L Jag 26072021
L Jag 26072021
L Jag 26072021
João Pessoa
2021
LUCAS JOSÉ ALBUQUERQUE GUIMARÃES
João Pessoa
2021
Catalogação na publicação
Seção de Catalogação e Classificação
Banca examinadora
João Pessoa
2021
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, irmã, namorada, toda minha família que, com muito carinho e
apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha
vida.
À minha querida orientadora, Profa. Dra. Elizara Carolina Marin, por seus
ensinamentos, paciência e confiança ao longo das supervisões desta
monografia, foi um prazer tê-la comigo neste período.
À banca examinadora, Prof. Dr. Pierre Normando Gomes da Silva e Profa. Esp.
Julia Elisa Albuquerque de Almeida por terem aceito o convite.
Muito obrigado!
RESUMO
Esta pesquisa tem como foco a relação dos brinquedos para formação humana
e para a Educação Física, entendendo-o como o instrumento do brincar, que
possui uma característica social, cultural e que na criança, enquanto sujeito, a
brincadeira acontece. Por meio de Revisão Sistemática busca compreender o
que a literatura traz sobre a relação do brinquedo com a Educação Física. Para
isso, foi realizado um levantamento e análise dos artigos científicos das
principais revistas de Educação Física, bibliotecas virtuais LILACS, SciELO e do
Google Acadêmico, publicados nos últimos seis anos (2015-2020), corroborando
com a temática a ser estudada. Ao final deste estudo, foi possível compreender
o panorama da produção do conhecimento realizada por pesquisadores
brasileiros sobre as relações entre o brinquedo e Educação Física, identificando
o brinquedo, como instrumento educacional e de valorização cultural,
incentivando a promoção de projetos institucionais, no campo da Educação
Física, que favoreçam o desenvolvimento da autonomia da criança, colocando-
a como sujeito da ação.
Palavras-chaves: Brinquedo. Educação Física. Revisão Sistemática.
ABSTRACT
This research focuses on the relationship of toys for human formation and
physical education, the toy is understood as the instrument of play, which has a
social, cultural characteristic, and that in the child, as a subject, play happens.
Through Systematic Review it seeks to understand what the literature brings
about the relationship between toy and Physical Education. For this purpose, a
survey and analysis of the scientific articles of the main journals of Physical
Education, virtual libraries LILACS, SciELO and Google Scholar published in the
last six years (2015-2020), corroborating with the thematic to be studied. At the
end of this study, it was possible to understand the panorama of the knowledge
production performed by Brazilian researchers on the relationships between toy
and Physical Education, identifying the toy as an educational instrument and
cultural valorization, encouraging the promotion of institutional projects in the
area of Physical Education, favoring the development of the child's autonomy,
placing it as the subject of the action.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 9
2 REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................ 11
2.1 Sobre o brinquedo.................................................................................... 11
3. ASPECTOS METODOLÓGICOS................................................................. 15
3.1 Caracterização da Pesquisa .................................................................... 15
3.2 Base de dados .......................................................................................... 15
3.3 Critérios de inclusão/exclusão dos artigos ........................................... 16
3.4 Procedimentos metodológicos e análise de dados .............................. 16
3.5 Aspectos éticos ........................................................................................ 17
4 RESULTADOS .............................................................................................. 17
4.1 Artigos encontrados ................................................................................ 17
4.2 Concepção de brinquedo dos autores ................................................... 19
4.3 Relações entre Brinquedo e Educação Física ....................................... 25
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 29
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 31
9
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DA LITERATURA
Benjamin (1984, p. 64), “... essas figuras (brinquedos), representam antes o que
adultos imaginam como aquilo que as crianças exigem de brinquedos” e a indústria
por sua vez, pensando sempre no lucro e em produzir em larga escala agrega
materiais mais baratos e de fácil manipulação, como o plástico, para vender mais e
despertar o prazer na criança em poder comprá-lo.
Benjamin (1984, p. 63), ao analisar sobre a exposição de Brinquedos do
“Markische Museum”, leva-nos a questionar a frase bastante dita atualmente sobre os
brinquedos artesanais ou “antigos”: “já não existe mais”. Todavia, são possíveis de
serem encontrados ou construídos e continuam a chamar atenção da criança.
