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CONHECIMENTOS BÁSICOS DE ADMI- Como o orçamento de desempenho ainda era falho, faltando-lhe a vin-

culação com o planejamento governamental, partiu-se para uma técnica


NISTRAÇÃO FINANCEIRA E mais elaborada, que foi o orçamento-programa, introduzido nos Estados
Unidos da América, no final da década de 50, sob a denominação de PPBS
ORÇAMENTÁRIA: (Planning Programning Budgeting System). Este orçamento foi introduzido
1. Orçamento Público: características do orçamento tradicional, do no Brasil através da Lei 4320/64 e do Decreto-Lei 200/67.
orçamento-programa e do orçamento de desempenho. Muito importante: O orçamento-programa foi instituído no Brasil em
2. Princípios orçamentários. 1964, pela Lei 4320/64. O Decreto 200/67 também trouxe várias inovações
3. Leis Orçamentárias: PPA, LDO, LOA. que visavam à descentralização administrativa, com vários reflexos na
4. Orçamento fiscal e de seguridade social. legislação orçamentária. No entanto, o orçamento-programa só ganhou
5. Orçamento na Constituição Federal de 1988. efetividade em 1998, com a edição de várias normativas do Ministério do
Planejamento. No entanto, para fins de concurso, a Lei 4320/64 é ainda o
6. Conceituação e classificação da receita e da despesa orçamentá-
marco do orçamento-programa no Brasil.
ria brasileira.
7. Execução da receita e da despesa orçamentária. O orçamento?programa pode ser entendido como um plano de traba-
8. Créditos Adicionais. lho, um instrumento de planejamento da ação do governo, através da
9. Cota, provisão, repasse e destaque. identificação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, além
do estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados, bem
10. Lei nº 10.180/2001.
como a previsão dos custos relacionados.
11. Instrução Normativa STN nº 01, de 15/01/97 e alterações poste-
riores; Decreto n. 6.170/2007 e Portaria Interministeri- A Constituição Federal (CF) de 1988 pela primeira vez constitucionali-
al/MP/MF/MCT/nº 127/08 - Portal SICONV. zou o orçamento-programa no Brasil (que estava regrado apenas em leis
12. Procedimentos de retenção de impostos e contribuições fede- infraconstitucionais, desde 1964) ao estabelecer a normatização da matéria
rais. orçamentária através do Plano Plurianual (PPA), da Lei de Diretrizes Orça-
mentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA), ficando evidente o
13. Lei nº 9.430/96 e alterações posteriores. extremo zelo do constituinte para com o planejamento das ações do gover-
14. Instrução Normativa SRF nº 480/04. no.
15. Lei nº 4.320/64.
16. Lei de Responsabilidade Fiscal - Lei Complementar nº 101/00. As principais características do orçamento-programa são: integração,
planejamento, orçamento; quantificação de objetivos e fixação de metas;
relações insumo-produto; alternativas programáticas; acompanhamento
1. Orçamento Público: características do orçamento tradicional, físico-financeiro; avaliação de resultados; e gerência por objetivos. Fernan-
do orçamento-programa e do orçamento de desempenho. do Gama
Orçamento tradicional. 2. Princípios orçamentários.
Na fase do orçamento tradicional, a peça orçamentária existente era
O orçamento público surgiu para atuar como instrumento de controle
conhecida como orçamento clássico ou tradicional, este orçamento caracte-
das atividades financeiras do governo. Entretanto, para real eficácia desse
rizava-se por ser um documento onde apenas constava a previsão da
controle, toma-se necessário que a constituição orgânica do orçamento se
receita e a autorização da despesa, classificando estas últimas por objeto
vincule a determinadas regras, as quais se acham inseridas nos princípios
do gasto e distribuídas pelos diversos órgãos, para o período de um ano.
orçamentários.
Neste tipo de orçamento não havia nenhuma preocupação com as re-
Divergem os doutrinadores na fixação dos princípios orçamentários,
ais necessidades da administração ou da população e não se considera-
sendo que na nossa concepção, os principais são:
vam objetivos econômicos e sociais. É um planejamento dissociado do
planejamento. Além disso, era corrigido monetariamente de acordo com o Anualidade: de conformidade com o princípio da anualidade, também
que se gastava no exercício anterior. Sua principal característica: dar denominado princípio da periodicidade, as previsões de receita e despesa
ênfase aos objetos de gastos. devem referir-se, sempre a um período limitado de tempo (um ano), segun-
do os arts. 48, II; 165, III, § 50e art. 166 da Constituição Federal. O período
Antes do advento da Lei 4.320/64, o orçamento utilizado pelo Governo
de vigência do orçamento denomina-se exercício financeiro.
Federal era o orçamento tradicional.
No Brasil, de acordo com o art. 34 da Lei n. 4.320, de 17 de março de
Orçamento moderno
1964, o exercício financeiro coincide com o ano civil , que se inicia em
Na fase do orçamento moderno, destacam-se dois tipos de orçamento: primeiro de janeiro e termina em trinta e um de dezembro.
orçamento de desempenho e orçamento-programa.
Unidade: segundo esse princípio o orçamento deve ser uno, isto é, de-
Orçamento De Desempenho ve existir apenas um orçamento e não mais que um para cada exercício
financeiro. Busca-se com esse princípio eliminar a existência de orçamen-
O orçamento tradicional evoluiu para o orçamento de desempenho, tos paralelos.
também conhecido como orçamento de realizações. Neste tipo de orça-
mento, o gestor começa a se preocupar com o que o governo realiza e não Assim, o orçamento deve estar contido numa só peça, contemplando
com o que compra, ou seja, preocupa-se agora em saber ?as coisas que o todos os poderes e os respectivos órgãos da administração direta e indireta
governo faz e não as coisas que o governo compra?. (art. 165, § 5º, da Constituição Federal de 1988).
O orçamento de desempenho é o processo orçamentário que se carac- Universalidade: por esse princípio, a peça orçamentária deve conter
teriza por apresentar duas dimensões do orçamento: o objeto de gasto e todas as receitas e todas as despesas referentes aos Poderes da União,
um programa de trabalho, contendo as ações desenvolvidas. seus fundos. órgãos e entidades da administração direta e indireta, já que o
orçamento tem por escopo o planejamento de todas as despesas e receitas
Apesar de ser um passo importante, o orçamento de desempenho ain- públicas (art. 165, § 5º, II, III, Constituição Federal de 1988).
da se encontra desvinculado de um planejamento central das ações do
governo, ou seja, embora já interligue os objetos de gastos aos objetivos, Exclusividade: consoante o princípio da exclusividade, o orçamento
não poderia, ainda, ser considerado um orçamento-programa, visto que lhe deve conter apenas matéria orçamentária e não cuidar de assuntos estra-
faltava uma característica essencial: a vinculação ao Sistema de Planeja- nhos, o que aliás, está previsto no art. 165, § 8º, da Constituição Federal. A
mento. exceção, a este princípio fica por conta da autorização para abertura de
créditos suplementares e a contratação de empréstimos, como se vê no
Orçamento-Programa dispositivo constitucional citado.
Especificação: também denominado princípio da especialização, este Igualmente, a LDO, disporá sobre as alterações da legislação tributária
princípio tem por objetivo as autorizações globais, ou seja, que as despe- e estabelecerá a política de apresentação das agências financeiras oficiais
sas devem ser classificadas de modo preciso, claro e detalhado. Dessa de fomento, ex vi do art. 165, § 2º da Constituição Federal de 1988.
forma as despesas e receitas orçamentárias devem ser discriminadas por
unidade administrativa e por elementos. Nos moldes do art. 15 da Lei 11. A LDO, na verdade, corresponde a um pré-orçamento, já que cabelhe,
4.320, de 17 de março de 1964, entende se por elementos, o desdobra- previamente, proceder a indicação das prioridades e dos critérios para
mento da despesa com pessoal, material, serviços, etc. feitura do orçamento anual (LOA).

Publicidade: define esse princípio que o conteúdo orçamentário deve O encaminhamento do projeto da LDO ao Legislativo se fará até oito
ser divulgado (publicado) através dos veículos oficiais de comunicação para meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro, sendo
o conhecimento público e para a eficácia de sua validade, o que é princípio devolvido para sanção ao Executivo, até o encerramento do primeiro
exigido para todos os atos oficiais do governo, preconizado no caput do art. período da Sessão Legislativa, conforme dispõe o art. 35, § 20, II, do Ato
37, e art. 165, § 3º. da (Constituição Federal de 1998, e mais recentemente das Disposições Constitucionais Transitórias — ADCT.
na Lei de Responsabilidade Fiscal. Enfim, deve o orçamento ser público e A Lei de Responsabilidade Fiscal em seu art. 4º estabelece que a Lei
notório). de Diretrizes além de atender o disposto no § 2º do art. 165, da
Equilíbrio: pelo princípio do equilíbrio se entende que, em cada Constituição Federal de 1988, disporá também sobre equilíbrio entre
exercício financeiro, o montante da despesa não deve ultrapassar a receita receitas e despesas, critérios e formas de limitação de empenho, normas
prevista para o período. O equilíbrio é considerado, por muitos relativas ao controle de custos e avaliação dos resultados dos programas
doutrinadores, como uma regra não rígida, embora a ideia de equilibrar financiados com recursos dos orçamentos e também um anexo de metas
receitas e despesas continue ainda sendo perseguida a médio ou longo fiscais, o qual integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
prazo. Urna razão fundamentada para defender esse princípio é a Lei Orçamentária anual: com previsão no art. 165, III § 5º da
convicção de que ele constitui o único meio de limitar o crescimento dos Constituição Federal de 1988, a Lei Orçamentária Anual (LOA) ou
gastos governamentais. Com o recente advento da Lei de simplesmente o orçamento anual, é um instrumento utilizado para estimar a
Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101 de 4.5.2000), exigindo receita e fixar a despesa, evidenciando a política econômico-financeira e o
equilíbrio orçamentário, foi elevada em nível de obrigação legal, a ser programa de trabalho do Governo, estabelecidos no PPA e na LDO,
observada pelos administradores públicos, pelo menos no Brasil. obedecendo ainda aos princípios orçamentários, e precipuamente, às
recentes disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal.
3. Leis Orçamentárias: PPA, LDO, LOA.
A Constituição Federal determina que a Lei Orçamentária Anual
Três são os tipos de orçamento previstos na Carta Magna de 1988, a compreenderá o orçamento fiscal, de seguridade social e de investimento
saber: das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria
Plano Plurianual: o primeiro tipo de orçamento estatuído na do capital social com direito a voto. No concernente ao Processo
Constituição Federal de 1988, em seu art. 165, I, e § 1º, é o Plano Legislativo, o projeto de Lei Orçamentária Anual deverá ser encaminhado
Plurianual (PPA). O mesmo trata-se de um orçamento-programa. de médio ao Congresso Nacional para apreciação, na forma do disposto no art. 166 e
prazo, com duração de quatro anos, iniciando sua contagem no segundo seus paragrafos da Constituição Federal.
ano de cada mandato governamental e estendendo a sua vigência até o Em que pese o princípio orçamentário da unidade, a Constituição
primeiro ano do mandato subsequente, de modo a proporcionar a Federal de 1988 estabelece que a LO ou Lei de Orçamento Anual, será
continuidade da Administração Pública. composta de três orçamentos, a saber:
Trata-se de uni plano, onde são planejadas e ordenadas as ações Primus: o orçamento fiscal, referente aos três poderes do Estado
governamentais, visando alcançar os objetivos e metas fixados pelos (Legislativo, Executivo e Judiciário), bem como aos fundos, órgãos e
governos Federal, Distrital, Estadual e Municipal. entidades da Administração direta e indireta, autárquica e fundacional;
Ex vi da Constituição Federal, a lei que instituir o PPA estabelecerá de Secundus:o orçamento de investimento das empresas em que o
forma regionalizada, as diretrizes, objetivas e metas da Administração Estado (União, Distrito Federal, Estados e Municípios) tenham participação
Pública para as despesas de investimentos e as inversões financeiras e na maioria do capital social, com direito a voto;
outras de natureza correlata, dispondo ainda sobre os programas de
duração continua da, conforme dispõe o art. 12, § 5º, da Lei n. 4.320, de 17 Tertius:o orçamento da seguridade social, que abrange todas as
de março de 1964. entidades e os órgãos a ela vinculados, da administração direta e indireta,
bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos com o dinheiro
Há que salientar, por oportuno, que a teor do art. 167, § 1º da público.
Constituição Federal de 1988, nenhum investimento cuja execução
ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem a prévia Dessa forma a Lei de Orçamento Anual é um orçamento, com o qual os
inclusão no PPA, ou em lei específica que autorize a inclusão, sob pena de Poderes Públicos e seus órgãos irão trabalhar durante o exercício
responsabilidade criminal do governante. financeiro, prevendo todas as receitas e fixando todos as despesas
públicas, de molde a viabilizar o controle gerencial das ações
A duração do PPA, interpreta-se o art. 165, § 1º da Constituição governamentais.
Federal de 1988, c/c o art. 35, § 2º, I, do ADCT (Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias), sendo que o plano plurianual, deverá ser 4. Orçamento fiscal e de seguridade social.
enviado ao Legislativo até 4 (quatro) meses antes do encerramento do
primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento
Definições Legais dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social
da Sessão Legislativa.
De WikiFenix
Lei de Diretrizes Orçamentárias: o art. 165, § 2º, da Constituição
Federal preceitua que as diretrizes orçamentárias serão instituídas por lei Lei Orçamentária Anual – LOA
de iniciativa do Poder Executivo. Esta lei compreende as metas e A Constituição Federal de 1988 dispõe de uma seção específica sobre
prioridades da Administração Pública Federal, Distrital, Estadual e Orçamento, em seus artigos 165 a 169 (anexo), a qual deve ser amplamen-
Municipal, tendo por finalidade nortear a elaboração dos orçamentos anuais te estudada e compreendida.
dos entes políticos. Por orçamento anual, aqui, compreende-se aqueles, Resumindo
porventura preconizados no art. 165, § 5º, I, II e III, da Constituição Federal "A LOA propriamente dita, com vigência de um único ano, ela vai trazer
de 1988, quais sejam: orçamento fiscal; orçamento de investimentos das as programações, as ações orçamentárias com recursos alocados para
empresas e o orçamento da seguridade social, obedecidos as regras já retratar os bens e serviços que são ofertados à sociedade. Ou seja, é na
estabelecidas no PPA, tratando-se, também, como o PPA, de um LOA que a sociedade enxerga os produtos e serviços que são a ela desti-
orçamento-programa, não operativo. nados, inclusive, com a arrecadação que também é feita da sociedade."
A LOA busca sintonizar as diretrizes, objetivos e metas da administra-
ção pública, estabelecidas no PPA, segundo as diretrizes estabelecidas Tendo isto presente, deve-se atentar para o fato de que "a proposta
pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Compreende assim, 03 (três) de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada
tipos distintos de Orçamento, que são: pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistên-
1. Orçamento de Seguridade Social cia social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei
A seguridade social é um conjunto de ações estatais que compreende de diretrizes orçamentárias e assegurada a cada área a gestão de seus
a proteção dos direitos relativos à saúde, previdência social e assistência recursos" (CF, art. 195, §2º). Dois destaques importantes: 1) o fato de que
social (art. 194 da CF). o orçamento é elaborado de forma integrada pelos órgãos incumbidos de
realizar os programas securitários; 2) a garantia de autonomia na gestão de
CAPÍTULO II seus recursos conferida na parte final do dispositivo.
DA SEGURIDADE SOCIAL Em complemento o artigo 165, §5º, do Texto Maior estabeleceu:
DISPOSIÇÕES GERAIS § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, ór-
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações gãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações
de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar instituídas e mantidas pelo Poder Público;
os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta
ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades
seguridade social, com base nos seguintes objetivos: e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como
os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações Como se vê, a Seguridade Social, em nosso país, possui, por determi-
urbanas e rurais; nação constitucional, orçamento anual próprio e diverso daquele da União.
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; O artigo 11 da Lei 8.212/91 é claro ao prever a composição deste orçamen-
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; to, determinando que:
V - eqüidade na forma de participação no custeio; '"Art. 11. No âmbito federal, o orçamento da seguridade social é
VI - diversidade da base de financiamento; composto das seguintes receitas:
VII - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a I - receitas da União;
participação da comunidade, em especial de trabalhadores, empresários e II - receitas das contribuições sociais
aposentados. III - receitas de outras fontes"
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante O dispositivo é bastante genérico, mas a lei de custeio foi detalhista ao
gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregado- estabelecer as contribuições sociais e os contribuintes (artigos 11, par.
res, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação dada único, e 12 e seguintes), além de delinear a contribuição da União (art. 16),
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) bem como especificar a contribuição sobre a receita de concursos de
prognósticos (art. 26) e, também, quais são as outras receitas generica-
Funda-se no princípio da solidariedade, pelo qual aqueles indivíduos mente mencionadas (art. 27). O que importa é que o orçamento da seguri-
detentores de maiores riquezas devem auxiliar os menos abastados. Essa dade social é próprio e totalmente desvinculado do projeto orçamentário da
a premissa mestra que deve guiar qualquer iniciativa no sentido de organi- União. Aliás, trata-se do segundo maior orçamento da nação, o que nos
zar políticas no campo da seguridade social. permite afirmar que o programa de benefícios seguridade social brasileiro,
com ele concretizado, é um dos maiores programas de distribuição de
É preciso esclarecer, desde logo, uma confusão que amiúde se verifica renda existentes no mundo.
no trato da questão. Geralmente, costuma-se confundir seguridade social
com previdência social. A diferença, contudo, é marcante e facilmente A autonomia na gestão dos recursos de cada área assegurada pela
perceptível. Enquanto a previdência social caracteriza-se por ser um regime parte final do dispositivo constitucional é o que mais interessa a este nosso
de seguro social, de caráter contributivo e filiação obrigatória, destinado a trabalho. Isto porque, agora, sob os ditames da Lei de Responsabilidade
cobertura de eventos que reduzam ou retirem a capacidade labor ativa do Fiscal, também os administradores dos sistemas de saúde, previdência
segurado; a seguridade social visa à proteção das necessidades básicas de social e assistência social estarão obrigados a utilizar os recursos com
qualquer indivíduo, nas áreas da saúde e assistência social, independente transparência total e somente depois de realizar um planejamento minucio-
de contribuição. A previdência social, em poucas palavras, é apenas uma so das conseqüências de cada gasto. Não que anteriormente não estives-
das espécies do gênero seguridade social; aquela, em verdade, está com- sem, pois tal maneira de agir, sem dúvida, é ilação lógica e direta dos
preendida dentro desta, como apenas uma das ações estatais destinadas postulados trazidos pelo artigo 37, "caput", da Constituição. O que se quer
ao alcance das mínimas necessidades sociais da população. dizer é que, agora, a responsabilização decorre de texto legal, cominando
sanções criminais e administrativas ao mau administrador, ao contrário dos
A previdência social é gerida pelo Instituto Nacional do Seguro Social, princípios, dificilmente respeitado entre nós.
autarquia criada especialmente para esta finalidade, através do aporte das Tratemos, pois, do exame específico das normas trazidas ao ordena-
contribuições sociais previstas no artigo 195, para o custeio dos benefícios mento jurídico pátrio pela Lei de Responsabilidade Fiscal, especialmente no
delineados nos incisos do artigo 201, ambos do Texto Constitucional. A que diz respeito às novas exigências para a criação e majoração de benefí-
saúde e a assistência social são deveres primários do Estado e, por isso, cios; às novas diretrizes e restrições à utilização dos recursos destinados
sua prestação está desvinculada de qualquer contribuição. Sua gestão fica ao sistema de seguridade social; às receitas e despesas; à gestão patrimo-
a cargo da União, Estados e Municípios, responsáveis solidários, pode-se nial; à fiscalização da gestão fiscal e à criação do Fundo do Regime Geral
dizer assim, pelo custeio e manutenção do sistema único de saúde e das da Previdência Social.
políticas assistenciais.
2. Orçamento Fiscal
Dito isso, podemos ingressar, mesmo que tangencialmente, no exame Compreendem os poderes da União, os Fundos, Órgãos, Autarquias,
do tema proposto. Com as considerações até aqui tecidas tivemos a inten- inclusive as especiais e Fundações instituídas e mantidas pela União.
ção de deixar claro ao leitor que o Instituto Nacional do Seguro Social não é Abrange também, as empresas públicas e sociedades de economia mista
mais responsável pelos programas de saúde e assistência social, como em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital
ocorria anteriormente à sua criação, à época do extinto INAMPS. Da mes- social com direito a voto e que recebam desta quaisquer recursos que não
ma forma, os entes da federação não possuem qualquer responsabilidade sejam provenientes de participação acionária, pagamentos de serviços
pela implementação e execução dos programas de concessão de benefí- prestados, transferências para aplicação em programas de financiamento
cios previdenciários, pelo menos aqueles do Regime Geral de Previdência atendendo ao disposto na alínea "c" do inciso I do art. 159 da CF e refinan-
Social, estes sim exclusivamente a cargo do INSS. ciamento da dívida externa.
§ 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre
3. Orçamento de Investimento de Empresas Estatais elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das
Previsto no inciso II, parágrafo 5º do art. 165 (anexo) da CF, abrange duas Casas do Congresso Nacional.
as empresas públicas e sociedades de economia mista em que a União, § 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
voto. I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenien-
5. Orçamento na Constituição Federal de 1988. tes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
DOS ORÇAMENTOS b) serviço da dívida;
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e
I - o plano plurianual; Distrito Federal; ou
II - as diretrizes orçamentárias; III - sejam relacionadas:
III - os orçamentos anuais. a) com a correção de erros ou omissões; ou
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regio- b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
nalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal § 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não po-
para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas derão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.
aos programas de duração continuada. § 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Con-
§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prio- gresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este
ridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja
para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei alteração é proposta.
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e § 6º - Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentá-
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de rias e do orçamento anual serão enviados pelo Presidente da República ao
fomento. Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que se refere o art.
§ 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento 165, § 9º.
de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária. § 7º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não
§ 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo
nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano pluria- legislativo.
nual e apreciados pelo Congresso Nacional. § 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, ór- poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou
gãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
instituídas e mantidas pelo Poder Público; Art. 167. São vedados:
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária
ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; anual;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que
e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como excedam os créditos orçamentários ou adicionais;
os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. III - a realização de operações de créditos que excedam o montante
§ 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrati- das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos
vo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financei- Legislativo por maioria absoluta;
ra, tributária e creditícia. IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,
§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibili- ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se
zados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desi- referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e
gualdades inter-regionais, segundo critério populacional. serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino
§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à pre- e para realização de atividades da administração tributária, como determi-
visão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a nado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada
lei. pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 9º - Cabe à lei complementar: V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autoriza-
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elabora- ção legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;
ção e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de
e da lei orçamentária anual; uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da adminis- prévia autorização legislativa;
tração direta e indireta bem como condições para a instituição e funciona- VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
mento de fundos. VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreci- cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados
ados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento no art. 165, § 5º;
comum. IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autoriza-
§ 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e De- ção legislativa.
putados: X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de emprésti-
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e mos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Esta-
sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; duais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos
regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanha- Municípios.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
mento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de
comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do
o art. 58. pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata
o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício fi- 6. Conceituação e classificação da receita e da despesa orça-
nanceiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou mentária brasileira.
sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercí- Receita pública
cio financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for Receita pública é o montante total em dinheiro recolhido pelo Tesouro
promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, Nacional, incorporado ao patrimônio do Estado, que serve para custear as
reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do despesas públicas e as necessidades de investimentos públicos.
exercício financeiro subsequente. Em sentido amplo, receita pública é o recolhimento de bens aos cofres
§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para públicos, sendo sinônimo de ingresso ou entrada.
atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de Diferencia-se da receita tributária pois ao contrário desta, não está
guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no limitada à arrecadação de tributos e multas, sendo que a receita tributária é
art. 62. um dos tipos de receita pública.
§ 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos im-
A receita pública também embarca as receitas das empresas estatais,
postos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam
a remuneração dos investimentos do Estado e os juros das dívidas fiscais.
os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou con-
tragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. (Incluído Ingresso - outras entradas que não se consideram receita, é a receita
pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) que não foi arrematada, operações de curso anormal. ex: Antecipação de
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, Receita Orçamentária.
compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos Classificação da receita pública no Brasil
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da A receita pública se divide em dois grandes grupos: as receitas
Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em orçamentárias e as extra-orçamentárias.
duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º. Receita orçamentária
Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Receitas orçamentárias são aquelas que ingressam de forma definitiva
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados,
no patrimônio, são recursos próprios que poderão financiar políticas
do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabe-
públicas e os programas de governo. Podem estar prevista no orçamento
lecidos em lei complementar.
público LOA ou não.O fato de estar ou não estar prevista na LOA ou em Lei
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração,
de Crédito Adicional não serve de parâmetro para a diferenciação de
a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de
receita orçamentária e extra-orçamentária
carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer
título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusi- '1- receitas correntes — Conforme a lei 4.320/64 Art.11 § 1º São
ve fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser Receitas Correntes as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial,
feitas: (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de
de 1998) recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em
projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; Despesas Correntes.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) a manutenção das atividades governamentais;
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias,  receita tributária — é a proveniente de impostos, taxas e
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. contribuições de melhorias;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste
 receita de Contribuições — é a proveniente das seguintes
contribuições sociais(previdência social, saúde e assistência social), de
artigo para a adaptação aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente
intervenção domínio econômico(tarifas de telecomunicações) e de interesse
suspensos todos os repasses de verbas federais ou estaduais aos Estados,
das categorias profissionais ou econômicas(órgãos representativos de
ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem os referidos
categorias de profissionais), como instrumentos de intervenção nas
limites. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
respectivas áreas;
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste ar-
tigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União,  receita patrimonial — rendas obtidas pelo Estado quando este
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes provi- aplica recursos em inversões financeiras, ou as rendas provenientes de
dências: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) bens de propriedade do Estado, tais como aluguéis;
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos  receita agropecuária — é a proveniente da exploração de
em comissão e funções de confiança; (Incluído pela Emenda Constitucio- atividades agropecuárias de origem vegetal ou animal;
nal nº 19, de 1998)
II - exoneração dos servidores não estáveis. (Incluído pela Emenda  receita de serviços — é a proveniente de atividades caracterizadas
Constitucional nº 19, de 1998) pelas prestações de serviços financeiros, transporte, saúde, comunicação,
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não fo- portuário, armazenagem, de inspeção e fiscalização, judiciário,
rem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei processamento de dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes a
complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o atividades da entidade entre outros;
cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especi-  receita industrial — resultante da ação direta do Estado em
fique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da atividades comerciais, industriais ou agropecuárias;
redução de pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)  transferências correntes — recursos financeiros recebidos de
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará outras entidades públicas ou privadas e que se destinam a cobrir despesas
jus a indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de correntes;
serviço. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será  outras receitas correntes — provenientes de multas, cobrança da
considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com dívida ativa, indenizações e outra receitas de classificação específica;
atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos. (Incluído 2- receitas de capital — provenientes de operações de crédito,
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) alienações de bens, amortizações de empréstimos concedidos,
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na transferências de capital e outras receitas de capitais;
efetivação do disposto no § 4º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,  operações de crédito — oriundas da constituição de dívidas
de 1998) (empréstimos e financiamentos);
 alienação de bens — provenientes da venda de bens móveis e
imóveis e de alienação de direitos;
 amortização de empréstimos concedidos — retorno de valores realizadas à conta de receitas cuja fonte seja transferências correntes.
anteriormente emprestados a outras entidades de direito público; Dividem-se em:
 transferência de capital — recursos recebidos de outras pessoas  Subvenções sociais: destinadas a cobrir despesas de custeio de
de direito público ou privado, destinados à aquisição de bens; instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, desde
que sem fins lucrativos;
 outras receitas de capital — classificação genérica para receitas
não especificadas na lei; também classifica-se aqui o superávit do  Subvenções econômicas: destinadas a cobrir despesas de custeio
orçamento corrente (diferença entre receitas e despesas correntes), de empresas públicas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.
embora este não constitua item orçamentário.  Despesas de capital:
Receita extra-orçamentária o Despesas de investimentos: despesas necessárias ao
Receitas extra-orçamentárias são aquelas que não fazem parte do planejamento e execução de obras, aquisição de instalações,
orçamento público. equipamentos e material permanente, constituição ou aumento do capital
Como exemplos temos as cauções, fianças, depósitos para garantia, do Estado que não sejam de caráter comercial ou financeiro, incluindo-se
consignações em folha de pagamento, retenções na fonte, salários não as aquisições de imóveis considerados necessários à execução de tais
reclamados, operações de crédito por antecipação de receita (ARO) e obras;
outras operações assemelhadas. o Inversões financeiras: são despesas com aquisição de imóveis,
Sua arrecadação não depende de autorização legislativa e sua bens de capital já em utilização, títulos representativos de capital de
realização não se vincula à execução do orçamento. entidades já constituídas (desde que a operação não importe em aumento
de capital), constituição ou aumento de capital de entidades comerciais ou
Tais receitas também não constituem renda para o Estado, uma vez financeiras (inclusive operações bancárias e de seguros). Ou seja,
que este é apenas depositário de tais valores. Contudo tais receitas operações que importem a troca de dinheiro por bens.
somam-se às disponibilidades financeiras do Estado, porém têm em
contrapartida um passivo exigível que será resgatado quando da realização o Transferências de capital: transferência de numerário a entidades
da correspondente despesa extra-orçamentária. para que estas realizem investimentos ou inversões financeiras. Nessas
despesas, inclui-se as destinadas à amortização da dívida pública. Podem
Em casos especiais, a receita extra-orçamentária pode converter-se ser:
em receita orçamentária. é o caso de quando alguém perde, em favor do
Estado, o valor de uma caução por inadimplência ou quando perde o valor  Auxílios: se derivadas da lei orçamentária;
depositado em garantia. O mesmo acontece quando os restos a pagar têm  Contribuições: derivadas de lei posterior à lei orçamentária.
sua prescrição administrativa decorrida. É importante frisar que cauções, As categorias econômicas dividem-se em elementos que se separam
fianças, e depósitos efetuados em títulos e assemelhados quando em em subelementos, estes por sua vez bifurcam, por fim, em rubricas e sub-
moeda estrangeira são registrados em contas de compensação, não sendo, rubricas.
portanto considerados receitas extra-orçamentárias. A estrutura da conta, para fins de consolidação nacional dos Balanços
Despesa pública das Contas Públicas e cumprir dispositivo da LRF, apresenta 6 dígitos. O 1º
Despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes dígito (1º nível) corresponde a categoria econômica. O 2º dígito (2º nível)
públicos para custear os serviços públicos (despesas correntes) prestados corresponde ao grupo da despesa. O 3º e 4º dígitos (3º nível) corresponde
à sociedade ou para a realização de investimentos (despesas de capital). a modalidade da despesa. O 5º e 6º dígitos (4º nível) correspondem ao
As despesas públicas devem ser autorizadas pelo Poder legislativo, elemento da despesa.
através do ato administrativo chamado orçamento público. Exceção são as Categorias Econômicas
chamadas despesas extra-orçamentárias.  3 - DESPESAS CORRENTES
As despesas públicas devem obedecer aos seguintes requisitos:  4 - DESPESAS DE CAPITAL
 utilidade (atender a um número significativo de pessoas) Grupo da Natureza da Despesa
 legitimidade (deve atender uma necessidade pública real)  1 - PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS
 discussão pública (deve ser discutida e aprovada pelo Poder  2 - JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA
Legislativo e pelo Tribunal de Contas)
 3 - OUTRAS DESPESAS CORRENTES
 possibilidade contributiva (possibilidade da população atender à
carga tributária decorrente da despesa)  4 - INVESTIMENTOS

 oportunidade  5 - INVERSÕES FINANCEIRAS


 hierarquia de gastos  6 - AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA
 deve ser estipulada em lei  7 - RESERVA DO RPPS
Divide-se, no Brasil, em despesa orçamentária e despesa extra-  8 - RESERVA DE CONTINGÊNCIA
orçamentária. Despesa extra-orçamentária
Despesa orçamentária Constituem despesa extra-orçamentária os pagamentos que não
Despesa Orçamentária é aquela que depende de autorização dependem de autorização legislativa, ou seja, não integram o orçamento
legislativa para ser realizada e que não pode ser efetivada sem a existência público. Se resumem a devolução de valores arrecadados sob título de
de crédito orçamentário que a corresponda suficientemente. receitas extra-orçamentárias.
Classificam-se em categorias econômicas, também chamadas de 7. Execução da receita e da despesa orçamentária.
natureza da despesa e tem como objetivo responder à sociedade o que Processamento da receita pública
será adquirido e qual o efeito econômico do gasto público. Dividem-se,
Processamento da receita pública é o conjunto de atividades
segundo a lei 4.320/64, art. 12, conforme o esquema abaixo:
desenvolvidas pelos órgãos arrecadadores, com o objetivo de arrecadar
 Despesas correntes: dinheiros e bens públicos que, por força de lei ou contrato, pertençam ao
o Despesas de custeio: destinadas à manutenção dos serviços Estado.
criados anteriormente à Lei Orçamentária Anual, e correspondem entre O processamento da receita pública abrange dois períodos distintos: a
outros gastos, os com pessoal, material de consumo, serviços de terceiros estimação da receita (onde se elabora a proposta orçamentária) e a
e gastos com obras de conservação e adaptação de bens imóveis; realização da receita.
o Transferências correntes: são despesas que não correspondem a Estágio da realização da receita
contraprestação direta de bens ou serviços por parte do Estado e que são
O estágio de realização da receita pública reúne atividades que são É o procedimento administrativo que tem por objetivo verificar, entre
classificadas em estágios que segundo o Regulamento de Contabilidade vários fornecedores habilitados, quem oferece condições mais vantajosas
Pública, se dividem em lançamento, arrecadação e recolhimento. para a aquisição de bem ou serviço.
Lançamento Empenho
É a individualização e o relacionamento dos contribuintes, É o ato emanado da autoridade competente que cria para o Poder
discriminando a espécie, o valor e o vencimento do tributo de cada um. Público a obrigação de pagamento. Empenhar uma despesa consiste na
Realizado para os casos de impostos diretos (os que recaem sobre a emissão de uma Nota de Empenho. Divide-se em:
propriedade e a renda) e outras receitas que também dependem de o Autorização;
lançamento prévio (aluguéis, arrendamentos, foros, etc.). É de se observar o Emissão;
que não são todas as receitas que passam por esta fase.
o Assinatura;
Arrecadação
o Controle interno;
É o momento onde os contribuintes comparecem perante os agentes
arrecadadores a fim de liquidarem suas obrigações para com o Estado. o Contabilização.
Recolhimento Para entender melhor o que é o empenho
É o ato pelo qual os agentes arrecadadores entregam diariamente o Observa-se que o empenho é o verdadeiro criador de obrigação. Todas
produto da arrecadação ao Tesouro Público. as demais fases da despesa são dele dependentes, e seguem curso
obrigatório após essa fase.
É importante observar que nenhum agente arrecadador pode utilizar o
produto da arrecadação para realizar pagamentos. Os pagamentos devem De fato, é o empenho que determina os termos do contrato.
ser feitos com recursos específicos para este fim. Procurando compreender melhor o tema, podemos dizer que o empenho é
o próprio contrato, podendo, inclusive, dispensar a elaboração de outro
Resíduos ativos ou restos a arrecadar instrumento contratual em alguns casos. Com efeito, a Lei 8.666 de 1993,
Os créditos não lançados e não arrecadados até o último dia do Estatuto das Licitações, dispõe que somente há obrigatoriedade de firmar
exercício financeiro a que pertencem constituirão receita no exercício em contratos para contratações decorrentes de Concorrências e Tomada de
que forem arrecadados. Preços, ou nas hipóteses de dispensas e inexigibilidades cujos valores
Já os créditos lançados e não arrecadados são, no Brasil, incorporados pactuados estejam compreendidos nos limites daquelas duas modalidades
ao patrimônio, no ativo permanente, como componente da dívida ativa. licitatórias. Além disso, independente do valor pactuado, na hipótese de
Contabilização compras de entrega imediata e integral, para as quais não resultem
A receita pública é contabilizada de forma analítica e sintética. compromissos futuros, é igualmente dispensável o contrato. Nesses casos,
quando o contrato é dispensável, o próprio empenho funcionará como o
A contabilização analítica é feita no diário da receita orçamentária e no instrumento contratual, nos termos do artigo 62 da Lei 8.666/1993.
diário do movimento extra-orçamentário, escriturados por partidas simples.
Os empenhos, por sua vez, podem ser subdivididos conforme a forma
A escrituração sintética é feita no diário geral pelos totais mensais e de apuração do valor a ser empenhado. De fato, a despesa pública, como
pelo método das partidas dobradas.
qualquer despesa, nem sempre se revela inteiramente previsível e certa,
assumindo, por vezes, natureza bastante variável e estimativa, motivo pelo
Processamento da despesa pública qual há que se distinguir tais espécies de despesas mediante a emissão de
Processamento da despesa é o conjunto de atividades notas de empenho de natureza equivalente.
desempenhadas por órgãos de despesa com a finalidade de adquirir bem Em razão de tais diferenças os empenhos se subdividem em três
ou serviço. categorias: empenhos ordinários, empenhos estimativos, e empenhos
O processamento da despesa envolve dois períodos ou estágios: a globais.
fixação da despesa e a realização da despesa. Os empenhos ordinários destinam-se a constituição de despesas cujos
Sobre a fixação da despesa, veja Orçamento público. valores apresentam-se de forma exata, como ocorre na compra de
determinado número de cadeiras.
Estágios da despesa
Já os empenhos estimativos destinam-se à constituição de despesas
Segundo a legislação vigente no Brasil, Lei 4.320/64, a despesa passa
cujos valores não é possível determinar com exatidão, como ocorre na
pelas seguintes fases:
contratação de fornecimento de energia elétrica. Nesse exemplo tem-se
 Fixação (pois segundo a Lei Complementar no 101, de 4 de maio como certo o objeto da contratação, o fornecimento de energia elétrica,
de 2000, a despesa é fixada) mas em razão da demanda ser variável, não se pode precisar o quantitativo
 Empenho; a ser fornecido.
 Liquidação; Globais são os empenhos cujos valores podem ser conhecidos com
exatidão, mas cuja execução necessariamente ocorrerá de forma
 Pagamento. parcelada, como ocorre com nas contratações de serviços de vigilância.
Porém, para João Angélico, autor do livro Contabilidade Pública, a Nesses casos os contratos possuem valor exato, mas sua execução
realidade do processamento da despesas engloba fases diferentes: ocorrerá mês a mês, necessitando a execução de procedimentos de
 Fixação da despesa: liquidação e pagamento com periodicidade mensal.
Estimativa da despesa A Lei 4.320 de 1964 prevê que os empenhos devem observar restrita
Fase em que são estimadas as despesas para o exercício financeiro. relação com a execução orçamentária do exercício financeiro no qual foram
constituídos, ficando adstrito aos créditos orçamentários a ele concedidos.
Conversão das estimativas em orçamento Em outras palavras podemos dizer que o empenho terá vigência adstrita ao
as estimativas são convertidas em Lei orçamentária anual. exercício financeiro, e limite de valor adstrito ao crédito orçamentário a ele
 Realização da despesa: destinado.
Programação da despesa Todavia, cabe esclarecer que, embora seja o orçamento uma peça
É a programação dos gastos mensais que cada órgão vinculado ao rígida, não é imutável, e poderá sofrer alterações. Dessa forma, a Lei 4.320
órgão gerenciador da despesa poderá dispor. Esta programação está de 1964, embora preveja que o empenho da despesa não poderá exceder
intimamente relacionada com as flutuações da arrecadação durante o o limite dos créditos concedidos, dispõe, em seu artigo 40, que o orçamento
exercício financeiro. Subdivide-se em: poderá sofrer alterações no decorrer do exercício financeiro, mediante a
criação de créditos adicionais. De forma análoga, os empenhos que não
o Cronograma de desencaixes fixos; forem liquidados durante o exercício em que foram criados poderão ser
o Projeção do comportamento da receita; inscritos em uma conta denominada Restos a Pagar, para que sejam
o Decreto normativo. liquidados no exercício subseqüente. Todavia, essas são exceções a regra,
Licitação
motivo pelo qual somente são possíveis diante das hipóteses legais, e sob resíduos passivos), devendo ser distinguidas as despesas processadas
o crivo de decisões devidamente motivadas. (liquidadas) das não processadas (ainda não liquidadas).
Os créditos adicionais classificam-se conforme as dotações às quais São considerados restos a pagar processados, aqueles oriundos de
estão vinculados. Créditos adicionais suplementares destinam-se ao reforço despesas que já ultrapassaram a fase de autorização de pagamento, do
de dotações já existentes. O que é suplementar reforça o que já existe. estágio de liquidação da despesas
Reforma um programa, um projeto, ou uma atividade que já está inserida Contabilização
no orçamento. Dessa forma se os recursos para tal programa for A contabilização (vide escrituração) da despesa pública se dá de forma
insuficiente, demandando seu acréscimo, o crédito será suplementar analítica e sintética.
Créditos adicionais especiais destinam-se à despesas para as quais A escrituração analítica é feita em partidas simples no diário da
ainda não haja dotação orçamentária. Serve para possibilitar o despesa prevista, empenhada e realizada, no caso das despesas
desenvolvimento de ações que não estão previstos na Lei Orçamentária orçamentárias.
Anual. Dessa forma, o programa, a atividade, ou o projeto não existem. E
para criá-los será necessário um crédito suplementar especial. Quando As despesas que extra-orçamentárias são escrituradas no diário do
criados demandam créditos especiais, mas nos próximos exercícios, se movimento extra-orçamentário, também utilizando-se partidas simples.
regularmente incorporados no orçamento anual como projetos, ou como A escrituração sintética é feita no diário geral por totais mensais e
atividades, podem ser executados mediante créditos ordinários. utilizando-se partidas dobradas.
Por fim, os créditos adicionais extraordinários são como uma espécie 8. Créditos Adicionais.
do gênero créditos adicionais especiais, criados em função da distinção de Créditos adicionais
seu objeto, os quais ganharam relevo em face de tratarem-se de item de
caráter urgente. Destinam-se às hipóteses de guerra, calamidade pública, e Créditos adicionais são autorizações de despesas não computadas ou
insuficientemente dotadas no Orçamento da União. Compreendem três
comoção interna, atendendo ao comando disposto no art. 167, § 3º da
espécies:
CRFB/88.
Liquidação  suplementar: nos casos em que os recursos alocados no orçamen-
to para determinado período ou atividade tenha sido insuficiente;
Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base
documentos comprobatórios do crédito, tendo por fim apurar a origem e o  especial: se uma determinada necessidade não foi prevista no or-
objeto do pagamento, a importância a ser paga e a quem ela deve ser paga çamento, a alocação de recursos é feita através de crédito especial;
a fim de que a obrigação se extíngua. A liquidação terá por base o contrato,  extraordinário: é para permitir a cobertura de despesas urgentes e
o ajuste ou acordo, a nota de empenho e os comprovantes de entrega do imprevistas, em casos de guerra, comoção ou calamidade pública
material ou da prestação do serviço. Divide-se em:
A abertura de créditos suplementares e especiais depende de prévia
o Recebimento da mercadoria ou dos serviços; autorização legislativa.
o Inspeção e liberação; A lei orçamentária pode ser utilizada para autorizar o Poder Executivo a
o Laudo de medição; abrir durante o exercício, créditos suplementares até determinado montan-
o Atestado de prestação de serviço; te, em geral representado por meio de um percentual de despesa autoriza-
o Requisição de pagamento; da (geralmente até 20%).
o Controle interno; Já a autorização para abertura de crédito especial só pode ser autori-
zada por meio de lei específica
o Autorização de pagamento;
O crédito especial, da mesma forma que os suplementares cujos mon-
o Cheque. tantes excedam os limites fixados na lei orçamentária, só podem ser aber-
Suprimento de Fundos tos após a autorização do Congresso.
É a fase da realização da despesa onde o Tesouro Público entrega aos Os créditos extraordinários são abertos por decreto do Poder Executi-
agentes pagadores os meios de pagamento para liquidar as obrigações já vo, que informará de imediato sobre a providência tomada ao Congresso.
liquidadas.
Para solicitar o crédito adicional é necessário a existência de recursos
É um adiantamento de recursos ao servidor para que sejam efetuadas necessários à cobertura do valor proposto, oriundos de:
despesas cuja forma de realização não possibilite ou recomende a
utilização da rede bancária. Na prática, é o mesmo que o "pequeno caixa"  superávit primário apurado em balanço patrimonial do exercício an-
das empresas privadas, usado para pequenas despesas (abastecer terior;
veículos, despesas em trânsito, despesas com material de almoxarifado,  excesso de arrecadação;
despesas urgentes, despesas fracionadas, despesas rotineiras, etc.).  anulação de dotação ou de crédito adicional;
Portaria do Ministro da Fazenda define o valor para concessão do
 operações de crédito autorizadas
suprimento.
Quanto ao crédito extraordinário é dispensada a exigência de recurso
Emite-se ordem bancária em favor do suprido ou crédito em conta
necessários.
bancária aberta em seu nome, autorizada pelo ordenador de despesas com
finalidade específica. Os créditos adicionais serão acompanhados como os demais créditos
orçamentários. Os especiais e os extraordinários, por serem créditos novos,
PRESTAÇÃO DE CONTAS - O suprido tem obrigação de prestar
devem sofrer o registro inicial.
contas do uso que faz do suprimento, no prazo definido pelo ordenador e
limitado pela legislação, sob pena que ter que responder à tomada de Os créditos adicionais vigerão no exercício financeiro em que foram
contas especial. abertos, salvo expressa disposição legal em contrário quanto aos especiais
e extraordinários.
Pagamento
Os créditos especiais e extraordinários, autorizados nos últimos quatro
Fase onde o credor comparece diante do agente pagador, identifica-se
meses do exercício poderão ser reabertos no exercício seguinte no limite
e recebe o numerário que lhe corresponde para que se extinga
dos seus saldos. http://www.fazerfacil.com.br/
determinada obrigação. Divide-se em:
o Liquidação da obrigação; 9. Cota, provisão, repasse e destaque.
o Quitação do credor;
o Contabilização. REPASSE E COTA, DESTAQUE E PROVISÃO
Restos a pagar
O que é destaque orçamentário? EXEMPLIFIQUE
As despesas empenhadas mas não pagas até o último dia do exercício
financeiro são apropriadas como restos a pagar (também chamada Destaque orçamentário é quando a descentralização dos créditos or-
çamentários ou adicionais envolverem transferência de dotação inter-
esfera, ministérios ou entidades de estruturas administrativas diferentes, DA ORGANIZAÇÃO E DAS
como por exemplo do Ministério da Educação para a Secretaria Nacional de COMPETÊNCIAS
Igualdade Racial. Art. 3º O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal com-
preende as atividades de elaboração, acompanhamento e avaliação de
O que é provisão orçamentária? EXEMPLIFIQUE. planos, programas e orçamentos, e de realização de estudos e pesquisas
sócio-econômicas.
Provisão orçamentária é quando a descentralização dos créditos orça- Art. 4º Integram o Sistema de Planejamento e de Orçamento Fede-
mentários ou adicionais envolverem unidades gestoras de um mesmo ral:
órgão, ministério ou entidade integrante do orçamento fiscal e da segurida- I - o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, como órgão
de social. Ex.: Ministério da Fazenda para a Secretaria da Receita Federal. central;
II - órgãos setoriais;
O que é uma cota financeira? EXEMPLIFIQUE. III - órgãos específicos.
