Gestão Das Mídias Sociais Digitais

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GESTÃO DAS MÍDIAS SOCIAIS DIGITAIS: O

CASO DAS BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS


SETORIAIS DOS CAMPI DO CONTINENTE DA
DIB/UFMA
DIGITAL SOCIAL MEDIA MANAGEMENT: THE CASE OF SECTORAL
UNIVERSITY LIBRARIES ON DIB/UFMA MAINLAND CAMPUSES

Raimunda Ribeiro, Universidade Federal do Maranhão - [email protected]


Soraya Albuquerque, Universidade Federal do Maranhão -
[email protected]

Eixo Temático 5: Gestão e liderança em movimento

INTRODUÇÃO

diferenciados pelos seus perfis, graus de interesse e temas abordados.

çõ

relacio

A construção dessas redes viabiliza o desenvolvimento de trabalhos


cooperativos e colaborativos, bem como a gestão da informação e da comunicação,
mediação da informação e o desenvolvimento de projetos em rede, para além de
proporcionar visibilidade para os Bibliotecários gestores, bem como aos produtos,

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serviços e atividades geradas por esses atores que compõem o quadro de
profissionais que atuam nesses cenários.
Entende-se que a comunicação digital/virtual é o resultado do avanço
tecnológico na sociedade, "[...] ferramentas essas que nos revelam a construção de
um novo tipo de relacionamento, diversificado, dinâmico e totalmente moderno."
(ARAÚJO, 2021, p. 34).
A partir daí firmou-se o nosso interesse em identificar a gestão das mídias
sociais digitais utilizadas pelos Bibliotecários das Bibliotecas Universitárias Setoriais
dos campi de Pinheiro, Imperatriz, Grajaú, Balsas, Codó, Bacabal, São Bernardo e
Chapadinha, destacando a relevância dessas redes sociais digitais para o processo
de gestão da comunicação interna e externa desses espaços, com o intuito de
ampliar o seu alcance e visibilidade, assim como aproximar os protagonistas desses
cenários, ou seja, os bibliotecários gestores, do seu público-alvo (usuários/usuárias),
no intuito de atender às suas demandas informacionais de maneira eficiente e
eficaz.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

ç
-

sociais e profissionais (CORRÊA; VANZ, 2016; CRUZ, 2010).


Assim, ressalta-se que a dinâmica dessas plataformas proporciona a
interconectividade, pela qual é constituída e efetivada as relações sociais em
ambientes diversificados, sejam estes profissionais, educacionais, sociais, políticos
ou culturais. Esses ambientes, antes formados em espaços reais, atualmente com o
avanço das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), em especial
a internet, passaram a constituir espaços digitais.

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Dentre esses espaços têm-se as redes sociais digitais de caráter generalista
como o Facebook, Instagram, Youtube, Twitter, dentre outras, e as acadêmicas e
profissionais como Academia.edu, ResearchGate, Figshare, Mendeley e LinkedIn
consideradas na atualidade como espaços essenciais que impulsionam a gestão e a
divulgação dos serviços, produtos e atividades desenvolvidas nos mais variados
cenários profissionais, em especial nas bibliotecas universitárias, foco deste estudo.
Nessa perspectiva, ressalta- “[ ] ria como
insumo fundamental para a criação do conhecimento, por meio do aporte
informacional que ela possui, precisa fazer uso das ferramentas de comunicação
” R ÚJO 2021 34 S -se
sobre a necessidade da ressignificação da gestão da disseminação da informação e
da comunicação realizada pelas bibliotecas universitárias com a utilização das mais
variadas tipologias de redes sociais digitais.
Desse modo, considera-se que a gestão da informação nos ambientes das
bibliotecas se efetiva à medida que os bibliotecários que atuam nesses espaços
desenvolvem atividades que visam o monitoramento, a seleção, o tratamento e a
disseminação e divulgação de informações com valores agregados necessários para
atenderem as demandas informacionais dos (as) usuários (as)/interagentes, público-
alvo desses espaços.
Essa dinâmica na contemporaneidade só é possível ser efetivada com a
gestão adequada das mídias sociais digitais por esses profissionais. Esses espaços
são responsáveis por fluxos informacionais e compartilhamentos de informações em
tempo real, sem limitações espacial e temporal. No entanto, é imprescindível que os
bibliotecários se apoderem desses espaços e os tornem seus lugares de fala por
excelência.
Tais ações são concretizadas à proporção que esses profissionais realizem a
gestão desses ambientes de forma interativa e compartilhada com a sua equipe, ou
seja, gerenciando as mídias sociais selecionadas para dar visibilidade aos serviços,
produtos e atividades desenvolvidas, assim como para viabilizar o processo
comunicacional ágil com o seu público-alvo. Isso propiciará a flexibilização do

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processo comunicacional, assim como garantirá a qualidade, credibilidade e
principalmente agilidade das informações socializadas.
Diante disso, evidencia- “
usuários por meios das mídias sociais é imprescindível, devendo se constituir num
processo contínuo, pois são muitos os canais de comunicação e as fontes de
informação que pod ”
(ARAÚJO; PINHO NETO; FREIRE, 2016, p. 9).
Portanto, a performance das bibliotecas universitárias nas redes sociais
digitais é uma iniciativa que contribui de modo estratégico e relevante com o
desenvolvimento contínuo do processo de comunicação, pois favorece a
interatividade com o usuário ao passo que colabora de modo eficaz com a
disseminação da informação.
Para tanto, torna-se necessário o planejamento e a gestão dos conteúdos a
serem disponibilizados nas mídias sociais digitais utilizadas, visando a sua
adequação à missão, visão e objetivos da biblioteca e a manutenção das
publicações de forma frequente e regular. Isso proporcionará a visibilidade
necessária desses espaços para que alcancem a notoriedade, o interesse e a
credibilidade das suas comunidades de usuários.

MÉTODO DA PESQUISA
Para o desenho desta investigação, de acordo com o objetivo delineado,
optou-se pela pesquisa bibliográfica e exploratória, com abordagem qualitativa,
tendo em vista que esta possibilita o estudo pormenorizado do fenômeno, ou seja,
identificar como ocorre a gestão das mídias sociais digitais realizada pelos
Bibliotecários das Bibliotecas Universitárias Setoriais dos campi de Pinheiro,
Imperatriz, Grajaú, Balsas, Codó, Bacabal, São Bernardo e Chapadinha.
A população alvo deste estudo é composta pelos dezesseis bibliotecários
gestores, vinculados à Diretoria Integrada de Bibliotecas da Universidade Federal do
Maranhão (DIB/UFMA), que atuam nas bibliotecas universitárias setoriais dos campi
já referidos. Nesse sentido, foi elaborado um questionário online no Google Forms,

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com questões fechadas e abertas, e aplicado aos sujeitos desta pesquisa no período
de julho e agosto de 2022. O link (https://forms.gle/AoEr7deSj5NL2A3f9) deste
instrumento de coleta de dados foi encaminhado para os e-mails institucionais, dos
sujeitos desta pesquisa. Esse instrumento de recolha de informações foi construído
e afinado tendo em conta o objetivo delineado para este estudo em pauta.
A análise dos dados recolhidos para este estudo, no que se refere às
questões elencadas no questionário, envolve a análise de conteúdo com base em
Bardin (2014). Assim, as informações colhidas foram agrupadas para análise, em
conformidade com as seguintes categorias:
a - Perfil dos respondentes;
b - Redes sociais digitais utilizadas;
c - Gestão das redes sociais digitais; e
d - Planejamento e design dos conteúdos disponibilizados.

A realização deste procedimento nos permitiu uma visão mais alargada do


fenômeno em foco, bem como a compreensão da multiplicidade das respostas
geradas durante a sua análise, atendendo aos detalhes das características que
delas emergiram, de modo a obter uma visão holística acerca dos Bibliotecários
Gestores, nos cenários desta investigação, no que se refere à identificação da
gestão das redes sociais digitais utilizadas, e os seus reflexos para o alcance e
visibilidade do trabalho desenvolvido pelos atores desses cenários investigados.
Destaca-se que os recortes dos discursos emanados pelos sujeitos desta
pesquisa são apresentados de forma grafada em itálico e entre aspas na próxima
seção.

