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Síndromes Respiratórias na Infância

PNM de aquisição Hospitalar E PNM por


complicações de Influenza. Com maior frequência as
PNM por S. aureus complicam. Porém, o principal
TEMA: Pneumonia Adquirida na Comunidade
agente continua sendo o S. pneumoniae
DEFINIÇÃO (Pneumococo). S. aureus imunodeprimidos,
A pneumonia refere-se à inflamação envolvendo hospitalar, complicação do influenza.
os pulmões e suas estruturas. Está incluída no
grupo das infecções do trato respiratório inferior, Vírus
assim como a bronquite e a bronquiolite. As ● Principais agente.
infecções das vias aéreas inferiores podem ser ● Mais comuns: VSR, Adenovírus, Influenza,
divididas em: Parainfluenza, Coronavirus, Rinovirus.
● Pneumonias bacterianas típicas: tem Obs: Haemophilus Influenzae tem reduzido
evolução aguda e grave a sua incidência devido a vacinação
● Pneumonias bacterianas atípicas: têm universal aos 2, 4 e 6 meses de vida.
evolução mais insidiosa ● Importância semelhante dos Vírus com S.
○ Bactéria atípica na faixa etária dos pneumoniae. Em seguida, começa a ter
lactentes, levando a PNM febril do outra bactéria e há aparecimento discreto
lactente e na faixa etária dos de atípicos.
adolescentes
● Pneumonias virais Bactérias
● Bronquiolite: caracterizada pela presença ● Principais: S. pneumoniae. Aumenta
de sibilos prevalência dos atípicos; redução dos Vírus.
● Importância semelhante dos S.
pneumoniae com os germes atípicos. Os
A pneumonia corresponde a 1/3 das causas de demais são numa frequência menor.
mortes em crianças no mundo inteiro. É ● S. aureus: é raro e se concentra no
considerada em alguns lugares a principal causa primeiro ano de vida. Tem evolução grave e
de morte não externa na infância. Quase metade com complicações (p. ex. derrame pleural),
dos casos em menores de 5 anos requerem além de estar associado com uma porta de
hospitalização. entrada cutânea (impetigo, abcessos). O RX
caracteristicamente tem pneumatoceles.
ETIOLOGIA ● Os anaeróbios estão relacionados à
Pode ser causada por vírus (1º ano de vida), pneumonia aspirativa, cujo fatores de risco
bactérias típicas (lactentes e pré-escolares) e são convulsão, anestesia, redução do nível
atípicas (lactentes e adolescentes). de consciência, doenças neurológicas,
disfagia, refluxo gastroesofágico, uso de
AGENTES ETIOLÓGICOS drogas, sonda nasogástrica e aspiração de
corpo estranho.
O principal agente etiológico em praticamente ● Outras: Haemophilus influenzae,
todas as faixas etárias é o Streptococcus Mycobacterium tuberculosis,
pneumoniae. Mesmo depois da introdução da ● Atipicos: Mycoplasma pneumoniae,
Vacina Pneumocócica conjugada 10 - Valente (VPC Chlamydia pneumoniae, Chlamydia
10), no programa nacional de vacinações, ainda trachomatis, Pseudomonas aeruginosa.
mantém o Pneumococo como o principal agente
etiológico de PNM. Embora, agora, com o
predomínio dos sorotipos não contidos na vacina:
3, 6A e 19A. ETIOLOGIAS POR FAIXAS ETÁRIAS
Conforme ordem de incidência
#DICA: Como diferenciar o agente (se é < 2 MESES
Pneumococo ou Atípico) nas PROVAS? Diferencia S. agalactiae
pelo quadro clínico. Quando pensar em S. aureus? Gram negativos
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Este material é elaborado de forma colaborativa, sendo vedadas práticas que caracterizem plágio ou violem direitos autorais e/ou de propriedade intelectual.
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entéricos B (Streptococcus agalactiae), GRAM - (E.coli