Para Meira (2003), estes brinquedos com características artesanais,
atualmente são tratados como algo ultrapassado, no entanto, assumem um papel
importante para estimular a criatividade, sociabilidade, interação com diferentes
materiais e acessíveis. Além disso, o processo de construção e desconstrução de
brinquedos promove mais prazer a criança do que os brinquedos industrializados.
Conforme Antério e Gomes-da-Silva (2012, p. 933 apud Gomes-da-Silva 2010), “[...]
estes brinquedos artesanais, ao serem construídos criam um vínculo com o
construtor/brincante, que o sujeito o incorpora de tal forma que jamais o esquecerá,
tornando-o parte da ‘própria carne’”.
Os primeiros brinquedos artesanais, surgiram de materiais, como madeira,
corda, tecidos, chumbo, cera, que advinham dos restos das fábricas manufatureiras,
para em seguida serem utilizadas como parte do processo de construção dos
brinquedos. É notório que as crianças se utilizam até os dias atuais, de recursos
materiais presentes à sua volta, ou por meio da própria natureza, como, galhos,
pedras, areia, palhas, e através da sua criatividade transformam estes elementos em
instrumentos do brincar, porém, percebe-se, que estas características estão mais
presentes nas zonas rurais, tendo em vista, o convívio maior com este meio. Para
Antério e Gomes-da-Silva (2012, p. 932), “o material destes brinquedos sinaliza para
uma cultura em que nada se perde, tudo se transforma, basta criatividade,
combinação de materiais, arranjo artístico, pintura, que o brinquedo surge”.
Ao enxergar a grandiosidade do brinquedo artesanal, percebemos que eles
carregam traços da cultura local, assim como valores e crenças, que são heranças
passadas de geração em geração. Para Lima (2005), o objeto artesanal, não deve ser
visto apenas como mercadoria, mas sim, como um produto diferenciado no qual o seu
valor está na dimensão cultural embutida nele.
14
3. ASPECTOS METODOLÓGICOS
Foram incluídos na pesquisa somente artigos que tinham como foco, a relação
dos brinquedos com a Educação Física. Nesta etapa, a busca, ficou restrita a
produções com data de publicação, dos últimos 6 anos (2015-2020), incluindo apenas
aqueles disponíveis em português. Como critérios de exclusão, foram
desconsiderados livros, capítulos de livros, editoriais, teses e dissertações. Foram
excluídos também, estudos que foram publicados no período anterior à 2015 e
trabalhos disponíveis em outros bancos de dados, para além dos já citados, assim
como estudos que não tivessem como delineamento a relação dos brinquedos e/ou
brinquedos artesanais com a Educação Física. Portanto, foram considerados artigos
que tinham a palavra “Brinquedo/Brinquedos” em seus títulos, resumos ou palavras-
chaves, totalizando 12 artigos.
O presente estudo por caracterizar-se como uma revisão sistemática e por ter
delineamento apenas teórico, ou seja, não incluir direta e ou indiretamente participante
na coleta de dados, não foi submetido para uma apreciação bioética em um Comitê
de Ética em Pesquisa conforme as normas para a realização de Pesquisas com Seres
Humanos e atendendo aos critérios do Conselho Nacional de Saúde na sua
Resolução 466/12 (BRASIL, 2013). Porém, todos os preceitos éticos estabelecidos
foram respeitados no que se refere a zelar pela legitimidade das informações
publicadas. Além disso, foram seguidas às normas vigentes para a elaboração de
trabalhos acadêmicos, de citação textual e referências de acordo com a Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), prezando pela valorização intelectual da
autoria das informações e sem uso de plágio.
4 RESULTADOS
Quadro 1 – Informações referentes ao título, revista, ano e palavras-chave dos artigos encontrados.
TÍTULO REVISTA ANO PALAVRAS-CHAVE
Dos Santos Soares; Marin e Gomes-da-Silva (2019, p.3) concluem que, por
meio da proposição de jogos com aprendente com “tendência antissocial”, é possível
“reconfigurar o modo como as crianças convivem, ao favorecer situações de
movimento com ambiente seguro, gerador de confiança, para cada um realizar seu
potencial criativo”.
As autoras Kropeniscki e Perurena (2017) tratam das relações de gênero
referentes ao brinquedo em catálogos de brinquedos. As autoras utilizaram como
metodologia a semiologia dos discursos sociais e análise semiótica de imagens para
analisar uma Empresa X, localizada na Região Sul do Brasil, no período de 2009 a
2015. Em seus estudos, as autoras, concebem o brinquedo como objetos que dão
suporte nas brincadeiras e uma das formas das crianças interagirem e apropriarem-
se da cultura. Concluem que os brinquedos da empresa em análise contribuem para
referendar o que é adequado para meninas e para meninos e, por conseguinte,
referendar papéis sociais se preconceitos históricos.
