos, conforme experimentados na terapia centrada no cliente de Rogers, são
basicamente racionais, socializados, progressivos e relacionais. Eles são ativos e construtivos,
além de reagirem aos estímulos de seus respectivos ambientes. Eles são basicamente
cooperativos, positivos e confiáveis.
SOBRE GEORGE KELLY: