Fiscal 3
Fiscal 3
Fiscal 3
Introdução
Tributação e declarações mensais obrigatórias: tipos e
aplicações do Simples Nacional e MEI, lucro real, lucro
presumido e lucro arbitrado
Ocorre que, para fins de determinação das bases de cálculo para apuração de alguns
tributos, a legislação tributária estabelece definições específicas para as formas de apurar essas
bases de cálculo.
Dessa forma, quando a legislação tributária define como lucro real a forma de apuração das
bases de cálculo dos tributos, ela nada mais está fazendo do que diferenciar as diversas formas
de apuração existentes.
Sabe-se que, dos valores obtidos como receita, nem todos permanecem na pessoa jurídica
que as obteve. Alguns valores precisam ser excluídos da receita por caracterizarem desfazimento
de vendas ou substituição da responsabilidade no recolhimento do tributo.
É considerado como receita da pessoa jurídica, por exemplo, o valor obtido:
Da prestação de serviços
Da venda de imóveis
São exemplos de valores que podem ser excluídos da receita obtida pela pessoa jurídica:
As vendas canceladas
As vendas devolvidas
Para alcançar o objetivo imposto pela legislação tributária de determinar a base de cálculo
tributável, a pessoa jurídica deve partir da denominada contabilidade comercial e fazer os ajustes
necessários, determinados pelas normas tributárias, de modo a identificar um novo lucro, dessa
vez, para fins de tributação.
Vale lembrar que os ajustes não são efetuados na escrituração contábil do contribuinte,
afinal, a escrituração contábil tem a finalidade de demonstrar a movimentação ocorrida na
entidade com base nas normas e nos preceitos contábeis. Os ajustes de inclusão e exclusão de
valores devem ser efetuados em livro fiscal específico, denominado de Lalur (livro eletrônico de
apuração do lucro real). Dessa forma, mantém-se a escrituração contábil intacta e ainda se
cumpre a obrigação tributária.
Sobre os tributos, primeiramente é preciso abordar aqueles que incidem sobre o lucro e são
afetados pela escolha do lucro real: o IRPJ e a CSLL, que são um imposto e uma contribuição
social e têm destinações diferenciadas. Esses dois tributos incidem sobre uma mesma base de
cálculo, que é o lucro ajustado. O lucro contábil registrado antes do cálculo dos tributos é
designado de lucro contábil antes do IRPJ e da CSLL. Após o cálculo e lançamento dos dois
tributos, obtém-se a conta o lucro líquido do exercício.
O IRPJ incide sobre o lucro tributável e, de acordo com o artigo 225 do Decreto n.º
9.580/2018 (decreto conhecido como Regulamento do Imposto de Renda), é calculado utilizando
a alíquota de 15%, incidindo ainda um adicional de 10% para os valores que ultrapassam R$ 20
mil no período de apuração.
O percentual aplicável à CSLL pode ser encontrado na Lei n.º 7.689/1988, que institui as
alíquotas, as quais podem ser de:
15% para pessoa jurídica de seguro privado, de capitalização, bancos, corretoras,
administradoras de cartões de crédito, entre outras
As empresas que se enquadrarem no lucro real trimestral devem proceder à apuração das
bases de cálculo do IRPJ e da CSLL, considerando as operações realizadas nos seguintes
períodos:
As pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real que não puderem ou não quiserem adotar a
apuração trimestral poderão optar pela apuração anual do lucro real, em 31 de dezembro do ano
calendário, sem prejuízo do recolhimento mensal do IRPJ e da CSLL com base em regime de
estimativa.
O IRPJ e a CSLL, pagos mensalmente, serão considerados como antecipações dos valores
apurados no balanço anual. O saldo, se houver, será pago ou compensado.
Para definir a forma de pagamento do IRPJ e da CSLL da pessoa jurídica optante pelo lucro
real, deve-se primeiramente identificar qual é o tipo de apuração adotado.