3 MESES A 2 ANOS e L. monocytogenes).
Vírus (VSR, influenza)
S. pneumoniae - Tardia: apresenta-se após 48-72 horas.
H. influenzae Principalmente por GRAM + adquiridos no
S. aureus hospital.
(<1 ano)
PRÉ ESCOLARES Precoce Tardia
(<5 anos) SGB (S. agalactiae) S. aureus
Vírus (VSR e outros) E. coli S. epidermidis
S. pneumoniae L. monocytogenes Enterococcus
H. influenzae B (Hib)
S. aureus Pneumonia afebril do lactente
M. catarrhalis Nesse período neonatal, nos primeiros 3 meses de
Atípicos vida pode-se ter a PNM afebril do lactente. Veja
ESCOLARES mais detalhes no final do resumo!
(5 anos)
S. pneumoniae FISIOPATOLOGIA
Atípicos (M. A pneumonia resulta de prejuízo das defesas do
pneumoniae) hospedeiro (barreiras anatômicas e mecânicas,
Vírus imunidade humoral e celular e células fagociticas)
H. influenzae e invasão por organismo virulento.
S. aureus Geralmente, ocorre após um quadro de
infecção das vias aéreas superiores, que facilita a
ADOLESCENTES
invasão descendente do trato respiratório inferior
S. pneumoniae
por vírus, bactérias e outros patógenos através de
Atípicos (C. pneumoniae
inalação ou aspiração. Então, esses agentes
e M. pneumoniae)
induzem uma resposta inflamatória local,
S. aureus causando acúmulo de células inflamatórias, debris
Vírus celulares, redução da complacência, obstrução das
H. influenzae vias aéreas de pequeno calibre e alteração da
relação ventilação/perfusão. Em casos graves,
#DICA: tema muito cobrado nas provas!! Fique evolui com necrose do epitélio brônquico ou
atento aos agentes por faixa etária e as parênquima pulmonar.
características específicas do quadro clínico de cada
agente. Obs: única faixa etária que o Pneumococo FATORES DE RISCO
não predomina é nos RN. Alguns fatores facilitam o contato com patógenos
ou reduzem as defesas do hospedeiro, como:
● Baixo nível socioeconômico
● Cardiopatias congênitas
● Displasia broncopulmonar
● Fibrose cística
○ Predomina infecção por S. aureus,
PNEUMONIA NEONATAL Pseudomonas e H. influenzae.
Pode ser do tipo: ● Asma
- Precoce: apresenta clinicamente nas 24-72 ● Anemia falciforme
horas de vida e decorrem da aquisição do ○ Predomina infecção por germes
patógeno durante a passagem pelo canal atípicos, associados à síndrome
do parto ou na vida intrauterina. São os torácica aguda.
mesmos agentes da Sepse Neonatal ● Doenças neuromusculares (com
Precoce. São eles: Streptococcus do Grupo rebaixamento do nível de consciência)
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● Doenças gastrointestinais (refluxo


< 2 meses FR > 60 irpm
gastroesofágico, fistula traqueoesofagica)
● Imunodeficiências 2-12 meses FR > 50 irpm
○ Predomina infecção por qualquer
agente, incluindo fungos 1-5 anos FR > 40 irpm
oportunistas e pneumonia grave
por vírus > 5 anos FR > 20 irpm
● Exposição à fumaça do cigarro (mãe
fumante, adolescentes)
● Exposição à animais (pássaros e morcegos A apresentação clínica da pneumonia varia
= histoplasmose; ratos = hantavirus; conforme o patógeno, o hospedeiro e a gravidade.
passáros = psitacose; animais de fazendas = Os sinais e sintomas são inespecíficos e podem ser
Coxiella) sutis, principalmente em crianças menores. A
combinação de “febre + tosse” é característica,
PADRÕES PATOLÓGICOS principalmente quando associada à taquipneia,
Conforme o agente, existem 5 tipos de padrões da esforço respiratório (hipoxemia, retração
pneumonia bacteriana: intercostal, subcostal ou supraesternal, batimento
1. Pneumonia lobar: envolve um único lobo de asa nasal, gemidos) e outros achados
ou segmento. Clássico da infecção por S. respiratórios. Em geral, há um pródromo de IVAS.
pneumoniae.
2. Broncopneumonia: envolve as vias aéreas e Faixa etária
o interstício. Relacionado à S. pyogenes e S. Recém-nascidos e crianças pequenas podem se
aureus. apresentar com dificuldade alimentar, cansaço e
3. Pneumonia necrotizante: decorrente de confusão ou mesmo apenas febre com
pneumonia aspirativa ou causada por S. leucocitose. Crianças mais velhas e adolescentes
pneumoniae, S. pyogenes ou S. aureus. podem relatar dor torácica pleurítica, dor
4. Granuloma caseoso: ocorre na pneumonia abdominal (lobos inferiores), nucalgia (lobos
tuberculosa. superiores).
5. Pneumonia intersticial e peribrônquica:
associado à pneumonia viral grave QUADRO CLÍNICO: BACTÉRIAS TÍPICAS
complicada com infecção bacteriana ● Primeiro apresenta um quadro de IVAS,
secundária. com coriza nasal, tosse discreta e febre
inicialmente baixa, que dura 2 a 3 dias.
● Ao contrário do que se espera em um
resfriado, que a resolução da febre é em 3
dias, ocorre a persistência da febre, que
pode ou não está associado a queda do
QUADRO CLÍNICO estado geral.
O Manual de Assistência Integrado e Doenças ● O paciente irá evoluir com a piora dos
Prevalentes da Infância define que o diagnóstico sintomas: febre alta, tosse intensa,
de pneumonia pode ser feito clinicamente com um desconforto respiratório e
quadro clínico sugestivo. PRINCIPALMENTE TAQUIPNEIA.
● Há desenvolvimeno de sinais clássicos:
Na infância, o dado de maior sensibilidade e ○ Estertores inspiratórios: devido a
especificidade para caracterizar o acometimento presença de leve exsudato nos
do trato respiratório inferior é a taquipneia ou alvéolos.
aumento da frequência respiratória. A presença da ○ Síndrome de consolidação: os
taquipneia não confirma pneumonia, mas sua alvéolos se tornam preenchidos por
ausência contribui para exclusão diagnóstica. exsudato, levando à frêmito tóraco-
vocal aumentado, broncofonia e
TAQUIPNEIA
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pectorilóquia bem como macicez à ● Cianose: caracteriza quadro muito grave,


percussão. principalmente quando há infecção e
● Pode ter também sopro tubário. OBS.: taquipneia associadas.
todos esses achados caracterizam a ● Outros: idade <3-6 meses, dispneia,
Síndrome de Condensação, presente hipoxemia, rebaixamento de nível de
principalmente quando tem uma PNM consciência, infiltrado multilobar, efusão
lobar.
pleural.
QUADRO CLÍNICO: BACTÉRIAS ATÍPICAS PNEUMONIA GRAVE
Costuma instalar-se subitamente com início de Tiragem subdiafragmática
febre, mialgia, mal estar, cefaléia, fotofobia, dor
de garganta e tosse não produtiva. Sibilos podem
estar presentes na ausculta. Manifestações PNEUMONIA MUITO GRAVE
extrapulmonares estão associadas ao M. Gemência e dificuldade respiratória grave
pneumoniae, como anemia, poliartrite, Cianose central
pancreatite, entre outras. Letargia
Incapacidade de ingerir líquidos
QUADRO CLÍNICO: VÍRUS
A pneumonia viral é de instalação gradual e ocorre
Obs: Sem melhora clínica mesmo após início do
após sintomas do trato respiratório superior
tratamento do quadro e mal estado geral, a PNM
(IVAS). A criança não tem aparência toxêmica. A
vai ser muito grave.
ausculta é alterada de forma difusa e simétrica. A
pneumonia por sarampo ou varicela é associada à
achados dermatológicos.
DIAGNÓSTICO
É clínico! Quadro sugestivo + taquipneia.
SINAIS DE GRAVIDADE RADIOGRAFIA DE TÓRAX
● Tiragem subcostal: marcador de redução Pode solicitar RX de tórax se disponível em PS,
da complacência pulmonar. Surge quando mas não define etiologia nem é necessária para
o diafragma tem que realizar contração comprovar o diagnóstico. Deve pedir sempre se
vigorosa, tracionando os pontos de suspeita de complicação, dúvida diagnóstica, sinais
inserção nos arcos costais. Para ser de gravidade, pneumonia recorrente ou
considerada sinal de gravidade, é investigação de febre de origem indeterminada.
necessário que a tiragem seja mantida.
● Batimento de asa nasal: é a dilatação das O raio-X é solicitado na incidência PA (>4 anos) ou
narinas a cada inspiração, com o objetivo AP (< 4 anos), ou mesmo em decúbito lateral para
de diminuir a resistência ao fluxo aéreo e o lado acometido para identificar derrame pleural.
assim diminuir o trabalho respiratório. O Raio-X:
● Gemência: é um som expiratório que
ocorre através da glote parcialmente ● Auxilia no diagnóstico: pode mostrar área
fechada, na tentativa de aumentar a de infiltrado pulmonar. O exame alterado
capacidade residual funcional (volume de reforça o o diagnóstico, mas o exame
ar que fica no pulmão ao final da expiração normal não o exclui, pois as alterações
que está diminuída pelos alvéolos com radiográficas são posteriores às
líquido). Ao manter a glote parcialmente manifestações clínicas.
fechada, o ar fica parcialmente aprisionado
Obs: Em até 60% dos casos de PNM, não se
aumentando, com isso, o tempo de troca
identifica o agente etiológico.
gasosa.
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● Auxilia na avaliação da extensão: o achado grande de risco de infecção por


de um hemitórax opaco levanta 3 anaeróbios.
possibilidades: ● Infiltrado intersticial em bases: micoplasma
○ Grande atelectasia ● Adenopatia hilar ou mediastinal: sugestivo
○ Derrame pleural volumoso (pode de micobactéria ou fungos.
ser até parapneumônico) ● Timo: tem aspecto triangular ou lobulado
○ Pneumonia extensa (broncograma (sinal do barco à vela). Não é incomum que
aéreo) as crianças sejam tratadas por infiltrado
● Auxilia na presença de complicações: a pulmonar que na realidade é o timo.
mais comum é o derrame pleural, que pode
ser suspeitado pelo exame físico com
redução de frêmito toracovocal, ausência
ou diminuição dos MV, percussão maciça
ou submaciça.
Outras complicações são os abscessos e
pneumatoceles.

Interpretação dos achados radiográficos


● Derrame pleural: a maioria das pneumonias
estafilocócicas evoluem com a formação de
derrame pleural; porém sempre que
estivermos diante de uma criança com No RX acima: opacificação alveolar confluente em
derrame parapneumônico, o S. pneumoniae ápice direito. Na opacificidade não tem perda de
ainda é o agente mais provável (pois a PNM volume, o que se diferencia da atelectasia.
pneumocócica é muito mais comum!) Acomete mais de um segmento pulmonar, quase
● Consolidação segmentar: indica etiologia fazendo uma consolidação de todo o lobo
bacteriana. Geralmente é esférica. superior direito. Rx muito comum em PNM
● Acometimento lobar e aerobroncograma: causadas por bactérias como o Pneumococo, mas
sugestivo de pneumonia pneumocócica. pode aparecer em outras etiologias, até em
● Acometimento broncopneumônico: quadros virais.
sugestivo de M. pneumoniae.
Controle radiológico
● Infiltrado bilateral, atelectasias,
- É desnecessário, apenas se piora clínica ou
hiperinsuflação e retificação diafragmática:
não melhora. Outros exames apenas se
pneumonia viral.
hospitalização.
● Pneumatoceles e áreas de necrose:
- Apenas após 48-72 horas do início do TTO
classicamente sugestivos de etiologia
adequado. E esse novo RX de tórax será
estafilocócica, mas pode se formar com
necessário para o rastreio de complicações
pneumococo. Resolve com terapia
dessas pneumonias.
antimicrobiana.
● Abscessos: decorrentes da necrose do
OUTROS EXAMES
parênquima pulmonar, possuem halo
Na PNM hospitalizada ou grave solicitamos
espesso no RX. Crianças que fazem hemograma completo (leucocitose), PCR e
broncoaspiração e formam abscessos têm pesquisa etiológica.

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O diagnóstico definitivo só é alcançado com


isolamento do agente, seja por hemocultura (baixa
taxa de positividade, 10-20%), cultura de escarro
(em crianças maiores), swab de nasofaringe,
cultura de líquido pleural (empiema) ou biópsia AMBULATORIAL
pulmonar em casos graves.
A identificação do agente também é necessária - Paciente em tratamento ambulatorial não
em casos de suspeita de patógeno atípico ou tem necessidade de realizar exames de
incomum e falha à terapia inicial. sangue ou de pesquisa de agente
Obs: A presença de crioaglutininas com títulos > etiológico.
1:64 é indicativo de infecção por micoplasma. - Indicado para >2 meses e sem
complicações/critérios de internamento
COMPLICAÇÕES - A antibioticoterapia é empírica, avaliando a
● Derrame pleural e empiema: discutido idade, epidemiologia, clínica e exames.
posteriormente (ver abaixo). Suspeitado - Em casos de suspeita viral, não tratar com
quando há redução do MV. Lembrar de antibióticos. Se suspeita de influenza,
infecção por estafilococo (maior risco) e considerar uso de Oseltamivir.
pneumococo (mais comum pela alta - Medidas de suporte: analgesicos,
prevalência). antipiréticos, hidratação e lavagem nasal.
Evitar antitussígenos.
● Pneumonia necrotizante
- Os pacientes devem ser reavaliados em 48-
● Abscesso pulmonar
72h. Há então 3 possibilidades:
● Pneumatocele
1. Melhora ⇒ manter antibiótico por 10-
● Hiponatremia
14 dias e acompanhamento
● Endocardite
ambulatorial
TRATAMENTO 2. Piora ⇒ internamento e antibiótico
- A principal medida de tratamento é intravenoso
antibioticoterapia, que é definida de forma 3. Inalterado ⇒ trocar o esquema de
empírica com base na epidemiologia local antibiótico e reavaliar em 48h. Se
e na gravidade do quadro.
- Escolha do ATB: avaliar idade, gravidade e ausência de melhora, internar.
uso recente de ATB. Em geral:
Antibiótico
o Pré-escolares ⇒ amoxicilina (eficaz
- Primeira linha: amoxicilina VO 100 mg/kg
contra pneumococo) ou penicilina procaína VO ou IM, com
o Escolares ⇒ macrolídeo (eficaz duração de 10 dias.
contra atípicos e pneumococo) - Suspeita de germes atípicos: amoxicilina +
o Suspeita de S. aureus ou Hib ⇒ macrolídeos (claritromicina ou
oxacilina (cobre estafilococo) + azitromicina)
- Suspeita de pneumonia aspirativa:
ceftriaxona ou cloranfenicol (cobre
amoxicilina-clavulanato ou clindamicina.
Hib e pneumococo resistente)
▪ Obs: cloranfenicol está HOSPITALAR
associado a risco de aplasia ● Avaliar as indicações de internação (tabela
de medula. abaixo)
● Há necessidade de realização de exames.
#DICA: as bancas abordam muito a escolha do ● Sempre avaliar presença de complicações
antibiótico e o local de tratamento! Saiba as (derrame pleural)
principais escolhas empíricas de antibiótico e as ● Indicado para <2 meses ou com critérios de
indicações de internamento, conforme o quadro internamento.
clínico.
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● Medidas de suporte: oxigenioterapia, - Decorrente desses patógenos decorrentes


