2 Política
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Filosofia/Sociologia
Política Antiga/Moderna
2. C
As afirmativas A e B estão incorretas, porque esse pensamento era de Hobbes. A afirmativa C está correta, pois
Locke é precursor das ideias liberais, não vendo na sociedade a necessidade de dominação estatal que se encontra
em Hobbes. Essa nova forma de pensar o Estado entendia que ele deveria ter um caráter organizativo, mas não de
intervenção nas liberdades civis, que estavam muito longe de um estado de guerra. A afirmativa D está incorreta,
porque os dois autores viam o estado de natureza de forma diferenciada: para Hobbes, era o mesmo que um estado
de guerra, enquanto para Locke a razão humana permitiria ao homem viver sem ter de recorrer à violência, de
acordo com um pressuposto de direito natural comum a todos.
3. B
A afirmativa A está incorreta, porque o estado de natureza não é uma condição da existência humana, apenas um
momento dela. Além disso, no pensamento de Hobbes o estado de natureza se confunde com o estado de guerra,
pois viver em natureza significa viver em guerra. A afirmativa C está incorreta, pois contraria o entendimento de
Hobbes, segundo o qual ter direito a todas as coisas significa estar sempre em guerra por elas. A afirmativa D está
incorreta, porque, para Hobbes, o poder estatal absoluto surge justamente para se sobrepor ao estado de natureza,
pacificando-o em uma vontade comum.
4. D
A, B, C e E incorretas. Para Hobbes, os estados populares e aristocráticos são equiparados ao estado de natureza,
onde cada um quer uma coisa e reina uma discórdia permanente, um estado de guerra constante. O poder soberano,
ou poder absoluto do Estado, quando da necessidade de um pacto (já que para Hobbes o homem não é sociável
por natureza), é a única forma de poder que assegura aos homens a paz e a segurança que não são possíveis em
estado de natureza.
D correta. O contrato garante a passagem do estado de natureza para o estado civil onde o soberano garante a paz
e a segurança de seus súditos, que abrem mão de sua liberdade em estado de guerra, para uma liberdade vigiada,
mas garantida.
5. D
a) Incorreta. Para Hobbes, a força e a argúcia garantem a sobrevivência em estado de natureza.
b) Incorreta. Para Hobbes, o estado de natureza é um estado de guerra constante de uns contra outros, e, nesse
sentido, todos são iguais por correrem o mesmo risco.
c) Incorreta. Para Hobbes, a liberdade acarreta riscos. Somente o Estado soberano acabaria com essa guerra.
d) Correta. Locke considera o estado de natureza como um estado de perfeição: é um estado de perfeita liberdade,
em que cada um regulamenta suas próprias ações e dispõe de suas posses e de si mesmo como bem lhe
aprouver, dentro dos limites da lei da natureza, que regulamenta tudo.
e) Incorreta. Segundo Rousseau, nunca houve na história tal período, mas pode se inferir, logicamente, que tenha
existido antes das primeiras aglomerações humanas.
6. 02 + 04 = 06
02 e 04 corretas.Tal liberdade e poder para fazer tudo o que lhe aprouver são responsáveis pela necessidade do
pacto social, tendo em vista a guerra de todos contra todos em estado de natureza. Assim, estes indivíduos
concordam em transferir sua liberdade a um soberano, tornando-se súditos obedientes, mas atentos, pois a
qualquer momento os indivíduos podem unir-se para depor o déspota, se este for o caso.
01, 08 e 16 incorretas. O Leviatã caracteriza um Estado não despótico guiado por preceitos cristãos. Assim, o Estado
dispõe de um poder absoluto sobre os indivíduos, e se for necessário o uso da força para controlar alguma
desarmonia, esta se faz justificada pelo bem comum que pode produzir. O povo está de acordo com tais preceitos
à medida que elege um soberano que os governará.
8. C
Hobbes é o teórico do Estado absolutista, que foi comum até a Revolução Francesa em vários países da Europa.
Por sua vez, Locke é o teórico do Liberalismo político, doutrina que se difundiu grandemente, sendo a base para a
organização da maior parte das democracias modernas. A alternativa A está errada porque fala de teorias
econômicas. A opção B, de movimentos estéticos e de arte. A alternativa D fala de perspectivas de análise filosófica
levando em conta o ponto de vista do observador e a E está incorreta porque fala de movimentos (ou posturas) que
vão surgir a partir do aumento das relações entre países, já no século XIX.
9. E
Locke é um dos primeiros filósofos a discutir as bases de um Estado liberal. Em sua visão, o Estado deveria
possibilitar aos cidadãos a plena capacidade de exercer suas liberdades individuais, abrangendo esferas como
política e propriedade. Seu pensamento era, portanto, contrário ao governo absolutista, proprondo a divisão de
poderes que permitiria a fiscalização do papel executivo. A ação estatal caracterizaria-se por uma abstenção no
que concernesse aos direitos individuais, que ficariam a cargo da própria sociedade, com supervisão apenas sobre
os excessos. Esse pensamento dá a base para o que ficou conhecido como a Primeira Geração de Direitos
Humanos, que contempla os direitos individuais. Nesse sentido está incorreta apenas a afirmação I, pois ela
pressupõe como direito inegável o de rebelião, mas o próprio enunciado informa que Locke acreditava no direito de
rebelião apenas se o Estado abandonasse a legalidade e se tornasse uma tirania.
10. B
O pacto social, no pensamento de Hobbes, marca o momento em que os homens abandonam o chamado Estado
de Natureza (no qual todos podem fazer valer sua vontade inata sobre os demais) e constituem-se em sociedade
sob o domínio do Estado (somente este, como regulador das relações sociais, pode impor aos demais a vontade
que é entendida como da maioria que o constituíu). Desta maneira, a alternativa A está errada, o Estado não é
reunião de indivíduos com laço sanguíneo apenas. A alternativa C está errada; após o pacto social o Estado passa
a limitar a liberdade dos indivíduos. A afirmativa D está errada, porque na noção de pacto social (conceito
generalista) não se discute em nenhum momento a forma como o Estado fará valer o seu poder, mas sim o seu
direito de o fazer valer sobre os súditos.