Estudos Metricos Da Informacao Na Web e

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Estudos métricos da informação na web e o

papel dos profissionais da informação Ronaldo Ferreira de Araújo

Estudos métricos da informação na web e o papel dos profissionais da


informação

Ronaldo Ferreira de Araújo

Doutorando em Ciência da Informação na Universidade Federal de Minas Gerais. Professor do Curso de


Biblioteconomia do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA) da Universidade Federal de
Alagoas (UFAL).

Resumo

Aborda os estudos métricos aplicados à web e reflete sobre seu uso em ambientes de interação
como sites de redes sociais. Destaca os conceitos de webometria, cibermetria e altmetria,
traçando as diferenças entre seus métodos, aplicações e suas interfaces com os campos da
bibliometria e a cientometria. Considera a abordagem cibermétrica de maior abrangência e mais
adequada para estudos quantitativos em blogs e sites de redes sociais e situa a altmetria como
emergente campo de estudos para análise da circulação da informação científica na websocial,
que tem muito a crescer com o envolvimento dos profissionais da informação atuando na geração
e monitoramento de dados e no apoio a pesquisadores e instituições de pesquisa.

Palavras-chave: Estudos métricos da informação. Informetria. Webometria. Cibermetria.

1 Introdução

As tecnologias da informação e comunicação moldam cada vez mais as formas de produção e


circulação da informação em nossa sociedade. Essa centralidade que o componente tecnológico
assume é umas das características básicas imediata da sociedade da informação (MATTELART,

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2002), agora virtualmente conectada, (re)organizada em rede (CASTELLS, 1999) que responde
também por ser uma sociedade do aprendizado e da inteligência coletiva (LÉVY, 1999).

A internet não só materializa parte dessas concepções como também ganha preferência como
fonte de informação de maior recorrência e o ciberespaço e seus ambientes ricos em recursos da
web 2.0, como blogs e sites de redes sociais protagonizam o cenário atual sendo apontados em
pesquisas recentes como os locais onde os usuários mais passam o tempo quando está conectado
à rede (BANKS, 2013).

Além de ser (a) um ambiente de conexão interligado por uma rede de computadores e
dispositivos, a internet pode ser vista também, como (b) um complexo de conteúdos (estoque
altamente volumoso de informações de toda natureza e sobre qualquer tipo de objeto) e (c) um
sistema de interações (vínculos virtuais variados que servem como uma espécie de arena
conversacional). Tais características têm feito com que inúmeros pesquisadores, das mais
diversas áreas do conhecimento, se dediquem a estudar os impactos e as implicações da internet
para a sociedade. Qualquer estudo que se dedique a essas características, cujo enfoque seja de
mensurar sua produção, circulação e alcance, pode ser considerado um estudo informétrico de
abordagem cibermétrica, uma vez que é desenvolvido no âmbito da web.

No primeiro caso, estudos procuram indagar quanto à infraestrutura de informação, o tráfego de


dados e a qualidade das conexões buscando mensurar e compreender a difusão da internet
(CASTELLS, 1999, 2003; AFONSO, 2000; KAMIENSKI; SADOK, 2000) com desdobramentos
para se pensar a democratização, a inclusão digital e as implicações econômicas, sociais e
culturais.

No segundo, é comum encontrar trabalhos que refletem sobre a explosão informacional, a


multiplicidade de papéis que os sujeitos assumem na rede, leitores-anotadores-autores (LEVY,
1993, 1999; SCHONS, 2007) e a mensuração, por exemplo, do volume de páginas e weblinks
que são gerados por meio de métricas aplicadas à web como os indicadores webométricos
(VANTI, 2005; 2007; 2010) que quando aplicados em contexto científico e da comunicação
científica, têm sido considerados, como estudos altmétricos (GOUVEIA, 2013; TORRES,
CABEZAS; JIMÉNEZ, 2013).

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A terceira é mais recente para os estudos de informação e se constitui um dos desafios atuais para
a Ciência da Informação no campo dos estudos de mediação e da Comunicação Mediada por
Computador (CMC), e se dedica à investigação das abordagens métricas da web compreendida
para além dos weblinks e seus indicadores, tendo potencial de análise para se verificar, por
exemplo, as interações e as conversações estabelecidas entre os sujeitos no ciberespaço
(THELWALL; VAUGHAN; BJORNEBORN, 2005; RODRÍGUEZ, 2006; THELWALL, 2008;
2012).

O presente artigo discorre sobre as abordagens informétricas aplicados à web, como a


webometria, cibermetria e altmetria, com uma dedicação especial: à penúltima, por considerá-la
mais ampla e de melhor adequação para análises de ambientes web, que têm ganhado destaque
nos últimos anos, cuja rápida adesão pode ser atribuída aos recursos da web 2.0 centrados no
usuário, como (micro)blogs e sites de redes sociais, e: à última por compreender a informação
científica como objeto de estudo cibermétrico.

Para tanto, como percurso pretende refletir sobre os estudos métricos da informação na web e
suas interfaces com a bibliometria e a cientometria, discorrendo sobre seus conceitos, objetivos,
objetos de estudo e indicadores. Por fim, identifica alguns trabalhos desenvolvidos na ciência da
informação que podem ser enquadrados nos estudos cibermétricos e altmétricos, destacando o
papel dos profissionais da informação.

2 Estudos métricos da informação e seus subcampos: breve incursão

Os estudos métricos da informação podem ser considerados, como métodos e técnicas de


mensuração e avaliação quantitativa (estatístico-matemático) da produção, circulação e uso da
informação, os quais, possuem “diversas abordagens teórico-metodológicas e diferentes
denominações em função de seus objetivos e objetos de estudo” (NORONHA; MARICATO,
2008, p. 117).

A bibliometria, por exemplo, pode ser considerada de maneira ampla como “uma área extensa
da Ciência da Informação que abrange todos os estudos que procuram quantificar os processos de
comunicação escrita, aplicando métodos numéricos específicos” (FORESTI, 1989, p. 7), ou

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mesmo como o “estudo dos aspectos quantitativos da produção, disseminação e uso da


informação registrada” (TAGUE-SUTCKIFFE, 1992, p. 1), que desenvolve padrões e modelos
matemáticos para medir esses processos, usando seus resultados para elaborar previsões e apoiar
tomadas de decisão (MACIAS-CHAPULA, 1998) e têm como objetos de estudo livros.

O campo da cientometria, por sua vez, de escopo maior que a bibliometria, consiste na aplicação
de métodos quantitativos ao estudo da história da ciência e do progresso científico e tecnológico,
que se dá a partir da análise de patentes, teses e dissertações, entre outros tipos de produtos da
ciência (VANTI, 2002; ARAÚJO; ALVARENGA, 2011).

Estuda, por meio de indicadores quantitativos, uma determinada disciplina da ciência, dentro de
uma área do conhecimento, por exemplo, mediante a análise de publicações, com aplicação no
desenvolvimento de políticas científicas, seja na medição dos incrementos de produção e
produtividade de uma disciplina, ou de um grupo de pesquisadores de uma área, a fim de delinear
o crescimento de determinado ramo do conhecimento (TAGUE-SUTCKIFFE, 1992).

A informetria pode ser considerada como o estudo amplo dos aspectos quantitativos da
informação em qualquer formato e suporte (analógico ou digital) referente a qualquer grupo
social (científico ou não), podendo “incorporar, utilizar e ampliar os muitos estudos de avaliação
da informação que estão fora dos limites tanto da bibliometria como da cienciometria”
(MACIAS-CHAPULA, 1998, p. 135); sua distinção das duas primeiras, segundo Vanti (2002, p.
155) diz respeito ao universo de “objetos e sujeitos que estuda, não se limitando apenas à
informação registrada, dado que pode analisar também os processos de comunicação informal,
inclusive falada, e dedicar-se a pesquisar os usos e necessidades de informação dos grupos sociais
desfavorecidos”.

Já a webometria consiste no “estudo dos aspectos quantitativos da construção e uso dos recursos
da informação, estruturas e tecnologias na Web” (BJÖRNEBORN, 2004), ou seja, na aplicação
de métodos informétricos à World Wide Web, que serve para medir, por exemplo, a frequência
da distribuição das páginas no ciberespaço.

Esta “medição aponta para o estudo ou análise comparativa da presença dos diversos países na
rede, das proporções de páginas pessoais, comerciais e institucionais” (VANTI, 2002, p. 155). As

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páginas podem ser analisadas por tipo (setor público, privado), classificações (pessoais,
institucionais), categorias (páginas-documento, páginas-índice, páginas-recurso) e por medição
temporal para fins de comparação de crescimento e evolução da rede sobre determinado assunto
ou matéria.

Um subconjunto da webometria, que tem sido considerado segmento particularmente valioso e de


pesquisa comercialmente relevante (CALERO; RUIZ; PIATTINI, 2005) é a webmetria
(‘webmetrics’, ‘web metric’ ou ‘web analytics). Trata-se de um campo voltado para análises
métricas de tráfego de vistas em websites (acesso e uso de informação na web) que auxilia no
controle de qualidade de processos e recursos da web.

Para Gouveia e Lang (2013, p. 174) uma analogia que pode ser feita para melhor compreensão é
a de que os estudos webmétricos seriam como “o levantamento do acesso a uma biblioteca, desde
sua visita até o número de consultas feitas ao acervo, bem como o retorno ou não à mesma
biblioteca”.

De acordo com Khoo et al. (2008), essa métrica pode ser utilizada para estimar se os objetivos
dos usuários estão sendo alcançados ou não, além de apoiar estudos de usabilidade e web design,
fornecendo feedbacks para desenvolvedores, gerentes e outros interessados.

Tendo escopo mais amplo que a webometria, já que abrange “os estudos quantitativos de toda a
Internet, incluindo chats, mailing lists, new groups e a própria WWW", a partir de abordagens
informétricas e bibliométricas (BJÖRNEBORN, 2004; VANTI, 2005), a (6) cibermetria é um
campo recente e ainda de baixa utilização (GOUVEIA, 2013), mas cuja aplicação auxilia na
compreensão dos aspectos comunicacionais dos emergentes ambientes virtuais de interação.

Por fim, temos a altmetria (‘alternative metrics’, ‘altmetrics’), um subcampo da cibermetria, de


afinidade direta com os estudos cientométricos e bibliométricos, podendo se valer de dados
webométricos e webmétricos, tendo como interesse de análise a comunicação científica
(comunidades científicas ou assuntos científicos) no contexto da web social e dos recursos da
web 2.0 (PIWOWAR, 2013; TORRES; CABEZAS; JIMÉNEZ, 2013; GOUVEIA, 2013).

As métricas alternativas procuram avaliar a disseminação de documentos científicos por meio


das ferramentas sociais da web, complementam os estudos métricos tradicionais, permitindo

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avaliar o impacto de uma pesquisa científica para além do número de citações que recebem, e até
mesmo para além do âmbito das comunidades cientificas (SOUZA; ALMEIDA, 2013)

Os estudos métricos da informação, ainda que preservem o cunho quantitativo de análise,


possuem várias abordagens teórico-metodológicas sendo possível perceber suas distintas
denominações em função do contexto da pesquisa a ser desenvolvida, o que se quer alcançar,
qual o objeto de estudo em questão, quais ontem serão consultadas. Tais subcampos ainda podem
ser combinados e trabalhados em conjunto (VANTI, 2002, 2007; GOUVEIA, 2013). A Tabela 1
apresenta os subcampos dos estudos métricos da informação na web e suas possíveis
combinações, destacando alguns recursos e objetos de estudo abordados por eles.

Tabela 1– Recursos e objetos dos subcampos dos estudos métricos da informação na web

Ref. Sub-campos Recursos ou objetos de estudo

(a) Informetria Todo o tipo de informação em qualquer tipo de suporte; fluxo, busca,
recuperação, acesso à informação, disseminação, sistemas de recuperação.
Comunicações formais e informais, entre quaisquer grupos sociais, de
qualquer forma e em qualquer canal.

(b) Webometria Toda a Web: domínios, sítios, páginas web, URLs, motores de busca,
weblinks, agrupamentos de sítios (clusters), pequenos mundos de uma
determinada região, grupo social, setor ou área do conhecimento específica.
Combinada com a Bibliometria pode-se ter como objetos: e-books, artigos
eletrônicos de revistas disponíveis na Web.

(c) Webmetria Parte da web que contenha informações de tráfego de visitas (geralmente
obtidas por meio de logs e page taggings)

(d) Cibermetria Internet, ciberespaço, web social e a WWW.


Comunicações formais e informais, entre quaisquer grupos sociais
(científicos ou não) de qualquer forma, registrados em: bases de dados,
páginas web, URLs, microblogs, blogs, salas de bate papo, mailing lists,
comunidades virtuais, grupos de discussão, muds, ambientes virtuais de
aprendizagem (AVA), sites de redes sociais.

(e) Altmetria Ciberespaço, web social, web 2.0.


Comunicação científica (comunidades científicas, assuntos científicos,
artigos, periódicos, pesquisadores, citações) em microblogs, blogs,
comunidades virtuais, grupos de discussão e sites de redes sociais.

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Para contribuir com uma melhor visualização, na busca da compreensão dos possíveis limites e
fronteiras desses subcampos dos estudos métricos da informação na web, bem como suas inter-
relações, propõe-se o diagrama representado na Figura 1. A informetria se firma como subcampo
mais amplo que engloba todos os demais, pois os estudos métricos em seu escopo abrangem tanto
insumos informacionais impressos quanto digitais. A cibermetria, a de maior escopo das métricas
na internet englobando a webometria, que por sua vez, engloba a webmetria.

Figura 1– Inter-relação entre os subcampos das métricas da informação na web

informetria

cibermetria

webometria

cyberscientometrics

altmetria
webmetria

Fonte: elaborado pelo autor.

Em alguns casos os limites não são tão claros, em outros surgem novas denominações como
‘Internetometrics’ como equivalência para ‘cibermetria’ (AGUILLO, 2002a) ou
‘Cyberscientometrics’(LEYDESDORFF; WOUTERS, 1999; AGUILLO, 2002a, 2002b), que
teria como foco análises da presença de Instituições de Pesquisa & Desenvolvimento na Web,
bem como estudos do processo formal (revistas eletrônicas) e informal de comunicação científica
na Internet e interfaces, sendo possível, ainda, ser vistos como sinônimos, mas há consenso que
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se trata de um campo fértil de pesquisa para a Ciência da Informação, o qual carece de mais
esforço dos pesquisadores envolvidos para delinear melhor suas fronteiras e definir seus objetos.

