Direito Civil II - Apostila Completa
Direito Civil II - Apostila Completa
Direito Civil II - Apostila Completa
DIREITO CIVIL II
OBRIGAES
Prof. Vicente Gonalves de Arajo Jnior
2011
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objeto
CREDOR ___________________________________ DEVEDOR
Sujeito Ativo vnculo Jurdico Sujeito Passivo
A obrigao a relao jurdica que vincula devedor ao credor, de modo que este devedor dever
satisfazer uma prestao em benefcio do credor. A prestao consiste em:
Dar;
Fazer;
No fazer
A teoria dualista de Brinz apresentada em vrios dispositivos: art 389 CC; 391 CC etc. A
penhorabilidade dos bens deve ser analisada casualmente. Existe uma parcela do patrimnio
(patrimnio mnimo) do indivduo que visa garantir sua vida digna.
Responsabilidade - autorizao legal para que o credor no satisfeito em seus interesses possa
invadir o patrimnio do devedor, retirando da sua garantia necessria ao adimplemento daquele
dbito.
Questes jurisprudenciais
Alimentos - STF: Prazo mximo de priso - 60 dias.
STJ - Somente enseja priso civil dvida referente aos alimentos do direito de famlia;
MP pode pedir priso civil do alimentante? E o juiz pode conceder de ofcio?
MP custus legis - No;
MP parte - Pode;
Juiz de ofcio - No.
Smula 309 STJ - O prazo deve ser analisado retroativamente, partindo da data da
propositura da ao. As penses no precisam ser cumulativas, ou seja, basta que esteja uma
em aberto para que enseje a priso.
PONDERAO
Devedor - Direito de Liberdade + Dignidade da pessoa humana
Valor existencial
Dever Jurdico: imposio que sobre todos recai de acatar a determinados ditames, sob pena de se
sujeitar a alguma sano pr-determinada. Ex: respeitar a propriedade privada; cumprir com os
deveres conjugais.
Obrigao: dever com conotao creditria (obrigacional). No art. 1 do CC toda pessoa capaz de
direito e deveres na ordem civil. Assim, da mesma forma que uma pessoa est obrigada a prestar, a
outra tem o direito subjetivo a prestao.
nus: benefcio decorrente da atuao da parte, dirigido ao prprio agente e no a terceiros. Ex:
nus da prova cabe a quem alega (CPC). Assim, o nus o comportamento necessrio para
conseguir-se certo resultado, que a lei no impe, mas faculta.
Estado de Sujeio: (direito potestativo) se traduz na possibilidade que tem uma das partes de
invadir a esfera jurdica alheia impondo um estado de sujeio. Subordinao a vontade alheia.
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Fontes Mediatas:
Ato jurdico stricto sensu: submisso do agente ao ordenamento jurdico. Percebe-se que a
manifestao de vontade da pessoa dirige-se a efeitos jurdicos previamente desenhados
pelo legislador, no havendo espao para a atividade criadora do homem no plano da
eficcia do ato. Ex: reconhecimento de um filho, citao, adoo.
Negcio jurdico: manifestao da vontade que busca a produo de efeitos jurdicos. O que
revela perceber que esses efeitos jurdicos, ao revs dos efeitos dos atos jurdicos em
sentido estrito, so aqueles pretendidos pelas partes, e no decorrentes da lei.
Atos ilcitos: o CC contempla em duas espcies de atos ilcitos: SUBJETIVO (186) Este ato
ilcito poder decorrer da ao ou omisso do agente, sem prescindir da existncia de dano;
e o segundo, OBJETIVO ou POR ABUSO DE DIREITO (187) Esta espcie de ato ilcito parte da
idia de que todas as pessoas possuem direitos subjetivos e dever de cada um exercit-los
dentro de determinados limites.
A OBRIGAO COMPLEXA:
A concepo de obrigao mais adequada a um Estado Democrtico de Direito a de que ela antes
de tudo um processo.
Um PROCESSO, no sentido de que se trata de um conjunto de atos, todos eles permeados pela
necessidade de colaborao recproca entre as partes para alcance do seguinte resultado: MAIOR
SATISFAO DO CREDOR e MENOR ONEROSIDADE DO DEVEDOR.
S assim, possvel ter-se uma obrigao em que se resguardam os interesses patrimoniais das
partes, sem deixar de lado os direitos da personalidade e o princpio da dignidade da pessoa humana.
por isso, que se diz que, hodiernamente, no se cumpre mais uma obrigao simplesmente
adimplindo a prestao principal. A todo tempo esto ladeados os deveres anexos (proteo;
informao e cooperao PIC). Ex: nada adiantaria se vendesse uma padaria a um terceiro e que
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depois de pouco tempo, voltasse a abrir outra padaria nas proximidades da antiga, tomando os
clientes antigos.
a obrigao que decorre do fato de a pessoa ser titular de um direito real (pagar o IPTU), ou seja,
recai sobre a pessoa por fora de determinado direito real. S existe em razo da situao jurdica do
obrigado, de titular do domnio ou de detentor da coisa.
Revela perceber que na obrigao propter rem, o devedor no se obriga por sua vontade, mas sim
por ser proprietrio do bem.
RESPONSABILIDADES
Obrigaes naturais - Ex.: dvida de jogo: pode haver a celebrao do contrato de jogo e
aposta, uma vez que constitui um contrato tpicoestabelecido pelo prprio Cdigo Civil. No
entanto, havendo o inadimplemento da obrigao l estabelecida no poder o credor
invadir o patrimnio do devedor para receber a quantia. Deve-se lembrar tambm que o
valor pago voluntariamente nestas hipteses irrepetvel, ou seja, no poder aquele que
pagou utilizar da denominada ao de repetio do indbito, visto que o valor no um
indbito e sim um dbito.
Contrato de fiana
contratos de locao, uma vez que se apresenta geralmente em forma de contrato de adeso,
contrato este que apenas a parte autora toma a iniciativa de elaborao de suas clusulas, sem
manifestao da parte contratante? Diz o professor que o benefcio de ordem um direito do fiador.
En. 364 CJF nula clusula que prev renncia ao benefcio de ordem em contrato de adeso.
O bem de famlia pode apresentar-se como bem de famlia legal (L.8009/90) ou convencional. Parte
da doutrina critica as nomenclaturas, visto que somente o bem de famlia legal consiste no legtimo
bem de famlia, j que a proteo recair no nico bem imvel pertencente quele ncleo familiar,
ao passo que o bem de famlia convencional, para esta corrente doutrinria, seria apenas um
benefcio de ordem processual.
O bem de famlia convencional pode ser institudo pelo casal, pela entidade familiar ou terceiro. O
bem gravado como bem de famlia deve equivaler a no mximo 1/3 do patrimnio do casal (art.1711
CC), existente na poca da instituio.
O bem de famlia legal automtico, no precisa de conduta ativa dos beneficirios. Basta que seja
nico imvel residencial familiar. No que tange a abrangncia dos institutos, o bem de famlia
convencional apenas proteger o imvel das dvidas contradas posteriormente a sua instituio,
salvo dvidas referentes a tributos reais e dvidas de condomnio. O bem de famlia legal, por tratar-se
de regra processual, tem aplicao imediata, ou seja, atinge dvidas passadas e futuras a sua
elaborao (Smula 205 STJ).
A impenhorabilidade do bem de famlia legal pode ser cessada em algumas situaes (art.3 I a VII
L.8009/90). Na hiptese do inciso VII (fiador), este poder perder seu nico imvel de morada,
devido uma dvida contrada por terceiro. A regra gera mal-estar e um sentimento de injustia,
equivalendo a uma abdicao do fiador no que tange ao bem de famlia legal no momento da
assinatura do encargo.
Aps muita discusso a respeito do tema, em primeiro momento foi entendido pelo STF a no
recepo deste art.3, VII da Lei 8.009/90, a partir da entrada em vigor da Emenda Constitucional 26
(RE 352940). Porm, este entendimento foi modificado. No RE 407688 foi entendido pelo Excelso
Pretrio que a regra constitucional, uma vez que o dispositivo proporciona o direito de moradia.
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Isto porque com o entendimento preliminar da suprema corte, a elaborao dos contratos de
locao tornaram-se mais difceis. Os locadores exigiam dos locatrios como garantia fiadores
proprietrio de mais de um bem imvel, tornando quase impraticvel a elaborao deste tipo de
acordo. Nesta deciso, o STF ponderou em pro do direito de propriedade, livre iniciativa, liberdade,
em face da dignidade da pessoa humana, interesse da famlia, solidariedade e isonomia.
Por fim, no que se refere a fiana de pessoas casadas, necessrio se faz a presena da outorga do
outro cnjuge, sob pena de gerar a invalidade do ato. (Smula 332 STJ).
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Contrato;
Ato unilateral
Incio - Fontes das obrigaes Ato ilcito
Atos no negociais - aquele em o sujeito decide apenas
se pratica ou no o ato, ou seja, no escolhe os efeitos
jurdicos. (ex.adoo).
Divisvel;
Indivisvel;
Solidria;
Dar;
Meio - Modalidades Fazer;
No fazer;
Atividade meio;
Atividade - fim (resultado).
Pagamento direto
Fim Adimplemento Pagamento indireto
Formas especiais de extino das obrigaes
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Negativa No Fazer.
LICITUDE implica o respeito aos limites impostos pelo direito e pela moral (cometer um crime ou
favores de ordem sexual). Tais prestaes ilcitas, repugnariam a conscincia jurdica e o padro de
moralidade mdia observado e exigido pela sociedade.
POSSIBILIDADE A prestao para que seja considerada vivel, dever ser fsica e juridicamente
possvel. Ex.: Fsica pavimentao do solo lunar; Jurdica herana de pessoa viva (pacto corvina).
A possibilidade pode ser originria (ocorre ao tempo da formao da prpria relao jurdica
obrigacional) ou superveniente ( posterior formao da relao obrigacional).