§ 1o Os órgãos setoriais são as unidades de planejamento e orça-
É a primeira etapa da descentralização de recursos financeiros caracte- mento dos Ministérios, da Advocacia-Geral da União, da Vice-Presidência e
rizada pela transferência desses recursos do órgão central de programação da Casa Civil da Presidência da República.
financeira para os órgãos setoriais do sistema. Ex.: Secretaria do Tesouro § 2o Os órgãos específicos são aqueles vinculados ou subordinados
Nacional para o Ministério dos Transportes. ao órgão central do Sistema, cuja missão está voltada para as atividades
de planejamento e orçamento.
O que é um repasse financeiro? Do que se diferencia do sub- § 3o Os órgãos setoriais e específicos ficam sujeitos à orientação
repasse da Ordem de Transferência (OTR/OTC)? normativa e à supervisão técnica do órgão central do Sistema, sem prejuízo
da subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem
É a descentralização dos recursos financeiros ao orçamento, sendo ca- integrados.
racterizado pela transferência de recursos financeiros entre órgãos de § 4o As unidades de planejamento e orçamento das entidades vincu-
estruturas diferentes. Ex.: Transferências interministeriais, por exemplo do ladas ou subordinadas aos Ministérios e órgãos setoriais ficam sujeitas à
Ministério do Planejamento para o Ministério da Defesa. orientação normativa e à supervisão técnica do órgão central e também, no
que couber, do respectivo órgão setorial.
Qual é o conceito de unidade de caixa (art. 56 – Lei 4.320/64) e no § 5o O órgão setorial da Casa Civil da Presidência da República tem
que consiste o princípio da unidade de tesouraria? como área de atuação todos os órgãos integrantes da Presidência da
República, ressalvados outros determinados em legislação específica.
A unidade de caixa baseia-se no recolhimento de todas as receitas, fa- Art. 5o Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de
zendo observância do princípio da unidade de tesouraria, sendo vedada outros Poderes, as unidades responsáveis pelos seus orçamentos ficam
qualquer fragmentação para criação de caixas especiais. O princípio da sujeitas à orientação normativa do órgão central do Sistema.
unidade de tesouraria consiste em obter maior economia operacional e Art. 6o Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de
racionalizar a execução da programação.. Flávio Da Cruz outros Poderes e órgãos da Administração Pública Federal, os órgãos
integrantes do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal e as
10. Lei nº 10.180/2001. unidades responsáveis pelo planejamento e orçamento dos demais Pode-
res realizarão o acompanhamento e a avaliação dos planos e programas
respectivos.
LEI No 10.180, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2001.
Seção I
Organiza e disciplina os Sistemas de Planejamento e de Orçamento Fede-
Do Planejamento Federal
ral, de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de
Art. 7o Compete às unidades responsáveis pelas atividades de pla-
Controle Interno do Poder Executivo Federal, e dá outras providências.
nejamento:
Faço saber que o PRESIDENTE DA REPÚBLICA adotou a Medida
I - elaborar e supervisionar a execução de planos e programas na-
Provisória nº 2.112-88, de 2001, que o Congresso Nacional aprovou, e eu,
cionais e setoriais de desenvolvimento econômico e social;
Antonio Carlos Magalhães, Presidente, para os efeitos do disposto no
II - coordenar a elaboração dos projetos de lei do plano plurianual e
parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a seguinte
o item, metas e prioridades da Administração Pública Federal, integrantes
Lei:
do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, bem como de suas alterações,
TÍTULO I
compatibilizando as propostas de todos os Poderes, órgãos e entidades
DA ORGANIZAÇÃO SISTÊMICA
integrantes da Administração Pública Federal com os objetivos governa-
CAPÍTULO ÚNICO
mentais e os recursos disponíveis;
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
III - acompanhar física e financeiramente os planos e programas re-
Art. 1º Serão organizadas sob a forma de sistemas as atividades de
feridos nos incisos I e II deste artigo, bem como avaliá-los, quanto à eficá-
planejamento e de orçamento federal, de administração financeira federal,
cia e efetividade, com vistas a subsidiar o processo de alocação de recur-
de contabilidade federal e de controle interno do Poder Executivo Federal.
sos públicos, a política de gastos e a coordenação das ações do governo;
TÍTULO II
IV - assegurar que as unidades administrativas responsáveis pela
DO SISTEMA DE PLANEJA-
execução dos programas, projetos e atividades da Administração Pública
MENTO E DE ORÇAMENTO
Federal mantenham rotinas de acompanhamento e avaliação da sua pro-
FEDERAL
gramação;
CAPÍTULO I
V - manter sistema de informações relacionados a indicadores eco-
DAS FINALIDADES
nômicos e sociais, assim como mecanismos para desenvolver previsões e
Art. 2º O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal tem por
informação estratégica sobre tendências e mudanças no âmbito nacional e
finalidade:
internacional;
I - formular o planejamento estratégico nacional;
VI - identificar, analisar e avaliar os investimentos estratégicos do
II - formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvi-
Governo, suas fontes de financiamento e sua articulação com os investi-
mento econômico e social;
mentos privados, bem como prestar o apoio gerencial e institucional à sua
III - formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os or-
implementação;
çamentos anuais;
VII - realizar estudos e pesquisas sócio-econômicas e análises de
IV - gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal;
políticas públicas;
V - promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os
VIII - estabelecer políticas e diretrizes gerais para a atuação das em-
Municípios, visando a compatibilização de normas e tarefas afins aos
presas estatais.
diversos Sistemas, nos planos federal, estadual, distrital e municipal.
Parágrafo único. Consideram-se empresas estatais, para efeito do
CAPÍTULO II
disposto no inciso VIII, as empresas públicas, as sociedades de economia
mista, suas subsidiárias e controladas e demais empresas em que a União, órgãos equivalentes das entidades da administração indireta, controladas
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a direta ou indiretamente pela União.
voto. Parágrafo único. Os representantes do Tesouro Nacional nos conse-
Seção II lhos fiscais deverão ser, preferencialmente, servidores integrantes da
Do Orçamento Federal carreira Finanças e Controle que não estejam em exercício nas áreas de
Art. 8o Compete às unidades responsáveis pelas atividades de or- controle interno no ministério ou órgão equivalente ao qual a entidade
çamento: esteja vinculada.
I - coordenar, consolidar e supervisionar a elaboração dos projetos TÍTULO IV
da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária da União, compre- DO SISTEMA DE CONTABILI-
endendo os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das DADE FEDERAL
empresas estatais; CAPÍTULO I
II - estabelecer normas e procedimentos necessários à elaboração e DAS FINALIDADES
à implementação dos orçamentos federais, harmonizando-os com o plano Art. 14. O Sistema de Contabilidade Federal visa a evidenciar a situ-
plurianual; ação orçamentária, financeira e patrimonial da União.
III - realizar estudos e pesquisas concernentes ao desenvolvimento e Art. 15. O Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade regis-
ao aperfeiçoamento do processo orçamentário federal; trar os atos e fatos relacionados com a administração orçamentária, finan-
IV - acompanhar e avaliar a execução orçamentária e financeira, ceira e patrimonial da União e evidenciar:
sem prejuízo da competência atribuída a outros órgãos; I - as operações realizadas pelos órgãos ou entidades governamen-
V - estabelecer classificações orçamentárias, tendo em vista as ne- tais e os seus efeitos sobre a estrutura do patrimônio da União;
cessidades de sua harmonização com o planejamento e o controle; II - os recursos dos orçamentos vigentes, as alterações decorrentes
VI - propor medidas que objetivem a consolidação das informações de créditos adicionais, as receitas prevista e arrecadada, a despesa empe-
orçamentárias das diversas esferas de governo. nhada, liquidada e paga à conta desses recursos e as respectivas disponi-
TÍTULO III bilidades;
DO SISTEMA DE ADMINIS- III - perante a Fazenda Pública, a situação de todos quantos, de
TRAÇÃO FINANCEIRA FEDE- qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou
RAL guardem bens a ela pertencentes ou confiados;
CAPÍTULO I IV - a situação patrimonial do ente público e suas variações;
DAS FINALIDADES V - os custos dos programas e das unidades da Administração Pú-
Art. 9o O Sistema de Administração Financeira Federal visa ao equi- blica Federal;
líbrio financeiro do Governo Federal, dentro dos limites da receita e despe- VI - a aplicação dos recursos da União, por unidade da Federação
sa públicas. beneficiada;
CAPÍTULO II VII - a renúncia de receitas de órgãos e entidades federais.
DA ORGANIZAÇÃO E DAS Parágrafo único. As operações de que resultem débitos e créditos de
COMPETÊNCIAS natureza financeira não compreendidas na execução orçamentária serão,
Art. 10. O Sistema de Administração Financeira Federal compreende também, objeto de registro, individualização e controle contábil.
as atividades de programação financeira da União, de administração de CAPÍTULO II
direitos e haveres, garantias e obrigações de responsabilidade do Tesouro DA ORGANIZAÇÃO E DAS
Nacional e de orientação técnico-normativa referente à execução orçamen- COMPETÊNCIAS
tária e financeira. Art. 16. O Sistema de Contabilidade Federal compreende as ativida-
Art. 11. Integram o Sistema de Administração Financeira Federal: des de registro, de tratamento e de controle das operações relativas à
I - a Secretaria do Tesouro Nacional, como órgão central; administração orçamentária, financeira e patrimonial da União, com vistas à
II - órgãos setoriais. elaboração de demonstrações contábeis.
§ 1o Os órgãos setoriais são as unidades de programação financeira Art. 17. Integram o Sistema de Contabilidade Federal:
dos Ministérios, da Advocacia-Geral da União, da Vice-Presidência e da I - a Secretaria do Tesouro Nacional, como órgão central;
Casa Civil da Presidência da República. II - órgãos setoriais.
§ 2o Os órgãos setoriais ficam sujeitos à orientação normativa e à § 1o Os órgãos setoriais são as unidades de gestão interna dos Mi-
supervisão técnica do órgão central do Sistema, sem prejuízo da subordi- nistérios e da Advocacia-Geral da União.
nação ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem integrados. § 2o O órgão de controle interno da Casa Civil exercerá também as
Art. 12. Compete às unidades responsáveis pelas atividades do Sis- atividades de órgão setorial contábil de todos os órgãos integrantes da
tema de Administração Financeira Federal: Presidência da República, da Vice-Presidência da República, além de
I - zelar pelo equilíbrio financeiro do Tesouro Nacional; outros determinados em legislação específica.
II - administrar os haveres financeiros e mobiliários do Tesouro Na- § 3o Os órgãos setoriais ficam sujeitos à orientação normativa e à
cional; supervisão técnica do órgão central do Sistema, sem prejuízo da subordi-
III - elaborar a programação financeira do Tesouro Nacional, geren- nação ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem integrados.
ciar a Conta Única do Tesouro Nacional e subsidiar a formulação da política Art. 18. Compete às unidades responsáveis pelas atividades do Sis-
de financiamento da despesa pública; tema de Contabilidade Federal:
IV - gerir a dívida pública mobiliária federal e a dívida externa de I - manter e aprimorar o Plano de Contas Único da União;
responsabilidade do Tesouro Nacional; II - estabelecer normas e procedimentos para o adequado registro
V - controlar a dívida decorrente de operações de crédito de respon- contábil dos atos e dos fatos da gestão orçamentária, financeira e patrimo-
sabilidade, direta e indireta, do Tesouro Nacional; nial nos órgãos e nas entidades da Administração Pública Federal;
VI - administrar as operações de crédito sob a responsabilidade do III - com base em apurações de atos e fatos inquinados de ilegais ou
Tesouro Nacional; irregulares, efetuar os registros pertinentes e adotar as providências neces-
VII - manter controle dos compromissos que onerem, direta ou indi- sárias à responsabilização do agente, comunicando o fato à autoridade a
retamente, a União junto a entidades ou organismos internacionais; quem o responsável esteja subordinado e ao órgão ou unidade do Sistema
VIII - editar normas sobre a programação financeira e a execução de Controle Interno;
orçamentária e financeira, bem como promover o acompanhamento, a IV - instituir, manter e aprimorar sistemas de informação que permi-
sistematização e a padronização da execução da despesa pública; tam realizar a contabilização dos atos e fatos de gestão orçamentária,
IX - promover a integração com os demais Poderes e esferas de go- financeira e patrimonial da União e gerar informações gerenciais necessá-
verno em assuntos de administração e programação financeira. rias à tomada de decisão e à supervisão ministerial;
Art. 13. Subordinam-se tecnicamente à Secretaria do Tesouro Na- V - realizar tomadas de contas dos ordenadores de despesa e de-
cional os representantes do Tesouro Nacional nos conselhos fiscais, ou mais responsáveis por bens e valores públicos e de todo aquele que der
causa a perda, extravio ou outra irregularidade que resulte dano ao erário;
VI - elaborar os Balanços Gerais da União; V - fornecer informações sobre a situação físico-financeira dos proje-
VII - consolidar os balanços da União, dos Estados, do Distrito Fede- tos e das atividades constantes dos orçamentos da União;
ral e dos Municípios, com vistas à elaboração do Balanço do Setor Público VI - realizar auditoria sobre a gestão dos recursos públicos federais
Nacional; sob a responsabilidade de órgãos e entidades públicos e priva-
VIII - promover a integração com os demais Poderes e esferas de dos;..\..\Constituicao\Constituicao.htm#art84xxiv
governo em assuntos de contabilidade. VII - apurar os atos ou fatos inquinados de ilegais ou irregulares, pra-
TÍTULO V ticados por agentes públicos ou privados, na utilização de recursos públicos
DO SISTEMA DE CONTROLE federais e, quando for o caso, comunicar à unidade responsável pela con-
INTERNO DO PODER EXE- tabilidade para as providências cabíveis;
CUTIVO FEDERAL VIII - realizar auditorias nos sistemas contábil, financeiro, orçamentá-
CAPÍTULO I rio, de pessoal e demais sistemas administrativos e operacionais;
DAS FINALIDADES IX - avaliar o desempenho da auditoria interna das entidades da ad-
Art. 19. O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal ministração indireta federal;
visa à avaliação da ação governamental e da gestão dos administradores X - elaborar a Prestação de Contas Anual do Presidente da Repúbli-
públicos federais, por intermédio da fiscalização contábil, financeira, orça- ca a ser encaminhada ao Congresso Nacional, nos termos do art. 84, inciso
mentária, operacional e patrimonial, e a apoiar o controle externo no exer- XXIV, da Constituição Federal;
cício de sua missão institucional. XI - criar condições para o exercício do controle social sobre os pro-
Art. 20. O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal gramas contemplados com recursos oriundos dos orçamentos da União.
tem as seguintes finalidades: TÍTULO VI
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; TRANSITÓRIAS
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia Art. 25. Observadas as disposições contidas no art. 117 da Lei no
e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e 8.112, de 11 de dezembro de 1990, é vedado aos dirigentes dos órgãos e
nas entidades da Administração Pública Federal, bem como da aplicação das unidades dos Sistemas referidos no art. 1o exercerem:
de recursos públicos por entidades de direito privado; I - atividade de direção político-partidária;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, II - profissão liberal;
bem como dos direitos e haveres da União; III - demais atividades incompatíveis com os interesses da Adminis-
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucio- tração Pública Federal, na forma que dispuser o regulamento.
nal. Art. 26. Nenhum processo, documento ou informação poderá ser so-
CAPÍTULO II negado aos servidores dos Sistemas de Contabilidade Federal e de Contro-
DA ORGANIZAÇÃO E DAS le Interno do Poder Executivo Federal, no exercício das atribuições ineren-
COMPETÊNCIAS tes às atividades de registros contábeis, de auditoria, fiscalização e avalia-
Art. 21. O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal ção de gestão.
compreende as atividades de avaliação do cumprimento das metas previs- § 1o O agente público que, por ação ou omissão, causar embaraço,
tas no plano plurianual, da execução dos programas de governo e dos constrangimento ou obstáculo à atuação dos Sistemas de Contabilidade
orçamentos da União e de avaliação da gestão dos administradores públi- Federal e de Controle Interno, no desempenho de suas funções institucio-
cos federais, utilizando como instrumentos a auditoria e a fiscalização. nais, ficará sujeito à pena de responsabilidade administrativa, civil e penal.
Art. 22. Integram o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo § 2o Quando a documentação ou informação prevista neste artigo
Federal: envolver assuntos de caráter sigiloso, deverá ser dispensado tratamento
I - a Secretaria Federal de Controle Interno, como órgão central; especial de acordo com o estabelecido em regulamento próprio.
II - órgãos setoriais. § 3o O servidor deverá guardar sigilo sobre dados e informações per-
§ 1o A área de atuação do órgão central do Sistema abrange todos tinentes aos assuntos a que tiver acesso em decorrência do exercício de
os órgãos do Poder Executivo Federal, excetuados aqueles indicados no suas funções, utilizando-os, exclusivamente, para a elaboração de parece-
parágrafo seguinte. res e relatórios destinados à autoridade competente, sob pena de respon-
§ 2o Os órgãos setoriais são aqueles de controle interno que inte- sabilidade administrativa, civil e penal.
gram a estrutura do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da § 4o Os integrantes da carreira de Finanças e Controle observarão
Defesa, da Advocacia-Geral da União e da Casa Civil. código de ética profissional específico aprovado pelo Presidente da Repú-
§ 3o O órgão de controle interno da Casa Civil tem como área de a- blica.
tuação todos os órgãos integrantes da Presidência da República e da Vice- Art. 27. O Poder Executivo estabelecerá, em regulamento, a forma
Presidência da República, além de outros determinados em legislação pela qual qualquer cidadão poderá ser informado sobre os dados oficiais do
específica. Governo Federal relativos à execução dos orçamentos da União.
§ 4o Os órgãos central e setoriais podem subdividir-se em unidades Art. 28. Aos dirigentes dos órgãos e das unidades do Sistema de
setoriais e regionais, como segmentos funcionais e espaciais, respectiva- Controle Interno do Poder Executivo Federal e dos órgãos do Sistema de
mente. Contabilidade Federal, no exercício de suas atribuições, é facultado impug-
§ 5o Os órgãos setoriais ficam sujeitos à orientação normativa e à nar, mediante representação ao responsável, quaisquer atos de gestão
supervisão técnica do órgão central do Sistema, sem prejuízo da subordi- realizados sem a devida fundamentação legal.
nação ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem integrados. Art. 29. É vedada a nomeação para o exercício de cargo, inclusive
Art. 23. Fica instituída a Comissão de Coordenação de Controle In- em comissão, no âmbito dos Sistemas de que trata esta Lei, de pessoas
terno, órgão colegiado de coordenação do Sistema de Controle Interno do que tenham sido, nos últimos cinco anos:
Poder Executivo Federal, com o objetivo de promover a integração e ho- I - responsáveis por atos julgados irregulares por decisão definitiva
mogeneizar entendimentos dos respectivos órgãos e unidades. do Tribunal de Contas da União, do tribunal de contas de Estado, do Distri-
Art. 24. Compete aos órgãos e às unidades do Sistema de Controle to Federal ou de Município, ou ainda, por conselho de contas de Município;
Interno do Poder Executivo Federal: II - punidas, em decisão da qual não caiba recurso administrativo,
I - avaliar o cumprimento das metas estabelecidas no plano pluria- em processo disciplinar por ato lesivo ao patrimônio público de qualquer
nual; esfera de governo;
II - fiscalizar e avaliar a execução dos programas de governo, inclu- III - condenadas em processo criminal por prática de crimes contra a
sive ações descentralizadas realizadas à conta de recursos oriundos dos Administração Pública, capitulados nos Títulos II e XI da Parte Especial do
Orçamentos da União, quanto ao nível de execução das metas e objetivos Código Penal Brasileiro, na Lei no 7.492, de 16 de junho de 1986, e na Lei
estabelecidos e à qualidade do gerenciamento; no 8.429, de 2 de junho de 1992.
III - avaliar a execução dos orçamentos da União; § 1o As vedações estabelecidas neste artigo aplicam-se, também, às
IV - exercer o controle das operações de crédito, avais, garantias, di- nomeações para cargos em comissão que impliquem gestão de dotações
reitos e haveres da União; orçamentárias, de recursos financeiros ou de patrimônio, na Administração
direta e indireta dos Poderes da União, bem como para as nomeações Fazenda, transferida para o âmbito do Ministério do Planejamento, Orça-
como membros de comissões de licitações. mento e Gestão, poderão permanecer em exercício naquela Secretaria,
§ 2o Serão exonerados os servidores ocupantes de cargos em co- com os mesmos direitos e vantagens até então auferidos.
missão que forem alcançados pelas hipóteses previstas nos incisos I, II e III Art. 34. Fica acrescido ao art. 15 da Lei no 8.460, de 17 de setembro
deste artigo. de 1992, parágrafo único com a seguinte redação:
Art. 30. Os servidores das carreiras de Planejamento e Orçamento e "Parágrafo único. Nas unidades setoriais do Sistema de Controle In-
Finanças e Controle, os ocupantes dos cargos efetivos de Técnico de terno do Poder Executivo Federal, poderá, excepcionalmente, ser
Planejamento P-1501 do Grupo TP-1500, de Técnico de Planejamento e designado para o exercício de FG servidor efetivo dos quadros de
Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, nível inter- órgãos em que a unidade tiver atuação." (NR)
mediário do IPEA e demais cargos de nível superior do IPEA, poderão ser Art. 35. Os órgãos e as entidades da Administração direta e indireta
cedidos para ter exercício nos órgãos e nas unidades dos Sistemas referi- da União, ao celebrarem compromissos em que haja a previsão de transfe-
dos nesta Lei, independentemente da ocupação de cargo em comissão ou rências de recursos financeiros, de seus orçamentos, para Estados, Distrito
função de confiança. Federal e Municípios, estabelecerão nos instrumentos pactuais a obrigação
Art. 31. Os incisos I, II, IV, V e VI do art. 1o e o inciso I do art. 30 da dos entes recebedores de fazerem incluir tais recursos nos seus respecti-
Lei no 9.625, de 7 de abril de 1998, passam a vigorar com a seguinte reda- vos orçamentos.
ção: § 1o Ao fixarem os valores a serem transferidos, conforme o disposto
"Art. 1o ................................................................ neste artigo, os entes nele referidos farão análise de custos, de maneira
I - da carreira de Finanças e Controle, quando em exercício no Ministério da que o montante de recursos envolvidos na operação seja compatível com o
Fazenda ou nos órgãos e nas unidades integrantes dos Sistemas de Admi- seu objeto, não permitindo a transferência de valores insuficientes para a
nistração Financeira Federal, de Contabilidade Federal, de Controle Interno sua conclusão, nem o excesso que permita uma execução por preços
do Poder Executivo Federal e de Planejamento e Orçamento Federal; acima dos vigentes no mercado.
II - da Carreira de Planejamento e Orçamento e do cargo de Técnico de § 2o Os órgãos e as unidades do Sistema de Controle Interno do Po-
Planejamento P-1501 do Grupo TP-1500, quando em exercício no Ministério der Executivo Federal zelarão pelo cumprimento do disposto neste artigo,
do Planejamento, Orçamento e Gestão ou nos órgãos e nas unidades dos e, nos seus trabalhos de fiscalização, verificarão se o objeto pactuado foi
Sistemas de Planejamento e Orçamento, de Administração Financeira executado obedecendo aos respectivos projeto e plano de trabalho, con-
Federal, de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo forme convencionado, e se a sua utilização obedece à destinação prevista
Federal; no termo pactual.
............................................................................ § 3o Os órgãos e as unidades do Sistema de Controle Interno do Po-
IV - de Técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Eco- der Executivo Federal, ao desempenhar o seu trabalho, constatando indí-
nômica Aplicada - IPEA, quando em exercício no Ministério da Fazenda, no cios de irregularidades, comunicarão ao Ministro supervisor da unidade
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, no IPEA ou nos órgãos e gestora ou entidade e aos respectivos órgãos de controle interno e externo
nas unidades dos Sistemas de Planejamento e Orçamento, de Administra- dos entes recebedores para que sejam tomadas as providências de suas
ção Financeira Federal, de Contabilidade Federal ou de Controle Interno do competências.
Poder Executivo Federal; § 4o Quando ocorrer prejuízo à União, os órgãos e as unidades do
V - de nível superior do IPEA, não referidos no inciso anterior, quando em Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal adotarão as provi-
exercício no Ministério da Fazenda, no Ministério do Planejamento, Orça- dências de sua competência, previstas na legislação pertinente, com vistas
mento e Gestão, no IPEA ou nos órgãos e nas unidades dos Sistemas de ao ressarcimento ao erário.