3 Estudos métricos da informação na web

Atualmente a World Wide Web constitui o maior repositório e a mais rica fonte de informação já
conhecida pela humanidade (VANTI, 2005) e nos espaços da internet e nos circuitos de uma web
2.0 “existem práticas massivas, multiformes e surpreendentes que reavivam formas antigas de
sociabilidade, comunicação e informação, ao mesmo tempo em que desenham novos formatos de
trocas e interações” (MARTELETO, 2010).

O contínuo crescimento exponencial das informações que são produzidas na web faz com que
estudos métricos aplicados nesse ciberespaço sejam cada vez mais necessários, uma vez que
auxiliam na análise e avaliação das informações que circulam na rede, e estejam armazenados em
servidores, disponibilizadas em sítios Web, repositórios digitais ou em plataformas de redes
sociais.

A webometria e a cibermetria são atualmente os dois termos mais adotados na área de


Biblioteconomia e Ciência da Informação para este campo de investigação emergente dos estudos
métricos na web. Eles são genericamente relacionados e muitas vezes usados como sinônimos,
mas possuem uma terminologia diferenciada e estudam objetos distintos (BJÖRNEBORN;
INGWERSEN, 2004).

A webometria seria mais restrita, uma vez que utiliza técnicas quantitativas para mensurar,
especificamente, a informação disponível na Web, sendo assim uma parte do universo maior da
cibermetria, que com escopo mais amplo, compreende a aplicação das tradicionais técnicas
informétricas a qualquer tipo de informação disponível na internet (BJÖRNEBORN, 2002;
VANTI, 2005).

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3.1 A webometria e os estudos dos weblinks

Considerada área fundamental dentro dos estudos quantitativos da biblioteconomia e ciência da


informação, a webometria tem suas raízes na bibliometria, informetria e cientometria, mantendo
com elas importantes espaços de convergência, porém avançando para novos ambientes no
mundo da informação digital (VANTI, 2005), sendo a disciplina ideal para estudiosos
interessados em investigar a informação contida na internet.

Para Gouveia (2013, p. 218), a webometria “englobaria todos os estudos que têm a web como
suporte, desde os domínios, sítios e páginas, até os dados obtidos por motores de busca, como
links e demais citações textuais”, e suas principais áreas de pesquisa seriam: a) análise de
conteúdo das páginas web; b) análise da estrutura dos weblinks; c) análise do uso da Web; e d)
análise de tecnologias na Web (THELWALL; VAUGHAN; BJÖRNEBORN, 2005).

Segundo Vanti (2002), um tema recorrente que tem sido explorado pela webometria dentro de
suas análises que é o das citações entre páginas, conhecido como links ou weblinks, vistos como
um indicador da importância global de um site ou um espaço Web para a comunidade externa.
Também conhecida como ‘sitação’(sitation), termo no sentido de sites citados, com base em
estudos dos links entre websites e a distribuição de frequências de ‘sitações’.

Estudar esse tipo de ligação é, conceitualmente, o mesmo que estudar citações entre artigos
publicados, mas o significado, no entanto, é ligeiramente diferente. Os estudos de citação, por
exemplo, carecem de reflexões sobre as razões que um artigo é citado. E ainda que páginas da
Web não sejam artigos científicos e os links sejam feitos para informar aos leitores onde
encontrar mais informações sobre os problemas apresentados ou discutidos na página, as razões
por que as pessoas apontam sua página para outras também carecem de investigações
(ROUSSEAU, 1997).

Leydesdorff e Wouters (1999) ponderam que embora muitas propriedades estatísticas da


distribuição de ‘sitações’ podem ser similares à distribuição de citações, as diferenças podem ser
esperadas pois irão surgir quando as representações hipertextuais têm de ser reintegradas no nível
textual, demandando compreensão de seu contexto.

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Vale ressaltar que “os links são incluídos nas páginas com o intuito de oferecer mais informação
aos usuários e redirecioná-los, assim, para outras fontes” (VANTI, 2002, p. 158) podendo ainda
ser considerados “fonte de informação que apresenta as relações sociais que se estabelecem em
torno do documento, refletindo o contexto social em que ele surge e as relações que ele e o seu
autor mantêm com outros documentos, outros autores e seus leitores” (VANTI, 2005, p. 83).

Os instrumentos fundamentais para a realização de estudos webométricos têm sido os motores de


busca, que permitem trabalhar com grandes volumes de informação, que facilitam as tarefas de
quantificação e avaliação dos fluxos de intercâmbio de dados e informação na Web.