DETERMINABILIDADE toda prestao para valer e ser realizvel, dever conter elementos mnimos
de identificao e individualizao. Afinal, ningum poder obrigar-se a prestar alguma coisa. Por
isso, alm da prestao ser lcita e possvel, dever ser determinada (aquela j especificada, certa,
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Obrigao de dar coisa certa ou obrigao especifica, ser determinada pelo gnero, quantidade e
qualidade.
Obrigaes de dar coisa incerta ou obrigaes genricas so as obrigaes delimitadas pelo gnero e
quantidade. Faltara a determinao da qualidade. Para que essa obrigao chegue ao adimplemento,
se faz necessrio que em algum momento as partes delimitem a qualidade do que ser adimplido.
Ou seja, a obrigao de dar coisa incerta surge de forma genrica (incerta), mas ao ser cumprido, tem
de ser uma obrigao certa.
No momento anterior ou num momento coincidente com o adimplemento, as partes iro definir a
qualidade do bem a ser adimplido sob pena da obrigao ser impagvel. Chamamos tecnicamente
este momento de momento da escolha ou da concentrao da obrigao.
OBRIGAO DE DAR aquela em que o devedor dever entregar ou restituir algo ao credor. Este
algo pode ser coisa certa ou incerta.
Obrigao de dar coisa certa a coisa a ser entregue ou restituda dever ser algo perfeitamente
individualizado ou especializado.
certo que, em se tratando de obrigao de dar coisa certa, o credor no obrigado a receber
prestao diversa da que lhe devida, ainda que mais valiosa (313 CC/02). Entretanto, pode o credor
aceitar e a estaremos diante do instituto da DAO EM PAGAMENTO (356 CC/02).
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No que diz respeito ao acessrio da coisa certa claro que os acessrios acompanharo a coisa certa,
ainda que no mencionados, salvo se contrrio resultar do ttulo ou das circunstncias do caso (233
CC/02).
Na hiptese da coisa certa vir a se perder, necessrio averiguar se a coisa se perdeu antes ou
depois da tradio, ou antes, ou depois do implemento da condio suspensiva (o negcio encontra
subordinado a um acontecimento futuro e incerto).
Obs. 3: Existem hipteses em que, se a perda da coisa se der mesmo sem culpa
do devedor, isto , por caso fortuito ou fora maior, o devedor, alm de sofrer o
prejuzo da perda da coisa, arcar com as perdas e danos.
Estando o devedor em mora (399 CC/02).
Se expressamente se houver responsabilizado pelo prejuzo (393
CC/02).
Art. 235. Deteriorada a coisa, no sendo o devedor culpado, poder o credor resolver a obrigao, ou
aceitar a coisa, abatido de seu preo o valor que perdeu.
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Art. 236. Sendo culpado o devedor, poder o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado
em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenizao das perdas e danos.
Caso tenha ocorrido perda parcial (ou deteriorizao) nasce para o credor duas
possibilidades: ou ficar com a coisa e pedir o abatimento proporcional do preo ou
resolver a obrigao. Quando tiver culpa terei essas duas opes mais perdas e
danos.
Aps a entrega do bem, guarde a assertiva: a coisa perde para o seu dono Res perit domino. A coisa
se perde para seu atual proprietrio.
No dia 01.06, eu levo o fusca para realizar a tradio. Estaciono o fusca e entrego as chaves para o
comprador. Mesmo que o comprador no pegue a coisa de imediato, mas j tendo feito a entrega
das chaves houve a a tradio. Houve a uma tradio na modalidade simblica. A partir dai a coisa
se perde para seu dono; a coisa se perde para seu atual proprietrio!
OBRIGAO DE RESTITUIR nada mais que uma espcie de obrigao de dar. O devedor dever
devolver a coisa ao seu credor, que nesta obrigao o dono da coisa.
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Melhoramento da coisa na obrigao de restituir Se a coisa que dever ser restituda sofrer
qualquer melhora ou acrscimo, sem que para tanto o devedor tenha despendido qualquer gasto, o
credor receber a coisa com as suas melhorias, sem ser cabvel qualquer indenizao ao devedor.
(241 CC/02).
Obrigao de dar coisa incerta aquela cujo objeto indicado pelo gnero e pela quantidade,
faltando apenas determinar a qualidade (243 CC/02), no havendo obrigao se faltar qualquer
daquelas especificaes.
A escolha da coisa incerta A quem cabe a escolha? Ao devedor ou ao credor? Se o ttulo nada
informar, a escolha caber ao devedor da entrega da coisa. Revela notar que, em razo do princpio
da equivalncia das prestaes, o devedor no poder escolher a coisa pior, embora no esteja
obrigado a prestar a melhor. (244 CC/02).
Momento em que a obrigao de dar coisa incerta se convola em obrigao de dar coisa certa
(245 CC/02) o da CIENTIFICAO.
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CIENTIFICAO
Impossibilidade de perda da coisa incerta No faz sentido o devedor alegar que a coisa se perdeu.
O GNERO NO PERECE. Assim, o artigo 246 do CC/02 estipula antes da escolha, no poder o
devedor alegar perda ou deteriorao da coisa, ainda que por fora maior ou caso fortuito. Sendo
mais adequado a expresso antes da cientificao.
Obs.: Entretanto, se estivssemos diante da chamada dvida de gnero limitado, plenamente cabvel
seria a possibilidade da perda da coisa. Isso porque se trata de obrigao quase-genrica como
(entrega de colheita que se encontra em determinado depsito). Nesse caso, admite-se a perda da
coisa, sendo que o devedor arcar com perdas e danos somente na hiptese de ter obrado com
culpa pela perda da coisa.
OBRIGAO DE FAZER nas obrigaes de fazer interessa ao credor a prpria atividade do devedor.
Fungvel aquela que a prestao pode ser cumprida por terceiro, uma vez que sua
execuo no depende de qualidades pessoais do devedor.
Infungvel tambm conhecida como personalssima, ocorre quando convencionado
que o devedor cumpra pessoalmente a prestao, ou a prpria natureza desta
impedir a sua substituio.
Conseqncia do inadimplemento:
Cada credor s pede a sua parte e cada devedor s se obriga por sua parte, incidindo diversos
vnculos jurdicos entre os sujeitos ativos e passivos da relao jurdica.
Ex.: Os devedores A, B e C devem a quantia de R$90,00 ao credor D. temos vrios devedores e uma
prestao divisvel. A presuno que incidir a de que cada um deve apenas a sua cota parte, isto
R$30,00.
Obrigao solidria ativa ocorre quando existem vrios credores e um devedor, sendo que cada
um deles poder exigir a obrigao por inteiro.
Obrigao solidria passiva ocorre quando existem vrios devedores e um credor, sendo que cada
um deles est obrigado a pagar a dvida toda.
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Obs.: Se, por acaso, na mesma obrigao existirem vrios credores e vrios devedores, estaremos
diante do que a doutrina chama de solidariedade mista.
A solidariedade no se presume, decorre da lei ou da vontade das partes (art. 265 do CC/02). Porque
se no fosse assim, estaramos diante de uma obrigao fracionada.
E condicional, ou a prazo, ou pagvel em lugar diferente, (quando est sujeito a um evento futuro e
incerto) para o outro (266 do CC/02). Aqui encontramos a aplicao da variabilidade da natureza da
obrigao solidria.
Incidncia da solidariedade somente nas relaes externas: na solidariedade tanto passiva quanto
ativa, o devedor e o credor respectivamente podem ser cobrados individualmente ou cobrar toda a
dvida, mas nas relaes internas entre os demais devedores e credores ocorrero uma obrigao
fracionada.
Solidariedade Ativa: ocorre quando existem vrios credores na mesma obrigao e cada um deles
tem direito a exigir o valor integral da dvida (267 do CC/02).
lcito ao devedor escolher a qual credor ele pretende pagar (268 do CC/02). Mas caso seja
demandado por algum dos credores, no mais lhe deferida a possibilidade de escolher a quem
pagar PREVENO JUDICIAL.
No caso do pagamento parcial, do devedor a um dos credores solidrios, a dvida ser extinta na
proporo do montante que foi pago, continuando o devedor obrigado ao restante (269 do CC/02).
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Perdas e danos, com relao aos bens indivisveis, se um animal morrer, evidente que a obrigao
continuar, porm a prestao agora ser convertida em perdas e danos. Assim, o que vale ressaltar
que embora a prestao tenha se convertido em perdas e danos a obrigao solidria no perdeu
sua eficcia, podendo um dos credores ao invs de exigir o animal, o valor total das perdas e danos
(271 do CC/02).
No caso de remisso do devedor, o credor ter que responder aos demais credores pagando-lhes a
frao que cada um teria direito (272 do CC/02). REMISSO modalidade de extino de obrigao
em que o credor perdoa a dvida do devedor.
Oposio de exceo, em sendo o devedor demandado, lcito defender, opor exceo. Mas as
excees que poder opor no so ilimitadas (273 do CC/02). As excees que podero ser opostas
somente sero aquelas que disserem respeito ao prprio credor que est demandando o devedor ou
as excees comuns a todos os credores.
Solidariedade Passiva: ocorre quando existem vrios devedores e cada um deles encontra-se
obrigado a pagar a dvida integralmente. Podendo o mesmo devedor voltar contra os demais e exigir
a cota-parte correspondente de cada um.
Falecimento de um dos devedores: havendo herdeiros, esses no podero ser considerados tambm
como devedores solidrios, sendo que s podero ser cobrados em valor que corresponda ao seu
quinho hereditrio. Mas se o bem for indivisvel, o credor poder cobrar de cada um dos herdeiros o
bem isso diante da impossibilidade de dividir o bem. Porm, se houver o pagamento sido realizado
por outro devedor, quando este se voltar contra os herdeiros do devedor, esses sero considerados
como devedores solidrios em relao aos demais devedores.
Remisso obtida por um dos devedores, no caso de solidariedade passiva, o perdo ser para aquele
direcionado e que aceitou o respectivo perdo, mas no prejudicaro os demais devedores
solidrios, onde o que ocorrer que ser subtrada do valor total do dbito a quota remitida (277
do CC/02).
Renncia solidariedade:
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FARIAS, Cristiano Chaves de. ROSENVALD, Nelson. Direito das obrigaes. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006.
p. 150.
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Na renncia solidariedade, o credor abre mo apenas dos laos de solidariedade que existem entre
o devedor beneficiado com a renncia e os demais devedores. Assim, esse devedor beneficiado
continuar devedor, porm, apenas de sua cota-parte. Isso representa vantagem a esse devedor, j
que agora, o credor no poder cobrar-lhe a dvida integralmente, pois, embora continue devendo,
ele no mais o solidrio.
No que diz respeito aos juros de mora, todos os devedores respondero, ainda que a ao seja
proposta somente contra um. O devedor culpado pelo acrscimo dos juros de mora responder a
todos os demais pelo prejuzo resultante (280 do CC/02).
Cumpre realar que desse rateio que haver entre os devedores solventes participar, inclusive
aquele que se tornou devedor fracionrio por renncia solidariedade (284 c/c 282 do CC/02).
Oposio de exceo Caso o credor ajuze a ao contra um dos devedores, esse devedor
demandado poder se defender opondo as excees comuns a todos ou as que lhe forem pessoais.
Entretanto, as excees pertencentes a outro devedor no podero ser manejadas por esse que est
sendo demandado (281 do CC/02).
A situao do fiador que paga a dvida como devedor solidrio O benefcio de ordem uma
vantagem deferida ao fiador que lhe outorga a possibilidade de primeiramente ver executados os
bens do devedor principal e somente subsidiariamente ser responsvel pela obrigao (827 do
CC/02).
Mas o que ocorre o contrrio, a renncia do fiador a esse benefcio, colocando-o como devedor
solidrio (828 do CC/02). Caso o fiador que tenha renunciado ao benefcio de ordem proceda ao
pagamento integral da dvida, poder ele voltar-se contra o devedor principal recobrando o valor que
pagou integralmente (285 do CC/02).
Por razes lgicas, havendo dois ou mais devedores e o objeto da prestao sendo indivisvel, cada
um dos devedores se torna responsvel pela dvida toda NO PORQUE H SOLIDARIEDADE, MAS
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PORQUE O BEM INDIVISVEL. Sub-rogando-se no direito do credor o devedor que paga a dvida em
relao aos outros co-obrigados (259 e nico do CC/02).
Para que o devedor se desonere da obrigao, ele dever pagar: (260 e 261 do CC/02)
Remisso da dvida na obrigao indivisvel: Existindo vrios credores e o objeto da prestao sendo
indivisvel possvel que um dos credores proceda remisso para com o devedor, isto , possvel
que um dos credores perdoe a dvida do devedor.
Porm, diferentemente do que ocorre na remisso quando a obrigao solidria, o devedor no se
quedar desonerado da obrigao para com os outros credores, tendo que entregar o objeto
indivisvel aos demais credores.
A vantagem seria que, embora o devedor tenha que entregar a prestao aos demais credores, esses
tero que devolver-lhe o valor correspondente parte que foi remitida. (262 do CC/02).
Assim, caso haja essa converso, no existir mais o carter de indivisibilidade da obrigao, pois
com conotao de obrigao pecuniria que por si s divisvel, onde os credores deixam de ter
direito sobre toda a obrigao e os devedores de terem obrigao de pagar integralmente a dvida.
totalidade das prestaes avenadas, sendo que ao credor lcita a recusa ao recebimento apenas
de algumas das prestaes.
Se uma das prestaes se torna inexeqvel, sem a culpa do devedor, a obrigao continuar
em relao prestao subseqente (253 do CC/02).
Se uma das prestaes se torna inexeqvel por culpa do devedor, as conseqncias sero
distintas a depender da titularidade da escolha:
Se a escolha couber ao credor: (255, 1 parte do CC/02)
Se a escolha couber ao devedor: (253 do CC/02).
Se ambas as prestaes se tornam inexeqveis por culpa do devedor, as conseqncias
sero distintas a depender da titularidade para a escolha:
Se a escolha couber ao credor: (255, 2 parte do CC/02).
Se a escolha couber ao devedor: (254 do CC/02).
Obrigaes com faculdade alternativa de cumprimento: uma obrigao simples e no plural, isto
no h pluralidade de sujeitos, nem de objetos. H apenas uma prestao, porm h um direito
potestativo do devedor de adimplir a obrigao de maneira diversa daquela que foi estipulada
inicialmente. O devedor tem a faculdade de, no momento do adimplemento, substituir a prestao
por outra, previamente estabelecida em contrato.
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Lquida a obrigao certa quanto sua existncia, e determinada quanto ao seu objeto. A
obrigao ilquida, por sua vez, carece de especificao do quantum, para que possa ser cumprida.
(603 do CPC)
de se ressaltar que uma sentena ilquida no e uma sentena que se revela incerta quanto
existncia do crdito, mas to-somente quanto ao seu valor.
Modalidade de liquidao:
1. Liquidao por clculos: se d quando existirem nos autos todos os elementos suficientes
para a quantificao do julgado.
2. Liquidao por artigo: se d quando inexistem nos autos provas suficientes para a
quantificao do julgado, devendo ser esta obtida por meio de um procedimento ordinrio
(475-E do CPC).