RESULTADOS E DISCUSSÕES
Dos 16 bibliotecários convidados a participar neste estudo respondendo ao
questionário on-line, foram obtidas 8 respostas válidas até o presente momento,
correspondendo a 50% da amostra. Tais resultados são descritos nesta seção,
salvaguardando a identificação dos respondentes e preservando a autenticidade das

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respostas coletadas. Convém pontuar que durante o curso da pesquisa foram
encaminhados regularmente nos meses de julho e agosto, o link desse questionário
para os e-mails institucionais dos sujeitos desta pesquisa, procurando sensibilizá-los
para a relevância da sua contribuição para o desenvolvimento desta investigação.
Para além do envio para os e-mails institucionais foram realizados contatos também
via WhatsApp reiterando a necessidade das suas respostas, para uma melhor
amplitude, robustez e confiabilidade dos resultados apresentados neste estudo.
Quanto ao perfil dos respondentes se evidencia que majoritariamente estes
possuem entre 0 a 5 anos de experiência profissional (75%), a predominância do
gênero é feminino, corroborando com o que aponta a literatura da área em estudo. A
faixa etária predominante é de 31 a 40 anos (75%), o que demonstra que as
Bibliotecas Setoriais dos Campus da UFMA no continente, cenário desta
investigação, possui um quadro de profissionais jovens, refletindo diretamente nos
resultados obtidos nesta investigação.
Questionou-se os inquiridos sobre o seu local de atuação nas bibliotecas,
cenários desta pesquisa. Estes majoritariamente atuam no setor de referência da
biblioteca (87,5%) a qual encontram-se vinculados. Solicitou-se também que estes
apontassem as mídias sociais digitais utilizadas, dentre essas destacam-se o
Instagram, Facebook, WhatsApp, Youtube e Padlet, tendo como destaque principal
o Instagram. Esses resultados corroboram com a pesquisa de doutorado realizada
por Araújo (2021). A referida autora destaca que em nível nacional e internacional,
as mídias sociais digitais mais utilizadas nestes ambientes, foram: Facebook,
YouTube, Twitter e Instagram.
Quando questionados sobre os critérios utilizados para a escolha das mídias
sociais digitais, os inquiridos apontaram que essas proporcionam: “visibilidade e
rapidez das informações transmitidas”; “maior tempo de resposta entre a
comunidade acadêmica”; “informar sobre alguma campanha, evento ou aviso,
usamos todas sempre”; “maior interação” e “repercussão” nos campi, de acordo com
“público alvo, temática” abordada, o que reflete diretamente nas temáticas

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escolhidas, e no “objetivo da publicação.” Assim como a “busca pelas mídias sociais”
digitais utilizadas pelas IES, a qual encontram-se vinculadas.
Perguntamos aos inquiridos sobre quem é responsável pelo gerenciamento
das mídias sociais, bem como pela criação da arte, e do conteúdo disponibilizado
“bibliotecários”
que são responsáveis em organizar as informações, “atividades, campanhas,
treinamentos”, assim como “produzir o template de divulgação e de resultado”, com
o apoio do “designer gráfico, técnico de informação do Campus de Pinheiro”, bem
como a “equipe de TI” e “servidores de informática”, “equipe de mídia do Centro de
São Bernardo” em parceria com a Comissão do Instagram da DIB e do técnico de
informação dos Campus da UFMA no continente.
Interrogamos os sujeitos desta pesquisa sobre como é planejado os tipos de
conteúdo disponibilizados, e com qual periodicidade. Esses destacam que: a
“de acordo com a ação a ser divulgada”, como: “eventos,
treinamentos, avisos”, “toda a informação necessária ao usuário” durante
o “semestre, férias”, “outros momentos”. E que ainda ocorre “poucas vezes
durante o ano”. O outro inquirido enfatizou que “o planejamento é realizado em
conjunto e os conteúdos, em caso de divulgação no Instagram da DIB, passam por
uma avaliação da comissão responsável” por essa mídia social digital. Sublinharam
também “planejados anualmente e a periodicidade de postagem é mensal”,
e que ocorre a divulgação de “informações utilitárias, a periodicidade segue a ordem
de necessidade de informar algo urgente ou uma campanha que estamos
promovendo”. Em outras situações os inquiridos frisaram que não possuem “nada
específico que requer uma postagem semanal ou mensal”. “caráter
informativo, os conteúdos são selecionados por critérios de qualidade, verificação e
inseridos gradualmente conforme a disponibilidade”. Pontuam ainda que “não há um
planejamento definido para publicação em redes sociais”
Tais ações demonstram que estes inquiridos trabalham de forma cooperativa
e colaborativa, visando o alinhamento da missão, visão e objetivos da DIB, com os
da IES. Isso fará com que essas bibliotecas universitárias em parceria com as IES

