Plano de Estruturacao Do Jatoba
Plano de Estruturacao Do Jatoba
Plano de Estruturacao Do Jatoba
DESENVOLVIMENTO
ESTRATÉGICO DA REGIÃO
DO JATOBÁ
Subsecretaria de Planejamento
Urbano (SUPLAN)
Dezembro 2022
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
3
SUMÁRIO
1. OBJETIVO 7
5. DESCRIÇÃO DE ETAPAS 27
7.1. COMUNICAÇÃO 29
7.2. MOBILIZAÇÃO 31
4
8.2.2. ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DE MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE 59
9.1.1. URBANÍSTICO-AMBIENTAIS 64
9.2.1. URBANÍSTICO-AMBIENTAIS 70
9.3.1. URBANÍSTICO-AMBIENTAIS 74
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13. DIRETRIZES E REQUISITOS PARA A PRODUÇÃO DE RELATÓRIOS 85
ANEXO I TOPOGRAFIA
ANEXO II PESQUISA DE CONTAGEM DE DOMICÍLIOS E DE LOTES (CENSITÁRIA)
ANEXO III PESQUISA DE PADRÃO CONSTRUTIVO
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TERMO DE REFERÊNCIA
1. OBJETIVO
Em todas as etapas do trabalho deverão ser realizadas ações que visem à integração e ao
protagonismo dos atores locais nos processos de caracterização do território, de elaboração de
propostas e de tomadas de decisão. Espera-se, assim, que o processo participativo estabelecido no
contexto de elaboração do Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá supere as
dimensões informativas e consultivas, de maneira a se consolidar como um modelo de gestão
participativa.
No início dos anos 1970, o governo do Estado de Minas Gerais desenvolveu a proposta de
implantação de um Distrito Industrial sócio-integrado na região do Jatobá, cuja concepção
7
contemplava o estabelecimento de um local apropriado para a instalação de indústrias no
Município, que conciliasse atividades produtivas e áreas habitacionais. Por essa razão, o projeto
global incluía quatro setores habitacionais denominados Conjuntos Jatobá I, II, III e IV, destinados
aos futuros trabalhadores do distrito. A área do distrito foi dividida em duas porções territoriais para
sua implantação: a Mancha A, implantada a partir de 1986, e a Mancha B, a partir de 1992 (Figura 2
– Mapa do Distrito Industrial do Jatobá). No entanto, o distrito foi implantado sem que toda a
infraestrutura instalada atendesse à integração prevista no plano original.
Figura 1: Limite da regional administrativa Barreiro e das áreas do Distrito Industrial Jatobá (mancha A e B)
Fonte: SMPU/Suplan, 2022
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A delimitação da área do Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá abrangeu
parte da sub-bacia hidrográfica do Córrego Jatobá, a Mancha B do Distrito Industrial e o seu entorno,
que possui as seguintes características:
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● Incentivar diversidade de usos, buscando mitigar os conflitos existentes e adequar a ocupação
e o adensamento à capacidade de suporte da infraestrutura urbana;
● Consolidar a região como polo de desenvolvimento econômico no contexto municipal, aspecto
favorecido pela inserção regional e metropolitana do Barreiro;
● Evitar processos de especulação imobiliária atrelada à valorização do solo que podem
contribuir para a expulsão dos moradores, por meio da delimitação de ZEIS e AEIS nas áreas
ocupadas por famílias de baixa renda;
● Viabilizar a regularização urbanística e fundiária dos assentamentos informais classificados
como ZEIS-1 e AEIS-2, por meio da regulamentação de parâmetros de parcelamento, uso e
ocupação do solo específicos nessas áreas, além da definição de diretrizes de intervenção
urbanística que visem à melhoria da qualidade de vida dos moradores e à sua integração à
cidade;
● Preservar e recuperar áreas de interesse ambiental, visando à restauração da qualidade dos
cursos d’água, à necessidade de contenção de cheias, à recuperação de ambientes hídricos e
à intervenção em áreas de preservação permanente, de forma a viabilizar a implantação de
parques lineares.
A região do Jatobá está localizada na Região Administrativa Barreiro, na porção sul do município de
Belo Horizonte/MG, a aproximadamente 10 km da área central da cidade. A Região Administrativa
Barreiro, com uma população superior a 282.000 habitantes (IBGE, 2010), faz divisa com os
municípios metropolitanos de Nova Lima, Brumadinho, Ibirité e Contagem. A área de estudo está
inserida na sub-bacia hidrográfica do Córrego Jatobá que está circunscrita na Bacia Hidrográfica do
Ribeirão Arrudas (Figura 2). A bacia do Córrego do Jatobá apresenta a maior densidade de
urbanização, ocupações de fundo de vale e presença de nascentes ameaçadas de contaminação e
assoreamento.
10
Figura 2 - Localização da área de estudo nas bacias hidrográficas
Fonte: SMPU/Suplan, 2022
11
As vias principais de acesso de Belo Horizonte à região são a Avenida Waldir Soeiro Emrich e Avenida
Senador Levindo Coelho, entretanto, muitas viagens tem como origem a própria Regional Barreiro,
que guarda relativa autonomia pela presença de uma centralidade. A região abriga uma população
com renda predominante, em torno de 2 a 5 salários mínimos, considerada média-baixa;
significativas áreas no entorno do distrito industrial com rendas familiares baixas, de até dois salários
mínimos, em especial, nas áreas de ocupações; pequenos trechos ao longo da Avenida Senador
Levindo Coelho onde verificam-se rendas médias, entre 5 a 10 salários mínimos. Observa-se a
predominância da tipologia residencial unifamiliar de um a dois pavimentos, mesclada a tipologias
do uso misto, habitualmente associadas às centralidades. Há diversos conjuntos habitacionais,
verticais e horizontais, instalados próximos às áreas destinadas aos grandes equipamentos
econômicos. Importante ressaltar que está inserida, na área de estudo, parte da área de proteção da
Serra do Curral, tombada como Patrimônio Cultural do Município.
1
Considera-se infraestrutura ambiental as áreas com atributos ambientais relevantes (maciços arbóreos,
nascentes, cursos d'água em leito natural etc) que forneçam serviços ecossistêmicos, como controle local
de calor, evapotranspiração, retenção de sedimentos, suporte à fauna, dentre outros.
12
Figura 3: Zoneamento na Região do Jatobá conforme Plano Diretor Municipal - Lei 11.181/19
Fonte: SMPU/Suplan, 2022
13
Além disso algumas porções do território estão delimitadas como:
● Áreas de Conexão de Fundo de Vale ao longo dos cursos d’água, para as quais deve ser
elaborado o Plano de Estruturação Urbano-Ambiental (PEA) e devem ser pensadas obras
públicas comprometidas com a qualificação ambiental, visando à restauração da qualidade dos
cursos d’água, à necessidade de contenção de cheias, à recuperação de ambientes hídricos e
à intervenção em áreas de preservação permanente, de forma a viabilizar a implantação de
parques lineares (Figura 4);
● Áreas de Conexão Verde ao longo das avenidas Perimetral, Waldir Soeiro Emrich e Senador
Levindo Coelho, para os quais devem ser previstas a melhoria da arborização urbana e à
formação de corredores ecológicos (Figura 4) ;
● Áreas de Diretrizes Especiais de Interesse Ambiental, onde existe interesse público na
preservação ambiental, em decorrência da presença de atributos ambientais relevantes ou da
necessidade de qualificação ambiental das unidades de vizinhança (Figura 4);
● Área de Diretrizes Especiais da Serra do Curral, que corresponde à área de proteção da Serra
do Curral, incluindo a área tombada e a área de entorno (Figura 5);
● Centralidades Locais ao longo de algumas vias da região e Centralidade Regional no entorno
da Estação Diamante, onde se pretende direcionar maior adensamento construtivo e
populacional e incentivar a concentração de atividades econômicas, complementarmente à
qualificação urbanística do espaço urbano (Figura 5).
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Figura 4: Sobrezoneamento na Região do Jatobá conforme Plano Diretor Municipal - Lei 11.181/19
Fonte: SMPU/Suplan, 2022
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Figura 5: Sobrezoneamento na Região do Jatobá conforme Plano Diretor Municipal - Lei 11.181/19
Fonte: SMPU/Suplan, 2022
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4. ESCOPO PRINCIPAL, DIRETRIZES E LIMITES DO PROJETO
O Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá tem como escopo a elaboração
de estudos técnicos e planos considerando os aspectos físico-ambientais, socioeconômico, jurídico-
legais, organizativos e de mobilidade, com ampla participação dos atores locais. Compreende, como
indicado no item 1 supra, a entrega dos planos e estudos assim denominados: i) o Macroplano da
Região do Jatobá, abarcando o Distrito Industrial do Jatobá e seu entorno; ii) o Plano Urbanístico
Integrado, de caráter local, abrangendo assentamentos de interesse social inseridos no perímetro
do Macroplano; iii) o Plano de Estruturação Urbano-Ambiental, de caráter local, englobando as
Conexões de Fundo de Vale inseridas no perímetro do Macroplano; e iv) os Estudos de Áreas
Complementares, abrangendo sub-bacias hidrográficas do Córrego do Jatobá como unidades de
análise relevantes (Figura 3).
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Figura 6: Delimitação do Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá
Fonte: SMPU/Suplan, 2022
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A premissa do Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá é a construção de
propostas de forma compartilhada com a sociedade, por meio de um processo que garanta a
articulação e a integração das mesmas. Nesse contexto, deverão ser considerados os seguintes
objetivos específicos:
II - A compatibilização dos usos residenciais e não residenciais, bem como o interesse de preservação
ambiental, deverão nortear o desenvolvimento das alternativas socioterritoriais;
III - Deverão ser propostos mecanismos de gestão participativa dos projetos, programas e ações
elaborados;
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Figura 7: Delimitação do Macroplano da Região do Jatobá
Fonte: SMPU/SUPLAN, 2022
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O PLANO URBANÍSTICO INTEGRADO abrange as ocupações urbanas Irmã Dorothy, Camilo Torres,
Eliana Silva, Paulo Freire, Nelson Mandela e Horta I e II, conforme delimitação contida na Figura 5.
Este deverá contemplar a caracterização detalhada e a definição de propostas para os assentamentos
de interesse social indicados, considerando seus aspectos urbanísticos, ambientais, jurídico-legais,
socioeconômicos e organizativos. Ressalta-se que os estudos e propostas desenvolvidas no Plano de
Urbanístico Integrado deverão atender às diretrizes dos Planos de Regularização Urbanística (PRU) e
Plano de Estruturação Urbano-Ambiental (PEA), no território destas ocupações, conforme determina
o Plano Diretor Municipal.
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Figura 8: Delimitação do Plano Urbanístico Integrado
Fonte: SMPU/SUPLAN. 2021
22
O PLANO DE ESTRUTURAÇÃO URBANO-AMBIENTAL abrange as Conexões de Fundo de Vale
estabelecidas no Plano Diretor de Belo Horizonte (Lei Municipal nº 11.181/2019), conforme
delimitado na Figura 9 deste Termo de Referência. Este plano, de caráter local, deverá contemplar a
caracterização detalhada e a definição de propostas para estas áreas, contemplando seus aspectos
ambientais, sociais e sanitários, com vistas à qualificação ambiental dos cursos d’água e de suas
respectivas Áreas de Preservação Permanente (APPs), bem como à definição de ações que
possibilitem o melhor controle de cheias e intervenções que favoreçam a implantação de parques
lineares e o atendimento à demanda de infraestrutura sanitária, de mobilidade e de equipamentos
de lazer. As áreas abrangidas pelas Conexões de Fundo de Vale se sobrepõem às áreas ocupadas por
moradias, como a Vila Laurinha e o Bairro do Sol, não identificadas como áreas de interesse social
para fins de regularização fundiária.
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Figura 9: Delimitação do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental
Fonte: SMPU/SUPLAN, 2021
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O ESTUDO DE ÁREAS COMPLEMENTARES abrange as sub-bacias do Córrego do Jatobá de codigo
4110102, 4110103, 4110104, 4110105, 4110106, 4110107 e 4110114 identificadas na Figura 10 deste
Termo de Referência, compreendendo áreas localizadas além dos limites do Macroplano da Região
do Jatobá. Este Estudo deverá contemplar a caracterização das sub-bacias delimitadas, com foco na
análise ambiental e no levantamento de potencialidades para intervenções de infraestrutura verde
e de tratamento para as áreas de fundo de vale.
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Figura 10: Delimitação do Estudo de Áreas Complementares e das sub-bacias do Córrego do Jatobá. Fonte:
SMPU/SUPLAN, 2022
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5. DESCRIÇÃO DE ETAPAS
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Durante a execução do Programa ocorrerão reuniões mensais de coordenação entre as equipes da
CONTRATANTE e da CONTRATADA, com exigência da presença do Coordenador da CONTRATADA.
Eventualmente poderão ser convocadas reuniões extraordinárias e/ou reuniões com representantes
de outros órgãos coordenadores de políticas públicas locais, concessionárias públicas e demais
agentes necessários para o ideal desenvolvimento dos trabalhos.