3. Liquidao por arbitramento: feita quando inexistem elementos objetivos para a liquidao
do julgado, seja nos autos ou fora deles, devendo valer-se o magistrado de uma estimativa
para quantificar a obrigao.
Fundamental fixar um valor para a quantificao do julgado, evitando, dessa forma, o que se
convencionou de ganhar e no levar, pois, como j se deve ter percebido, o arbitramento de
todos os mtodos liquidatrios, o nico incapaz de demonstrar realmente o quantum debeatur
determinado pela sentena exeqenda, que, definitivamente, jamais ser conhecido realmente,
tendo em vista inexistirem dados, tanto nos autos quanto fora deles, para a quantificao do julgado.
O arbitramento o procedimento natural da liquidao do dano moral, at mesmo por aplicao
direta do art 475-C, II do CPC.
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A prova pericial efetivamente o meio de liquidao natural para se aferir, por exemplo, danos
materiais como os lucros cessantes. Todavia, no que diz respeito reparao dos danos morais, a
prova pericial ter pouca ou nenhuma valia, uma vez que inexistem dados materiais a serem
apurados para a efetivao da liquidao.
Mas como pode ser procedida a liquidao por arbitramento sem prova pericial?
O juiz, investindo-se na condio de rbitro, dever fixar a quantia que considere razovel para
compensar o dano sofrido. Para isso, pode o magistrado valer-se de quaisquer parmetros sugeridos
pelas partes ou, mesmo, adotados de acordo com sua conscincia e noo de equidade JUSTIA NO
CASO CONCRETO.
Condicionais evento futuro e incerto; ocorre quando algum se obriga a dar a outrem um carro,
quando este se casar.
A termo evento futuro e certo; o acontecimento que subordina o incio ou o trmino da eficcia
jurdica de determinado ato negocial.
Diferente do que ocorre com a condio, no negcio jurdico a termo, pode o devedor cumprir
antecipadamente a sua obrigao, uma vez que no tendo sido pactuado o prazo em favor do credor,
o evento termo no subordina a aquisio dos direitos e deveres decorrentes do negcio, mas
apenas o seu exerccio.
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Modais so aquelas oneradas com um encargo (nus), imposto a uma das partes, que
experimentar um benefcio maior. Geralmente identificada pelas expresses para que; com a
obrigao de; com o encargo de.
Obs.: Se a obrigao no for condicional, a termo ou modal, diz-se que obrigao pura.
OBRIGAES DE MEIO, RESULTADO E DE GARANTIA:
Meio aquela em que o devedor se obriga a empreender sua atividade, sem garantir, todavia, o
resultado.
Garantia tm por contedo eliminar riscos que pensam sobre o credor, reparando suas
conseqncias. A eliminao do risco (que pertencia ao credor) representa bem suscetvel de
aferio econmica. Ex.: contrato de seguro
Execuo diferida aquela em que o cumprimento tambm ocorrer no futuro, porm de uma s
vez. (cheque pr-datado).
Qurable ou quesvel aquela em que o pagamento dever ocorrer no domiclio do devedor. (327
do CC/02).
Esse o efeito que se deseja alcanar quando se cria uma obrigao e, quando houver o seu
implemento, o devedor se encontrar desonerado do vnculo obrigacional. O adimplemento poder
ocorrer pela forma normal que por meio do pagamento ou por meio de formas especiais sem que
haja o pagamento, denominado pagamento indireto (consignao; sub-rogao; imputao; dao
de pagamento) e formas especiais de extino (novao; compensao; confuso e remisso de
dvida).
1. Aspectos subjetivos: Para que ocorra o pagamento dois plos devero existir necessariamente:
QUEM PAGA solvens; e a QUEM PAGAR accipiens.
1.1 QUEM PAGA: quem proceder ao pagamento obviamente quem deve. Porm lcito
que o pagamento seja operado pelo terceiro interessado e pelo terceiro no interessado.
Por terceiro interessado todo aquele que, no sendo o devedor, possui um interesse
jurdico na extino da obrigao, sob pena de o seu prprio patrimnio vir a responder
pelo inadimplemento da obrigao. Ex.: fiador; avalista; devedor solidrio; sublocatrio;
scio; herdeiro; etc... Art. 304 do CC/02.
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1.2 QUEM PAGAR: o pagamento dever ser feito ao credor; entretanto, no h bice que
algum que represente o credor venha a receber por ele... Art. 308 do CC/02.
Para muitos autores o art. 317 trabalha com a teoria da impreviso: imprevisibilidade
quando do adimplemento da obrigao. A teoria da impreviso, nos contratos, est
prevista no art. 478, CC. Apesar de serem artigos muito parecidos no se confundem:
2.2.1 - Quitao recibo que o devedor recebe do credor que lhe d a exonerao
do vnculo obrigacional perseguida.
Entretanto, importa lembrar que tal presuno relativa, pois admite prova
em contrrio.
3. O lugar do pagamento: Perquirir o lugar do pagamento procurar saber onde a obrigao dever
ser cumprida e, por conseguinte, determinar a competncia do juzo onde a ao ser proposta
em caso de inadimplemento.