Quando a opção for pelo lucro real mensal, então deverá ser efetuado um pagamento de
IRPJ e CSLL a cada mês. O vencimento da parcela deve ocorrer até o último dia útil do mês
seguinte ao da apuração.
Quando a opção for pelo lucro real trimestral, então deverá ser efetuado o pagamento do
IRPJ e da CSLL até o último dia útil do mês ou meses seguintes ao da apuração do trimestre. O
pagamento pode ser efetuado da seguinte forma:
Em parcela única
Em três parcelas consecutivas e de igual valor, sendo que nenhuma delas poderá
ser inferior a R$ 1.000,00
Acima de tudo, é importante ressaltar que, nos casos em que uma empresa optante pelo
lucro real tem prejuízo em vez de lucro, não é necessário recolher IRPJ ou CSLL. O prejuízo do
período poderá ser compensado com os lucros apurados posteriormente pela empresa, porém
essa compensação está limitada a 30% do lucro real do período de compensação.
As pessoas jurídicas optantes pelo lucro real, além de determinarem o modo de recolher o
IRPJ e a CSLL, também passam a ter definida a forma de tributação de seu faturamento pelo PIS
(Programa de Integração Social) e pela Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social).
O lucro real determina a não cumulatividade para o PIS e a Cofins. Nessa sistemática, é
permitido o crédito fiscal dessas contribuições na aquisição de insumos e algumas mercadorias e
serviços aplicados na manutenção da produção, bem como o crédito fiscal da depreciação de
parte do ativo imobilizado.
Como pode ver, os principais tributos afetados pelo regime de apuração do lucro real são os
federais sobre o lucro ou a receita bruta. Quanto aos tributos estaduais e municipais que incidem
sobre a receita (ICMS e ISS), no lucro real e no lucro presumido assumem as regras de empresa
classificadas no regime “geral” de apuração desses tributos. Confira mais a respeito desse
assunto no material que trata dos tributos federais, estaduais e municipais.
Com a base teórica explicada, assista ao vídeo a seguir com um exemplo sobre o cálculo do
lucro real.
Lucro presumido
O lucro presumido é mais uma das maneiras de designar a forma de apurar o lucro para fins
de aplicação das normas tributárias para cálculo do IRPJ e da CSLL.
Para fins de cálculo desses tributos, a pessoa jurídica poderá, independentemente de sua
contabilidade comercial, presumir o lucro obtido no período, mediante a aplicação de um
percentual sobre o seu faturamento.
A opção de apurar o lucro pelo método de lucro presumido não é permitida para todas as
pessoas jurídicas. Algumas empresas, por força de lei, estão obrigadas a apurar seu lucro com
base no lucro real. Para todas as demais, o lucro presumido é opcional, desde que obedecida a
Lei n.º 9.718/1998, principalmente o seu artigo 13, que prevê:
Art. 13. A pessoa jurídica cuja receita bruta total no ano-calendário anterior tenha sido igual
ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou a R$ 6.500.000,00 (seis
milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-
calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses, poderá optar pelo regime de tributação
com base no lucro presumido.
§ 1º A opção pela tributação com base no lucro presumido será definitiva em relação a todo o
ano-calendário.
Conforme dispõe o artigo 588 do Regulamento do Imposto de Renda, o imposto com base
no lucro presumido será determinado por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias
31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário.
O valor que compõe a base de cálculo trimestral para fins de aplicação do percentual de
presunção do lucro é composto assim:
IRPJ CSLL
Receita
Atividade anual
% %
até R$
120.000,00
Venda de lubrificantes 8 - 12
Venda de mercadorias 8 - 12
Atividade rural 8 - 12
Segundo o Boletim Imposto de Renda n.º 16, publicado pelo site Econet (2011), é
importante conhecer as condições para utilizar o percentual de redução de 16% para IRPJ.
