Plano de Estruturacao Do Jatoba

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PROGRAMA DE

DESENVOLVIMENTO
ESTRATÉGICO DA REGIÃO
DO JATOBÁ

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - BRASIL


TERMO DE REFERÊNCIA
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
ESTRATÉGICO DA REGIÃO DO JATOBÁ

Subsecretaria de Planejamento
Urbano (SUPLAN)

Secretaria Municipal de Política


Urbana (SMPU)

Dezembro 2022

2
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


AEIS Áreas Especiais de Interesse Social
AGEE Áreas de Grandes Equipamentos Econômicos
AGEUC Áreas de Grandes Equipamentos de Uso Coletivo
APP Área de Preservação Permanente
CL Comitê Local
COMAM Conselho Municipal de Meio Ambiente
COPASA Companhia de Saneamento de Minas Gerais
CP Cadastro de Plantas de Parcelamento do Solo
DRENURBS Programa de Recuperação Ambiental de Belo Horizonte
DOTS Desenvolvimento Orientado pelo Transporte Sustentável
ELUP Espaço Livre de Uso Público
FIEMG Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais
GGL Grupo Gestor Local
GGM Grupo Gestor do Macroplanejamento
GT Grupo de Trabalho
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ITBI Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis
NAU Nova Agenda Urbana
MG Minas Gerais
ODS Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
OM Ocupação Moderada
OP Ocupação Preferencial
PBH Prefeitura de Belo Horizonte
PEA Plano de Estruturação Urbano-Ambiental
PGE Plano Global Específico
PL Plantas de Loteamento
PRU Plano de Regularização Urbanística
PLANMOB Plano de Mobilidade Urbana
RMBH Região Metropolitana de Belo Horizonte
SUDECAP Superintendência de Desenvolvimento da Capital
SLU Superintendência de Limpeza Urbana
TJMG Tribunal de Justiça de Minas Gerais
TR Termo de Referência
URBEL Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte
UVQ Unidade de Vizinhança Qualificada
VIURBS Programa de Estruturação Viária de Belo Horizonte
ZEIS Zonas Especiais de Interesse Social
ZP Zonas de Preservação Ambiental

3
SUMÁRIO
1. OBJETIVO 7

2. ANTECEDENTES E CONTEXTO DO PROGRAMA 7

3. DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 10

4. ESCOPO PRINCIPAL, DIRETRIZES E LIMITES DO PROJETO 17

5. DESCRIÇÃO DE ETAPAS 27

6. ESTRUTURAÇÃO E GESTÃO DO TRABALHO 27

7. AÇÃO CONTÍNUA: COMUNICAÇÃO, MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL 29

7.1. COMUNICAÇÃO 29

7.2. MOBILIZAÇÃO 31

7.3. PARTICIPAÇÃO SOCIAL 32

7.4. FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO 36

8. ETAPA 1: PESQUISAS PRIMÁRIAS E ESTUDOS FUNDAMENTAIS 38

8.1. MACROPLANO DA REGIÃO DO JATOBÁ 39

8.1.1. ATUALIZAÇÃO DA BASE CARTOGRÁFICA 39

8.1.2. PESQUISA DE CONTAGEM DE DOMICÍLIOS E DE LOTES 40

8.1.3. PESQUISA DE EQUIPAMENTOS, PROGRAMAS E SERVIÇOS 41

8.1.4. PESQUISA QUALITATIVA E CARACTERIZAÇÃO HISTÓRICA 43

8.1.5. PESQUISA DE DOCUMENTAÇÃO DE POSSE, DE AÇÕES JUDICIAIS E CARTORÁRIA 44

8.1.6. PESQUISA AMOSTRAL SOCIOECONÔMICA ORGANIZATIVA 46

8.1.7. ESTUDO DE MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE 47

8.1.8. ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA 52

8.1.9. ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA,


ESGOTAMENTO SANITÁRIO E LIMPEZA URBANA 54

8.1.10. ESTUDO DE RISCO GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO 54

8.1.11. PESQUISA DE ARBORIZAÇÃO URBANA 55

8.1.12. CARACTERIZAÇÃO INTEGRADA DO MACROPLANO DA REGIÃO DO JATOBÁ 56

8.2. ESTUDO DE ÁREAS COMPLEMENTARES 59

8.2.1. ATUALIZAÇÃO DA BASE CARTOGRÁFICA 59

4
8.2.2. ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DE MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE 59

8.2.3. PESQUISA DE ARBORIZAÇÃO URBANA 60

8.2.4. PESQUISA DE CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL E SANITÁRIA 60

9. ETAPA 2: PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES 62

9.1. MACROPLANO DA REGIÃO DO JATOBÁ 64

9.1.1. URBANÍSTICO-AMBIENTAIS 64

9.1.2. MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE URBANA 64

9.1.3. DRENAGEM URBANA 65

9.1.4. ABASTECIMENTO DE ÁGUA, ESGOTAMENTO SANITÁRIO E LIMPEZA URBANA 66

9.1.5. JURÍDICO-LEGAIS E INSTITUCIONAIS 67

9.1.6. SOCIOECONÔMICAS E ORGANIZATIVAS 68

9.2. PLANO URBANÍSTICO INTEGRADO 70

9.2.1. URBANÍSTICO-AMBIENTAIS 70

9.2.2. MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE URBANA 71

9.2.3. INTERVENÇÕES GEOTÉCNICAS 71

9.2.4. JURÍDICO-LEGAIS E INSTITUCIONAIS 72

9.2.5. SOCIOECONÔMICAS E ORGANIZATIVAS 72

9.3. PLANO DE ESTRUTURAÇÃO URBANO-AMBIENTAL 74

9.3.1. URBANÍSTICO-AMBIENTAIS 74

9.3.2. MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE URBANA 75

9.3.3. INTERVENÇÕES GEOTÉCNICAS 75

9.3.4. JURÍDICO-LEGAIS E INSTITUCIONAIS 76

9.3.5. SOCIOECONÔMICAS E ORGANIZATIVAS 76

10. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES E INVESTIMENTOS 78

11. EQUIPE DE TRABALHO 79

11.1. EQUIPE CHAVE 79

11.2. EQUIPE DE APOIO SUGERIDA 81

12. RESULTADOS E ENTREGAS 81

5
13. DIRETRIZES E REQUISITOS PARA A PRODUÇÃO DE RELATÓRIOS 85

14. INFORMAÇÕES E ESTUDOS A SEREM FORNECIDOS À CONTRATADA 87

15. LEGISLAÇÃO, NORMAS E REGULAMENTOS 88

16. CRONOGRAMA FÍSICO E DE DESEMBOLSO SUGERIDO 89

ANEXO I TOPOGRAFIA
ANEXO II PESQUISA DE CONTAGEM DE DOMICÍLIOS E DE LOTES (CENSITÁRIA)
ANEXO III PESQUISA DE PADRÃO CONSTRUTIVO

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TERMO DE REFERÊNCIA

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO DA REGIÃO DO JATOBÁ

1. OBJETIVO

O Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá tem como objetivo a construção


de um arcabouço de diretrizes e propostas de desenvolvimento territorial, bem como de
instrumentos jurídico-urbanísticos, com ampla participação dos atores locais, que visem ao
enfrentamento dos conflitos fundiários e de uso estabelecidos na região, à melhoria da articulação
interna e externa da área, ao reconhecimento do potencial das organizações comunitárias e
institucionais locais e à valorização e recuperação das áreas de interesse ambiental. O Programa
compreende a elaboração de três planos – Macroplano da Região do Jatobá, Plano Urbanístico
Integrado e Plano de Estruturação Urbano-Ambiental – e do Estudo de Áreas Complementares, que
em conjunto devem contribuir para a construção de um modelo de gestão territorial integrado e
sustentável, podendo ser replicado em outras experiências de planejamento municipal.

Em todas as etapas do trabalho deverão ser realizadas ações que visem à integração e ao
protagonismo dos atores locais nos processos de caracterização do território, de elaboração de
propostas e de tomadas de decisão. Espera-se, assim, que o processo participativo estabelecido no
contexto de elaboração do Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá supere as
dimensões informativas e consultivas, de maneira a se consolidar como um modelo de gestão
participativa.

Considerando os objetivos apresentados, caberá à CONTRATADA a elaboração do Programa de


Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá de acordo com metodologia a ser aprovada pela
equipe da CONTRATANTE. O trabalho será desenvolvido em Belo Horizonte, capital do estado de
Minas Gerais, Brasil. A equipe técnica de acompanhamento e fiscalização do trabalho será composta
por membros da Administração Municipal. Além desta, destacam-se, dentre os demais atores que
estarão envolvidos em determinados momentos de elaboração do trabalho, os representantes do
poder público estadual e de organizações da sociedade civil (associações de moradores, movimentos
sociais, comitês de bacias hidrográficas, organizações empresariais, moradores e trabalhadores da
região, etc.).

O Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá deverá ser elaborado de modo a


garantir a sua aplicabilidade e a transformação do território por meio de soluções que promovam a
melhoria da qualidade de vida das pessoas que residem, trabalham, empreendem e frequentam a
área, bem como a integração da Região do Jatobá ao restante da cidade.

2. ANTECEDENTES E CONTEXTO DO PROGRAMA

No início dos anos 1970, o governo do Estado de Minas Gerais desenvolveu a proposta de
implantação de um Distrito Industrial sócio-integrado na região do Jatobá, cuja concepção

7
contemplava o estabelecimento de um local apropriado para a instalação de indústrias no
Município, que conciliasse atividades produtivas e áreas habitacionais. Por essa razão, o projeto
global incluía quatro setores habitacionais denominados Conjuntos Jatobá I, II, III e IV, destinados
aos futuros trabalhadores do distrito. A área do distrito foi dividida em duas porções territoriais para
sua implantação: a Mancha A, implantada a partir de 1986, e a Mancha B, a partir de 1992 (Figura 2
– Mapa do Distrito Industrial do Jatobá). No entanto, o distrito foi implantado sem que toda a
infraestrutura instalada atendesse à integração prevista no plano original.

Figura 1: Limite da regional administrativa Barreiro e das áreas do Distrito Industrial Jatobá (mancha A e B)
Fonte: SMPU/Suplan, 2022

8
A delimitação da área do Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá abrangeu
parte da sub-bacia hidrográfica do Córrego Jatobá, a Mancha B do Distrito Industrial e o seu entorno,
que possui as seguintes características:

● Conflitos de usos, resultantes do compartilhamento desordenado do território por


usos residenciais uni e multifamiliares, atividades econômicas de grande porte e
atividades de comércio e serviços de pequeno e médio porte, atreladas à expansão
do uso residencial;
● Assentamentos de interesse social, conformados em momentos diversos ao longo
das últimas décadas;
● Grandes vazios urbanos, resultantes do parcelamento original da região e da
implantação incompleta da Mancha B;
● Cursos d’água canalizados e em leito natural, cujas nascentes se encontram na Serra
do Curral;
● Áreas de Preservação Permanente (APPs) e maciços arbóreos preservados ou em
condições de recuperação, bem como áreas antropizadas;
● Problemas de drenagem urbana ocasionados pelo modelo de ocupação existente e
pela falta de soluções adequadas.

Além desses aspectos que contextualizam algumas problemáticas, o Programa de Desenvolvimento


Estratégico da Região do Jatobá é parte integrante do Programa Mobilidade e Inclusão Urbana do
Corredor da Avenida Amazonas em Belo Horizonte. A Avenida Amazonas liga diretamente a região
central de Belo Horizonte ao município de Contagem e, consequentemente, ao vetor oeste de
expansão da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O cruzamento entre a Av. Amazonas e a Av.
Tereza Cristina, promove a ligação da Regional Oeste de Belo Horizonte com a Regional Barreiro,
conectando a área do Jatobá ao Programa.

Entre 2011 e 2013, através da contratação de consultoria especializada, a Prefeitura Municipal de


Belo Horizonte elaborou os Planos Diretores Regionais de Belo Horizonte, cujas diretrizes
fundamentaram a definição do Zoneamento Urbano, dos parâmetros urbanísticos e das diretrizes de
ordenamento territorial e desenvolvimento urbano que integram o novo Plano Diretor de Belo
Horizonte, Lei Municipal nº 11.181, aprovada no dia 08 de agosto de 2019, após extenso processo de
discussão pública e participativa iniciado em 2014.

A proposta de elaboração do Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá tem


como referência institucional e conceitual os princípios do Plano Diretor de Belo Horizonte (Lei
Municipal nº 11.181/ 2019), da função social da cidade e da propriedade urbana, nos termos do Art.
182 da Constituição Federal de 1988 e do Art. 2º da Lei Federal nº 10.257/2001, bem como nos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Nova Agenda Urbana (NAU).

No escopo do Plano Diretor estão definidas as diretrizes da política de desenvolvimento urbano


municipal, além do Plano de Mobilidade Urbana - PlanMob, e as regras de parcelamento, ocupação
e uso do solo. Em linhas gerais, as diretrizes atuais de ordenamento e desenvolvimento urbano para
a região do Jatobá definidas no Plano Diretor de Belo Horizonte indicam:

9
● Incentivar diversidade de usos, buscando mitigar os conflitos existentes e adequar a ocupação
e o adensamento à capacidade de suporte da infraestrutura urbana;
● Consolidar a região como polo de desenvolvimento econômico no contexto municipal, aspecto
favorecido pela inserção regional e metropolitana do Barreiro;
● Evitar processos de especulação imobiliária atrelada à valorização do solo que podem
contribuir para a expulsão dos moradores, por meio da delimitação de ZEIS e AEIS nas áreas
ocupadas por famílias de baixa renda;
● Viabilizar a regularização urbanística e fundiária dos assentamentos informais classificados
como ZEIS-1 e AEIS-2, por meio da regulamentação de parâmetros de parcelamento, uso e
ocupação do solo específicos nessas áreas, além da definição de diretrizes de intervenção
urbanística que visem à melhoria da qualidade de vida dos moradores e à sua integração à
cidade;
● Preservar e recuperar áreas de interesse ambiental, visando à restauração da qualidade dos
cursos d’água, à necessidade de contenção de cheias, à recuperação de ambientes hídricos e
à intervenção em áreas de preservação permanente, de forma a viabilizar a implantação de
parques lineares.

3. DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

A região do Jatobá está localizada na Região Administrativa Barreiro, na porção sul do município de
Belo Horizonte/MG, a aproximadamente 10 km da área central da cidade. A Região Administrativa
Barreiro, com uma população superior a 282.000 habitantes (IBGE, 2010), faz divisa com os
municípios metropolitanos de Nova Lima, Brumadinho, Ibirité e Contagem. A área de estudo está
inserida na sub-bacia hidrográfica do Córrego Jatobá que está circunscrita na Bacia Hidrográfica do
Ribeirão Arrudas (Figura 2). A bacia do Córrego do Jatobá apresenta a maior densidade de
urbanização, ocupações de fundo de vale e presença de nascentes ameaçadas de contaminação e
assoreamento.

10
Figura 2 - Localização da área de estudo nas bacias hidrográficas
Fonte: SMPU/Suplan, 2022

11
As vias principais de acesso de Belo Horizonte à região são a Avenida Waldir Soeiro Emrich e Avenida
Senador Levindo Coelho, entretanto, muitas viagens tem como origem a própria Regional Barreiro,
que guarda relativa autonomia pela presença de uma centralidade. A região abriga uma população
com renda predominante, em torno de 2 a 5 salários mínimos, considerada média-baixa;
significativas áreas no entorno do distrito industrial com rendas familiares baixas, de até dois salários
mínimos, em especial, nas áreas de ocupações; pequenos trechos ao longo da Avenida Senador
Levindo Coelho onde verificam-se rendas médias, entre 5 a 10 salários mínimos. Observa-se a
predominância da tipologia residencial unifamiliar de um a dois pavimentos, mesclada a tipologias
do uso misto, habitualmente associadas às centralidades. Há diversos conjuntos habitacionais,
verticais e horizontais, instalados próximos às áreas destinadas aos grandes equipamentos
econômicos. Importante ressaltar que está inserida, na área de estudo, parte da área de proteção da
Serra do Curral, tombada como Patrimônio Cultural do Município.

No que se refere ao ordenamento territorial e suas respectivas diretrizes, o perímetro a ser


contemplado no Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá abrange áreas
inseridas nas seguintes zonas urbanas (Figura 3):

● Ocupação Preferencial (OP) nas proximidades da Estação Diamante, onde o objetivo é


promover o melhor aproveitamento do potencial de ocupação e de adensamento favorecido
pela presença deste equipamento.
● Ocupação Moderada (OM) nas áreas caracterizadas pela presença do uso residencial e de
atividades de comércio e serviços, onde a ocupação e o adensamento devem ser adequados à
capacidade de suporte da infraestrutura urbana e ambiental1;
● Zonas Especiais de Interesse Social 1 (ZEIS 1), nas áreas ocupadas por famílias de baixa renda
e caracterizadas como vilas e favelas, para as quais é prevista a elaboração de Planos Globais
Específicos (PGE) com vistas à urbanização e à regularização dos assentamentos;
● Áreas Especiais de Interesse Social 2 (AEIS 2), nas áreas ocupadas por famílias de baixa renda
e caracterizadas como parcelamentos irregulares ou ocupações urbanas organizadas, para as
quais é prevista a elaboração dos Planos de Regularização Urbanística (PRU) com vistas à
urbanização e à regularização dos assentamentos;
● Áreas de Grandes Equipamentos Econômicos (AGEE), caracterizadas pela presença
predominante de atividades de grande porte e geradoras de impactos urbanísticos ou
ambientais de maior relevância e/ou que estejam destinadas à implantação desses;
● Áreas de Grandes Equipamentos de Uso Coletivo (AGEUC), caracterizadas pela presença de
equipamentos dessa natureza ou que estejam destinadas predominantemente à implantação
de atividades não residenciais;
● Zonas de Preservação Ambiental (ZP), nas porções do território cuja possibilidade de ocupação
sofre restrições em decorrência da presença de atributos ambientais relevantes;

1
Considera-se infraestrutura ambiental as áreas com atributos ambientais relevantes (maciços arbóreos,
nascentes, cursos d'água em leito natural etc) que forneçam serviços ecossistêmicos, como controle local
de calor, evapotranspiração, retenção de sedimentos, suporte à fauna, dentre outros.

12
Figura 3: Zoneamento na Região do Jatobá conforme Plano Diretor Municipal - Lei 11.181/19
Fonte: SMPU/Suplan, 2022

13
Além disso algumas porções do território estão delimitadas como:

● Áreas de Conexão de Fundo de Vale ao longo dos cursos d’água, para as quais deve ser
elaborado o Plano de Estruturação Urbano-Ambiental (PEA) e devem ser pensadas obras
públicas comprometidas com a qualificação ambiental, visando à restauração da qualidade dos
cursos d’água, à necessidade de contenção de cheias, à recuperação de ambientes hídricos e
à intervenção em áreas de preservação permanente, de forma a viabilizar a implantação de
parques lineares (Figura 4);
● Áreas de Conexão Verde ao longo das avenidas Perimetral, Waldir Soeiro Emrich e Senador
Levindo Coelho, para os quais devem ser previstas a melhoria da arborização urbana e à
formação de corredores ecológicos (Figura 4) ;
● Áreas de Diretrizes Especiais de Interesse Ambiental, onde existe interesse público na
preservação ambiental, em decorrência da presença de atributos ambientais relevantes ou da
necessidade de qualificação ambiental das unidades de vizinhança (Figura 4);
● Área de Diretrizes Especiais da Serra do Curral, que corresponde à área de proteção da Serra
do Curral, incluindo a área tombada e a área de entorno (Figura 5);
● Centralidades Locais ao longo de algumas vias da região e Centralidade Regional no entorno
da Estação Diamante, onde se pretende direcionar maior adensamento construtivo e
populacional e incentivar a concentração de atividades econômicas, complementarmente à
qualificação urbanística do espaço urbano (Figura 5).

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Figura 4: Sobrezoneamento na Região do Jatobá conforme Plano Diretor Municipal - Lei 11.181/19
Fonte: SMPU/Suplan, 2022

15
Figura 5: Sobrezoneamento na Região do Jatobá conforme Plano Diretor Municipal - Lei 11.181/19
Fonte: SMPU/Suplan, 2022

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4. ESCOPO PRINCIPAL, DIRETRIZES E LIMITES DO PROJETO
O Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá tem como escopo a elaboração
de estudos técnicos e planos considerando os aspectos físico-ambientais, socioeconômico, jurídico-
legais, organizativos e de mobilidade, com ampla participação dos atores locais. Compreende, como
indicado no item 1 supra, a entrega dos planos e estudos assim denominados: i) o Macroplano da
Região do Jatobá, abarcando o Distrito Industrial do Jatobá e seu entorno; ii) o Plano Urbanístico
Integrado, de caráter local, abrangendo assentamentos de interesse social inseridos no perímetro
do Macroplano; iii) o Plano de Estruturação Urbano-Ambiental, de caráter local, englobando as
Conexões de Fundo de Vale inseridas no perímetro do Macroplano; e iv) os Estudos de Áreas
Complementares, abrangendo sub-bacias hidrográficas do Córrego do Jatobá como unidades de
análise relevantes (Figura 3).

17
Figura 6: Delimitação do Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá
Fonte: SMPU/Suplan, 2022

18
A premissa do Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá é a construção de
propostas de forma compartilhada com a sociedade, por meio de um processo que garanta a
articulação e a integração das mesmas. Nesse contexto, deverão ser considerados os seguintes
objetivos específicos:

I - As diretrizes, projetos, programas e ações deverão considerar as necessidades e os interesses


locais, incluindo os condicionantes legais e os arranjos jurídicos e institucionais necessários;

II - A compatibilização dos usos residenciais e não residenciais, bem como o interesse de preservação
ambiental, deverão nortear o desenvolvimento das alternativas socioterritoriais;

III - Deverão ser propostos mecanismos de gestão participativa dos projetos, programas e ações
elaborados;

IV - As proposições deverão ser construídas em conformidade com os princípios e diretrizes do Plano


Diretor de Belo Horizonte e considerar também a Política Municipal de Habitação, o Plano Municipal
de Equidade de Gênero, o Plano Municipal de Promoção da Igualdade Racial e o Plano de Políticas
para as Pessoas com Deficiência.

Os Planos e Estudos inseridos no escopo do Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do


Jatobá, têm as seguintes características e objetivos específicos:

O MACROPLANO DA REGIÃO DO JATOBÁ contempla parte da área abrangida pelo Programa de


Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá, conforme delimitação contida na Figura 4, e tem
como objetivo a proposição de ações de estruturação da área, considerando os aspectos fundiário,
de ocupação e uso do solo, de acessibilidade e mobilidade urbana, ambientais, socioeconômicos e
culturais, além da infraestrutura urbana e ambiental e dos espaços públicos. Nele estão inseridas as
áreas abrangidas pelos planos locais: Plano Urbanístico Integrado e Plano de Estruturação Urbano-
Ambiental

19
Figura 7: Delimitação do Macroplano da Região do Jatobá
Fonte: SMPU/SUPLAN, 2022

20
O PLANO URBANÍSTICO INTEGRADO abrange as ocupações urbanas Irmã Dorothy, Camilo Torres,
Eliana Silva, Paulo Freire, Nelson Mandela e Horta I e II, conforme delimitação contida na Figura 5.
Este deverá contemplar a caracterização detalhada e a definição de propostas para os assentamentos
de interesse social indicados, considerando seus aspectos urbanísticos, ambientais, jurídico-legais,
socioeconômicos e organizativos. Ressalta-se que os estudos e propostas desenvolvidas no Plano de
Urbanístico Integrado deverão atender às diretrizes dos Planos de Regularização Urbanística (PRU) e
Plano de Estruturação Urbano-Ambiental (PEA), no território destas ocupações, conforme determina
o Plano Diretor Municipal.

21
Figura 8: Delimitação do Plano Urbanístico Integrado
Fonte: SMPU/SUPLAN. 2021

22
O PLANO DE ESTRUTURAÇÃO URBANO-AMBIENTAL abrange as Conexões de Fundo de Vale
estabelecidas no Plano Diretor de Belo Horizonte (Lei Municipal nº 11.181/2019), conforme
delimitado na Figura 9 deste Termo de Referência. Este plano, de caráter local, deverá contemplar a
caracterização detalhada e a definição de propostas para estas áreas, contemplando seus aspectos
ambientais, sociais e sanitários, com vistas à qualificação ambiental dos cursos d’água e de suas
respectivas Áreas de Preservação Permanente (APPs), bem como à definição de ações que
possibilitem o melhor controle de cheias e intervenções que favoreçam a implantação de parques
lineares e o atendimento à demanda de infraestrutura sanitária, de mobilidade e de equipamentos
de lazer. As áreas abrangidas pelas Conexões de Fundo de Vale se sobrepõem às áreas ocupadas por
moradias, como a Vila Laurinha e o Bairro do Sol, não identificadas como áreas de interesse social
para fins de regularização fundiária.

23
Figura 9: Delimitação do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental
Fonte: SMPU/SUPLAN, 2021

24
O ESTUDO DE ÁREAS COMPLEMENTARES abrange as sub-bacias do Córrego do Jatobá de codigo
4110102, 4110103, 4110104, 4110105, 4110106, 4110107 e 4110114 identificadas na Figura 10 deste
Termo de Referência, compreendendo áreas localizadas além dos limites do Macroplano da Região
do Jatobá. Este Estudo deverá contemplar a caracterização das sub-bacias delimitadas, com foco na
análise ambiental e no levantamento de potencialidades para intervenções de infraestrutura verde
e de tratamento para as áreas de fundo de vale.