Após a entrega, o prazo para apreciação de um produto pela CONTRATANTE será de duas semanas e
a CONTRATADA terá uma semana para realizar as correções, alterações ou complementações
solicitadas. O produto deverá ser novamente apreciado pela CONTRATANTE no prazo de uma
semana. Vale salientar que parte do serviço será submetido à validação/aprovação das pessoas
beneficiadas pelo Programa, por meio de reuniões. O relatório de aprovação final dos produtos da
segunda etapa - Propostas de Intervenções - será emitido apenas após a validação/aprovação das
propostas elaboradas no processo participativo, pela CONTRATANTE.
O trabalho deverá ser acompanhado também por um Grupo Executivo, definido pela CONTRATANTE,
composto por representantes do Executivo Municipal e por convidados do Governo do Estado e das
concessionárias de serviços públicos. O Grupo Executivo será constituído por pessoas de referência
para as interfaces necessárias durante a elaboração do Programa, incluindo fornecimento de dados
e participação em eventos com as comunidades abrangidas. Os representantes serão indicados pelos
gestores dos órgãos envolvidos e deverão participar de reuniões em todas as escalas e etapas de
planejamento. A formação do Grupo Executivo é de responsabilidade da CONTRATANTE e deverá
ocorrer no início dos trabalhos.
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7. AÇÃO CONTÍNUA: COMUNICAÇÃO, MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL
A mobilização e a participação social têm como objetivo estimular e garantir ampla e efetiva
participação popular em todas as etapas do Programa, bem como a integração de suas diversas
escalas. Ademais, visam contribuir para o fortalecimento comunitário das populações residentes e o
protagonismo de agentes locais, com a constituição de mecanismos de gestão colaborativa que
proporcionem o uso potencial das áreas comuns e estimulem a constituição de uma rede de relações
e interesses, confluindo, desta forma, para o desenvolvimento ambiental, social e econômico da
Região do Jatobá. Resumidamente, a participação social, no processo de construção coletiva das
propostas de transformação do território, objetiva a conformação de uma comunidade forte,
resiliente e sustentável, contribuindo para a efetividade das soluções incluídas no Programa. A
mobilização e a participação social constituem, nesse sentido, parte essencial do Programa, e a forma
sugerida para o seu desenvolvimento considera experiências anteriores da Prefeitura de Belo
Horizonte - buscando, contudo, conferir maior agilidade e capacidade propositiva ao processo, de
forma a garantir sua maior efetividade.
O Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá deverá ter como ponto de partida
a construção de um acordo envolvendo representantes do Grupo Gestor do Macroplano, descrito no
item 7.2 abaixo, em torno da implementação das diretrizes de estruturação urbana estabelecidas
pela Lei nº 11.181/2019 - Plano Diretor do Município de Belo Horizonte. Este - assim como as
premissas do Estatuto da Cidade e da Nova Agenda Urbana - deverá constituir referência para o
processo de resolução de conflitos decorrentes da discussão das propostas de desenvolvimento
físico-ambiental, socioeconômico e jurídico-legal da área de estudo. Esse acordo deverá ocorrer
durante a realização da Etapa 1 - Pesquisas Primárias e Dados Fundamentais. O processo de
mobilização e participação comunitária, por sua vez, é contínuo, ocorrendo em todas as etapas, e
deverá ser definido no Plano de Comunicação e Participação Social.
7.1. COMUNICAÇÃO
29
realizado, suas etapas e as atividades participativas, além de ampliar as condições de acesso
das equipes em campo;
b) equipe técnica capacitada para prestar informações em relação ao desenvolvimento dos
Planos, em específico: informar sobre reuniões e demais eventos e atividades previstas,
sobre os conteúdos produzidos e apresentados durante a elaboração do Programa, dar
retorno em relação às sugestões e demandas das populações envolvidas, além de apoiar
ações do executivo em curso no território;
c) diversidade de canais informativos tais como e-mail, telefone, aplicativos de mensagem e
redes sociais. Ressalta-se que a CONTRATADA poderá contar com os equipamentos públicos
e coletivos da região, como escolas, centros culturais, postos de saúde, dentre outros, como
locais de apoio estratégicos à divulgação das ações previstas e abordagem às populações
locais, respeitando os horários de funcionamento e a capacidade de atender às demandas
do Programa;
d) diversidade de materiais e formas de mobilização e capacitação, material gráfico de
divulgação de eventos, material gráfico de apoio à formação de participantes, cartilhas
institucionais, certificados de participação e formação, faixas, motos de som, dentre outros.
A CONTRATADA poderá propor outros meios de interação, informação e formação como, por
exemplo, jogos, jornais, informativos digitais, banners, agendas, camisetas, bonés, bolsas,
vinhetas, vídeos institucionais, apresentações teatrais, etc;
e) no que se refere à Participação Social, deverá se estabelecer a formação de grupos locais
para acompanhamento das atividades e participação nas discussões realizadas, elaboração
de propostas e representação das comunidades junto aos órgãos institucionais que atuam
no território. A CONTRATADA deverá buscar um número suficiente de participantes em todas
as áreas, para garantir que a elaboração das propostas e a tomada de decisões sejam
efetivamente participativas. O Plano deverá prever também o modo como tais grupos irão
se organizar, planejamento e formato dos eventos participativos, calendário com a
frequência das atividades (quer sejam de maior ou menor porte), formas de devolução dos
produtos intermediários e finais para os participantes, canais de comunicação (presenciais,
mídias locais e canais virtuais) abrangentes e acessíveis para o maior alcance das populações
locais, considerando, inclusive, cenários restritivos de eventos presenciais em função de
pandemias ou outras situações emergenciais.
PRODUTOS
30
7.2. MOBILIZAÇÃO
A CONTRATADA poderá propor novas formas de mobilização com vistas a garantir a participação de
pessoas de diferentes faixas etárias, gêneros, raças, etnias e classes sociais, dentre outras.
31
7.3. PARTICIPAÇÃO SOCIAL
Ressalta-se que a CONTRATADA poderá propor modelo e frequência das atividades participativas,
desde que garanta a participação da população e de membros de associações representativas dos
diversos segmentos presentes no território local, na formulação e no acompanhamento dos planos
em elaboração, conforme previsto no Estatuto da Cidade e no Plano Diretor Municipal. Poderá
também optar por adotar o modelo participativo já praticado pela CONTRATANTE em Planos de
natureza semelhante. Nesse modelo, a participação social ocorre por meio da formação de grupos
de acompanhamento e da realização de reuniões com lideranças, assembleias, oficinas com
representantes locais, reuniões com os grupos de trabalho, plantões para esclarecimentos de
dúvidas, além de vistorias em campo.
Abaixo estão descritos os grupos estabelecidos no modelo adotado pela CONTRATANTE, bem como
os principais objetivos de cada evento participativo praticado neste modelo, com nomeclatura
adaptada aos Planos objetos deste TR:
32
comunidades. Estima-se que devem ser formados 3 (três) Grupos de
Acompanhamento Local, de modo a considerar as especificidades da organização
social local, representatividade espacial e acessibilidade às reuniões.
Tendo como referência esse modelo, estima-se a realização de 95 atividades ao longo da elaboração
do Programa, com a seguinte distribuição:
33
● 11 (onze) reuniões com o Grupo Executivo; e
● 12 (doze) assembleias de planejamento das ações e investimentos.
a) Realizar vistorias em campo para possibilitar melhor compreensão dos territórios bem como
para aferir algum dado ou situação específica na região, preferencialmente com auxílio de
pessoas das comunidades locais.
34
g) Estimular a participação de pessoas de várias idades e de mulheres em todos os grupos
representativos, objetivando a representação equânime das comunidades, bem como a
melhor abordagem das questões de gênero nas discussões realizadas.
i) Promover a formação do Grupo de Trabalho - GT, que deverá ser composto por
representantes dos territórios abarcados pelos três Planos para elaboração de propostas
para todo o território do Macroplano da Região do Jatobá. Objetiva expandir a participação
social para uma etapa tradicionalmente realizada por profissionais especializados. O GT
participará de oficinas envolvendo a construção de alternativas, iterações e aproximações
consecutivas de forma a potencializar o compartilhamento de saberes e a construção
coletiva de propostas. O resultado deverá ser uma proposta que contemple um acordo em
relação aos conflitos de uso do solo - com destaque para a relação entre os usos industrial e
habitacional e a preservação ambiental - consideradas as escalas de planejamento macro e
local.
k) Para as oficinas do Grupo de Trabalho (GT) prever: locação de espaço adequado2 com sala
de trabalho que comporte os participantes reunidos em equipes trabalhando em notebooks
adquiridos pela CONTRATANTE, com demanda à CONTRATADA de: garantia de acesso à
2
Em situações de emergência de saúde pública deverão ser adotadas medidas de prevenção ao contágio, tais
como distanciamento, higienização e limpeza adequados e oferecidos equipamentos de proteção individual
aos participantes.
35
internet banda larga de alta velocidade e aluguel de 15 (quinze) monitores3, com o objetivo
de viabilizar os processos de planejamento urbano compartilhados.
PRODUTO
3
Monitor padrão LED, colorido, tamanho mínimo de 21.5 (vinte um e meia polegadas) com configuração via
OSD, com as seguintes características: Resolução gráfica mínima de 1920x1080 ppp: Tempo de resposta
máximo de 8ms: Contraste mínimo 1000:1 (estático mínimo): No mínimo, 02 (duas) Interfaces de entrada do
sinal de vídeo, nos padrões HDMI e DisplayPort ou outra tecnologia. A tela deverá ser 100% plano e com
tecnologia LED: Deverá possuir brilho de pelo menos 250 nits (cd/m²): Deverá possuir Pixel Pitch de no máximo
de 0.27m: Deverá suportar exibição de pelo menos 16,2 milhões de cores: Deverá possuir ângulo de visão
horizontal e vertical de pelo menos 160°: Deverá ser fornecido cabos de sinal de vídeo para conexão com
microcomputador no padrão DisplayPort: e HDMI. Os monitores deverão possuir ajustes de altura (mínimo de
10 cm). rotação e inclinação: Cabo de alimentação de energia elétrica com plugue no novo padrão Brasil (norma
ABNT NBR 14136). O monitor deve possuir tecnologia EDID (Extended Display Identification Data) para
inventário remoto, que fornecerá informações de "Número de Série". "Fabricante" e "Modelo" no formato
EDID para gestão dos ativos de TI. O monitor deverá possuir certificação TCO 03 ou superior quanto a emissão
de radiação e EPEAT Bronze ou superior (comprovado através do link www.EPEAT.net) ou certificação similar
desde que anexe documentação que comprove a similaridade. Apresentar, na proposta, documentação que
comprove a certificação ou a certificação similar e a comprovação de similaridade.
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As atividades de formação e capacitação dividem-se em: atividades relativas à elaboração dos planos,
chamada capacitação contínua; atividades voltadas às ações de desenvolvimento local, chamada
capacitação específica, envolvendo um Programa de Educação Ambiental e Urbana; e uma
capacitação institucional.
A capacitação contínua ocorrerá durante a realização dos eventos participativos de elaboração dos
planos, tais como assembleias, reuniões, oficinas e plantões. Tem por objetivo proporcionar maior
autonomia aos participantes para discutir, sugerir, reivindicar o atendimento a demandas e
necessidades das comunidades, tomar decisões partilhadas, possibilitar a participação efetiva dos
representantes das comunidades e descentralizar conhecimentos. Além disso, deverão contribuir
para sensibilizar e tornar conhecido da equipe CONTRATADA as práticas sociais locais, a apropriação
de espaços coletivos e formas de organização social.
Essa capacitação ocorrerá por meio da utilização de técnicas didáticas, dinâmicas de grupo e recursos
audiovisuais, dentre outras estratégias facilitadoras da compreensão dos temas tratados e da
integração entre os participantes. Vale lembrar que os processos de capacitação contínuos envolvem
trocas substanciais de conteúdo entre técnicos, gestores e participantes e, por isso, considera-se que
os membros da equipe técnica CONTRATADA configuram-se, igualmente, como sujeitos de
aprendizado.
37
realizada preferencialmente no final da Etapa 1. Cabe à CONTRATADA organizar esses eventos e
custear as ações.
PRODUTOS
As bases elaboradas e/ou atualizadas pela CONTRATADA deverão ser fornecidas conforme
especificação descrita no item 13 - Diretrizes e requisitos para a produção de relatórios.
38
A seguir, serão descritos os componentes e os produtos que deverão ser desenvolvidos nesta Etapa
do trabalho:
A seguir, serão descritos os componentes e os produtos que deverão ser desenvolvidos nesta Etapa
do trabalho:
39
fornecidos, também os seguintes dados: indivíduos arbóreos em logradouros públicos e
fitofisionomias das áreas verdes; corpos hídricos - os córregos deverão ser classificados em leito
natural, retificado, canalizado e tamponado; processos erosivos e áreas de deposição de sedimentos;
sistema viário; morfologias, glebas, lotes e edificações, com limites das áreas ocupadas. Para as
complementações necessárias, deverá ser considerada a realização de levantamento topográfico em
área estimada de aproximadamente 87.000 m², conforme trechos a serem acordados com a
CONTRATANTE (ver Anexo 1). A base cartográfica do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental
deverá ser compatibilizada com a Pesquisa de Contagem de Lotes e Domicílios.
