DIREITO DAS OBRIGAÇÕES - Estudar Prova - 2903204 - Rildo

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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

Professora Célia Zisman


AULA – 20/02/2024
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES OBJETO DE ESTUDO
 Pagamento é a parte natural da obrigação  Extinção
DO PAGAMENTO  PARTES; SUCESSORES
 Pagamento é a extinção mais aguardada pelas partes. É a morte natural da
obrigação, extingue o vínculo jurídico alcançando a expectativa das partes.
 O pagamento é o único modo de adimplemento obrigacional que extingue o
vínculo jurídico, satisfazendo a expectativa do credor e liberando o devedor das
consequências da mora.
 Pagamento não é sinônimo de adimplemento, pois ele pode ocorrer de formas
diferentes como a dação em pagamento.
 Dação; novação, imputação de pagamento, consignação.
 Confusão  se confunde na mesma pessoa.
 Existem vários modos de pagamento.
EFEITOS
 Toda obrigação gera efeitos só para as partes envolvidas. Só vinculam as
partes. (regra geral)
SUCESSORES  Herdeiros não são estranhos.
 Morre direitos e dívidas passam para os herdeiros.
 Herdeiros  A não ser que se trate de uma obrigação infungível (situação
personalíssima, ex. contratação de uma bailarina), não tem como substituir a
pessoa.

 Efeitos – Os herdeiros pagam a porcentagem de sua quota parte.

ELEMENTOS DO PAGAMENTO
a) VÍNCULO JURÍDICO: Tem que haver um vínculo jurídico, tem que existir uma
obrigação.

Pagamento indevido gera a obrigação de restituir.

b) “SOLVENS”: É aquele que paga  solvência civil.


As vezes ele é um terceiro (fiador, avalista, marido, namorado.
O “solvens” as vezes não é o devedor
Fiador tem um direito. Amigo tem outro.
c) “ACCIPIENS”: É a pessoa a quem se paga ou recebe o pagamento em geral
é o credor).
O “Accipiens” pode ser o credor.
OBS: ADIMPLEMENTO
PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO
 Pagamento de terceiro gera efeitos para as partes envolvidas, pessoa que se
compromete a fazer algo para o devedor fiador.
 As vezes a obrigação alcança terceiro que não tem nada a ver com o negócio.
 Rildo paga R$ 50.000 e o Atílio paga outros R$ 50.000  Terceiro não é
obrigado a pagar.
 Quem promete fato de terceiro é um avalista.
 Se ele não alcança a anuência do terceiro pagará toda a multa contratual.
 Eu prometo que fulano iria pagar e não consigo cumprir minha promessa eu
arco com todo o pagamento.