25
Figura 10: Delimitação do Estudo de Áreas Complementares e das sub-bacias do Córrego do Jatobá. Fonte:
SMPU/SUPLAN, 2022

26
5. DESCRIÇÃO DE ETAPAS

A elaboração do Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá compreenderá as


seguintes ações e etapas:

a) Estruturação e Gestão do Trabalho, que consiste em mapeamento e encontros preliminares


com lideranças locais e acordos entre CONTRATANTE e CONTRATADA em relação aos ajustes
no Plano de Trabalho e no Plano de Comunicação e Participação Social.
b) Ação Contínua: Mobilização e Participação Social, que permeará todo o trabalho e na qual
deverão ser desenvolvidas atividades que visem à construção participativa e coletiva dos
planos e estudos que compõem o Programa. Será iniciada com um acordo de
desenvolvimento urbano na escala do Macroplano da Região do Jatobá, no primeiro
momento do trabalho e, a partir deste, com ações realizadas também nas escalas locais
(Plano Urbanístico Integrado e Plano de Estruturação Urbano-Ambiental).
c) Etapa 1: Pesquisas Primárias e Estudos Fundamentais, que consiste no levantamento,
atualização, complementação e consolidação de dados e informações necessários para
subsidiar a elaboração de propostas na Etapa 2. No caso do Estudo de Áreas
Complementares, as informações obtidas nesta etapa subsidiarão trabalho a ser realizado
pela CONTRATANTE, em momento posterior.
d) Etapa 2: Propostas de Intervenções, que consiste na elaboração de diretrizes, programas,
projetos e ações que visam à estruturação urbana da Região do Jatobá, a partir dos dados e
informações levantados e sistematizados na Etapa 1, bem como na definição de
instrumentos normativos e de gestão necessários para a viabilização das propostas
apresentadas. Desta etapa resultarão os três planos: Macroplano da Região do Jatobá, Plano
Urbanístico Integrado e Plano de Estruturação Urbano-Ambiental. As Áreas Complementares
não serão abordadas nesta etapa de trabalho.

6. ESTRUTURAÇÃO E GESTÃO DO TRABALHO

A estruturação e gestão do trabalho relaciona-se às atividades que envolvem CONTRATANTE e


CONTRATADA durante a vigência do contrato. Deverá iniciar-se com uma reunião de partida visando
a apresentação das equipes, o alinhamento de expectativas, repasse de informações pertinentes
sobre a região inscrita no Programa, definições de ajustes necessários no Plano de Trabalho e o
repasse de diretrizes para elaboração do Plano de Comunicação e Participação Social, descrito no
item 7.1.

O prazo para execução do Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá é de 24


(vinte e quatro) meses, contados a partir da aprovação do Plano de Trabalho pela CONTRATANTE. O
cronograma de entregas (Item 16) apresenta uma sugestão de distribuição de tempo de elaboração
e entregas dos produtos e de porcentagem de pagamentos associados às mesmas. Ressalta-se que,
por tratar-se de sugestão, poderá sofrer mudanças e/ou acomodações a partir do Plano de Trabalho
proposto e aprovado.

27
Durante a execução do Programa ocorrerão reuniões mensais de coordenação entre as equipes da
CONTRATANTE e da CONTRATADA, com exigência da presença do Coordenador da CONTRATADA.
Eventualmente poderão ser convocadas reuniões extraordinárias e/ou reuniões com representantes
de outros órgãos coordenadores de políticas públicas locais, concessionárias públicas e demais
agentes necessários para o ideal desenvolvimento dos trabalhos.

Dependendo da complexidade e da característica do serviço, as entregas ou devoluções de produtos


também poderão demandar reuniões entre as equipes, para que sejam apresentados resultados,
justificativas e diretrizes adotadas na elaboração dos serviços ou esclarecidas e discutidas as
solicitações de correção. Ambas as partes poderão solicitar a apresentação de resultados
intermediários para acertos de metodologias, resolução de problemas ou mesmo outras questões
que surjam ao longo da elaboração do Programa. As diretrizes e os requisitos para entrega dos
relatórios constam no item 13 deste Termo de Referência.

Após a entrega, o prazo para apreciação de um produto pela CONTRATANTE será de duas semanas e
a CONTRATADA terá uma semana para realizar as correções, alterações ou complementações
solicitadas. O produto deverá ser novamente apreciado pela CONTRATANTE no prazo de uma
semana. Vale salientar que parte do serviço será submetido à validação/aprovação das pessoas
beneficiadas pelo Programa, por meio de reuniões. O relatório de aprovação final dos produtos da
segunda etapa - Propostas de Intervenções - será emitido apenas após a validação/aprovação das
propostas elaboradas no processo participativo, pela CONTRATANTE.

O trabalho deverá ser acompanhado também por um Grupo Executivo, definido pela CONTRATANTE,
composto por representantes do Executivo Municipal e por convidados do Governo do Estado e das
concessionárias de serviços públicos. O Grupo Executivo será constituído por pessoas de referência
para as interfaces necessárias durante a elaboração do Programa, incluindo fornecimento de dados
e participação em eventos com as comunidades abrangidas. Os representantes serão indicados pelos
gestores dos órgãos envolvidos e deverão participar de reuniões em todas as escalas e etapas de
planejamento. A formação do Grupo Executivo é de responsabilidade da CONTRATANTE e deverá
ocorrer no início dos trabalhos.

Para o desenvolvimento do Programa, serão fornecidas à CONTRATADA as informações e estudos


relevantes indicados no item 14, deste documento.

Os serviços deverão ser elaborados de acordo com especificações, detalhamentos e procedimentos


- tais como escopo mínimo de mapas, preenchimento de formulários e banco de dados - a serem
repassados pela CONTRATANTE quando da emissão da Ordem de Serviço, observando-se a legislação
urbanística e ambiental nos níveis municipal, estadual e federal - especialmente as Leis Municipais
n.º 11.181/19, 8.616/03, 9.074/05, a Lei Estadual n.º 20.922/13 e as Leis Federais n.º 6.766/79,
12.651/12, 13.465/17, incluindo suas alterações e decretos regulamentadores, sempre que houver -
bem como as resoluções e deliberações expedidas pelos conselhos de política urbana, ambiental e
de habitação, em todas as suas esferas de representação (Federal, Estadual e Municipal).

28
7. AÇÃO CONTÍNUA: COMUNICAÇÃO, MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL

A mobilização e a participação social têm como objetivo estimular e garantir ampla e efetiva
participação popular em todas as etapas do Programa, bem como a integração de suas diversas
escalas. Ademais, visam contribuir para o fortalecimento comunitário das populações residentes e o
protagonismo de agentes locais, com a constituição de mecanismos de gestão colaborativa que
proporcionem o uso potencial das áreas comuns e estimulem a constituição de uma rede de relações
e interesses, confluindo, desta forma, para o desenvolvimento ambiental, social e econômico da
Região do Jatobá. Resumidamente, a participação social, no processo de construção coletiva das
propostas de transformação do território, objetiva a conformação de uma comunidade forte,
resiliente e sustentável, contribuindo para a efetividade das soluções incluídas no Programa. A
mobilização e a participação social constituem, nesse sentido, parte essencial do Programa, e a forma
sugerida para o seu desenvolvimento considera experiências anteriores da Prefeitura de Belo
Horizonte - buscando, contudo, conferir maior agilidade e capacidade propositiva ao processo, de
forma a garantir sua maior efetividade.

O Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá deverá ter como ponto de partida
a construção de um acordo envolvendo representantes do Grupo Gestor do Macroplano, descrito no
item 7.2 abaixo, em torno da implementação das diretrizes de estruturação urbana estabelecidas
pela Lei nº 11.181/2019 - Plano Diretor do Município de Belo Horizonte. Este - assim como as
premissas do Estatuto da Cidade e da Nova Agenda Urbana - deverá constituir referência para o
processo de resolução de conflitos decorrentes da discussão das propostas de desenvolvimento
físico-ambiental, socioeconômico e jurídico-legal da área de estudo. Esse acordo deverá ocorrer
durante a realização da Etapa 1 - Pesquisas Primárias e Dados Fundamentais. O processo de
mobilização e participação comunitária, por sua vez, é contínuo, ocorrendo em todas as etapas, e
deverá ser definido no Plano de Comunicação e Participação Social.

7.1. COMUNICAÇÃO

Para melhor estruturação e condução do processo participativo, é necessário que a CONTRATADA


estabeleça um Plano de Comunicação e Participação Social considerando todo o conteúdo descrito
neste item 7. AÇÃO CONTÍNUA: COMUNICAÇÃO, MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL e seus
subitens. Além disso o Plano deverá contemplar:

a) reconhecimento, identificação, registro e mapeamento das lideranças e principais atores


locais para que sejam identificados e definidos os canais e meios de comunicação mais
eficientes, as melhores estratégias para o diálogo com as comunidades locais e para
proporcionar a participação desses atores e lideranças como multiplicadores de informações.
Parte dos atores identificados deverão compor os grupos representativos locais, portanto,
será necessário identificar o interesse e a disponibilidade potencial de cada um para cumprir
tal papel. Após identificadas as lideranças locais, a CONTRATADA deverá realizar reuniões
preliminares com esses atores, com o objetivo de informar sobre o trabalho que será

29
realizado, suas etapas e as atividades participativas, além de ampliar as condições de acesso
das equipes em campo;
b) equipe técnica capacitada para prestar informações em relação ao desenvolvimento dos
Planos, em específico: informar sobre reuniões e demais eventos e atividades previstas,
sobre os conteúdos produzidos e apresentados durante a elaboração do Programa, dar
retorno em relação às sugestões e demandas das populações envolvidas, além de apoiar
ações do executivo em curso no território;
c) diversidade de canais informativos tais como e-mail, telefone, aplicativos de mensagem e
redes sociais. Ressalta-se que a CONTRATADA poderá contar com os equipamentos públicos
e coletivos da região, como escolas, centros culturais, postos de saúde, dentre outros, como
locais de apoio estratégicos à divulgação das ações previstas e abordagem às populações
locais, respeitando os horários de funcionamento e a capacidade de atender às demandas
do Programa;
d) diversidade de materiais e formas de mobilização e capacitação, material gráfico de
divulgação de eventos, material gráfico de apoio à formação de participantes, cartilhas
institucionais, certificados de participação e formação, faixas, motos de som, dentre outros.
A CONTRATADA poderá propor outros meios de interação, informação e formação como, por
exemplo, jogos, jornais, informativos digitais, banners, agendas, camisetas, bonés, bolsas,
vinhetas, vídeos institucionais, apresentações teatrais, etc;
e) no que se refere à Participação Social, deverá se estabelecer a formação de grupos locais
para acompanhamento das atividades e participação nas discussões realizadas, elaboração
de propostas e representação das comunidades junto aos órgãos institucionais que atuam
no território. A CONTRATADA deverá buscar um número suficiente de participantes em todas
as áreas, para garantir que a elaboração das propostas e a tomada de decisões sejam
efetivamente participativas. O Plano deverá prever também o modo como tais grupos irão
se organizar, planejamento e formato dos eventos participativos, calendário com a
frequência das atividades (quer sejam de maior ou menor porte), formas de devolução dos
produtos intermediários e finais para os participantes, canais de comunicação (presenciais,
mídias locais e canais virtuais) abrangentes e acessíveis para o maior alcance das populações
locais, considerando, inclusive, cenários restritivos de eventos presenciais em função de
pandemias ou outras situações emergenciais.

Todos os materiais produzidos e disponibilizados para o público deverão ser cuidadosamente


elaborados utilizando-se de linguagem simples e acessível ao maior número de pessoas.

Ressalta-se a necessidade de elaboração de materiais e estratégias de abordagem e informação


distintas para os territórios dos Planos locais, ou seja, Plano de Intervenção Integrada e Plano de
Estruturação Urbano-Ambiental.

PRODUTOS

I. Plano de Comunicação e Participação Social;


II. Relatório das reuniões preliminares com lideranças locais e demais eventos participativos
ocorridos.

30
7.2. MOBILIZAÇÃO

A mobilização social consiste em estratégias de abordagem e sensibilização contínuas em relação ao


Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá que visem a fomentar a participação
de cidadãs e cidadãos nas atividades propostas. Ela se desdobra em ações de comunicação amplas e
contínuas, descritas no Plano de Comunicação, e em ações de mobilização específicas, direcionadas
aos eventos participativos previstos. A mobilização social e as estratégias de comunicação contínua
estão fortemente vinculadas.

A mobilização social visando às atividades participativas é voltada para os moradores, trabalhadores,


comerciantes, industriários, entidades e organizações da sociedade civil atuantes na região,
prestadores e usuários de serviços da área do Programa e deverá ocorrer de forma distinta conforme
o objetivo e o tipo de evento a ser realizado. Nesse contexto, destaca-se:

a) Para eventos de participação abrangente, como assembleias, a CONTRATADA deverá


considerar a ampla divulgação, de modo a garantir que as informações sobre os mesmos
alcancem o maior número possível de pessoas e domicílios localizados na área de estudo,
podendo compreender: entrega de convites porta a porta e em equipamentos
públicos/coletivos; afixação de faixas e cartazes (observando as determinações da Lei nº 8616
de 14 de julho de 2003 - Código de Posturas do Município); divulgação em redes sociais e
demais veículos de amplo alcance. À entrega de convites poderá ser acrescentada a divulgação
por meio de carro e/ ou moto som, que deverá circular na localidade durante a semana e no
final de semana anterior ao encontro e em horários distintos (manhã e tarde) para que a
mobilização alcance maior número e diversidade de pessoas;
b) Para as reuniões com os grupos de acompanhamento ou oficinas, deverá ser feito contato
telefônico com todos os componentes, bem como envio de mensagens via celular, aplicativos
e e-mail, com antecedência e confirmação de participação.

A CONTRATADA poderá propor novas formas de mobilização com vistas a garantir a participação de
pessoas de diferentes faixas etárias, gêneros, raças, etnias e classes sociais, dentre outras.

As atividades de mobilização e informação da comunidade poderão incluir outros instrumentos ou


ações, tais como: divulgação dos trabalhos em meios de comunicação local (rádios comunitárias e
redes sociais), apresentação de grupos teatrais nos dias dos eventos e parceria com os equipamentos
comunitários locais e do entorno, com a ressalva da garantia de adoção de medidas preventivas de
modo a evitar a contaminação em situação de pandemia, bancas de plantões de esclarecimento de
dúvidas e divulgação dos trabalhos, dentre outros.

As atividades de mobilização são de responsabilidade integral e exclusiva da CONTRATADA, vedada


sua realização por meio de terceiros. Os materiais utilizados nas ações de mobilização deverão seguir
os padrões determinados no Plano de Comunicação e ser apresentados à CONTRATANTE, para sua
aprovação, com antecedência de cinco dias da data do início da divulgação dos eventos.

31
7.3. PARTICIPAÇÃO SOCIAL

A participação da sociedade civil na elaboração do Programa de Desenvolvimento Estratégico da


Região do Jatobá é pressuposto para a realização do mesmo. Todas as etapas deverão contar com
intenso processo participativo que envolva diversidade de pessoas direta e indiretamente afetadas
pelo Programa. Para tanto, a CONTRATADA deverá propor formas de participação presenciais e/ou
virtuais, desde que garanta um processo de participação contínua e abrangente, tanto para o
adequado entendimento do território abarcado quanto na elaboração de propostas. Deverá também
garantir a representatividade territorial seja por meio da formação de grupos ou comitês de
acompanhamento e prever a realização de reuniões de participação direta (ex: assembléia) e de
participação indireta (ex: oficinas) com membros dos grupos de acompanhamento locais.

Ressalta-se que a CONTRATADA poderá propor modelo e frequência das atividades participativas,
desde que garanta a participação da população e de membros de associações representativas dos
diversos segmentos presentes no território local, na formulação e no acompanhamento dos planos
em elaboração, conforme previsto no Estatuto da Cidade e no Plano Diretor Municipal. Poderá
também optar por adotar o modelo participativo já praticado pela CONTRATANTE em Planos de
natureza semelhante. Nesse modelo, a participação social ocorre por meio da formação de grupos
de acompanhamento e da realização de reuniões com lideranças, assembleias, oficinas com
representantes locais, reuniões com os grupos de trabalho, plantões para esclarecimentos de
dúvidas, além de vistorias em campo.

Abaixo estão descritos os grupos estabelecidos no modelo adotado pela CONTRATANTE, bem como
os principais objetivos de cada evento participativo praticado neste modelo, com nomeclatura
adaptada aos Planos objetos deste TR:

○ GRUPO DE ACOMPANHAMENTO DO MACROPLANO – GAM, para acompanhar a


realização do Macroplano da Região do Jatobá. Composto por lideranças ou
representantes locais, representantes de instituições públicas e privadas presentes
na região, de Organizações da Sociedade Civil e dos setores técnicos que atuam na
área de abrangência do Programa na escala do Macroplano da Região do Jatobá. O
GGM teria como atribuições acompanhar todas as etapas do trabalho referentes ao
Macroplano da Região do Jatobá e atuar como agente multiplicador de informações
nas comunidades e como seu representante em várias decisões acerca do Plano
proposto. Representantes dos Grupo de Acompanhamento Local e do Comitê Local,
podem também compor este GAM.

○ GRUPOS DE ACOMPANHAMENTO LOCAL – GAL, para acompanhar a realização do


Plano Urbanístico Integrado. Compostos por lideranças da comunidade,
representantes de grupos, entidades e de equipamentos comunitários atuantes na
região, bem como moradores em geral interessados em participar do processo. Esses
grupos devem ser formados no início do Plano Urbanístico Integrado, mas recebem
novos adeptos no decorrer dos trabalhos. Os GALs acompanham todas as etapas do
trabalho e atuam como agentes multiplicadores e de troca de informações nas

32
comunidades. Estima-se que devem ser formados 3 (três) Grupos de
Acompanhamento Local, de modo a considerar as especificidades da organização
social local, representatividade espacial e acessibilidade às reuniões.

○ COMITÊS DE ACOMPANHAMENTO LOCAL – CAL, para acompanhar o Plano de


Estruturação Urbano-Ambiental. Compostos por lideranças comunitárias, pessoas
diretamente afetadas pelas ações que o Plano irá propor, demais moradores das
comunidades locais que compõem o Plano de Estruturação Urbano-Ambiental e
representantes de comitês temáticos que atuam na região, como o Subcomitê de
Bacia do Ribeirão Arrudas. Os Comitês Locais acompanham todas as etapas do
trabalho e atuam como agentes multiplicadores e de troca de informações nas
comunidades. Estima-se a formação de 4 (quatro) comitês locais, de modo a
abranger as localidades diretamente afetadas pela elaboração deste Plano.

Objetivos de cada evento participativo:

○ As assembleias têm como objetivo promover a participação direta do maior número


de pessoas, estimular discussões e permitir que os participantes façam proposições
para o território. Além disso, intenciona informar sobre a realização do trabalho e
seu andamento, assim como possibilitar a aprovação, pela população, dos estudos e
propostas realizados ao longo do Programa. As assembleias ocorrem tanto na escala
do Macroplano como nas escalas locais, Plano Urbanístico Integrado e Plano de
Estruturação Urbano-Ambiental.
○ Os plantões para esclarecimentos de dúvidas são voltados para atender às
comunidades envolvidas, objetivando o melhor entendimento das propostas que
serão votadas em reuniões deliberativas. Consistem na disposição de equipe técnica
alocada em lugares estratégicos dos territórios em dias que antecedem os eventos
deliberativos, para esclarecimento de dúvidas ou mesmo apresentação de propostas
que foram elaboradas nos processos participativos. Esses plantões são específicos
desses momentos e não se confundem com os canais de comunicação e divulgação
instituídos no início dos trabalhos e mantidos durante todo o processo de elaboração
do Programa.
○ As oficinas com grupos de acompanhamento e grupos de trabalho têm o objetivo
de capacitar os participantes desses grupos, levantar informações e proposições
para construção coletiva dos Planos.

Tendo como referência esse modelo, estima-se a realização de 95 atividades ao longo da elaboração
do Programa, com a seguinte distribuição:

● 8 (oito) reuniões preliminares com lideranças locais;


● 19 (dezenove) assembleias com participação de todos os setores e da população em geral;
● 66 (sessenta e seis) oficinas com grupos de acompanhamento
● 11 (onze) oficinas com grupo de trabalho;
● 8 (oito) plantões de exposição pública das propostas;

33
● 11 (onze) reuniões com o Grupo Executivo; e
● 12 (doze) assembleias de planejamento das ações e investimentos.

Em qualquer metodologia de participação proposta, a CONTRATADA deverá:

a) Realizar vistorias em campo para possibilitar melhor compreensão dos territórios bem como
para aferir algum dado ou situação específica na região, preferencialmente com auxílio de
pessoas das comunidades locais.

b) Proporcionar a construção de um pacto que busque a integração entre as escalas do


Macroplano e a dos planos locais (Planos Urbanístico Integrado e de Estruturação Urbano-
Ambiental), tanto no que diz respeito aos problemas e potencialidades socioterritoriais
levantadas, quanto em relação às propostas elaboradas. A construção deste pacto deverá
estar em consonância com as diretrizes do Plano Diretor Municipal, da Política Municipal de
Habitação Deverão ser considerados como referências também o Plano Municipal de
Equidade de Gênero, o Plano de Promoção da Igualdade Racial e o Plano de Políticas para
Pessoas com Deficiências.

c) Envolver, em eventos de participação presencial, a elaboração de atividades, jogos,


performances, maquetes, apresentações, textos, mapas e materiais educativos
disponibilizados através de suportes diversos e acessíveis para assegurar o acompanhamento
e a compreensão por parte de todas as pessoas envolvidas.

d) Pactuar o calendário participativo com as comunidades e seus representantes e com a


CONTRATANTE, podendo prever eventos no período noturno ou nos finais de semana para
possibilitar ampla participação.

e) Aprovar junto à CONTRATANTE, o conteúdo e os materiais informativos dos eventos de


participação social com antecedência de pelo menos dez dias.

f) Encarregar-se da logística e estrutura das reuniões. Para os eventos presenciais a


CONTRATADA, com o apoio da CONTRATANTE, deverá identificar e verificar os equipamentos
públicos e coletivos nas proximidades dos territórios e de fácil acesso que tenham condições
e disponibilidade para abrigar tais eventos. Além dessa estrutura, deverá prever
equipamentos como microfones, caixas de som, tela, extensão elétrica, projetores e
notebooks; mesas, cadeiras e demais mobiliários necessários; alimentação de acordo com o
porte, horário e o tempo de duração do evento; materiais para auxiliar os participantes no
acompanhamento das discussões e para divulgação das informações junto às comunidades;
intérpretes de libras caso seja necessário; quando o deslocamento for superior a 1km,
disponibilizar transporte ou subsidiar custos de transporte para os participantes que
necessitarem; disponibilizar espaços de acolhimento para crianças, filhas e filhos menores
dos participantes para possibilitar a participação mais efetiva de mulheres; e demais itens
essenciais para a promoção da participação social.

34
g) Estimular a participação de pessoas de várias idades e de mulheres em todos os grupos
representativos, objetivando a representação equânime das comunidades, bem como a
melhor abordagem das questões de gênero nas discussões realizadas.

h) Todos os eventos participativos presenciais poderão ocorrer em equipamentos públicos e


comunitários, desde que haja disponibilidade, exceto as 11 (onze) oficinas do Grupo de
Trabalho (GT) que preveem locação de espaço, conforme descrito no item k, a seguir;

i) Promover a formação do Grupo de Trabalho - GT, que deverá ser composto por
representantes dos territórios abarcados pelos três Planos para elaboração de propostas
para todo o território do Macroplano da Região do Jatobá. Objetiva expandir a participação
social para uma etapa tradicionalmente realizada por profissionais especializados. O GT
participará de oficinas envolvendo a construção de alternativas, iterações e aproximações
consecutivas de forma a potencializar o compartilhamento de saberes e a construção
coletiva de propostas. O resultado deverá ser uma proposta que contemple um acordo em
relação aos conflitos de uso do solo - com destaque para a relação entre os usos industrial e
habitacional e a preservação ambiental - consideradas as escalas de planejamento macro e
local.

j) Nas oficinas do Grupo de Trabalho (GT) utilizar metodologia semelhante ao geodesign


conforme descrito na plataforma https://www.geodesignhub.com/pricing/. Nesta metodologia,
as informações são apresentadas em sistemas principais e complementares, que consistem
em aproximadamente 40 mapas, sendo 10 mapas sínteses e 30 temáticos, os quais deverão
ser utilizados como base para a indicação de necessidades de intervenções pontuais ou
estruturantes em cada tema específico. Esse tipo de metodologia possibilita o trabalho
colaborativo entre profissionais de projeto, especialistas em ciências geograficamente
orientadas e em tecnologias de informação, profissionais que atuam no lugar e pessoas
impactadas pelas mudanças (“as pessoas do lugar”). Por meio da organização das
informações em sistemas e interações contínuas entre os participantes, essa metodologia
permite a elaboração de modelos de mudança, impacto e decisão, possibilitando aos
participantes das oficinas visualizações, compartilhamento de informações e tomada de
decisão conjunta. Ressalta-se, porém, que as oficinas do GT não deverão suprimir as formas
usuais de deliberação ocorridas nas oficinas públicas e/ou assembléias, quando couber. A
CONTRATADA deverá prever verba para uso da plataforma por 6 (seis) meses, incluindo
suporte e relatório customizado, ou utilizar plataforma semelhante, que poderá ser de uso
livre, ou melhor adaptada à realidade brasileira, desde que atenda aos objetivos propostos.

k) Para as oficinas do Grupo de Trabalho (GT) prever: locação de espaço adequado2 com sala
de trabalho que comporte os participantes reunidos em equipes trabalhando em notebooks
adquiridos pela CONTRATANTE, com demanda à CONTRATADA de: garantia de acesso à

2
Em situações de emergência de saúde pública deverão ser adotadas medidas de prevenção ao contágio, tais
como distanciamento, higienização e limpeza adequados e oferecidos equipamentos de proteção individual
aos participantes.