PRODUTO
A pesquisa de contagem de domicílios e lotes tem como objetivo identificar e contar os lotes e os
domicílios existentes nas áreas de abrangência do Plano Urbanístico Integrado e do Plano de
Estruturação Urbano-Ambiental, com vistas a subsidiar outros levantamentos de dados - tais como
a pesquisa de padrão construtivo e a pesquisa socioeconômica e organizativa - além de permitir a
indexação de informações no banco de dados.
4
As especificações do desenho topográfico estão descritas no Anexo I.
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Aos domicílios identificados deverá ser atribuída uma numeração sequencial composta por dois
dígitos referentes à quadra em que se encontram, e três dígitos referentes à unidade. Essa
numeração deverá ser lançada no Mapa de Contagem de Domicílios e no Banco de Dados da
CONTRATANTE.
Na área abrangida pelo Plano Urbanístico Integrado, a Pesquisa deverá contemplar as unidades
residenciais, não residenciais e mistas, totalizando número estimado de 1620 domicílios,
correspondente ao número presumido de domicílios atualmente acrescido de 20%, nos
assentamentos de interesse social, de acordo com as especificações metodológicas definidas pela
CONTRATANTE (Anexo II).
PRODUTO:
A pesquisa de equipamentos, programas e serviços tem como objetivo avaliar a oferta de programas
e de serviços prestados por instituições públicas, privadas e/ou não-governamentais existentes na
área do Macroplano, e outros que atendam aos moradores do Plano Urbanístico Integrado.
Por meio do inventário dos equipamentos, dos programas e dos serviços existentes e utilizados e da
avaliação dos gestores quanto à capacidade de atendimento, a pesquisa permitirá conhecer a
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cobertura dos programas e serviços e também o nível de conhecimento e de apropriação destes por
parte dos moradores.
A pesquisa deverá ser realizada por meio de aplicação de entrevistas semiestruturadas com os
gestores ou representantes de equipamentos, programas e serviços, avaliando a capacidade de
atendimento, a qualidade da oferta de programas e serviços e o nível de conhecimento e de
apropriação destes por parte dos moradores, além de incluir levantamento fotográfico das
dependências destes equipamentos. Além disso, deverão ser levantadas as potencialidades e as
demandas do mercado de trabalho na região, enumerados os setores mais dinâmicos da economia
local e identificada a atuação de entidades de incentivo ao empreendedorismo e de qualificação
profissional.
PRODUTO
5
Por Unidade de Vizinhança Qualificada entende-se: condição que proporcione a residentes e usuários, por
meio de deslocamento a pé, o acesso ao comércio, aos serviços, a equipamentos comunitários e de lazer, a
áreas verdes e a espaços urbanos qualificados, bem como às redes de transporte coletivo e cicloviário.
42
● Texto síntese com a caracterização da oferta e da demanda de serviços e programas e com
análise sucinta do levantamento relacionado ao mercado de trabalho, economia local e
qualificação profissional.
A pesquisa qualitativa tem como objetivo geral proporcionar maior grau de informação sobre a forma
como o território se configurou a partir do ponto de vista das pessoas do lugar, bem como contribuir
para o levantamento das demandas e potencialidades locais. A pesquisa deverá subsidiar a
elaboração dos históricos de formação de cada região, considerando as perspectivas das
comunidades e dos atores envolvidos.
Na área abrangida pelo Macroplano da Região do Jatobá, deverão ser coletados dados sobre o
processo de formação do Distrito Industrial do Jatobá; a realidade econômica e social anterior e
contemporânea; aspectos de inserção das empresas em relação às demandas ambientais e sociais;
problemas e potencialidades considerando: acessibilidade, mobilidade urbana, referências culturais
e simbólicas e atividades complementares desejáveis para o desenvolvimento local, dentre outros
aspectos. Para tanto, deverão ser realizadas entrevistas em profundidade, rodas de conversas ou
grupos focais, envolvendo atores locais que atuam na área de estudo relacionados às indústrias,
associações de empresas, instituições de apoio à micro e pequena empresa, institutos e centros de
desenvolvimento, lideranças locais, moradores e moradoras antigas, dentre outros, com roteiro
semiestruturado a ser acordado com a CONTRATANTE.
O número de entrevistas ou de eventos para coleta de informações poderá variar de acordo com
diversas circunstâncias, tais como tamanho, complexidade e tempo de existência da instituição, além
do grau de completude das informações prestadas. A seleção das pessoas entrevistadas e o número
de entrevistas deverão ser discutidos e aprovados pela CONTRATANTE, considerando o número
estimado de 2 (duas) pessoas entrevistadas por instituição e∕ou bairros abrangidos, tendo como
referência cerca de 60 (sessenta) entrevistas, caso a abordagem acordada seja entrevistas em
profundidade.
Nas áreas abrangidas pelos Plano Urbanístico Integrado e Plano de Estruturação Urbano-Ambiental
, a pesquisa tem como objetivo específico subsidiar a elaboração do histórico de formação, lutas,
conquistas e lideranças dos assentamentos. Deverão ser coletados relatos sobre o processo de
formação do assentamento; a realidade econômica e social das famílias residentes; referências
culturais, simbólicas e territoriais; relação com as áreas verdes e os cursos d’água; grupos que
atuaram e atuam no local; processos de imigração; história de vida dos moradores associada ao
histórico de formação da área; conflitos entre uso e ocupação do solo com os cursos d’água
presentes no território. A pesquisa também deverá levantar potencialidades culturais da região, além
de habilidades, vocações ou grupos produtivos existentes para proposições de fomento ao
desenvolvimento local e de geração de renda, numa perspectiva intersetorial.
A pesquisa deverá ser realizada com atores locais dos assentamentos (líderes e pessoas de referência,
moradores e moradoras antigas, representantes de grupos e entidades que atuam no assentamento
43
e população jovem, buscando alcançar diversidade de gênero na escolha das pessoas a serem
entrevistadas, sempre que possível), com roteiro semiestruturado a ser acordado com a
CONTRATANTE.
O número de entrevistas qualitativas ou de eventos para coleta de informações pode variar de acordo
com diversas circunstâncias, tais como tamanho, complexidade e tempo de existência da
comunidade, além do grau de completude das informações prestadas. A seleção de pessoas
entrevistadas e o número de entrevistas deverão ser aprovados pela CONTRATANTE.
Para o Plano Urbanístico Integrado deverá ser considerado o número estimado mínimo de 36 (trinta
e seis) e máximo de 48 (quarenta e oito) entrevistas nas ocupações Eliana Silva, Irmã Dorothy, Camilo
Torres, Paulo Freire, Horta I e II, Nelson Mandela.
Para o Plano de Estruturação Urbano-Ambiental deverá ser considerado o número estimado mínimo
de 12 (doze) e o máximo de 16 (dezesseis) entrevistas na Vila da Laurinha e no Bairro do Sol.
A caracterização histórica desses territórios deverá conter uma “linha do tempo” das ações
administrativas e investimentos públicos, tendo como referência os dados provenientes da pesquisa
qualitativa, fontes bibliográficas e informações de relatórios de gestão da Administração Pública no
que se refere ao Orçamento Participativo e outros programas de investimentos executados ao longo
do tempo.
PRODUTO
● Listagem de todas as pessoas entrevistadas, com nome completo, nome social, gênero,
idade, grau de instrução, instituição que representa ou relação com o território, endereço e
telefone;
● Arquivos de áudio das entrevistas;
● Sistematização dos principais problemas e características do território apontados pelos
entrevistados, acompanhada de mapeamento nas situações em que for possível;
● Texto síntese contendo o histórico de formação do Distrito Industrial do Jatobá;
● Texto síntese contendo o histórico de formação, lutas, conquistas e lideranças e a
organização comunitária atual da área do Plano Urbanístico Integrado;
● Texto síntese contendo o histórico de formação, lutas, conquistas e lideranças e a
organização comunitária atual da área do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental.
44
no cartório de imóveis, a regularidade do parcelamento quanto à sua aprovação no ente público
municipal, dentre outras informações que forem importantes para a melhor compreensão da
situação fundiária do assentamento. A pesquisa de documentação de posse será realizada nas áreas
abrangidas pelo Plano Urbanístico Integrado e pelo Plano de Estruturação Urbano-Ambiental,
considerando-se um percentual de 10% a 20% dos lotes da área abrangida por esses planos
(estimados em 70 lotes, no total), de modo a obter as informações necessárias para a etapa
subsequente da pesquisa cartorária. A seleção dos imóveis a serem pesquisados quanto à posse, bem
como a definição de outros critérios para pesquisa, deverão ser feitas conjuntamente com a
CONTRATANTE.
A pesquisa de ações judiciais deverá ser realizada nos meios disponibilizados pelo Poder Judiciário e
outras fontes disponíveis, inclusive pela internet, de modo a identificar a existência de conflitos
judiciais envolvendo a posse e o domínio formal de imóveis na área, bem ainda inquéritos civis,
procedimentos preparatórios e outros procedimentos extrajudiciais de competência do Ministério
Público e da Defensoria Pública. Poderão ser disponibilizadas à CONTRATADA informações existentes
na Procuradoria-Geral do Município a respeito da temática.
Além da pesquisa de documentação de posse, deverá ser realizada a pesquisa cartorária, isto é,
levantamento de dados sobre direitos reais formalizados em relação aos imóveis na área junto aos
cartórios de registro de imóveis, bem como aos órgãos públicos responsáveis pela gestão do
patrimônio imobiliário nas esferas municipal, estadual e federal, e entes da Administração Indireta,
conforme o caso. Deverão ser pesquisadas, preferencialmente, as matrículas mencionadas ou
apresentadas durante a pesquisa de documentação de posse e pesquisa de ações judiciais. A
pesquisa cartorária será realizada em terrenos e lotes aprovados nas áreas de grandes equipamentos
econômicos do Macroplano da Região do Jatobá considerando a estimativa de 62 (sessenta e dois)
lotes nesta esta área (20% do total de lotes); 20 (vinte) lotes em todo o perímetro do Plano
Urbanístico Integrado; e 50 (cinquenta) lotes na área abrangida pelo Plano de Estruturação Urbano-
Ambiental. A seleção dos imóveis a serem pesquisados, bem como a definição de outros critérios
para pesquisa, deverão ser feitas conjuntamente com a CONTRATANTE. Vale ressaltar que as
informações pertinentes à propriedade pública municipal e decretos de utilidade pública, porventura
existentes, serão disponibilizados pela CONTRATANTE .
PRODUTO
45
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso da situação fundiária com espacialização
da sobreposição de CPs (cadastro de parcelamento aprovado) e PLs (plantas de loteamento
não registradas) e demais informações identificadas;
● Relação dos imóveis pesquisados na pesquisa cartorária com a identificação de lote,
quarteirão, matrícula e CP/PL e sua correlação com o selo atribuído à unidade pela pesquisa
de contagem de domicílios, quando for o caso;
● Texto síntese da pesquisa de documentação de posse, da pesquisa cartorária e da pesquisa
de ações judiciais;
● Relatório de caracterização dos conflitos fundiários existentes na área do Plano Urbanístico
Integrado e do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental, contendo base de dados
georreferenciada, mapa impresso e texto síntese contendo análise dos conflitos fundiários e
identificação dos condicionantes legais e normativos pertinentes.
Estima-se o número aproximado de 19.600 domicílios cuja amostra deverá ser calculada por bairro
(aproximadamente 4.460 questionários a serem aplicados). Excetua-se desse levantamento a área
abrangida pelo Plano Urbanístico Integrado que será objeto de amostragem específica.
Na área abrangida pelo Plano Urbanístico Integrado, a pesquisa deverá conter, além da identificação
do domicílio, da composição familiar e da caracterização socioeconômica da família (de acordo com
46
os critérios descritos acima), a organização comunitária e a relação com o território dos
assentamentos. Deverá ser incluído um módulo de pesquisa para levantar informações sobre o preço
do solo urbano e dos imóveis, além das formas de acesso, comercialização e aquisição no mercado
informal, de modo a ampliar as possibilidades de monitoramento para concepção de políticas de
gestão social da valorização da terra. Neste território estima-se aproximadamente 1.350 domicílios,
para o cálculo da amostra considerou-se acréscimo de 20% (aproximadamente 230 questionários a
serem aplicados).
Para seleção amostral das pesquisas, deverá ser considerado como População da Pesquisa (total de
domicílios a partir do qual será selecionada a amostra) apenas os domicílios de uso residencial ou
misto, ocupados, devendo, portanto, ser excluídos: domicílios desocupados, anexos, unidades não
residenciais (uso comercial, industrial, de serviços e os equipamentos comunitários).
As amostras deverão ser calculadas considerando uma margem de erro de no máximo 7%, com nível
de confiabilidade de pelo menos 95%, com método a ser acordado com a CONTRATANTE.
PRODUTOS
47
Plano Municipal de Mobilidade Urbana, bem como com princípios de Desenvolvimento Orientado
pelo Transporte Sustentável (DOTS).