AULA – 27/02/2024
DO SOLVENS (DEVEDOR) - É aquele que paga.
TERCEIRO INTERESSADO - É o que pode sofrer o dano do inadimplemento (fiador,
avalista, sublocatário). É o que pode ser juridicamente responsável pelo pagamento,
por isso tem interesse na extinção do vínculo obrigacional pelo adimplemento. Recusa
do credor enseja a consignação em pagamento.
O pagamento por terceiro interessado leva a sub-rogação do solvens (o terceiro que
pagou) em todos os direitos do credor. No lugar de mero direito de reembolso, passa
a ocupar o lugar do credor originário (garantia, clausula penal, juros, etc.).
Sub-rogação é a morte parcial da obrigação.
Lei 8009/90 – Lei não protege bem de família do fiador, pode perder o bem de família.
TERCEIRO NÃO INTERESSADO - Não tem envolvimento com o vínculo (não tem
interesse). Não pode ser responsabilizado em juízo pela prestação tem interesse
moral em solvê-la.
EM NOME PRÓPRIO - Pai, mãe, namorado, irmão – interesse moral, amizade,
cônjuge separado. Não tem direito a sub-rogação. Reembolso se pagar em nome
próprio tem mero direito de reembolso  correção monetária.
EM NOME DO DEVEDOR - “ANIMUS DOMANDI”– Se paga em nome do devedor,
não tem direito a reembolso,(intenção de doar).
REEMBOLSO - Em nome próprio.
MENOR VALOR -O reembolso é sempre pelo menor valor. O valor do favorecimento.
VENCIMENTO - O vencimento paga-se no dia, exemplo vence todo dia 15.
OPOSIÇÃO DO DEVEDOR - O devedor muitas vezes apresenta oposição, não quer
pagar por brio, orgulho  não pode se opor.
INTERESSE PÚBLICO -Por ser de interesse de toda a sociedade então há o interesse
público. O não cumprimento da obrigação pode gerar prejuízo em larga escala
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade,
quando feito por quem possa alienar o objeto em que ele consistiu.
Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais
reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não
tivesse o direito de aliená-la.
Pode se opor ao pagamento por justa causa
DAÇÃO EM PAGAMENTO - Modo indireto de pagamento obrigacional. Pago com
bolsa, cavalo, obra de arte, moto. Credor não é obrigado a receber coisa diversa. Mas
depende da concordância do pagamento – tem que ser propriedade do “solvens”.
Dação em pagamento  objeto móvel ou fungível, consumível (se extingue com o
primeiro uso (alimento, bebida). Se má-fé  perdas e danos.
DO “ACCIPIENS” (CREDOR)- Em geral é o credor, a pessoa a quem se paga. Quem
recebe o pagamento.
 ART 308 E SEGUINTES - Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a
quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou
tanto quanto reverter em seu proveito.
REPRESENTANTE, SUCESSOR - Representante legal, tutor, curador, herdeiro,
legatário podem receber. Mandatário receber mercadoria em espécie.
“ADJECTUS SOLUTIONS CAUSA” - É a pessoa que foi indicada para receber (é um
donatário), receber um pagamento. Ele recebe para ficar para ele, doação.
Art. 311. Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação,
salvo se as circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante.
EXCEÇÕES
1 – PAGAMENTO AO CREDOR E NÃO VÁLIDO - Só o solvente é o devedor. Você
paga como terceiro e vale.
INCAPAZ - Se é incapaz não pode se receber o pagamento (se sofreu um AVC, ficou
incapaz (curador), paga para o curador.
Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o
devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu.
INTIMAÇÃO DE PENHORA - Se houve não posso mais pagar para o credor, será
depositado em juízo.
Art. 312. Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre o
crédito, ou da impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento não valerá contra
estes, que poderão constranger o devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressalvado o
regresso contra o credor.
2 – PAGAMENTO A TERCEIRO VÁLIDO - Não é representante e nem sucessor do
crédito. Quando ocorrer tem que fazer a ratificação.
RATIFICAÇÃO - (Confirmar)  Retroage como se tivesse entregue para ele.
Convalida o pagamento.