35
internet banda larga de alta velocidade e aluguel de 15 (quinze) monitores3, com o objetivo
de viabilizar os processos de planejamento urbano compartilhados.

PRODUTO

I. Relatórios das atividades de mobilização e participação social, organizados por evento,


compreendendo:
A. Cópia dos materiais distribuídos;
B. Descrição sucinta das ações de mobilização realizadas de acordo com o evento;
C. Síntese das reuniões com as informações: título da reunião; objetivo, local, horário,
tempo de duração, número de participantes, descrição sucinta do desenvolvimento
da reunião e avaliação crítica da participação;
D. Lista de presença, impressa e assinada;
E. Ata das reuniões, assinadas por pelo menos cinco participantes de setores diversos,
escolhidos no início das reuniões;
F. Mapas e outros materiais utilizados em oficinas de trabalho, com assinatura de pelo
menos cinco participantes de setores diversos;
G. Apresentações realizadas;
H. Registros fotográficos;
I. Áudios e transcrições dos eventos de participação direta que envolvam processos de
deliberação, estimados em 11 (onze) eventos (ex. assembleias de aprovação de
propostas).

7.4. FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO

As atividades de formação e capacitação objetivam contribuir para o desenvolvimento de uma gestão


territorial com a participação de diversos atores e instituições locais e ampliar as trocas de
conhecimentos.

3
Monitor padrão LED, colorido, tamanho mínimo de 21.5 (vinte um e meia polegadas) com configuração via
OSD, com as seguintes características: Resolução gráfica mínima de 1920x1080 ppp: Tempo de resposta
máximo de 8ms: Contraste mínimo 1000:1 (estático mínimo): No mínimo, 02 (duas) Interfaces de entrada do
sinal de vídeo, nos padrões HDMI e DisplayPort ou outra tecnologia. A tela deverá ser 100% plano e com
tecnologia LED: Deverá possuir brilho de pelo menos 250 nits (cd/m²): Deverá possuir Pixel Pitch de no máximo
de 0.27m: Deverá suportar exibição de pelo menos 16,2 milhões de cores: Deverá possuir ângulo de visão
horizontal e vertical de pelo menos 160°: Deverá ser fornecido cabos de sinal de vídeo para conexão com
microcomputador no padrão DisplayPort: e HDMI. Os monitores deverão possuir ajustes de altura (mínimo de
10 cm). rotação e inclinação: Cabo de alimentação de energia elétrica com plugue no novo padrão Brasil (norma
ABNT NBR 14136). O monitor deve possuir tecnologia EDID (Extended Display Identification Data) para
inventário remoto, que fornecerá informações de "Número de Série". "Fabricante" e "Modelo" no formato
EDID para gestão dos ativos de TI. O monitor deverá possuir certificação TCO 03 ou superior quanto a emissão
de radiação e EPEAT Bronze ou superior (comprovado através do link www.EPEAT.net) ou certificação similar
desde que anexe documentação que comprove a similaridade. Apresentar, na proposta, documentação que
comprove a certificação ou a certificação similar e a comprovação de similaridade.

36
As atividades de formação e capacitação dividem-se em: atividades relativas à elaboração dos planos,
chamada capacitação contínua; atividades voltadas às ações de desenvolvimento local, chamada
capacitação específica, envolvendo um Programa de Educação Ambiental e Urbana; e uma
capacitação institucional.

A capacitação contínua ocorrerá durante a realização dos eventos participativos de elaboração dos
planos, tais como assembleias, reuniões, oficinas e plantões. Tem por objetivo proporcionar maior
autonomia aos participantes para discutir, sugerir, reivindicar o atendimento a demandas e
necessidades das comunidades, tomar decisões partilhadas, possibilitar a participação efetiva dos
representantes das comunidades e descentralizar conhecimentos. Além disso, deverão contribuir
para sensibilizar e tornar conhecido da equipe CONTRATADA as práticas sociais locais, a apropriação
de espaços coletivos e formas de organização social.

Essa capacitação ocorrerá por meio da utilização de técnicas didáticas, dinâmicas de grupo e recursos
audiovisuais, dentre outras estratégias facilitadoras da compreensão dos temas tratados e da
integração entre os participantes. Vale lembrar que os processos de capacitação contínuos envolvem
trocas substanciais de conteúdo entre técnicos, gestores e participantes e, por isso, considera-se que
os membros da equipe técnica CONTRATADA configuram-se, igualmente, como sujeitos de
aprendizado.

A capacitação específica tem como objetivo potencializar a atuação coletiva formando


multiplicadores entre os moradores dos assentamentos de interesse social (áreas de abrangência do
Plano Urbanístico Integrado e do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental) e dos participantes dos
grupos de discussão constituídos (na área de abrangência do Macroplano da Região do Jatobá).
Deverá compreender:

● atividades de Educação Ambiental e Urbana que envolvam temáticas relacionadas às vocações


e potencialidades locais, tais como agricultura urbana, economia solidária, gestão de espaços
coletivos e preservação ambiental, dentre outros, a ser acordado com a CONTRATANTE e
executado em diálogo com cerca de 10 (dez) instituições públicas, tais como escolas e parques.
A identificação das instituições, entre aquelas presentes no território, levantadas na Pesquisa
de Equipamentos, Programas e Serviços, faz parte do escopo de trabalho da CONTRATADA;
● a elaboração, de forma participativa, de um programa de gestão local que envolva associações
comunitárias, cooperativas, empresas, indústrias, comércios, atividades de agricultura urbana
e demais organizações atuantes na região com vistas ao desenvolvimento econômico e social
sustentável do território e que possa servir de modelo a ser replicado em outros planos
desenvolvidos no município. O programa deverá considerar as vocações locais e motivar o
diálogo entre os diversos setores produtivos.
As atividades de capacitação específica estão relacionadas ao desenvolvimento socioeconômico do
território e, além de envolverem a construção de modelo(s) de gestão local, deverão contar com ao
menos duas ações coletivas, nos moldes do urbanismo tático. As ações de urbanismo tático
objetivam gerar experiência de organização social e envolvimento comunitário e deverão ser
concebidas, planejadas e executadas por pessoas dos grupos representativos, sob orientação da
CONTRATADA. Essas ações deverão ser realizadas durante a elaboração dos Planos, sendo a primeira

37
realizada preferencialmente no final da Etapa 1. Cabe à CONTRATADA organizar esses eventos e
custear as ações.

A capacitação institucional consiste num treinamento para a manipulação e tratamento de


informações de modelagem integrada de transporte e uso do solo através de software livre, de modo
a permitir processamentos futuros e expansão da rede de simulação. Essa capacitação será dirigida
aos servidores da CONTRATANTE, em número de 10 (dez) participantes e deverá ocorrer antes da
entrega dos estudos de mobilidade e acessibilidade.

PRODUTOS

I. Relatório das atividades de formação e capacitação, organizados por atividade,


compreendendo:
A. Proposta de modelos de gestão local;
B. Proposta do programa de educação ambiental e urbana;
C. Relatório dos eventos de urbanismo tático, incluindo:
● Projeto das intervenções, objetivo, local, material, orçamento, registro da
participação na organização dos eventos;
● Registro fotográfico e documental da realização das intervenções, com
informações de horário, tempo de duração, lista de presença impressa e
assinada, resultado das intervenções.
D. Relatório das atividades de capacitação específica (atividades de Educação Urbana e
Ambiental) e institucional (treinamento para manipulação de software) contendo:
● Síntese das atividades com as informações: título do evento, objetivo, local,
horário, tempo de duração, número de participantes e descrição sucinta da
atividade;
● Lista de presença impressa e assinada;
● Mapas e outros materiais utilizados;
● Apresentações realizadas;
● Registros fotográficos.

8. ETAPA 1: PESQUISAS PRIMÁRIAS E ESTUDOS FUNDAMENTAIS

Esta etapa consiste no levantamento, atualização, complementação e consolidação de dados e


informações da área abrangida pelo Estudo de Áreas Complementares e pelo Macroplano da Região
do Jatobá. O resultado dessa etapa subsidiará a elaboração de propostas do Macroplano, do Plano
Urbanístico Integrado e do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental, na Etapa 2 deste Termo de
Referência. Subsidiará também a elaboração de propostas para as áreas de fundo de vale localizadas
nas Áreas Complementares, a ser feita pela equipe da CONTRATANTE em etapa posterior.

As bases elaboradas e/ou atualizadas pela CONTRATADA deverão ser fornecidas conforme
especificação descrita no item 13 - Diretrizes e requisitos para a produção de relatórios.

38
A seguir, serão descritos os componentes e os produtos que deverão ser desenvolvidos nesta Etapa
do trabalho:

8.1. MACROPLANO DA REGIÃO DO JATOBÁ

Esta etapa consiste no levantamento, atualização, complementação e consolidação de dados e


informações da Região do Jatobá, necessários para subsidiar a elaboração de propostas do
Macroplano, do Plano Urbanístico Integrado e do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental, na Etapa
2.

A seguir, serão descritos os componentes e os produtos que deverão ser desenvolvidos nesta Etapa
do trabalho:

8.1.1.ATUALIZAÇÃO DA BASE CARTOGRÁFICA

Consiste na atualização do mapeamento da área abrangida pelo Macroplano da Região do Jatobá e


deverá ser elaborado a partir do mapeamento cadastral fornecido pela CONTRATANTE.
A CONTRATADA deverá fornecer informações atualizadas relativas a: caminhos pedonais, travessias
de pedestres existentes, pontos de embarque e desembarque do transporte coletivo; comércio e
serviço formais e informais; equipamentos comunitários e espaços livres de uso público; áreas de
preservação permanente. Deverão ser utilizados como referência os dados secundários oficiais, a
restituição aerofotogramétrica e imagens aéreas mais recentes fornecidas pela CONTRATANTE, além
de vistorias em campo. Para as complementações necessárias, deverá ser considerada a realização
de levantamento topográfico em área estimada de 50.000 m², conforme trechos a serem acordados
com a CONTRATANTE (ver Anexo 1).

Na área de abrangência do Plano Urbanístico Integrado serão fornecidas pela CONTRATANTE


imagens aéreas mais recentes dos assentamentos de interesse social e, além das informações acima
descritas, deverão ser acrescidas pela CONTRATADA informações atualizadas relativas às áreas do
assentamento e o do seu entorno, contemplando ainda os seguintes dados: indivíduos arbóreos em
logradouros públicos e fitofisionomias das áreas verdes; corpos hídricos; sistema viário; morfologias,
glebas, lotes e edificações, com limites das áreas ocupadas. Para as complementações necessárias,
deverá ser considerada a realização de levantamento topográfico em área estimada de 100.000 m²,
conforme trechos a serem acordados com a CONTRATANTE (ver Anexo 1). A base cartográfica do
Plano Urbanístico Integrado deverá ser compatibilizada com a Pesquisa de Contagem de Lotes e
Domicílios.

Para a área de abrangência do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental serão fornecidas pela


CONTRATANTE imagens aéreas mais recentes dos assentamentos da Vila da Laurinha e Bairro do Sol.
A atualização da base cartográfica a ser feita pela CONTRATADA deverá apresentar maior
detalhamento na atualização de informações relativas às Conexões de Fundo de Vale (com a inserção
das áreas de contribuição à montante das mesmas). Deste modo, para este território, deverão ser

39
fornecidos, também os seguintes dados: indivíduos arbóreos em logradouros públicos e
fitofisionomias das áreas verdes; corpos hídricos - os córregos deverão ser classificados em leito
natural, retificado, canalizado e tamponado; processos erosivos e áreas de deposição de sedimentos;
sistema viário; morfologias, glebas, lotes e edificações, com limites das áreas ocupadas. Para as
complementações necessárias, deverá ser considerada a realização de levantamento topográfico em
área estimada de aproximadamente 87.000 m², conforme trechos a serem acordados com a
CONTRATANTE (ver Anexo 1). A base cartográfica do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental
deverá ser compatibilizada com a Pesquisa de Contagem de Lotes e Domicílios.

A metodologia para realização do levantamento topográfico está descrita no Anexo I.

PRODUTO

I. Atualização da base cartográfica do Macroplano da Região do Jatobá, compreendendo:


A. Bases cartográficas atualizadas com as informações supracitadas;
B. Textos sínteses sobre a atualização das bases cartográficas do Macroplano da Região do
Jatobá, Plano Urbanístico Integrado e do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental.

II. Levantamento topográfico contendo:


A. Memória técnica dos serviços:
- Cadernetas de Levantamento (apenas em meio digital), em formato compatível com
Sistema TopoGRAPH;
- Cadernetas de Cálculo – Poligonação e Irradiação (apenas em meio digital), em formato
compatível com Sistema TopoGRAPH;
- Monografias em arquivos digitais Excel e PDF;
- Croquis de Campo: Cópia xerográfica impressa (se solicitada pela CONTRATANTE);
B. Desenho topográfico do levantamento planialtimétrico cadastral (planta): impresso e em
meio digital, nos formatos padrão TopoGRAPH (.dso) e AutoCAD 2009 (.dwg)4.

8.1.2.PESQUISA DE CONTAGEM DE DOMICÍLIOS E DE LOTES

A pesquisa de contagem de domicílios e lotes tem como objetivo identificar e contar os lotes e os
domicílios existentes nas áreas de abrangência do Plano Urbanístico Integrado e do Plano de
Estruturação Urbano-Ambiental, com vistas a subsidiar outros levantamentos de dados - tais como
a pesquisa de padrão construtivo e a pesquisa socioeconômica e organizativa - além de permitir a
indexação de informações no banco de dados.

A pesquisa de contagem de domicílios deverá envolver a permanência de uma equipe em campo


formada por uma coordenação e duplas. Deverá ser prevista a realização da pesquisa também nos
finais de semana, como forma de garantir que os moradores sejam encontrados.

4
As especificações do desenho topográfico estão descritas no Anexo I.

40
Aos domicílios identificados deverá ser atribuída uma numeração sequencial composta por dois
dígitos referentes à quadra em que se encontram, e três dígitos referentes à unidade. Essa
numeração deverá ser lançada no Mapa de Contagem de Domicílios e no Banco de Dados da
CONTRATANTE.

Na área abrangida pelo Plano Urbanístico Integrado, a Pesquisa deverá contemplar as unidades
residenciais, não residenciais e mistas, totalizando número estimado de 1620 domicílios,
correspondente ao número presumido de domicílios atualmente acrescido de 20%, nos
assentamentos de interesse social, de acordo com as especificações metodológicas definidas pela
CONTRATANTE (Anexo II).

Na área abrangida pelo Plano de Estruturação Urbano-Ambiental, a pesquisa deverá contemplar as


unidades residenciais, não residenciais e mistas, totalizando número estimado de 2050 domicílios,
correspondente ao número presumido de domicílios atualmente acrescido de 20%, identificados na
área delimitada pelo Plano, de acordo com as especificações metodológicas definidas pela
CONTRATANTE (Anexo II).

PRODUTO:

I. Pesquisa de contagem de domicílios e de lotes do Plano Urbanístico Integrado e do Plano


de Estruturação Urbano-Ambiental, compreendendo:
A. Banco de Dados: módulo do SisPH correspondente à Pesquisa de Contagem de Domicílios e
de Lotes do Plano Urbanístico Integrado e do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental
preenchido;
B. Relatório da pesquisa de contagem de domicílios e de lotes do Plano Urbanístico Integrado,
contendo:
● Formulários preenchidos organizados por quadra e de modo sequencial; e
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso de contagem de
domicílios da área do Plano Urbanístico Integrado.
C. Relatório da pesquisa de contagem de domicílios e de lotes do Plano de Estruturação Urbano-
Ambiental, contendo:
● Formulários preenchidos organizados por quadra e de modo sequencial; e
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso de contagem de
domicílios da área do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental.

8.1.3.PESQUISA DE EQUIPAMENTOS, PROGRAMAS E SERVIÇOS

A pesquisa de equipamentos, programas e serviços tem como objetivo avaliar a oferta de programas
e de serviços prestados por instituições públicas, privadas e/ou não-governamentais existentes na
área do Macroplano, e outros que atendam aos moradores do Plano Urbanístico Integrado.

Por meio do inventário dos equipamentos, dos programas e dos serviços existentes e utilizados e da
avaliação dos gestores quanto à capacidade de atendimento, a pesquisa permitirá conhecer a

41
cobertura dos programas e serviços e também o nível de conhecimento e de apropriação destes por
parte dos moradores.

Essas informações irão subsidiar o Estudo Socioeconômico e Organizativo, possibilitar a elaboração


de diretrizes e a articulação de propostas na área socioeconômica e organizativa.

Deverão ser destacados os equipamentos, programas e serviços especializados em atendimento às


mulheres e meninas, bem como a idosos e pessoas com deficiência. A metodologia para realização
da pesquisa deverá ser acordada com a CONTRATANTE e compatibilizada com o estudo de Unidade
de Vizinhança Qualificada5 (UVQ), fornecido pela CONTRATANTE, e com o Estudo de mobilidade e
acessibilidade a ser efetuado na área do Macroplano.

Estima-se a existência de cerca de 30 equipamentos na área de estudo, compreendendo centro de


saúde, academia da cidade, centro de referência da assistência social, creches, escolas de educação
infantil e ensino fundamental, de acordo com a base de dados municipal.

A CONTRATADA deverá considerar outros equipamentos e programas não identificados


previamente, abrangendo, além das áreas de educação e saúde, equipamentos de cultura, esporte,
lazer, segurança pública, transporte, assistência social, inserção econômica, programas de
desenvolvimento local, inclusão produtiva, cooperativismo, ofertas de vagas de trabalho e
qualificação profissional. A CONTRATADA deverá considerar para o levantamento a estimativa de 50
equipamentos.

A pesquisa deverá ser realizada por meio de aplicação de entrevistas semiestruturadas com os
gestores ou representantes de equipamentos, programas e serviços, avaliando a capacidade de
atendimento, a qualidade da oferta de programas e serviços e o nível de conhecimento e de
apropriação destes por parte dos moradores, além de incluir levantamento fotográfico das
dependências destes equipamentos. Além disso, deverão ser levantadas as potencialidades e as
demandas do mercado de trabalho na região, enumerados os setores mais dinâmicos da economia
local e identificada a atuação de entidades de incentivo ao empreendedorismo e de qualificação
profissional.

PRODUTO

I. Relatório da pesquisa de equipamentos, programas e serviços do Macroplano da Região do


Jatobá, contendo:
● Formulários de pesquisa originais, impressos ou em meio eletrônico preenchidos;
● Sistematização das informações coletadas, abordando metodologia utilizada e descrição dos
dados em gráficos e tabelas;
● Tabelas com a relação dos equipamentos, dos programas e dos serviços levantados com a
especificação das atividades, endereço, horário de funcionamento e requisitos para acesso;

5
Por Unidade de Vizinhança Qualificada entende-se: condição que proporcione a residentes e usuários, por
meio de deslocamento a pé, o acesso ao comércio, aos serviços, a equipamentos comunitários e de lazer, a
áreas verdes e a espaços urbanos qualificados, bem como às redes de transporte coletivo e cicloviário.

42
● Texto síntese com a caracterização da oferta e da demanda de serviços e programas e com
análise sucinta do levantamento relacionado ao mercado de trabalho, economia local e
qualificação profissional.

8.1.4.PESQUISA QUALITATIVA E CARACTERIZAÇÃO HISTÓRICA

A pesquisa qualitativa tem como objetivo geral proporcionar maior grau de informação sobre a forma
como o território se configurou a partir do ponto de vista das pessoas do lugar, bem como contribuir
para o levantamento das demandas e potencialidades locais. A pesquisa deverá subsidiar a
elaboração dos históricos de formação de cada região, considerando as perspectivas das
comunidades e dos atores envolvidos.

Na área abrangida pelo Macroplano da Região do Jatobá, deverão ser coletados dados sobre o
processo de formação do Distrito Industrial do Jatobá; a realidade econômica e social anterior e
contemporânea; aspectos de inserção das empresas em relação às demandas ambientais e sociais;
problemas e potencialidades considerando: acessibilidade, mobilidade urbana, referências culturais
e simbólicas e atividades complementares desejáveis para o desenvolvimento local, dentre outros
aspectos. Para tanto, deverão ser realizadas entrevistas em profundidade, rodas de conversas ou
grupos focais, envolvendo atores locais que atuam na área de estudo relacionados às indústrias,
associações de empresas, instituições de apoio à micro e pequena empresa, institutos e centros de
desenvolvimento, lideranças locais, moradores e moradoras antigas, dentre outros, com roteiro
semiestruturado a ser acordado com a CONTRATANTE.

O número de entrevistas ou de eventos para coleta de informações poderá variar de acordo com
diversas circunstâncias, tais como tamanho, complexidade e tempo de existência da instituição, além
do grau de completude das informações prestadas. A seleção das pessoas entrevistadas e o número
de entrevistas deverão ser discutidos e aprovados pela CONTRATANTE, considerando o número
estimado de 2 (duas) pessoas entrevistadas por instituição e∕ou bairros abrangidos, tendo como
referência cerca de 60 (sessenta) entrevistas, caso a abordagem acordada seja entrevistas em
profundidade.

Nas áreas abrangidas pelos Plano Urbanístico Integrado e Plano de Estruturação Urbano-Ambiental
, a pesquisa tem como objetivo específico subsidiar a elaboração do histórico de formação, lutas,
conquistas e lideranças dos assentamentos. Deverão ser coletados relatos sobre o processo de
formação do assentamento; a realidade econômica e social das famílias residentes; referências
culturais, simbólicas e territoriais; relação com as áreas verdes e os cursos d’água; grupos que
atuaram e atuam no local; processos de imigração; história de vida dos moradores associada ao
histórico de formação da área; conflitos entre uso e ocupação do solo com os cursos d’água
presentes no território. A pesquisa também deverá levantar potencialidades culturais da região, além
de habilidades, vocações ou grupos produtivos existentes para proposições de fomento ao
desenvolvimento local e de geração de renda, numa perspectiva intersetorial.

A pesquisa deverá ser realizada com atores locais dos assentamentos (líderes e pessoas de referência,
moradores e moradoras antigas, representantes de grupos e entidades que atuam no assentamento

43
e população jovem, buscando alcançar diversidade de gênero na escolha das pessoas a serem
entrevistadas, sempre que possível), com roteiro semiestruturado a ser acordado com a
CONTRATANTE.

O número de entrevistas qualitativas ou de eventos para coleta de informações pode variar de acordo
com diversas circunstâncias, tais como tamanho, complexidade e tempo de existência da
comunidade, além do grau de completude das informações prestadas. A seleção de pessoas
entrevistadas e o número de entrevistas deverão ser aprovados pela CONTRATANTE.

Para o Plano Urbanístico Integrado deverá ser considerado o número estimado mínimo de 36 (trinta
e seis) e máximo de 48 (quarenta e oito) entrevistas nas ocupações Eliana Silva, Irmã Dorothy, Camilo
Torres, Paulo Freire, Horta I e II, Nelson Mandela.

Para o Plano de Estruturação Urbano-Ambiental deverá ser considerado o número estimado mínimo
de 12 (doze) e o máximo de 16 (dezesseis) entrevistas na Vila da Laurinha e no Bairro do Sol.

A caracterização histórica desses territórios deverá conter uma “linha do tempo” das ações
administrativas e investimentos públicos, tendo como referência os dados provenientes da pesquisa
qualitativa, fontes bibliográficas e informações de relatórios de gestão da Administração Pública no
que se refere ao Orçamento Participativo e outros programas de investimentos executados ao longo
do tempo.

PRODUTO

I. Relatório da pesquisa qualitativa e caracterização histórica do Macroplano da Região do


Jatobá, contendo:

● Listagem de todas as pessoas entrevistadas, com nome completo, nome social, gênero,
idade, grau de instrução, instituição que representa ou relação com o território, endereço e
telefone;
● Arquivos de áudio das entrevistas;
● Sistematização dos principais problemas e características do território apontados pelos
entrevistados, acompanhada de mapeamento nas situações em que for possível;
● Texto síntese contendo o histórico de formação do Distrito Industrial do Jatobá;
● Texto síntese contendo o histórico de formação, lutas, conquistas e lideranças e a
organização comunitária atual da área do Plano Urbanístico Integrado;
● Texto síntese contendo o histórico de formação, lutas, conquistas e lideranças e a
organização comunitária atual da área do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental.

8.1.5.PESQUISA DE DOCUMENTAÇÃO DE POSSE, DE AÇÕES JUDICIAIS E CARTORÁRIA

A pesquisa de documentação de posse tem como objetivo a obtenção de dados, informações e


documentos, mediante contato direto com os moradores ou proprietários, sobre a forma de
ocupação do imóvel, os instrumentos jurídicos utilizados para a aquisição da área, o contexto em que
se deu a aquisição da moradia, a regularidade da propriedade no que se refere à existência de registro

44
no cartório de imóveis, a regularidade do parcelamento quanto à sua aprovação no ente público
municipal, dentre outras informações que forem importantes para a melhor compreensão da
situação fundiária do assentamento. A pesquisa de documentação de posse será realizada nas áreas
abrangidas pelo Plano Urbanístico Integrado e pelo Plano de Estruturação Urbano-Ambiental,
considerando-se um percentual de 10% a 20% dos lotes da área abrangida por esses planos
(estimados em 70 lotes, no total), de modo a obter as informações necessárias para a etapa
subsequente da pesquisa cartorária. A seleção dos imóveis a serem pesquisados quanto à posse, bem
como a definição de outros critérios para pesquisa, deverão ser feitas conjuntamente com a
CONTRATANTE.