I. Avaliação qualitativa das condições físicas superficiais das vias principais da área de estudo
(pavimentação, geometria, características operacionais), de modo a avaliar as condições de
uso, inclusive calçadas e travessias em nível e em desnível (passarelas e pontes) e identificação
e avaliação dos sistemas de drenagem associados às vias - pavimentos, guias, sarjetas e rede
de galerias (bocas de lobo, tubulações, poços de visitas e estruturas acessórias);
II. Avaliação da sinalização vertical e horizontal nas vias principais da área de estudo;
III. Estudo dos sistemas de transporte público que servem a área de estudo (linhas, pontos de
embarque e desembarque, estruturas de transbordo, capacidade e volume de passageiros) de
modo a avaliar a adequação do atendimento à população, em especial, às mulheres e meninas;
IV. Estudo da movimentação de cargas/ logística urbana e interurbana, principalmente aquelas
relacionadas às demandas das atividades industriais;
V. Pesquisa e estudo de caminhabilidade nas centralidades e no entorno da Estação Diamante,
de modo a avaliar a adequação do atendimento à população, considerando as diferentes
percepções dos pedestres segundo faixa etária, gênero e raça. A pesquisa deverá avaliar, ao
menos, os seguintes aspectos: (i) segurança viária, (ii) segurança pública, (iii) qualidade do
ambiente (ajardinamento, relação da fachada com o passeio público, iluminação pública,
mobiliário urbano), (iv) acessibilidade (qualidade das calçadas e travessias), (v) atratividade do
entorno, e (vi) barreiras urbanas (físicas e sociais). No estudo, a CONTRATADA deverá
estabelecer o Índice Técnico de Caminhabilidade6, considerando os aspectos avaliados na
pesquisa, com o objetivo de identificar os principais fatores que afetam positivamente ou
negativamente a caminhabilidade na região. O índice deverá levar em consideração o conceito
de Unidade de Vizinhança Qualificada, bem como as formas de aplicação desse conceito
praticadas pelo município. Recomenda-se a apropriação do Plano de Equidade (PEqui) do
Programa Mobilidade e Inclusão Urbana para orientações em relação às questões de gênero,
bem como a adequação a metodologias que já tenham sido utilizadas pelo Município.
6
Como referência de Índices Técnicos de Caminhabilidade, recomenda-se os índices e metodologias criados
pelo Instituto de Políticas de Transporte & Desenvolvimento (ITDP) Brasil ou SampaPé.
48
VI. Avaliação de atendimento a normas de acessibilidade e desenho universal, incluindo a
utilização dos espaços públicos por pessoas com deficiências;
VII. Pesquisa qualitativa na área do Macroplano com o intuito de determinar perfis de usuários e
padrões de deslocamento (origens, destinos, motivos, etc.), caminhabilidade, barreiras físicas,
econômicas e sociais7, acessibilidade a centralidades e equipamentos, incluindo demanda de
transbordo metropolitano na Estação Diamante. Estima-se a aplicação de cerca de 550
questionários, devendo a amostra considerar a diversidade geográfica, demográfica e de
gênero e visando à avaliação de acessibilidade das ocupações às centralidades;
VIII. Construção de rede de modelagem integrada de transportes e uso do solo para a área de
estudo, realizada em software de código livre, que permita a realização de simulações de
impacto na circulação mediante a criação de diferentes cenários de uso e ocupação do solo
(por exemplo, TRANUS). O objetivo da construção da rede é avaliar a situação atual e construir
cenários que possam proporcionar melhor compreensão do impacto (positivo e negativo) das
mudanças propostas. Essas simulações poderão, por exemplo, explicitar conexões viárias
faltantes, vias saturadas e super-utilizadas, trechos problemáticos para cruzamento de
pedestres, etc.
As atividades citadas nos itens I a III deverão incluir, pelo menos, as seguintes vias, considerando-se
o impacto na área de estudo:
Vias:
● Avenida Waldyr Soeiro Emrich
● Avenida Senador Levindo Coelho
● Avenida João Rolla Filho
● Avenida do Farol
● Avenida Perimetral
● Rua Juiz José Naves
● Avenida José Dutra Filho
● Rua Coletora
● Rua da Olaria
● Rua do Torno
● Rua Otaviano de Carvalho
● Rua Oitocentos e Sessenta e Dois
● Rua Anélio Marques Guimarães
● Rua José Roberto Fraga
● Rua Silvio Giusepe Rosso.
7
Para análise de barreiras sociais, considerar aspectos relacionados a processos de discriminações sociais,
raciais e de gênero, rivalidades presentes nos territórios, percepções a respeito da sensação de insegurança
nos caminhos (especialmente por mulheres e meninas), entre outros.
49
Figura 11: Vias a serem consideradas nas análises descritas nos itens I a IV do estudo de mobilidade e acessibilidade do
Macroplano da Região do Jatobá.
Fonte: SMPU/SUPLAN, 2022
50
Os estudos e as simulações devem considerar não apenas as demandas e distribuições modais atuais,
mas também os princípios, as diretrizes, as projeções e as metas do Plano de Mobilidade Urbana de
Belo Horizonte, sobremaneira a prioridade ao pedestre, ao transporte público e aos modos de
transporte não-motorizados.
PRODUTO
51
8.1.8.ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA
O Estudo de caracterização dos sistemas de drenagem urbana deverá avaliar o nível de atendimento
e as condições de cada sistema, com identificação dos problemas existentes e descrição das
dificuldades para ampliação dos mesmos, se for o caso.
Também deverá ser realizada a classificação do nível de risco nas áreas sujeitas a inundação em
função do grau de comprometimento das edificações e do sistema viário, compatibilizada e
atualizada com o mapa resultante dos estudos do sistema de drenagem.
Os estudos deverão considerar cadastros fornecidos pelas empresas responsáveis pela prestação dos
serviços - Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA) e Secretaria Municipal de Obras e
Infraestruturas (SMOBI) - e a realização de vistorias em campo. Deverão considerar também todos
os estudos e levantamentos sobre os serviços e estruturas do sistema público de drenagem
fornecidos pela CONTRATANTE. Cabe destacar que o estudo de caracterização do sistema de
drenagem deverá considerar os limites das sub-bacias que extrapolam a delimitação de área do
Macroplano da Região do Jatobá, mas essenciais para a análise de drenagem. Considerar as bacias
de códigos 4110109, 4110110, 4110111, 4110112 e 4110113 indicadas na Figura 10 deste Termo de
Referência e as de codigo 4110102, 4110103, 4110104 , 4110105, 4110106, 4110107, 4110108 e
4110114 indicadas na Figura 10.
52
com mancha de inundação gerada para os Tempos de Retorno (TR) de 5, 10, 25, 50 e 100 anos
anos com curvas de nível e texto sucinto da metodologia e dos parâmetros adotados; e e)
dimensionamento das estruturas de macro e microdrenagem calculados com referência no
cenário futuro do Estudo de impermeabilização do solo;
● Modelagem do comportamento hidráulico e hidrológico da rede de microdrenagem atual e da
futura rede com implementação de infraestrutura verde de manejo de águas pluviais. A
modelagem deve apresentar cálculos que indiquem a eficiência do sistema proposto, com
estimativa da redução de fluxo e escoamento superficial e efetividade, considerando a
contribuição por sub-bacia;
● Mapeamento de pontos de enxurrada, alagamento e inundação com base nos estudos
hidrológicos, hidráulicos, vistorias técnicas e em consultas à Defesa Civil, à Regional Barreiro e
à comunidade do entorno, contendo identificação de edificações, famílias e classificação de
graus de risco;
● Levantamento das áreas atualmente não atendidas pela rede de drenagem, proposição de
manutenção, desativação ou expansão de redes, como também do redimensionamento do
sistema (considerando o cenário de maior impermeabilização do solo), acompanhado da
respectiva verificação hidráulica;
● Identificação das possíveis interferências sobre o sistema e a compatibilidade entre as
dimensões das estruturas implantadas e a serem implantadas com as vazões de projeto
identificadas nos estudos hidrológicos e hidráulicos.
PRODUTO
53
8.1.9.ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA,
ESGOTAMENTO SANITÁRIO E LIMPEZA URBANA
Para os levantamentos descritos, a CONTRATADA deverá realizar reuniões junto aos órgãos
envolvidos e concessionárias de serviço, levantar informações primárias com moradores e por meio
de vistorias realizadas, preferencialmente, com técnicos da própria concessionária. No caso da área
delimitada pelo Plano Urbanístico Integrado, a Pesquisa de Contagem de Domicílios e Lotes
complementará as informações que serão utilizadas, de forma integrada, na caracterização das
condições sanitárias da região.
PRODUTO
Identificar e descrever os agentes potencializadores do risco tais como cortes verticais, lançamento
de água servida e concentração de água de chuva e os indicativos da ocorrência dos processos
(trincas no terreno e na moradia, estruturas deformadas etc).
54
Com base nessas informações, deve ser realizado um mapeamento em toda área de estudo, através
da setorização e classificação em níveis de risco (baixo, médio, alto e muito alto), conforme diretrizes
da Urbel8. Estes setores devem ser identificados e descritos, utilizando para isto o mapa de pesquisa
de contagem de domicílios para identificação das edificações em situação de risco geológico.
PRODUTO
Deverão ser realizados o levantamento de dados básicos para identificação da localização geográfica,
espécie, altura, diâmetro, copa, tronco, piso, anormalidades e interferências nas árvores presentes
nas áreas de Conexões Verdes, Centralidades locais e regionais, praças e logradouros. Quantos aos
logradouros públicos deverão ser coletadas informações referentes às árvores existentes nos
8
Classificação do risco geológico de acordo com o PEAR – Programa Estrutural em Áreas de Risco
(URBEL,2004): Nível IV (Muito Alto): O processo destrutivo encontra-se em adiantado estágio evolutivo,
constatando-se evidências e indícios claros de seu avançado desenvolvimento, com a possibilidade de
destruição imediata de moradias, não sendo necessária a observação do registro de chuvas elevadas em termos
de duração e/ou intensidade. Nível III (alto): O processo destrutivo está instalado, constatando-se indícios de
seu desenvolvimento e a possibilidade de destruição de moradias em curto espaço de tempo. É possível o
acompanhamento evolutivo do processo destrutivo na área, podendo ocorrer evolução rápida com chuva mais
intensa e/ou de longa duração. Nível II (médio): São áreas onde o processo destrutivo encontra condições
potenciais de desenvolvimento, constatando-se condicionantes físicas predispostas ao risco e/ou indícios
iniciais do desenvolvimento do processo. Nível I (baixo): São locais onde a observação de campo não detectou
indícios de instabilização aparente, sendo consideradas áreas estáveis no momento da análise.
55
afastamentos frontais dos imóveis lindeiros às vias, até à distância de cinco metros, nesses casos
deverão ser coletadas apenas informações relacionadas às espécies das árvores visíveis. O
levantamento fitossanitário deve abranger a identificação e mapeamento de indivíduos arbóreos
com pragas, doenças, parasitas, danos físicos, riscos de queda e com sistema radicular estrangulado
por calçadas ou pavimentos. A CONTRATANTE irá fornecer o regramento sobre o cadastramento das
árvores, de acordo com o sistema de informações existente.
Deverão ser realizados o levantamento de dados básicos para identificação da localização geográfica
aproximada, espécie, altura, diâmetro, copa, tronco das árvores localizadas em áreas de Conexão de
Fundo de Vale e parques e demais espaços livres de uso público existentes na região.
Para estimativa, a consultoria CONTRATADA deverá considerar a catalogação de cerca de 3.200 (três
e duzentas) árvores em logradouros públicos, além dos maciços arbóreos localizados em áreas de
conexão de fundo de vale e parques que deverão ser acordadas com a CONTRATANTE.
PRODUTO
O estudo de caracterização do Macroplano da Região do Jatobá tem como objetivo fornecer uma
análise integrada da área abrangida pelo Macroplano da Região do Jatobá, a partir dos dados e
resultados obtidos nos demais estudos e pesquisas realizados na Etapa 1, planos já elaborados no
território, dados secundários como os fornecidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio
(PNAD), e outros dados a serem disponibilizados pela CONTRATANTE. Deverão indicar, de forma clara
e objetiva, as conclusões relativas aos problemas, qualidades e potencialidades da área de estudo,
como um todo e em relação à região, considerando a perspectiva de gênero, raça e pessoas com
deficiência em suas análises. Deverão ser consideradas como referência o Estudo de Unidade de
Vizinhança Qualificada, a ser fornecido pela CONTRATANTE para síntese sobre as necessidades de
intervenções.
56
O estudo de caracterização integrada irá contribuir para a elaboração de propostas que visam a
promover o desenvolvimento sustentável na Região do Jatobá a partir das características do
território, dos conhecimentos locais, das diretrizes do Plano Diretor Municipal, e da Nova Agenda
Urbana - NAU.