Qual o objetivo das normas do direito obrigacional? Resp.: o adimplemento. Assim, para
garantir que o pagamento ocorra, a regra geral que o pagamento dever ser feito no domiclio
do devedor. Chamamos essas dvidas de dvidas quesveis ou qurables. Contudo, em razo de
conveno das partes pode-se estipular que a dvida seja paga no domiclio do credor.
Chamamos as dvidas, nesses casos, de dvidas portveis ou portables. Em alguns casos, o
pagamento no ser efetuado no domiclio de um nem de outro. Poderemos ter casos em que h
dois foros, um processual e outro de pagamento - o caso de foro de eleio para fins de
adimplemento de obrigao.
Nos casos em que a dvida for portvel, o credor ir sempre casa do devedor cobr-la,
transformando-a em quesvel de forma reiterada. Segundo a lei, quando isso ocorrer, o credor
estar renunciando ao direito da dvida portvel... Art. 330 do CC/02, que seria a demonstrao
legal da teoria da supressio. Quanto supressio, em linhas gerais, seria a omisso reiterada no
tempo despertando na outra parte uma legtima confiana.
Se nada for dito quanto a prazo ou quanto a termo, considera-se a lei civil como dvida a vista.
Observar: Ocorrer o vencimento antecipado da obrigao quando o crdito correr riscos... Art.
333 do CC/02 e seu nico.
Quem empresta dinheiro tem direito a cobrar juros. Assim, pode-se estipular no contrato que
fica suprimida a possibilidade de quitar antecipadamente.
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O objeto da consignao em pagamento somente poder ser uma obrigao de dar, no sendo
possvel falar-se em consignao em se tratando de obrigao de fazer ou no fazer.
Efeitos: liberar o devedor do vnculo obrigacional, isentando-o dos riscos e de eventual obrigao
de pagar os juros moratrios e a clusula penal.
Se dentro desse prazo, nada reclamar o credor, o devedor ser considerado liberado
da obrigao, ficando a quantia depositada disposio do credor.
A real sub-rogao ser a substituio de bens numa determinada relao jurdica art. 1848,
2 CC.
Sub-rogao parcial num eventual concurso de credores entre credor originrio e credor
sub-rogado parcialmente o originrio tem preferncia na cobrana da divida restante. Art.
351 do CC.
Se pagar direito do devedor, indicar qual divida est pagando tambm um direito seu (art.352
CC). A divida tem que ser vencida, exigvel e lquida (certa quanto existncia e determinada
quanto ao seu objeto) e, alm disso, devem ser da mesma natureza.
Polmicas:
Ser que possvel imputao do pagamento quando houver uma nica divida? Sim,
quando esta dvida contiver a previso de juros. Quando houver divida e juros a
imputao ser feita primeiramente nos juros vencidos e depois no capital. Esta regra
pressupe pagamento parcial no suficiente para quitar o debito por inteiro. Art. 354
do CC. Exceo: no mbito do SFH a imputao segundo a lei deve ser feita primeiro no
capital e depois nos juros. Resp. 815.0622006.
a) No entanto, a corrente majoritria afirma que pode ser dada pelo dinheiro. Isso porque no CC
antigo estava expresso que no podia ser dinheiro. No entanto, no novo cdigo no tem essa
expressa proibio e, portanto, est permitido.
b) A polmica se a prestao substitutiva poderia ser dinheiro. No entanto, a originria pode
ser dinheiro, tranquilamente.
a) Evico a perda de um bem recebido em virtude de um contrato oneroso por uma deciso
judicial ou administrativa que conceda o direito a deste bem a um terceiro estranho relao
contratual originria, sendo o direito deste terceiro anterior ao do adquirente (art. 447 e
seguintes).
b) No caso de dao em pagamento em extino de uma obrigao que possui fiador, ocorrendo
a evico do bem dado, a garantia deste se restabelece? No, a obrigao do fiador no
renascer em relao ao afianado. (art. 359, parte final). Ver art. 838, III. Ou seja, a dao
em pagamento em relao ao fiador sempre ser exonerativa.
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a) Se ele constatar o vcio redibitrio, ele ter o direito de usar as aes edilcias (prazo
decadencial, artigo 445). No h exceo. Obs.: vcio redibitrio o vcio oculto que reduz o
valor da coisa ou prejudica sua normal utilizao;
b) nula a clusula que autoriza o credor com garantia real a ficar com o objeto da garantia em
caso de inadimplncia do credor principal (mesmo tendo a clusula ela nula e recebe o
nome de clusula comissria (art. 1428 c/c 1365). No entanto no se pode confundir com a
dao em pagamento. A clusula comissria nula e existe desde o seu nascimento ( nico
dos dois artigos)
5. NOVAO: a criao de uma nova obrigao para substituir uma anterior vlida.
Tem requisitos:
I. Obrigatio novanda: a obrigao anterior tem que ser vlida. Sendo assim, as
obrigaes nulas no podem ser novadas. As obrigaes anulveis podem ser.