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alcancem a visibilidade necessária, pois estas têm como função apoiar o
desenvolvimento dos programas de ensino, pesquisa, extensão e inovação, tripé
basilar o desenvolvimento e notoriedade desses cenários, foco deste estudo.
(LUBISCO, 2014).
Nota-se o esforço desses profissionais para utilizarem as mídias sociais
digitais com vistas a divulgação dos serviços, produtos e ações desenvolvidas
nesses cenários em estudo. No entanto, faz-se necessário um maior alinhamento da
divulgação realizada pelos profissionais que atuam nesses espaços visando o
planejamento dos conteúdos a serem disponibilizados, assim como trabalhar para
que haja maior periodicidade dessas postagens. Isso proporcionaria a visibilidade
necessária para o trabalho desenvolvido por esses sujeitos, bem como para a
biblioteca, e a IES.
Quando indagados sobre a relação existente entre os conteúdos
disponibilizados, os serviços, produtos e atividades desenvolvidas pela biblioteca,
“ conteúdo é bem próximo aos serviços que a DIB
oferece, bem como com os eventos desenvolvidos pela biblioteca”, como
“campanhas”, divulgação de “treinamentos” e “novas aquisições do acervo”. Outro
sujeito acentuou que existe “complementação do trabalho desenvolvido na
Biblioteca, tendo em vista que as mídias vão auxiliar nos serviços de alerta, na
divulgação de informativos da Biblioteca ou em outros âmbitos”. Frisaram ainda que
“os conteúdos têm relação ou com um serviço, ou um produto, ou uma atividade”.
“algo que vai ser feito, outras
para mostrar o resultado”, e também “informar sobre os serviços da biblioteca”, e
“quando há alguma atividade que queremos divulgação”, “equipe
de redes da DIB”
Isso demonstra que esses profissionais estão atentos para a necessidade da
divulgação dos serviços, produtos e ações desenvolvidas nas mídias sociais digitais,
e na necessidade de disponibilizar em meio digital os serviços que antes eram
realizados de forma presencial. Essas ações aproximam o seu público-alvo, pois
seus perfis mudaram, e para atraí-los é necessário que essas bibliotecas marquem

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presença nas mídias sociais digitais, e apresentem todo o seu potencial como
espaços imprescindíveis para a organização, divulgação e disseminação do
conhecimento científico produzidos pelos cientistas, pesquisadores, docentes e
discentes vinculados a essas IES, assim como para a comunidade em geral onde a
IES Pública encontra-se inserida.
Ao solicitarmos a opinião desses sujeitos, se as redes sociais digitais
contribuem para a aproximação entre os usuários, bibliotecários e biblioteca, a
“sim” e que “é necessário uma abordagem atual para
acompanhar a comunidade acadêmica''. E também que “permite uma comunicação
mais rápida e alcança um número de pessoas maior”. Ressaltaram também que
“existem muitas barreiras, como a democratização do acesso as TICs e a Internet,
principalmente”. Enfatizaram que já tiveram ocorrências de usuários “chegarem para
saber mais sobre informações que viram por meio da rede, ou para elogiarem”.
Destacaram que demoraram “um pouco para usar o Instagram, a pandemia veio
para dar essa cutucada, mas o WhatsApp sempre foi muito usado, e sempre tivemos
um bom retorno”. Afirmam ainda, que “as redes sociais aproximam conforme a sua
utilização frequente e interesses dos frequentadores”. Estas proporcionam “um
contato mais amplo na disseminação de informações, servindo como ferramenta
para aproximar os usuários dessas redes às bibliotecas/Bibliotecários, seja pelo
contato digital ou presencial”. “ nteragir com os
usuários, de forma mais dinâmica, estreitando os laços”
Diante desse contexto, é importante frisarmos que esses profissionais têm
plena consciência que passamos do paradigma da posse, para o paradigma do
acesso que compreende a conexão dos usuários com as mídias sociais/redes
sociais por meio do acesso à internet, possibilitando a visualização e
compartilhamento de informações. Por isso torna-se fundamental a disponibilização
dos serviços, produtos e atividades desenvolvidas em ambientes digitais. Isso
possibilitará uma maior aproximação entre usuários, bibliotecas e bibliotecários.
Tendo em vista que as bibliotecas universitárias possuem lugar de destaque na
sociedade contemporânea, contribuindo de forma significativa para o