O estudo deverá considerar:
● Inserção urbana e metropolitana: localização da área de estudo, articulações viárias
estruturantes, elementos estruturantes do território e principais referências da paisagem
urbana;
● Marcos paisagísticos relevantes: sítios de visadas para a Serra do Curral e para o vale do
Córrego Jatobá, lugares de valores simbólicos e coletivos para comunidade;
● Oferta de serviços: vias principais com a hierarquização do sistema viário, sentido de
circulação, condição de acessibilidade das vias, vias/trechos de vias com maior intensidade de
uso (volumes), seja por veículos ou por pedestres; centros e centralidades; acesso aos
equipamentos públicos e de uso coletivo, comércios e serviços, transporte coletivo e espaços
de lazer e sociabilidade; áreas nas quais há necessidade de implantação/adequação dos
sistemas de drenagem, abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo; áreas
de inundação;
● Usos dos espaços: espaços livres de uso público, equipamentos de uso coletivo, espaços de
lazer e convívio, destacando-se os subutilizados ou em más condições; mapeamento das
principais atividades econômicas presentes e identificação daquelas cuja região apresenta
demandas reprimidas ou potencialidades para serem desenvolvidas, tais como comércio,
suporte a atividades industriais e de moradia, serviços locais e apoio a equipamentos
comunitários, dentre outros; identificação das áreas com maiores conflitos entre os usos
residencial, não residencial e ambiental; áreas urbanas vazias ou ociosas (glebas, lotes e
edificações) e infraestrutura urbana existente; identificação das áreas com potencial para
desenvolvimento de centralidades locais;
● Atributos naturais, áreas de preservação permanente e áreas verdes: graus de preservação
ou degradação ambiental, presença de espécies vegetais nativas e exóticas, bem como suas
condições fitossanitárias; qualidade dos corpos hídricos; áreas de conectividade ambiental
existente e potencial; áreas potenciais para realização de atividades de arborização de
logradouros públicos e implantação de ELUP’S, nas suas diversas formas, considerando jardins,
mirantes, praças, parques, inclusive parques lineares, e demais áreas de contemplação, lazer
e recreação; usos antrópicos dos atributos naturais e das áreas verdes; interferências
antrópicas positivas ou negativas em áreas de preservação ambiental (revegetação de áreas;
presença de moradias ou outras construções; hortas; retirada de cobertura vegetal;
lançamento de efluentes, resíduos sólidos e/ou entulhos; etc.);
● Áreas degradadas e contaminadas: identificar e avaliar os usos, atuais ou pretéritos, do solo
e da atmosfera e os usos antrópicos com potencial poluidor; indicar alternativas técnicas de
neutralização, mitigação, remediação ou compensação da contaminação e alternativas
técnicas de recuperação ambiental de áreas degradadas;
● Preços do solo urbano: identificar e avaliar a curva de alteração de preços do solo,
considerando a base de dados do ITBI e os módulos de pesquisa inseridos sobre o tema na
57
pesquisa amostral, comparando-os com as ações administrativas e os investimentos públicos
ocorridos ao longo do tempo, a ser definido entre CONTRATADA e CONTRATANTE.
PRODUTOS:
58
● Texto síntese de análise e caracterização integrada da região do Macroplano, do Plano
Urbanístico Integrado e do Plano de Estruturação Urbano-Ambiental.
● Material ilustrado em linguagem simples, para divulgação, contendo análise e caracterização
do Macroplano da Região do Jatobá e dos Planos Urbanístico Integrado e de Estruturação
Urbano-Ambiental, utilizando mapas, apresentações, infográficos e outros elementos que
permitam a disseminação das informações para públicos distintos.
● Avaliação das condições físicas das travessias veiculares e de pedestres existentes sobre os
cursos d'água, inclusive das calçadas contíguas e travessias em nível e desnível;
● Avaliação dos sistemas de drenagem associados a vias - pavimentos, guias, sarjetas e rede de
galerias (bocas de lobo, tubulações, poços de visitas e estruturas acessórias); e
● Avaliação da sinalização vertical e horizontal nas vias principais da área de estudo;
● Avaliação das condições de iluminação nos caminhos de pedestres.
59
8.2.3.PESQUISA DE ARBORIZAÇÃO URBANA
Na área abrangida pelo Estudo de Áreas Complementares, a pesquisa de arborização urbana tem
como objetivo identificar as fitofisionomias das áreas de Conexões de Fundo de Vale, dos maciços
arbóreos e das unidades de conservação inseridas nessas áreas, a fim de subsidiar a escolha de
espécies vegetais adequadas para plantio e conservação ambiental da Região do Jatobá. Também
deverão ser listadas as principais espécies vegetais nativas encontradas, levando em consideração os
diferentes grupos sucessionais, bem como a adaptabilidade às diferentes unidades do relevo
(planícies de inundação, médias vertentes e topos de morro).
A pesquisa deverá contemplar estudo dos sistemas de drenagem considerando os limites das sub-
bacias inseridas nas Áreas Complementares. Os estudos deverão considerar cadastros fornecidos
pelas empresas responsáveis pela prestação dos serviços - Companhia de Saneamento de Minas
Gerais (COPASA) e Secretaria Municipal de Obras e Infraestruturas (SMOBI) - bem como a realização
de vistorias em campo. Deverão considerar também todos os estudos e levantamentos sobre os
serviços e estruturas do sistema público de drenagem fornecidos pela CONTRATANTE.
60
● Compilação de todos os levantamentos sobre drenagem na bacia hidrográfica fornecidos pela
CONTRATANTE (mancha de inundação, estudo da Companhia Brasileira de Projetos e
Empreendimentos, projetos implantados e a implantar);
● Estudo de impermeabilização do solo, nos cenários atual e futuro, considerando a máxima
impermeabilização permitida pelo Plano Diretor;
● Estudo hidrológico considerando as chuvas de projeto para os Tempos de Retorno (TR) de 5,
10, 25, 50 e 100 anos e os riscos a eles associados, contendo: a) as vazões de projeto calculadas
para os cenários atual e futuro do Estudo de impermeabilização do solo; e b) o cálculo do
volume de contribuição das águas pluviais;
● Avaliação do estado de conservação da galeria do Córrego Jatobá sob a Av. Delfino Francisco
Xavier, bem como sua capacidade hidráulica frente aos cenários de impermeabilização do solo
da bacia hidrográfica;
● Identificação e mapeamento de logradouros públicos com potencial para implantação de
técnicas compensatórias de drenagem, infraestruturas verdes e soluções baseadas na
natureza;
● Identificação, análise e mapeamento da instabilidade geológica de encostas em logradouros
públicos;
● Atualização dos dados referentes às áreas não atendidas pela rede de esgoto, pelo serviço de
coleta de resíduos sólidos ou pela rede de abastecimento de água;
● Identificação e mapeamento de lançamentos irregulares de esgotos sanitários e pontos de
disposição inadequada de resíduos sólidos.
PRODUTO:
I. Estudo de Áreas Complementares, compreendendo:
A. Atualização da base cartográfica das Áreas Complementares, contendo:
● Bases cartográficas atualizadas com as informações supracitadas;
● Textos sínteses sobre a atualização das bases cartográficas das Áreas
Complementares.
B. Relatório de caracterização de mobilidade e acessibilidade do Estudo de Áreas
Complementares, contendo:
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso de condição física da
pavimentação;
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso de condições físicas das
calçadas (atendimento ao código de posturas e às normas ABNT);
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso de acessibilidade,
caminhabilidade e barreiras;
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso de avaliação das
condições de sinalização.
● Texto síntese de caracterização de mobilidade e acessibilidade das Áreas
Complementares.
C. Relatório da pesquisa de cobertura vegetal do Estudo de Áreas Complementares,
contendo:
61
● Classificação das fitofisionomias, com apresentação da listagem das espécies
mais representativas de cada tipologia, discriminação dos seus grupos
sucessionais, as condições locacionais da área em que está inserida, e sua
adaptabilidade às unidades de relevo;
● Textos sínteses da metodologia utilizada e com descritivo das fitofisionomias
identificadas;
● Base de dados georreferenciada e mapa ilustrado impresso com
identificação das fitofisionomias.
D. Relatório de caracterização ambiental e sanitária do Estudo de Áreas
Complementares, contendo:
● Relatório de conhecimento dos estudos existentes elaborados pelos poderes
públicos municipal e estadual;
● Base de dados georreferenciada e mapa ilustrado impresso, contendo texto
síntese de caracterização ambiental;
● Estudo de impermeabilização do solo nos cenários atuais e futuros,
contendo quadro comparativo entre as vazões de projeto considerando os
dois cenários de simulação hidrológica, texto sucinto da metodologia e
parâmetros adotados;
● Planilha de cálculos das vazões e texto sucinto da metodologia e dos
parâmetros adotados nos estudos hidrológicos;
● Planilhas de verificação hidráulica da galeria do Córrego Jatobá sob a Av.
Delfino Francisco Xavier;
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso da mancha de inundação,
conforme resultados dos estudos hidrológicos;
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso de processos erosivos;
● Base de dados georreferenciada e mapa impresso, com texto síntese da
caracterização do sistema de abastecimento de água, esgotamento sanitário
e limpeza urbana;
● Relatório síntese do Estudo de Áreas Complementares, contendo análise e
caracterização do território sob os aspectos pesquisados, com foco nas áreas
de fundo de vale.
Esta etapa consiste na elaboração de diretrizes, programas, projetos e ações que visam à
estruturação urbana da Região do Jatobá, a partir dos dados e informações levantados e
sistematizados na Etapa 1, bem como na definição de instrumentos normativos e de gestão
necessários para a viabilização das propostas elaboradas.
Os produtos desta etapa deverão apresentar uma abordagem sistêmica e comunicativa para a
implantação de agendas integradoras do território e ter como pressuposto a promoção da inclusão
e equidade de gênero e as políticas municipais de promoção da igualdade racial e para pessoas com
deficiência, tendo como foco a construção de soluções que considerem a perspectiva de mulheres,
62
idosos, jovens, crianças, pessoas negras, povos e comunidades tradicionais, da comunidade LGBTQI+
e de grupos de pessoas com deficiência. Objetiva-se a replicabilidade do modelo construído em
outras regiões da cidade com características semelhantes.
A etapa de propostas consiste da interface entre as visões de profissionais técnicos e atores locais e
deverá ser desenvolvida considerando os seguintes passos:
b) propostas: consiste na elaboração de propostas junto aos atores locais por meio de metodologia
que considere a dinâmica das escalas dos planos (Macroplano e planos locais) e as análises de pré-
viabilidade das intervenções. Deverão ser priorizadas as soluções que minimizem os impactos sociais
e ambientais considerando, inclusive, as normas sociais e ambientais que constam no Instrumento
de Gestão Ambiental e Social do Programa de Mobilidade e Inclusão Urbana.
As propostas discutidas e apresentadas nas reuniões pelo público presente deverão ser mapeadas e
sistematizadas por meio de uma matriz de propostas, contendo:
Todo material produzido e/ou aprovado deverá conter assinatura dos participantes.
c) propostas finais: consiste na escolha de propostas finais em assembleias participativas. Esta etapa
deverá utilizar como referência a matriz de propostas elaboradas no passo b, a qual deverá ser
atualizada após aprovação das propostas;
63
A seguir, serão descritos os componentes e os produtos que deverão ser desenvolvidos nesta Etapa
do trabalho para cada um dos planos: Macroplano da Região do Jatobá, Plano Urbanístico Integrado
e Plano de Estruturação Urbano-Ambiental.
9.1.1.URBANÍSTICO-AMBIENTAIS
As propostas de intervenções urbanístico-ambientais deverão considerar os seguintes aspectos:
● ELUP’S nas suas diversas formas, considerando jardins, mirantes, praças, parques, inclusive
parques lineares e demais áreas de contemplação, lazer e recreação;
● Arborização de logradouros públicos;
● Recuperação de áreas degradadas;
● Equipamentos coletivos e comunitários;
● Outras intervenções urbanísticas-ambientais.
Deverão ser destacadas as interferências necessárias por interesse público em imóveis públicos e/ou
privados existentes, bem como as áreas, lotes ou domicílios, quando for o caso.
● cenário tendencial (business as usual): caso nenhuma intervenção e/ou política pública seja
levada a cabo, em um determinado prazo;
● cenário mínimo: mediante a execução de intervenções consideradas prioritárias em um
determinado prazo (o mesmo para o cenário 01);
● cenário ideal: mediante a execução de todas as intervenções e políticas públicas previstas no
plano em um prazo mais longo.
As alternativas deverão promover o estímulo ao uso do transporte coletivo e à mobilidade ativa, por
meio de soluções que proporcionem a melhoria do acesso e das condições de circulação de pedestres
e ciclistas, bem como de sua integração a outros modais de transporte. Em consonância com a atual
64
política de mobilidade do município, além das vias veiculares, deverão ser considerados aspectos de
conforto e segurança para pedestres e ciclistas e melhoria do acesso ao transporte público. Dessa
forma, almeja-se propor um melhor compartilhamento do espaço viário entre os diversos modos -
analisando-se a função e vocação de cada via dentro da rede, com base no conceito de Ruas
Completas.