Teixeira, Gomes-da-Silva e Caminha (2016) analisaram a discursividade do
brinquedo industrializado a partir de certificações elaboradas pelo Instituto Nacional
de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), os quais orientam, a fabricação e
produção de brinquedos no Brasil. Partindo do ponto de vista foucaultiano, os autores
assinalam que:
A certificação dos brinquedos é um enunciado que exerce poder sobre o
brinquedo desde o momento em que ele é concebido industrialmente,
atuando a partir de um princípio biopolítico normalizador. (TEIXEIRA;
GOMES-DA-SILVA; CAMINHA, 2016, p. 5)
Compreende-se que a produção dos brinquedos de forma geral, e
especificamente do brinquedo industrializado, assim como o seu consumo, é
caracterizada por enunciados de discursos que expressam sua lógica de
funcionamento, catalogados como faixa etária, sexo, número de participantes e tempo
de duração, que exercem poder e normatização sobre o brinquedo, sob a justificativa
de vigilância e proteção de riscos à criança, respaldado na medicina, no direito e na
economia, criando uma cultura de biossegurança. Entretanto, essas prescrições,
restrições e indicações, provocam uma redução do caráter criativo do brinquedo, e do
significado social, que a criança atribui ao ato de brincar, refletindo que haja uma
necessidade de reflexão pedagógica quanto a existência do brinquedo e suas
possibilidades de reconstrução.
23
jogos e brincadeiras que envolvam os saberes das crianças e suas diferentes formas
de expressão e movimentação, a partir do imaginar, inventar e recriar.
Esses artigos de Surdi, Melo e Kunz (2015) e Tonietto e Garanhani (2017),
apesar de utilizarem como palavra-chave “Jogos e brinquedos” em seus trabalhos,
não trazem as suas concepções descritas nos estudos, apenas o uso desses termos,
em função das perspectivas relacionadas ao brincar.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir desta revisão sistemática, evidencia-se que o brinquedo diz muito sobre
a cultura de um povo e reflete como a sociedade compreende-o e valoriza-o em
determinadas épocas ou período. Deste modo, o brinquedo se encontra nas
entrelinhas do cotidiano e aparece nos trabalhos associados a diferentes conceitos e
características.
Há certo consenso entre os autores, que os brinquedos são instrumentos do
brincar, associados ao lúdico, ao brincar natural e espontâneo da criança. Entretanto,
muitas vezes, os adultos, assim como professores no contexto escolar, atribuem
responsabilidades ao processo de brincar da criança, com o intuito de prepará-los
para o futuro, sempre focado nos resultados de cada ação, sem possuir uma visão do
processo como um todo, reduzindo assim, a capacidade da criança em tornar-se
sujeito da ação e de desenvolver mais sua autonomia, criatividade e senso crítico,
diante das infinitas possibilidades do brincar para o desenvolvimento humano.
Ficou evidenciado, que a maioria dos estudos realizados sobre a
importância do brinquedo para a formação humana, estavam pautados em pesquisas
e intervenções escolares, através de projetos inseridos na Educação Física Escolar,
trabalhando com a proposta do brincar; do brinquedo; do Se-Movimentar; de Oficinas
de Brinquedos; atualização dos jogos, tomando como referência o histórico da
realidade de cada criança; da promoção de didáticas pedagógicas relacionadas com
os aspectos da cultura Infantil; além disso, propõe a Educação Física, como um
espaço de inclusão, para crianças com deficiência, a partir do uso da Brinquedoteca,
intermediada pela ação dos professores. Ademais, criar espaços para a confecção de
brinquedos recicláveis, no contexto escolar, mostrou-se como uma ação primordial
para que a criança, conheça a si mesmo, colocando em evidência sua concepção de
mundo e suas diferentes formas de relacionar-se com os outros, com mais autonomia
e criticidade; além de ser considerado como um instrumento potencialmente educativo
e terapêutico, para promoção de condutas sociais.