PROVEITO - Comprovação de favorecimento  pagamento de alimento, entreguei
na mão de meu filho, o filho leva o dinheiro para a escola.
CREDOR PUTATIVO - (Imaginar). Nem credor, nem sucessor, mas é feito de boa-fé,
aos olhos da sociedade é uma boa pessoa. Quem paga de boa-fé não paga de novo.
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado
depois que não era credor.
DO OBJETO DO PAGAMENTO - Tem regra prática. Art 313/314
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida,
ainda que mais valiosa.
Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor
ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou.
COISA CERTA - O credor não é obrigado a receber diferente ainda que seja mais
valiosa. Art. 313, CC.
RECEBIMENTO EM PARTES - O credor não é obrigado a receber em partes aquilo
que tem que receber por inteiro.
PAGAMENTO EM PECÚNIA -É o pagamento em dinheiro. No Brasil é em moeda
nacional
MOEDA NACIONAL - É aceito valor em real.
ATO ILÍCITO - Pagamento em dólar, ouro, dever de restituir em ato ilícito.
INDEXAÇÃO - Em moeda estrangeira
AULA – 05/03/2024
DA PROVA DO PAGAMENTO QUITAÇÃO – ART 320, CC - Quitação conceito: É um
dos meios probatórios de que um pagamento foi efetuado. A quitação é considerada
a prova do pagamento e consiste em um documento em que o credor ou seu
representante, reconhecendo ter recebido o pagamento de seu débito, exonera o
devedor da obrigação.
DIREITO DO SOLVENS (CREDOR) - A quitação.
RECUSA – OPÇÕES
1 – Reter o pagamento
2 – Consignação em pagamento (evita os riscos de mora)
PRESUNÇÕES DE PAGAMENTO RELATIVA - Presumo que os pais não desejem
prejudicar os filhos. “Juris tantum
1) ART 324, CC – DEVOLUÇÃODO TÍTULO - A devolução de título presume que o
devedor pagou (furtado, devolveu por confiança)  presunção favorece o devedor
(roubou-se o título) – 60 dias
2) ART 322, CC – QUOTAS PERÍODICAS - Se dá na hipótese de dívida em quotas
periódicas  aluguel  recebo em março. Quitação da última parcela presume-se
que as anteriores estão pagas, é uma presunção relativa.
3) ART 323, CC – QUITAÇÃO DO CAPITAL SEM RESERVA DE JUROS –
PRESUNÇÃO DE PAGTO DOS JUROS - Se o devedor recebe uma obrigação da
quitação principal a presunção de que os juros foram pagos.
4) ART 325, CC – DESPESAS COM A QUITAÇÃO - Quem paga é devedor
REGRA - Ela é supletiva, cabe convenção em sentido contrário (acordo)  Entrega
de uma pizza.
EXCEÇÕES - Quando o credor encarece essa obrigação (credor que mudou para
lugar de difícil acesso  a lei diz que as despesas com a entrega é o devedor que
arca.
DO LUGAR DO PAGAMENTO – ART 327, CC - O lugar do pagamento é o lugar da
realização da prestação, sendo as partes livre para estabelecerem onde desejam
receber as suas prestações.
1) QUERABLE (QUESÍVEL) – dívida de ir buscar; o credor vai buscar a prestação
junto ao devedor. Tem que querer buscar no domicílio.
2) PORTABLE (PORTÁVEL) – dívida de ir levar; o devedor deverá levar a prestação
ao credor. Quando você tem que levar a mercadoria no domicílio do devedor
(comunicar, acordar, combinar).
Não havendo escolha pelas partes, pode ser que o lugar do pagamento seja
determinado por dispositivo legal.
OBS: NATUREZA - As vezes a natureza da prestação define o local (só altera esse
lugar).
No silêncio das partes, o pagamento deve ser realizado no domicílio do devedor.
DIREITOS REAIS SOBRE IMÓVEIS - Local onde as obrigações são cumpridas –
propriedade é direito real (rés é coisa).
C.R.I  Só poe ser cumprido no foro que o imóvel se situa  segurança jurídica,
publicidade.
MUDANÇA TÁCITA – ART 330, CC - Admite alteração tácita (comportamental) altera
o local do pagamento (contrato aluguel), pagamento pix, proprietário vai no dia de
vencimento para receber o pagamento.
DO TEMPO DO PAGAMENTO -Disciplina sobre o prazo
PURAS - Obrigação pura é imediato ou 24 horas
LOCAL DISTANTE -Local onde a obrigação tem que ser cumprida é longe
COMPLEXIDADE - Cumprida em local distante para colocar o devedor em mora
INTERPELAÇÃO - Examinar termo e condição