9.1.3.DRENAGEM URBANA
As propostas de intervenções para o sistema de drenagem urbana deverão ser elaboradas de forma
sistêmica, visando ao enfrentamento dos problemas relacionados ao manejo integrado das águas
pluviais e deverão considerar os seguintes aspectos:
● Avaliação de alternativas de manejo integrado das águas pluviais para as bacias ou sub-bacias
hidrográficas, priorizando técnicas compensatórias de drenagem, infraestruturas verdes e
azuis para microdrenagem e soluções baseadas na natureza para macrodrenagem, em especial
os cursos d’água em leito natural, que promovam o retardamento do escoamento superficial,
com foco nos conceitos de dissipação de energia, de retenção, detenção, infiltração e
evapotranspiração;
● Controle e tratamento da poluição difusa por meio de infraestruturas verdes e azuis, quando
exequível;
● Tratamento para a bacia hidrográfica, considerando implantação de técnicas compensatórias
de drenagem nas ruas transversais e paralelas aos cursos d’água, bem como em logradouros
públicos, e que deverão garantir eficiência das infraestruturas implantadas para tempos de
retorno maiores, reduzindo a quantidade de água a ser lançada nas infraestruturas de micro e
macrodrenagem da bacia.
65
As propostas de saneamento deverão ser compatíveis e avaliadas com as demais intervenções
previstas nos Planos Urbanístico Integrado e de Estruturação Urbano-Ambiental, buscando a
participação social na escala local e a compatibilização das propostas discutidas nesses territórios.
66
○ necessidade de separação das águas negras e cinzas para o bom desempenho do
sistema de tratamento e viabilidade técnica e econômica de sua implantação;
○ capacidade de assimilação dos corpos receptores (autodepuração);
○ eficiência necessária para o tratamento, o que inclui a avaliação da necessidade de
um tratamento em nível terciário (remoção de nutrientes – P e N e remoção de
patógenos);
○ atendimento aos requisitos da legislação ambiental, tanto aos padrões de
lançamento quanto aos padrões de corpo receptor;
○ requisitos de área, tipo de solo e relevo compatíveis com o sistema de tratamento
a ser adotado;
○ para sistemas de tratamento que utilizem a infiltração no solo, deverá se garantir
que o lençol freático não seja contaminado;
○ questões relativas ao lodo gerado no tratamento, incluindo a sua possível
reutilização e necessidade de desinfecção desse lodo;
○ custos de construção, operação, manutenção e monitoramento;
○ avaliação dos possíveis modelos de operação, à luz do estabelecido no Convênio
PBH-COPASA, bem como da legislação vigente;
○ impactos socioeconômicos e ambientais, tais como emissão de maus odores,
ruídos, atração de vetores e outros incômodos à população vizinha.
9.1.5.JURÍDICO-LEGAIS E INSTITUCIONAIS
Deverão ser indicadas as ações jurídicas e administrativas necessárias para viabilizar a solução de
passivos legais e urbanísticos decorrentes da aprovação, do licenciamento e da implantação da
Mancha B do Distrito Industrial, considerando a legislação urbanística e ambiental nos níveis
municipal, estadual e federal, de normas e regulamentações pertinentes aos aspectos encontrados
na área de estudo.
67
particulares, situação dos parcelamentos de solo aprovados, condicionantes e impedimentos,
com identificação do passivo em relação aos processos de parcelamento e licenciamento
ambiental, caso existam;
● A identificação de ocupações em áreas públicas, quando couber;
● A verificação da existência de ações judiciais;
● A identificação de áreas que são objeto de servidão para as concessionárias de serviço público;
dentre outras situações que envolvam conflitos em relação ao uso e à propriedade formal;
● Ações jurídicas e administrativas necessárias para viabilizar as propostas, como a regularização
do domínio e titulação dos ocupantes;
● Estrutura institucional e de gestão pública para tratar as situações que envolvem o distrito
industrial.
9.1.6.SOCIOECONÔMICAS E ORGANIZATIVAS
Além das propostas construídas no processo participativo, deverá ser elaborado pela CONTRATADA,
em conjunto com o Grupo Gestor do Macroplano - GGM, um Programa para adesão das indústrias
locais que envolva:
68
● Participação em modelos de moedas locais que promovam a sustentabilidade e a inclusão
social;
● Apoio ao uso de outros modais como meio de transporte, pelos funcionários e funcionárias;
● Promoção de programas de educação ambiental; e
● Formação e contratação de mão de obra local.
PRODUTOS
69
G. Texto síntese contendo a indicação e a descrição de recomendações em relação a
estrutura institucional e de gestão pública, com vistas à execução das propostas
definidas no Programa de Desenvolvimento Estratégico da Região do Jatobá;
H. Estudo de viabilidade econômica do Programa para adesão das indústrias locais do
Macroplano da Região do Jatobá, com indicação de linhas de financiamento
existentes;
I. Modelo de gestão do Programa para adesão das indústrias locais do Macroplano da
Região do Jatobá, que garanta a participação de atores locais com aferição dos
ganhos ambientais, sociais e econômicos.
9.2.1.URBANÍSTICO-AMBIENTAIS
As propostas de intervenções urbanístico-ambientais deverão considerar os seguintes aspectos:
● ELUP’S, nas suas diversas formas, considerando jardins, mirantes, praças, parques, inclusive
parques lineares, e demais áreas de contemplação, lazer e recreação;
● Arborização de logradouros públicos;
● Áreas potenciais para equipamentos coletivos e comunitários;
● Áreas potenciais para reassentamento;
● Outras intervenções urbanístico-ambientais.
A partir das propostas, deverá ser realizado um mapeamento das interferências em imóveis públicos
ou privados e das áreas, lotes ou estabelecimentos indicados para desapropriação ou remoção
parcial ou total, destacando as propostas originadas de demandas específicas das comunidades.
Para os imóveis com indicativo inicial de remoção deverá ser realizada a Pesquisa de Padrão
Construtivo, que visa a avaliar as características construtivas e condição de habitabilidade das
unidades que sofrerão interferências (domicílios ou estabelecimentos) e estimar seu valor (custo do
70
m² x área) para subsidiar as propostas de intervenção. A Pesquisa deverá atender às especificações
metodológicas da CONTRATANTE.
Além dos aspectos descritos na temática de Mobilidade Urbana do Macroplano da Região do Jatobá
(item 9.1.2), na área abrangida pelo Plano Urbanístico Integrado, as propostas relacionadas à
mobilidade deverão considerar as intervenções urbanístico-ambientais, com detalhamento e
indicação das principais características físicas e funcionais e das soluções técnicas adotadas para as
vias/trechos de vias a serem abertas e/ou urbanizadas.
As propostas para vias veiculares, mistas e de pedestres deverão considerar os seguintes aspectos:
Essas soluções deverão ser agrupadas em tipologias viárias e, para cada tipologia viária definida, deve
ser elaborada e inserida no mapa uma seção transversal esquemática (seção tipo).
Para fins da proposição de execução de obras e hierarquização das intervenções, uma via poderá ser
dividida em trechos, numerados e indicados no mapa.
71
As propostas de intervenções geotécnicas deverão priorizar soluções baseadas na natureza e
infraestruturas verdes e azuis, quando possível. Deverão ser incluídas, quando necessárias, as
indicações de soluções que incluem as contenções padronizadas (muros em concretos, blocos ou
gabiões), tratamentos superficiais (retaludamentos, revegetação de solos grampeados) e demais
obras complementares como dispositivos de drenagem.
Para as propostas de intervenções finais, deverão ser elaboradas seções transversais e longitudinais
que demonstrem a viabilidade da proposta e que possam subsidiar as estimativas de quantitativos e
custos, inclusive das intervenções necessárias para implantação do sistema viário.
9.2.4.JURÍDICO-LEGAIS E INSTITUCIONAIS
9.2.5.SOCIOECONÔMICAS E ORGANIZATIVAS
72
● Acesso aos equipamentos de educação, saúde e assistência social;
● Acesso ao lazer e à cultura;
● Geração de trabalho e renda;
● Segurança;
● Organização e mobilização comunitárias;
● Inserção econômica e fortalecimento ou criação de grupos organizados e representativos, e
outros temas levantados pelas comunidades; e
● Ações de acompanhamento social das famílias no caso de indicativos de remoção.
PRODUTOS
73
D. Estudo de implantação e aproveitamento das áreas potenciais para reassentamento,
considerando as diretrizes e os programas da Política Municipal de Habitação, bem
como o Plano Municipal de Equidade de Gênero;
E. Estudos de traçado referentes a propostas de intervenções viárias e na circulação no
Plano Urbanístico Integrado;
F. Seção transversal esquemática (seções-tipo) referentes a propostas de intervenção
viária no Plano Urbanístico Integrado;
G. Seções geotécnicas relativas ao sistema-viário no Plano Urbanístico Integrado;
H. Base de dados e mapa ilustrado impresso de tipologias viárias propostas no Plano
Urbanístico Integrado, contendo esquemas e textos explicativos;
I. Seções longitudinais e transversais das alternativas de intervenções geotécnicas no
Plano Urbanístico Integrado;
J. Texto preliminar das minutas de projeto de lei, decretos e normativos que se fizerem
necessários para a viabilização das propostas previstas para o Plano Urbanístico
Integrado;
K. Programas de desenvolvimento social e econômico local do Plano Urbanístico
Integrado com foco nas oportunidades e interesses identificados, com plano de ação;
L. Plano de ação de acompanhamento social das famílias, em casos de indicativo de
remoção, em consonância com a Política Municipal de Habitação;
M. Guia de instituições da região, a ser entregue nos domicílios abrangidos pelo Plano
Urbanístico Integrado.
9.3.1.URBANÍSTICO-AMBIENTAIS
As propostas de intervenções urbanístico-ambientais deverão considerar os seguintes aspectos:
74
● O detalhamento das soluções de saneamento e de consolidação geotécnica, quando se decidir
pela consolidação total ou parcial dos assentamentos abrangidos pelas conexões de fundo de
vale; e
● O aproveitamento de áreas remanescentes de intervenções, quando possível.
A indicação de remoção deverá ser considerada em situações de risco ambiental, conforme
determinado nas diretrizes e nos programas da Política Municipal de Habitação e o Plano Municipal
de Equidade de Gênero vigente, e no caso de intervenções consideradas imprescindíveis para a
estruturação e qualificação ambiental da área, cuja viabilidade técnica seja comprometida pela
manutenção da situação atual de ocupação.
Para os imóveis com indicativo de remoção deverá ser realizada a Pesquisa de Padrão Construtivo,
que visa a avaliar as características construtivas das unidades que sofrerão interferências (domicílios
ou estabelecimentos) e permitir uma estimativa preliminar de seu valor (custo do m² x área) para
subsidiar as propostas de intervenção. Seu desenvolvimento deverá atender às especificações
metodológicas da CONTRATANTE, conforme descrito no Anexo III.
Além dos aspectos incluídos no item 7.1.2 (Propostas de Mobilidade Urbana do Macroplano da
Região do Jatobá), na área abrangida pelo Plano de Estruturação Urbano-Ambiental, as propostas
relacionadas à mobilidade deverão considerar as intervenções urbanísticas-ambientais, com
detalhamento e indicação das principais características físicas e funcionais e das soluções técnicas
adotadas para as vias/trechos de vias a serem abertas e/ou urbanizadas. Deverão ser propostas
soluções para garantir o acesso público aos parques lineares e as transposições de rios e córregos
que forem necessárias, estabelecendo tipologias específicas.
Essas soluções deverão ser agrupadas em tipologias viárias e, para cada tipologia viária definida, deve
ser elaborada e inserida no mapa uma seção transversal esquemática (seção tipo).
Para fins da proposição de execução de obras e hierarquização das intervenções, uma via poderá ser
dividida em trechos, numerados e indicados no mapa.
9.3.3.INTERVENÇÕES GEOTÉCNICAS
75
Para cada da alternativa de intervenção, deverão ser elaboradas seções transversais e longitudinais
que demonstrem a viabilidade da proposta e que possam subsidiar as estimativas de quantitativos e
custos, inclusive das intervenções necessárias para implantação do sistema viário de suporte à
reestruturação ambiental.
9.3.4.JURÍDICO-LEGAIS E INSTITUCIONAIS
Deverão ser indicadas as ações jurídicas e administrativas necessárias à execução das intervenções
indicadas, bem como as sugestões de aprimoramento jurídico-legal das políticas de remoção e
reassentamento.
Para as áreas indicadas para consolidação situadas na área do Plano de Estruturação Urbano-
Ambiental deverão ser apontadas as soluções de promoção de regularização fundiária (urbanística
e dominial), seguindo as mesmas diretrizes da área delimitada pelo Plano Urbanístico Integrado.
9.3.5.SOCIOECONÔMICAS E ORGANIZATIVAS
Na área abrangida pelo Plano de Estruturação Urbano-Ambiental, as propostas socioeconômicas e
organizativas deverão contemplar a construção de alternativas para atendimento às demandas das
populações envolvidas. Deverão também estar relacionadas ao aprimoramento da organização
social, voltada para a conservação e preservação ambiental, bem como às políticas de remoção e
reassentamento que afetarão parte das famílias residentes. Tais proposições deverão estar
condizentes e articuladas com as políticas públicas vigentes, como também com as iniciativas
desenvolvidas pelas comunidades locais.