O brinquedo também foi apontando a partir das contradições produzidas: no
âmbito das relações de gênero, direcionando, já no catálogo, o que é permitido ou não
para meninos e meninas; e no contexto da Biossegurança, que através do Inmetro,
norteiam e padronizam, o acesso e o manuseio dos mesmos, criando formas de
controle, à experiencia do brincar da criança.
30
REFERÊNCIAS
ANEXOS
35
Anexo 1
INSTITUIÇÃO DOS
TÍTULO AUTORES AUTORES E RESPECTIVO ÁREA REVISTA ANO REFERENCIA NAS NORMAS CIENTÍFICAS
ESTADO BRASILEIRO
As relações do brinquedo Burckardt, E. V., Costa, L. C. Da, & Kunz, E. (2018).
Burckardt, E. V.,
industrializado com o brincar e Universidade Federal de Educação As relações do brinquedo industrializado com o
Costa, L. C. Da, & Motrivivência 2018
se movimentar: uma reflexão Santa Maria (UFSM) / RS Física brincar e se movimentar: uma reflexão na
Kunz, E
na Educação Física Educação Física. Motrivivência, 30(54), 278-294.
CAFÉ, Ângela B. O Jogo Lúdico na Escola de
O Jogo Lúdico na Escola de Universidade Federal de Educação Ensino Básico. LICERE - Revista do Programa de
CAFÉ, Ângela B LICERE 2018
Ensino Básico Goiás (UFG) / GO Física Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do
Lazer, [S. l.], v. 21, n. 4, p. 1–25, 2018.
CHICON, José Francisco et al. EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO FÍSICA E
FÍSICA E INCLUSÃO: A MEDIAÇÃO
INCLUSÃO: A MEDIAÇÃO
CHICON, José Universidade Federal do Educação PEDAGÓGICA DO PROFESSOR NA
PEDAGÓGICA DO MOVIMENTO 2015
Francisco et al Espírito Santo / ES Física BRINQUEDOTECA. Movimento
PROFESSOR NA
(ESEFID/UFRGS), Porto Alegre, p. 279-292, dez.
BRINQUEDOTECA
2015. ISSN 1982-8918.
DOS SANTOS SOARES, L.; MARIN, E.; GOMES-
DOS SANTOS Universidade Federal da
Oficina de brinquedos e Educación DA-SILVA, P. Oficina de brinquedos e
SOARES, L.; MARIN, Paraíba (UFPB) / PB; Educação
brincadeiras na promoção de Física y 2019 brincadeiras na promoção de comportamentos
E.; GOMES-DA- Universidade Federal de Física
comportamentos sociais Ciencia sociais. Educación Física y Ciencia, v. 21, n. 3, p.
SILVA, P Santa Maria (UFSM) / RS
e093, 19 dez. 2019.
RELAÇÕES DE GÊNERO EM KROPENISCKI, Fernanda; PERURENA, Fátima.
CATÁLOGOS DE KROPENISCKI, Relações de gênero em catálogos de
Universidade Federal de Ciências Educação e
BRINQUEDOS: Fernanda; 2017 brinquedos: (Contra) indicações para o
Santa Maria (UFSM) / RS Sociais Sociedade
(CONTRA)INDICAÇÕES PARA PERURENA, Fátima. brincar. Educação & Sociedade, Santa Maria, v.
O BRINCAR 38, n. 141, p. 965-981, 2017.
MARIN, Elizara Carolina; SANTIAGO, Mariani
JOGO COMO PATRIMÔNIO MARIN, Elizara Guedes. JOGO COMO PATRIMÔNIO
Universidade Federal de Educação
CULTURAL: MUSEUS DE Carolina; SANTIAGO, MOVIMENTO 2019 CULTURAL: MUSEUS DE BRINQUEDOS NO
Santa Maria (UFSM) / RS Física
BRINQUEDOS NO BRASIL Mariani Guedes. BRASIL. Movimento (ESEFID/UFRGS), Porto
Alegre, p. e25052, out. 2019. ISSN 1982-8918.
36
Anexo 2
LOCAL DA TAMANHO E PERFIL
TÍTULO RESUMO PALAVRAS-CHAVE METODOLOGIA
PESQUISA DA AMOSTRA
Este estudo consiste na reflexão sobre o brincar e o brinquedo
industrializado, ressaltando a importância do brincar natural e
espontâneo da criança. O objetivo foi destacar como o brincar
para a criança e para o adulto se organiza de formas diferentes.