A pesquisa de ações judiciais deverá ser realizada nos meios disponibilizados pelo Poder Judiciário e
outras fontes disponíveis, inclusive pela internet, de modo a identificar a existência de conflitos
judiciais envolvendo a posse e o domínio formal de imóveis na área, bem ainda inquéritos civis,
procedimentos preparatórios e outros procedimentos extrajudiciais de competência do Ministério
Público e da Defensoria Pública. Poderão ser disponibilizadas à CONTRATADA informações existentes
na Procuradoria-Geral do Município a respeito da temática.

Além da pesquisa de documentação de posse, deverá ser realizada a pesquisa cartorária, isto é,
levantamento de dados sobre direitos reais formalizados em relação aos imóveis na área junto aos
cartórios de registro de imóveis, bem como aos órgãos públicos responsáveis pela gestão do
patrimônio imobiliário nas esferas municipal, estadual e federal, e entes da Administração Indireta,
conforme o caso. Deverão ser pesquisadas, preferencialmente, as matrículas mencionadas ou
apresentadas durante a pesquisa de documentação de posse e pesquisa de ações judiciais. A
pesquisa cartorária será realizada em terrenos e lotes aprovados nas áreas de grandes equipamentos
econômicos do Macroplano da Região do Jatobá considerando a estimativa de 62 (sessenta e dois)
lotes nesta esta área (20% do total de lotes); 20 (vinte) lotes em todo o perímetro do Plano
Urbanístico Integrado; e 50 (cinquenta) lotes na área abrangida pelo Plano de Estruturação Urbano-
Ambiental. A seleção dos imóveis a serem pesquisados, bem como a definição de outros critérios
para pesquisa, deverão ser feitas conjuntamente com a CONTRATANTE. Vale ressaltar que as
informações pertinentes à propriedade pública municipal e decretos de utilidade pública, porventura
existentes, serão disponibilizados pela CONTRATANTE .

PRODUTO

I. Relatório da pesquisa de documentação de posse, de ações judiciais e cartorária do


Macroplano da Região do Jatobá, contendo:
● Digitalização dos documentos obtidos na pesquisa de documentação de posse nas áreas
abrangidas pelo Plano Urbanístico Integrado e pelo Plano de Estruturação Urbano-
Ambiental;
● Cópia das requisições feitas aos cartórios e da documentação fornecida pelo cartório;
● Relatório com informações básicas das ações judiciais e procedimentos extrajudiciais
identificados, incluindo as partes e os entes envolvidos, data inicial, objeto e estágio atual de
tramitação;

45
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso da situação fundiária com espacialização
da sobreposição de CPs (cadastro de parcelamento aprovado) e PLs (plantas de loteamento
não registradas) e demais informações identificadas;
● Relação dos imóveis pesquisados na pesquisa cartorária com a identificação de lote,
quarteirão, matrícula e CP/PL e sua correlação com o selo atribuído à unidade pela pesquisa
de contagem de domicílios, quando for o caso;
● Texto síntese da pesquisa de documentação de posse, da pesquisa cartorária e da pesquisa
de ações judiciais;
● Relatório de caracterização dos conflitos fundiários existentes na área do Plano Urbanístico
Integrado e do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental, contendo base de dados
georreferenciada, mapa impresso e texto síntese contendo análise dos conflitos fundiários e
identificação dos condicionantes legais e normativos pertinentes.

8.1.6.PESQUISA AMOSTRAL SOCIOECONÔMICA ORGANIZATIVA

A pesquisa amostral socioeconômica organizativa envolve a coleta de dados primários


socioeconômicos e organizativos sobre a população residente e a identificação das principais
necessidades e potencialidades das áreas estudadas. A seleção dos domicílios pesquisados e a
aplicação dos questionários deverão ser acordadas com a CONTRATANTE. Ressalta-se que a aplicação
dos questionários deverá ser presencial e, de preferência, ser respondido por um dos responsáveis
pelo domicílio. O dimensionamento da equipe deverá considerar a aplicação do questionário em
dupla, por questões de logística e de segurança, além do acompanhamento do trabalho em campo
pelo coordenador da pesquisa.

A pesquisa deverá conter a identificação do domicílio, a composição e o perfil socioeconômico


familiar incluindo critérios, dentre outros, de gênero, raça e deficiência. Para o Macroplano da
Região do Jatobá, que contemplará também a área abrangida pelo Plano de Estruturação Urbano-
Ambiental, a pesquisa também deverá considerar a coleta de informações sobre a relação com a
vizinhança, com o comércio e indústria locais, a organização comunitária e a percepção em relação
às áreas de lazer, às áreas verdes e os espaços públicos. No questionário deverá ser também incluído
um módulo para levantar informações sobre o preço do solo urbano e dos imóveis no momento da
pesquisa. Essas informações poderão ser complementadas com análise de dados secundários
existentes, como, por exemplo, a base de dados do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis
(ITBI). Além do levantamento de tais dados, a CONTRATADA deverá propor uma metodologia que
possibilite o acompanhamento sistemático dos preços do solo urbano bem como a replicabilidade
em outros assentamentos de interesse social do município.

Estima-se o número aproximado de 19.600 domicílios cuja amostra deverá ser calculada por bairro
(aproximadamente 4.460 questionários a serem aplicados). Excetua-se desse levantamento a área
abrangida pelo Plano Urbanístico Integrado que será objeto de amostragem específica.

Na área abrangida pelo Plano Urbanístico Integrado, a pesquisa deverá conter, além da identificação
do domicílio, da composição familiar e da caracterização socioeconômica da família (de acordo com

46
os critérios descritos acima), a organização comunitária e a relação com o território dos
assentamentos. Deverá ser incluído um módulo de pesquisa para levantar informações sobre o preço
do solo urbano e dos imóveis, além das formas de acesso, comercialização e aquisição no mercado
informal, de modo a ampliar as possibilidades de monitoramento para concepção de políticas de
gestão social da valorização da terra. Neste território estima-se aproximadamente 1.350 domicílios,
para o cálculo da amostra considerou-se acréscimo de 20% (aproximadamente 230 questionários a
serem aplicados).

Para seleção amostral das pesquisas, deverá ser considerado como População da Pesquisa (total de
domicílios a partir do qual será selecionada a amostra) apenas os domicílios de uso residencial ou
misto, ocupados, devendo, portanto, ser excluídos: domicílios desocupados, anexos, unidades não
residenciais (uso comercial, industrial, de serviços e os equipamentos comunitários).

As amostras deverão ser calculadas considerando uma margem de erro de no máximo 7%, com nível
de confiabilidade de pelo menos 95%, com método a ser acordado com a CONTRATANTE.

PRODUTOS

I. Relatório da pesquisa amostral socioeconômica organizativa do Macroplano da Região do


Jatobá e do Plano Urbanístico Integrado, que contemplará a área correspondente ao Plano
de Estruturação Urbano-Ambiental, contendo:
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso com identificação dos domicílios
amostrados nas áreas abrangidas pelo Macroplano da Região do Jatobá e pelo Plano
Urbanístico Integrado;
● Tabulação das informações obtidas nas entrevistas, conforme modelo a ser acordado
com a CONTRATANTE;
● Questionários originais impressos ou em meio eletrônico, preenchidos;
● Sistematização e análise dos dados da pesquisa abordando metodologia utilizada e
descrição dos dados em gráficos e tabelas;
● Texto síntese ilustrado de caracterização socioeconômica do Macroplano da Região do
Jatobá;
● Texto síntese ilustrado de caracterização socioeconômica do Plano Urbanístico
Integrado.

II. Banco de dados: Módulos do Banco de Dados SisPH, correspondentes à Pesquisa


Socioeconômica e Organizativa, preenchidos.

8.1.7.ESTUDO DE MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE

O estudo de mobilidade e acessibilidade na área abrangida pelo Macroplano da Região do Jatobá


tem como objetivo avaliar as condições de transporte, circulação e acesso da Região do Jatobá, em
consonância com a atual política de mobilidade urbana estabelecida no Plano Diretor Municipal e no

47
Plano Municipal de Mobilidade Urbana, bem como com princípios de Desenvolvimento Orientado
pelo Transporte Sustentável (DOTS).

O estudo deverá: a) levantar as propostas de intervenções e políticas urbanas previamente


estabelecidas para a área (como o Pedala BH e Programa de Estruturação Viária de Belo Horizonte -
VIURBS); b) associar os conceitos de melhoria de acessibilidade e desenho urbano integrado ao uso
e ocupação do solo, ao acesso a equipamentos e serviços, bem como, às demandas ambientais locais
e em respeito à paisagem urbana; c) considerar não apenas os aspectos físicos dos sistemas de
transporte, incluindo o sistema viário local, mas também os diferentes perfis de usuários e modos,
abarcando sua diversidade. Especial atenção deve ser dada à possibilidade de fruição de espaço por
parte das pessoas com deficiência e às perspectivas de gênero, de modo a promover uma experiência
mais segura e equitativa para as mulheres, independentemente da idade.

O estudo de mobilidade e acessibilidade deverá contemplar o seguinte conteúdo:

I. Avaliação qualitativa das condições físicas superficiais das vias principais da área de estudo
(pavimentação, geometria, características operacionais), de modo a avaliar as condições de
uso, inclusive calçadas e travessias em nível e em desnível (passarelas e pontes) e identificação
e avaliação dos sistemas de drenagem associados às vias - pavimentos, guias, sarjetas e rede
de galerias (bocas de lobo, tubulações, poços de visitas e estruturas acessórias);
II. Avaliação da sinalização vertical e horizontal nas vias principais da área de estudo;
III. Estudo dos sistemas de transporte público que servem a área de estudo (linhas, pontos de
embarque e desembarque, estruturas de transbordo, capacidade e volume de passageiros) de
modo a avaliar a adequação do atendimento à população, em especial, às mulheres e meninas;
IV. Estudo da movimentação de cargas/ logística urbana e interurbana, principalmente aquelas
relacionadas às demandas das atividades industriais;
V. Pesquisa e estudo de caminhabilidade nas centralidades e no entorno da Estação Diamante,
de modo a avaliar a adequação do atendimento à população, considerando as diferentes
percepções dos pedestres segundo faixa etária, gênero e raça. A pesquisa deverá avaliar, ao
menos, os seguintes aspectos: (i) segurança viária, (ii) segurança pública, (iii) qualidade do
ambiente (ajardinamento, relação da fachada com o passeio público, iluminação pública,
mobiliário urbano), (iv) acessibilidade (qualidade das calçadas e travessias), (v) atratividade do
entorno, e (vi) barreiras urbanas (físicas e sociais). No estudo, a CONTRATADA deverá
estabelecer o Índice Técnico de Caminhabilidade6, considerando os aspectos avaliados na
pesquisa, com o objetivo de identificar os principais fatores que afetam positivamente ou
negativamente a caminhabilidade na região. O índice deverá levar em consideração o conceito
de Unidade de Vizinhança Qualificada, bem como as formas de aplicação desse conceito
praticadas pelo município. Recomenda-se a apropriação do Plano de Equidade (PEqui) do
Programa Mobilidade e Inclusão Urbana para orientações em relação às questões de gênero,
bem como a adequação a metodologias que já tenham sido utilizadas pelo Município.

6
Como referência de Índices Técnicos de Caminhabilidade, recomenda-se os índices e metodologias criados
pelo Instituto de Políticas de Transporte & Desenvolvimento (ITDP) Brasil ou SampaPé.

48
VI. Avaliação de atendimento a normas de acessibilidade e desenho universal, incluindo a
utilização dos espaços públicos por pessoas com deficiências;
VII. Pesquisa qualitativa na área do Macroplano com o intuito de determinar perfis de usuários e
padrões de deslocamento (origens, destinos, motivos, etc.), caminhabilidade, barreiras físicas,
econômicas e sociais7, acessibilidade a centralidades e equipamentos, incluindo demanda de
transbordo metropolitano na Estação Diamante. Estima-se a aplicação de cerca de 550
questionários, devendo a amostra considerar a diversidade geográfica, demográfica e de
gênero e visando à avaliação de acessibilidade das ocupações às centralidades;
VIII. Construção de rede de modelagem integrada de transportes e uso do solo para a área de
estudo, realizada em software de código livre, que permita a realização de simulações de
impacto na circulação mediante a criação de diferentes cenários de uso e ocupação do solo
(por exemplo, TRANUS). O objetivo da construção da rede é avaliar a situação atual e construir
cenários que possam proporcionar melhor compreensão do impacto (positivo e negativo) das
mudanças propostas. Essas simulações poderão, por exemplo, explicitar conexões viárias
faltantes, vias saturadas e super-utilizadas, trechos problemáticos para cruzamento de
pedestres, etc.

As atividades citadas nos itens I a III deverão incluir, pelo menos, as seguintes vias, considerando-se
o impacto na área de estudo:

Vias:
● Avenida Waldyr Soeiro Emrich
● Avenida Senador Levindo Coelho
● Avenida João Rolla Filho
● Avenida do Farol
● Avenida Perimetral
● Rua Juiz José Naves
● Avenida José Dutra Filho
● Rua Coletora
● Rua da Olaria
● Rua do Torno
● Rua Otaviano de Carvalho
● Rua Oitocentos e Sessenta e Dois
● Rua Anélio Marques Guimarães
● Rua José Roberto Fraga
● Rua Silvio Giusepe Rosso.

7
Para análise de barreiras sociais, considerar aspectos relacionados a processos de discriminações sociais,
raciais e de gênero, rivalidades presentes nos territórios, percepções a respeito da sensação de insegurança
nos caminhos (especialmente por mulheres e meninas), entre outros.

49
Figura 11: Vias a serem consideradas nas análises descritas nos itens I a IV do estudo de mobilidade e acessibilidade do
Macroplano da Região do Jatobá.
Fonte: SMPU/SUPLAN, 2022

50
Os estudos e as simulações devem considerar não apenas as demandas e distribuições modais atuais,
mas também os princípios, as diretrizes, as projeções e as metas do Plano de Mobilidade Urbana de
Belo Horizonte, sobremaneira a prioridade ao pedestre, ao transporte público e aos modos de
transporte não-motorizados.

PRODUTO

I. Relatório de Estudo de mobilidade e acessibilidade do Macroplano da Região do Jatobá


contendo:
● Base de dados e mapa impresso de condição física da pavimentação das vias principais do
Macroplano da Região do Jatobá, incluindo calçadas, travessias e sistemas de drenagem
superficiais associados às vias;
● Base de dados e mapa impresso de condições físicas das calçadas (atendimento código de
posturas e normas ABNT) do Macroplano da Região do Jatobá;
● Base de dados e mapa impresso de acessibilidade a pé, caminhabilidade, obstáculos e
barreiras do Macroplano da Região do Jatobá;
● Base de dados e mapa impresso de avaliação das condições de sinalização nas vias principais
do Macroplano da Região do Jatobá;
● Relatório da pesquisa de movimentação de cargas e logística urbana do Macroplano da
Região do Jatobá, contendo sistematização e análise dos dados da pesquisa indicando
metodologia utilizada, descrição dos dados em gráficos e tabelas e texto síntese de
caracterização da logística urbana;
● Relatório da pesquisa de perfis de usuário e padrões de deslocamento do Macroplano da
Região do Jatobá, contendo questionários originais impressos ou em meio eletrônico
preenchidos, sistematização e análise dos dados da pesquisa indicando metodologia
utilizada, descrição dos dados em gráficos e tabelas e texto síntese de caracterização de
usuários e padrões de deslocamento.;
● Criação de rede de modelagem integrada de transporte e uso do solo, em software adequado
a ser acordado com a CONTRATANTE;
● Relatório com análise dos dados da modelagem integrada de transporte e uso do solo para
o Macroplano da Região do Jatobá, contendo base de dados georreferenciada, dados
numéricos, mapa impresso, sistematização e análise dos dados da modelagem, indicando
metodologia utilizada e descrição dos dados em gráficos e tabelas. Incluem aspectos de
densidade, fluxo (veículos e pedestres), distribuição modal, nível de serviço, escolha de rotas,
dentre outros que deverão ser detalhados no Plano de Trabalho pela CONTRATADA;
● Relatório de Índice Técnico de Caminhabilidade, contendo detalhamento da metodologia
aplicada e seus resultados, base de dados e mapas ilustrados impressos dos trechos segundo
sua condição de caminhabilidade por aspecto avaliado.

51
8.1.8.ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA

O Estudo de caracterização dos sistemas de drenagem urbana deverá avaliar o nível de atendimento
e as condições de cada sistema, com identificação dos problemas existentes e descrição das
dificuldades para ampliação dos mesmos, se for o caso.

Também deverá ser realizada a classificação do nível de risco nas áreas sujeitas a inundação em
função do grau de comprometimento das edificações e do sistema viário, compatibilizada e
atualizada com o mapa resultante dos estudos do sistema de drenagem.

Os estudos deverão considerar cadastros fornecidos pelas empresas responsáveis pela prestação dos
serviços - Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA) e Secretaria Municipal de Obras e
Infraestruturas (SMOBI) - e a realização de vistorias em campo. Deverão considerar também todos
os estudos e levantamentos sobre os serviços e estruturas do sistema público de drenagem
fornecidos pela CONTRATANTE. Cabe destacar que o estudo de caracterização do sistema de
drenagem deverá considerar os limites das sub-bacias que extrapolam a delimitação de área do
Macroplano da Região do Jatobá, mas essenciais para a análise de drenagem. Considerar as bacias
de códigos 4110109, 4110110, 4110111, 4110112 e 4110113 indicadas na Figura 10 deste Termo de
Referência e as de codigo 4110102, 4110103, 4110104 , 4110105, 4110106, 4110107, 4110108 e
4110114 indicadas na Figura 10.

A caracterização dos sistemas de drenagem deverá considerar:

● A delimitação das sub-bacias de estudo considerando as alterações de configuração espacial


ocorridas;
● O estudo de “Reestruturação, Revitalização Ambiental dos Córregos da Bacia do Ribeirão
Arrudas com Requalificação Urbana das suas Áreas de Influência”, a ser disponibilizado pela
CONTRATANTE.
● Compilação de todos os levantamentos sobre drenagem na bacia hidrográfica fornecidos pela
CONTRATANTE (mancha de inundação, estudo da Companhia Brasileira de Projetos e
Empreendimentos, estudos da Fundação Christiano Ottoni e projetos implantados e a
implantar);
● Estudo de impermeabilização do solo, no cenário atual e futuro, considerando a máxima
impermeabilização permitida pelo Plano Diretor;
● Estudo hidrológico considerando as chuvas de projeto para os Tempos de Retorno (TR) de 5,
10, 25, 50 e 100 anos e os riscos a eles associados, contendo: a) as vazões de projeto calculadas
para os cenários atual e futuro do Estudo de impermeabilização do solo; e b) o cálculo do
volume de contribuição das águas pluviais;
● Estudo hidráulico contendo: a) as seções batimétricas atualizadas e vazões associadas aos
Tempos de Retorno (TR) de 5, 10, 25, 50 e 100 anos; b) modelagem hidráulica com avaliação
do comportamento do escoamento superficial na calha dos córregos, contemplando obras e
dispositivos implantados na bacia; c) levantamento topográfico/topobatimétrico de algumas
seções das calhas dos cursos d’água para o desenvolvimento da modelagem hidráulica em leito
natural, principalmente travessias, transições e confluências; d) análise do trecho a jusante das
intervenções, de forma a não transferir os impactos decorrentes destas; d) base cartográfica

52
com mancha de inundação gerada para os Tempos de Retorno (TR) de 5, 10, 25, 50 e 100 anos
anos com curvas de nível e texto sucinto da metodologia e dos parâmetros adotados; e e)
dimensionamento das estruturas de macro e microdrenagem calculados com referência no
cenário futuro do Estudo de impermeabilização do solo;
● Modelagem do comportamento hidráulico e hidrológico da rede de microdrenagem atual e da
futura rede com implementação de infraestrutura verde de manejo de águas pluviais. A
modelagem deve apresentar cálculos que indiquem a eficiência do sistema proposto, com
estimativa da redução de fluxo e escoamento superficial e efetividade, considerando a
contribuição por sub-bacia;
● Mapeamento de pontos de enxurrada, alagamento e inundação com base nos estudos
hidrológicos, hidráulicos, vistorias técnicas e em consultas à Defesa Civil, à Regional Barreiro e
à comunidade do entorno, contendo identificação de edificações, famílias e classificação de
graus de risco;
● Levantamento das áreas atualmente não atendidas pela rede de drenagem, proposição de
manutenção, desativação ou expansão de redes, como também do redimensionamento do
sistema (considerando o cenário de maior impermeabilização do solo), acompanhado da
respectiva verificação hidráulica;
● Identificação das possíveis interferências sobre o sistema e a compatibilidade entre as
dimensões das estruturas implantadas e a serem implantadas com as vazões de projeto
identificadas nos estudos hidrológicos e hidráulicos.

PRODUTO

I. Relatório do Estudo de caracterização dos sistemas de drenagem urbana do Macroplano


da Região do Jatobá, contendo:

● Relatório de conhecimento dos estudos existentes elaborados pelos poderes públicos


municipal e estadual;
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso de bacias e sub-bacias hidrográficas;
● Planilha de cálculos das vazões e texto sucinto da metodologia e parâmetros adotados;
● Planilhas de cálculo de verificação hidráulica com texto sucinto da metodologia e dos
parâmetros adotados;
● Base de dados georreferenciada e mapa ilustrado impresso do sistema de drenagem com as
estruturas de micro e macrodrenagem;
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso da mancha de inundação;
● Planilhas de verificação hidráulica dos dispositivos a serem mantidos, desativados e
propostos;
● Estudo de impermeabilização do solo nos cenários atuais e futuros da Região do Jatobá,
contendo quadro comparativo entre as vazões de projeto considerando os dois cenários de
simulação hidrológica, texto sucinto da metodologia e parâmetros adotados;
● Texto síntese de caracterização dos sistemas de drenagem urbana da Região do Jatobá;
● Matriz de decisão com avaliação de soluções baseadas na natureza e infraestruturas verdes
adequadas às diversas características dos logradouros públicos presentes na área
Macroplano da Região do Jatobá.

53
8.1.9.ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA,
ESGOTAMENTO SANITÁRIO E LIMPEZA URBANA

O estudo de caracterização dos sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário e limpeza


urbana deverá avaliar o nível de atendimento e as condições de cada sistema, com identificação dos
problemas existentes e descrição das dificuldades para ampliação dos mesmos, se for o caso.

Os estudos deverão considerar informações fornecidas pelos seguintes órgãos: Companhia de


Saneamento de Minas Gerais (COPASA), Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (SMOBI),
Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) e Superintendência de Desenvolvimento da Capital
(SUDECAP) - e, caso necessário, a realização de vistorias de campo. Deverão considerar também
todos estudos e levantamentos sobre os serviços de saneamento fornecidos pela CONTRATANTE
considerando o abastecimento de água, o esgotamento sanitário e a coleta de resíduos sólidos, bem
como os projetos implantados e a implantar.

Para os levantamentos descritos, a CONTRATADA deverá realizar reuniões junto aos órgãos
envolvidos e concessionárias de serviço, levantar informações primárias com moradores e por meio
de vistorias realizadas, preferencialmente, com técnicos da própria concessionária. No caso da área
delimitada pelo Plano Urbanístico Integrado, a Pesquisa de Contagem de Domicílios e Lotes
complementará as informações que serão utilizadas, de forma integrada, na caracterização das
condições sanitárias da região.

PRODUTO

I. Relatório do Estudo de caracterização dos sistemas de abastecimento de água,


esgotamento sanitário e limpeza urbana do Macroplano da Região do Jatobá, contendo:

● Base de dados georreferenciada e mapas ilustrados impressos de caracterização dos


sistemas;
● Texto síntese de caracterização dos sistemas.

8.1.10. ESTUDO DE RISCO GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO

Na área abrangida pelos Planos Urbanístico Integrado e de Estruturação Urbano-Ambiental, o estudo


de caracterização geológica-geotécnica deverá identificar e descrever de forma sucinta os processos
geodinâmicos presentes na área de estudo, tais como os escorregamentos, erosões,
queda/rolamento de blocos de rocha, incluindo a avaliação das estruturas dos maciços rochosos e
suas interferências nos cortes de taludes.

Identificar e descrever os agentes potencializadores do risco tais como cortes verticais, lançamento
de água servida e concentração de água de chuva e os indicativos da ocorrência dos processos
(trincas no terreno e na moradia, estruturas deformadas etc).

54
Com base nessas informações, deve ser realizado um mapeamento em toda área de estudo, através
da setorização e classificação em níveis de risco (baixo, médio, alto e muito alto), conforme diretrizes
da Urbel8. Estes setores devem ser identificados e descritos, utilizando para isto o mapa de pesquisa
de contagem de domicílios para identificação das edificações em situação de risco geológico.

PRODUTO

I. Relatório do Estudo de risco Geológico-Geotécnico da área do Plano Urbanístico Integrado


e do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental, contendo:
● Base de dados e mapa ilustrado impresso de risco geológico-geotécnico das áreas do Plano
Urbanístico Integrado e do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental;
● Base de dados e mapa ilustrado impresso de caracterização da consolidação das áreas do
Plano Urbanístico Integrado e do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental, contendo: a)
área com potencial para consolidação sem a necessidade de intervenção geotécnica; b) área
com potencial para consolidação por meio de intervenção geotécnica; e c) área onde não se
indica a consolidação da ocupação;
● Texto síntese descrevendo os processos, agentes, indicativos e nível de risco inclusive
identificando as edificações em cada situação de risco, com fotos.