São elas:
a) A empresa deve ser exclusivamente prestadora de serviços, com exceção dos serviços
hospitalares, de transporte e de sociedades civis de profissões regulamentadas;
b) A receita bruta anual não poderá ultrapassar R$ 120.000,00;
c) A empresa prestadora de serviço que exercer juntamente a atividade de comércio, não poderá
utilizar o percentual de redução de 16%, visto que deixa de ser exclusivamente prestadora de
serviço;
d) A pessoa jurídica prestadora de serviço em geral (por ex.: serviços de digitação) e também ter
outra atividade de profissão regulamenta, não poderá utilizar o percentual de redução, uma vez
que não é exclusivamente prestadora de serviço em geral (SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 32 de
06 de Fevereiro de 2007).
Se a receita bruta, acumulada até determinado trimestre, ultrapassar R$ 120 mil, a pessoa
jurídica passará a utilizar o percentual de 32% e ficará sujeita ao pagamento da diferença do
imposto postergado, apurado em relação a cada trimestre transcorrido. Essas diferenças deverão
ser recolhidas até o último dia útil do mês subsequente ao trimestre em que ocorrer o excesso.
Paga dentro desse prazo, a diferença apurada será recolhida sem acréscimo; fora desse prazo
haverá incidência de multa e juros.
As alíquotas de IRPJ e CSLL são as mesmas aplicáveis para o lucro real. Dessa forma,
pode-se determinar as alíquotas aplicáveis de IRPJ:
15% de IRPJ
As pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido, assim como no lucro real, além de
determinarem a forma de recolher o IRPJ e a CSLL, também passam a ter definida a forma de
tributação de seu faturamento pelo PIS e pela Cofins.
Agora que você leu a parte teórica do lucro presumido, assista ao vídeo com um exemplo
prático desse tipo de tributação.
Lucro arbitrado
As pessoas jurídicas podem ser obrigadas ao arbitramento de seu lucro, bem como podem
fazer essa opção quando seus atos e fatos contábeis constituírem base legal para que isso
ocorra. É muito comum se observar o arbitramento do lucro da pessoa jurídica por obrigação
instituída pela Receita Federal do Brasil (RFB), visto que essa é uma prerrogativa utilizável pela
RFB para fins de determinação da base de cálculo de tributação do imposto de renda e da
contribuição social da pessoa jurídica.
I - o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração na
forma das leis comerciais e fiscais ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas
pela legislação fiscal;
II - o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade tributária os livros ou os
registros auxiliares de que trata o § 2º do art. 8º do Decreto-Lei nº 1.598, de 1977;
III - a escrituração a que o contribuinte estiver obrigado revelar evidentes indícios de fraudes ou
contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para:
a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou
b) determinar o lucro real;
IV - o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e os documentos da
escrituração comercial e fiscal, ou o livro-caixa, na hipótese prevista no parágrafo único do art.
600;
V - o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido;
VI - o comissário ou o representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e apurar o
lucro da sua atividade separadamente do lucro do comitente residente ou domiciliado no exterior,
observado o disposto no art. 468; e
VII - o contribuinte não mantiver, em boa ordem e de acordo com as normas contábeis
recomendadas, livro-razão ou fichas utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os
lançamentos efetuados no livro diário.
Observando a relação de hipóteses de arbitramento do lucro estabelecidas anteriormente,
pode-se concluir que a possibilidade de arbitramento está presente em muitas organizações, pois
o menor descuido na preparação e apresentação dos livros contábeis pode desencadear o
arbitramento.
É preciso atenção à elaboração das declarações contábeis pois, na atualidade, esses livros
são transmitidos eletronicamente para a Receita Federal, por meio do programa SPED (Sistema
Público de Escrituração Digital), possibilitando a fiscalização também por meios eletrônicos das
informações encaminhadas.
Conhecida a receita bruta, o contribuinte pode adotar o lucro presumido por opção. Quando
a pessoa jurídica tiver condições de apurar a receita bruta, serão utilizados os mesmos
percentuais aplicáveis ao lucro presumido para determinação da base de cálculo do IRPJ e da
CSLL, acrescendo 20% ao valor identificado.