Tais buscadores “permitem contabilizar o número total de páginas em um espaço Web e os links
a tais espaços, entendendo o termo espaço Web no sentido de domínio (seja um domínio de país
ou um domínio institucional)” (VANTI, 2002, p. 157).

Pode ser calculado nestas análises, por exemplo, “o tamanho médio de uma página expressado
em bytes, o número médio de links por página e a densidade média por link. Para tal fim, há
certos elementos que devem ser considerados, como o URL (Uniform Resource Locators), o
título, as palavras-chave, o tipo de home page, o domínio, o tamanho e o número de links”
(VANTI, 2002, p. 157).

O “fator de impacto na Web implica a soma do número de links contidos em páginas Web
externas e internas que se referem a um determinado país ou site dividido pelo número de páginas
encontradas nesse país ou site da Web em um certo momento” (...) este “indicador serve para
medir e comparar a atratividade e influência que possam alcançar distintos espaços na Web”
(VANTI, 2002, p. 158). Para Gouveia (2013), com a constante ampliação das métricas de acesso,
uso e inter-relação disponíveis na Internet, outros indicadores poderão ser incluídos.

Por meio de um estudo webométricos, Vanti (2007) analisa os sítios (link e conexões)
acadêmicos latino-americanos da área de Ciências Sociais através de três indicadores:
Visibilidade, Luminosidade e Densidade da rede. Em outra pesquisa, voltada para análise de uma
única instituição Lang, Gouveia e Leta (2008) verificam as relações intra-institucionais da
Fundação Oswaldo Cruz na internet, por meio de um estudo exploratório com base em

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metodologias webométricas, compreendendo as correlações entre os sites das unidades


finalísticas da Instituição analisando co-links e interlinks.

De acordo com Thelwall (2012), o campo da webometria tem desenvolvido uma gama de
diferentes vertentes de investigação, desde a análise de links até análises da web social, com
diversas aplicações na ciência da informação, como avaliação de pesquisa, além de outras
aplicações nas ciências sociais mais amplas.

Mesmo com todas essas aplicações, Gouveia (2012) ao refletir sobre um possível cenário de crise
para a webometria com novos desafios para o campo diante das restrições de acesso a informação
impostos pelos mecanismos de busca comerciais e também devido a “multiplicidade de produtos
de pesquisa e da facilidade de se disponibilizá-los online, e com o intuito de medir o engajamento
obtido com estes diferentes produtos, são necessárias métricas alternativas (altmétricas)”
(GOUVEIA, 2013, p. 219) que ainda carecem de estudos minuciosos na Ciência da Informação.

3.2 A cibermetria e os estudos quantitativos das interações online

O crescimento vertiginoso e cada vez maior da informação eletrônica juntamente com o amplo
potencial das tecnologias e das novas mídias digitais tem atraído a atenção de pesquisadores da
área da informação, a fim de refletir sobre a extensão e métricas quantitativas das fontes de
informação e serviços instalados nestes ambientes.

De acordo com Rodríguez (2006), não há, até a segunda metade da década de 1990, estudos sobre
a natureza e as propriedades da Internet em geral e da WWW, em especial a partir da aplicação
de métodos informétricas para analisar seu conteúdo ou estrutura de links.

Após esta data, há um crescimento progressivo de trabalhos sobre a aplicação de técnicas de


medição para a Internet, bem como um aumento proporcional ao crescimento dos recursos de
informação disponíveis na rede e, portanto, a necessidade de poder quantificar, organizar e
interpretar.

Entendemos como método científico cibermétrico, aquele que tem como finalidade quantificar os
produtos (blogs, listas ou fóruns de discussão, comunidades virtuais, temas, assuntos, entre

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outros) e atores (blogueiros, membros, usuários, instituições, moderados, tutores, entre outros)
sociais, com o propósito de medir os aspectos comunicativos das articulações que eles
estabelecem na web.

Assim, a cibermetria é proposta como um termo genérico para indicar o “estudo dos aspectos
quantitativos da construção e uso dos recursos de informação, estruturas e tecnologias da internet
como um todo a partir de abordagens informétricas e bibliométricas, englobando, portanto, os
estudos estatísticos de grupos de discussão, listas de discussão, e outras comunicações mediadas
por computador na Internet" (BJÖRNEBORN; INGWERSEN, 2004, p. 1217), juntando toda a
webometria (VANTI, 2005; GOUVEIA, 2013).

A amplitude da cobertura da cibermetria implica grandes sobreposições com inúmeras


abordagens baseadas em ciência da computação para análises de conteúdo da Web, estruturas de
links, o uso da web e das tecnologias da Web.

O campo da cibermetria ultrapassa os limites da bibliometria e da webometria, porque algumas


atividades no ciberespaço, normalmente, não são registradas, mas sim comunicadas de forma
síncrona, como em salas de bate papo de uma webconferência, ou temporais como em ambientes
virtuais de interação.