Este estudo caracteriza-se como uma Pesquisa Teórica, de
As relações do
modo que as reflexões realizadas não se estabelecem na direção
brinquedo
de negar os brinquedos industrializados ou de não incentivar as
industrializado com Este estudo
crianças a aprenderem, mas sim no intuito de alertar para uma Brincar. Criança. Rio Grande do
o brincar e se caracteriza-se como não se aplica
possibilidade de pensar o tempo de ser criança e atentar para o Educação física Sul
movimentar: uma uma Pesquisa Teórica.
fato de que se existe uma tentativa de rever esses caminhos e
reflexão na
que estes estão ligados ao brincar e Se-movimentar. A
Educação Física
compreensão do brincar e Se-movimentar para que se tornem
significativos perpassa professores, direção das instituições e
também pelos pais, de forma que, estudos e pesquisas são
fundamentais para orientar, esclarecer e considerar fatores
importantes desse processo.
38
O estudo tem por objetivo descrever e analisar a ação mediadora Os participantes foram
EDUCAÇÃO dos professores de Educação Física no processo de interação de quinze crianças não
FÍSICA E alunos com e sem deficiência na brinquedoteca. Trata-se de uma deficientes do Centro
INCLUSÃO: A pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso. Os participantes Educação Física de Educação Infantil
Trata-se de uma
MEDIAÇÃO foram quinze crianças não deficientes do Centro de Educação Infantil. Mediação. Criarte (Ufes) e cinco
pesquisa qualitativa do Vitória - ES
PEDAGÓGICA DO Infantil Criarte (Ufes) e cinco com deficiência oriundas da Inclusão. com deficiência
tipo estudo de caso.
PROFESSOR NA comunidade do município de Vitória/ES. Conclui que o olhar Brinquedoteca. oriundas da
BRINQUEDOTEC sensível e a ação mediadora do professor têm papel fundamental comunidade do
A para provocar avanços no aprendizado e desenvolvimento da município de
criança, o que não ocorreria espontaneamente. Vitória/ES.
Este artigo apresenta a análise dos resultados de uma
intervenção com a Oficina de Brinquedos e Brincadeiras (OBBA)
no comportamento de crianças identificadas com condutas
antissociais. Pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo
Oficina de pesquisa-ação, realizada com uma turma do 5º ano do Ensino
brinquedos e Fundamental, numa escola pública de João Pessoa-PB. Os Uma turma do 5º ano
Jogo, Ensino, Pesquisa de
brincadeiras na alunos foram identificados por meio de um roteiro de observação do ensino
Psicanálise, abordagem qualitativa, João Pessoa-PB
promoção de e avaliados, antes e durante a OBBA, pela Escala de Tendência fundamental, com 24
Educação Física. do tipo pesquisa-ação.
comportamentos Antissocial (ETA). Após período de implementação do projeto, alunos matriculados.
sociais em suas diferentes etapas (Apresentação, Avaliação,
Implementação, Intervenção), evidenciou-se pela ETA um
aumento significativo de ações sociais de emprestar, oferecer,
auxiliar, agradecer, elogiar e dialogar, naqueles com condutas
antissociais.
Este artigo buscou discutir as relações de gênero retratadas nos
catálogos de brinquedos de uma Empresa X, localizada na
Região Sul do Brasil, no período de 2009 a 2015. A partir de uma
análise das imagens apresentadas nos catálogos, foram
RELAÇÕES DE
constatadas mudanças e permanências na produção e oferta de
GÊNERO EM Uma Empresa X,
brinquedos. Inicialmente direcionados para meninas ou meninos, Semiologia dos
CATÁLOGOS DE Brinquedos. localizada na Região
os brinquedos ofertados demarcavam limites para o feminino e discursos sociais e Região Sul do
BRINQUEDOS: Relações de gênero. Sul do Brasil, no
para o masculino. Quando todos os brinquedos passaram a ser análise semiótica de Brasil
(CONTRA)INDICA Crianças. período de 2009 a
indicados para elas e para eles, um binarismo camuflado foi imagens.
ÇÕES PARA O 2015
mantido e a problemática das cores entrou em cena. Diante
BRINCAR
desse cenário, considera-se que, em meio às transformações já
ocorridas nas relações de gênero, a produção e a oferta de
brinquedos também vêm se modificando, porém, a passos
lentos.