Não sendo conhecida a receita bruta, a pessoa jurídica não poderá adotar o lucro presumido
opcionalmente. Nesse caso, somente a autoridade fiscal pode determinar sua utilização.
A pessoa jurídica que tiver seu lucro arbitrado, ou fizer a opção pelo arbitramento em
determinado período, deve atentar para a aplicação do PIS e da Cofins cumulativos nesse mesmo
período. Assim que for extinta a situação que levou ao arbitramento do lucro e a forma de
apuração retornar à sistemática anterior, o mesmo acontecerá para o PIS e a Cofins.
Simples Nacional
O Simples Nacional é um meio simplificado de cobrança dos tributos e das declarações de
obrigação das pessoas jurídicas que se enquadram nessa modalidade de tributação do lucro
fiscal.
Antes da edição da Lei Complementar Federal n.º 123/2006, que instituiu o Simples
Nacional, não existia uma regulamentação em nível federal para essa modalidade de tributação
do lucro. Até então, existiam legislações separadas para aplicar em nível federal e em nível
estadual, podendo, inclusive, cada estado aplicar normas diferenciadas para seus contribuintes
optantes pelo Simples Nacional. Também não existia uma regulamentação atribuída aos
municípios, ficando a critério destes aderir ou não ao programa.
A partir da edição da Lei Complementar n.º 123/2006, o Simples Nacional passou a ser
regido por uma só lei, aplicável à União, aos Estados e aos Municípios. Isso simplificou, de certa
forma, a aplicação da lei, visto que ocorreu uma uniformização dela.
Para fins de aplicação das normas estabelecidas pela Lei Complementar n.º 123/2006, as
empresas são divididas nas categorias de microempresa (ME) e empresa de pequeno porte
(EPP). A aplicação de ME e EPP será de acordo com o faturamento auferido no ano calendário
imediatamente anterior. Portanto, será considerada:
Quando a empresa solicitar a inscrição no Simples Nacional no mesmo ano em que iniciar
suas atividades, deverá considerar o faturamento bruto proporcional à quantidade de meses
restantes naquele ano. Dessa forma, serão consideradas as seguintes proporções mensais para
a definição de ME e EPP:
Portanto, as empresas que obtiverem durante o ano calendário receita bruta entre 0 (zero) e
R$ 4,8 milhão estão aptas ao enquadramento como empresa do Simples Nacional.
A EPP que exceder a receita bruta em menos de 20% no ano em exercício será
desenquadrada a partir do ano seguinte.
A EPP que exceder a receita bruta em 20% no ano de início das atividades (como
no caso de abertura de empresa) será desenquadrada retroativamente ao início das
atividades.
Situações de proibição
Algumas atividades e condições da pessoa jurídica ou de seus sócios proíbem a opção pelo
Simples Nacional. Essas situações estão listadas no parágrafo 4.º do artigo 3.º da LC 123/2006,
como, por exemplo:
Vedações de atividade
A opção pelo Simples Nacional tem vedações definidas ainda no artigo 17 da Lei
Complementar n.º 123/2006, para a microempresa ou a empresa de pequeno porte que:
• Exerça atividade de produção ou venda no atacado de: cigarros, cigarrilhas,
charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e
detonantes, bebidas alcoólicas e cervejas sem álcool
Além disso, de acordo com o artigo 29 da Lei Complementar n.º 123/2006, existem alguns
motivos para a exclusão das empresas do Simples Nacional, por exemplo:
Tributos
A lista dos tributos abrangidos pelo Simples Nacional está no artigo 13 da Lei Complementar
n.º 123/2006:
1.ª
4,00% - Até 180.000,00
faixa
2.ª
7,30% 5.940,00 De 180.000,01 a 360.000,00
faixa
3.ª
9,50% 13.860,00 De 360.000,01 a 720.000,00
faixa
4.ª
10,70% 22.500,00 De 720.000,01 a 1.800.000,00
faixa
5.ª De 1.800.000,01 a
14,30% 87.300,00
faixa 3.600.000,00
6.ª De 3.600.000,01 a
19,00% 378.000,00
faixa 4.800.000,00
1.ª
4,50% - Até 180.000,00
faixa
2.ª
7,80% 5.940,00 De 180.000,01 a 360.000,00
faixa
3.ª
10,00% 13.860,00 De 360.000,01 a 720.000,00
faixa
4.ª
11,20% 22.500,00 De 720.000,01 a 1.800.000,00
faixa
5.ª De 1.800.000,01 a
14,70% 85.500,00
faixa 3.600.000,00
6.ª De 3.600.000,01 a
30,00% 720.000,00
faixa 4.800.000,00
1.ª
6,00% - Até 180.000,00
faixa
2.ª
11,20% 9.360,00 De 180.000,01 a 360.000,00
faixa
3.ª
13,50% 17.640,00 De 360.000,01 a 720.000,00
faixa
4.ª
16,00% 35.640,00 De 720.000,01 a 1.800.000,00
faixa
5.ª De 1.800.000,01 a
21,00% 125.640,00
faixa 3.600.000,00
6.ª De 3.600.000,01 a
33,00% 648.000,00
faixa 4.800.000,00
1.ª
4,50% - Até 180.000,00
faixa
2.ª
9,00% 8.100,00 De 180.000,01 a 360.000,00
faixa
3.ª
10,20% 12.420,00 De 360.000,01 a 720.000,00
faixa
4.ª
14,00% 39.780,00 De 720.000,01 a 1.800.000,00
faixa
5.ª De 1.800.000,01 a
22,00% 183.780,00
faixa 3.600.000,00
6.ª De 3.600.000,01 a
33,00% 828.000,00
faixa 4.800.000,00
1.ª
15,50% - Até 180.000,00
faixa
2.ª
18,00% 4.500,00 De 180.000,01 a 360.000,00
faixa
3.ª
19,50% 9.900,00 De 360.000,01 a 720.000,00
faixa
4.ª
20,50% 17.100,00 De 720.000,01 a 1.800.000,00
faixa
5.ª De 1.800.000,01 a
23,00% 62.100,00
faixa 3.600.000,00
6.ª De 3.600.000,01 a
30,50% 540.000,00
faixa 4.800.000,00
1.ª
4,00% - Até 180.000,00
faixa
2.ª
7,30% 5.940,00 De 180.000,01 a 360.000,00
faixa
3.ª
9,50% 13.860,00 De 360.000,01 a 720.000,00
faixa
4.ª De 720.000,01 a
10,70% 22.500,00
faixa 1.800.000,00
5.ª De 1.800.000,01 a
14,30% 87.300,00
faixa 3.600.000,00
6.ª De 3.600.000,01 a
19,00% 378.000,00
faixa 4.800.000,00
Fonte: <https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/tabela-simples-nacional-completa/>.
Acesso em: 15 dez. 2021.
Anexo 2 – Indústria em geral
1.ª
4,50% - Até 180.000,00
faixa
2.ª
7,80% 5.940,00 De 180.000,01 a 360.000,00
faixa
3.ª
10,00% 13.860,00 De 360.000,01 a 720.000,00
faixa
4.ª De 720.000,01 a
11,20% 22.500,00
faixa 1.800.000,00
5.ª De 1.800.000,01 a
14,70% 85.500,00
faixa 3.600.000,00
6.ª De 3.600.000,01 a
30,00% 720.000,00
faixa 4.800.000,00
Fonte: <https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/tabela-simples-nacional-completa/>.
Acesso em: 15 dez. 2021.