76
● Conservação e preservação ambiental;
● Plano de manejo para o Parque Carlos de Faria Tavares da Vila Pinho;
● Usos sustentáveis compatíveis com a preservação ambiental, por exemplo, agricultura urbana
e manejo de agroflorestas; e
● Modelos de gestão participativa.
PRODUTOS
77
H. Base de dados e mapa ilustrado impresso de tipologias viárias propostas no Plano de
Estruturação Urbano-Ambiental, contendo esquemas e textos explicativos;
I. Seções longitudinais e transversais das alternativas de intervenções geotécnicas no
Plano de Estruturação Urbano-Ambiental;
J. Texto preliminar das minutas de projeto de lei, decretos e normativos que se fizerem
necessários para a viabilização das propostas previstas para o Plano de Estruturação
Urbano-Ambiental;
K. Programas de desenvolvimento social e econômico local do Plano de Estruturação
Urbano-Ambiental, com foco nas oportunidades e interesses identificados, com
plano de ação.
Nesta etapa do trabalho deverá ser elaborado um Plano de Investimentos e de Ação em que conste
a relação das intervenções propostas, critérios técnicos de priorização, como custo, viabilidade e
nível de impacto, as prioridades das comunidades abarcadas, dentre outros critérios relevantes. As
intervenções deverão ser agrupadas por etapas e considerando o Macroplano da Região do Jatobá,
o Plano Urbanístico Integrado e o Plano de Estruturação Urbano-Ambiental separadamente.
Na elaboração de custos, deverá ser previsto o custo de capacitação de mão de obra local para
realização de intervenções e acrescido um valor relativo a mobilização social, calculado de modo a
considerar um percentual em torno de 2,5% a 3,0% sobre o valor do total dos demais investimentos.
Esse percentual deverá ser confirmado junto à CONTRATANTE quando da elaboração da planilha de
quantitativos.
O planejamento das ações e dos investimentos deverá ser aprovado em processo participativo e
separado por plano, considerando as suas escalas e relações.
PRODUTOS
78
11. EQUIPE DE TRABALHO
● Declaração assinada por cada profissional da equipe chave de permanência no projeto até a
conclusão do mesmo;
● Identificação dos profissionais alocados ao projeto da equipe chave.
Os perfis profissionais descritos no subitem abaixo, para Equipe Chave, devem ser considerados
como necessários para a CONSULTORA atender ao escopo do presente Termo de Referência. Vale
ressaltar que a avaliação irá considerar a adequação e a experiência dos componentes da Equipe
Chave apresentada pelas Proponentes como integrantes do seu quadro de pessoal,
preferencialmente fluentes em português.
Cada Proponente deverá apresentar nas suas Propostas (Técnica e de Preços), a composição de
profissionais que, a seu critério, julgar mais adequada para execução dos serviços, respeitadas as
quantidades mínimas indicadas na Folha de Dados.
A Equipe de Apoio descrita no subitem abaixo é meramente sugestiva e não será avaliada.
79
80
11.2. EQUIPE DE APOIO SUGERIDA
A relação sugerida a seguir deve ser considerada apenas como referência, de modo a permitir um
mesmo entendimento, pelas Proponentes, da expectativa da CONTRATANTE em relação ao pessoal
de apoio necessário para execução dos serviços objeto do presente Termo de Referência.
A contratada deverá apresentar os produtos organizados para cada um dos planos (Macroplano da
Região do Jatobá, Plano Urbanístico Integrado, Plano de Estruturação Urbano-Ambiental e Estudo de
Áreas Complementares), conforme aplicável, formalizando a entrega dos produtos concluídos.
81
Deverão ser registradas em ofício junto aos relatórios as ações realizadas no período e eventuais
imprevistos que possam alterar o planejamento inicial, bem como indicadas as propostas de
adequação, se for o caso.
A contratada deverá apresentar relatório descrevendo o planejamento das atividades visando o fiel
cumprimento do cronograma físico, demonstrando a sua organização e condições para executar cada
etapa, em conformidade com os itens: 7. AÇÃO CONTÍNUA: MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL;
8. ETAPA 1: PESQUISAS PRIMÁRIAS E ESTUDOS FUNDAMENTAIS; 9. ETAPA 2: PROPOSTAS DE
INTERVENÇÕES; e 10. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES E INVESTIMENTOS.
82
● 8.1.6. Pesquisa Amostral Socioeconômica Organizativa
● 8.1.7. Estudo de Mobilidade e Acessibilidade
● 8.1.8. Estudo de Caracterização dos Sistemas de Drenagem Urbana
● 8.1.9. Estudo de Caracterização dos Sistemas de Abastecimento de Água,
Esgotamento Sanitário e Limpeza Urbana
● 8.1.10. Estudo de Risco Geológico-Geotécnico
● 8.1.11. Pesquisa de Arborização Urbana
● 8.1.12. Estudo de Caracterização Integrada do Macroplano da Região do Jatobá
E relatórios das atividades participativas ocorridas na Etapa 1, conforme produtos indicados nos
subitens :
Deverá considerar o escopo e conter os produtos indicados no componente 8.2. ESTUDO DE ÁREAS
COMPLEMENTARES e seus subitens:
Deverá considerar o escopo indicado no item 9.2. PLANO URBANÍSTICO INTEGRADO, subitens 9.2.3.
Intervenções Geotécnicas e 9.2.4. Jurídico-Legais e Institucionais, Produto:
Deverá considerar o escopo contido no item 9.1. MACROPLANO DA REGIÃO DO JATOBÁ referentes
aos subitens: 9.1.3. Drenagem Urbana e 9.1.4. Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário e
Limpeza Urbana, Produto:
83
ENTREGA 9 - PROPOSTAS DO MACROPLANO DA REGIÃO DO JATOBÁ
Deverá considerar o escopo contido no item 9.1. MACROPLANO DA REGIÃO DO JATOBÁ, subitens
9.1.1 Urbanístico Ambientais, 9.1.2 Mobilidade e Acessibilidade Urbana, 9.1.3 Drenagem Urbana,
9.1.4 Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário e Limpeza Urbana; 9.1.5 Juridico-Legais e
Institucionais, 9.1.6 Socioeconômicas e Organizativas, Produto:
Deverá considerar o escopo contido no item 9.1. MACROPLANO DA REGIÃO DO JATOBÁ, subitens
9.1.1 Urbanístico Ambientais, 9.1.2 Mobilidade e Acessibilidade Urbana, 9.1.3 Drenagem Urbana,
9.1.4 Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário e Limpeza Urbana; 9.1.5 Juridico-Legais e
Institucionais, 9.1.6 Socioeconômicas e Organizativas, Produto:
Deverá considerar o escopo contido no item 9.2. PLANO URBANÍSTICO INTEGRADO, subitens 9.1.1
Urbanístico Ambientais, 9.1.2 Mobilidade e Acessibilidade Urbana, 9.1.3 Intervenções Geotécnicas
9.1.4. Jurídico-Legais e Institucionais, 9.1.6 Socioeconômicas e Organizativas, Produtos:
Deverá considerar o escopo contido no item 9.2. PLANO URBANÍSTICO INTEGRADO, subitens 9.1.1
Urbanístico Ambientais, 9.1.2 Mobilidade e Acessibilidade Urbana, 9.1.3 Intervenções Geotécnicas
9.1.4. Jurídico-Legais e Institucionais, 9.1.6 Socioeconômicas e Organizativas, Produtos:
84
Relatório das atividades participativas referentes às propostas para a área do Plano de Estruturação
Urbano-Ambiental, conforme produtos indicados nos componentes 7.2. MOBILIZAÇÃO E
PARTICIPAÇÃO SOCIAL:
O produto, indicado no item 10. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES E INVESTIMENTOS, deste TR:
Os relatórios e produtos deverão ser entregues em sua integralidade conforme item 12 deste Termo
de Referência, quesito indispensável para medição dos mesmos. A falta de um ou mais documentos,
mapas ou serviços impedirá a avaliação dos demais e o produto será considerado não entregue.
Todos os produtos deverão ser redigidos em português do Brasil. Todos os documentos impressos
deverão ser entregues em formato A4 ou em formatos compatíveis com as escalas de mapas e as
85
outras ilustrações, dobrados neste padrão e ordenados de forma a facilitar a leitura e a análise do
material; com encadernação em espiral e capa plástica.
Junto ao material impresso, deverão ser entregues todos os arquivos em formato digital, editáveis.
As bases cartográficas vetoriais de todos os mapas devem ser entregues em arquivos de formato
GEOPACKAGE; as bases cartográficas matriciais devem ser entregues em formato raster do tipo TIFF,
com resolução compatível com a escala utilizada. Tanto as bases vetoriais quanto matriciais devem
ser disponibilizadas com sistema de coordenadas de referência em projeção UTM, Datum SIRGAS
2000, Zona 23S e ser acompanhadas de dicionário de dados e metadados9. As fotografias
apresentadas devem estar digitalizadas com resolução mínima de 150 dpi e máxima de 600 dpi. Os
arquivos em meio digital devem ser entregues em pendrive ou outro dispositivo móvel adequado ao
uso pela CONTRATANTE. Não serão aceitos materiais sem identificação que contenham, no mínimo,
título, numeração por produto, equipe técnica envolvida e data de entrega.
Os produtos deverão ser entregues em relatórios organizados conforme item anterior, agregando
textos, mapas, croquis, fotografias, gráficos, tabelas e outros meios de diagramação das informações
que permitam o completo entendimento dos dados coletados, suas sobreposições e análises. É
importante que as informações coletadas sejam, sempre que possível, espacializadas em mapas
temáticos. Cada aspecto levantado em dados secundários e em campo deve conformar camadas
capazes de serem sobrepostas para análises.
O pagamento será por RELATÓRIO considerado em conformidade e será feito uma única vez,
independentemente do número de correções realizadas. Excepcionalmente, poderá ser aceito pela
CONTRATANTE RELATÓRIO com pendência ou correções que possam ser apresentadas em
RELATÓRIO subsequente, sem prejuízo para a continuidade dos trabalhos.
Cada RELATÓRIO deverá incorporar as respostas às pendências e correções dos produtos a ele
anteriores, quando for o caso. A incompletude ou a não aceitação de algum produto poderá
ocasionar a paralisação dos trabalhos até que as pendências sejam sanadas.
9
Prodabel, 2017. Teoria e conceitos sobre a transformação do referencial geodésico para Sirgas 2000.
Disponível em:
https://bhgeo.pbh.gov.br/sites/bhgeo.pbh.gov.br/files/pdf/conceitos_transformacao_referencial_geodesico_
sirgas2000.pdf
86
solicitações dessas versões incrementais deverão ser realizadas com antecedência mínima acordada
com a CONTRATADA e poderão motivar reuniões de interfaces.
87
● Instrumento de Gestão Ambiental e Social do Programa de Mobilidade e Inclusão Urbana:
https://prefeitura.pbh.gov.br/obras-e-
infraestrutura/informacoes/publicacoes/instrumentos-gestao-riscos-ambientais-sociais
● Base digital de dados espacializados, disponível na plataforma BHMAPS:
http://bhmap.pbh.gov.br/
● Plano Municipal Para Pessoas com Deficiência:
http://portal6.pbh.gov.br/dom/Files/dom09122019-cmdpd1-internet-
anexo%20resolucao%20cmdpd%2006-
19%20plano%20municipal%20para%20pessoas%20com%20deficiencia.pdf
● Plano Municipal de Promoção da Igualdade Racial:
https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-
governo/smasac/2020/Planos%20Municipais/Resolucao%20COMPIR%2001-
19%20Plano%20Municipal%20de%20Igualdade%20Racial%20(1).pdf
● Resolução LII do Conselho Municipal de Habitação - CMH:
https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-
governo/urbel/Resolu%C3%A7%C3%A3o_52.pdf
● Teoria e conceitos sobre a transformação do referencial geodésico para Sirgas 2000:
https://bhgeo.pbh.gov.br/sites/bhgeo.pbh.gov.br/files/pdf/conceitos_transformacao_referencial_ge
odesico_sirgas2000.pdf
Os serviços deverão ser elaborados de acordo com este Termo de Referência e com procedimentos
específicos a serem repassados pela CONTRATANTE quando da assinatura da Ordem de Serviço (tais
como padronização gráfica de mapas, preenchimento de formulários e de banco de dados),
respeitando-se a legislação urbanística e ambiental nos níveis municipal, estadual e federal,
particularmente as leis municipais n.º 11.181/19, 8.616/03, 9.074/05, a Lei Estadual n.º 20.922/13 e
as leis federais n.º 6.766/79, 12.651/12, 13.465/17, bem como suas alterações e decretos
regulamentadores e, sempre que houver, as resoluções e deliberações expedidas pelos conselhos de
política urbana, ambiental e de habitação, em todas as suas esferas de representação (Federal,
Estadual e Municipal). Deverão respeitar também a Política Municipal de Habitação e os planos
municipais de Equidade de Gênero, de Promoção da Igualdade Racial e de Políticas para Pessoas com
Deficiência.