TERMO CONDIÇÃO – ART 332 - 332. As obrigações condicionais cumprem-se na
data do implemento da condição, cabendo ao credor a prova de que deste teve ciência
o devedor.
Termo – O vencimento é uma interpelação automática.
Se a obrigação é a termo, a chegada do dia do vencimento é interpelação do devedor,
que passa a ser obrigado a arcar com os ônus da mora. Trata-se de uma aplicação
da regra “DIES INTERPELLAT PRO HOMINE”.
Condição - Nas obrigações condicionais, por sua vez, cabe ao credor provar a
ocorrência da condição suspensiva para exigir do devedor o pagamento, que estava
na dependência de evento futuro e incerto que subordinava a sua eficácia.
INTERPELAÇÃO (...) A ação a partir da citação paga o juro de mora.
PRAZO PRESCRIÇÃO - Ele tem presunção que foram estabelecidos em favor do
devedor.
ANTECIPAÇÃO DO VENCIMENTO - 1) Em que o ACCIPIENS (devedor) exara a
prestação recebida, o nome do SOLVENS (credor), ou do devedor principal, o objeto
da obrigação, o local, a data, e a sua assinatura.
O credor pode cobrar antes do vencimento
Falência do devedor, insolvência civil, impontualidade  credor antecipa as
cobranças. Cobra antes do prazo. “Enfraquecimento das garantias”.
Essas situações, refletem casos de insolvência ou pré-insolvência do devedor, as
quais fazem presumir diminuída a possibilidade de pagamento se o credor tiver de
aguardar até a data do vencimento ou do implemento do termo ou condição
suspensivos.
Fiador que morre, perda da garantia.
Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo
estipulado no contrato ou marcado neste Código:
I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores;
II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por
outro credor;
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias,
ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las.
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva,
não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes.
DO PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO – ART 334 E SS, CC 
CONCEITO - A consignação em pagamento é modo indireto de adimplemento
obrigacional em que a obrigação é cumprida através do depósito judicial ou
extrajudicial da prestação, por justa causa que impeça o adimplemento direto.
Só pode consignar se tiver uma prestação em aberto  só pode na obrigação de dar,
ou restituir, bem móvel, marcar hora ou local.
ELEMENTOS
PRESTAÇÃO
JUSTA CAUSA
“ANIMUS”
CONSIGNAÇÃO EXTRA JUDICIAL
Ela é mais restrita, tem que ter dinheiro
RECUSA EXPRESSA - PRAZO 10 DIAS - A contar da devolução do A.R.
C/ A RECUSA = 1 MÊS PARA PROPOR AÇÃO (...) - Tem eu entrar com ação como
devedor, propor ação no prazo de um mês “SOLVENS” (credor) pode entrar com ação.
DAS CAUSAS – ART 335, CC - Art. 335. A consignação tem lugar:
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar
quitação na devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição
devidos;
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir
em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
RECUSA – (...) do credor em receber ou dar quitação. se o credor não puder, ou, sem
justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
AUSENTE – (...) trata-se da pessoa que desaparece de seu domicílio sem dar notícias
e nem deixar representante ou procurador. Nesse caso, será possível a consignação
em pagamento desde que se desconheça o curador nomeado ao ausente.
INCAPAZ- se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do
pagamento; se o credor é incapaz (ainda que se tenha tornado incapaz no curso da
obrigação), em regra, cabe ao devedor pagar ao seu representante legal.
DÚVIDA - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do
pagamento; o casal credor se divorcia e não há certeza sobre a qual dos dois ex-
cônjuges deve-se pagar.
LITÍGIO - se pender litígio sobre o objeto do pagamento. Duas ou mais pessoas
disputam em juízo o objeto do pagamento. Novamente, havendo dúvida acerca de
qual é o legítimo credor, faculta-se ao devedor consignar o pagamento, para que não
pague mal.