De acordo com Castells (2003, p. 151): “a internet parece ter efeito positivo na interação social e
tende a aumentar o grau de exposições a outras fontes de informação”. As inúmeras formas com
as quais a pessoas passam a se comunicar, produzir e consumir informações por meio dos
recursos proporcionados pela internet não param de crescer. E nesse cenário as fontes eletrônicas
de informação se multiplicam.

Assim, podemos considerar que o surgimento da internet proporcionou que as pessoas pudessem
difundir as informações de forma mais rápida e interativa, por meio de novos canais e, ao mesmo
tempo, uma pluralidade de novas informações circulando nos grupos sociais (RECUERO, 2004).
Dos novos canais que surgem no ciberespaço os blogs e sites de redes sociais, ou mídias sociais,

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como Facebook1, Twitter2 e YouTube3, dentre outros, vêm se constituindo como gêneros
comunicacionais emergentes.

Com recursos da web 2.0 esses espaços se tornam ambientes ricos para observar mudanças e
permanências nas formas de sociabilidade, interação, aprendizagem e trocas comunicacionais e
informacionais. Mas, em relação aos trabalhos sobre organização e funcionamento de redes
sociais nos ambientes virtuais, registra-se o emprego, ainda, pouco investido dos contributos
teóricos e metodológicos do conceito de redes sociais e de seus contextos epistemológicos de
formulação e de estudo (MARTELETO, 2010).

E de acordo com Príncipe (2013, p. 197-198), as redes sociais:

(...) estão presentes em todos os níveis e segmentos da sociedade e, na ciência, não é


diferente. Elas possibilitam maior interação entre os atores envolvidos no processo –
autores, leitores e editores - de maneira rápida, imediata e interativa, apontando para
novas práticas de comunicação e informação, ampliando a visibilidade e alcance das
pesquisas realizadas e sua disseminação para a comunidade específica e sociedade em
geral.

Consideramos os sites de rede social como fonte de informação (WESTERMAN; SPENCE;


HEIDE, 2012) e a análise de rede social como estratégia poderosa para a Ciência da Informação
(OTTE; ROUSSEAU, 2002) com potencial para várias análises inclusive com novos cenários no
âmbito da internet.

A análise de redes sociais propõe uma série de métricas para mapeamento das redes, que são
observadas a partir de suas relações estruturais entre nós e conexões e a partir de abordagens
cibermétricas é possível partir de uma análise que vai dessas conexões às informações que as
mantêm.

Dentro dos estudos cibermétricos na ciência da informação que tem os sites de redes sociais
como objetos de estudo, alguns autores têm se dedicado a compreender a visibilidade e o impacto
da presença online de pesquisadores (ARAÚJO, 2014), as trocas informacionais no ciberespaço e

1
Disponível em: <https://www.facebook.com>.
2
Disponível em: <https://twitter.com>.
3
Disponível em: <https://www.youtube.com>.
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o papel das emoções na comunicação informal nas redes sociais na internet por meio da Análise
de Sentimento (THEWALL et al, 2010; THELWALL; WILKINSON; UPPAL, 2010;
BARACHO et al., 2012; CAVALCANTI et al., 2012), que se vale de estudo computacional e de
processamento automático para classificação de opiniões expressas em grande massa de fontes
não estruturadas (como texto).

No estudo de Baracho et al. (2012), por exemplo, objetivou-se criar um processo de análise de
sentimento e opiniões, de usuários de mídias sociais na Web, sobre marcas e partes de veículos
de passeio, baseado em ontologias no domínio automobilístico e desenvolver um protótipo.

Embora estudos sobre análise de sentimento estejam sendo empregados, principalmente, no meio
empresarial, como estratégias de marketing digital, para compreensão de associações positivas ou
negativas feitas a produtos e marcas, no estudo de Cavalcante et al. (2012), buscou-se analisar o
sentimento expressos em citações à artigos científicos da área médica.

Estudos recentes passam a assumir cibermetria como perspectiva de pesquisa adotada tendo blogs
e sites de redes sociais como contexto de análise. Araújo e Teixeira (2013), por meio de uma
pesquisa exploratória de abordagem cibermétrica, analisam a blogosfera composta por 100 blogs
de biblioteconomia do Brasil descrevendo-a quanto ao gênero e tipificação; interatividade e;
abordagem temática.

Considerando o YouTube como site de rede social de compartilhamento de vídeos, e como fonte
de informação em saúde, Araújo, Silva e Mota (2013) apresentam um estudo exploratório com
base nos estudos métricos da informação na web, de natureza cibermétrica, sobre a dengue, no
referido canal. Por meio de uma amostragem intencional, os 100 primeiros vídeos foram
analisados pelos critérios e indicadores de visibilidade (listeners, alcance), influência (writers,
autoridade e reputação) e engajamento (interacting, mobilização).