Anexo 3 – Prestadores de serviços em geral
1.ª
6,00% - Até 180.000,00
faixa
2.ª
11,20% 9.360,00 De 180.000,01 a 360.000,00
faixa
3.ª
13,50% 17.640,00 De 360.000,01 a 720.000,00
faixa
4.ª De 720.000,01 a
16,00% 35.640,00
faixa 1.800.000,00
5.ª De 1.800.000,01 a
21,00% 125.640,00
faixa 3.600.000,00
6.ª De 3.600.000,01 a
33,00% 648.000,00
faixa 4.800.000,00
Fonte: <https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/tabela-simples-nacional-completa/>.
Acesso em: 15 dez. 2021.
Anexo 4 – Prestadores de serviço de limpeza, vigilância,
obras, construção de imóveis, serviços advocatícios
1.ª
4,50% - Até 180.000,00
faixa
2.ª
9,00% 8.100,00 De 180.000,01 a 360.000,00
faixa
3.ª
10,20% 12.420,00 De 360.000,01 a 720.000,00
faixa
4.ª De 720.000,01 a
14,00% 39.780,00
faixa 1.800.000,00
5.ª De 1.800.000,01 a
22,00% 183.780,00
faixa 3.600.000,00
6.ª De 3.600.000,01 a
33,00% 828.000,00
faixa 4.800.000,00
Fonte: <https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/tabela-simples-nacional-completa/>.
Acesso em: 15 dez. 2021.
Anexo 5 – Prestadores de serviços especializados
1.ª
15,50% - Até 180.000,00
faixa
2.ª
18,00% 4.500,00 De 180.000,01 a 360.000,00
faixa
3.ª
19,50% 9.900,00 De 360.000,01 a 720.000,00
faixa
4.ª De 720.000,01 a
20,50% 17.100,00
faixa 1.800.000,00
5.ª De 1.800.000,01 a
23,00% 62.100,00
faixa 3.600.000,00
6.ª De 3.600.000,01 a
30,50% 540.000,00
faixa 4.800.000,00
Fonte: <https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/tabela-simples-nacional-completa/>.
Acesso em: 15 dez. 2021.
Para fazer o cálculo do Simples Nacional, você deve seguir quatro passos:
O pagamento do tributo devido a título de Simples Nacional será recolhido em guia única até
o dia 20 do mês seguinte ao de aferição da receita bruta. O pagamento é postergado até o
primeiro dia útil seguinte quando o dia 20 coincidir com data em que não houver expediente
bancário.
Como obrigação acessória, as empresas optantes pelo Simples Nacional devem emitir notas
fiscais de venda de mercadorias e prestação de serviços, inclusive em formato eletrônico, bem
como manter em boa ordem os documentos que comprovem as movimentações efetuadas.
Nas notas fiscais emitidas devem constar as seguintes expressões, de acordo com o tipo de
operação:
Nos casos em que o estado de localização da pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional
determinar sublimites para definição da receita bruta, quando esses limites forem superados,
deverão constar as seguintes mensagens na nota fiscal:
Por fim, observe um exemplo prático de aplicação do Simples Nacional com o vídeo a
seguir:
MEI
Em 2008, foi introduzida na Lei Complementar Federal n.º 128/2008, que regulamenta as
empresas do Simples Nacional, a figura do microempreendedor individual, inserindo-a assim no
cenário tributário nacional.
Poderá optar pelo MEI o empresário que esteja apto ao enquadramento no Simples
Nacional. Portanto, o empresário deverá observar as atividades que obrigam a tributação do lucro
por outros métodos, bem como observar o valor do faturamento permitido.
Além disso, somente algumas atividades estão aptas a se enquadrar no MEI, como, por
exemplo: açougueiro, barbeiro, cabeleireiro, diarista, eletricista de automóveis, fotógrafo, guia de
turismo, jardineiro, marceneiro, ourives, padeiro, quitandeiro, sapateiro, taxista etc. Para ter
acesso à lista completa das atividades, procure na Internet o Portal do Empreendedor.
Solicitação de enquadramento
A solicitação de enquadramento é feita no dia 1.º de janeiro de cada ano ou no início das
atividades. Efetuado o enquadramento na modalidade de microempreendedor individual, ele
deverá ser mantido durante todo o ano calendário, com exceção para os casos de
desenquadramento por homologação ou encerramento da atividade.