Planejamento e Orçamento, de Administração Financeira Federal, de Con- Art.36. Os órgãos e as entidades de outras esferas de governo que
tabilidade Federal ou de Controle Interno do Poder Executivo Federal, no receberem recursos financeiros do Governo Federal, para execução de
desempenho de atividades de elaboração de planos e orçamentos públicos; obras, para a prestação de serviços ou a realização de quaisquer projetos,
VI - de nível intermediário do IPEA, quando nele em exercício ou no Ministé- usarão dos meios adequados para informar à sociedade e aos usuários em
rio do Planejamento, Orçamento e Gestão, no desempenho de atividades de geral a origem dos recursos utilizados.
apoio direto à elaboração de planos e orçamentos públicos, em quantitativo Art.37. A documentação comprobatória da execução orçamentária,
fixado no ato a que se refere o § 3o do art. 2o desta Lei. financeira e patrimonial das unidades da Administração Federal direta
....................................................................." (NR) permanecerá na respectiva unidade, à disposição dos órgãos e das unida-
"Art. 30. .......................................................................... des de controle interno e externo, nas condições e nos prazos estabeleci-
I - da carreira de Finanças e Controle, nos órgãos centrais dos Sistemas de dos pelo órgão central do Sistema de Contabilidade Federal.
Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de Controle Art. 38. O Poder Executivo disporá, em regulamento e no prazo de
Interno do Poder Executivo Federal; sessenta dias, sobre a competência, a estrutura e o funcionamento dos
...................................................................." (NR) órgãos componentes dos Sistemas de que trata esta Lei, bem como sobre
Art. 32. Os cargos em comissão, no âmbito da Secretaria Federal de as atribuições de seus titulares e demais dirigentes.
Controle Interno da Corregedoria-Geral da União, assim como os cargos de Art. 39. Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida
Assessor Especial de Ministro de Estado incumbido de funções de Controle Provisória no 2.112-87, de 27 de dezembro de 2000.
Interno, serão providos, preferencialmente, por ocupantes dos cargos Art. 40. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
efetivos da carreira de Finanças e Controle.(Redação dada pelo Decreto nº Art. 41. Revogam-se o Decreto-Lei no 2.037, de 28 de junho de
4.427, de 17.10.2002) 1983, e o § 2o do art. 19 da Lei no 8.490, de 19 de novembro de 1992.
§ 1º Na hipótese de provimento dos cargos de que trata este artigo Congresso Nacional, em 6 de fevereiro de 2001; 180o da Indepen-
por não integrantes da carreira de Finanças e Controle, será exigida a dência e 113o da República
comprovação de experiência de, no mínimo, cinco anos em atividades de
auditoria, de finanças públicas ou de contabilidade pública. (Redação dada
pelo Decreto nº 4.427, de 17.10.2002)
11. Instrução Normativa STN nº 01, de 15/01/97 e alterações
§ 2o A indicação para o cargo de Assessor Especial de Ministro de posteriores; Decreto n. 6.170/2007 e Portaria Interministeri-
Estado incumbido de funções de Controle Interno será submetida previa- al/MP/MF/MCT/nº 127/08 - Portal SICONV.
mente à apreciação do órgão central do Sistema.
Art. 33. Fica o Ministério da Fazenda autorizado a requisitar, até 31 INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01, DE 15 DE JANEIRO DE 1997.
de dezembro de 2000, servidores públicos de suas entidades vinculadas, SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL
inclusive empresas públicas e sociedades de economia mista, para terem DISCIPLINA A CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIOS DE NATUREZA FI-
exercício na Secretaria do Tesouro Nacional e nos seus órgãos setoriais e NANCEIRA QUE TENHAM POR OBJETO A EXECUÇÃO DE PROJETOS
na Secretaria Federal de Controle Interno, independentemente da ocupa- OU REALIZAÇÃO DE EVENTOS E DA OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
ção de cargo em comissão ou função de confiança. O SECRETÁRIO DO TESOURO NACIONAL, no uso das atribuições,
Parágrafo único. Os servidores públicos em exercício, em 31 de de- que lhe confere a Portaria/GM nº 71, de 08.04.96, combinada com os
zembro de 1998, na Secretaria do Patrimônio da União do Ministério da
artigos 155 do Decreto nº 93.872, de 23 de dezembro de 1986 e 9º do município deverá participar como interveniente e seu representante também
Decreto nº 1.745, de 13 de dezembro de 1995, resolve: assinará o termo de convênio.
CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS Nota: Parágrafo introduzido pela IN 01/02 de 28/02/2002, DOU de 13.03.02.
DEFINIÇÕES CAPÍTULO II - DOS REQUISITOS PARA CELEBRAÇÃO
Art. 1º. A celebração (assinatura de termo de convênio) e a execução PLANO DE TRABALHO
de convênio de natureza financeira, para fins de execução descentralizada Art. 2º. O convênio será proposto pelo interessado ao titular do Ministé-
de Programa de Trabalho de responsabilidade de órgão ou entidade da rio, órgão ou entidade responsável pelo programa, mediante a apresenta-
Administração Pública Federal, direta ou indireta, serão efetivadas nos ção do Plano de Trabalho (Anexo I), que conterá, no mínimo, as seguintes
termos desta Instrução Normativa. informações:
Nota: Artigo alterado pela IN 07/07, de 20.11.07, DOU de 21.11.07. I - razões que justifiquem a celebração do convênio;
§ 1º Para fins desta Instrução Normativa, considera-se: II - descrição completa do objeto a ser executado;
I - convênio - instrumento, qualquer que discipline a transferência de III - descrição das metas a serem atingidas, qualitativa e quantitativa-
recursos públicos e tenha como partícipe órgão da administração pública mente;
federal direta, autárquica ou fundacional, empresa pública ou sociedade de LICENÇA AMBIENTAL - OBRAS
economia mista que estejam gerindo recursos dos orçamentos da União, III-A - licença ambiental prévia, quando o convênio envolver obras, ins-
visando à execução de programas de trabalho, projeto/atividade ou evento talações ou serviços que exijam estudos ambientais, como previsto na
de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação; Resolução nº 001, de 23 de janeiro de 1986, do Conselho Nacional do Meio
II - concedente - órgão da administração pública federal direta, autár- Ambiente (CONAMA), publicada no Diário Oficial da União de 17 de feverei-
quica ou fundacional, empresa pública ou sociedade de economia mista, ro daquele ano; (Acórdão 1572/2003- TCU - Plenário).
responsável pela transferência dos recursos financeiros ou pela descentra- Nota: Inciso introduzido pela IN 05/04, de 07.10.2004, DOU de
lização dos créditos orçamentários destinados à execução do objeto do 11.10.2004.
convênio; IV - etapas ou fases da execução do objeto, com previsão de início e
III - convenente - órgão da administração pública direta, autárquica ou fim;
fundacional, empresa pública ou sociedade de economia mista, de qualquer V - plano de aplicação dos recursos a serem desembolsados pelo con-
esfera de governo, ou organização particular com a qual a administração cedente e a contrapartida financeira do proponente, se for o caso, para
federal pactua a execução de programa, projeto/atividade ou evento medi- cada projeto ou evento;
ante a celebração de convênio; VI - cronograma de desembolso;
IV - interveniente - órgão da administração pública direta, autárquica ou COMPROVAÇÃO DE ADIMPLÊNCIA
fundacional, empresa pública ou sociedade de economia mista, de qualquer VII - comprovação pelo convenente de que não se encontra em situa-
esfera de governo, ou organização particular que participa do convênio ção de mora ou inadimplência perante órgão ou entidade da Administração
para manifestar consentimento ou assumir obrigações em nome próprio; Pública Federal Direta e Indireta;
V - executor - órgão da administração pública federal direta, autárquica Nota: Inciso introduzido pela IN 04/07, de 17.05.07, DOU de 18.05.07
ou fundacional, empresa pública ou sociedade de economia mista, de REGISTRO DE IMÓVEIS
qualquer esfera de governo, ou organização particular, responsável direta VIII - comprovação do exercício pleno dos poderes inerentes à proprie-
pela execução do objeto do convênio; dade do imóvel, mediante certidão emitida pelo cartório de registro de
VI - contribuição - transferência corrente ou de capital concedida em imóveis competente, quando o convênio tiver por objeto a execução de
virtude de lei, destinada a pessoas de direito público ou privado sem finali- obras ou benfeitorias no imóvel;
dade lucrativa e sem exigência de contraprestação direta em bens ou Nota: Inciso introduzido pela IN 04/07, de 17.05.07, DOU de 18.05.07
serviços; IX - admite-se, por interesse público ou social, condicionadas à garan-
VII - auxílio - transferência de capital derivada da lei orçamentária que tia subjacente de uso pelo prazo mínimo de vinte anos, as seguintes hipó-
se destina a atender a ônus ou encargo assumido pela União e somente teses alternativas à comprovação do exercício pleno dos poderes inerentes
será concedida a entidade sem finalidade lucrativa; à propriedade do imóvel, prevista no inciso VIII do "caput" deste artigo:
VIII - subvenção social - transferência que independe de lei específica, a) posse de imóvel:
a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem a.1) em área desapropriada ou em desapropriação por Estado, por
finalidade lucrativa, com o objetivo de cobrir despesas de custeio; Município, pelo Distrito Federal ou pela União;
IX - nota de movimentação de crédito - instrumento que registra os e- a.2) em área devoluta;
ventos vinculados à descentralização de créditos orçamentários; b) imóvel recebido em doação:
X - termo aditivo - instrumento que tenha por objetivo a modificação de b.1) da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal, já apro-
convênio já celebrado, formalizado durante sua vigência, vedada à altera- vada em lei, conforme o caso e se necessária, inclusive quando o processo
ção da natureza do objeto aprovado; de registro de titularidade do imóvel ainda se encontrar em trâmite;
XI - objeto - produto final do convênio, observados o programa de tra- b.2) de pessoa física ou jurídica, inclusive quando o processo de regis-
balho e as suas finalidades; tro de titularidade do imóvel ainda se encontrar em trâmite, neste caso, com
XII - meta - parcela quantificável do objeto. promessa formal de doação irretratável e irrevogável;
Nota: Incisos acrescidos pela IN 02/02, de 25.03.02, DOU de 27.03.02. c) imóvel que, embora ainda não haja sido devidamente consignado no
UNIDADE GESTORA - INSTRUMENTO cartório de registro de imóveis competente, pertence a Estado que se
§ 2º A execução descentralizada de ação a cargo de órgão ou entidade instalou em decorrência da transformação de Território Federal, ou mesmo
públicos federais, mediante celebração e execução de convênio, somente a qualquer de seus Municípios, por força de mandamento constitucional ou
se efetivará para entes federativos (Estado, Município ou Distrito Federal) legal;
que comprovem dispor de condições para consecução do objeto do Pro- d) imóvel pertencente a outro ente público que não o proponente, des-
grama de Trabalho relativo à ação e desenvolvam programas próprios de que a intervenção esteja autorizada pelo proprietário, por meio de ato do
idênticos ou assemelhados. chefe do poder executivo ou titular do órgão detentor de delegação para
Nota: Este § foi alterado pela IN 07/07, de 20.11.07, DOU de 21.11.07. tanto;
§ 3º - Revogado pela IN 07/07, de 20.11.07, DOU de 21.11.07. e) contrato ou compromisso irretratável e irrevogável de constituição de
§ 4º A obrigatoriedade de celebração de convênio não se aplica aos direito real sobre o imóvel, na forma de cessão de uso, concessão de
casos em que lei específica discipline a transferência de recursos para direito real de uso, concessão de uso especial para fins de moradia, afora-
execução de programas em parceria do Governo Federal com governos mento ou direito de superfície;
estaduais e municipais, que regulamente critérios de habilitação, transferir f) imóvel ocupado que, independentemente da sua dominialidade, este-
montante e forma de transferência, e a forma de aplicação e dos recursos ja inserido em Zona Especial de Interesse Social (Zeis), instituída na forma
recebidos. prevista na Lei n º 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade),
INTERVENIÊNCIA devendo, neste caso, serem apresentados os seguintes documentos:
§ 5º Na hipótese de o convênio vir a ser formalizado com órgão ou en- f.1) cópia da publicação, em periódico da Imprensa Oficial, da lei esta-
tidade dependente de ente da Federação, o estado, Distrito Federal ou dual, municipal ou distrital federal instituidora da Zeis;
f.2) demonstração de que o imóvel beneficiário do investimento encontra-se inclusive, os valores que correrão à conta da contrapartida, e o cronograma
na Zeis instituída pela lei referida no item anterior; e de desembolso dos recursos, em quotas pelo menos trimestrais, permitida,
f.3) declaração firmada pelo chefe do poder executivo (governador ou na hipótese de o pré-projeto não ser aceito pelo concedente, a apresenta-
prefeito) do ente federativo a que o convenente seja vinculado de que os ção dos detalhes de engenharia no projeto básico.
habitantes da Zeis serão beneficiários de ações visando à regularização § 10. Visando a evitar atraso na consecução do objeto do convênio, pe-
fundiária da área habitada para salvaguardar seu direito à moradia; lo descumprimento do cronograma de desembolso de recursos, o conce-
g) imóvel objeto de sentença favorável aos ocupantes, transitada em dente deverá desenvolver sistemática específica de planejamento e contro-
julgado, proferida em ação judicial de usucapião ou concessão de uso le dos convênios, de maneira a se garantir harmonia entre sua execução
especial para fins de moradia, nos termos do art. 183 da Constituição física e a financeira, esta subordinada aos decretos de programação finan-
Federal, da Lei nº 10.257, de 2001, e da Medida Provisória nº 2.220, de 4 ceira do Poder Executivo federal.
de setembro de 2001; § 11. Nas hipóteses previstas no item 'a.1' da alínea 'a' do inciso IX do
h) imóvel tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Na- "caput" deste artigo, quando o processo de desapropriação não estiver
cional (Iphan), desde que haja aquiescência do Instituto. concluído, é permitida a comprovação do exercício pleno dos poderes
Nota: Inciso introduzido pela IN 04/07, de 17.05.07, DOU de 18.05.07 inerentes à propriedade do imóvel via Termo de Imissão Provisória de
Posse ou alvará do juízo da vara onde o processo estiver tramitando,
OBRAS - PROJETO BÁSICO, RELAÇÃO DE BENS E ESTUDOS AM- admitindo-se, ainda, caso esses documentos não hajam sido emitidos, a
BIENTAIS apresentação, pelo proponente do convênio, de cópia da publicação, na
§ 1º Integrará o Plano de Trabalho a especificação completa do bem a Imprensa Oficial, do decreto de desapropriação e do Registro Geral de
ser produzido ou adquirido e, no caso de obras, instalações ou serviços, o Imóveis (RGI) do imóvel, acompanhado do acordo extrajudicial firmado com
projeto básico, entendido como tal o conjunto de elementos necessários e o expropriado.
suficientes para caracterizar, de modo preciso, a obra, instalação ou serviço § 12. Na hipótese prevista na alínea 'b' do inciso IX do "caput" deste ar-
objeto do convênio, ou nele envolvida, sua viabilidade técnica, custos, fases tigo, é imperativa a apresentação da promessa formal de doação (termo de
ou etapas, e prazos de execução, devendo, ainda, conter os elementos doação), irretratável e irrevogável, caso o processo de registro da doação
discriminados no inciso IX do art. 6º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de ainda não haja sido concluído.
1993, inclusive os referentes à implementação das medidas sugeridas nos § 13. Quando o convênio tiver por objeto obras habitacionais ou urba-
estudos ambientais eventualmente exigidos, conforme disposto no art. 12 nização de interesse público ou social, deverá constar no instrumento de
da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. autorização ou, se for o caso, no contrato ou compromisso, de que tratam
CONTRAPARTIDA - REGRAS as alíneas 'd' e 'e' do inciso IX do "caput" deste artigo, a obrigação de se
§ 2º A contrapartida, de responsabilidade dos Estados, Municípios e do realizar a regularização fundiária em favor das famílias moradoras ou a
Distrito Federal, bem como das respectivas entidades autárquicas, funda- cessão do imóvel ao proponente do convênio a fim de que este possa
cionais ou de direito privado (empresas públicas ou sociedades de econo- promovê-la."
mia mista), será estabelecida de modo compatível com a capacidade Nota: Os §§ de nºs 1 a 13 foram alterados e/ou introduzidos pela IN
financeira do ente federativo beneficiado, observados os limites (percentu- 04/07, de 17.05.07, DOU de 18.05.07
ais) e as ressalvas estabelecidos na lei federal anual de diretrizes orçamen- C A U C - CONSULTA CONVÊNIO
tárias. Art. 3º. A obrigação de os entes federativos e respectivos órgãos ou
§ 3º O ente federativo beneficiado deverá comprovar que os recursos entidades vinculados comprovarem sua situação de regularidade, perante
referentes à contrapartida para complementar a consecução do objeto do os órgãos ou entidades públicos federais, e o atendimento das exigências
convênio estão devidamente assegurados, ressalvada a hipótese prevista da Lei de Responsabilidade Fiscal será procedida mediante apresentação
no inciso VII do § 1º do art. 116 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. da devida documentação impressa ou, alternativamente, conforme previsto
ORÇAMENTAÇÃO na lei federal de diretrizes orçamentárias, via consulta ao Cadastro Único
§ 4º Os beneficiários das transferências de que trata o art. 1º desta Ins- de Convênio (Cauc), de que trata a Instrução Normativa nº 1, de 17 de
trução Normativa, quando integrantes da Administração Pública de qual- outubro de 2005, desta Secretaria.
quer esfera de governo, deverão incluí-las em seus orçamentos. §1º A comprovação de que trata o "caput" deste artigo deve ser reali-
RECURSOS EXTERNOS zada no ato de celebração (assinatura) do convênio ou respectivos adita-
§ 5º A celebração de convênio visando à realização de serviços ou e- mentos, se houver, e quando da liberação de cada parcela de recursos
xecução de obras a serem custeadas, ainda que apenas parcialmente, com envolvidos.
recursos externos dependerá da prévia contratação da operação de crédito §2º Quando o aditamento ao convênio não implicar liberação, pelo
externo. concedente, de recursos adicionais aos previstos no Termo de Convênio, a
DOCUMENTAÇÃO comprovação de que trata o "caput" deste artigo poderá, a critério do con-
§ 6º O Estado, o Município ou Distrito Federal, bem como seus respec- cedente, mediante despacho formal apensado ao processo administrativo
tivos órgãos ou entidades, somente poderá figurar como convenente se relativo ao convênio, ser limitada à verificação da regularidade fiscal de que
atender a todas as exigências discriminadas na Constituição Federal, na tratam os incisos III, neste caso, especificamente quanto à regularidade
Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade perante a Fazenda Pública federal, e IV do art. 29 de Lei nº 8.666, de 21 de
Fiscal - LRF), na lei federal anual de diretrizes orçamentárias (LDO), nesta junho de 1993.
Instrução Normativa e demais normas pertinentes. Nota: O artigo e os §§ foram alterados pela IN 07/07, de 20.11.07, DOU
Nota: Este § foi alterado pela IN 07/07, de 20.11.07, DOU de 21.11.07. de 21.11.07.
OBRAS - PROJETO BÁSICO SIMPLIFICADO PARECER TÉCNICO E JURÍDICO
§ 7º Quando o convênio envolver montante igual ou inferior ao previsto Art. 4º. Atendidas as exigências previstas no artigo anterior, o setor
na alínea 'a' do inciso II do "caput" do art. 23 da Lei nº 8.666, de 1993, técnico e o de assessoria jurídica do órgão ou entidade concedente, se-
poderá integrar o Plano de Trabalho projeto básico simplificado, contendo gundo as suas respectivas competências, apreciarão o texto das minutas
especificações mínimas, desde que essa simplificação não comprometa o de convênio, acompanhado de:
acompanhamento e controle da execução da obra ou instalação. PRÉ - CONVÊNIO
§ 8º Para fins de celebração do convênio, admite-se projeto básico sob I - extrato, obtido mediante consulta ao Sistema Integrado de Adminis-
a forma de pré-projeto, desde que do termo de convênio conste cláusula tração Financeira do Governo Federal - SIAFI, do cadastramento prévio do
específica suspensiva que condicione a liberação da parcela única ou da Plano de Trabalho, realizado pelo órgão concedente, contendo todas as
primeira das parcelas de recursos do convênio à prévia apresentação do informações ali exigidas para a realização do convênio (pré-convênio);
projeto básico na forma prevista nos §§ 1º ou 7º deste artigo, conforme o CAPACIDADE JURÍDICA
caso. II - documentos comprobatórios da capacidade jurídica do proponente
OBRAS - PRÉ-PROJETO e de seu representante legal; da capacidade técnica, quando for o caso, e
§ 9º O pré-projeto de que trata o § 8º deste artigo deverá conter o cro- da regularidade fiscal, nos termos da legislação específica;
nograma de execução da obra ou serviço (metas, etapas ou fases), o plano PESQUISA SIAFI/CADIN
de aplicação dos recursos envolvidos no convênio, discriminando-se,
III - comprovante pertinente à pesquisa do concedente junto aos seus consonância com o Plano de Trabalho, que integrará o Convênio indepen-
arquivos e aos cadastros a que tiver acesso, em especial ao Cadastro do dentemente de transcrição;
Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI CONTRAPARTIDA - APORTE
e ao Cadastro Informativo - CADIN, demonstrando que não há quaisquer II - a obrigação de cada um dos partícipes, inclusive a contrapartida, de
pendências do proponente junto à União, à entidade da Administração responsabilidade do convenente, que deve ser aportada, proporcionalmen-
Pública Federal Indireta ou a entidade a elas vinculada; e te, de acordo com o cronograma de liberação das parcelas de recursos
ENTIDADES FINS FILANTRÓPICOS federais do convênio;
IV - cópia do certificado ou comprovante do Registro de Entidade de Nota: Inciso alterado pela IN 04/07, de 17.05.07, DOU de 18.05.07
Fins Filantrópicos, fornecido pelo Conselho Nacional de Assistência Social - VIGÊNCIA
CNAS, quando for o caso. III - a vigência, que deverá ser fixada de acordo com o prazo previsto
para consecução do objeto do convênio, em função das metas estabeleci-
AUTORIZAÇÃO DO DIRIGENTE das, e as demais exigências legais aplicáveis;
§ 1º Os instrumentos e respectivos aditivos, regidos por esta Instrução Nota: Inciso alterado pela IN 04/07, de 17.05.07, DOU de 18.05.07
Normativa, somente poderão ser celebrados após a aprovação pela autori- PRORROGAÇÃO “DE OFÍCIO”
dade competente, que se fundamentará nos pareceres das unidades referi- IV - a obrigação do concedente de prorrogar " de ofício" a vigência do
das no "caput" deste artigo. convênio, quando houver atraso na liberação dos recursos, limitada a
§ 2º A pesquisa referida no inciso III deste artigo processar-se-á com a prorrogação ao exato período do atraso verificado;
utilização apenas dos oito dígitos que constituem o número base do Cadas- FISCALIZAÇÃO - ÓRGÃO CONCEDENTE
tro Geral de Contribuintes - CGC - MF. V - a prerrogativa da União, exercida pelo órgão ou entidade responsá-
MORA OU INADIMPLÊNCIA vel pelo programa, de conservar a autoridade normativa e exercer controle
Art. 5º. É vedado: e fiscalização sobre a execução, bem como de assumir ou transferir a
I - celebrar convênio, efetuar transferência ou conceder benefícios sob responsabilidade pelo mesmo, no caso de paralisação ou de fato relevante
qualquer modalidade, destinado a órgão ou entidade da Administração que venha a ocorrer, de modo a evitar a descontinuidade do serviço;
Pública Federal, estadual, municipal, do Distrito Federal, ou para qualquer ORÇAMENTO
órgão ou entidade, de direito público ou privado, que esteja em mora, VI - a classificação funcional-programática e econômica da despesa,
inadimplente com outros convênios ou não esteja em situação de regulari- mencionando-se o número e data da Nota de Empenho ou Nota de Movi-
dade para com a União ou com entidade da Administração Pública Federal mentação de Crédito;
Indireta; LIBERAÇÃO EM PARCELAS
ENTIDADES COM FINS LUCRATIVOS VII - a liberação de recursos, obedecendo ao cronograma de desem-
II - destinar recursos públicos como contribuições, auxílios ou subven- bolso constante do Plano de Trabalho (Anexo I);
ções às instituições privadas com fins lucrativos. RELATÓRIO FÍSICO-FINANCEIRO
INADIMPLÊNCIA - MOTIVOS VIII - a obrigatoriedade de o convenente apresentar relatórios de exe-
§ 1º Para os efeitos do item I, deste artigo, considera-se em situação cução físico-financeira e prestar contas dos recursos recebidos, no prazo
de inadimplência, devendo o órgão concedente proceder à inscrição no máximo de sessenta dias, contados da data do término da vigência, obser-
cadastro de inadimplentes do Sistema Integrado de Administração Finan- vada a forma prevista nesta Instrução Normativa e salvaguardada a obriga-
ceira do Governo Federal - SIAFI e no Cadastro Informativo - CADIN, o ção de prestação de contas de que tratam os §§ 2º e 3º do art. 21;
convenente que: Nota: Inciso alterado pela IN 02/02, de 25.03.02, DOU de 27.03.02.