88
A CONTRATADA e eventuais subcontratadas deverão observar os requisitos de Segurança do
Trabalho, a Lei Federal n.º 6.514/77, as Normas Regulamentadoras da Portaria nº 3.214/78 do extinto
Ministério de Estado do Trabalho, as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e,
quando a legislação brasileira for omissa, as normas internacionais aplicáveis.
89
90
José Júlio Rodrigues Vieira
Secretaria Municipal de Política Urbana
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
91
ANEXO I: TOPOGRAFIA
Esse levantamento tem como objetivo subsidiar os estudos de viabilidade relacionados às propostas
resultantes dos processos participativos e das análises técnicas e seus detalhamentos quanto ao
sistema viário, áreas ambientais e as conexões de fundo de vale. Deverão ser levantados todos os
elementos e as interferências encontrados no campo com a finalidade de modelar e representar de
forma fidedigna a realidade encontrada, apontando limites, confrontações e elementos indicados.
O LEPAC deverá ser executado de acordo com norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) nº NBR 13.133 e atender os seguintes requisitos:
A CONTRATANTE definirá um código de identificação para cada Marco e fornecerá arquivo Excel com
modelo para elaboração das devidas Monografias.
92
Levantamento Planialtimétrico Cadastral
Deverão ser levantados os seguintes elementos/feições e representados em escala compatível ao
objetivo do levantamento:
Representação da Planimetria:
● Levantamento do contorno das quadras, detectando em suas testadas todas as inflexões
horizontais, bem como as arestas de tamanho igual ou superior a 10 centímetros;
○ Os elementos de testada serão levantados em suas faces voltadas para o sistema viário;
○ Seu elemento definidor (muro, edificação, cerca, tapume, linha seca, etc.) deverá ser
representado segundo padrão e “layer” próprios;
● Levantamento do logradouro: eixo, bordos da pista, sarjeta, meio-fio (pé e crista), ciclovias,
ciclofaixas, canteiros centrais, sinalização horizontal e vertical para veículos e pedestres
(faixas de pedestres, placas, radares, rotatórias, semáforos, etc.), passeio, acessos às
edificações e benfeitorias (escada, rampas, garagem, rebaixo de meio-fio, testadas dos lotes,
desnível entre meio-fio e sarjeta, pé e crista do meio-fio) e outros elementos que possam ser
relevantes ao projeto, identificando as larguras das vias, passeios e canteiros;
● Levantamento das divisas entre os lotes e ou ocupações, individualizando-os, detectando em
seu perímetro todas as inflexões horizontais, bem como as arestas de tamanho igual ou
superior a 10 centímetros;
○ As divisas serão levantadas no eixo dos seus elementos definidores;
○ Diferentemente das testadas, não será necessário representar o seu elemento definidor;
● Levantamento da silhueta de contorno das edificações, individualizando-as e detectando
todas as inflexões horizontais iguais ou superiores a 10 centímetros.
○ As edificações multifamiliares cujas projeções horizontais possam ser individualizadas ao
nível do solo terão as unidades identificadas por diferentes polígonos de diferentes
hachuras. Também será indicado o quantitativo de níveis, em edificações com mais de um
pavimento.
● Levantamento das benfeitorias inscritas aos lotes tais como: Muros; cercas; tapumes;
escadas; cisternas; caramanchões e outros afins;
● Identificação das edificações com sua numeração postal;
● Indicação da toponímia local;
● Levantamento dos elementos de infraestrutura urbana e equipamentos tais como: bancas
de revista; bancos; áreas de circulação em praças e parques; caixas de inspeção e controle
de concessionárias de serviços públicos; esculturas; orelhões; meio-fio; postes e fiação de
energia; canteiros; todos os dispositivos dos sistemas de drenagem, abastecimento de água,
esgotamento sanitário e coleta de lixo (redes, poços de visita, caixas de passagem, bocas de
lobo, poços luminares, galerias, canaletas, sarjetas, cestos de coleta de lixo, etc.), com os
respectivos diâmetros, material, sentidos de fluxo e cotas de topo e de fundo, quando
houver; grades pluviais; taludes e barrancos relevantes (com contorno de suas cristas e pés);
contenções; arrimos; gabiões; escadarias públicas; pontes; passarelas e outros afins; torres
de energia elétrica (alta tensão) e fiação.
● Levantamento dos elementos naturais tais como: cursos e corpos d’água com sentido de
escoamento; nascentes e surgências d’água encontradas; afloramentos rochosos; erosões
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e voçorocas; ravinas; talvegues; barrancos (pé e crista), e outros afins.
● Levantamento da vegetação: levantamento das áreas ajardinadas ou arborizadas em
terrenos públicos ou privados, parques, praças, canteiros centrais e passeios e dos
remanescentes florestais nativos e vegetação de áreas antropizadas. Deverá ser identificado
o tipo de vegetação (jardim, gramado, pastagem, vegetação herbácea, cultura agrícola,
horta, etc), a indicação da área ocupada, a quantidade de indivíduos e a área de projeção da
copa em situações a serem acordadas como necessárias.
Representação da Altimetria:
● Levantamento das altitudes ortométricas de todos os pontos representativos das feições
elencadas na Representação da Planimetria acima
○ Os elementos relacionados às redes hidrossanitárias, (caixas, PVs, PLs, BLs, etc.), deverão
ter suas altitudes ortométricas de topo levantadas, e no caso dos PVs, incluir o
levantamento das cotas de fundo;
● Levantamento das altitudes ortométricas das soleiras das portas de acesso às edificações,
bem como das soleiras dos portões de acesso aos lotes, sejam de pedestres ou de garagem;
● Levantamento das cotas das margens e do fundo de rios, córregos, valas etc e das estruturas
ou pontos de lançamentos de contribuições nos corpos d’água e galerias;
● Levantamento de todas as outras inflexões verticais necessárias à adequada representação
do Modelo Digital e Gráfico do terreno;
○ É fundamental que elementos e feições que sejam definidores de desníveis, tenham suas
altitudes de pé e topo levantadas. Ex: Arrimos, gabiões, taludes, baldrames, meio-fios,
canaletas, escadas, rampas, etc.;
○ Também deverão ser levantados os planos inclinados, segmentando tantas facetas,
quanto às mudanças de inclinação indicarem;
● As curvas de nível deverão ser geradas com a equidistância vertical de 1 (um) metro, ficando
a critério da CONTRATANTE a solicitação de outros espaçamentos, quando necessário.
Em relação à toponímia, os nomes dos lugares devem ser coletados e anotados nos croquis e, na
planta do levantamento do topográfico, todos os lugares devem estar identificados. Os nomes de
regionais, bairros, logradouros, praças, monumentos, prédios públicos, museus, equipamentos
urbanos, cursos d’água, etc. devem estar de acordo com as bases oficiais. Para tanto, devem ser
consultados os dados disponíveis no BH Maps, no Sistema de Informações Urbanísticas e Endereços
(SIURBE) e demais órgãos oficiais.
Ao final dos levantamentos deve ser apresentado os croquis de campo de forma clara e legível, um
relatório contendo todos os dados, com descrição dos trabalhos realizados, do procedimento de
cálculo adotado, incluindo planilha de cálculo das poligonais, e o cadastro de cada marco, incluindo
a descrição de sua materialização, seus croquis, a amarração em relação aos acidentes mais
próximos, e suas coordenadas UTM e cota, a fim de permitir sua localização, identificação,
reconstituição e utilização. Acompanhará o relatório, a planta das áreas e faixas levantadas, em
arquivo formato .dwg, com a localização dos elementos cadastrados apresentados em escala
adequada.
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ANEXO II
Nos demais materiais produzidos e apresentados (textos, tabelas, etc.), as unidades não
residenciais/mistas devem ser denominadas estabelecimentos (usos de serviço, comércio, indústria
e equipamentos coletivos/comunitários).
Objetivos da pesquisa:
Os domicílios, no âmbito das pesquisas e banco de dados relativos aos Planos supracitados, podem
ser de seis tipos, de acordo com o seu uso:
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C. Comercial: unidade onde são desenvolvidas atividades econômicas ligadas ao consumo da
população, tais como padarias, mercearias, açougues, farmácias, papelarias, sacolões, depósitos
de materiais de construção, etc.
D. Industrial: unidade onde são desenvolvidas atividades de manufatura e transformação
industrial.
E. Misto: unidade que, além de se caracterizar pelo uso residencial, é utilizada também para a
realização de outra atividade com fins econômicos (serviço, comércio ou indústria). O uso misto,
nesse caso, refere-se ao domicílio, e não à edificação. O que caracteriza o uso misto de um
domicílio é a dependência de acesso entre as áreas destinadas ao uso residencial e ao uso não
residencial, independentemente se a atividade econômica é realizada em área interna, contígua
ou externa (anexo) à edificação principal.
F. Equipamento coletivo ou comunitário: unidade, pública ou privada, destinada à educação,
saúde, cultura, lazer, segurança ou similares.
G. Anexos: são partes externas do domicílio, separadas fisicamente da edificação principal e que
não atendem a todos os requisitos para que sejam consideradas outro domicílio. Exemplos:
cômodos externos de apoio à moradia (banheiros, cozinhas, áreas de serviço, quartos,
depósitos, garagens, etc.), barracão ou cômodo nos fundos sem entrada independente ou usado
por morador sem autonomia em relação ao núcleo familiar, cômodos usados para atividades
com fins econômicos que não possuam entrada independente.
Observações:
A. Preparação:
● De posse da Base Cartográfica a ser fornecida pela CONTRATANTE para fins da realização
dessa pesquisa, dividir a área de estudo em quadras. Essa divisão deverá ser aprovada pela
CONTRATANTE.
● No mapa preliminar de Contagem de Domicílios, numerar as quadras sequencialmente. O
critério para numeração dos selos será fornecido pela CONTRATANTE e inclui o número das
quadras.
● De posse do formulário de pesquisa fornecido pela CONTRATANTE, com o nome do
empreendimento preenchido, providenciar as cópias necessárias.
B. Equipe de pesquisa: duplas de estagiários sob coordenação do arquiteto e urbanista
responsável.
C. Realização da pesquisa:
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● Para cada quadra, convencionar um ponto de início.
● Contornar a quadra no sentido horário, numerando os domicílios pesquisados
sequencialmente, até “fechar” a quadra:
● Para cada domicílio ou anexo pesquisado, entregar um selo ao ocupante, com o número
atribuído ao domicílio ou anexo.
● Anotar o número do selo no mapa e na planilha de Contagem de Domicílios e de Lotes,
assim como as demais informações solicitadas no formulário (ver modelo de formulário).
● Quando não for possível contar um domicílio, pela ausência do ocupante ou por algum outro
motivo, reservar o selo correspondente e retornar ao local em outro dia ou horário (na
dúvida sobre a existência de um ou mais domicílios, reservar apenas 1 selo).
● Quando, em uma edificação, houver mais de um domicílio, contá-los seguindo a ordem dos
acessos, sempre no sentido horário, independentemente do pavimento ocupado pelo
domicílio.
● Repetir o procedimento em toda a área de estudo.
● A pesquisa pode ser feita simultaneamente em diferentes quadras.
Os dados levantados devem ser digitados diretamente no Banco de Dados, via web, de acordo com
as orientações repassadas pela CONTRATANTE.
O cadastro dos usuários que necessitarão acessar o banco de dados, seja para consulta ou digitação,
deverá ser solicitado à CONTRATANTE, informando: o nome completo, o CPF, o telefone e o e-mail
para contato. Essa solicitação deverá ser feita com antecedência mínima de 15 dias.
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ANEXO III
Essa pesquisa deve ser realizada em áreas onde há expectativa de indicação de remoções em função
de intervenções e/ou impossibilidade de regularização e visa avaliar as características construtivas
das unidades (domicílios ou estabelecimentos) e permitir uma estimativa de seu valor (custo do m²
x área) para subsidiar as propostas de intervenção para o assentamento.
A. Preparação:
● De posse do Mapa de Contagem de Domicílios, delimitar as áreas a serem pesquisadas; essa
delimitação deve ser submetida à CONTRATANTE.
● De posse do formulário de pesquisa fornecido pela CONTRATANTE, preencher o nome do
assentamento e da regional e providenciar as cópias necessárias.
B. Equipe de pesquisa: duplas de estagiários sob coordenação do arquiteto e urbanista
responsável.
C. Realização da pesquisa:
● Essa pesquisa não precisa seguir uma ordem seqüencial, pois as unidades já estarão
identificadas por um número (selo) no banco de dados
● Deve ser preenchido um formulário para cada domicílio e, separadamente, para cada anexo.
Os dados levantados devem ser digitados diretamente no Banco de Dados, via web, de acordo com
as orientações repassadas pela CONTRATANTE.
O cadastro dos usuários que necessitarão acessar o banco de dados, seja para consulta ou digitação,
deverá ser solicitado à CONTRATANTE, informando: o nome completo, o CPF, o telefone e o e-mail
para contato. Essa solicitação deverá ser feita com antecedência mínima de 15 dias.
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Figura 13 - Modelo de formulário da Pesquisa de Contagem de Domicílios e de Lotes
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