Aula IV - Obrigações

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 4

DIREITO CIVIL

OBRIGAÇÃO
Obrigação é o vínculo jurídico que adstringe alguém a prestar algo em favor de outrem.

- dar
Prestação - fazer
- não fazer

A prestação nasce, em regra, porque a lei assim o diz.

Quais são modalidades obrigacionais? É a prestação qualificada (dar em solidariedade).

OBRIGAÇÃO DE DAR
(Art. 233 e seg.)

 Coisa certa
- corpo certo Gênero
Quantidade
ESPÉCIE
- conteúdo: título translativo.

O sistema brasileiro de transferência da propriedade é bifásico, o que significa dizer que em


um primeiro momento cria-se obrigação e para depois efetuar-se efetivamente a transferência do bem.

- extensão: a obrigação de dar o bem principal envolve os bens acessórios.

EXCEÇÃO: pertenças (são bem acessórios – arts. 93 e 94 do CC)

Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se
destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de
outro.
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não
abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação
de vontade, ou das circunstâncias do caso.

As pertenças não acompanham o bem principal porque quando destacadas dele conservam a
sua individualidade e autonomia.

Ex. quadros pendurados na sala – não são bens integrantes; linha de telefone; caixas de som no
carro.

- teoria dos riscos (responsabilidade pelo perecimento ou deterioração da coisa):


DAR se divide em Entregar
Restituir
I. Sem culpa: “res perit domino” = a coisa perece para o dono.

Na obrigação de entregar, o proprietário sofre o prejuízo (devedor).

Quando a coisa perecer sem culpa de ninguém aplica-se a regra do res perit domino e a
obrigação se resolve. Logo, o proprietário devolve o dinheiro resolvido.

Na obrigação de restituir, o credor sofre o prejuízo.

Se o caso for de deterioração, o credor que vai receber a obrigação de entregar opta por
resolver a obrigação ou opta por receber a coisa com abatimento de preço.

Se a obrigação for de restituir e houver deterioração, o credor proprietário recebe no estado


que a coisa está.

II. Com culpa: entrega ou devolução = EQUIVALENTE mais perdas e danos.

** Perdas e danos: prejuízo. Para repara é preciso perda e dano, nos termos da responsabilidade civil.
Não é automático.

 Coisa incerta: Gênero


Quantidade

A lei não admite indeterminação absoluta, que se tem quando faltar quantidade ou gênero.

Concentração é o ato unilateral de escolha que torna o objeto incerto em certo.

o Como regra, a escolha compete ao devedor. Este, entretanto, não poderá escolher
nem a pior nem ser obrigado a escolher a melhor. Isto é, regra geral é o meio-
termo.
o Terceiro poderá ser apontado para o ato de escolha. Se este terceiro não aceitar
caberá ao juiz escolher.
o A escolha pertence ao devedor com regra, mas somente se aperfeiçoa com a
notificação do credor (ato receptício).

- teoria dos riscos: “genus nunquan perit” = o gênero nunca perece. Enquanto não
individualizar a coisa, é obrigado a arrumar com outrem.

Caso haja com culpa, pode haver perdas e danos.

Se já houve a concentração (com a notificação) torna-se coisa certa e se engaja naquele tópico.
OBRIGAÇÃO DE FAZER

Espécies: Personalíssima (infungível), isto é, a que só pode ser praticada pelo devedor.

Impessoal (fungível), pode ser praticada por qualquer pessoa.

Se a prestação for fungível ou impessoal poderá o credor mandar executar o serviço as custas
do devedor, sem prejuízo de eventual indenização (art. 249).

Se a obrigação de fazer for personalíssima, e houver recusa, responderá por perdas e danos o
devedor relutante.

O processo civil atual procura obrigar o devedor ao cumprimento em espécie pelos chamados
instrumentos indiretos de coação, tais como a multa diária ou a multa única (art. 497, 499 e 500 do
CPC).

OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER

Existe obrigação de abstenção. O inadimplemento se dá quando o devedor pratica o ato a que


se obrigara não praticar.

Se o ato realizado puder ser desfeito, o credor poderá assim exigir. Se houver impossibilidade
de desfazimento, restará apenas a via indenizatória.

PAGAMENTO
 Direto:
- o objeto do pagamento é o bem da vida previsto no contrato – art. 313;

Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é
devida, ainda que mais valiosa.

- sujeitos do pagamento:
* solvens = aquele que paga (pode ou não ser o devedor);

- Devedor – regra geral.


- Terceiros Interessado (está atrelada ao contrato e pode sofrer os efeitos do
inadimplemento – viador, avalista) Utilizar dos meio conducentes a
exoneração do devedor, como p.ex. a consignação em pagamento. Quando
paga, se sub-roga nos direitos do credor.
Não interessado: o que paga em nome próprio tem direito de ser reembolsar
no futuro. Se paga em nome do devedor, não tem nem direito a se reembolsar
(ex. pai e mãe).

* accipiens = quem recebe.


- credor
- representante
- 3° Ratificado pelo credor
Passado ao credor

Você também pode gostar