Tambm no podem ser se a obrigao principal j tiver paga. A doutrina entende
que mesmo as dvidas naturais (tem o dbito, mas no tem exigibilidade) podem ser
novadas e, nesse caso, a nova obrigao ter dbito e exigibilidade. Tambm, as
partes, na nova obrigao, pode discutir as clusulas abusivas da obrigao
originria. A dvida prescrita pode ser novada porque o crdito existe.
II. Aliquid novi (360): a obrigao nova deve ser substancialmente diversa da
obrigao anterior. Ou seja, na novao teremos, na nova obrigao, ou a
substituio dos sujeitos ou alterao do objeto. Na novao no pode haver reprise
da obrigao anterior. A doutrina afirma que eventuais modificaes pontuais em
contrato em curso no so suficientes para caracterizar a novao. No caso de
moratria (adiamento do vencimento sem juros) no implicar novao.
exatamente aqui que podemos classificar em novao subjetiva ou objetiva.
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III. Animus novandi: inteno de novar, ou seja, quando as partes criam a nova
obrigao, devem estar presente, na nova obrigao, de forma expressa ou tcita a
inteno de novar (art. 361). Ausente o animus novandi a segunda obrigao servir
somente para confirmar/ratificar a existncia da primeira obrigao (fim dos
requisitos)
Espcies de novao:
Obs.: Se o delegado (novo devedor) for insolvente haver efeito repristinatrio da obrigao
originria? No. Art 363. O que morreu, morreu.
Obs2.: regra geral quando se estabelece a novao, eventuais garantias e demais acessrios
da dvida primitiva sero extintos (se o primeiro credor tinha a garantia de um fiador, esta
no mais existe na nova obrigao a no ser que ele anua com a nova obrigao. Se no
anuir, sua obrigao estar extinta. Art. 364 e 366) (aqui, uma hiptese a mais de extino
da obrigao do fiador).
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Solidariedade ativa X novao: um dos credores solidrios poder, caso queira, novar com o
devedor comum, mas novando com o devedor comum no impedir com este ato que os
outros credores solidrios cobrem deste que novou a suas respectivas quotas partes (art. 272
trs rol exemplificativo).
Solidariedade passiva e novao: (art. 365) se uma dos devedores solidrios (Art. 365.
Operada a novao entre o credor e um dos devedores solidrios, somente sobre os bens do
que contrair a nova obrigao subsistem as preferncias e garantias do crdito novado. Os
outros devedores solidrios ficam por esse fato exonerados.) ou seja, no poder nem pedir
reembolso. Ento, os outros devedores vo comemorar porque esto livres.
devedor que pagar ao antigo credor normalmente. Art. 290). Esta notificao
pode ser feita por qualquer um dos dois (cedente ou cessionrio). O que importa
a cincia inequvoca do cesso; a terceira diferena que na novao as
excees oponveis ao credor primitivo no sero oponveis perante o novo
credor na nova obrigao ( nova obrigao). Porm, na cesso de crdito, o
devedor (cedido) poder opor ao cessionrio as excees que ele possua contra
o cedente, desde que manifeste esta inteno quando da notificao (art. 294).
Espcies de compensao:
III. COMPENSAO JUDICIAL: a que ocorre no bojo de um processo por expressa autorizao
das normas processuais. Ex: ru de ao de execuo alega, em contestao (art. 326 do
CPC) que este um crdito tambm com a autora da ao. Ou seja, se o valor a ser
compensado no processo for menor ou igual ao cobrado, a compensao ter natureza de
EXCEO MATERIAL/SUBSTANCIAL (art. 326 do CPC)
Espcies de confuso: a confuso poder ser total, se disser respeito dvida por completo; ou
parcial, se disser respeito a parte da dvida (382 do CC/02). A relevncia da distino reside no
que diz respeito existncia da solidariedade.
Confuso e a dvida solidria: possvel que ocorra a confuso em dvida em que exista
solidariedade. (383 do CC/02). A confuso no atinge a solidariedade que se manteve inclume.
Espcies de remisso: a remisso poder ser total ou parcial. A remisso total ocorre quando o
credor perdoa a dvida por completo. J na remisso parcial o perdo incide sobre parte da
dvida.
A remisso tambm poder ser expressa ou tcita. Expressa quando h manifestao expressa
do credor no sentido de desobrigar o devedor e, tcita, quando h a entrega voluntria do ttulo
da obrigao, quando constituda por escrito particular. (386 c/c 324 do CC/02).
em havendo a restituio desse objeto, esta no implica o fim da obrigao principal, apenas a
renncia garantia, sendo que a obrigao principal permanece intacta. (387 do CC/02).
Diferena entre renncia e remisso: No se pode confundir renncia com remisso, uma vez
que a remisso , na verdade espcie da renncia. A renncia pode incidir sobre determinados
direitos pessoais (renncia ao nome feita pela mulher, na separao consensual) e ato
unilateral. J a remisso esta afeta aos direitos creditrios e ato bilateral.
REMISSO RENNCIA
Ato bilateral Ato unilateral
Limita aos direitos creditrios Poder atingir tambm aos direitos pessoais