AULA – 12/03/2024

DA CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO (CONTINUAÇÃO) - Modos indireto de


pagamento do adimplemento obrigacional.
REQUISITOS – ART 336, CC - Para que a consignação tenha força de pagamento,
será mister concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os
requisitos sem os quais não é válido o pagamento.
PESSOAS - O solvens (devedor) pode fazer consignação em pagamento (interesse
social financeiro), pode ser devedor, terceiro interessado  O Accipiens (credor) é o
credor ou seu representante legal convencional, curador, herdeiro.
OBJETO - O credor não pode receber em partes  recusa do credor, não é obrigado
a receber em partes.
MODO - Como deve ocorrer esse depósito, se estava com lacre, sem lacre, vai
entregar para o juiz, não é objeto diferente, prazo não mudou.
TEMPO - Paga no período  após ocorre a mora.
MORA - O atraso no pagamento dá lugar ao inadimplemento absoluto.
DO LEVANTAMENTO DO DEPÓSITO
ANTES DA RESPOSTA - Pode voltar atrás
APÓS A RESPOSTA OU APÓS A SENTENÇA - Aceitou o depósito, o credor já se
manifestou no processo, aceitou o objeto de depósito 
ANUÊNCIA - Se o devedor quiser voltar atrás vai precisar da anuência do credor.
PERDA DE GARANTIA – ART 339, CC - Consequência é que se concorde, perde as
garantias, o direito.
Art. 339. Julgado procedente o depósito, o devedor já não poderá levantá-lo, embora
o credor consinta, senão de acordo com os outros devedores e fiadores.
COISA INCERTA; OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA – ART 342, CC - O objeto nem
sempre é certo... devedor escolhe, salvo convenção em sentido contrário, não pode
entregar nem o mais caro ou o mais barato, deve entregar o médio, o credor pode
escolher os mais caros. Alternativa ou o carro ou o terreno, moto. Tem por objeto uma
ou mais prestações.
PROCEDÊNCIA - Gera efeito retroativo – vence dia 01/01, recebimento em pecúnia
(dinheiro). Lugar incerto, sumiu depois aparece 
IMPROCEDÊNCIA - O efeito é retroativo.
RETROATIVIDADE - Efeito retroativo (improcedente), gera efeito da data do depósito.
DO PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO
CONCEITO – ART 346 e SS, CC - O pagamento com sub-rogação é modo indireto
de adimplemento obrigacional em que o solvens (devedor) realiza o pagamento,
extinguindo a obrigação para o accipiens (credor), mas passa a ocupar o lugar do
credor no mesmo vínculo jurídico que persiste agora entre o solvens e o devedor, para
a recuperação do que foi pago com os acessórios do vínculo obrigacional.
SUB-ROGAÇÃO E CESSÃO DE CRÉDITO
Sub-rogação – Modo indireto de adimplemento faz sobreviver o vínculo jurídico o
solvens está no lugar do fiador.
Cessão de crédito – A obrigação persiste com todos os acessórios, juros, multa,
correção monetária.
INTERESSE - O interesse é de toda a sociedade.
ESPÉCIES – ART 346, CC
Duas espécies.
1 – Legal, é fonte de lei.
2 – Ela é convencional, emana da vontade das partes do contrato, convencionar antes.
SUB-ROGAÇÃO LEGAL
1) CREDOR QUE PAGA A DÍVIDA DO DEVEDOR COMUM - O objetivo do credor é
evitar a imediata execução do ativo patrimonial do devedor comum e ganhar tempo
para que no futuro, em momento oportuno, o mesmo ativo patrimonial tenha condição
de solver também o seu crédito.
2) ADIQUIRENTE DE IMÓVEL HIPOTECADO - Adquirente do imóvel hipotecado, que
paga ao credor hipotecário, bem como de terceiro que paga para não ser privado de
direito sobre o imóvel.
3) TERCEIRO INTERESSADO - Terceiro interessado que paga a dívida pela qual era
ou poderia ser obrigado no todo ou em parte. Terceiro interessado é aquele que pode
ter seu patrimônio afetado caso a dívida, pela qual também está obrigado, não seja
paga. É o caso do fiador, do avalista, do codevedor de coisa indivisível, do devedor
solidário.
CONVENCIONAL - Só haverá sub-rogação convencional se pactuada entre devedor
e terceiro (solvens). a sub-rogação convencional aplica-se, então, aos terceiros não
interessados.
EFEITOS - O vínculo só extingue a obrigação pro credor, mas preservará o vínculo
obrigacional entre devedor e solvens.
PARCIAL – ART 351, CC - Por liberalidade eu não vou receber nunca mais. Se o
credor aceitar o pagamento em parcelas
Se o solvens (devedor) paga apenas parte da dívida que o devedor tinha com o credor
originário, este permanece vinculado à relação obrigacional quanto ao restante da
prestação. Caso o devedor não consiga pagar a ambos (o terceiro e o credor
originário), terá preferência o credor primitivo.
Art. 351. O credor originário, só em parte reembolsado, terá preferência ao sub-
rogado, na cobrança da dívida restante, se os bens do devedor não chegarem para
saldar inteiramente o que a um e outro dever.
CRÍTICAS - Não sobra nada para o fiador. Os civilistas defendem que deveria ter um
concurso de credores com participação igualitária.