cabeceira elevada, hidratação (via IV ou da via de parto. São patógenos ATÍPICOS:
SNG), analgesia, entre outros. Chlamydia trachomatis, Ureaplasma
urealyticum e Mycoplasma hominis. O
INDICAÇÕES DE INTERNAÇÃO agente mais comum é a C. trachomatis,
Idade <2 meses ou <6 meses (Nelson) presente no trato genital materno.
Apneia ou taquipneia > 70 irpm - A transmissão ocorre tipicamente durante
Cianose ou hipoxemia < 90-92% o parto vaginal (ou cesárea com bolsa
Tiragem sub ou intercostal e esforço rota).
respiratório - A clamídia coloniza a conjuntiva, causando
Sonolência ou convulsões conjuntivite neonatal, e a nasofaringe,
Má aceitação oral ou vômitos ou desidratação atingindo então as vias aéreas inferiores.
Falha no tratamento ambulatorial (má adesão, Clínica:
doença viral tratada com antibiótico, resistência - Mãe com corrimento vaginal no momento
bacteriana) do parto;
Pneumonia complicada ou extensão radiológica - RN tem um quadro insidioso de rinorreia e
Comorbidades: cardiopatia grave, taquipneia, que evolui com conjuntivite,
imunossupressão, doença pulmonar, síndromes que depois pode melhorar.
genéticas e doenças neurocognitivas - RN mantém uma tosse seca persistente,
Antibiótico entrecortada pela inspiração.
- Sempre AFEBRRIL. Em geral, está em BEG.
O tratamento antimicrobiano é sempre guiado
- Diferencial: coqueluche
pelo agente etiológico é intravenoso até melhora
clínica (resolução da taquipneia). Exames complementares
- Primeira linha, empírico: penicilina - Hemograma: eosinofilia periférica.
cristalina IV - Rx de tórax: infiltrado intersticial.
- Suspeita de S. aureus (empiema e
pneumatocele), PNM extensa, evolução Tratamento
rápida e com comprometimento - Macrolídeos (eritromicina ou azitromicina)
importante do estado geral: oxacilina
- Pneumonia muito grave: oxacilina + PNM AFEBRIL DO LACTENTE
ceftriaxona (ou cloranfenicol) 1 a 3 meses
- K-MRSA (S. aureus resistente à meticilina) Nascida parto normal
comunitário: clindamicina Corrimento vaginal materno
- S. aureus: pode ser associado clindamicina Conjuntivite
- Menores de 2 meses: ampicilina + Eosinofilia periférica
aminoglicosídeo Tosse seca persistente

PNEUMONIA ATÍPICA DO ADOLESCENTE


- PNM atípica é mais comum em maiores de
PNEUMONIA ATÍPICA 5 anos e adolescentes.
● PNM atípica é ocasionada por bactérias - Apresenta tosse persistente que pode ser
atípicas. até coqueluchoide (tosse em acessos, ou
● Tem quadro clínico e diagnóstico distintos seja, a criança está ótima e ai começa a
da PNM Típica. tosse, tosse, tosse. durante a tosse pode
● Mais comum em duas faixas etárias: até eliminar uma secreção esbranquiçada e
lactentes (1-3 meses) e adolescentes. depois melhora e fica um período de
tempo bem).
PNM AFEBRIL DO LACTENTE
- Febre: baixa, afebril ou que não melhora
- PNM atípica que se encontra nos lactentes com o tratamento habitual da pneumonia.
(1 a 3 meses de vida). - Exame físico: sibilância ou com sintomas
sistêmicos: exantema, otite, miringite
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bolhosa (forma uma bolha sobre o tímpano


causando intensa dor, geralmente é
causada por Mycoplasma), artralgia,
faringite.
PNM ATÍPICA
>5 anos
Afebril ou febre baixa
Tosse persistente
Sem melhora ao tratamento
habitual
Sibilância DERRAME PLEURAL
Exantema, otite, artralgia. Derrame pleural parapneumônico é a principal
PRINCIPAIS AGENTES: C. complicação da PNM bacteriana e atinge 40% dos
pneumoniae e M.pneumoniae. pacientes internados por PNM e leva à falha
terapêutica quando for infectado (empiema).
- RX de tórax: achados inespecíficos.
hiperinsuflação bilateral, opacidade ETIOLOGIA
intersticial peri-hilar à direita, ● Principais AGENTES etiológicos:
espessamento brônquico, atelectasia Pneumococo (dá derrame pleural mais
subsegmentar em ápice direito. frequentemente, pela maior frequência de
PNM por pneumococo, quando encontra
Entretanto, pode ter pnm atípica com
uma PNM complicada, o primeiro agente a
condensação, derrame pleural.
se pensar é o Pneumococo) e S. aureus.
Outras bactérias podem levar a derrame
pleural, inclusive as bactérias ATÍPICAS.