40
Anexo 3
AUTORES UTILIZADOS
TÍTULO CONCEPÇÃO DE BRINQUEDO PARA FUNDAMENTAR RELAÇÕES ENTRE BRINQUEDO E EF PRINCIPAIS CONCLUSÕES
SOBRE BRINQUEDO
A ideia não é oferecer uma solução, mas sim,
A questão primordial, nesse sentido, é
O autor compreende o brinquedo chamar a atenção de que se existe uma tentativa
compreender a Educação Física como promotora
e o brincar através de uma de rever esses caminhos, ela certamente tem a ver
desse lugar para brincar e Se-movimentar e que
As relações do perspectiva fenomenológica, com o brincar e Se-movimentar. Nesse esforço, a
BENJAMIN (1984); nela a criança tem maior probabilidade de
brinquedo ressaltando a importância do compreensão do brincar e Se-movimentar para
HONORÉ (2009); CUNHA experimentar esse projeto e o adulto percebê-la
industrializado com o brincar livre e espontâneo. Para que se torne significativo perpassa pelos
E KUNZ (2015); em toda a sua potencialidade. No entanto, a
brincar e se movimentar: os autores, a criança e o seu professores, direção das instituições e também
BROUGÈRE (2000); grande inquietação é como conciliar esse brincar
uma reflexão na brincar são autênticos e pelos pais, por isso pesquisas como esta são
FANTIN (2000) espontâneo e livre
Educação Física esse fato deve estar longe da importantes para adultos de forma em geral, pois
da criança, em um lugar que exige controle e cada
ideia de controle, consumo e para que o entendimento do brincar e Se-
vez mais se investe em brinquedos
mercadoria. movimentar possa ter sentido para os adultos é
eletrônicos dentro das salas.
necessário conhecer a criança, por ela mesma.
Diante do exposto só resta vivenciar um jogo em
Colocando o foco na educação escolar, nosso sala de aula, ou em algum outro espaço
campo de interesse, trata-se de não deixar essa alternativo, para entender como este pode
manifestação ser sufocada, pois, é da natureza funcionar e mudar a realidade do cotidiano escolar,
A autora compreende o
humana e da espontaneidade natural da pessoa. provocando curiosidade e vontade de aprender nos
O Jogo Lúdico na brinquedo como uma Leontiev (1988); Vygotsky
Quando bem planejado o jogo é muito bem alunos. Da mesma forma o educador pode criar
Escola de Ensino Básico manifestação lúdica inerente ao (2009); Huizinga (1971)
acolhido na escola, pois, ao contrário do que se não só espaços para jogos, mas, adaptar jogos
ser humano.
pensa o jogo é ordem e criar ordem e, a escola específicos que movimentem os alunos, incitando
perde muito ao considerá-lo como indisciplina e participação e curiosidades, reflexões e reflexos
acaba por não conseguir contê-los. espontâneos, disponibilidade para o grupo e para a
aprendizagem.
Nessa experiência do brincar, constatamos o
Na relação da criança no espaço
quanto a ação mediadora dos professores/
da brinquedoteca, o brinquedo é Fazendo uso do jogo, brinquedos e brincadeiras
brinquedistas foi importante para que o processo
o instrumento mediador entre ela nas aulas de Educação Física e no espaço de
EDUCAÇÃO FÍSICA E de inclusão na brinquedoteca se consolidasse,
e a brincadeira. Segundo brinquedoteca, conforme o pensamento de Chicon
INCLUSÃO: A visto que, sem as ações desenvolvidas por eles, os
Kishimoto (1998), o vocábulo Vygotsky (1991); Chicon (2005, 2013), a criança se relaciona com
MEDIAÇÃO quadros de exclusão evidenciados nos episódios
brinquedo conota criança e tem (2005, 2013); Kishimoto conteúdos culturais dos quais ela se apropria,
PEDAGÓGICA DO citados poderiam não se modificar ou se alterar
uma dimensão material, cultural (1998); Leontiev (1994) reproduz e ressignifica. A brincadeira também é
PROFESSOR NA mais tardiamente. Sendo assim, o olhar sensível e
e técnica. Como objeto, é um meio de a criança viver a cultura que a rodeia
BRINQUEDOTECA a ação mediadora do professor têm papel
sempre suporte de brincadeira, é como ela é verdadeiramente e não como ela
fundamental para provocar avanços no
o estimulante material para fazer deveria ser.
aprendizado e desenvolvimento da criança que
fluir o imaginário infantil.
não ocorreriam espontaneamente.
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