I - não apresentar a prestação de contas, final ou parcial, dos recursos BENS - DESTINO
recebidos, nos prazos estipulados por essa Instrução Normativa; IX - a definição do direito de propriedade dos bens remanescentes na
II - não tiver a sua prestação de contas aprovada pelo concedente por data da conclusão ou extinção do instrumento, e que, em razão deste,
qualquer fato que resulte em prejuízo ao erário. tenham sido adquiridos, produzidos, transformados ou construídos, respei-
III - estiver em débito junto a órgão ou entidade, da Administração Pú- tando o disposto na legislação pertinente;
blica, pertinente a obrigações fiscais ou a contribuições legais. RESCISÃO
INADIMPLÊNCIA - GESTOR ANTERIOR X - a faculdade aos partícipes para denunciá-lo ou rescindí-lo a qual-
§ 2º - Nas hipóteses dos incisos I e II do parágrafo anterior, a entidade, quer tempo, imputando-se-lhes as responsabilidades das obrigações decor-
se tiver outro administrador que não o faltoso, e uma vez comprovada a rentes do prazo em que tenham vigido e creditando-se-lhes, igualmente os
instauração da devida tomada de contas especial, com imediata inscrição, benefícios adquiridos no mesmo período;
pela unidade de contabilidade analítica, do potencial responsável em conta RESTITUIÇÃO DE SALDOS
de ativo “Diversos Responsáveis”, poderá ser liberada para receber novas XI - a obrigatoriedade de restituição de eventual saldo de recursos, in-
transferências, mediante suspensão da inadimplência por ato expresso do clusive os rendimentos da aplicação financeira, ao concedente ou ao Te-
ordenador de despesas do órgão concedente.” souro Nacional, conforme o caso, na data de sua conclusão ou extinção;
Nota: § alterado pela IN 05/01 de 08.10.01, DOU de 09.10.01. DEVOLUÇÃO DE RECURSOS
§ 3º O novo dirigente comprovará, semestralmente, ao concedente, o XII - o compromisso de o convenente recolher à conta do concedente o
prosseguimento das ações adotadas, sob pena de retorno à situação de valor, atualizado monetariamente, na forma prevista no inciso anterior,
inadimplência. correspondente ao percentual da contrapartida, não aplicada na consecu-
CLÁUSULAS OBRIGATÓRIAS ção do objeto do convênio desde a data do recebimento, acrescido de juros
CAPÍTULO III - DA FORMALIZAÇÃO legais, na forma da legislação aplicável aos débitos para com a Fazenda
PREÂMBULO Nacional, nos seguintes casos:
Art. 6º. O preâmbulo do termo de convênio conterá a numeração se- a) quando não for executado o objeto da avença;
quencial; o nome e o C.G.C dos órgãos ou entidades que estejam firmando b) quando não for apresentada, no prazo exigido, a prestação de con-
o instrumento; o nome, endereço, número e órgão expedidor da carteira de tas parcial ou final; e
identidade e o C.P.F. dos respectivos titulares dos órgãos convenentes, ou c) quando os recursos forem utilizados em finalidade diversa da esta-
daqueles que estiverem atuando por delegação de competência, indicando- belecida no convênio.
se, ainda, os dispositivos legais de credenciamento; a finalidade, a sujeição CONTRAPARTIDA - RECOLHIMENTO (Mais)
do convênio e sua execução às normas da Lei nº 8.666, de 21.06.93, no XIII - o compromisso de o convenente de recolher à conta do conce-
que couber, bem como do Decreto nº 93.872, de 23.12.86, e a esta Instru- dente o valor, atualizado monetariamente, na forma prevista no inciso
ção Normativa. anterior, correspondente ao percentual da contrapartida pactuada não
Art. 7º. O convênio conterá, expressa e obrigatoriamente, cláusulas es- aplicada na consecução do objeto do convênio;
tabelecendo: Nota: Inciso alterado pela IN 02/02, de 25.03.02, DOU de 27.03.02.
OBJETO APLICAÇÃO FINANCEIRA - RECOLHIMENTO
I - o objeto e seus elementos característicos, com a descrição detalha- XIV - o compromisso do convenente de recolher à conta do concedente
da, objetiva, clara e precisa, do que se pretende realizar ou obter, em o valor correspondente a rendimentos de aplicação no mercado financeiro,
referente ao período compreendido entre a liberação do recurso e sua símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades
utilização, quando não comprovar o seu emprego na consecução do objeto ou servidores públicos.
ainda que não tenha feito aplicação; TERMO SIMPLIFICADO
EXERCÍCIO FUTURO Art. 9º. Quando o valor da transferência for igual ou inferior ao previsto
XV - a indicação, quando for o caso, de cada parcela da despesa rela- na alínea "a", inciso II, do artigo 23 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993,
tiva à parte a ser executada em exercícios futuros, com a declaração de corrigido na forma do Art. 120, do mesmo diploma legal, a formalização
que serão indicados em Termos Aditivos, os créditos e empenhos ou nota poderá realizar-se mediante termo simplificado de convênio, na forma
de movimentação de crédito para sua cobertura; regulamentada pela Secretaria do Tesouro Nacional.
XVI - a indicação de que os recursos, para atender às despesas em § 1º A formalização do termo de convênio poderá, também, ser substi-
exercícios futuros, no caso de investimento, estão consignados no plano tuída pelo termo simplificado de que trata o "caput" deste artigo, qualquer
plurianual, ou em prévia lei que o autorize e fixe o montante das dotações, que seja o seu valor, nas seguintes condições:
que, anualmente, constarão do orçamento, durante o prazo de sua execu- I - quando o convenente, ou destinatário da transferência ou da des-
ção; centralização, for órgão ou entidade da Administração Pública Federal,
INTERVENIENTE estadual, municipal ou do Distrito Federal;
XVII - as obrigações do interveniente e do executor, quando houver. II - quando se tratar do custeio ou financiamento de programas suple-
FISCALIZAÇÃO - ORGÃOS DE CONTROLE mentares definidos no inciso VII do Art. 208, da Constituição Federal,
XVIII - o livre acesso de servidores do Sistema de Controle Interno ao executados por órgão público, ou por entidade da administração estadual
qual esteja subordinado o concedente, a qualquer tempo e lugar, a todos os ou municipal.
atos e fatos relacionados direta ou indiretamente com o instrumento pactu- § 2º É nulo e de nenhum efeito, o convênio verbal com a União ou com
ado , quando em missão de fiscalização ou auditoria; entidade da Administração Pública Federal.
CONTA BANCÁRIA ASSINATURAS
XIX - o compromisso do convenente de movimentar os recursos em Art. 10. Assinarão, obrigatoriamente, o termo de convênio os partícipes,
conta bancária específica, quando não integrante da conta única do Gover- duas testemunhas devidamente qualificadas e o interveniente, se houver.
no Federal; CÓPIA AO LEGISLATIVO
FORO Art. 11. Assinado o convênio, a entidade ou órgão concedente dará ci-
XX - a indicação do foro para dirimir dúvidas decorrentes de sua exe- ência do mesmo à Assembléia Legislativa ou à Câmara Municipal respecti-
cução; va do convenente, quando for o caso.
XXI - a obrigatoriedade de o concedente comunicar ao convenente e UNIDADE GESTORA - DESCENTRALIZAÇÃO
ao chefe do poder executivo (governador ou prefeito) do ente beneficiário Art. 12. Nos convênios em que os partícipes sejam integrantes dos or-
do convênio qualquer situação de irregularidade relativa à prestação de çamentos fiscal e da seguridade social, a participação financeira se proces-
contas do uso dos recursos envolvidos que motive suspensão ou impedi- sará mediante a prévia descentralização dos créditos orçamentários, se-
mento de liberação de novas parcelas, caso não haja regularização no gundo a natureza das despesas que devem ser efetuadas pelo convenente,
período de até trinta dias, contados a partir do evento. mantida a Unidade Orçamentária e a classificação funcional programática,
Nota: Inciso introduzido pela IN 04/07, de 17.05.07, DOU de 18.05.07 respeitando-se integralmente os objetivos preconizados no orçamento.
PROIBIÇÕES REGISTRO NO SIAFI - DO CONVÊNIO
Art. 8º. É vedada a inclusão, tolerância ou admissão, nos convênios, Art. 13. A execução de convênio subordinar-se-á ao prévio cadastra-
sob pena de nulidade do ato e responsabilidade do agente, de cláusulas ou mento do Plano de Trabalho, apresentado pelo convenente, no Sistema
condições que prevejam ou permitam: Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI, inde-
TAXA DE ADMINISTRAÇÃO pendentemente do seu valor, ou do instrumento utilizado para sua formali-
I - realização de despesas a título de taxa de administração, de gerên- zação.
cia ou similar; CÓPIA AO ÓRGÃO DE CONTROLE
CONSULTORIAS Art. 14. O processo, contendo termo de convênio e seus aditivos, bem
II – pagamento, a qualquer título, a servidor ou empregado público, in- como Plano de Trabalho e suas eventuais reformulações, será encaminha-
tegrante de quadro de pessoal ou entidade pública da administração direta do ao respectivo órgão de contabilidade analítica, no prazo de 5 (cinco)
ou indireta por serviços de consultoria ou assistência técnica; dias, a contar da data da assinatura dos instrumentos e da aprovação da
OBJETO- ALTERAÇÃO reformulação pelo concedente, respectivamente.
III - aditamento com alteração do objeto;
Nota: Incisos alterados pela IN 02/02, de 25.03.02, DOU de 27.03.02. CAPÍTULO IV - DA ALTERAÇÃO
FINALIDADE DIVERSA
IV - utilização, mesmo em caráter emergencial, dos recursos em finali- REMANEJAMENTO
dade diversa da estabelecida no Termo de Convênio, ressalvado o custeio Art.15. O convênio, ou Plano de Trabalho, este quando se tratar de
da implementação das medidas de preservação ambiental inerentes às destinação por Portaria Ministerial, somente poderá ser alterado mediante
obras constantes do Plano de Trabalho, de que tratam o “caput” e os §§1º e proposta do convenente, devidamente justificada, a ser apresentada em
7º do art. 2º desta Instrução Normativa, apresentado ao concedente pelo prazo mínimo, antes do término de sua vigência, que vier a ser fixado pelo
convenente;” Ordenador de despesa do concedente, levando-se em conta o tempo
Nota: Inciso alterado pela IN 02/06, de 31.05.06, DOU de 01.06.06. necessário para análise e decisão.
DESPESA ANTERIOR À VIGÊNCIA Nota: Artigo alterado pela IN 02/02, de 25.03.02, DOU de 27.03.02.
V - realização de despesas em data anterior ou posterior à sua vigên- OBJETO- MUDANÇA
cia; § 1º É vedado o aditamento de convênio com o intuito de alterar o seu
EFEITO RETROATIVO objeto, entendido como tal a modificação ainda que parcial, da finalidade
VI - atribuição de vigência ou de efeitos financeiros retroativos; definida no correspondente Plano de Trabalho, configurando mudança do
TAXAS BANCÁRIAS objeto (lato sensu), mesmo que não haja alteração da classificação econô-
VII - realização de despesas com taxas bancárias, com multas, juros ou mica da despesa.
correção monetária inclusive, referentes a pagamentos ou recolhimentos ALTERAÇÃO PLANO TRABALHO
fora dos prazos; § 2º Excepcionalmente, quando se tratar apenas de alteração da pro-
ASSOCIAÇÃO DE SERVIDORES gramação de execução do convênio, admitir-se-á ao órgão ou entidade
VIII - transferência de recursos para clubes, associações de servidores executora propor a reformulação do Plano de Trabalho, que será previa-
ou quaisquer entidades congêneres, excetuadas creches e escolas para o mente apreciada pelo setor técnico e submetida à aprovação da autoridade
atendimento pré-escolar; e competente do órgão ou entidade concedente.
DESPESAS DE PUBLICIDADE Art. 16. As alterações de que trata o artigo anterior sujeitam-se ao re-
IX - realização de despesas com publicidade, salvo as de caráter edu- gistro, pelo concedente, no Sistema Integrado de Administração Financeira
cativo, informativo ou de orientação social, das quais não constem nomes, do Governo Federal - SIAFI.
CAPÍTULO V - DA PUBLICAÇÃO no inciso III-A do “caput” do referido artigo.(Acórdão 1572/2003 TCU -
PUBLICAÇÃO Plenário).
Art. 17. A eficácia dos convênios e de seus aditivos, qualquer que seja Nota: Parágrafo introduzido pela IN 05/04, de 07.10.2004, DOU de
o seu valor, fica condicionada à publicação do respectivo extrato no "Diário 11.10.2004.
Oficial" da União, que será providenciada pela Administração até o quinto DEFINIÇÃO RECEITA/DESPESA
dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, devendo esta ocorrer no Art. 19. A liberação de recursos financeiros por força de convênio, nos
prazo de vinte dias a contar daquela data, contendo os seguintes elemen- casos em que o convenente não integre os orçamentos fiscal e da seguri-
tos: dade social, constituirá despesa do concedente; e o recebimento, receita do
EXTRATO DE PUBLICAÇÃO convenente.
I - espécie, número, e valor do instrumento; Parágrafo único. Quando o convenente integrar o Orçamento Fiscal ou
II - denominação, domicílio e inscrição no Cadastro Geral de Contribu- o da Seguridade Social, a liberação dos recursos se processará mediante:
intes do Ministério da Fazenda - CGC/MF dos partícipes e nome e inscrição I - repasse:
no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda - CPF/MF dos a) do órgão setorial de programação financeira para entidades da ad-
signatários; ministração indireta e entre estas; e
III - resumo do objeto; b) das entidades da administração indireta para órgãos da administra-
IV - crédito pelo qual correrá a despesa, número e data da Nota de ção direta, ou entre estes, se de outro órgão ou Ministério;
Empenho ou Nota de Movimentação de Crédito; II - sub-repasse - entre órgãos da administração direta de um mesmo
V - valor a ser transferido ou descentralizado no exercício em curso e, órgão ou ministério e entre unidades gestoras de uma mesma entidade da
se for o caso, o previsto para exercícios subsequentes, bem como o da Administração Indireta.
contrapartida que o convenente se obriga a aplicar; CONTA BANCÁRIA - MOVIMENTAÇÃO
VI - prazo de vigência e data da assinatura; e Art. 20. Os recursos serão mantidos em conta bancária específica so-
VII - código da Unidade Gestora, da gestão e classificação funcional mente permitidos saques para pagamento de despesas constantes do
programática e econômica, correspondente aos respectivos créditos. Programa de Trabalho ou para aplicação no mercado financeiro, nas hipó-
CAPÍTULO VI - DA LIBERAÇÃO DOS RECURSOS teses previstas em lei ou nesta Instrução Normativa, devendo sua movi-
LIBERAÇÃO DOS RECURSOS mentação realizar-se, exclusivamente, mediante cheque nominativo, ordem
Art. 18. A liberação de recursos financeiros, em decorrência de convê- bancária, transferência eletrônica disponível ou outra modalidade de saque
nio, deve obedecer ao cronograma de desembolso previsto no Plano de autorizada pelo Banco Central do Brasil, em que fiquem identificadas suas
Trabalho de que trata o art. 2º desta Instrução Normativa, guardar conso- destinações e, no caso de pagamento, o credor.
nância com as fases ou etapas de execução do objeto do convênio e, Nota: Artigo alterado pela IN 01/04, de 14.01.2004, DOU de
ainda, obedecer às seguintes disposições: 16.01.2004.
Nota: Artigo alterado pela IN 05/04, de 07.10.2004, DOU de APLICAÇÃO FINANCEIRA - OBRIGAÇÃO
11.10.2004. § 1º - Quando o destinatário da transferência for Estado, Distrito Fede-
UNIDADE GESTORA - TRANSFERÊNCIA ral ou Município, entidade a eles vinculada ou entidade particular, os recur-
I - se o convenente for órgão da Administração Direta Federal, a re- sos transferidos, enquanto não empregados na sua finalidade, serão obri-
messa dos recursos será feita pelo órgão setorial de programação financei- gatoriamente aplicados:
ra, como conseqüência da descentralização do crédito; I - em caderneta de poupança de instituição financeira oficial, se a pre-
II - quando o convenente for órgão da Administração Federal, integran- visão de seu uso for igual ou superior a um mês; e
te da conta única, a liberação constituir-se-á em autorização de saque; II - em fundo de aplicação financeira de curto prazo, ou operação de
CONTA BANCÁRIA - DOMICÍLIO mercado aberto lastreada em título da dívida pública federal, quando sua
III - sendo o convenente órgão ou entidade da Administração Pública utilização estiver prevista para prazos menores.
Federal, não integrante da conta única, ou instituição de direito privado, os APLICAÇÃO FINANCEIRA - REGRAS
recursos ficarão depositados e geridos no Banco do Brasil S/A ou na Caixa § 2º Os rendimentos das aplicações financeiras serão, obrigatoriamen-
Econômica Federal ou em outra instituição bancária cujo controle acionário te, aplicados no objeto do convênio ou da transferência estando sujeitos às
a União detenha; mesmas condições de prestação de contas exigidos para os recursos
Nota: Inciso alterado pela IN 01/99, de 1º.02.99, DOU de 02.02.99. transferidos.
IV - quando o convenente integrar a administração estadual, municipal § 3º As receitas oriundas dos rendimentos da aplicação no mercado fi-
ou ao Distrito Federal, os recursos serão depositados e geridos, ao seu nanceiro não poderão ser computadas como contrapartida, devida pelo
critério, alternativamente: convenente.
a) no Banco do Brasil S.A;. UNIDADE GESTORA - APLICAÇÃO FINANCEIRA
b) na Caixa Econômica Federal; § 4º Não será permitida, em nenhuma hipótese, a aplicação financeira
c) em outra instituição financeira oficial, inclusive de caráter regional; de recursos recebidos, em decorrência de descentralização de créditos, por
d) em instituição financeira submetida a processo de desestatização qualquer órgão da Administração Pública Federal, Direta ou entidade da
ou, ainda, naquela adquirente de seu controle acionário. Administração Indireta.
Nota: Inciso alterado pela IN 06/01, de 1º.11.01, DOU de 12.11.01. REALINHAMENTO DE PREÇOS
§ 1º Nas hipóteses dos incisos III e IV, deste artigo, quando o órgão § 5º Quando, de acordo com a legislação vigente, couber realinhamen-
convenente for sediado em localidade que não possua agência do Banco to de preços para execução do objeto do convênio, as receitas oriundas
do Brasil S/A, da Caixa Econômica Federal ou do banco oficial que se dos rendimentos das aplicações financeiras dos recursos do convênio
aplicar, conforme o caso, será observada a seguinte ordem de preferência; poderão ser agregadas ao saldo do valor do repasse, majorando-se, pro-
I - outro banco oficial federal; porcionalmente, o valor da contrapartida, de responsabilidade do convenen-
II - outro banco oficial estadual; ou te, para cobertura dos novos custos.
III - na inexistência de instituições financeiras mencionadas nos incisos Nota: Inciso introduzido pela IN 04/07, de 17.05.07, DOU de 18.05.07
anteriores, em agência bancária local. Art. 21. A transferência de recursos financeiros destinados ao cumpri-
§ 2º Não estão sujeitas à obrigatoriedade de movimentação nas institu- mento do objeto do convênio obedecerá ao Plano de Trabalho previamente
ições financeiras referidas no parágrafo anterior deste artigo os recursos aprovado, tendo por base o cronograma de desembolso, cuja elaboração
financeiros relativos a programas e projetos de caráter regional, que serão terá como parâmetro para a definição das parcelas o detalhamento da
depositados em suas instituições regionais de créditos, conforme dispuser execução física do objeto e a programação financeira do Governo Federal.
a legislação específica. § 1º As unidades gestoras que transferirem recursos em desacordo
LICENÇA AMBIENTAL- TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS com o disposto neste artigo terão as suas Propostas de Programação
§ 3º Na hipótese de implementação de medidas sugeridas nos estudos revistas pelo órgão central de programação financeira.
ambientais previstos no §1º do art. 2º desta Instrução Normativa, a libera- PARCELAS - LIBERAÇÃO
ção de recursos fica condicionada à licença ambiental prévia discriminada § 2º Quando a liberação dos recursos ocorrer em 3 (três) ou mais par-
celas, a terceira ficará condicionada à apresentação de prestação de con-
tas parcial referente à primeira parcela liberada, composta da documenta- continuidade de programa governamental, observado o que, a respeito,
ção especificada nos itens III a VII do Art. 28, e assim sucessivamente. tenha sido previsto no convênio.
Após a aplicação da última parcela, será apresentada a prestação de Nota: Artigo e parágrafo alterados pela IN 02/02, de 25.03.02, DOU de
contas do total dos recursos recebidos; 27.03.02.
§ 3º Caso a liberação dos recursos seja efetuada em até duas parce- LEI DE LICITAÇÃO - CUMPRIMENTO
las, a apresentação da Prestação de Contas se fará no final da vigência do Art. 27. O convenente, ainda que entidade privada, sujeita-se, quando
instrumento, globalizando as parcelas liberadas. da execução de despesas com os recursos transferidos, às disposições da
PARCELAS - SUSPENSÃO Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, especialmente em relação à licitação
§ 4º A liberação das parcelas do convênio será suspensa até a corre- e contrato, admitida a modalidade de licitação prevista na Lei nº 10.520, de
ção das impropriedades ocorridas, nos casos a seguir especificados: 17 de julho de 2002, nos casos em que especifica.(Conforme item 9.2, do
I - quando não tiver havido comprovação da boa e regular aplicação da Acórdão TCU 1.070 - Plenário, de 06.08.2003).
parcela anteriormente recebida, na forma da legislação aplicável, inclusive Nota: Artigo alterado pela IN 03/03, de 25.09.03, DOU de 30.09.03.
mediante procedimentos de fiscalização local, realizados periodicamente CAPÍTULO VIII - DA PRESTAÇÃO DE CONTAS
pela entidade ou órgão concedente e/ou pelo órgão competente do sistema SEÇÃO I
de controle interno da Administração Pública; DA PRESTAÇÃO DE CONTAS FINAL
II - quando verificado desvio de finalidade na aplicação dos recursos, Art.28. O órgão ou entidade que receber recursos, inclusive de origem
atrasos não justificados no cumprimento das etapas ou fases programadas, externa, na forma estabelecida nesta Instrução Normativa, ficará sujeito a
práticas atentatórias aos princípios fundamentais de Administração Pública apresentar prestação de contas final do total dos recursos recebidos, que
nas contratações e demais atos praticados na execução do convênio; será constituída de relatório de cumprimento do objeto, acompanhada de:
III - quando for descumprida, pelo convenente ou executor, qualquer PRESTAÇÃO DE CONTAS - DOCUMENTOS
cláusula ou condição do convênio. I - Plano de Trabalho - Anexo I - fls. 1/3, 2/3 e 3/3.