AULA – 19/03/2024
DA IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO
CONCEITO – ART 352 E SS, CC - A imputação do pagamento é modo indireto é
modo indireto de adimplemento obrigacional em que a extinção da obrigação, ocorre
através da escolha por existirem duas ou mais obrigações, líquidas, vencidas e
reciprocamente fungíveis entre os mesmos sujeitos, e a prestação ofertada é
suficiente para quitar mais de uma dívida, porém não todas.
É um modo indireto quando existe várias dívidas em várias partes entre pessoa física
e pessoa jurídica.
REQUISITOS
1) PLURALIDADE DE DÍVIDAS – Duas ou mais obrigações. Para que não haja dúvida
acerca de qual débito está sendo pago, é necessário, via de regra, que exista mais de
um.
2) IDENTIDADE DE SUJEITOS – Que seja entre as mesmas partes, duas ou mais
dívidas. Hipótese de o mesmo devedor e o mesmo credor terem entre si dois ou mais
vínculos.
Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só
credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem
líquidos e vencidos.
3) IGUAL NATUREZA – Tudo dinheiro, tudo feijão, soja...
LIQUIDAS – Dívidas líquidas, todas as prestações devem ser certas em quantidade,
número, dinheiro, aparência determinada ao objeto – quantidade e espécie.
VENCIDAS – Todas as dívidas, tem que ser vencidas.
RECIPROCRAMENTE FUNGÍEIS – Todas as dividas tem que ser reciprocamente
fungíveis.
4) POSSIBILIDADE DE QUITAR MAIS DE UMA PORÉM NÃO TODAS – A prestação
tem que ser suficiente para quitar uma ou outra. Não pode quitar partes o credor não
é obrigado a receber em partes.
ART 314, CC - Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode
o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se
ajustou.
ESPÉCIES
1) DEVEDOR - Por vontade do devedor: A lei faculta sempre ao devedor escolher, em
primeiro lugar, a qual débito deseja imputar o pagamento.
Art. 353. Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer
imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar
contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou
dolo.
2) CREDOR - Subsidiariamente, caso o devedor não tenha declarado qual dívida
deseja saldar, caberá essa escolha ao credor, que a fará no próprio instrumento de
quitação.
VÍCIO DO CONSENTIMENTO – Por erro, dolo, coação, cometido violência ou dolo.
3) LEI ART 355, CC - Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for
omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro
lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação
far-se-á na mais onerosa.
OBS. O devedor não pode imputar o pagamento no principal havendo juros em aberto
DAÇÃO EM PAGAMENTO
CONCEITO – É modo indireto de adimplemento obrigacional, em que o devedor,
mediante anuência do credor entrega coisa móvel ou imóvel diversa da prestação
originária.
Exemplo: Dou um terreno no lugar da obrigação (dívida), vou lá e pago em dinheiro.
Dação é sempre um adimplemento indireto  ocorre mediante a concordância 
credor não é obrigado a aceitar coisa diversa.
ART 356 E SS, CC - O credor pode consentir em receber prestação diversa da que
lhe é devida.
ANUÊNCIA – Para aceitar um objeto diferente tem que haver anuência do credor.
NATUREZA JURÍDICA – Tem a mesma natureza e mesmas características de venda
e compra.).
Gratuita – doação de um carro para sobrinho carro, não funciona – não tem processo,
não tem garantia – sem efeito jurídico, doação pura.
VENDA E COMPRA – A alienação é onerosa  toda alienação onerosa gera
obrigações de dar garantia.
Toda alienação onerosa gera para o alienante o dever de garantia  respondo pela
imperfeição. (Obrigação de dar garantia).
EVICÇÃO – Entreguei o bem que era de uma outra pessoa – perda total ou parcial do
bem móvel ou imóvel adquirida a título oneroso em favor de terceiro. Na evicção a
dívida ressurge, ressuscita, volta diferente  ressuscita só entre as partes (as garatias
se liberam).
VÍCIO REDIBITÓRIO – Vício da causa. Imperfeição, geladeira que não gela. Na dação
se entregar um objeto com defeito, devolvo e volto a ser o credor.
TÍTULO DE CRÉDITO – CESSÃO DE CRÉDITO – ART 358, CC - Se for título de
crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importará em cessão.
Título de crédito – è um bem como outro qualquer. Não depende de anuência da
cessão de crédito.