O desafio dos estudos cibermétricos, sejam eles de interesse acadêmico (altmétrico) ou não é
observar o que acontece com todos os atores envolvidos na situação que se analisa, e ao
investigar 'este' ou 'aquele' - o polo da emissão ou o polo da recepção – privilegiar o olhar
do"entre", ou do que Primo (2007) chamou de “condições de interação”.

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Isso quer dizer que, ao analisar segmentos da cibercultura, no que diz respeito à apropriação
tecnológica de plataformas e aplicativos por determinados atores sociais, é preciso investigar as
interações, as associações, e "observar-se como os interagentes envolvidos negociam suas
posições de produção e recepção e como elas se alternam" (PRIMO, 2013, p. 27).

Assim, pode ser que se encontre um caminho para contornar as clássicas críticas que estudos
métricos e quantitativos recebem, aferindo maior compreensão quanto aos contextos das
pesquisas e combinando os estudos cibermétricos com as perspectivas mais qualitativas de
investigação.

4 Altmetria e o papel dos profissionais da informação

Proposta inicialmente em 2010, no mês de novembro por meio do “Altmetrics: a manifesto”


(PRIEM et al., 2010), a altmetria é apresentada por alguns autores como possível solução para a
crise dos filtros tradicionalmente utilizados para determinar a qualidade da informação científica,
como a revisão por pares, a contagem de citações e o fator de impacto de periódico (PRIEM et
al., 2010; SOUZA, 2014b; ARAÚJO, 2014).

A altmetria pode ser considerada como métricas alternativas da comunicação científica.


Assemelha-se um pouco ao fator de impacto, mas é mais social e responsivo. Os estudos
altmétricos medem aspectos desconsiderados nas citações, como, onde um artigo está sendo
baixado, lido, compartilhado e discutido, o que amplia o olhar para a visibilidade e o alcance dos
resultados de investigação, para além da comunidade científica.

Para Souza (2014b, p. 71), a altmetria se “apresenta não apenas como uma evolução técnica dos
estudos métricos da informação (bibliometria, informetria, webometria, cientometria, etc.), agora
aplicados à web social; mas também como uma reação política à crise do sistema de comunicação
científica”. E ainda para outros como Thelwall (2014) estas novas métricas poderiam auxiliar
estudiosos e acadêmicos a encontrar artigos importantes e talvez também avaliar o impacto de seus
próprios artigos.
De acordo com Araújo (2014, p. 5): “saber se os artigos passam a circular na web social e
compreender as métricas que sustentam seu fluxo na rede contribui para desenhar seu quadro

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altmétrico” e possivelmente verificar, a partir da atenção que recebem se resulta em futuras


citações.
Existem ferramentas que podem ser utilizadas para acompanhamento, coleta e análise de dados
altmétricos. Algumas de uso mais individual no qual o pesquisador analisa seu impacto e a
repercussão de sua pesquisa como o ImpactStory <http://impactstory.org/> que monitora o impacto
de conteúdos disponibilizados online quanto às menções, tweets, citações em blogs, números de
downloads e diversas outras formas alternativas de referência (PIWOWAR, 2013; GOUVEIA,
2013).
Outras são voltadas para pesquisa de artigos de periódicos científicos, como é o caso do
Altmetric.com <http://altmetric.com/>, que localiza e avalia quanto a sua citação em blogs, mídias
sociais e gestores de referências, qualquer artigo que possua um Digital Object Indentifier (DOI) ou
um outro identificador padrão (PIWOWAR, 2013; GOUVEIA, 2013).

O corpo docente de universidades, a administração, bibliotecários e editores estão começando a


discutir como e onde altmetria pode ser útil para avaliar a contribuição acadêmica de um
pesquisador. No crescente interesse por esse campo, autores, como Lapinski, Piwowar e Priem
(2013), consideram que as bibliotecas ocupam uma posição única para ajudar a facilitar um
diálogo entre os vários círculos colegiados (alunos, professores e administração) que se cruzam
com a altmetria na academia, no que tange a prática e assuntos de pesquisa.

Os bibliotecários podem prestar este apoio de três maneiras principais: (a) informando sobre
interações e conversações emergentes com as últimas pesquisas; (b) apoiando na experimentação
de ferramentas (emergentes) de altmetria, e; (c) se engajando na capacitação para o uso da
altmetria e divulgando-a (LAPINSKI; PIWOWAR; PRIEM, 2013).

De acordo com Tattersall e Beecroft (2014), a altmetria é um campo bastante novo e de evolução
acelerada, uma área que os bibliotecários podem e devem capitalizar. Há uma série de
competências técnicas e de negociação, bem como habilidades acadêmicas que os profissionais
da informação possuem, que os habilitam a atuar nesse ramo.