8.1.11. PESQUISA DE ARBORIZAÇÃO URBANA


Na área abrangida pelo Macroplano da Região do Jatobá, a pesquisa de arborização urbana tem como
objetivo identificar e caracterizar as condições locacionais, estruturais, fitossanitárias e a composição
das espécies vegetais situadas nas áreas de Conexões Verdes, Conexões de Fundo de Vale,
centralidades locais e regionais, praças, parques, como também dos logradouros públicos inseridos
na área de abrangência do Plano Urbanístico Integrado, avaliando, inclusive, a conectividade
ambiental existente e potencial. Permitirá estabelecer os melhores mecanismos de monitoramento
e controle da vegetação urbana dessas áreas, com o intuito de balizar o planejamento da arborização
e reduzir os custos de manutenção das árvores.

Deverão ser realizados o levantamento de dados básicos para identificação da localização geográfica,
espécie, altura, diâmetro, copa, tronco, piso, anormalidades e interferências nas árvores presentes
nas áreas de Conexões Verdes, Centralidades locais e regionais, praças e logradouros. Quantos aos
logradouros públicos deverão ser coletadas informações referentes às árvores existentes nos

8
Classificação do risco geológico de acordo com o PEAR – Programa Estrutural em Áreas de Risco
(URBEL,2004): Nível IV (Muito Alto): O processo destrutivo encontra-se em adiantado estágio evolutivo,
constatando-se evidências e indícios claros de seu avançado desenvolvimento, com a possibilidade de
destruição imediata de moradias, não sendo necessária a observação do registro de chuvas elevadas em termos
de duração e/ou intensidade. Nível III (alto): O processo destrutivo está instalado, constatando-se indícios de
seu desenvolvimento e a possibilidade de destruição de moradias em curto espaço de tempo. É possível o
acompanhamento evolutivo do processo destrutivo na área, podendo ocorrer evolução rápida com chuva mais
intensa e/ou de longa duração. Nível II (médio): São áreas onde o processo destrutivo encontra condições
potenciais de desenvolvimento, constatando-se condicionantes físicas predispostas ao risco e/ou indícios
iniciais do desenvolvimento do processo. Nível I (baixo): São locais onde a observação de campo não detectou
indícios de instabilização aparente, sendo consideradas áreas estáveis no momento da análise.

55
afastamentos frontais dos imóveis lindeiros às vias, até à distância de cinco metros, nesses casos
deverão ser coletadas apenas informações relacionadas às espécies das árvores visíveis. O
levantamento fitossanitário deve abranger a identificação e mapeamento de indivíduos arbóreos
com pragas, doenças, parasitas, danos físicos, riscos de queda e com sistema radicular estrangulado
por calçadas ou pavimentos. A CONTRATANTE irá fornecer o regramento sobre o cadastramento das
árvores, de acordo com o sistema de informações existente.

Deverão ser realizados o levantamento de dados básicos para identificação da localização geográfica
aproximada, espécie, altura, diâmetro, copa, tronco das árvores localizadas em áreas de Conexão de
Fundo de Vale e parques e demais espaços livres de uso público existentes na região.

Para estimativa, a consultoria CONTRATADA deverá considerar a catalogação de cerca de 3.200 (três
e duzentas) árvores em logradouros públicos, além dos maciços arbóreos localizados em áreas de
conexão de fundo de vale e parques que deverão ser acordadas com a CONTRATANTE.

PRODUTO

I. Relatório da pesquisa de arborização urbana do Macroplano da Região do Jatobá,


contendo:

● Caracterização e listagem das espécies vegetais em áreas de Conexões Verdes, Conexões de


Fundo de Vale, centralidades locais e regionais, praças, parques, demais espaços de livres de
uso público existentes, logradouros públicos e áreas frontais dos imóveis lindeiros a esses
logradouros inseridos na área de abrangência do Plano Urbanístico Integrado, com
informações acerca de suas situações locacionais, estruturais e fitossanitários verificadas,
conforme detalhamento descrito este item;
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso com identificação das espécies vegetais;
● Texto síntese da metodologia utilizada com descritivo das espécies arbóreas exóticas e
nativas, dentre estas as endêmicas, bem como de suas condições fitossanitárias.

8.1.12. CARACTERIZAÇÃO INTEGRADA DO MACROPLANO DA REGIÃO DO JATOBÁ

O estudo de caracterização do Macroplano da Região do Jatobá tem como objetivo fornecer uma
análise integrada da área abrangida pelo Macroplano da Região do Jatobá, a partir dos dados e
resultados obtidos nos demais estudos e pesquisas realizados na Etapa 1, planos já elaborados no
território, dados secundários como os fornecidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio
(PNAD), e outros dados a serem disponibilizados pela CONTRATANTE. Deverão indicar, de forma clara
e objetiva, as conclusões relativas aos problemas, qualidades e potencialidades da área de estudo,
como um todo e em relação à região, considerando a perspectiva de gênero, raça e pessoas com
deficiência em suas análises. Deverão ser consideradas como referência o Estudo de Unidade de
Vizinhança Qualificada, a ser fornecido pela CONTRATANTE para síntese sobre as necessidades de
intervenções.

56
O estudo de caracterização integrada irá contribuir para a elaboração de propostas que visam a
promover o desenvolvimento sustentável na Região do Jatobá a partir das características do
território, dos conhecimentos locais, das diretrizes do Plano Diretor Municipal, e da Nova Agenda
Urbana - NAU.
O estudo deverá considerar:
● Inserção urbana e metropolitana: localização da área de estudo, articulações viárias
estruturantes, elementos estruturantes do território e principais referências da paisagem
urbana;
● Marcos paisagísticos relevantes: sítios de visadas para a Serra do Curral e para o vale do
Córrego Jatobá, lugares de valores simbólicos e coletivos para comunidade;
● Oferta de serviços: vias principais com a hierarquização do sistema viário, sentido de
circulação, condição de acessibilidade das vias, vias/trechos de vias com maior intensidade de
uso (volumes), seja por veículos ou por pedestres; centros e centralidades; acesso aos
equipamentos públicos e de uso coletivo, comércios e serviços, transporte coletivo e espaços
de lazer e sociabilidade; áreas nas quais há necessidade de implantação/adequação dos
sistemas de drenagem, abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo; áreas
de inundação;
● Usos dos espaços: espaços livres de uso público, equipamentos de uso coletivo, espaços de
lazer e convívio, destacando-se os subutilizados ou em más condições; mapeamento das
principais atividades econômicas presentes e identificação daquelas cuja região apresenta
demandas reprimidas ou potencialidades para serem desenvolvidas, tais como comércio,
suporte a atividades industriais e de moradia, serviços locais e apoio a equipamentos
comunitários, dentre outros; identificação das áreas com maiores conflitos entre os usos
residencial, não residencial e ambiental; áreas urbanas vazias ou ociosas (glebas, lotes e
edificações) e infraestrutura urbana existente; identificação das áreas com potencial para
desenvolvimento de centralidades locais;
● Atributos naturais, áreas de preservação permanente e áreas verdes: graus de preservação
ou degradação ambiental, presença de espécies vegetais nativas e exóticas, bem como suas
condições fitossanitárias; qualidade dos corpos hídricos; áreas de conectividade ambiental
existente e potencial; áreas potenciais para realização de atividades de arborização de
logradouros públicos e implantação de ELUP’S, nas suas diversas formas, considerando jardins,
mirantes, praças, parques, inclusive parques lineares, e demais áreas de contemplação, lazer
e recreação; usos antrópicos dos atributos naturais e das áreas verdes; interferências
antrópicas positivas ou negativas em áreas de preservação ambiental (revegetação de áreas;
presença de moradias ou outras construções; hortas; retirada de cobertura vegetal;
lançamento de efluentes, resíduos sólidos e/ou entulhos; etc.);
● Áreas degradadas e contaminadas: identificar e avaliar os usos, atuais ou pretéritos, do solo
e da atmosfera e os usos antrópicos com potencial poluidor; indicar alternativas técnicas de
neutralização, mitigação, remediação ou compensação da contaminação e alternativas
técnicas de recuperação ambiental de áreas degradadas;
● Preços do solo urbano: identificar e avaliar a curva de alteração de preços do solo,
considerando a base de dados do ITBI e os módulos de pesquisa inseridos sobre o tema na

57
pesquisa amostral, comparando-os com as ações administrativas e os investimentos públicos
ocorridos ao longo do tempo, a ser definido entre CONTRATADA e CONTRATANTE.

Nas áreas abrangidas pelos Planos Urbanístico Integrado e de Estruturação Urbano-Ambiental o


estudo deverá considerar as especificidades de cada assentamento e estar articulada à Pesquisa de
Contagem de Domicílios e Lotes e deverá ser acrescido de:

● Análise e mapeamento de articulação interna e externa das áreas e dos assentamentos;


● Análise e mapeamento das Áreas de Preservação Permanente (APPs) com foco na composição
florística, na qualidade da água, na estabilidade de encostas e no grau de antropização;
● Mapeamento da produção de sedimentos, identificando focos de erosão, transporte e
deposição de sedimentos;
● Avaliação dos aspectos de parcelamento, ocupação e uso do solo, em especial, considerando
as situações de domicílios situados em APPs ou em áreas com restrições ambientais; lotes ou
domicílios não atendidos por sistema viário; áreas com más condições de ventilação e/ou
iluminação; áreas onde não se indica a consolidação da ocupação;
● Morfologias, usos e atividades de glebas, lotes e edificações, com limites das áreas ocupadas;
● Identificação de oportunidades, boas práticas e empreendedorismos presentes nos
assentamentos, com foco no desenvolvimento socioeconômico local;
● Identificação de atividades ou vocações e potencialidades locais voltados à preservação
ambiental, tais como como a agricultura urbana, quintais produtivos, economia solidária,
gestão de espaços coletivos.
● Estrutura viária interna dos assentamentos (declividade, largura, concordância e
componentes);
● Elementos que se caracterizem como barreiras à circulação ou aos serviços, seja internamente
ao assentamento ou em relação ao entorno (quadras muito extensas, grandes áreas vazias,
grandes desníveis no terreno, grandes equipamentos ou grandes áreas
muradas/internalizadas, cursos d´água sem elementos de transposição, rodovias ou outras
vias de grande circulação de veículos e altas velocidades, etc.);
● Nas áreas limítrofes, relações socioespaciais entre o assentamento e o entorno, como por
exemplo: áreas com grandes contrastes ou similaridades relativos a parcelamento, ocupação
ou uso do solo, áreas onde há diálogo entre fachadas do assentamento e do entorno; áreas
que funcionem como espaços de transição e favoreçam a integração (áreas de intermediação);
● Locais de sociabilidade das comunidades;
● Áreas urbanas vazias ou ociosas adequadas à instalação de unidades habitacionais.

PRODUTOS:

I. Relatório dos Estudos e Pesquisas de caracterização Integrada do Macroplano da Região


do Jatobá, contendo:

● Base de dados georreferenciada e mapas ilustrados impressos, com textos sucintos,


explicitando os principais problemas e potenciais identificados;

58
● Texto síntese de análise e caracterização integrada da região do Macroplano, do Plano
Urbanístico Integrado e do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental.
● Material ilustrado em linguagem simples, para divulgação, contendo análise e caracterização
do Macroplano da Região do Jatobá e dos Planos Urbanístico Integrado e de Estruturação
Urbano-Ambiental, utilizando mapas, apresentações, infográficos e outros elementos que
permitam a disseminação das informações para públicos distintos.

8.2. ESTUDO DE ÁREAS COMPLEMENTARES

O Estudo de Áreas Complementares consiste no levantamento, atualização, complementação e


consolidação de dados e informações necessários para ações futuras de planejamento, com foco nas
áreas de fundo de vale inseridas no território delimitado neste estudo. O Estudo deverá contemplar:

8.2.1. ATUALIZAÇÃO DA BASE CARTOGRÁFICA

Consiste na atualização do mapeamento da área abrangida pelo Estudo de Áreas Complementares e


deverá ser elaborado a partir do mapeamento cadastral fornecido pela CONTRATANTE. Ao material
fornecido pela CONTRATANTE deverão ser acrescentadas informações relativas a caminhos
pedonais, travessias de pedestres existentes, pontos de embarque e desembarque, identificação do
comércio e de serviços formais e informais, equipamentos comunitários e espaços livres de uso
público, ocupação, morfologia e uso do solo e fitofisionomias, tendo como referência imagens de
satélite atualizadas e vistorias em campo.

8.2.2.ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DE MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE

O estudo de caracterização de mobilidade e acessibilidade na área abrangida pelo Estudo de Áreas


Complementares tem como objetivo caracterizar a circulação viária de veículos e pedestres nas áreas
de fundo de vale. O estudo deve identificar e mapear as travessias veiculares sobre os cursos d’água
em que a transposição ocorre por manilhas (em nível), bem como as travessias de pedestres sobre
os cursos d’água, com descrição da estrutura e do estado de conservação das mesmas, além da
situação dos caminhos de pedestres quanto à iluminação .

O estudo deve abranger o seguinte conteúdo:

● Avaliação das condições físicas das travessias veiculares e de pedestres existentes sobre os
cursos d'água, inclusive das calçadas contíguas e travessias em nível e desnível;
● Avaliação dos sistemas de drenagem associados a vias - pavimentos, guias, sarjetas e rede de
galerias (bocas de lobo, tubulações, poços de visitas e estruturas acessórias); e
● Avaliação da sinalização vertical e horizontal nas vias principais da área de estudo;
● Avaliação das condições de iluminação nos caminhos de pedestres.

59
8.2.3.PESQUISA DE ARBORIZAÇÃO URBANA
Na área abrangida pelo Estudo de Áreas Complementares, a pesquisa de arborização urbana tem
como objetivo identificar as fitofisionomias das áreas de Conexões de Fundo de Vale, dos maciços
arbóreos e das unidades de conservação inseridas nessas áreas, a fim de subsidiar a escolha de
espécies vegetais adequadas para plantio e conservação ambiental da Região do Jatobá. Também
deverão ser listadas as principais espécies vegetais nativas encontradas, levando em consideração os
diferentes grupos sucessionais, bem como a adaptabilidade às diferentes unidades do relevo
(planícies de inundação, médias vertentes e topos de morro).

8.2.4.PESQUISA DE CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL E SANITÁRIA


Na área abrangida pelo Estudo de Áreas Complementares, a pesquisa de caracterização ambiental e
sanitária tem como objetivo identificar e avaliar os serviços de saneamento, os atributos naturais e
as Áreas de Preservação Permanente com relação aos graus de preservação ou degradação
ambiental, bem como aos possíveis usos antrópicos. Deverão ser consideradas a presença de
espécies vegetais nativas e exóticas, dentre estas as endêmicas, bem como suas condições
locacionais, estruturais e fitossanitárias; a qualidade dos corpos hídricos; as áreas de conectividade
ambiental existentes e potenciais; as áreas potenciais para implantação de parques; e os usos
antrópicos dos atributos naturais e das áreas verdes. Também deverão ser identificadas e avaliadas
as áreas contaminadas, com indicativo de alternativas técnicas de neutralização, mitigação,
remediação ou compensação da contaminação, e as áreas degradadas, com indicativo de alternativas
técnicas de recuperação ambiental.

A pesquisa deverá contemplar estudo dos sistemas de drenagem considerando os limites das sub-
bacias inseridas nas Áreas Complementares. Os estudos deverão considerar cadastros fornecidos
pelas empresas responsáveis pela prestação dos serviços - Companhia de Saneamento de Minas
Gerais (COPASA) e Secretaria Municipal de Obras e Infraestruturas (SMOBI) - bem como a realização
de vistorias em campo. Deverão considerar também todos os estudos e levantamentos sobre os
serviços e estruturas do sistema público de drenagem fornecidos pela CONTRATANTE.

A pesquisa deverá conter:

● Mapeamento e análise da Áreas de Preservação Permanente (APPs) em que conste avaliação


das condições de degradação ou preservação ambientais com foco na biodiversidade e na
composição da flora, com ênfase nas espécies endêmicas, na qualidade da água, na
estabilidade de encostas e no grau de antropização;
● Estudos sedimentológicos com mapeamento de focos de erosão, transporte e deposição de
sedimentos;
● Mapeamento e análise das áreas de conectividade ambiental existentes, com propostas de
extensão das conexões ambientais para áreas com conectividade potencial;
● Mapeamento e análise de áreas potenciais para implantação de parques;
● Mapeamento e análise dos usos antrópicos dos atributos naturais e das áreas verdes;

60
● Compilação de todos os levantamentos sobre drenagem na bacia hidrográfica fornecidos pela
CONTRATANTE (mancha de inundação, estudo da Companhia Brasileira de Projetos e
Empreendimentos, projetos implantados e a implantar);
● Estudo de impermeabilização do solo, nos cenários atual e futuro, considerando a máxima
impermeabilização permitida pelo Plano Diretor;
● Estudo hidrológico considerando as chuvas de projeto para os Tempos de Retorno (TR) de 5,
10, 25, 50 e 100 anos e os riscos a eles associados, contendo: a) as vazões de projeto calculadas
para os cenários atual e futuro do Estudo de impermeabilização do solo; e b) o cálculo do
volume de contribuição das águas pluviais;
● Avaliação do estado de conservação da galeria do Córrego Jatobá sob a Av. Delfino Francisco
Xavier, bem como sua capacidade hidráulica frente aos cenários de impermeabilização do solo
da bacia hidrográfica;
● Identificação e mapeamento de logradouros públicos com potencial para implantação de
técnicas compensatórias de drenagem, infraestruturas verdes e soluções baseadas na
natureza;
● Identificação, análise e mapeamento da instabilidade geológica de encostas em logradouros
públicos;
● Atualização dos dados referentes às áreas não atendidas pela rede de esgoto, pelo serviço de
coleta de resíduos sólidos ou pela rede de abastecimento de água;
● Identificação e mapeamento de lançamentos irregulares de esgotos sanitários e pontos de
disposição inadequada de resíduos sólidos.
PRODUTO:
I. Estudo de Áreas Complementares, compreendendo:
A. Atualização da base cartográfica das Áreas Complementares, contendo:
● Bases cartográficas atualizadas com as informações supracitadas;
● Textos sínteses sobre a atualização das bases cartográficas das Áreas
Complementares.
B. Relatório de caracterização de mobilidade e acessibilidade do Estudo de Áreas
Complementares, contendo:
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso de condição física da
pavimentação;
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso de condições físicas das
calçadas (atendimento ao código de posturas e às normas ABNT);
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso de acessibilidade,
caminhabilidade e barreiras;
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso de avaliação das
condições de sinalização.
● Texto síntese de caracterização de mobilidade e acessibilidade das Áreas
Complementares.
C. Relatório da pesquisa de cobertura vegetal do Estudo de Áreas Complementares,
contendo:

61
● Classificação das fitofisionomias, com apresentação da listagem das espécies
mais representativas de cada tipologia, discriminação dos seus grupos
sucessionais, as condições locacionais da área em que está inserida, e sua
adaptabilidade às unidades de relevo;
● Textos sínteses da metodologia utilizada e com descritivo das fitofisionomias
identificadas;
● Base de dados georreferenciada e mapa ilustrado impresso com
identificação das fitofisionomias.
D. Relatório de caracterização ambiental e sanitária do Estudo de Áreas
Complementares, contendo:
● Relatório de conhecimento dos estudos existentes elaborados pelos poderes
públicos municipal e estadual;
● Base de dados georreferenciada e mapa ilustrado impresso, contendo texto
síntese de caracterização ambiental;
● Estudo de impermeabilização do solo nos cenários atuais e futuros,
contendo quadro comparativo entre as vazões de projeto considerando os
dois cenários de simulação hidrológica, texto sucinto da metodologia e
parâmetros adotados;
● Planilha de cálculos das vazões e texto sucinto da metodologia e dos
parâmetros adotados nos estudos hidrológicos;
● Planilhas de verificação hidráulica da galeria do Córrego Jatobá sob a Av.
Delfino Francisco Xavier;
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso da mancha de inundação,
conforme resultados dos estudos hidrológicos;
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso de processos erosivos;
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso, com texto síntese da
caracterização do sistema de abastecimento de água, esgotamento sanitário
e limpeza urbana;
● Relatório síntese do Estudo de Áreas Complementares, contendo análise e
caracterização do território sob os aspectos pesquisados, com foco nas áreas
de fundo de vale.

9. ETAPA 2: PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES

Esta etapa consiste na elaboração de diretrizes, programas, projetos e ações que visam à
estruturação urbana da Região do Jatobá, a partir dos dados e informações levantados e
sistematizados na Etapa 1, bem como na definição de instrumentos normativos e de gestão
necessários para a viabilização das propostas elaboradas.

Os produtos desta etapa deverão apresentar uma abordagem sistêmica e comunicativa para a
implantação de agendas integradoras do território e ter como pressuposto a promoção da inclusão
e equidade de gênero e as políticas municipais de promoção da igualdade racial e para pessoas com
deficiência, tendo como foco a construção de soluções que considerem a perspectiva de mulheres,

62
idosos, jovens, crianças, pessoas negras, povos e comunidades tradicionais, da comunidade LGBTQI+
e de grupos de pessoas com deficiência. Objetiva-se a replicabilidade do modelo construído em
outras regiões da cidade com características semelhantes.

A etapa de propostas consiste da interface entre as visões de profissionais técnicos e atores locais e
deverá ser desenvolvida considerando os seguintes passos:

a) alternativas: consiste na elaboração de uma matriz de alternativas técnicas para subsidiar as


propostas de drenagem, de saneamento, geotécnicas e jurídico-legais, acompanhada de mapa de
localização e considerações de viabilidade ambiental, social e econômica .

b) propostas: consiste na elaboração de propostas junto aos atores locais por meio de metodologia
que considere a dinâmica das escalas dos planos (Macroplano e planos locais) e as análises de pré-
viabilidade das intervenções. Deverão ser priorizadas as soluções que minimizem os impactos sociais
e ambientais considerando, inclusive, as normas sociais e ambientais que constam no Instrumento
de Gestão Ambiental e Social do Programa de Mobilidade e Inclusão Urbana.

As propostas discutidas e apresentadas nas reuniões pelo público presente deverão ser mapeadas e
sistematizadas por meio de uma matriz de propostas, contendo:

● Descrição da proposta (o que fazer?);


● Justificativa da proposta, considerando os debates realizados no contexto da participação
social, os estudos e pesquisas efetuados na Etapa 1 e a relação com os objetivos da Lei
11.181/19 e da Nova Agenda Urbana (por que e para que fazer?);
● Ações necessárias para viabilizar a execução (como fazer? quais processos precisam ser
previstos/destravados para sua implantação?);
● Abrangência espacial da intervenção, quando for o caso (onde fazer?);
● Atores envolvidos, órgãos competentes (com quem fazer?);
● Estimativa de prazo de execução e custo;
● Impactos positivos e negativos da proposta (aspectos urbanos, ambientais, econômicos e
sociais), incluindo ações necessárias para mitigação, no caso de impactos negativos e indicação
de outras alternativas, quando necessário;
● Análise de viabilidade ambiental, social e econômica da proposta;
● Relação da proposta com outras, quando couber.

As propostas excluídas deverão conter pareceres que justifiquem a exclusão.

Todo material produzido e/ou aprovado deverá conter assinatura dos participantes.

c) propostas finais: consiste na escolha de propostas finais em assembleias participativas. Esta etapa
deverá utilizar como referência a matriz de propostas elaboradas no passo b, a qual deverá ser
atualizada após aprovação das propostas;

d) detalhamento de propostas finais: consiste no detalhamento das propostas aprovadas no passo


c, quando couber.

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A seguir, serão descritos os componentes e os produtos que deverão ser desenvolvidos nesta Etapa
do trabalho para cada um dos planos: Macroplano da Região do Jatobá, Plano Urbanístico Integrado
e Plano de Estruturação Urbano-Ambiental.

9.1. MACROPLANO DA REGIÃO DO JATOBÁ

As propostas de intervenção do Macroplano da Região do Jatobá deverão estar articuladas àquelas


definidas no Plano Urbanístico Integrado e no Plano de Estruturação Urbano-Ambiental,
contemplando possibilidades de alterações e complementações a serem acordadas com os grupos
representativos de cada Plano, com o grupo executivo e com a CONTRATANTE.

As propostas deverão contemplar, de forma integrada, as seguintes temáticas:

9.1.1.URBANÍSTICO-AMBIENTAIS
As propostas de intervenções urbanístico-ambientais deverão considerar os seguintes aspectos:

● ELUP’S nas suas diversas formas, considerando jardins, mirantes, praças, parques, inclusive
parques lineares e demais áreas de contemplação, lazer e recreação;
● Arborização de logradouros públicos;
● Recuperação de áreas degradadas;
● Equipamentos coletivos e comunitários;
● Outras intervenções urbanísticas-ambientais.

Deverão ser destacadas as interferências necessárias por interesse público em imóveis públicos e/ou
privados existentes, bem como as áreas, lotes ou domicílios, quando for o caso.

9.1.2.MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE URBANA

As propostas de intervenções de mobilidade e acessibilidade urbana deverão empregar a modelagem


computacional integrada de transporte e uso do solo para melhor avaliar as alternativas de
intervenções físicas e propostas de políticas públicas na área de estudo. Deverão ser consideradas
construções de cenários para suporte à tomada de decisão, considerando:

● cenário tendencial (business as usual): caso nenhuma intervenção e/ou política pública seja
levada a cabo, em um determinado prazo;
● cenário mínimo: mediante a execução de intervenções consideradas prioritárias em um
determinado prazo (o mesmo para o cenário 01);
● cenário ideal: mediante a execução de todas as intervenções e políticas públicas previstas no
plano em um prazo mais longo.