§ 5º A liberação das parcelas do convênio será suspensa definitiva- II - Cópia do Termo de Convênio ou Termo Simplificado de Convênio,
mente na hipótese de sua rescisão. com a indicação da data de sua publicação - Anexo II.
FIM DO CONVÊNIO III - Relatório de Execução Físico-Financeira - Anexo III.
§ 6º Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do convê- IV - Demonstrativo da Execução da Receita e Despesa, evidenciando
nio, os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das os recursos recebidos em transferências, a contrapartida, os rendimentos
receitas obtidas em aplicações financeiras realizadas, serão devolvidos ao auferidos da aplicação dos recursos no mercado financeiro, quando for o
órgão ou entidade concedente, no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias caso e os saldos - Anexo IV.
do evento, sob pena da imediata instauração de tomada de contas especial V - Relação de Pagamentos - Anexo V.
do responsável, providenciada pela autoridade competente do órgão ou VI - Relação de Bens (adquiridos, produzidos ou construídos com re-
entidade concedente. cursos da União) - Anexo VI.
CAPÍTULO VII - DA EXECUÇÃO VII - Extrato da conta bancária específica do período do recebimento
Art. 22. O convênio deverá ser executado fielmente pelas partes, de da 1ª parcela até o último pagamento e conciliação bancária, quando for o
acordo com as cláusulas pactuadas e a legislação pertinente, respondendo caso.
cada uma pelas conseqüências de sua inexecução total ou parcial. VIII - cópia do termo de aceitação definitiva da obra, quando o instru-
PODER DISCRICIONÁRIO mento objetivar a execução de obra ou serviço de engenharia.
Art. 23. A função gerencial fiscalizadora será exercida pelo concedente, IX - comprovante de recolhimento do saldo de recursos, à conta indica-
dentro do prazo regulamentar de execução/prestação de contas do convê- da pelo concedente, ou DARF, quando recolhido ao Tesouro Nacional.
nio, ficando assegurado aos seus agentes qualificados o poder discricioná- X - cópia do despacho adjudicatório e homologação das licitações rea-
rio de reorientar ações e de acatar ou não, justificativas com relação às lizadas ou justificadas para sua dispensa ou inexigibilidade, com o respecti-
distorções por ventura havidas na execução. vo embasamento legal, quando o convenente pertencer à Administração
Nota: Artigo alterado pela IN 02/02, de 25.03.02, DOU de 27.03.02. Pública.
FISCALIZAÇÃO - DELEGAÇÃO UNIDADE GESTORA - PRESTAÇÃO DE CONTAS
Art. 24. Sem prejuízo da prerrogativa da União, mencionada no inciso § 1º O convenente que integre a Administração Direta ou Indireta do
IV, do Art. 7º desta Instrução Normativa, o ordenador de despesas do órgão Governo Federal, fica dispensado de anexar à prestação de contas os
ou entidade concedente poderá delegar competência para acompanhamen- documentos referidos nos incisos V, VI, VII, IX e X deste artigo.
to da execução do convênio, a dirigentes de órgãos ou entidades perten- PRESTAÇÃO DE CONTAS - PARCELAS
centes à Administração Federal que se situem próximos ao local de aplica- § 2º O convenente fica dispensado de juntar a sua prestação de contas
ção dos recursos. final os documentos especificados nos incisos III a VIII e X, deste artigo
“SUB - CONVÊNIO” relativos às parcelas que já tenham sido objeto de prestação de contas
Art. 25. As Unidades da Federação e os Municípios que receberem parciais.
transferências dos órgãos ou entidades, mencionados no Art. 1º desta RECOLHIMENTO SALDO
Instrução Normativa, para execução de programa de trabalho que requeira § 3º O recolhimento de saldo não aplicado, quando efetuado em outro
nova descentralização ou transferência, subordinará tais transferências às exercício, sendo a unidade concedente órgão federal da Administração
mesmas exigências que lhe forem feitas, conforme esta Instrução Normati- Direta, será efetuado ao Tesouro Nacional, mediante DARF.
va. PRESTAÇÃO DE CONTAS - CONTRAPARTIDA
AÇÕES COMPLEMENTARES § 4º A contrapartida do executor e/ou do convenente será demonstrada
Parágrafo único. Os órgãos ou entidades da Administração Pública Fe- no Relatório de Execução Físico-Financeira, bem como na prestação de
deral, estadual, municipal ou do Distrito Federal não poderão celebrar contas.
convênio com mais de uma instituição para o mesmo objeto, exceto quando PRESTAÇÃO DE CONTAS - PRAZO
se tratar de ações complementares, o que deverá ficar consignado no § 5º A prestação de contas final será apresentada ao concedente até
respectivo convênio, delimitando-se as parcelas referentes de responsabili- sessenta dias após o término da vigência do convênio, definida conforme
dade deste e as que devam ser executadas à conta do outro instrumento. disposto no inciso III do artigo 7º desta Instrução Normativa.
BENS - DOAÇÃO Nota: Parágrafo alterado pela IN 02/02, de 25.03.02, DOU de 27.03.02.
Art. 26. Quando o convênio compreender a aquisição de equipamentos PRESTAÇÃO DE CONTAS - APROVAÇÃO
e materiais permanentes, será obrigatória a estipulação do destino a ser Art. 29. Incumbe ao órgão ou entidade concedente decidir sobre a re-
dado aos bens remanescentes na data da extinção do acordo ou ajuste; gularidade, ou não, da aplicação dos recursos transferidos, e, se extinto, ao
Parágrafo único - os bens materiais e equipamentos adquiridos com seu sucessor.
recursos de convênios com estado, Distrito Federal ou municípios poderão PRESTAÇÃO DE CONTAS - COMPROVAÇÃO
a critério do Ministro de Estado, ou autoridade equivalente, ou do dirigente Art. 30. As despesas serão comprovadas mediante documentos origi-
máximo da entidade da administração indireta, ser doados àqueles entes nais fiscais ou equivalentes, devendo as faturas, recibos, notas fiscais e
quando, após a consecução do objeto, forem necessários para assegurar a quaisquer outros documentos comprobatórios serem emitidos em nome do
convenente ou do executor, se for o caso, devidamente identificados com § 8º Esgotado o prazo, referido no parágrafo anterior, e não cumpridas
referência ao título e número do convênio. as exigências, ou, ainda, se existirem evidências de irregularidades de que
PRESTAÇÃO DE CONTAS - ARQUIVO resultem em prejuízo para o erário, a unidade concedente dos recursos
§ 1º Os documentos referidos neste artigo serão mantidos em arquivo adotará as providências previstas no § 4º deste artigo.
em boa ordem, no próprio local em que forem contabilizados, à disposição § 9º Aplicam-se as disposições dos § § 5º, 6º e 7º deste artigo aos ca-
dos órgãos de controle interno e externo, pelo prazo de 5 (cinco) anos, sos em que o convenente não comprove a aplicação da contrapartida
contados da aprovação da prestação ou tomada de contas, do gestor do estabelecida no convênio, bem como dos rendimentos da aplicação no
órgão ou entidade concedente, relativa ao exercício da concessão. mercado financeiro.
CONTABILIDADE TERCEIRIZADA DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA
§ 2º Na hipótese de o convenente utilizar serviços de contabilidade de § 10º Os atos de competência do ordenador de despesa da unidade
terceiros, a documentação deverá ficar arquivada nas dependências do concedente e assim como os de competência da unidade técnica respon-
convenente, pelo prazo fixado no parágrafo anterior. sável pelo programa, do órgão ou entidade concedente, poderão ser dele-
PRESTAÇÃO DE CONTAS - APROVAÇÃO CONCEDENTE gados nos termos dos artigos 11 e 12 do Decreto-Lei nº 200/67.
Art. 31. A partir da data do recebimento da prestação de contas final, o
ordenador de despesa da unidade concedente, com base nos documentos SEÇÃO II - DA PRESTAÇÃO DE CONTAS PARCIAL
referidos no Art. 28 e à vista do pronunciamento da unidade técnica res- PRESTAÇÃO DE CONTAS - PARCIAL
ponsável pelo programa do órgão ou entidade concedente, terá o prazo de Art. 32. A prestação de contas parcial é aquela pertinente a cada uma
60 (sessenta) dias para pronunciar-se sobre a aprovação ou não da presta- das parcelas de recursos liberados e será composta da documentação
ção de contas apresentada, sendo 45 (quarenta e cinco) dias para o pro- especificada nos itens III a VII, VIII e X, quando houver, do Art. 28 desta
nunciamento da referida unidade técnica e 15 (quinze) dias para o pronun- Instrução Normativa.
ciamento do ordenador de despesa. Art. 33. A prestação de contas parcial e em especial o Relatório de E-
§ 1º A prestação de contas parcial ou final será analisada e avaliada na xecução Físico-Financeira (Anexo III) será analisada observando-se os
unidade técnica responsável pelo programa do órgão ou entidade conce- critérios dispostos no parágrafo 1º do Art. 31.
dente que emitirá parecer sob os seguintes aspectos: REGISTRO SIAFI - RESULTADO P.C.
PRESTAÇÃO DE CONTAS - PARECER TÉCNICO Art. 34. Será efetuado o registro no Cadastro de Convênios no SIAFI,
I - Técnico - quanto à execução física e atingimento dos objetivos do correspondente ao resultado da análise realizada pelo concedente, com
convênio, podendo o setor competente valer-se de laudos de vistoria ou de base nos pareceres emitidos na forma prevista no artigo anterior, sobre a
informações obtidas junto a autoridades públicas do local de execução do prestação de contas parcial ou final.
convênio; PARCELAS - SUSPENSÃO
PRESTAÇÃO DE CONTAS - PARECER FINANCEIRO Art. 35. Constatada irregularidade ou inadimplência na apresentação
II - Financeiro - quanto à correta e regular aplicação dos recursos do da prestação de contas parcial, o ordenador de despesas suspenderá
convênio. imediatamente a liberação de recursos e notificará o convenente dando-lhe
REGISTRO NO SIAFI - RECEBIMENTO o prazo máximo de 30 (trinta) dias para sanar a irregularidade ou cumprir a
§ 2º Recebida à prestação de contas final, o ordenador de despesa da obrigação.
unidade concedente deverá efetuar, no SIAFI, o registro do recebimento. T.C.E. - INSTAURAÇÃO - REGISTRO SIAFI INSTAURAÇÃO
§ 2º- A. O descumprimento do prazo previsto no § 5º do art. 28 desta Parágrafo único - Decorrido o prazo de que trata o “caput” deste artigo
Instrução Normativa obriga o ordenador de despesa da unidade conceden- sem que a irregularidade haja sido sanada ou adimplida a obrigação, o
te à imediata instauração de tomada de contas especial e ao registro do ordenador de despesas do concedente, sob pena de responsabilidade no
fato no Cadastro de Convênios do SIAFI. caso de omissão, comunicará o fato ao órgão de controle interno a que
Nota: O § 2º foi alterado e o § 2A foi introduzido pela IN 01/04, de estiver jurisdicionado, providenciará, junto à unidade de contabilidade
14.01.2004, DOU de 16.01.2004. analítica competente, a instauração de Tomada de Contas Especial e
PRESTAÇÃO DE CONTAS - APROVADA procederá, no âmbito do Siafi, no cadastro de Convênios, ao registro de
§ 3º Aprovada a prestação de contas final, o ordenador de despesa da inadimplência.”
unidade concedente deverá efetuar o devido registro da aprovação da Nota: Parágrafo alterado pela IN 02/06, de 31.05.06, DOU de 01.06.06.
prestação de contas no cadastro de convênios no SIAFI e fará constar, do RESCISÃO
processo, declaração expressa de que os recursos transferidos tiveram boa CAPÍTULO IX - DA RESCISÃO
e regular aplicação. Art. 36. Constitui motivo para rescisão do convênio independentemente
Nota: § alterado pela IN 01/00, de 13.03.00, DOU de 14.03.2000. do instrumento de sua formalização, o inadimplemento de quaisquer das
REGISTRO NO SIAFI - P.C. NÃO APROVADA cláusulas pactuadas, particularmente quando constatadas as seguintes
§ 4º Na hipótese de a prestação de contas não ser aprovada e exauri- situações:
das todas as providências cabíveis, o ordenador de despesas registrará o I - utilização dos recursos em desacordo com o Plano de Trabalho;
fato no Cadastro de Convênios no SIAFI e encaminhará o respectivo pro- II - aplicação dos recursos no mercado financeiro em desacordo com o
cesso ao órgão de contabilidade analítica a que estiver jurisdicionado, para disposto no Art. 20; e
instauração de tomada de contas especial e demais medidas de sua com- III - falta de apresentação das Prestações de Contas Parciais e Final,
petência, sob pena de responsabilidade. nos prazos estabelecidos.
T.C.E. - IRREGULARIDADE T.C.E. - INSTAURAÇÃO
§ 5º O órgão de contabilidade analítica examinará, formalmente, a Art. 37. A rescisão do convênio, na forma do artigo anterior, enseja a
prestação de contas e, constatando irregularidades procederá à instaura- instauração da competente Tomada de Contas Especial.
ção da Tomada de Contas Especial, após as providências exigidas para a TOMADA DE CONTAS ESPECIAL
situação, efetuando os registros de sua competência. CAPÍTULO X - DA TOMADA DE CONTA ESPECIAL
§ 6º Após a providência aludida no parágrafo anterior, o respectivo pro- Art. 38. Será instaurada a competente Tomada de Contas Especial, vi-
cesso de tomada de contas especial será encaminhado ao órgão de contro- sando a apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação
le interno para os exames de auditoria previstos na legislação em vigor e do dano, pelos órgãos encarregados da contabilidade analítica do conce-
providências subsequentes. dente, por solicitação do respectivo ordenador de despesas ou, na sua
PRESTAÇÃO DE CONTAS - DILATAÇÃO PRAZO omissão, por determinação do Controle Interno ou TCU, quando:
§ 7º Quando a prestação de contas não for encaminhada no prazo I - Não for apresentada a prestação de contas no prazo de até 30 dias
convencionado, o concedente assinará o prazo máximo de 30 (trinta) dias concedido em notificação pelo concedente;
para sua apresentação, ou recolhimento dos recursos, incluídos os rendi- II - Não for aprovada a prestação de contas, apesar de eventuais justi-
mentos da aplicação no mercado financeiro, acrescidos de juros e correção ficativas apresentadas pelo convenente, em decorrência de:
monetária, na forma da lei, comunicando o fato ao órgão de controle interno a) não execução total do objeto pactuado;
de sua jurisdição ou equivalente. b) atingimento parcial dos objetivos avançados;
CONTRAPARTIDA - NÃO APROVAÇÃO c) desvio de finalidade;
d) impugnação de despesas; de atribuições determinadas em lei, regulamento ou regimento interno, com
e) não cumprimento dos recursos da contrapartida; geração de receita compartilhada; e
f) não aplicação de rendimentos de aplicações financeiras no objeto
pactuado. CONTRATO DE REPASSE
III - Ocorrer qualquer outro fato do qual resulte prejuízo ao erário.
§ 1º A instauração da Tomada de Contas Especial, obedecida a norma V - homologados regular e diretamente pelo Congresso Nacional naquilo
específica será precedida ainda de providências saneadoras por parte do em que as disposições dos tratados, acordos e convenções internacionais,
concedente e da notificação do responsável, assinalando prazo de, no específicas, conflitarem com esta Instrução Normativa, quando os recursos
máximo, 30 (trinta) dias, para que apresente a prestação de contas ou envolvidos forem integralmente oriundos de fonte externa de financiamento.
recolha o valor do débito imputado, acrescido de correção monetária e juros Parágrafo único - As disposições desta Instrução Normativa aplicam-se
de mora, bem assim, as justificativas e as alegações de defesa julgadas no que couber ao "contrato de repasse" a que se refere o Decreto nº 1.819,
necessárias pelo notificado, nos casos em que a prestação de contas não de 16.02.96, que se equipara à figura do convênio, conceituada no inciso I,
tenha sido aprovada. do Art. 1º.
§ 2º Instaurada a Tomada de Contas Especial e havendo a apresenta- Art. 40. A inobservância do disposto nesta Instrução Normativa consti-
ção, embora intempestiva, da prestação de contas ou recolhimento do tui omissão de dever funcional e será punida na forma prevista em lei.
débito imputado, inclusive gravames legais, poderão ocorrer as seguintes FORMULÁRIOS
hipóteses: Art. 41. Ficam aprovados os formulários que constituem os anexos I a
BAIXA DA INADIMPLÊNCIA VI desta Instrução Normativa, que serão utilizados pelos convenentes para
I - No caso da apresentação da prestação de contas ou recolhimento formalização do instrumento, e da respectiva prestação de contas.
integral do débito imputado, antes do encaminhamento da Tomada de Art. 42. Aplicam-se, no que couber, aos instrumentos regulamentados
Contas Especial ao Tribunal de Contas da União, deverá ser dada à baixa por esta Instrução Normativa as demais legislações pertinentes, e em
do registro de inadimplência; e especial:
a) aprovada a prestação de contas ou comprovado o recolhimento, tal - Lei nº 1.493, de 13 de dezembro de 1951;
circunstância deverá ser imediatamente comunicada ao órgão onde se - Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, Art. 27;
encontre a Tomada de Contas Especial, visando o arquivamento do pro- - Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, Arts. 15, 47, 48 e 55 a 57;
cesso e mantendo-se a baixa inadimplência e efetuando-se o registro da - Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991, Art.54;
baixa responsabilidade, sem prejuízo de ser dado conhecimento do fato ao - Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993;
Tribunal de Contas da União, em relatório de atividade do gestor, quando - Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993;
da tomada ou prestação de contas anual do ordenador de despesas do - Lei nº 8.931, de 22 de setembro de 1994; (com a relação dada pela Lei nº
órgão/entidade concedente; 9.057 de 06.06.95);
b) não aprovada a prestação de contas, o fato deverá ser comunicado - Lei nº 9.082, de 25 de julho de 1995;
ao órgão onde se encontre a Tomada de Contas Especial para que adote - Decreto-lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967;
as providências necessárias ao prosseguimento do feito, sob esse novo - Decreto-lei nº 1.290, de 3 de dezembro de 1973;
fundamento, reinscrevendo-se a inadimplência, no caso de a Tomada de - Decreto-lei nº 1.442, de 27 de janeiro de 1976;
Contas Especial referir-se ao atual administrador, tendo em vista a sua - MP nº 1.360, de 12 de março de 1996;
permanência à frente da administração do órgão convenente. - Decreto nº 93.872, de 23 de dezembro de 1986;
II - No caso da apresentação da prestação de contas ou recolhimento - Decreto nº 99.658, de 30 de outubro de 1990, art 15;
integral do débito imputado, após o encaminhamento da Tomada de Contas - Decreto nº 612, de 21 de julho de 1992, art. 14, art.84 a 92
Especial ao Tribunal de Contas da União, proceder-se-á, também, a baixa - Decreto nº 825, de 28 de maio de 1993;
da inadimplência, e: - Decreto nº 1.006, de 09 de dezembro de 1993;
a) sendo aprovada a prestação de contas ou comprovado o recolhi- - Decreto nº 1.819, de 16 de fevereiro de 1996;
mento, tal circunstância deverá ser imediatamente comunicada à respectiva - Portaria MEFP nº 822, de 30 de agosto de 1991;
unidade de controle interno que certificou as contas para adoção das provi- - Instrução Normativa DTN nº 08, de 21 de dezembro de 1990.
dências junto ao Tribunal de Contas da União, mantendo-se a baixa da Art. 43. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data da sua publi-
inadimplência bem como a inscrição da responsabilidade apurada, que só cação, revogadas as Instruções Normativas STN º 02, de 19 de abril de
poderá ser baixada por decisão do Tribunal; 1993 e nº 06, de 13 de outubro de 1993.
b) não sendo aprovada a prestação de contas adotar-se-á as providên-
cias do inciso anterior quanto à comunicação à unidade de controle interno,
reinscrevendo-se, entretanto, a inadimplência, no caso da Tomada de
DECRETO Nº 6.170, DE 25 DE JULHO DE 2007.
Contas Especial referir-se ao atual administrador, tendo em vista a sua Dispõe sobre as normas relativas às transferências de recursos da
permanência à frente da administração do órgão convenente. União mediante convênios e contratos de repasse, e dá outras
§ 3º Enquanto perdurar a tramitação da Tomada de Contas Especial, providências.
na forma da legislação específica, a vigência do convênio a que a TCE se O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
referir deve ser mantida ativa, de ofício, pelo concedente. confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no
Nota: Inciso introduzido pela IN 04/07, de 17.05.07, DOU de 18.05.07 art. 10 do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, nº art. 116 da Lei
CAPÍTULO XI - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e no art. 25 da Lei Complementar nº 101,
Art. 39. Não se aplicam as exigências desta Instrução Normativa aos de 4 de maio de 2000,
instrumentos: DECRETA:
COOPERAÇÃO TÉCNICA CAPÍTULO I
I - Cuja execução não envolva a transferência de recursos entre os par- DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
tícipes; Art. 1o Este Decreto regulamenta os convênios, contratos de re-
II - Celebrados anteriormente à data da sua aplicação, devendo ser ob- passe e termos de cooperação celebrados pelos órgãos e entidades da
servadas, neste caso, as prescrições normativas vigentes à época da sua administração pública federal com órgãos ou entidades públicas ou priva-
celebração, podendo, todavia, se lhes aplicar naquilo que beneficiar a das sem fins lucrativos, para a execução de programas, projetos e ativida-
consecução do objeto do convênio; des de interesse recíproco que envolvam a transferência de recursos
III - Destinados à execução descentralizada de programas federais de oriundos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União. (Redação
atendimento direto ao público, nas áreas de assistência social, médica e dada pelo Decreto nº 6.428, de 2008.)
educacional, ressalvados os convênios em que for prevista a antecipação § 1º Para os efeitos deste Decreto, considera-se:
de recursos; I - convênio - acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que
IV - Que tenham por objeto a delegação de competência ou a autoriza- discipline a transferência de recursos financeiros de dotações consignadas
ção a órgãos e ou entidades de outras esferas de governo para a execução nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União e tenha como
partícipe, de um lado, órgão ou entidade da administração pública federal,
direta ou indireta, e, de outro lado, órgão ou entidade da administração III - entre órgãos e entidades da administração pública federal, ca-
pública estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, ou ainda, entida- so em que deverá ser observado o art. 1o, § 1o, inciso III; (Redação dada
des privadas sem fins lucrativos, visando a execução de programa de pelo Decreto nº 7.568, de 2011)
governo, envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição IV - com entidades privadas sem fins lucrativos que não compro-
de bens ou evento de interesse recíproco, em regime de mútua coopera- vem ter desenvolvido, durante os últimos três anos, atividades referentes à
ção; matéria objeto do convênio ou contrato de repasse; e (Incluído pelo Decreto
II - contrato de repasse - instrumento administrativo por meio do nº 7.568, de 2011)
qual a transferência dos recursos financeiros se processa por intermédio de V - com entidades privadas sem fins lucrativos que tenham, em
instituição ou agente financeiro público federal, atuando como mandatário suas relações anteriores com a União, incorrido em pelo menos uma das
da União; seguintes condutas: (Incluído pelo Decreto nº 7.568, de 2011)
III - termo de cooperação - instrumento por meio do qual é ajustada a) omissão no dever de prestar contas; (Incluído pelo Decreto nº
a transferência de crédito de órgão da administração pública federal direta, 7.568, de 2011)
autarquia, fundação pública, ou empresa estatal dependente, para outro b) descumprimento injustificado do objeto de convênios, contratos
órgão ou entidade federal da mesma natureza; (Redação dada pelo Decre- de repasse ou termos de parceria; (Incluído pelo Decreto nº 7.568, de 2011)
to nº 6.619, de 2008) c) desvio de finalidade na aplicação dos recursos transferidos; (In-
IV - concedente - órgão da administração pública federal direta ou cluído pelo Decreto nº 7.568, de 2011)
indireta, responsável pela transferência dos recursos financeiros ou pela d) ocorrência de dano ao Erário; ou (Incluído pelo Decreto nº
descentralização dos créditos orçamentários destinados à execução do 7.568, de 2011)
objeto do convênio; e) prática de outros atos ilícitos na execução de convênios, contra-
V - contratante - órgão ou entidade da administração pública direta tos de repasse ou termos de parceria. (Incluído pelo Decreto nº 7.568, de
e indireta da União que pactua a execução de programa, projeto, atividade 2011)
ou evento, por intermédio de instituição financeira federal (mandatária) Parágrafo único. Para fins de alcance do limite estabelecido no in-
mediante a celebração de contrato de repasse; (Redação dada pelo Decre- ciso I do caput, é permitido: (Redação dada pelo Decreto nº 7.568, de
to nº 6.428, de 2008.) 2011)
VI - convenente - órgão ou entidade da administração pública dire- I - consorciamento entre os órgãos e entidades da administração
ta e indireta, de qualquer esfera de governo, bem como entidade privada pública direta e indireta dos Estados, Distrito Federal e Municípios; e
sem fins lucrativos, com o qual a administração federal pactua a execução II - celebração de convênios ou contratos de repasse com objeto
de programa, projeto/atividade ou evento mediante a celebração de convê- que englobe vários programas e ações federais a serem executados de
nio; forma descentralizada, devendo o objeto conter a descrição pormenorizada
VII - contratado - órgão ou entidade da administração pública direta e objetiva de todas as atividades a serem realizadas com os recursos
e indireta, de qualquer esfera de governo, bem como entidade privada sem federais.
fins lucrativos, com a qual a administração federal pactua a execução de Art. 3o As entidades privadas sem fins lucrativos que pretendam
contrato de repasse;(Redação dada pelo Decreto nº 6.619, de 2008) celebrar convênio ou contrato de repasse com órgãos e entidades da
VIII - interveniente - órgão da administração pública direta e indire- administração pública federal deverão realizar cadastro prévio no Sistema
ta de qualquer esfera de governo, ou entidade privada que participa do de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse - SICONV, conforme
convênio para manifestar consentimento ou assumir obrigações em nome normas do órgão central do sistema. (Redação dada pelo Decreto nº 6.428,
próprio; de 2008.)