DIAGNÓSTICO
● Suspeita: Começou um tratamento
adequado e evolui com persistência da
febre, queda do estado geral e piora do
Resumindo... desconforto respiratório. O paciente
pode apresentar dor torácica tipo
Quando pleurítica, ou seja, piora à inspiração
pensar em profunda e apresenta irradiação para
pneumonia atípica? ombro e para abdome, levando a dor
Quando tem a faixa etária sugestiva: abdominal.
lactente (1-3 meses) ou adolescente + ● Criança com quadro sugestivo de PNM que
Quadro Clínico Sugestivo. evolui com dor abdominal deve levantar a
Tratamento: Macrolídeo VO. Pode ser suspeita de derrame pleural.
azitromicina 5 dias ou claritromicina 10 ● Inicialmente pode se auscultar um atrito
dias. pleural, quando se bate uma pleura
inflamada na outra.
#DICA: pensar no uso desses antibióticos nos ● Com a evolução do derrame pleural,
pacientes com PNM + não melhoraram com o quanto mais volumoso apresenta a
tratamento adequado para agentes típicos. REDUÇÃO de MV e broncofonia (líquido
abafa o som que transmitiria do
parênquima pulmonar).
● Postura Antálgica: mexe menos do lado
que apresenta Derrame Pleural para não
sentir dor.
QUADRO CLÍNICO EXAME FÍSICO

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Persistência de febre Atrito pleural


Queda do estado ↓ murmúrio vesicular Análise do líquido pleural: PH e glicose e LDH
geral ● Todo derrame parapneumônico é
Desconforto ↓broncofonia EXSUDATO. A análise do líquido serve para
respiratório avaliar se há EMPIEMA, ou seja infecção do
Dor torácica Macicez à percussão líquido pleural.
● Então, é feita uma toracocentese
Dor abdominal Postura antálgica diagnóstica para avaliação do líquido
pleural.
Raio-X de tórax
● Incidências: Póstero-Anterior, perfil, ● Em estágios iniciais, o líquido pode ainda
decúbito lateral para o lado do derrame não ter aspecto purulento, mas devemos
(Incidência de Laurell). considerar os demais aspectos para
diagnóstico
Póstero-anterior (PA) ● OBS.: A bacterioscopia e Cultura servem
● Opacidade em toda a base esquerda. para identificar o agente etiológico. A
● Velamento do seio costofrênico e cultura é + em PNM 60- 70% dos casos.
cardiofrênico. Hemocultura é + em 10-35% dos casos.
● Sinal do
menisco (derrame CONDUTA
pleural subindo). Drenagem de tórax
Derrame pleural grande é o que ocupa + de 1/2 do
hemitórax em PA com desconforto respiratório
devido ao DP. A drenagem é sempre fechada,
contínua sob selo d'água, com um dreno
geralmente tubular.
A suspeita de empiema, ou seja, ausência de
melhora com antibioticoterapia, é indicação de
Perfil drenagem de tórax pois só vai melhorar a clínica
● Veria apenas uma cúpula, apagamento da quando for drenado! O esquema de antibióticos
outra cúpula que ficará velado por conta pode ser mantido
do DP.
OBS.: se paciente não melhora, mantém a
Laurell drenagem e não melhora, pode ser que tenha
● Decúbito Lateral (DL) Esquerdo derrame pleural loculado. Conduta: USG de
● Linha de derrame > 1 cm ou 10 mm: tórax, tratamento com fibrinolítico (uroquinase)
Indicado a toracocentese.

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contrária aos Termos de Uso da Comunidade MedQ


pode ser denunciada ao setor responsável pelo canal
de suporte.

ou até toracoscopia videoassistida.

CLIQUE AQUI E AVALIE ESTE


RESUMO

POLÍTICA DE USO
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sendo vedadas práticas que caracterizem plágio ou
violem direitos autorais e/ou de propriedade
intelectual. Qualquer prática dessa natureza ou
10
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