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desenvolvimento científico, tecnológico, cultural e social na sociedade
contemporânea.
Questionamos também os inquiridos se as redes sociais digitais contribuem
para dar mais visibilidade para as atividades desenvolvidas pelos Bibliotecários, bem
como desmistificar o perfil do bibliotecário tradicional, todas foram unânimes em
“ ” “na nossa cidade pouco se
sabe sobre a profissão é comum ter pessoas perguntando se estudamos (curso
superior) para exercê-la, temos muita oportunidade de mostrar que o trabalho não
envolve só se preocupar com os livros. Está presente nas redes sociais ajuda a
ampliar esse conceito”, “apresentar as atividades desenvolvidas assim como o perfil
do Bibliotecário pode alcançar esta finalidade de melhor conhecimento sobre a
profissão”, “acredito que esse é uns dos aspectos importantes que as redes sociais
podem nos proporcionar. Diante disso, estamos tentando ampliar a visibilidade da
biblioteca por meio das mídias do Centro de São Bernardo”, “as redes sociais têm se
tornado uma ferramenta de trabalho, auxiliando na divulgação dos serviços e
produtos oferecidos pela biblioteca. Aproxima os bibliotecários dos usuários, pois a
informações chega mais rápida, e desmistifica a ideia de que o Bibliotecário só
trabalha em espaço físico com empréstimo e devolução de livros.”
Isso demonstra a sintonia existente nas respostas apresentadas neste estudo,
no que se refere a relevância da utilização dessas mídias sociais para a valorização
e mudança do perfil tradicional do Bibliotecário na sociedade contemporânea.
Considera- “
resposta, eficácia e eficiência, características que não dependem só de tecnologia e
gestão de recursos, mas primeiramente da compreensão das necessidades desse
” SIQU IR 2010
Perguntamos aos nossos inquiridos sobre como é trabalhado o tempo de
resposta para satisfazer com eficiência e eficácia as demandas dos usuários nas
mídias sociais digitais utilizadas. Estes informaram que trabalham na perspectiva de
“ partir de
informações claras, o retorno, geralmente, é imediato” “trabalhado de forma

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positiva” “já teve casos de perguntarmos se viram a postagem e reforçarmos” “de
acordo com as demandas que surgem buscando maior rapidez no retorno às
solicitações” “as respostas são imediatas quando fazemos as postagens, seja pelas
mídias sociais ou presencialmente na biblioteca”. Outro inquirido frisou “não
utilizamos as mídias para atender as demandas informacionais dos usuários nesta
biblioteca, solicitamos alguns posts ocasionais nas redes da DIB ou do Centro.”
Isso traz reflexos diretos na atuação dos Bibliotecários universitários
contemporâneos, no que se refere ao uso das redes sociais para realizar a gestão
da informação, bem como a mediação e disseminação da informação, de maneira
que seu público-alvo tenha acesso às informações em tempo real, de maneira
eficiente e eficaz, satisfazendo assim as demandas informacionais dos seus
usuários/interagentes. Tais aspectos validam quando indagamos nossos inquiridos
sobre a contribuição desses espaços para a aquisição da informação e abrangência
de conhecimentos. Mais uma vez percebemos a coerência e sintonia das respostas
â “ ”
“é uma forma rápida de compartilhar informações
utilitárias, além da grande escala de abrangência”, “as mídias sociais servem para a
maior fluidez das informações repassadas facilitando a transferência de informações
de modo mais dinâmico e efêmero”, “todo o conteúdo exposto pelas redes da DIB
proporcionam a aquisição de conhecimento, são conteúdos ricos em informação”,
“as mídias sociais fazem com que a informação chegue de forma mais rápida e
precisa ao usuário, sem que ele precise se fazer presente na biblioteca para buscar
qualquer informação.”
No que se refere a acessibilidade no âmbito das mídias sociais digitais
utilizadas pelas bibli “a
divulgação do QR-Code em murais”, articulam também “para que se tenha maior
alcance funcional, disseminando os conteúdos de forma clara e objetiva”. E
“a Comissão da DIB responsável pelo Instagram preocupa-se
em sempre colocar a descrição da imagem para promover a acessibilidade às
pessoas com deficiência visual” “usamos a do Campus e a da DIB, então seguimos