IX - termo aditivo - instrumento que tenha por objetivo a modifica- § 1º O cadastramento de que trata o caput poderá ser realizado em
ção do convênio já celebrado, vedada a alteração do objeto aprovado; qualquer órgão ou entidade concedente e permitirá a celebração de convê-
X - objeto - o produto do convênio ou contrato de repasse, obser- nios ou contratos de repasse enquanto estiver válido o cadastramento.
vados o programa de trabalho e as suas finalidades; e § 2º No cadastramento serão exigidos, pelo menos:
XI - padronização - estabelecimento de critérios a serem seguidos I - cópia do estatuto social atualizado da entidade;
nos convênios ou contratos de repasse com o mesmo objeto, definidos pelo II - relação nominal atualizada dos dirigentes da entidade, com Ca-
concedente ou contratante, especialmente quanto às características do dastro de Pessoas Físicas - CPF;
objeto e ao seu custo.(Redação dada pelo Decreto nº 6.428, de 2008.) III - declaração do dirigente da entidade:
§ 2º A entidade contratante ou interveniente, bem como os seus a) acerca da não existência de dívida com o Poder Público, bem
agentes que fizerem parte do ciclo de transferência de recursos, são res- como quanto à sua inscrição nos bancos de dados públicos e privados de
ponsáveis, para todos os efeitos, pelos atos de acompanhamento que proteção ao crédito; e
efetuar. b) informando se os dirigentes relacionados no inciso II ocupam
§ 3º Excepcionalmente, os órgãos e entidades federais poderão cargo ou emprego público na administração pública federal;
executar programas estaduais ou municipais, e os órgãos da administração IV - prova de inscrição da entidade no Cadastro Nacional de Pes-
direta, programas a cargo de entidade da administração indireta, sob regi- soas Jurídicas - CNPJ; (Redação dada pelo Decreto nº 7.568, de 2011)
me de mútua cooperação mediante convênio. V - prova de regularidade com as Fazendas Federal, Estadual, Dis-
CAPÍTULO II trital e Municipal e com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS,
DAS NORMAS DE CELEBRAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E PRESTAÇÃO na forma da lei; e (Redação dada pelo Decreto nº 7.568, de 2011)
DE CONTAS VI - comprovante do exercício nos últimos três anos, pela entidade
Art. 2º É vedada a celebração de convênios e contratos de repas- privada sem fins lucrativos, de atividades referentes à matéria objeto do
se: convênio ou contrato de repasse que pretenda celebrar com órgãos e
I - com órgãos e entidades da administração pública direta e indire- entidades da administração pública federal. (Incluído pelo Decreto nº 7.568,
ta dos Estados, Distrito Federal e Municípios cujo valor seja inferior a R$ de 2011)
100.000,00 (cem mil reais) ou, no caso de execução de obras e serviços de § 3º Verificada falsidade ou incorreção de informação em qualquer
engenharia, exceto elaboração de projetos de engenharia, nos quais o valor documento apresentado, deve o convênio ou contrato de repasse ser
da transferência da União seja inferior a R$ 250.000,00 (duzentos e cin- imediatamente denunciado pelo concedente ou contratado.
quenta mil reais); (Redação dada pelo Decreto nº 7.594, de 2011) (Produ- § 4o A realização do cadastro prévio no Sistema de Gestão de
ção de efeito) Convênios e Contratos de Repasse - SICONV, de que trata o caput, não
II - com entidades privadas sem fins lucrativos que tenham como será exigida até 1o de setembro de 2008. (Incluído pelo Decreto nº 6.497,
dirigente agente político de Poder ou do Ministério Público, dirigente de de 2008)
órgão ou entidade da administração pública de qualquer esfera governa- Art. 3o-A. O cadastramento da entidade privada sem fins lucrativos
mental, ou respectivo cônjuge ou companheiro, bem como parente em linha no SICONV, no que se refere à comprovação do requisito constante do
reta, colateral ou por afinidade, até o segundo grau; e (Redação dada pelo inciso VI do § 2o do art. 3o, deverá ser aprovado pelo órgão ou entidade da
Decreto nº 6.619, de 2008) administração pública federal responsável pela matéria objeto do convênio
ou contrato de repasse que se pretenda celebrar. (Incluído pelo Decreto nº Art. 10. As transferências financeiras para órgãos públicos e enti-
7.568, de 2011) dades públicas e privadas, decorrentes da celebração de convênios e
Art. 4o A celebração de convênio ou contrato de repasse com en- contratos de repasse, serão feitas exclusivamente por intermédio de institu-
tidades privadas sem fins lucrativos será precedida de chamamento público ição financeira controlada pela União, que poderá atuar como mandatária
a ser realizado pelo órgão ou entidade concedente, visando à seleção de desta para execução e fiscalização. (Redação dada pelo Decreto nº 6.428,
projetos ou entidades que tornem mais eficaz o objeto do ajuste. (Reda- de 2008.)
ção dada pelo Decreto nº 7.568, de 2011) § 1º Os pagamentos à conta de recursos recebidos da União, pre-
§ 1o Deverá ser dada publicidade ao chamamento público, inclusi- visto no caput, estão sujeitos à identificação do beneficiário final e à obriga-
ve ao seu resultado, especialmente por intermédio da divulgação na primei- toriedade de depósito em sua conta bancária.
ra página do sítio oficial do órgão ou entidade concedente, bem como no § 2º Excepcionalmente, mediante mecanismo que permita a identi-
Portal dos Convênios. (Incluído pelo Decreto nº 7.568, de 2011) ficação, pelo banco, do beneficiário do pagamento, poderão ser realizados
§ 2o O Ministro de Estado ou o dirigente máximo da entidade da pagamentos a beneficiários finais pessoas físicas que não possuam conta
administração pública federal poderá, mediante decisão fundamentada, bancária, observados os limites fixados na forma do art. 18.
excepcionar a exigência prevista no caput nas seguintes situações: (Incluí- § 3º Toda movimentação de recursos de que trata este artigo, por
do pelo Decreto nº 7.568, de 2011) parte dos convenentes, executores e instituições financeiras autorizadas,
I - nos casos de emergência ou calamidade pública, quando carac- será realizada observando-se os seguintes preceitos:
terizada situação que demande a realização ou manutenção de convênio I - movimentação mediante conta bancária específica para cada
ou contrato de repasse pelo prazo máximo de cento e oitenta dias consecu- instrumento de transferência (convênio ou contrato de repasse);
tivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, II - pagamentos realizados mediante crédito na conta bancária de
vedada a prorrogação da vigência do instrumento; (Incluído pelo Decreto nº titularidade dos fornecedores e prestadores de serviços, facultada a dis-
7.568, de 2011) pensa deste procedimento, por ato da autoridade máxima do concedente
II - para a realização de programas de proteção a pessoas amea- ou contratante, devendo o convenente ou contratado identificar o destinatá-
çadas ou em situação que possa comprometer sua segurança; ou (Incluído rio da despesa, por meio do registro dos dados no SICONV; e (Redação
pelo Decreto nº 7.568, de 2011) dada pelo Decreto nº 6.619, de 2008)
III - nos casos em que o projeto, atividade ou serviço objeto do III - transferência das informações mencionadas no inciso I ao SI-
convênio ou contrato de repasse já seja realizado adequadamente median- AFI e ao Portal de Convênios, em meio magnético, conforme normas
te parceria com a mesma entidade há pelo menos cinco anos e cujas expedidas na forma do art. 18.
respectivas prestações de contas tenham sido devidamente aprovadas. § 4º Os recursos de convênio, enquanto não utilizados, serão obri-
(Incluído pelo Decreto nº 7.568, de 2011) gatoriamente aplicados em cadernetas de poupança de instituição financei-
Art. 5º O chamamento público deverá estabelecer critérios objeti- ra pública federal se a previsão de seu uso for igual ou superior a um mês,
vos visando à aferição da qualificação técnica e capacidade operacional do ou em fundo de aplicação financeira de curto prazo ou operação de merca-
convenente para a gestão do convênio. do aberto lastreada em títulos da dívida pública, quando a utilização desses
Art. 6º Constitui cláusula necessária em qualquer convênio disposi- recursos verificar-se em prazos menores que um mês.
tivo que indique a forma pela qual a execução do objeto será acompanhada § 5º As receitas financeiras auferidas na forma do § 4º serão obri-
pelo concedente. gatoriamente computadas a crédito do convênio e aplicadas, exclusivamen-
Parágrafo único. A forma de acompanhamento prevista no caput te, no objeto de sua finalidade, observado o parágrafo único do art. 12.
deverá ser suficiente para garantir a plena execução física do objeto. § 6o O convenente ficará obrigado a prestar contas dos recursos
Art. 6o-A. Os convênios ou contratos de repasse com entidades recebidos, na forma da legislação aplicável e das diretrizes e normas pre-
privadas sem fins lucrativos deverão ser assinados pelo Ministro de Estado vistas no art. 18. (Redação dada pelo Decreto nº 6.428, de 2008.)
ou pelo dirigente máximo da entidade da administração pública federal § 7º O concedente terá prazo de noventa dias para apreciar a pres-
concedente. (Incluído pelo Decreto nº 7.568, de 2011) tação de contas apresentada, contados da data de seu recebimento.
Parágrafo único. O Ministro de Estado e o dirigente máximo da en- § 8º A exigência contida no caput poderá ser substituída pela exe-
tidade da administração pública federal não poderão delegar a competência cução financeira direta, por parte do convenente, no SIAFI, de acordo com
prevista no caput. (Incluído pelo Decreto nº 7.568, de 2011) normas expedidas na forma do art. 18.
Art. 7º A contrapartida do convenente poderá ser atendida por Art. 11. Para efeito do disposto no art. 116 da Lei nº 8.666, de 21
meio de recursos financeiros, de bens e serviços, desde que economica- de junho de 1993, a aquisição de produtos e a contratação de serviços com
mente mensuráveis. recursos da União transferidos a entidades privadas sem fins lucrativos
§ 1º Quando financeira, a contrapartida deverá ser depositada na deverão observar os princípios da impessoalidade, moralidade e economi-
conta bancária específica do convênio em conformidade com os prazos cidade, sendo necessária, no mínimo, a realização de cotação prévia de
estabelecidos no cronograma de desembolso, ou depositada nos cofres da preços no mercado antes da celebração do contrato.
União, na hipótese de o convênio ser executado por meio do Sistema Art. 12. O convênio poderá ser denunciado a qualquer tempo, fi-
Integrado de Administração Financeira - SIAFI. cando os partícipes responsáveis somente pelas obrigações e auferindo as
§ 2º Quando atendida por meio de bens e serviços, constará do vantagens do tempo em que participaram voluntariamente do acordo, não
convênio cláusula que indique a forma de aferição da contrapartida. sendo admissível cláusula obrigatória de permanência ou sancionadora dos
Art. 8º A execução de programa de trabalho que objetive a realiza- denunciantes.
ção de obra será feita por meio de contrato de repasse, salvo quando o Parágrafo único. Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou ex-
concedente dispuser de estrutura para acompanhar a execução do convê- tinção do convênio, os saldos financeiros remanescentes, inclusive os
nio. provenientes das receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas,
Parágrafo único. Caso a instituição ou agente financeiro público serão devolvidos à entidade ou órgão repassador dos recursos, no prazo
federal não detenha capacidade técnica necessária ao regular acompa- improrrogável de trinta dias do evento, sob pena da imediata instauração de
nhamento da aplicação dos recursos transferidos, figurará, no contrato de tomada de contas especial do responsável, providenciada pela autoridade
repasse, na qualidade de interveniente, outra instituição pública ou privada competente do órgão ou entidade titular dos recursos.
a quem caberá o mencionado acompanhamento. CAPÍTULO III
Art. 9º No ato de celebração do convênio ou contrato de repasse, o DO SISTEMA DE GESTÃO DE CONVÊNIOS E CONTRATOS DE
concedente deverá empenhar o valor total a ser transferido no exercício e REPASSE - SICONV E DO PORTAL DOS CONVÊNIOS
efetuar, no caso de convênio ou contrato de repasse com vigência pluria- Art. 13. A celebração, a liberação de recursos, o acompanhamen-
nual, o registro no SIAFI, em conta contábil específica, dos valores progra- to da execução e a prestação de contas de convênios, contratos de repas-
mados para cada exercício subseqüente. se e termos de parceria serão registrados no SICONV, que será aberto ao
Parágrafo único. O registro a que se refere o caput acarretará a público, via rede mundial de computadores - Internet, por meio de página
obrigatoriedade de ser consignado crédito nos orçamentos seguintes para específica denominada Portal dos Convênios. (Redação dada pelo Decreto
garantir a execução do convênio. nº 6.619, de 2008) (Vigência)
§ 1o Fica criada a Comissão Gestora do SICONV, que funcionará Orçamento e Gestão e da Controladoria-Geral da União disciplinará a
como órgão central do sistema, composta por representantes dos seguintes possibilidade de arquivamento de convênios com prazo de vigência encer-
órgãos: (Redação dada pelo Decreto nº 6.428, de 2008.) rado há mais de cinco anos e que tenham valor registrado de até R$
I - Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda; (In- 100.000,00 (cem mil reais).
cluído pelo Decreto nº 6.428, de 2008 ) Art. 18. Os Ministros de Estado da Fazenda, do Planejamento, Or-
II - Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamen- çamento e Gestão e do Controle e da Transparência editarão ato conjunto
to, Orçamento e Gestão; (Incluído pelo Decreto nº 6.428, de 2008 ) para execução do disposto neste Decreto.(Redação dada pelo Decreto nº
III - Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministé- 6.428, de 2008.)
rio do Planejamento, Orçamento e Gestão; (Redação dada pelo Decreto nº Parágrafo único. O ato conjunto previsto no caput poderá dispor
7.568, de 2011) sobre regime de procedimento específico de acompanhamento e fiscaliza-
IV - Secretaria Federal de Controle Interno da Controladoria-Geral ção de obras e serviços de engenharia de pequeno valor, aplicável àqueles
da União; e (Redação dada pelo Decreto nº 7.568, de 2011) de até R$ 750.000,00 (setecentos e cinquenta mil reais). (Incluído pelo
V - Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justi- Decreto nº 7.594, de 2011)
ça. (Incluído pelo Decreto nº 7.568, de 2011) Art. 18-A. Os convênios e contratos de repasse celebrados entre
§ 2º Serão órgãos setoriais do SICONV todos os órgãos e entida- 30 de maio de 2008 e a data mencionada no inciso III do art. 19 deverão
des da administração pública federal que realizem transferências voluntá- ser registrados no SICONV até 31 de dezembro de 2008. (Incluído pelo
rias de recursos, aos quais compete a gestão dos convênios e a alimenta- Decreto nº 6.497, de 2008)
ção dos dados que forem de sua alçada. Parágrafo único. Os Ministros de Estado da Fazenda, do Planejamen-
§ 3º O Poder Legislativo, por meio das mesas da Câmara dos De- to, Orçamento e Gestão e do Controle e da Transparência regulamentarão, em
putados e do Senado Federal, o Ministério Público, o Tribunal de Contas da ato conjunto, o registro previsto no caput. (Incluído pelo Decreto nº 6.497,
União e a Controladoria Geral da União, bem como outros órgãos que de 2008)
demonstrem necessidade, a critério do órgão central do sistema, terão Art. 18-B. A partir de 16 de janeiro de 2012, todos os órgãos e entida-
acesso ao SICONV, podendo incluir no referido Sistema informações que des que realizem transferências de recursos oriundos dos Orçamentos Fiscal e
tiverem conhecimento a respeito da execução dos convênios publicados. da Seguridade Social da União por meio de convênios, contratos de repasse ou
§ 4o Ao órgão central do SICONV compete exclusivamente: (Inclu- termos de parceria, ainda não interligadas ao SICONV, deverão utilizar esse
ído pelo Decreto nº 6.428, de 2008 ) sistema. (Incluído pelo Decreto nº 76.41, de 2011)
I - estabelecer as diretrizes e normas a serem seguidas pelos ór- Parágrafo único. Os órgãos e entidades que possuam sistema próprio
gãos setoriais e demais usuários do sistema, observado o art. 18 deste de gestão de convênios, contratos de repasse ou termos de parceria deverão
Decreto; (Incluído pelo Decreto nº 6.428, de 2008 ) promover a integração eletrônica dos dados relativos às suas transferências ao
II - sugerir alterações no ato a que se refere o art. 18 deste Decre- SICONV, passando a realizar diretamente nesse sistema os procedimentos de
to; e (Incluído pelo Decreto nº 6.428, de 2008 ) liberação de recursos, acompanhamento e fiscalização, execução e prestação
III - auxiliar os órgãos setoriais na execução das normas estabele- de contas. (Incluído pelo Decreto nº 76.41, de 2011)
cidas neste Decreto e no ato a que se refere o art. 18 deste Decreto. (Inclu- Art. 19. Este Decreto entra em vigor em 1o de julho 2008, exceto:
ído pelo Decreto nº 6.428, de 2008 ) (Redação dada pelo Decreto nº 6.428, de 2008.)
§ 5o A Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministé- I - os arts. 16 e 17, que terão vigência a partir da data de sua publica-
rio do Planejamento, Orçamento e Gestão funcionará como secretaria-executiva ção; e (Incluído pelo Decreto nº 6.428, de 2008 )
da comissão a que se refere o § 1o. (Incluído pelo Decreto nº 6.428, de 2008 ) II - os arts. 1o a 8o, 10, 12, 14 e 15 e 18 a 20, que terão vigência a
Art. 13-A. Os órgãos e entidades da administração pública federal partir de 15 de abril de 2008. (Incluído pelo Decreto nº 6.428, de 2008 )
deverão registrar e manter atualizada no SICONV relação de todas as III - o art. 13, que terá vigência a partir de 1o de setembro de 2008.
entidades privadas sem fins lucrativos aptas a receber transferências (Incluído pelo Decreto nº 6.497, de 2008)
voluntárias de recursos por meio de convênios, contratos de repasse e Art. 20. Ficam revogados os arts. 48 a 57 do Decreto nº 93.872, de
termos de parceria. (Incluído pelo Decreto nº 7.568, de 2011) 23 de dezembro de 1986, e o Decreto nº 97.916, de 6 de julho de 1989.
§ 1o Serão consideradas aptas as entidades privadas sem fins lu- Brasília, 25 de julho de 2007; 186º da Independência e 119º da
crativos cujas exigências previstas no cadastramento tenham sido aprova- República.
das pelo órgão ou entidade da administração pública federal. (Incluído pelo
Decreto nº 7.568, de 2011) PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 127, DE 29 MAIO DE 2008
§ 2o Deverá ser dada publicidade à relação de que trata o caput
por intermédio da sua divulgação na primeira página do Portal dos Convê- Estabelece normas para execução do disposto no Decreto no 6.170, de
nios. (Incluído pelo Decreto nº 7.568, de 2011) 25 de julho de 2007, que dispõe sobre as normas relativas às transfe-
CAPÍTULO IV rências de recursos da União mediante convênios e contratos de
DA PADRONIZAÇÃO DOS OBJETOS repasse, e dá outras providências.