As alternativas deverão promover o estímulo ao uso do transporte coletivo e à mobilidade ativa, por
meio de soluções que proporcionem a melhoria do acesso e das condições de circulação de pedestres
e ciclistas, bem como de sua integração a outros modais de transporte. Em consonância com a atual

64
política de mobilidade do município, além das vias veiculares, deverão ser considerados aspectos de
conforto e segurança para pedestres e ciclistas e melhoria do acesso ao transporte público. Dessa
forma, almeja-se propor um melhor compartilhamento do espaço viário entre os diversos modos -
analisando-se a função e vocação de cada via dentro da rede, com base no conceito de Ruas
Completas.

Deverão ser desenvolvidas propostas de melhoria e qualificação do transporte e do trânsito,


considerando os seguintes aspectos:

● Adequação da malha viária local (abertura de vias; alargamento/ modificações geométricas;


melhorias na pavimentação), com definição das tipologias viárias;
● Mudanças na circulação, inclusive criação de binários;
● Intervenções em sistemas de drenagem associados a vias;
● Requalificação das condições de circulação dos pedestres (definição de eixos de circulação
prioritária, requalificação de travessias - existentes e propostas, requalificação de calçadas,
melhoria do acesso ao transporte público, promoção da segurança da mobilidade feminina,
promoção de acesso universal, criação de novos eixos de caminhamento de pedestres em
parques ou espaços públicos, intervenções de urbanismo tático); e
● Proposta de malha cicloviária e infraestrutura auxiliar, considerando topografia, acesso a
pontos de interesse e integração intermodal; definição de intervenções nos sistemas de
transporte público, inclusive ampliação, alteração de linhas e rotas de ônibus, integração com
outros modos e adoção de novos sistemas.

9.1.3.DRENAGEM URBANA

As propostas de intervenções para o sistema de drenagem urbana deverão ser elaboradas de forma
sistêmica, visando ao enfrentamento dos problemas relacionados ao manejo integrado das águas
pluviais e deverão considerar os seguintes aspectos:

● Avaliação de alternativas de manejo integrado das águas pluviais para as bacias ou sub-bacias
hidrográficas, priorizando técnicas compensatórias de drenagem, infraestruturas verdes e
azuis para microdrenagem e soluções baseadas na natureza para macrodrenagem, em especial
os cursos d’água em leito natural, que promovam o retardamento do escoamento superficial,
com foco nos conceitos de dissipação de energia, de retenção, detenção, infiltração e
evapotranspiração;
● Controle e tratamento da poluição difusa por meio de infraestruturas verdes e azuis, quando
exequível;
● Tratamento para a bacia hidrográfica, considerando implantação de técnicas compensatórias
de drenagem nas ruas transversais e paralelas aos cursos d’água, bem como em logradouros
públicos, e que deverão garantir eficiência das infraestruturas implantadas para tempos de
retorno maiores, reduzindo a quantidade de água a ser lançada nas infraestruturas de micro e
macrodrenagem da bacia.

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As propostas de saneamento deverão ser compatíveis e avaliadas com as demais intervenções
previstas nos Planos Urbanístico Integrado e de Estruturação Urbano-Ambiental, buscando a
participação social na escala local e a compatibilização das propostas discutidas nesses territórios.

Considerando que as áreas dos Plano Urbanístico Integrado e de Estruturação Urbano-Ambiental


podem ter maiores alterações na estrutura física, as propostas deverão compreender: i) a revisão das
delimitações das sub-bacias hidrográficas para situações de alterações de configuração espacial; ii) a
verificação do sistema de drenagem existente a ser mantido, desativado ou proposto; e o
dimensionamento do novo sistema, acompanhado da respectiva verificação hidráulica.

9.1.4.ABASTECIMENTO DE ÁGUA, ESGOTAMENTO SANITÁRIO E LIMPEZA URBANA

As propostas de intervenções para o sistema de abastecimento de água, de esgotamento sanitário e


de limpeza urbana deverão ser elaboradas de forma sistêmica, visando ao enfrentamento dos
problemas relacionados a esses serviços.

As propostas deverão abordar os seguintes aspectos:

● Avaliar alternativas técnicas de gestão dos serviços de saneamento, considerando o


abastecimento d’água, a gestão dos resíduos sólidos e o esgotamento sanitário;
● Assegurar a adoção do sistema separador absoluto entre águas pluviais e esgoto sanitário;
● Apresentar proposta de expansão e/ou adequação da rede de abastecimento de água a fim de
contemplar as áreas não atendidas, bem como proposta de expansão e/ou adequação da rede
de esgoto de forma a eliminar os lançamentos irregulares e contemplar áreas não atendidas.
● Apresentar proposta de expansão e/ou adequação do serviço de coleta de resíduos sólidos de
forma a eliminar os pontos de disposição inadequada, bem como a contemplar áreas não
atendidas.
● Indicar e avaliar alternativas para o atendimento universal do saneamento, por meio de
técnicas e materiais apropriados, inclusive daqueles imóveis abaixo do greide das ruas, através
de redes implantadas no sistema viário e do emprego de faixas de servidão ou esgotamento
condominial no interior das quadras;
● Indicar e avaliar soluções baseadas na natureza e alternativas técnicas para a gestão de
resíduos considerando a implantação de formas coletivas ou individuais, bem como a
viabilidade de geração de subprodutos (adubos orgânicos e biometano) para utilização pela
comunidade.
● Apresentar estudo de viabilidade de aplicação de soluções baseadas na natureza e alternativas
técnicas para tratamento de esgoto, bem como a viabilidade de geração de subprodutos
(adubos orgânicos e biometano) para utilização pela comunidade e de lançamento do efluente
tratado nos córregos das sub-bacias, além das alternativas que permitam a interligação à
infraestrutura pública existente. Este estudo de viabilidade deverá avaliar as seguintes
questões:
○ variações de vazão e seus efeitos na eficiência do tratamento;

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○ necessidade de separação das águas negras e cinzas para o bom desempenho do
sistema de tratamento e viabilidade técnica e econômica de sua implantação;
○ capacidade de assimilação dos corpos receptores (autodepuração);
○ eficiência necessária para o tratamento, o que inclui a avaliação da necessidade de
um tratamento em nível terciário (remoção de nutrientes – P e N e remoção de
patógenos);
○ atendimento aos requisitos da legislação ambiental, tanto aos padrões de
lançamento quanto aos padrões de corpo receptor;
○ requisitos de área, tipo de solo e relevo compatíveis com o sistema de tratamento
a ser adotado;
○ para sistemas de tratamento que utilizem a infiltração no solo, deverá se garantir
que o lençol freático não seja contaminado;
○ questões relativas ao lodo gerado no tratamento, incluindo a sua possível
reutilização e necessidade de desinfecção desse lodo;
○ custos de construção, operação, manutenção e monitoramento;
○ avaliação dos possíveis modelos de operação, à luz do estabelecido no Convênio
PBH-COPASA, bem como da legislação vigente;
○ impactos socioeconômicos e ambientais, tais como emissão de maus odores,
ruídos, atração de vetores e outros incômodos à população vizinha.

As propostas que envolverem abastecimento de água e esgotamento sanitário deverão ser


aprovadas junto à COPASA, independentemente da solução adotada.

As propostas de saneamento deverão ser compatíveis e avaliadas com as demais intervenções


previstas nos Planos Urbanístico Integrado e de Estruturação Urbano-Ambiental, buscando a
participação social na escala local e a compatibilização das propostas discutidas nesses territórios.
Deverão ainda estar compatíveis com qualquer outra proposta de intervenção urbana prevista pela
PBH para a área de estudo, de acordo com informações que serão fornecidas pela CONTRATANTE.

9.1.5.JURÍDICO-LEGAIS E INSTITUCIONAIS

Deverão ser indicadas as ações jurídicas e administrativas necessárias para viabilizar a solução de
passivos legais e urbanísticos decorrentes da aprovação, do licenciamento e da implantação da
Mancha B do Distrito Industrial, considerando a legislação urbanística e ambiental nos níveis
municipal, estadual e federal, de normas e regulamentações pertinentes aos aspectos encontrados
na área de estudo.

A elaboração das propostas jurídico-legais e institucionais deverá considerar:

● A caracterização dos aspectos fundiários, urbanísticos, ambientais e de risco geológico-


geotécnico do território;
● A situação da propriedade legal do solo urbano, incluindo abordagem sobre o processo de
ocupação, a identificação das áreas públicas e privadas, informações sobre plantas

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particulares, situação dos parcelamentos de solo aprovados, condicionantes e impedimentos,
com identificação do passivo em relação aos processos de parcelamento e licenciamento
ambiental, caso existam;
● A identificação de ocupações em áreas públicas, quando couber;
● A verificação da existência de ações judiciais;
● A identificação de áreas que são objeto de servidão para as concessionárias de serviço público;
dentre outras situações que envolvam conflitos em relação ao uso e à propriedade formal;
● Ações jurídicas e administrativas necessárias para viabilizar as propostas, como a regularização
do domínio e titulação dos ocupantes;
● Estrutura institucional e de gestão pública para tratar as situações que envolvem o distrito
industrial.

9.1.6.SOCIOECONÔMICAS E ORGANIZATIVAS

Na área abrangida pelo Macroplano da Região do Jatobá, as propostas socioeconômicas e


organizativas deverão contemplar a construção de alternativas para atendimento às demandas
levantadas nos processos participativos, bem como ao fortalecimento da governança e gestão
territorial local.

Deverão considerar os seguintes aspectos:

● Desenvolvimento da economia local (exemplo do microcrédito);


● Desenvolvimento de economia sustentável e circular;
● Modelos de gestão com a participação de diversos atores da sociedade local: empresários
(comércio, indústria e serviços), lideranças comunitárias, instituições e organizações da
sociedade civil;
● Modelo de capacitação objetivando a formação de mão-de-obra local para atuar
preponderantemente nas intervenções que visem a sustentabilidade, recuperação e
preservação ambientais. O modelo de capacitação deve ser estruturado em dois tempos
distintos: em fase anterior às intervenções e em fase pós implantação das intervenções, com
foco em gestão e manutenção das mesmas.

Além das propostas construídas no processo participativo, deverá ser elaborado pela CONTRATADA,
em conjunto com o Grupo Gestor do Macroplano - GGM, um Programa para adesão das indústrias
locais que envolva:

● Promoção da equidade de gênero tanto na gestão, quanto na empregabilidade de mão de


obra;
● Adesão ao novo Plano Diretor em relação à permeabilidade do solo e novas tecnologias de
infiltração;
● Adesão à tecnologia limpa com círculo fechado (controle, tratamento e contenção da água de
chuva, esgoto, resíduos sólidos e gasosos);
● Adesão à utilização de energia fotovoltaica;

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● Participação em modelos de moedas locais que promovam a sustentabilidade e a inclusão
social;
● Apoio ao uso de outros modais como meio de transporte, pelos funcionários e funcionárias;
● Promoção de programas de educação ambiental; e
● Formação e contratação de mão de obra local.

PRODUTOS

I. Alternativas técnicas para a área do Macroplano da Região do Jatobá, compreendendo:


A. Matriz de decisão com indicativo de alternativas técnicas compensatórias de
drenagem e infraestruturas verdes e azuis no Macroplano da Região do Jatobá,
acompanhado de mapa de localização das técnicas propostas, fundamentadas em
considerações de viabilidade urbanística, ambiental, social, econômica e de
mobilidade;
B. Matriz de decisão com indicativo de alternativas técnicas para tratamento de
efluentes sanitários e gestão de resíduos no Macroplano da Região do Jatobá, com
mapa de localização das técnicas propostas, fundamentadas em considerações de
viabilidade urbanística, ambiental, social, econômica e de mobilidade.
II. Propostas do Macroplano da Região do Jatobá, compreendendo:
A. Base de dados e mapa ilustrado impresso das propostas elaboradas para a área do
Macroplano da Região do Jatobá (geral e por temática), contendo texto síntese e
respectivos pareceres, quando for o caso;
B. Matriz com o conjunto de propostas do Macroplano da Região do Jatobá, organizada
por temática, acompanhada de memória de cálculos e de parâmetros utilizados,
quando couber;
C. Base de dados e mapa ilustrado impresso das propostas finais do Macroplano da
Região do Jatobá, contendo texto síntese.
III. Detalhamento das propostas finais do Macroplano da Região do Jatobá, contendo:
A. Base de dados e mapa impresso com a identificação das interferências em imóveis
públicos e/ou privados do Macroplano da Região do Jatobá, dotado de informações
para estimativa de valores de desapropriação, quando couber;
B. Base de dados e mapa impresso de cenários construídos (tendencial, mínimo, ideal,
etc.) no Macroplano da Região do Jatobá, mediante simulação computacional;
C. Estudos de traçado referentes a propostas de intervenções viárias e na circulação no
Macroplano da Região do Jatobá;
D. Base de dados e mapa ilustrado impresso de tipologias viárias propostas no
Macroplano da Região do Jatobá, contendo esquemas e textos explicativos;
E. Planilhas de cálculos de vazões e de verificação hidráulica do Macroplano da Região
do Jatobá recalculados, contendo texto síntese metodológico;
F. Textos preliminares das minutas de projeto de lei, decretos e normativos que se
fizerem necessários para a viabilização das propostas previstas para o Macroplano
da Região do Jatobá;

69
G. Texto síntese contendo a indicação e a descrição de recomendações em relação a
estrutura institucional e de gestão pública, com vistas à execução das propostas
definidas no Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá;
H. Estudo de viabilidade econômica do Programa para adesão das indústrias locais do
Macroplano da Região do Jatobá, com indicação de linhas de financiamento
existentes;
I. Modelo de gestão do Programa para adesão das indústrias locais do Macroplano da
Região do Jatobá, que garanta a participação de atores locais com aferição dos
ganhos ambientais, sociais e econômicos.

9.2. PLANO URBANÍSTICO INTEGRADO

As propostas do Plano Urbanístico Integrado deverão estar articuladas àquelas definidas no


Macroplano da Região do Jatobá e no Plano de Estruturação Urbano-Ambiental, contemplando
possibilidades de alterações e complementações a serem acordadas com os grupos representativos
de cada Plano, com o grupo executivo e com a CONTRATANTE.

As propostas deverão contemplar de forma integrada as seguintes temáticas:

9.2.1.URBANÍSTICO-AMBIENTAIS
As propostas de intervenções urbanístico-ambientais deverão considerar os seguintes aspectos:

● ELUP’S, nas suas diversas formas, considerando jardins, mirantes, praças, parques, inclusive
parques lineares, e demais áreas de contemplação, lazer e recreação;
● Arborização de logradouros públicos;
● Áreas potenciais para equipamentos coletivos e comunitários;
● Áreas potenciais para reassentamento;
● Outras intervenções urbanístico-ambientais.

A partir das propostas, deverá ser realizado um mapeamento das interferências em imóveis públicos
ou privados e das áreas, lotes ou estabelecimentos indicados para desapropriação ou remoção
parcial ou total, destacando as propostas originadas de demandas específicas das comunidades.

A indicação de remoção deverá ser considerada em situações de vulnerabilidade e risco ambiental e


no caso de intervenções consideradas imprescindíveis para a estruturação e qualificação ambiental
da área, cuja viabilidade técnica seja comprometida pela manutenção da situação atual de ocupação.
As formas de atendimento às famílias a serem removidas deverão levar em consideração a Política
Municipal de Habitação e o Plano Municipal de Equidade de Gênero vigentes.

Para os imóveis com indicativo inicial de remoção deverá ser realizada a Pesquisa de Padrão
Construtivo, que visa a avaliar as características construtivas e condição de habitabilidade das
unidades que sofrerão interferências (domicílios ou estabelecimentos) e estimar seu valor (custo do

70
m² x área) para subsidiar as propostas de intervenção. A Pesquisa deverá atender às especificações
metodológicas da CONTRATANTE.

9.2.2.MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE URBANA

Além dos aspectos descritos na temática de Mobilidade Urbana do Macroplano da Região do Jatobá
(item 9.1.2), na área abrangida pelo Plano Urbanístico Integrado, as propostas relacionadas à
mobilidade deverão considerar as intervenções urbanístico-ambientais, com detalhamento e
indicação das principais características físicas e funcionais e das soluções técnicas adotadas para as
vias/trechos de vias a serem abertas e/ou urbanizadas.

As propostas para vias veiculares, mistas e de pedestres deverão considerar os seguintes aspectos:

● adequação à proposta de uso e ocupação do solo, inclusive densidades construtivas, de modo


a assegurar a integração transporte-território;
● larguras de pistas e passeios;
● números de faixas de circulação;
● melhoria no compartilhamento do espaço viário entre os diversos modos, analisando a função
da via dentro da rede, com base do conceito de Ruas Completas;
● rampas e/ou escadarias;
● faixa para arborização e mobiliário urbano;
● tipos de tráfego a receber;
● pavimentação;
● restrições relativas a declividades;
● conforto e segurança para pedestres e ciclistas;
● melhoria do acesso ao transporte público;

Essas soluções deverão ser agrupadas em tipologias viárias e, para cada tipologia viária definida, deve
ser elaborada e inserida no mapa uma seção transversal esquemática (seção tipo).

Para fins da proposição de execução de obras e hierarquização das intervenções, uma via poderá ser
dividida em trechos, numerados e indicados no mapa.

9.2.3. INTERVENÇÕES GEOTÉCNICAS

As propostas de intervenções geotécnicas visam à consolidação geotécnica dos assentamentos e


deverão considerar:
● A estabilização geotécnica de todas as áreas apontadas no diagnóstico como de risco médio,
alto e, eventualmente, muito alto passíveis de consolidação e tratamento de áreas
remanescentes para as áreas não indicadas para consolidação;
● Consolidação/reestruturação do sistema viário e de outros espaços públicos;
● Outras intervenções necessárias para a viabilização das demais propostas.

71
As propostas de intervenções geotécnicas deverão priorizar soluções baseadas na natureza e
infraestruturas verdes e azuis, quando possível. Deverão ser incluídas, quando necessárias, as
indicações de soluções que incluem as contenções padronizadas (muros em concretos, blocos ou
gabiões), tratamentos superficiais (retaludamentos, revegetação de solos grampeados) e demais
obras complementares como dispositivos de drenagem.

Para as propostas de intervenções finais, deverão ser elaboradas seções transversais e longitudinais
que demonstrem a viabilidade da proposta e que possam subsidiar as estimativas de quantitativos e
custos, inclusive das intervenções necessárias para implantação do sistema viário.

9.2.4.JURÍDICO-LEGAIS E INSTITUCIONAIS

As propostas jurídico-legais e institucionais visam a equacionar os conflitos fundiários existentes na


região e subsidiar, do ponto de vista legal e institucional, as demais propostas apresentadas. Para
tanto, deverá ser realizada análise da legislação urbanística e ambiental nos níveis municipal,
estadual e federal, de normas e regulamentações pertinentes aos aspectos encontrados na área de
estudo.

As propostas deverão considerar os seguintes aspectos:

● Ações jurídicas e administrativas: convênio/negociação entre Estado e Município,


desafetações, servidão, desapropriações e outras ações necessárias à execução da
intervenção;
● Regularização fundiária: definição do instrumento legal adequado ao quadro fundiário
identificado para promover a aprovação do parcelamento, a regularização do domínio e a
garantia de posse aos ocupantes das áreas recomendadas para consolidação;
● Revisão dos limites dos assentamentos.

Em diálogo com a CONTRATANTE, a CONTRATADA deverá inovar em relação à forma como o


Município tem aplicado a legislação que trata da regularização fundiária, quando for o caso.

9.2.5.SOCIOECONÔMICAS E ORGANIZATIVAS

Na área abrangida pelo Plano Urbanístico Integrado às propostas socioeconômicas e organizativas


deverão indicar alternativas para o atendimento às demandas das comunidades relacionadas ao
aprimoramento da prestação de serviços públicos. Tais proposições deverão estar condizentes e
articuladas com as políticas públicas vigentes, com as normas definidas no Instrumento de Gestão
Ambiental e Social do Programa de Mobilidade e Inclusão Urbana de Belo Horizonte, como também
com as iniciativas desenvolvidas pelas comunidades locais. Deverão ainda contemplar a elaboração
de programas com foco no desenvolvimento local a partir das potencialidades identificadas na etapa
anterior.

As propostas deverão considerar os seguintes aspectos:

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● Acesso aos equipamentos de educação, saúde e assistência social;
● Acesso ao lazer e à cultura;
● Geração de trabalho e renda;
● Segurança;
● Organização e mobilização comunitárias;
● Inserção econômica e fortalecimento ou criação de grupos organizados e representativos, e
outros temas levantados pelas comunidades; e
● Ações de acompanhamento social das famílias no caso de indicativos de remoção.

PRODUTOS

I. Alternativas técnicas para a área do Plano Urbanístico Integrado, compreendendo:


A. Matriz de decisão com alternativas técnicas para contenção e controle de riscos
geológicos do Plano Urbanístico Integrado;
B. Quadro síntese de instrumentos jurídico-legais que viabilizem soluções de
regularização fundiária plena para as áreas ocupadas por famílias de baixa renda no
Plano Urbanístico Integrado;
C. Quadro síntese contendo os elementos limitadores e os aspectos impeditivos à
regularização do domínio da terra, quando for o caso, bem como as medidas
necessárias para a regularização e/ou solução dos conflitos fundiários e de uso
identificados no Plano Urbanístico Integrado.

II. Propostas do Plano Urbanístico Integrado, compreendendo:


A. Base de dados e mapas ilustrados impressos das propostas elaboradas para a área
do Plano Urbanístico Integrado (geral e por temática), contendo texto síntese e
respectivos pareceres, quando for o caso;
B. Matriz com o conjunto de propostas do Plano Urbanístico Integrado, organizada por
temática;
C. Base de dados e mapa ilustrado impresso das propostas finais do Plano Urbanístico
Integrado, contendo texto síntese.

III. Detalhamento das propostas finais do Plano Urbanístico Integrado, contendo:


A. Base de dados e mapa impresso com a identificação das interferências em imóveis
públicos e/ou privados e indicações para remoção, inclusive as indicações para
desapropriação ou reassentamento, quando for o caso;
B. Relatório técnico com as devidas justificativas para a indicação de remoções no Plano
Urbanístico Integrado, considerando aspectos ambientais, sociais e econômicos;
C. Pesquisa de padrão construtivo das áreas, lotes e/ou domicílios do Plano Urbanístico
Integrado, com indicação inicial de remoção, contendo:
● Formulários originais preenchidos, em meio físico ou digital, organizados por
quadra e de modo sequencial; e
● Módulo de banco de dados georreferenciado preenchido.

73
D. Estudo de implantação e aproveitamento das áreas potenciais para reassentamento,
considerando as diretrizes e os programas da Política Municipal de Habitação, bem
como o Plano Municipal de Equidade de Gênero;
E. Estudos de traçado referentes a propostas de intervenções viárias e na circulação no
Plano Urbanístico Integrado;
F. Seção transversal esquemática (seções-tipo) referentes a propostas de intervenção
viária no Plano Urbanístico Integrado;
G. Seções geotécnicas relativas ao sistema-viário no Plano Urbanístico Integrado;
H. Base de dados e mapa ilustrado impresso de tipologias viárias propostas no Plano
Urbanístico Integrado, contendo esquemas e textos explicativos;
I. Seções longitudinais e transversais das alternativas de intervenções geotécnicas no
Plano Urbanístico Integrado;
J. Texto preliminar das minutas de projeto de lei, decretos e normativos que se fizerem
necessários para a viabilização das propostas previstas para o Plano Urbanístico
Integrado;
K. Programas de desenvolvimento social e econômico local do Plano Urbanístico
Integrado com foco nas oportunidades e interesses identificados, com plano de ação;
L. Plano de ação de acompanhamento social das famílias, em casos de indicativo de
remoção, em consonância com a Política Municipal de Habitação;
M. Guia de instituições da região, a ser entregue nos domicílios abrangidos pelo Plano
Urbanístico Integrado.

9.3. PLANO DE ESTRUTURAÇÃO URBANO-AMBIENTAL


As propostas do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental deverão estar articuladas àquelas
definidas no Macroplano da Região do Jatobá e no Plano Urbanístico Integrado, contemplando
possibilidades de alterações e complementações a serem acordadas com os grupos representativos
de cada Plano, com o grupo executivo e com a CONTRATANTE.

As propostas deverão contemplar de forma integrada as seguintes temáticas:

9.3.1.URBANÍSTICO-AMBIENTAIS
As propostas de intervenções urbanístico-ambientais deverão considerar os seguintes aspectos:

● A criação de parques lineares com conservação ambiental, de modo a ampliar a conectividade


biológica;
● A conservação de nascentes e cursos d'água e a recuperação destes recursos hídricos
degradados na área de contribuição à montante da delimitação de conexão de fundo de vale;
● O estudo da vocação dos parques para abrigar áreas para agricultura urbana, esportes/lazer e
convívio social;
● As alternativas para as remoções e reassentamentos previstos;

74
● O detalhamento das soluções de saneamento e de consolidação geotécnica, quando se decidir
pela consolidação total ou parcial dos assentamentos abrangidos pelas conexões de fundo de
vale; e
● O aproveitamento de áreas remanescentes de intervenções, quando possível.
A indicação de remoção deverá ser considerada em situações de risco ambiental, conforme
determinado nas diretrizes e nos programas da Política Municipal de Habitação e o Plano Municipal
de Equidade de Gênero vigente, e no caso de intervenções consideradas imprescindíveis para a
estruturação e qualificação ambiental da área, cuja viabilidade técnica seja comprometida pela
manutenção da situação atual de ocupação.