Cessão de crédito – Não precisa de anuência do meu devedor, ele só tem que ser
notificado.
NOVAÇÃO OBJETIVA – A dação é sempre uma novação objetiva, outro modo de
objeto obrigacional  devo 10 e fica 2 de 5 – mudei, criei uma nova obrigação.
Toda dação em pagamento muda o objeto – “ANIMUS NOVANDI”.
LEGITIMAÇÃO – ART 307, CC - Se for título de crédito a coisa dada em pagamento,
a transferência importará em cessão.
Quando vai fazer em troca de capacidade tem que ter legitimação  poder suficiente
para capacidade de certo ato.
PROPRIEDADE – Não pode dar em pagamento um objeto que não é de sua
propriedade, tem que ser real proprietário
AULA – 26/03/2024
DA NOVAÇÃO – ART. 360 e SS, CC - Dá-se a novação:
I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a
anterior;
II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo,
ficando o devedor quite com este.
CONCEITO – A novação é um modo indireto de adimplemento obrigacional em que
com a concordância das partes, a obrigação se extingue com todos os seus
acessórios pela alteração de algum de seus elementos objeto, sujeito ativo ou sujeito
passivo.
ECONOMIA
ESPÉCIES
1- OBJETIVA - Ocorre pela modificação do objeto e é muito comum. As partes podem
renegociar dívida, convencionando no lugar da prestação originária entregar coisa
diversa, ou proceder a parcelamento etc. É possível, ainda como exemplo, que no
lugar da prestação de fazer o credor aceite receber certo valor em dinheiro.
2- SUBJETIVA ATIVA - caso haja a substituição de um ou ambos dos polos. Nesse
sentido, denomina-se novação subjetiva ativa aquela que implementa a substituição
do credor originário, mesmo sem a anuência do devedor.
OBS - CESSÃO DE CRÉDITO
3 – SUBJETIVA PASSIVA - É possível, ainda, que a nova obrigação importe em
alteração no polo passivo. Os acessórios da obrigação anterior se extinguem,
liberando-se então o fiador. Este só garantirá a nova obrigação se der anuência.
3.1 – DELEGAÇÃO - O devedor indica terceiro para resgatar o seu débito, com o que
concorda o credor.
3.2 – EXPROMISSÃO - Sem a ciência do devedor, o próprio credor aceita que terceiro
assuma o débito do devedor principal.
PRESSUPOSTOS
1 – OBRIGAÇÃO ANTERIOR VÁLIDA– Tem que haver uma obrigação anterior válida
(licita)
OBS 1 – ANULÁVEL – A obrigação pode ser anulável, vício do consentimento,
relativamente incapaz, coação (coagido a assinar um contrato).
A novação é uma ratificação das partes.
OBS 2 – OBRIGAÇÃO NATURAL – Uma dívida prescrita é uma obrigação natural.
DIVIDA PRESCRITA – É uma obrigação natural, (obrigação moral), pois já não é mais
uma dívida civil. Não posso pedir o dinheiro de volta, não tem mais defesa jurídica.
A dívida prescrita pode ser novada. Ex. Eu devedor recebi dinheiro e moralmente
quero pagar, é a minha renúncia a prescrição e a criação de uma nova obrigação.
DÍVIDA DE JOGO - Uma obrigação natural, não tem tutela judicial, é uma dívida
moral, decorreu de jogo.
Art. 815. Não se pode exigir reembolso do que se emprestou para jogo ou aposta, no
ato de apostar ou jogar.
2 - CRIAÇÃO DE NOVA OBRIGAÇÃO - Que as partes criem uma nova obrigação
válida. A nova obrigação tem que ser válida.
3 – ELEMENTO NOVO – Tem que ter um novo elemento.
4 – “ANIMUS NOVANDI” – Tem que haver a intenção das partes de criar nova
obrigação para extinguir a anterior. A vontade é elemento essencial, pois a novação
consiste em renúncia ao crédito originário e todos os seus acessórios.
t. 361. Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito mas inequívoco, a segunda
obrigação confirma simplesmente a primeira.
5 – CAPACIDADE E LEGITIMAÇÃO – ART 104, CC - 104. A validade do negócio
jurídico requer:
I – agente capaz;
II – objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III – forma prescrita ou não defesa em lei.
O art. 104 do CC exige partes capazes para o negócio jurídico, e a novação é negócio
jurídico, visto que exige o acordo de vontades. Diante da incapacidade, não havendo
representação ou assistência, a novação não vale e subsiste a obrigação anterior. O
mandatário só pode novar se houver legitimação, poder suficiente para tanto. É
preciso ter poder para novar, sob pena de invalidade da novação.
EFEITOS – a novação extingue a obrigação anterior com todos os seus acessórios.

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