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as regras que estas estabelecem” “ ivulgação e incentivo a utilização das mídias
por parte dos usuários” “as mídias sociais das bibliotecas da DIB são de
responsabilidade de uma equipe de profissionais, as informações são centralizadas
em uma única página”. Oposto as pontuações discursadas destacam que “é uma
questão que não foi discutida” “infelizmente ainda não foi pensando a questão da
acessibilidade, sabe-se que é muito necessário para a informação chegar ao maior
número de usuários reais e potenciais, principalmente para quem possui algum tipo
de deficiência”, “na setorial de São Bernardo não temos redes sociais.”
Observa-se que existe a preocupação com a acessibilidade no âmbito das
mídias sociais digitais utilizadas. No entanto, torna-se necessário a ampliação da
utilização das tecnologias assistivas disponíveis para um maior alcance das pessoas
com deficiência. Isso exigirá desses profissionais a busca por uma educação
continuada que contemple formações na área da acessibilidade, tecnologias e
inclusão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considera-se que a mudança de paradigma da posse para o acesso,
provocou inúmeras modificações na atuação dos Bibliotecários, devido a inserção
das TDIC em todas as suas ambiências profissionais, em especial as mídias sociais
digitais que modificaram sobremaneira a gestão e mediação da informação no
âmbito das bibliotecas universitárias em cenário nacional e internacional.
Nessa perspectiva, o presente estudo procurou responder ao objetivo traçado,
em conformidade com as categorias estabelecidas nesta pesquisa, com vistas a
identificar como é realizada a gestão das mídias sociais digitais utilizadas pelos
Bibliotecários das Bibliotecas Universitárias Setoriais dos campi de Pinheiro,
Imperatriz, Grajaú, Balsas, Codó, Bacabal, São Bernardo e Chapadinha, visando
refletir sobre a sua performance com base na gestão, e no planejamento dessas
mídias para atender as demandas informacionais do seu público-alvo de maneira
eficiente e eficaz.

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Destaca-se, a partir dos resultados apresentados neste estudo, que os
ambientes digitais mais utilizados são o Instagram, YouTube e o Facebook. Estes
são alinhados com as mídias utilizadas pelo DIB/UFMA, a que essas bibliotecas
setoriais se encontram vinculadas.
Observou-se a necessidade de um planejamento periódico dos conteúdos a
serem postados, assim como a necessidade desses profissionais irem em busca de
formação continuada voltada para o desenvolvimento da expertise necessária ao
uso das TDIC, para uma maior dinamização dos serviços, produtos, e atividades
desenvolvidas nesses espaços. Tais ações proporcionarão mais visibilidade para os
bibliotecários universitários que atuam nesses espaços, assim como para as suas
ações visando o atendimento das demandas informacionais dos seus usuários sem
limitação espacial ou temporal.
Destaca-se que esta pesquisa se encontra em curso. Desse modo,
continuaremos a coleta de dados durante o mês de setembro de 2022, mesmo que
até a presente data já alcançamos 50% do nosso público-alvo. Continuaremos com
o nosso percurso investigativo, dada a relevância do estudo em pauta, pois a nossa
meta é alcançar 100% dos nossos respondentes.

REFERÊNCIAS
ARAÚJO, W. S. A dimensão comunicativa da gestão da informação no
contexto das mídias sociais de bibliotecas universitárias. 2021. Tese
(Doutorado em Ciência da Informação) - Programa de Pós- Graduação em Ciência
da Informação, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2021. Disponível
em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/20414. Acesso em: 30 maio
2022.

ARAÚJO, W. S.; PINHO NETO, J. A. S.; FREIRE, G. H. A. O uso das mídias sociais
pelas bibliotecas universitárias com foco no marketing de relacionamento.
Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação,
Florianópolis, v. 21, n. 47, p. 2- 15, set./dez., 2016. DOI: 10.5007/1518-
2924.2016v21n47p2. Disponível em: https://brapci.inf.br/index.php/res/v/34443.
Acesso em: 30 ago. 2022.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2014.


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CORRÊA, M. V. ; VANZ, S. A. S. A comunicação científica no contexto dos sites de
redes sociais acadêmicas. In: ROSÁRIO, N. M. do ; SILVA, A. R. da (org.).
Pesquisa, comunicação, informação. Porto Alegre: Sulina, 2016. p. 47-70.

CRUZ, R. C. Redes sociais virtuais: premissas teóricas ao estudo em Ciência da


Informação. Transinformação, Campinas, v. 22, n. 3, p. 255-272, set./dez. 2010.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/tinf/a/BDY3rQxHXHJ79pXKHqFdgbC/?lang=pt
Acesso em: 30 maio de 2022.

LUBISCO, N. M. L. Bibliotecas universitárias, seus serviços e produtos: transposição


de um modelo teórico de avaliação para um instrumento operacional. R
pesquisa desenvolvida -doutoral, na Universidad de
Salamanca (ES). Salamanca: Espanha, 2014. Disponível em:
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Acesso em: 30 maio 2022.

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Acesso, v. 4, n. 2, p. 116-130, set. 2010.
Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaici/article/view/4238
Acesso em: 30 maio 2022.

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