Uma vez que os bibliotecários e profissionais da informação estão envolvidos, em grande parte,
no ciclo de pesquisa, comunicação científica, sistemas de publicação de revistas, bancos de dados
e repositórios, e tendo em vista seu amplo conhecimento em métricas como bibliometria para
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construção de indicadores, parece um caminho natural que eles estejam envolvidos na vanguarda
de novos desenvolvimentos como da altmetria (TATTERSALL; BEECROFT, 2014).

No contexto da comunicação científica e da avaliação da pesquisa, a altmetria pode contribuir


para o desenvolvimento da mudança do papel do bibliotecário, através do desenvolvimento de
seu "trabalho cada vez mais importante de auxiliar professores a entender e construir o seu
próprio impacto" (GALLIGAN; DYAS-CORREIA, 2013, p. 60).

Ao discutirem sobre como os bibliotecários podem auxiliar a preparar os professores para a


próxima geração de métricas de impacto de pesquisa Lapinski, Piwowar e Priem (2013) destacam
a importância desses profissionais se atualizarem quanto à literatura sobre a altmetria e se inteirar
sobre o estado atual de discussão sobre a área; conhecerem e explorarem as ferramentas para
coleta e compartilhamento, e; integrarem a altmetria às práticas de divulgação e treinamento da
biblioteca.

No que tange à altmetria, seus benefícios e ferramentas “os bibliotecários estão bem posicionados
para informar e dar suporte a pesquisadores e tomadores de decisão quanto sua utilização”
(LAPINSKI; PIWOWAR; PRIEM, 2013, p. 300) e para fazê-lo de forma adequada devem incluir
a altmetria em sua prática diária, principalmente, nas atividades de apoio à pesquisa.

Pensando na inserção da altmetria na prática bibliotecária Barros (2014) considera, por exemplo,
que os bibliotecários responsáveis por repositórios e catálogos das bibliotecas universitárias terão
de avaliar se é conveniente incluir dispositivos altmétricos a fim de incentivar os depositantes a
enviar mais material e fornecer insights para o desenvolvimento de coleções.

Para Tattersall e Beecroft (2014), grupos e indivíduos de bibliotecários e profissionais da


informação têm um importante papel a desempenhar nesse contexto de comunicação científica,
uma vez que os modelos atuais de mensuração estão intimamente ligados a suas práticas, e para
os autores, por envolver temas associados ao impacto, acesso aberto, gerenciamento de dados e
mídias sociais, é preciso que os profissionais estejam atentos aos seus desdobramentos.

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5 Considerações finais

Os avanços tecnológicos continuam moldando cada vez mais as formas de produção do saber e
de circulação da informação em nossa sociedade. Com isso surgem também novas formas de
mensurar o que é produzido e como é utilizado, apontando para a atualização das métricas da
informação, sobretudo com o advento da internet e evoluções da web.

Pesquisadores e institutos de pesquisa do mundo todo lutam para encontrar novas formas de
evidenciar e comprovar valor acadêmico do resultado de suas investigações. Muitos
bibliotecários têm se adiantado para contribuir negociando esse cenário que deve cada vez
combinar ambas as métricas, sejam as de impacto tradicionais, como o h-index e fator de impacto
do periódico, bem como os novos e alternativos, gerados no âmbito da web, como a webometria,
cibermetria e altmetria.

Com o interesse nos espaços online para comunicação científica em ascensão, e o constante
crescimento de ferramentas disponíveis para o monitoramento de influência on-line, os
bibliotecários estão em uma posição-chave para assumir a liderança no reforço do conhecimento
das atuais tendências que preocupam os pesquisadores sobre essa nova arte e ciência de
mensuração do impacto.

Para isso, eles devem incorporar a altmetria na sua prática diária, o que vai exigir certo domínio
conceitual e o desenvolvimento de habilidades para o uso das ferramentas. A altmetria como
emergente campo de estudos para análise da circulação da informação científica na websocial
tem muito a crescer com o envolvimento dos profissionais da informação atuando na geração e
monitoramento de dados e no apoio a pesquisadores e instituições de pesquisa.

Metric studies of web information and the role of information professionals

Abstract

Discusses the web metric studies and reflects on its use in interaction environments such as social
networking sites. Highlights the concepts of webometrics, cybermetrics and altmetrics, tracing

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the differences between their methods, applications and their interfaces with the fields of
bibliometrics and scientometrics. Does the cybermetrics approach with wider coverage and more
suitable for quantitative studies on blogs and social networking sites and places the altmetrics as
an emerging field of study for circulation of scientific information analysis in websocial that has
a lot to grow with the involvement of information professionals acting in generating and
monitoring data and support to researchers and research institutions.

Keywords: Metric studies of information. Infometrics. Webometrics. Cybermetrics.

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Informação bibliográfica deste texto, conforme a NBR 6023:2002 da Associação Brasileira de


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Recebido em: 22.11.2014


Aceito em:17.12.2014

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