Para os imóveis com indicativo de remoção deverá ser realizada a Pesquisa de Padrão Construtivo,
que visa a avaliar as características construtivas das unidades que sofrerão interferências (domicílios
ou estabelecimentos) e permitir uma estimativa preliminar de seu valor (custo do m² x área) para
subsidiar as propostas de intervenção. Seu desenvolvimento deverá atender às especificações
metodológicas da CONTRATANTE, conforme descrito no Anexo III.

9.3.2.MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE URBANA

Além dos aspectos incluídos no item 7.1.2 (Propostas de Mobilidade Urbana do Macroplano da
Região do Jatobá), na área abrangida pelo Plano de Estruturação Urbano-Ambiental, as propostas
relacionadas à mobilidade deverão considerar as intervenções urbanísticas-ambientais, com
detalhamento e indicação das principais características físicas e funcionais e das soluções técnicas
adotadas para as vias/trechos de vias a serem abertas e/ou urbanizadas. Deverão ser propostas
soluções para garantir o acesso público aos parques lineares e as transposições de rios e córregos
que forem necessárias, estabelecendo tipologias específicas.

Essas soluções deverão ser agrupadas em tipologias viárias e, para cada tipologia viária definida, deve
ser elaborada e inserida no mapa uma seção transversal esquemática (seção tipo).

Para fins da proposição de execução de obras e hierarquização das intervenções, uma via poderá ser
dividida em trechos, numerados e indicados no mapa.

9.3.3.INTERVENÇÕES GEOTÉCNICAS

As propostas de intervenções geotécnicas visam à reestruturação ambiental e proteção dos cursos


d’água, e deverão considerar os seguintes aspectos:
● compatibilização com as demandas de conservação ambiental;
● soluções para os conflitos de uso existentes;
● erradicação de situações de risco identificadas em áreas consolidáveis e indicadas para
classificação como de interesse social, quando for caso;
● soluções baseadas na natureza e infraestruturas verdes e azuis.

75
Para cada da alternativa de intervenção, deverão ser elaboradas seções transversais e longitudinais
que demonstrem a viabilidade da proposta e que possam subsidiar as estimativas de quantitativos e
custos, inclusive das intervenções necessárias para implantação do sistema viário de suporte à
reestruturação ambiental.

9.3.4.JURÍDICO-LEGAIS E INSTITUCIONAIS

Deverão ser indicadas as ações jurídicas e administrativas necessárias à execução das intervenções
indicadas, bem como as sugestões de aprimoramento jurídico-legal das políticas de remoção e
reassentamento.

As propostas deverão considerar os seguintes aspectos:

● Ações jurídicas: envolvem convênio/negociação entre Estado e Município, desafetações,


servidão, desapropriações e outras ações necessárias para tornar as áreas de estruturação
ambiental um bem de uso comum do povo, promovendo espaços verdes e de lazer;
● Alternativas de gestão de parques urbanos considerando: especificidades da legislação local
sobre gestão de bens públicos municipais; rubricas orçamentárias municipais; exploração de
atividades e/ou a outorga de direitos de uso privativo de parcelas do bem público para
obtenção de receitas a serem despendidas no custeio da gestão do parque, envolvendo regras
sobre concessão, permissão e autorização de uso privativo de bens públicos; e efetiva
participação da sociedade civil na formulação e implementação de planos de gestão de
parques.

Para as áreas indicadas para consolidação situadas na área do Plano de Estruturação Urbano-
Ambiental deverão ser apontadas as soluções de promoção de regularização fundiária (urbanística
e dominial), seguindo as mesmas diretrizes da área delimitada pelo Plano Urbanístico Integrado.

9.3.5.SOCIOECONÔMICAS E ORGANIZATIVAS
Na área abrangida pelo Plano de Estruturação Urbano-Ambiental, as propostas socioeconômicas e
organizativas deverão contemplar a construção de alternativas para atendimento às demandas das
populações envolvidas. Deverão também estar relacionadas ao aprimoramento da organização
social, voltada para a conservação e preservação ambiental, bem como às políticas de remoção e
reassentamento que afetarão parte das famílias residentes. Tais proposições deverão estar
condizentes e articuladas com as políticas públicas vigentes, como também com as iniciativas
desenvolvidas pelas comunidades locais.

As propostas deverão considerar os seguintes aspectos:

● Parcerias visando a melhoria da qualidade e quantidade das águas, favorecendo a


sustentabilidade ambiental, econômica e social;
● Gestão urbana envolvendo educação urbana, assistência técnica, fiscalização;

76
● Conservação e preservação ambiental;
● Plano de manejo para o Parque Carlos de Faria Tavares da Vila Pinho;
● Usos sustentáveis compatíveis com a preservação ambiental, por exemplo, agricultura urbana
e manejo de agroflorestas; e
● Modelos de gestão participativa.

PRODUTOS

I. Alternativas técnicas para a área do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental,


compreendendo:
A. Matriz de decisão com alternativas técnicas para contenção e controle de riscos
geológicos do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental.
II. Propostas do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental, compreendendo:
A. Base de dados e mapa ilustrado impresso das propostas elaboradas para a área do
Plano de Estruturação Urbano-Ambiental (geral e por temática), contendo texto
síntese e respectivos pareceres, quando for o caso;
B. Matriz com o conjunto de propostas do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental,
organizada por temática;
C. Base de dados e mapa ilustrado impresso das propostas finais do Plano de
Estruturação Urbano-Ambiental, contendo texto síntese.
III. Detalhamento das propostas finais do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental,
contendo:
A. Relatório técnico com as devidas justificativas para a indicação de remoções no Plano
de Estruturação Urbano-Ambiental, considerando aspectos ambientais, sociais e
econômicos;
B. Pesquisa de padrão construtivo das áreas, lotes e/ou domicílios no Plano de
Estruturação Urbano-Ambiental, com indicação de remoção, contendo:
● Formulários originais preenchidos, organizados por quadra e de modo
sequencial; e
● Módulo de banco de dados georreferenciado preenchido.
C. Estudo de implantação e aproveitamento das áreas potenciais para reassentamento
no Plano de Estruturação Urbano-Ambiental, considerando as diretrizes e os
programas da Política Municipal de Habitação, bem como o Plano Municipal de
Equidade de Gênero;
D. Base de dados e mapa impresso com a identificação das interferências em imóveis
públicos e/ou privados no Plano de Estruturação Urbano-Ambiental, inclusive as
indicações para desapropriação ou reassentamento, quando for o caso;
E. Estudos de traçado referentes a propostas de intervenções viárias e na circulação no
Plano de Estruturação Urbano-Ambiental;
F. Seção transversal esquemática (Seções-tipo) referentes a propostas de intervenção
viária no Plano de Estruturação Urbano-Ambiental;
G. Seções geotécnicas relativas ao sistema-viário no Plano de Estruturação Urbano-
Ambiental;

77
H. Base de dados e mapa ilustrado impresso de tipologias viárias propostas no Plano de
Estruturação Urbano-Ambiental, contendo esquemas e textos explicativos;
I. Seções longitudinais e transversais das alternativas de intervenções geotécnicas no
Plano de Estruturação Urbano-Ambiental;
J. Texto preliminar das minutas de projeto de lei, decretos e normativos que se fizerem
necessários para a viabilização das propostas previstas para o Plano de Estruturação
Urbano-Ambiental;
K. Programas de desenvolvimento social e econômico local do Plano de Estruturação
Urbano-Ambiental, com foco nas oportunidades e interesses identificados, com
plano de ação.

10. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES E INVESTIMENTOS

Nesta etapa do trabalho deverá ser elaborado um Plano de Investimentos e de Ação em que conste
a relação das intervenções propostas, critérios técnicos de priorização, como custo, viabilidade e
nível de impacto, as prioridades das comunidades abarcadas, dentre outros critérios relevantes. As
intervenções deverão ser agrupadas por etapas e considerando o Macroplano da Região do Jatobá,
o Plano Urbanístico Integrado e o Plano de Estruturação Urbano-Ambiental separadamente.

Na elaboração de custos, deverá ser previsto o custo de capacitação de mão de obra local para
realização de intervenções e acrescido um valor relativo a mobilização social, calculado de modo a
considerar um percentual em torno de 2,5% a 3,0% sobre o valor do total dos demais investimentos.
Esse percentual deverá ser confirmado junto à CONTRATANTE quando da elaboração da planilha de
quantitativos.

O planejamento das ações e dos investimentos deverá ser aprovado em processo participativo e
separado por plano, considerando as suas escalas e relações.

PRODUTOS

I. Plano de Investimentos e de Ação do Macroplano, do Plano Urbanístico Integrado e do


Plano de Estruturação Urbano-Ambiental contendo:
A. Planilha de quantitativos - resumo das intervenções propostas;
B. Planilha com custos unitários de projetos e das intervenções propostas, incluindo os
estudos que se fizerem necessários;
C. Base de dados e mapa ilustrado impresso das etapas de implementação das
propostas contendo esquemas e textos explicativos que justifiquem a hierarquia
adotada;
D. Custos das intervenções propostas, com indicação dos índices de correção dos
valores; e
E. Planilha com hierarquização das intervenções propostas.

78
11. EQUIPE DE TRABALHO

Dada a necessidade de um estudo altamente qualificado, atual, inovador e estreitamente adequado


à realidade socioterritorial, é de fundamental importância que os proponentes apresentem os pré-
requisitos:

● Declaração assinada por cada profissional da equipe chave de permanência no projeto até a
conclusão do mesmo;
● Identificação dos profissionais alocados ao projeto da equipe chave.

Os perfis profissionais descritos no subitem abaixo, para Equipe Chave, devem ser considerados
como necessários para a CONSULTORA atender ao escopo do presente Termo de Referência. Vale
ressaltar que a avaliação irá considerar a adequação e a experiência dos componentes da Equipe
Chave apresentada pelas Proponentes como integrantes do seu quadro de pessoal,
preferencialmente fluentes em português.

Cada Proponente deverá apresentar nas suas Propostas (Técnica e de Preços), a composição de
profissionais que, a seu critério, julgar mais adequada para execução dos serviços, respeitadas as
quantidades mínimas indicadas na Folha de Dados.

A Equipe de Apoio descrita no subitem abaixo é meramente sugestiva e não será avaliada.

11.1. EQUIPE CHAVE

A CONTRATANTE considera a equipe descrita a seguir como a necessária para a CONTRATADA


atender ao escopo do presente Termo de Referência e terão seus Currículos avaliados:

79
80
11.2. EQUIPE DE APOIO SUGERIDA

A relação sugerida a seguir deve ser considerada apenas como referência, de modo a permitir um
mesmo entendimento, pelas Proponentes, da expectativa da CONTRATANTE em relação ao pessoal
de apoio necessário para execução dos serviços objeto do presente Termo de Referência.

A) 4 (quatro) Profissionais nível superior com formação em Arquitetura e Urbanismo.


B) 2 (dois) Profissionais nível superior com formação em Geografia.
C) 4 (quatro) Profissionais Nível Superior Intermediário, especialistas em planejamento de
transportes e trânsito e/ou projetos viários, com formação em Engenharia Civil, Arquitetura
e Urbanismo ou Geografia.
D) 4 (quatro) Profissionais Nível Superior com formação em Antropologia, Serviço Social, Ciências
Sociais ou Psicologia.
E) 2 (dois) Profissionais Nível Superior com formação em Sociologia ou Estatística;
F) 2 (dois) Profissionais Nível Superior com formação em Direito Urbanístico;
G) 3 (três) Profissionais Nível Superior, especialistas em hidráulica, drenagem e saneamento com
formação em Engenharia;
H) 3 (três) Profissionais Nível Superior especialistas em meio ambiente, com formação em
Engenharia Ambiental, Biologia, Geografia, Ciências Sócio-ambientais, Engenharia Florestal ou
Engenharia Agronômica ou Agronomia.
I) 1 (um) Profissional Nível Superior, especialista em sustentabilidade corporativa ou gestão
sustentável, com formação em Engenharia, Economia, Direito ou outras áreas afins.
J) 2 (dois) Profissionais Nível Superior, especialistas em cartografia com formação em Geografia,
Engenharia Agrimensura ou Engenharia Cartográfica.
K) 1 (um) Profissional Nível Superior com formação em Geologia.
L) 1 (um) Profissional Nível Superior, especialista em engenharia geotécnica com formação em
engenharia civil.
M) 2 (dois) Profissionais Nível Superior, especialistas em modelagem integrada de transporte e
uso do solo através de software, com formação em Engenharia, Geografia ou Ciência da
Computação.
N) 1 (um) Profissional Nível Superior com formação em Comunicação Social.
O) 1 (um) Profissional Nível Superior, especialista em elaboração de orçamento de obras e de
infraestrutura para assentamentos de interesse social localizados em área urbana, com
formação em Engenharia ou Arquitetura e Urbanismo.
P) Estagiários de nível superior.

12. RESULTADOS E ENTREGAS

A contratada deverá apresentar os produtos organizados para cada um dos planos (Macroplano da
Região do Jatobá, Plano Urbanístico Integrado, Plano de Estruturação Urbano-Ambiental e Estudo de
Áreas Complementares), conforme aplicável, formalizando a entrega dos produtos concluídos.

81
Deverão ser registradas em ofício junto aos relatórios as ações realizadas no período e eventuais
imprevistos que possam alterar o planejamento inicial, bem como indicadas as propostas de
adequação, se for o caso.

Os RELATÓRIOS deverão ser entregues conforme os conteúdos a seguir descritos:

ENTREGA PRELIMINAR - PLANO DE TRABALHO

A contratada deverá apresentar relatório descrevendo o planejamento das atividades visando o fiel
cumprimento do cronograma físico, demonstrando a sua organização e condições para executar cada
etapa, em conformidade com os itens: 7. AÇÃO CONTÍNUA: MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL;
8. ETAPA 1: PESQUISAS PRIMÁRIAS E ESTUDOS FUNDAMENTAIS; 9. ETAPA 2: PROPOSTAS DE
INTERVENÇÕES; e 10. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES E INVESTIMENTOS.

ENTREGA 1 - PLANO DE COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL

Deverá considerar o escopo e conter o produto indicado no item 7.1. COMUNICAÇÃO:

I. Plano de Comunicação e Participação Social


II. Relatório das reuniões preliminares com lideranças locais e demais eventos participativos
ocorridos

ENTREGA 2 - ATUALIZAÇÃO DA BASE CARTOGRÁFICA DO MACROPLANO DA REGIÃO DO JATOBÁ

Deverá considerar o escopo e conter o produto indicado no componente 8.1. MACROPLANO DA


REGIÃO DO JATOBÁ, subitem:

● 8.1.1. Atualização da Base Cartográfica

ENTREGA 3 - PESQUISAS DE CONTAGEM DE DOMICÍLIOS E DE LOTES E QUALITATIVAS

Deverá considerar o escopo e conter os produtos indicados no componente 8.1. MACROPLANO DA


REGIÃO DO JATOBÁ, subitens:

● 8.1.2. Pesquisa de Contagem de Domicílios e de Lotes do Plano Urbanístico Integrado e do


Plano de Estruturação Urbano-Ambiental
● 8.1.3. Pesquisa de Equipamentos, Programas e Serviços
● 8.1.4. Pesquisa Qualitativa e Caracterização Histórica

ENTREGA 4 - ESTUDOS E PESQUISAS DE CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DO MACROPLANO DA REGIÃO


DO JATOBÁ
Deverá considerar o escopo e conter os produtos indicados nos subitens:

● 8.1.5. Pesquisa de Documentação de Posse, de Ações Judiciais e Cartorária

82
● 8.1.6. Pesquisa Amostral Socioeconômica Organizativa
● 8.1.7. Estudo de Mobilidade e Acessibilidade
● 8.1.8. Estudo de Caracterização dos Sistemas de Drenagem Urbana
● 8.1.9. Estudo de Caracterização dos Sistemas de Abastecimento de Água,
Esgotamento Sanitário e Limpeza Urbana
● 8.1.10. Estudo de Risco Geológico-Geotécnico
● 8.1.11. Pesquisa de Arborização Urbana
● 8.1.12. Estudo de Caracterização Integrada do Macroplano da Região do Jatobá

E relatórios das atividades participativas ocorridas na Etapa 1, conforme produtos indicados nos
subitens :

● 7.2. Mobilização e Participação Social


● 7.3. Formação e Capacitação

ENTREGA 5 - ESTUDO DE ÁREAS COMPLEMENTARES

Deverá considerar o escopo e conter os produtos indicados no componente 8.2. ESTUDO DE ÁREAS
COMPLEMENTARES e seus subitens:

● 8.2.1 Atualização da Base Cartográfica


● 8.2.2 Estudo de Caracterização da Mobilidade e Acessibilidade
● 8.2.3 Pesquisa de Arborização Urbana
● 8.2.4 Pesquisa de Caracterização Ambiental e Sanitária

ENTREGA 6 - ALTERNATIVAS TÉCNICAS DO PLANO URBANÍSTICO INTEGRADO

Deverá considerar o escopo indicado no item 9.2. PLANO URBANÍSTICO INTEGRADO, subitens 9.2.3.
Intervenções Geotécnicas e 9.2.4. Jurídico-Legais e Institucionais, Produto:

I. Alternativas técnicas para a área do Plano Urbanístico Integrado

ENTREGA 7 - ALTERNATIVAS TÉCNICAS DO PLANO DE ESTRUTURAÇÃO URBANO-AMBIENTAL

Deverá considerar o escopo contido no item 9.3. PLANO DE ESTRUTURAÇÃO URBANO-AMBIENTAL,


subitem 9.3.3. Intervenções Geotécnicas, Produto:

I. Alternativas técnicas para a área do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental

ENTREGA 8 - ALTERNATIVAS TÉCNICAS PARA A ÁREA DO MACROPLANO DA REGIÃO DO JATOBÁ

Deverá considerar o escopo contido no item 9.1. MACROPLANO DA REGIÃO DO JATOBÁ referentes
aos subitens: 9.1.3. Drenagem Urbana e 9.1.4. Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário e
Limpeza Urbana, Produto:

I.Alternativas técnicas para a área do Macroplano da Região do Jatobá

83
ENTREGA 9 - PROPOSTAS DO MACROPLANO DA REGIÃO DO JATOBÁ

Deverá considerar o escopo contido no item 9.1. MACROPLANO DA REGIÃO DO JATOBÁ, subitens
9.1.1 Urbanístico Ambientais, 9.1.2 Mobilidade e Acessibilidade Urbana, 9.1.3 Drenagem Urbana,
9.1.4 Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário e Limpeza Urbana; 9.1.5 Juridico-Legais e
Institucionais, 9.1.6 Socioeconômicas e Organizativas, Produto:

II.Propostas do Macroplano da Região do Jatobá

ENTREGA 10 - PROPOSTAS FINAIS DO MACROPLANO DA REGIÃO DO JATOBÁ

Deverá considerar o escopo contido no item 9.1. MACROPLANO DA REGIÃO DO JATOBÁ, subitens
9.1.1 Urbanístico Ambientais, 9.1.2 Mobilidade e Acessibilidade Urbana, 9.1.3 Drenagem Urbana,
9.1.4 Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário e Limpeza Urbana; 9.1.5 Juridico-Legais e
Institucionais, 9.1.6 Socioeconômicas e Organizativas, Produto:

III.Detalhamento das propostas finais do Macroplano da Região do Jatobá

Relatório das atividades participativas referentes às propostas do Plano Urbanístico Integrado,


conforme produtos indicados nos componentes 7.2. MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL:

I. Relatório das atividades de mobilização social e participação social

ENTREGA 11 - PROPOSTAS DO PLANO URBANÍSTICO INTEGRADO

Deverá considerar o escopo contido no item 9.2. PLANO URBANÍSTICO INTEGRADO, subitens 9.1.1
Urbanístico Ambientais, 9.1.2 Mobilidade e Acessibilidade Urbana, 9.1.3 Intervenções Geotécnicas
9.1.4. Jurídico-Legais e Institucionais, 9.1.6 Socioeconômicas e Organizativas, Produtos:

II. Propostas do Plano Urbanístico Integrado


III. Detalhamento das propostas finais do Plano Urbanístico Integrado

Relatório das atividades participativas referentes às propostas do Plano Urbanístico Integrado,


conforme produtos indicados nos componentes 7.2. MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL:

I. Relatório das atividades de mobilização social e participação social

ENTREGA 12 - PROPOSTAS DO PLANO DE ESTRUTURAÇÃO URBANO-AMBIENTAL

Deverá considerar o escopo contido no item 9.2. PLANO URBANÍSTICO INTEGRADO, subitens 9.1.1
Urbanístico Ambientais, 9.1.2 Mobilidade e Acessibilidade Urbana, 9.1.3 Intervenções Geotécnicas
9.1.4. Jurídico-Legais e Institucionais, 9.1.6 Socioeconômicas e Organizativas, Produtos:

II. Propostas do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental


III. Detalhamento das propostas finais do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental

84
Relatório das atividades participativas referentes às propostas para a área do Plano de Estruturação
Urbano-Ambiental, conforme produtos indicados nos componentes 7.2. MOBILIZAÇÃO E
PARTICIPAÇÃO SOCIAL:

I. Relatório das atividades de mobilização social e participação social

ENTREGA 13 - PLANEJAMENTO DAS AÇÕES E INVESTIMENTOS

Deverá considerar o escopo e conter:

O produto, indicado no item 10. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES E INVESTIMENTOS, deste TR:

I. Plano de Investimentos e de Ação do Macroplano, do Plano Urbanístico Integrado e do


Plano de Estruturação Urbano-Ambiental

Relatório das atividades participativas referentes ao Planejamento das Ações e Investimentos


conforme produtos indicados nos componentes 7.2. MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL e 7.3.
FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO:

I. Relatório das atividades de mobilização social e participação social


II. Relatório das atividades de formação e capacitação organizados por atividade

ENTREGA 14 - VERSÃO FINAL DOS PLANOS

Concluídos todos os produtos a CONTRATADA deverá entregar o PRODUTO FINAL do Programa de


Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá, contendo textos, mapas e planilhas que sintetizam
os produtos desenvolvidos nos planos e estudos, em linguagem acessível e em formato a ser definido
em acordo com a CONTRATANTE. Deverão ser entregues edições consolidadas do:

A) Macroplano da Região do Jatobá, com registro dos produtos resultantes do processo de


Mobilização e Participação Social;
B) Plano Urbanístico Integrado, com registro dos produtos resultantes do processo de
Mobilização e Participação Social;
C) Plano de Estruturação Urbano-Ambiental, com registro dos produtos resultantes do processo
de Mobilização e Participação Social;

Os planos poderão ser acompanhados de Anexos Técnicos contendo documentação e registros de


outros materiais produzidos nas etapas 1 e 2.

13. DIRETRIZES E REQUISITOS PARA A PRODUÇÃO DE RELATÓRIOS

Os relatórios e produtos deverão ser entregues em sua integralidade conforme item 12 deste Termo
de Referência, quesito indispensável para medição dos mesmos. A falta de um ou mais documentos,
mapas ou serviços impedirá a avaliação dos demais e o produto será considerado não entregue.

Todos os produtos deverão ser redigidos em português do Brasil. Todos os documentos impressos
deverão ser entregues em formato A4 ou em formatos compatíveis com as escalas de mapas e as

85
outras ilustrações, dobrados neste padrão e ordenados de forma a facilitar a leitura e a análise do
material; com encadernação em espiral e capa plástica.

Junto ao material impresso, deverão ser entregues todos os arquivos em formato digital, editáveis.
As bases cartográficas vetoriais de todos os mapas devem ser entregues em arquivos de formato
GEOPACKAGE; as bases cartográficas matriciais devem ser entregues em formato raster do tipo TIFF,
com resolução compatível com a escala utilizada. Tanto as bases vetoriais quanto matriciais devem
ser disponibilizadas com sistema de coordenadas de referência em projeção UTM, Datum SIRGAS
2000, Zona 23S e ser acompanhadas de dicionário de dados e metadados9. As fotografias
apresentadas devem estar digitalizadas com resolução mínima de 150 dpi e máxima de 600 dpi. Os
arquivos em meio digital devem ser entregues em pendrive ou outro dispositivo móvel adequado ao
uso pela CONTRATANTE. Não serão aceitos materiais sem identificação que contenham, no mínimo,
título, numeração por produto, equipe técnica envolvida e data de entrega.

É de responsabilidade da CONTRATADA a conferência de todo o material desenvolvido pelos seus


funcionários. O material não aceito deve ser reformulado pela CONTRATADA e entregue novamente
em todos os formatos exigidos neste Termo de Referência, sem ônus para a CONTRATANTE.

Os produtos deverão ser entregues em relatórios organizados conforme item anterior, agregando
textos, mapas, croquis, fotografias, gráficos, tabelas e outros meios de diagramação das informações
que permitam o completo entendimento dos dados coletados, suas sobreposições e análises. É
importante que as informações coletadas sejam, sempre que possível, espacializadas em mapas
temáticos. Cada aspecto levantado em dados secundários e em campo deve conformar camadas
capazes de serem sobrepostas para análises.

Cada relatório e produto serão submetidos à verificação e à aprovação da equipe técnica da


CONTRATANTE que produzirá nota técnica de aprovação ou de não conformidade, em que devem
ser referenciadas as pendências existentes e as condições necessárias à continuidade dos trabalhos.
A CONTRATANTE deverá proceder reunião, quando necessário, para esclarecimento sobre as análises
dos produtos e determinação das alternativas para a correção dos mesmos. Deverão ser realizadas
tantas correções quantas forem necessárias.