O limite anual da receita bruta auferida permitida é de R$ 81 mil. Quando o início das
atividades ocorrer durante a vigência do ano calendário, então deve ser considerado o valor de
R$ 6.750,00 por mês.
Desenquadramento
Tributos
O MEI não precisa apurar a base de cálculo para fins de recolhimento dos tributos. Os
valores a serem recolhidos são fixos, de acordo com o que estabelece o artigo 18-A da Lei
Complementar Federal n.º 123/2006, que estipula o valor da seguinte forma:
Ainda segundo o artigo 18-A da Lei Complementar Federal n.º 123/2006, o valor
correspondente à contribuição previdenciária terá reajuste anual, juntamente com o reajuste do
salário mínimo.
A seguir, confira algumas declarações mensais comuns que a maioria das empresas devem
entregar e às quais o futuro técnico em contabilidade deverá estar atento:
Quando exigida pelo município, essa declaração servirá para a escrituração mensal de todos
os documentos fiscais emitidos e recebidos referentes aos serviços prestados e tomados de
terceiros ou intermediados por estes. A declaração substitui o livro de registro dos serviços
prestados e o livro de registro de serviços tomados, e será apresentada ao município pelo
prestador, pelo tomador, ou por ambos, observadas as condições previstas na legislação de sua
circunscrição fiscal. O empreendedor individual (com faturamento anual de até R$ 36 mil) é
dispensado da Declaração Eletrônica de Serviços municipal.
c. Multa equivalente a 0,02% por dia de atraso, calculada sobre a receita bruta da
pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração, limitada a 1%, aos que
não cumprirem o prazo estabelecido para apresentação dos registros e respectivos
arquivos
EFD-Contribuições
Obrigação federal que compõe o SPED e que deve ser enviada pelas empresas na
escrituração da contribuição para o PIS e da Cofins, nos regimes de apuração não cumulativo
e/ou cumulativo, bem como para a escrituração digital da CPRB, incidente nos setores de
comércio, serviços e indústrias, no auferimento de receitas referentes à CNAE (Classificação
Nacional de Atividades Econômicas), atividades, serviços e produtos (Nomenclatura Comum do
Mercosul – NCM) nela relacionados. Com exceção das empresas optantes pelo Simples Nacional
e os MEIs, as demais empresas estão sujeitas à entrega dessa declaração. O prazo para o envio
da EFD-Contribuições é até o 10.º dia útil do segundo mês subsequente ao de referência da
escrituração. A multa pela entrega em atraso ou a falta de entrega é a mesma referente à EFD
ICMS IPI.
Os créditos tributários abrangidos pelo Simples Nacional, desde o ano calendário de 2012,
passam a ser declarados mensalmente por meio do PGDAS-D. A apuração no PGDAS-D deverá
ser realizada e transmitida mensalmente, ainda que o ME ou a EPP não tenham auferido receita
em determinado mês, hipótese em que o campo de receita bruta deverá ser preenchido com valor
igual a zero. Caso o ME ou a EPP permaneçam inativos durante todo o ano calendário,
informarão essa condição na declaração anual chamada Defis (Declaração de Informações
Socioeconômicas e Fiscais). Após a realização da PGDAS-D, o programa gerará a DAS a ser
paga pelo contribuinte, caso este tenha receita bruta no período apurado. O prazo para a
transmissão do PGDAS-D é até o dia 20 do mês subsequente ao período de apuração. A multa
mínima para ausência de entrega da declaração ou envio após o prazo é de R$ 50,00. Após o
vencimento haverá incidência de multas e juros.
Encerramento
Você chegou ao final do conhecimento sobre os regimes de tributação e as declarações
mensais obrigatórias para as empresas. Inicialmente, você pôde conhecer um pouco mais sobre
os regimes de tributação real, presumido, arbitrado, simples e MEI, bem como a forma de
realização dos seus cálculos.