Aula IV - Obrigações
Aula IV - Obrigações
Aula IV - Obrigações
OBRIGAÇÃO
Obrigação é o vínculo jurídico que adstringe alguém a prestar algo em favor de outrem.
- dar
Prestação - fazer
- não fazer
OBRIGAÇÃO DE DAR
(Art. 233 e seg.)
Coisa certa
- corpo certo Gênero
Quantidade
ESPÉCIE
- conteúdo: título translativo.
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se
destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de
outro.
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não
abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação
de vontade, ou das circunstâncias do caso.
As pertenças não acompanham o bem principal porque quando destacadas dele conservam a
sua individualidade e autonomia.
Ex. quadros pendurados na sala – não são bens integrantes; linha de telefone; caixas de som no
carro.
Quando a coisa perecer sem culpa de ninguém aplica-se a regra do res perit domino e a
obrigação se resolve. Logo, o proprietário devolve o dinheiro resolvido.
Se o caso for de deterioração, o credor que vai receber a obrigação de entregar opta por
resolver a obrigação ou opta por receber a coisa com abatimento de preço.
** Perdas e danos: prejuízo. Para repara é preciso perda e dano, nos termos da responsabilidade civil.
Não é automático.
A lei não admite indeterminação absoluta, que se tem quando faltar quantidade ou gênero.
o Como regra, a escolha compete ao devedor. Este, entretanto, não poderá escolher
nem a pior nem ser obrigado a escolher a melhor. Isto é, regra geral é o meio-
termo.
o Terceiro poderá ser apontado para o ato de escolha. Se este terceiro não aceitar
caberá ao juiz escolher.
o A escolha pertence ao devedor com regra, mas somente se aperfeiçoa com a
notificação do credor (ato receptício).
- teoria dos riscos: “genus nunquan perit” = o gênero nunca perece. Enquanto não
individualizar a coisa, é obrigado a arrumar com outrem.
Se já houve a concentração (com a notificação) torna-se coisa certa e se engaja naquele tópico.
OBRIGAÇÃO DE FAZER
Espécies: Personalíssima (infungível), isto é, a que só pode ser praticada pelo devedor.
Se a prestação for fungível ou impessoal poderá o credor mandar executar o serviço as custas
do devedor, sem prejuízo de eventual indenização (art. 249).
Se a obrigação de fazer for personalíssima, e houver recusa, responderá por perdas e danos o
devedor relutante.
O processo civil atual procura obrigar o devedor ao cumprimento em espécie pelos chamados
instrumentos indiretos de coação, tais como a multa diária ou a multa única (art. 497, 499 e 500 do
CPC).
Se o ato realizado puder ser desfeito, o credor poderá assim exigir. Se houver impossibilidade
de desfazimento, restará apenas a via indenizatória.
PAGAMENTO
Direto:
- o objeto do pagamento é o bem da vida previsto no contrato – art. 313;
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é
devida, ainda que mais valiosa.
- sujeitos do pagamento:
* solvens = aquele que paga (pode ou não ser o devedor);