O pagamento será por RELATÓRIO considerado em conformidade e será feito uma única vez,
independentemente do número de correções realizadas. Excepcionalmente, poderá ser aceito pela
CONTRATANTE RELATÓRIO com pendência ou correções que possam ser apresentadas em
RELATÓRIO subsequente, sem prejuízo para a continuidade dos trabalhos.

Cada RELATÓRIO deverá incorporar as respostas às pendências e correções dos produtos a ele
anteriores, quando for o caso. A incompletude ou a não aceitação de algum produto poderá
ocasionar a paralisação dos trabalhos até que as pendências sejam sanadas.

A CONTRATANTE solicitará a apresentação de versões incrementais dos produtos previstos neste


Termo de Referência com o objetivo de acompanhar o andamento do trabalho e, caso necessário,
realizar interfaces junto ao Grupo Executivo, de modo a alcançar os resultados desejados. As

9
Prodabel, 2017. Teoria e conceitos sobre a transformação do referencial geodésico para Sirgas 2000.
Disponível em:
https://bhgeo.pbh.gov.br/sites/bhgeo.pbh.gov.br/files/pdf/conceitos_transformacao_referencial_geodesico_
sirgas2000.pdf

86
solicitações dessas versões incrementais deverão ser realizadas com antecedência mínima acordada
com a CONTRATADA e poderão motivar reuniões de interfaces.

A CONTRATANTE deverá pagar à CONTRATADA no prazo de até 60 (sessenta) dias após o


recebimento dos produtos revisados e aprovados, pela CONTRATANTE, de acordo com o cronograma
de desembolso que consta no item 16 deste TR.

14. INFORMAÇÕES E ESTUDOS A SEREM FORNECIDOS À CONTRATADA

Para o desenvolvimento do Programa serão fornecidos à CONTRATADA as informações, estudos e


demais documentos relevantes abaixo relacionadas:

● Plano Diretor Municipal - Lei 11.181/2019, disponível em:


https://www.cmbh.mg.gov.br/atividade-legislativa/pesquisar-legislacao/lei/11181/2019
● Dados secundários para o desenvolvimento do trabalho;
● Diagnóstico do Plano Diretor da Região Administrativa do Barreiro;
● Programa de Estruturação Viária de Belo Horizonte – VIURBS;
● Plano Municipal de Saneamento: https://prefeitura.pbh.gov.br/obras-e-
infraestrutura/informacoes/publicacoes/plano-de-saneamento
● Plano Diretor de Drenagem e informações do programa de gestão das águas - DRENURBS:
https://prefeitura.pbh.gov.br/obras-e-infraestrutura/informacoes/publicacoes/instrucao-
estudos-e-projetos-de-drenagem;
● Cartas de Inundações: https://prefeitura.pbh.gov.br/obras-e-
infraestrutura/informacoes/diretoria-de-gestao-de-aguas-urbanas/cartas-de-inundacoes;
● Cadastros de abastecimento de água e esgotamento sanitário disponíveis no BHMAP
● Atualização dos Estudos Hidrológicos e Hidráulicos da Bacia do Ribeirão Arrudas - Fundação
Christiano Ottoni - FCO;
● Deliberações Normativas do Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM) pertinentes;
● Plano de Ação Distrito Industrial Jatobá da Federação das Indústrias do Estado de Minas
Gerais (FIEMG);
● Planos Globais Específicos concluídos das localidades: Vila Ecológica, Vitória da Conquista,
Vila Independência IV e Jardim do Vale;
● Plano de Regularização Fundiária do loteamento Novo Santa Cecília;
● Mapa de empreendimentos previstos pela gestão municipal;
● Base cartográfica com curvas de nível (1 metro) da área de estudo;
● Estudo de Unidade de Vizinhança Qualificada, a ser desenvolvido concomitantemente à
complementação de informações primárias;
● Relatório de Análise de Vulnerabilidades às Mudanças Climáticas:
https://www.kas.de/c/document_library/get_file?uuid=81e6462d-a9af-ae09-9817-
b797afbf41ad&groupId=252038;
● Trama Verde-Azul e o valor da natureza da Região Metropolitana de Belo Horizonte:
https://interactbio.iclei.org/resource/belo-horizonte/;

87
● Instrumento de Gestão Ambiental e Social do Programa de Mobilidade e Inclusão Urbana:
https://prefeitura.pbh.gov.br/obras-e-
infraestrutura/informacoes/publicacoes/instrumentos-gestao-riscos-ambientais-sociais
● Base digital de dados espacializados, disponível na plataforma BHMAPS:
http://bhmap.pbh.gov.br/
● Plano Municipal Para Pessoas com Deficiência:
http://portal6.pbh.gov.br/dom/Files/dom09122019-cmdpd1-internet-
anexo%20resolucao%20cmdpd%2006-
19%20plano%20municipal%20para%20pessoas%20com%20deficiencia.pdf
● Plano Municipal de Promoção da Igualdade Racial:
https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-
governo/smasac/2020/Planos%20Municipais/Resolucao%20COMPIR%2001-
19%20Plano%20Municipal%20de%20Igualdade%20Racial%20(1).pdf
● Resolução LII do Conselho Municipal de Habitação - CMH:
https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-
governo/urbel/Resolu%C3%A7%C3%A3o_52.pdf
● Teoria e conceitos sobre a transformação do referencial geodésico para Sirgas 2000:
https://bhgeo.pbh.gov.br/sites/bhgeo.pbh.gov.br/files/pdf/conceitos_transformacao_referencial_ge
odesico_sirgas2000.pdf

15. LEGISLAÇÃO, NORMAS E REGULAMENTOS

É de fundamental importância que a CONTRATADA tenha conhecimento da realidade do território,


bem como dos planos, programas, projetos e estudos já existentes ou em andamento para a área de
estudo e para sua área de influência, para que sejam avaliadas a complexidade do trabalho a ser
realizado na elaboração dos planos e as interfaces a serem consideradas.

A CONTRATADA deverá elaborar os produtos considerando sempre a qualidade dos serviços, os


requisitos de segurança, funcionalidade, adequação ao interesse público, economia e facilidade na
execução das intervenções propostas e o mínimo impacto social e ambiental.

Os serviços deverão ser elaborados de acordo com este Termo de Referência e com procedimentos
específicos a serem repassados pela CONTRATANTE quando da assinatura da Ordem de Serviço (tais
como padronização gráfica de mapas, preenchimento de formulários e de banco de dados),
respeitando-se a legislação urbanística e ambiental nos níveis municipal, estadual e federal,
particularmente as leis municipais n.º 11.181/19, 8.616/03, 9.074/05, a Lei Estadual n.º 20.922/13 e
as leis federais n.º 6.766/79, 12.651/12, 13.465/17, bem como suas alterações e decretos
regulamentadores e, sempre que houver, as resoluções e deliberações expedidas pelos conselhos de
política urbana, ambiental e de habitação, em todas as suas esferas de representação (Federal,
Estadual e Municipal). Deverão respeitar também a Política Municipal de Habitação e os planos
municipais de Equidade de Gênero, de Promoção da Igualdade Racial e de Políticas para Pessoas com
Deficiência.

88
A CONTRATADA e eventuais subcontratadas deverão observar os requisitos de Segurança do
Trabalho, a Lei Federal n.º 6.514/77, as Normas Regulamentadoras da Portaria nº 3.214/78 do extinto
Ministério de Estado do Trabalho, as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e,
quando a legislação brasileira for omissa, as normas internacionais aplicáveis.

A CONTRATADA deverá fazer o registro ou a anotação da responsabilidade técnica, cobrindo todo o


escopo do contrato, junto ao órgão competente, em nome de quaisquer dos responsáveis técnicos
constantes da Certidão de Registro da Pessoa Jurídica. Deverá também fazer o registro ou a anotação
de responsabilidade técnica do profissional indicado como Coordenador Técnico e dos demais
componentes da equipe técnica, quando couber.

A CONTRATADA deverá ainda observar os prazos do parágrafo 1º do art. 28 da Resolução n.º


1.025/2009 do CONFEA para o registro da Anotação de Responsabilidade Técnica - ART e do inciso II
do art. 2º da Resolução nº 91/2014 do CAU/BR para o Registro de Responsabilidade Técnica – RRT,
dos respectivos serviços.

16. CRONOGRAMA FÍSICO E DE DESEMBOLSO SUGERIDO

89
90
José Júlio Rodrigues Vieira
Secretaria Municipal de Política Urbana
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte

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ANEXO I: TOPOGRAFIA

O Levantamento Planialtimétrico Cadastral (LEPAC) deverá representar de forma detalhada a


situação real da área indicada no Plano de Topografia. O Plano de Topografia deverá ser elaborado
pela CONTRATADA, apresentado e aprovado pela CONTRATANTE, com indicação da delimitação da
área a ser levantada e/ou estudada.

Esse levantamento tem como objetivo subsidiar os estudos de viabilidade relacionados às propostas
resultantes dos processos participativos e das análises técnicas e seus detalhamentos quanto ao
sistema viário, áreas ambientais e as conexões de fundo de vale. Deverão ser levantados todos os
elementos e as interferências encontrados no campo com a finalidade de modelar e representar de
forma fidedigna a realidade encontrada, apontando limites, confrontações e elementos indicados.

O Coordenador da empresa CONTRATADA deverá solicitar a cada Responsável Técnico pelos


estudos/projetos a definição dos elementos necessários a serem cadastrados, além dos dispostos
neste anexo. Se a CONTRATANTE constatar que o levantamento topográfico elaborado possui
insuficiência de número de pontos cadastrados ou de informações, a CONTRATADA deverá
providenciar sua complementação, sem ônus para o CONTRATANTE.

A CONTRATADA deve buscar junto às concessionárias de serviços públicos os cadastros atualizados,


para sua confirmação em campo e lançamento no desenho com o intermédio da CONTRATANTE.

O LEPAC deverá ser executado de acordo com norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) nº NBR 13.133 e atender os seguintes requisitos:

● Ser georreferenciado pelo Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas SIRGAS2000 -


UTM ZONA 23 S - EPSG:31983;
● Deverá ser implantado próximo à área de cada assentamento ou aos cursos d’água, e nunca
no seu interior, um marco com coordenadas X e Y, cota altimétrica e georreferenciada no
sistema de projeção cartográfica SIRGAS2000;
● Os marcos, as estacas das poligonais, os PS e os tampões deverão ser nivelados
geometricamente. Os demais pontos, cantos de casas, soleiras etc, poderão ser por
nivelamento trigonométrico e taqueométrico;
● As monografias da rede de referência cadastral do município de Belo Horizonte com as
informações dos marcos geodésicos devem ser obtidas junto à Subsecretaria de Planejamento
Urbano (SUPLAN);
● Na entrega do produto deverão ser encaminhadas ao CONTRATANTE as monografias com as
localizações de todos os marcos implantados. As monografias conterão a identificação do
marco, suas coordenadas em SIRGAS 2000, sua localização textual e através de fotografia
aérea local, fotografia digital detalhada do local do marco durante o rastreio.

A CONTRATANTE definirá um código de identificação para cada Marco e fornecerá arquivo Excel com
modelo para elaboração das devidas Monografias.

92
Levantamento Planialtimétrico Cadastral
Deverão ser levantados os seguintes elementos/feições e representados em escala compatível ao
objetivo do levantamento:
Representação da Planimetria:
● Levantamento do contorno das quadras, detectando em suas testadas todas as inflexões
horizontais, bem como as arestas de tamanho igual ou superior a 10 centímetros;
○ Os elementos de testada serão levantados em suas faces voltadas para o sistema viário;
○ Seu elemento definidor (muro, edificação, cerca, tapume, linha seca, etc.) deverá ser
representado segundo padrão e “layer” próprios;
● Levantamento do logradouro: eixo, bordos da pista, sarjeta, meio-fio (pé e crista), ciclovias,
ciclofaixas, canteiros centrais, sinalização horizontal e vertical para veículos e pedestres
(faixas de pedestres, placas, radares, rotatórias, semáforos, etc.), passeio, acessos às
edificações e benfeitorias (escada, rampas, garagem, rebaixo de meio-fio, testadas dos lotes,
desnível entre meio-fio e sarjeta, pé e crista do meio-fio) e outros elementos que possam ser
relevantes ao projeto, identificando as larguras das vias, passeios e canteiros;
● Levantamento das divisas entre os lotes e ou ocupações, individualizando-os, detectando em
seu perímetro todas as inflexões horizontais, bem como as arestas de tamanho igual ou
superior a 10 centímetros;
○ As divisas serão levantadas no eixo dos seus elementos definidores;
○ Diferentemente das testadas, não será necessário representar o seu elemento definidor;
● Levantamento da silhueta de contorno das edificações, individualizando-as e detectando
todas as inflexões horizontais iguais ou superiores a 10 centímetros.
○ As edificações multifamiliares cujas projeções horizontais possam ser individualizadas ao
nível do solo terão as unidades identificadas por diferentes polígonos de diferentes
hachuras. Também será indicado o quantitativo de níveis, em edificações com mais de um
pavimento.
● Levantamento das benfeitorias inscritas aos lotes tais como: Muros; cercas; tapumes;
escadas; cisternas; caramanchões e outros afins;
● Identificação das edificações com sua numeração postal;
● Indicação da toponímia local;
● Levantamento dos elementos de infraestrutura urbana e equipamentos tais como: bancas
de revista; bancos; áreas de circulação em praças e parques; caixas de inspeção e controle
de concessionárias de serviços públicos; esculturas; orelhões; meio-fio; postes e fiação de
energia; canteiros; todos os dispositivos dos sistemas de drenagem, abastecimento de água,
esgotamento sanitário e coleta de lixo (redes, poços de visita, caixas de passagem, bocas de
lobo, poços luminares, galerias, canaletas, sarjetas, cestos de coleta de lixo, etc.), com os
respectivos diâmetros, material, sentidos de fluxo e cotas de topo e de fundo, quando
houver; grades pluviais; taludes e barrancos relevantes (com contorno de suas cristas e pés);
contenções; arrimos; gabiões; escadarias públicas; pontes; passarelas e outros afins; torres
de energia elétrica (alta tensão) e fiação.
● Levantamento dos elementos naturais tais como: cursos e corpos d’água com sentido de
escoamento; nascentes e surgências d’água encontradas; afloramentos rochosos; erosões

93
e voçorocas; ravinas; talvegues; barrancos (pé e crista), e outros afins.
● Levantamento da vegetação: levantamento das áreas ajardinadas ou arborizadas em
terrenos públicos ou privados, parques, praças, canteiros centrais e passeios e dos
remanescentes florestais nativos e vegetação de áreas antropizadas. Deverá ser identificado
o tipo de vegetação (jardim, gramado, pastagem, vegetação herbácea, cultura agrícola,
horta, etc), a indicação da área ocupada, a quantidade de indivíduos e a área de projeção da
copa em situações a serem acordadas como necessárias.
Representação da Altimetria:
● Levantamento das altitudes ortométricas de todos os pontos representativos das feições
elencadas na Representação da Planimetria acima
○ Os elementos relacionados às redes hidrossanitárias, (caixas, PVs, PLs, BLs, etc.), deverão
ter suas altitudes ortométricas de topo levantadas, e no caso dos PVs, incluir o
levantamento das cotas de fundo;
● Levantamento das altitudes ortométricas das soleiras das portas de acesso às edificações,
bem como das soleiras dos portões de acesso aos lotes, sejam de pedestres ou de garagem;
● Levantamento das cotas das margens e do fundo de rios, córregos, valas etc e das estruturas
ou pontos de lançamentos de contribuições nos corpos d’água e galerias;
● Levantamento de todas as outras inflexões verticais necessárias à adequada representação
do Modelo Digital e Gráfico do terreno;
○ É fundamental que elementos e feições que sejam definidores de desníveis, tenham suas
altitudes de pé e topo levantadas. Ex: Arrimos, gabiões, taludes, baldrames, meio-fios,
canaletas, escadas, rampas, etc.;
○ Também deverão ser levantados os planos inclinados, segmentando tantas facetas,
quanto às mudanças de inclinação indicarem;
● As curvas de nível deverão ser geradas com a equidistância vertical de 1 (um) metro, ficando
a critério da CONTRATANTE a solicitação de outros espaçamentos, quando necessário.
Em relação à toponímia, os nomes dos lugares devem ser coletados e anotados nos croquis e, na
planta do levantamento do topográfico, todos os lugares devem estar identificados. Os nomes de
regionais, bairros, logradouros, praças, monumentos, prédios públicos, museus, equipamentos
urbanos, cursos d’água, etc. devem estar de acordo com as bases oficiais. Para tanto, devem ser
consultados os dados disponíveis no BH Maps, no Sistema de Informações Urbanísticas e Endereços
(SIURBE) e demais órgãos oficiais.

Ao final dos levantamentos deve ser apresentado os croquis de campo de forma clara e legível, um
relatório contendo todos os dados, com descrição dos trabalhos realizados, do procedimento de
cálculo adotado, incluindo planilha de cálculo das poligonais, e o cadastro de cada marco, incluindo
a descrição de sua materialização, seus croquis, a amarração em relação aos acidentes mais
próximos, e suas coordenadas UTM e cota, a fim de permitir sua localização, identificação,
reconstituição e utilização. Acompanhará o relatório, a planta das áreas e faixas levantadas, em
arquivo formato .dwg, com a localização dos elementos cadastrados apresentados em escala
adequada.

94
ANEXO II

PESQUISA DE CONTAGEM DE DOMICÍLIOS E DE LOTES (CENSITÁRIA)

A elaboração dos Plano Urbanístico Integrado e do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental envolve


diversas abordagens e análises para as quais a unidade de referência básica para as pesquisas e para
o banco de dados é o domicílio, que inclui não apenas as unidades residenciais e mistas existentes
nos assentamentos estudados, mas também as unidades não residenciais.

Nos demais materiais produzidos e apresentados (textos, tabelas, etc.), as unidades não
residenciais/mistas devem ser denominadas estabelecimentos (usos de serviço, comércio, indústria
e equipamentos coletivos/comunitários).

Objetivos da pesquisa:

● Identificar e contar os domicílios existentes na área de estudo;


● Subsidiar os outros levantamentos de dados a serem realizados na área de estudo, como a
Pesquisa de Padrão Construtivo e a Pesquisa Socioeconômica e Organizativa, dentre outras;
● Permitir a indexação de informações no banco de dados.

Critérios para a pesquisa

● A unidade de referência básica é o domicílio;


● Qualquer unidade, para que seja considerada um domicílio, seja residencial ou não, deve ser
limitada por paredes e teto e possuir entrada independente, entendendo-se como tal o
acesso direto à unidade, por porta de acesso individualizada ou por pátio ou cômodo de
distribuição, sem necessidade de passar pelo interior de outras habitações ou de locais
destinados a outras atividades (separação e independência física).

Os domicílios, no âmbito das pesquisas e banco de dados relativos aos Planos supracitados, podem
ser de seis tipos, de acordo com o seu uso:

A. Residencial: unidade destinada a moradia, independente e fisicamente separada, constituída


por um ou mais cômodos. Um domicílio residencial, além de ser limitado por paredes e teto e
de possuir entrada independente, deve atender a mais dois requisitos, simultaneamente:
● Possuir cozinha, que pode ser caracterizada pela existência de um fogareiro e de uma
torneira (separação e independência física);
● Possuir autonomia do núcleo familiar no que se refere a geração e usufruto da renda
(separação e independência econômica).

B. Serviço: unidade onde são desenvolvidas atividades destinadas ao atendimento da população,


tais como agências bancárias, casas lotéricas, salões de beleza, costureiras, sapateiros,
consultórios médicos e odontológicos, pensões, bares, lanchonetes, sorveterias, etc.

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C. Comercial: unidade onde são desenvolvidas atividades econômicas ligadas ao consumo da
população, tais como padarias, mercearias, açougues, farmácias, papelarias, sacolões, depósitos
de materiais de construção, etc.
D. Industrial: unidade onde são desenvolvidas atividades de manufatura e transformação
industrial.
E. Misto: unidade que, além de se caracterizar pelo uso residencial, é utilizada também para a
realização de outra atividade com fins econômicos (serviço, comércio ou indústria). O uso misto,
nesse caso, refere-se ao domicílio, e não à edificação. O que caracteriza o uso misto de um
domicílio é a dependência de acesso entre as áreas destinadas ao uso residencial e ao uso não
residencial, independentemente se a atividade econômica é realizada em área interna, contígua
ou externa (anexo) à edificação principal.
F. Equipamento coletivo ou comunitário: unidade, pública ou privada, destinada à educação,
saúde, cultura, lazer, segurança ou similares.
G. Anexos: são partes externas do domicílio, separadas fisicamente da edificação principal e que
não atendem a todos os requisitos para que sejam consideradas outro domicílio. Exemplos:
cômodos externos de apoio à moradia (banheiros, cozinhas, áreas de serviço, quartos,
depósitos, garagens, etc.), barracão ou cômodo nos fundos sem entrada independente ou usado
por morador sem autonomia em relação ao núcleo familiar, cômodos usados para atividades
com fins econômicos que não possuam entrada independente.

Observações:

● Não devem ser contados como domicílios e/ou anexos:


○ Edificações em construção e ainda não ocupadas;
○ Canis, galinheiros ou similares.
● Para definição dos usos, poderá ser usada como referência a tabela de classificação de usos
da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo de Belo Horizonte.
● Na avaliação do uso, deverão ser consideradas, simultaneamente, as atividades realizadas
no domicílio principal e, caso haja, em seus anexos.

Procedimentos para a pesquisa

A. Preparação:
● De posse da Base Cartográfica a ser fornecida pela CONTRATANTE para fins da realização
dessa pesquisa, dividir a área de estudo em quadras. Essa divisão deverá ser aprovada pela
CONTRATANTE.
● No mapa preliminar de Contagem de Domicílios, numerar as quadras sequencialmente. O
critério para numeração dos selos será fornecido pela CONTRATANTE e inclui o número das
quadras.
● De posse do formulário de pesquisa fornecido pela CONTRATANTE, com o nome do
empreendimento preenchido, providenciar as cópias necessárias.
B. Equipe de pesquisa: duplas de estagiários sob coordenação do arquiteto e urbanista
responsável.
C. Realização da pesquisa:

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● Para cada quadra, convencionar um ponto de início.
● Contornar a quadra no sentido horário, numerando os domicílios pesquisados
sequencialmente, até “fechar” a quadra:
● Para cada domicílio ou anexo pesquisado, entregar um selo ao ocupante, com o número
atribuído ao domicílio ou anexo.
● Anotar o número do selo no mapa e na planilha de Contagem de Domicílios e de Lotes,
assim como as demais informações solicitadas no formulário (ver modelo de formulário).
● Quando não for possível contar um domicílio, pela ausência do ocupante ou por algum outro
motivo, reservar o selo correspondente e retornar ao local em outro dia ou horário (na
dúvida sobre a existência de um ou mais domicílios, reservar apenas 1 selo).
● Quando, em uma edificação, houver mais de um domicílio, contá-los seguindo a ordem dos
acessos, sempre no sentido horário, independentemente do pavimento ocupado pelo
domicílio.
● Repetir o procedimento em toda a área de estudo.
● A pesquisa pode ser feita simultaneamente em diferentes quadras.

Eventuais divergências encontradas em relação à Base Cartográfica (nomes de logradouros,


características da ocupação) devem ser levadas à equipe de coordenação da CONTRATANTES assim
que encontradas, a fim de que os produtos sejam logo compatibilizados antes de concluídos,
minimizando o trabalho de correção (mapas, banco de dados, formulários).

Digitação no Banco de Dados

Os dados levantados devem ser digitados diretamente no Banco de Dados, via web, de acordo com
as orientações repassadas pela CONTRATANTE.

O cadastro dos usuários que necessitarão acessar o banco de dados, seja para consulta ou digitação,
deverá ser solicitado à CONTRATANTE, informando: o nome completo, o CPF, o telefone e o e-mail
para contato. Essa solicitação deverá ser feita com antecedência mínima de 15 dias.

Figura 12 – Modelo de formulário da Pesquisa de Contagem de Domicílios e de Lotes

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ANEXO III

PESQUISA DE PADRÃO CONSTRUTIVO

Essa pesquisa deve ser realizada em áreas onde há expectativa de indicação de remoções em função
de intervenções e/ou impossibilidade de regularização e visa avaliar as características construtivas
das unidades (domicílios ou estabelecimentos) e permitir uma estimativa de seu valor (custo do m²
x área) para subsidiar as propostas de intervenção para o assentamento.

Procedimentos para a pesquisa

A. Preparação:
● De posse do Mapa de Contagem de Domicílios, delimitar as áreas a serem pesquisadas; essa
delimitação deve ser submetida à CONTRATANTE.
● De posse do formulário de pesquisa fornecido pela CONTRATANTE, preencher o nome do
assentamento e da regional e providenciar as cópias necessárias.
B. Equipe de pesquisa: duplas de estagiários sob coordenação do arquiteto e urbanista
responsável.
C. Realização da pesquisa:
● Essa pesquisa não precisa seguir uma ordem seqüencial, pois as unidades já estarão
identificadas por um número (selo) no banco de dados
● Deve ser preenchido um formulário para cada domicílio e, separadamente, para cada anexo.

Digitação no Banco de Dados

Os dados levantados devem ser digitados diretamente no Banco de Dados, via web, de acordo com
as orientações repassadas pela CONTRATANTE.

O cadastro dos usuários que necessitarão acessar o banco de dados, seja para consulta ou digitação,
deverá ser solicitado à CONTRATANTE, informando: o nome completo, o CPF, o telefone e o e-mail
para contato. Essa solicitação deverá ser feita com antecedência mínima de 15 dias.

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Figura 13 - Modelo de formulário da Pesquisa de Contagem de Domicílios e de Lotes

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