Art. 14. Os órgãos concedentes são responsáveis pela seleção e OS MINISTROS DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E
padronização dos objetos mais freqüentes nos convênios. GESTÃO, DA FAZENDA e DO CONTROLE E DA TRANSPARÊNCIA, no
Art. 15. Nos convênios em que o objeto consista na aquisição de uso da atribuição que lhes confere o inciso II do parágrafo único do art. 87
bens que possam ser padronizados, os próprios órgãos e entidades da da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 18 do Decreto nº 6.170,
administração pública federal poderão adquiri-los e distribuí-los aos conve- de 25 de julho de 2007, resolvem:
nentes. TÍTULO I
CAPÍTULO V DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 1º Esta Portaria regula os convênios, os contratos de repasse e os
Art. 16. Os órgãos e entidades concedentes deverão publicar, até termos de cooperação celebrados pelos órgãos e entidades da Administra-
cento e vinte dias após a publicação deste Decreto, no Diário Oficial da ção Pública Federal com órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins
União, a relação dos objetos de convênios que são passíveis de padroniza- lucrativos para a execução de programas, projetos e atividades de interes-
ção. se recíproco que envolvam a transferência de recursos financeiros oriundos
Parágrafo único. A relação mencionada no caput deverá ser revista do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União.
e republicada anualmente. § 1º Para os efeitos desta Portaria, considera-se:
Art. 16-A. A vedação prevista no inciso IV do caput do art. 2o e as I - concedente - órgão ou entidade da administração pública federal, direta
exigências previstas no inciso VI do § 2o do art. 3o e no art. 4o não se aplicam ou indireta, responsável pela transferência dos recursos financeiros ou pela
às transferências do Ministério da Saúde destinadas a serviços de saúde descentralização dos créditos orçamentários destinados à execução do
integrantes do Sistema Único de Saúde - SUS. (Incluído pelo Decreto nº objeto do convênio;
7.568, de 2011) II - contratado - órgão ou entidade da administração pública direta e indire-
Art. 17. Observados os princípios da economicidade e da publici- ta, de qualquer esfera de governo, bem como entidade privada sem fins
dade, ato conjunto dos Ministros de Estado da Fazenda, Planejamento,
lucrativos, com a qual a administração federal pactua a execução de con- XX - termo de referência - documento apresentado quando o objeto do
trato de repasse; convênio contrato de repasse ou termo de cooperação envolver aquisição
NOTA: Inciso alterado pela Portaria Interministerial 342/08, de 05.11.08, de bens ou prestação de serviços, que deverá conter elementos capazes
publicada no DOU de 06.11.08. de propiciar a avaliação do custo pela Administração, diante de orçamento
III - contratante - órgão ou entidade da administração pública direta ou detalhado, considerando os preços praticados no mercado, a definição dos
indireta da União que pactua a execução de programa, projeto, atividade ou métodos e o prazo de execução do objeto.
evento, por intermédio de instituição financeira federal (mandatária) medi- § 2º A descentralização da execução por meio de convênios ou contratos
ante a celebração de contrato de repasse; de repasse somente poderá ser efetivada para entidades públicas ou
IV - contrato de repasse - instrumento administrativo por meio do qual a privadas para execução de objetos relacionados com suas atividades e que
transferência dos recursos financeiros se processa por intermédio de insti- disponham de condições técnicas para executá-lo.
tuição ou agente financeiro público federal, atuando como mandatário da ORÇAMENTAÇÃO - CLÁUSULA OBRIGATÓRIA
União; § 3º Os órgãos ou entidades da administração pública de qualquer esfera
V - convenente - órgão ou entidade da administração pública direta ou de governo que recebam as transferências de que trata o caput deverão
indireta, de qualquer esfera de governo, bem como entidade privada sem incluí-las em seus orçamentos.
fins lucrativos, com o qual a administração federal pactua a execução de § 4º A União não está obrigada a celebrar convênio ou contrato de repasse.
programa, projeto/atividade ou evento mediante a celebração de convênio; INTERVENIÊNCIA
VI - convênio - acordo ou ajuste que discipline a transferência de recursos § 5º Na hipótese de o convênio ou contrato de repasse vir a ser firmado por
financeiros de dotações consignadas nos Orçamentos Fiscal e da Seguri- entidade dependente ou órgão de Estado, Distrito Federal ou Município, o
dade Social da União e tenha como partícipe, de um lado, órgão ou entida- Chefe do Poder Executivo desse ente deverá participar no instrumento a
de da administração pública federal, direta ou indireta, e, de outro lado, ser celebrado como interveniente, caso não haja delegação de competên-
órgão ou entidade da administração pública estadual, distrital ou municipal, cia.
direta ou indireta, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos, visando ACORDO INTERNACIONAL - CLÁUSULA OBRIGATÓRIA
à execução de programa de governo, envolvendo a realização de projeto, § 6° Os convênios e contratos de repasse referentes a projetos financiados
atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de interesse recíproco, em com recursos de origem externa deverão contemplar, no que couber, além
regime de mútua cooperação; do disposto nesta Portaria, os direitos e obrigações constantes dos respec-
VII - consórcio público - pessoa jurídica formada exclusivamente por entes tivos Acordos de Empréstimos ou Contribuições Financeiras não reembol-
da Federação, na forma da Lei 11.107, de 6 de abril de 2005; sáveis celebrados pela União com Organismos Internacionais, agências
VIII - dirigente - aquele que possua vínculo com entidade privada sem fins governamentais estrangeiras, organizações multilaterais de crédito ou
lucrativos e detenha qualquer nível de poder decisório, assim entendidos os organizações supranacionais.
conselheiros, presidentes, diretores, superintendentes, gerentes, dentre Art. 2º Não se aplicam as exigências desta Portaria aos convênios e con-
outros; tratos de repasse:
IX - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente COOPERAÇÃO TÉCNICA
controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal I - aos convênios e contratos de repasse:
ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles a) cuja execução não envolva a transferência de recursos entre os partíci-
provenientes de aumento de participação acionária; pes;
X - etapa ou fase - divisão existente na execução de uma meta; APLICABILIDADE DA PORTARIA
XI - interveniente - órgão ou entidade da administração pública direta ou b) celebrados anteriormente à data da sua publicação, devendo ser obser-
indireta de qualquer esfera de governo, ou entidade privada que participa vadas, neste caso, as prescrições normativas vigentes à época da sua
do convênio para manifestar consentimento ou assumir obrigações em celebração, podendo, todavia, se lhes aplicar naquilo que beneficiar a
nome próprio; consecução do objeto do convênio ou contrato de repasse;
XII - meta - parcela quantificável do objeto descrita no plano de trabalho; NOTA: Esta alínea foi alterada pela Portaria Interministerial 404/08, de
XIII - objeto - o produto do convênio ou contrato de repasse ou termo de 23.12.08, publicada no DOU de 24.12.08.
cooperação, observados o programa de trabalho e as suas finalidades; c) destinados à execução descentralizada de programas federais de aten-
XIV - padronização - estabelecimento de critérios a serem seguidos nos dimento direto ao público, nas áreas de assistência social, médica e educa-
convênios ou contratos de repasse com o mesmo objeto, definidos pelo cional, ressalvados os convênios em que for prevista a antecipação de
concedente ou contratante, especialmente quanto às características do recursos;
objeto e ao seu custo; d) que tenham por objeto a delegação de competência ou a autorização a
PROJETO BÁSICO órgãos ou entidades de outras esferas de governo para a execução de
XV - projeto básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, com atribuições determinadas em lei, regulamento ou regimento interno, com
nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou com- geração de receita compartilhada; e
plexo de obras ou serviços, elaborado com base nas indicações dos estu- ACORDOS INTERNACIONAIS
dos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o ade- e) homologados pelo Congresso Nacional ou autorizados pelo Senado
quado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibi- Federal naquilo em que as disposições dos tratados, acordos e convenções
lite a avaliação do custo da obra ou serviço de engenharia e a definição dos internacionais, específicas, conflitarem com esta Portaria, quando os recur-
métodos e do prazo de execução; sos envolvidos forem integralmente oriundos de fonte externa de financia-
XVI - proponente - órgão ou entidade pública ou privada sem fins lucrativos mento;
credenciada que manifeste, por meio de proposta de trabalho, interesse em II - às transferências celebradas no âmbito:
firmar instrumento regulado por esta Portaria; a) do Programa Federal de Assistência a Vítimas e a Testemunhas Amea-
XVII - termo aditivo - instrumento que tenha por objetivo a modificação do çadas, instituído pela Lei nº 9.807, de 13 de julho de 1999, e regulamentado
convênio já celebrado, vedada a alteração do objeto aprovado; pelos Decretos nº 3.518, de 20 de junho de 2000, no 6.044, de 12 de feve-
TERMO DE COOPERAÇÃO reiro de 2007, e nº 6.231, de 11 de outubro de 2007;
XVIII - termo de cooperação - instrumento por meio do qual é ajustada a b) do Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE, instituído pela
transferência de crédito de órgão ou entidade da Administração Pública Medida Provisória nº 2.178-36, de 24 de agosto de 2001;
Federal para outro órgão federal da mesma natureza ou autarquia, funda- c) do Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE, instituído pela Medida
ção pública ou empresa estatal dependente. Provisória nº 2.178-36, de 24 de agosto de 2001;
NOTA: Inciso alterado pela Portaria Interministerial 342/08, de 05.11.08, d) do Programa Nacional de Apoio do Transporte Escolar - PNATE, instituí-
publicada no DOU de 06.11.08. do pela Lei nº 10.880, de 9 de junho de 2004;
XIX - termo de parceria - instrumento jurídico previsto na Lei 9.790, de 23 e) do Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino para Atendimento de
de março de 1999, para transferência de recursos para organizações Jovens e Adultos, instituído pela Lei nº 10.880, de 9 de junho de 2004;
sociais de interesse público; e f) do Programa Brasil Alfabetizado, instituído pela Lei nº 10.880, de 9 de
TERMO DE REFERÊNCIA junho de 2004; e
g) do Programa Nacional de Inclusão de Jovens, instituído pela Lei nº NOTA: Este § foi acrescido pela Portaria Interministerial 342/08, de
11.692, de 10 de junho de 2008; 05.11.08, publicada no DOU de 06.11.08.
III - aos contratos de gestão celebrados com Organizações Sociais - OS, na PROGRAMAS DE GOVERNO - REGISTRAR S I C O N V
forma estabelecida pela Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998; Art. 4º Os órgãos e entidades da Administração Pública federal que preten-
IV - às transferências a que se referem: derem executar programas, projetos e atividades que envolvam transferên-
a) a Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004; cias de recursos financeiros deverão divulgar anualmente no SICONV a
[Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no relação dos programas a serem executados de forma descentralizada e,
ambiente produtivo e dá outras providências]. quando couber, critérios para a seleção do convenente ou contratado.
b) o artigo 3º da Lei n 8.142, de 28 de dezembro de 1990; OBRIGAÇÕES DO CONCEDENTE
NOTA: Esta alínea foi alterada pela Portaria Interministerial 404/08, de § 1º A relação dos programas de que trata o caput será divulgada em até
23.12.08, publicada no DOU de 24.12.08. sessenta dias após a sanção da Lei Orçamentária Anual e deverá conter:
c) os arts. 29 e 30 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993; I - a descrição dos programas;
[Art. 29. Os recursos de responsabilidade da União destinados à assistên- II - as exigências, padrões, procedimentos, critérios de elegibilidadee de
cia social serão automaticamente repassados ao Fundo Nacional de Assis- prioridade, estatísticas e outros elementos que possam auxiliar a avaliação
tência Social (FNAS), à medida que se forem realizando as receitas. das necessidades locais; e
Art. 30. É condição para os repasses, aos Municípios, aos Estados e ao III - tipologias e padrões de custo unitário detalhados, de forma a orientar a
Distrito Federal, dos recursos de que trata esta lei, a efetiva instituição e celebração dos convênios e contratos de repasse.
funcionamento de: § 2º Os critérios de elegibilidade e de prioridade deverão ser estabelecidos
I - Conselho de Assistência Social, de composição paritária entre governo e de forma objetiva, com base nas diretrizes e objetivos dos respectivos
sociedade civil; programas, visando atingir melhores resultados na execução do objeto,
II - Fundo de Assistência Social, com orientação e controle dos respectivos considerando, entre outros aspectos, a aferição da qualificação técnica e da
Conselhos de Assistência Social; capacidade operacional do convenente ou contratado.
III - Plano de Assistência Social] § 3º O concedente ou contratante deverá adotar procedimentos claros,
d) o art. 51 da Lei nº 11.775, de 17 de setembro de 2008. objetivos, simplificados e padronizados que orientem os interessados, de
[Art. 51 São obrigatórias as transferências da União aos órgãos e entidades modo a facilitar o seu acesso direto aos órgãos da administração pública
dos Estados, Distrito Federal e Municípios para a execução de ações de federal.
defesa civil destinadas ao atendimento de áreas afetadas por desastre que CAPÍTULO I
tenha gerado o reconhecimento de estado de calamidade pública ou de DO CHAMAMENTO PÚBLICO OU CONCURSO DE PROJETOS
situação de emergência. CHAMAMENTO PÚBLICO
§ 1º Compete ao Ministro de Estado da Integração Nacional aferir a carac- Art. 5º Para a celebração dos instrumentos regulados por esta Portaria com
terização da situação de calamidade ou de emergência e a impossibilidade entes públicos, o órgão ou entidade da Administração Pública Federal
de o problema ser resolvido pelo ente da Federação, bem como definir a poderá, com vista a selecionar projetos e órgãos ou entidades públicas que
abrangência das ações a serem adotadas. tornem mais eficaz a execução do objeto, realizar chamamento público no
§ 2º As transferências de que trata o caput deste artigo somente poderão SICONV, que deverá conter, no mínimo:
ser realizadas no prazo de até 180 (cento e oitenta) dias contado da aferi- I - a descrição dos programas a serem executados de forma descentraliza-
ção a que se refere o § 1º deste artigo. da; e
§ 3º Aplica-se o disposto nos arts. 3º a 7º da Lei nº 11.578, de 26 de no- II - os critérios objetivos para a seleção do convenente ou contratado, com
vembro de 2007, às transferências de que trata o caput deste artigo.] base nas diretrizes e nos objetivos dos respectivos programas.
V - às transferências para execução de ações no âmbito do Programa de Parágrafo único. Deverá ser dada publicidade ao chamamento público, pelo
Aceleração do Crescimento - PAC, regulamentadas pela Lei nº 11.578, de prazo mínimo de quinze dias, especialmente por intermédio da divulgação
26 de novembro de 2007; e na primeira página do sítio oficial do órgão ou entidade concedente, bem
VI - a outros casos em que lei específica discipline de forma diversa a como no Portal dos Convênios.
transferência de recursos para execução de programas em parceria do Art. 5º-A. A formação de parceria para execução descentralizada de ativi-
Governo Federal com governos estaduais, municipais e do Distrito Federal dades, por meio de convênio, termo de parceria ou contrato de repasse
ou entidade privada sem fins lucrativos. com entidades privadas sem fins lucrativos deverá ser precedida de cha-
NOTA: O artigo 2º e seus Incisos foram alterados pela Portaria Interministe- mamento público ou concurso de projetos a ser realizado pelo órgão ou
rial 342/08, de 05.11.08, publicada no DOU de 06.11.08. entidade concedente, visando à seleção de projetos ou entidades que
tornem eficaz o objeto do ajuste.
PORTAL DOS CONVÊNIOS - S I C O N V § 1º O edital do chamamento público ou concurso de projetos conterá, no
Art. 3º Os atos e os procedimentos relativos à formalização, execução, mínimo, as seguintes informações:
acompanhamento, prestação de contas e informações acerca de tomada I - especificação do objeto da parceria;
de contas especial dos convênios, contratos de repasse e termos de parce- II - datas, prazos, condições, local e forma de apresentação das propostas;
ria serão realizados no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de III - datas e critérios objetivos de seleção e julgamento das propostas;
Repasse - SICONV, aberto à consulta pública, por meio do Portal dos IV - exigência de declaração da entidade proponente de que apresentará,
Convênios. para celebração do instrumento, comprovante do exercício, nos últimos três
NOTA: Este artigo foi alterado pela Portaria Interministerial 342/08, de anos de atividades referentes à matéria objeto do convênio, termo de
05.11.08, publicada no DOU de 06.11.08. parceria ou contrato de repasse que pretenda celebrar com órgão ou enti-
§ 1º Os atos que, por sua natureza, não possam ser realizados no SICONV, dade, nos termos do § 7º;
serão nele registrados. V - valor previsto para a realização do objeto da parceria; e
CADASTRAMENTO - SICONV VI - previsão de contrapartida, quando cabível.
§ 2º Para a celebração dos instrumentos regulados por esta Portaria, os § 2º A análise das propostas submetidas ao chamamento público ou con-
órgãos, entidades e entes a que se refere o art. 1º devem estar cadastrados curso de projetos deverá observar os seguintes aspectos, dentre outros que
no SICONV. poderão ser fixados pelo órgão ou entidade concedente:
DOCUMENTAÇÃO - PRAZO DE ARQUIVO I - a capacidade técnica e operacional do proponente para a execução do
§ 3º O convenente ou contratado deverá manter os documentos relaciona- objeto da parceria; e
dos ao convênio e contrato de repasse pelo prazo de dez anos, contado II - a adequação da proposta apresentada ao objeto da parceria, inclusive
da data em que foi aprovada a prestação de contas. quanto aos custos, cronograma e resultados previstos.
§ 4º Ressalvada a hipótese de microfilmagem, quando conveniente, os § 3º O resultado do chamamento público ou concurso de projetos deverá
documentos serão conservados em arquivo, no prazo de cinco anos do ser devidamente fundamentado pelo órgão ou entidade concedente.
julgamento das contas dos responsáveis pelo Tribunal de Contas da União, § 4º Deverá ser dada publicidade ao chamamento público ou concurso de
findo o qual poderão ser incinerados mediante termo. projetos, inclusive ao seu resultado, especialmente por intermédio da
divulgação na primeira página do sítio oficial do órgão ou entidade conce- V - com pessoas físicas ou entidades privadas com fins lucrativos;
dente, bem como no Portal dos Convênios. VI - visando à realização de serviços ou execução de obras a serem custe-
§ 5º As informações previstas no § 4º deverão permanecer acessíveis no adas, ainda que apenas parcialmente, com recursos externos sem a prévia
Portal de Convênios por um período não inferior a cinco anos, contados da contratação da operação de crédito externo;
data da divulgação do resultado do chamamento público ou concurso de VII - com entidades públicas ou privadas cujo objeto social não se relacione
projetos. às características do programa ou que não disponham de condições técni-
§ 6º A celebração do convênio, termo de parceria ou contrato de repasse cas para executar o convênio ou contrato de repasse; e
com entidades privadas sem fins lucrativos será condicionada à apresenta- III - com Estados, Distrito Federal ou Municípios, caso a soma das despe-
ção pela entidade do comprovante do exercício, nos últimos três anos, de sas de caráter continuado derivadas do conjunto das parcerias público
atividades referentes à matéria objeto da parceria. privadas já contratadas por esses entes tenham excedido, no ano anterior,
§ 7º A comprovação a que se refere o § 6º poderá ser efetuada mediante a a 1% (um por cento) da receita corrente líquida do exercício ou se as des-
apresentação de instrumentos similares firmados com órgãos e entidades pesas anuais dos contratos vigentes nos 10 (dez) anos subseqüentes
da Administração Pública, relatórios de atividades desenvolvidas, declara- excederem a 1% (um por cento) da receita corrente líquida projetada para
ções de conselhos de políticas públicas, secretarias municipais ou estadu- os respectivos exercícios, conforme disposto no art. 28 da Lei n° 11.079, de
ais responsáveis pelo acompanhamento da área objeto da parceria, dentre 30 de dezembro de 2004. (INSTITUI NORMAS GERAIS PARA LICITAÇÃO
outras. E CONTRATAÇÃO DE PARCERIA PUBLICO-PRIVADA NO AMBITO DA
§ 8º A comprovação a que se refere o § 6º deverá ser relativa aos três anos ADMINISTRAÇÃO PUBLICA)
anteriores à data prevista para a celebração do convênio, termo de parceria § 1° Para fins de alcance do limite estabelecido no inciso I do caput, é
ou contrato de repasse, devendo ser esta data previamente divulgada por permitido:
meio do edital de chamamento público ou de concurso de projetos. CONSÓRCIO
Art. 5º-B. O titular do órgão ou da entidade concedente poderá, mediante I - consorciamento entre os órgãos e entidades da administração pública
decisão fundamentada, excepcionar a exigência prevista no art. 5º-A nas direta e indireta dos Estados, Distrito Federal e Municípios; e
seguintes situações: OBJETO - VÁRIOS
I - nos casos de emergência ou calamidade pública, quando caracterizada II - celebração de convênios ou contratos de repasse com objeto que en-
situação que demande a realização ou manutenção de convênio, termo de globe vários programas e ações federais a serem executados de forma
parceria ou contrato de repasse pelo prazo máximo de cento e oitenta dias descentralizada, devendo o objeto conter a descrição pormenorizada e
consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou objetiva de todas as atividades a serem realizadas com os recursos fede-
calamidade, vedada a prorrogação da vigência do instrumento; rais.
II - para a realização de programas de proteção a pessoas ameaçadas ou CADIN
em situação que possa comprometer sua segurança; e § 2° Os órgãos e as entidades concedentes ou contratantes procederão,
III - nos casos em que o projeto, atividade ou serviço objeto do convênio ou segundo normas próprias e sob sua exclusiva responsabilidade, às inclu-
contrato de repasse já seja realizado adequadamente mediante parceria sões no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público
com a mesma entidade há pelo menos cinco anos e cujas respectivas Federal - CADIN, de pessoas físicas ou jurídicas que se enquadrem na
prestações de contas tenham sido devidamente aprovadas. hipótese prevista no inciso IV do caput, observando-se as normas vigentes
NOTA: O art. 5º foi alterado pela Portaria Interministerial 492/11, de a respeito desse cadastro, em especial a Lei n° 10.522, de 19 de julho de
10.11.11, publicada no DOU de 11.11.11, assim como foram introduzidos 2002.
os arts. 5-A e 5-B. CAPÍTULO III
CAPÍTULO II DO PROTOCOLO DE INTENÇÕES
DAS VEDAÇÕES PROTOCOLO DE INTENÇÕES
PROIBIÇÕES Art. 7º É um instrumento com objetivo de reunir vários programas e ações
Art. 6º É vedada a celebração de convênios e contratos de repasse: federais a serem executados de forma descentralizada, devendo o objeto
VALOR MÍNIMO DE CONVÊNIO conter a descrição pormenorizada e objetiva de todas as atividades a
I - com órgãos e entidades da administração pública direta e indireta dos serem realizadas com os recursos federais.
Estados, Distrito Federal e Municípios cujo valor seja inferior a R$ Parágrafo Único. Na hipótese prevista no caput, os órgãos e entidades da
100.000,00 (cem mil reais); administração pública federal que decidirem implementar programas em um
ONG único objeto deverão formalizar protocolo de intenções, que conterá, entre
II - com entidades privadas sem fins lucrativos que tenham como dirigente outras, as seguintes cláusulas:
agente político de Poder ou do Ministério Público, tanto quanto dirigente de I - descrição detalhada do objeto, indicando os programas por ele abrangi-
órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera governa- dos;
mental, ou respectivo cônjuge ou companheiro, bem como parente em linha II - indicação do concedente ou contratante responsável pelo consórcio;
reta, colateral ou por afinidade, até o segundo grau; III - o montante dos recursos que cada órgão ou entidade irá repassar;
IV - definição das responsabilidades dos partícipes, inclusive quanto ao
NOTA: Este inciso foi alterado pela Portaria Interministerial 342/08, de acompanhamento e fiscalização na forma prevista nesta Portaria; e
05.11.08, publicada no DOU de 06.11.08. V- a duração do ajuste.
a) membros dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, do Ministério CAPÍTULO V
Público e do Tribunal de Contas da União, bem como seus respectivos DA PLURIANUALIDADE
cônjuges, companheiros, e parentes em linha reta, colateral ou por afinida- EXERCÍCIO FINANCEIRO
de até o 2º grau; e Art. 8º Nos instrumentos regulados por esta Portaria, cuja duração ultra-
b) servidor público vinculado ao órgão ou entidade concedente, bem como passe um exercício financeiro, indicar-se-á o crédito e respectivo empenho
seus respectivos cônjuges, companheiros, e parentes em linha reta, colate- para atender à despesa no exercício em curso, bem como cada parcela da
ral ou por afinidade até o 2º grau; despesa relativa à parte a ser executada em exercício futuro, mediante
NOTA: As alíneas “a” e “b” foram revogadas pela Portaria Interministerial registro contábil.
342/08, de 05.11.08, publicada no DOU de 06.11.08. Parágrafo único. O registro a que se refere o caput acarretará a responsabi-
TERMO DE COOPERAÇÃO lidade de o concedente incluir em suas propostas orçamentárias dos exer-
III - entre órgãos e entidades da Administração Pública federal, caso em cícios seguintes a dotação necessária à execução do convênio.
que deverá ser firmado termo de cooperação; NOTA: Este parágrafo único foi alterado pela Portaria Interministerial
INADIMPLÊNCIA 342/08, de 05.11.08, publicada no DOU de 06.11.08.
IV - com órgão ou entidade, de direito público ou privado, que esteja em CAPÍTULO VI
mora, inadimplente com outros convênios ou contratos de repasse celebra- DO CONSÓRCIO PÚBLICO
dos com órgãos ou entidades da Administração Pública Federal, ou irregu- CONSÓRCIO
lar em qualquer das exigências desta Portaria; Art. 9° Os órgãos e entidades da Administração Pública federal darão
PESSOA FÍSICA E ENTIDADES DE FINS LUCRATIVOS preferência às transferências voluntárias para Estados, Distrito Federal e
Municípios cujas ações sejam desenvolvidas por intermédio de consórcios CAPÍTULO III
públicos, constituídos segundo o disposto na Lei nº 11.107, de 2005. DO CADASTRAMENTO
Art. 10. A celebração do convênio com consórcio público para a transferên- DOCUMENTAÇÃO PARA CADASTRAMENTO
cia de recursos da União está condicionada ao atendimento, pelos entes Art. 17. O cadastramento dos órgãos ou entidades públicas ou privadas
federativos consorciados, das exigências legais aplicáveis, sendo vedada sem fins lucrativos recebedores de recursos oriundos do Orçamento Fiscal
sua celebração, bem como a liberação de quaisquer parcelas de recursos, e da Seguridade Social da União será realizado em órgão ou entidade
caso exista alguma irregularidade por parte de qualquer dos entes consor- concedente ou nas unidades cadastradoras do SICAF a ele vinculadas, e
ciados. terá validade de 1 (um) ano, sem prejuízo do disposto no art. 13.
Art. 11. Os Estados, os Municípios e o Distrito Federal poderão executar o § 1° O representante do órgão ou da entidade pública ou privada responsá-
objeto do convênio ou contrato de repasse celebrado com a União por meio vel pela entrega dos documentos e das informações para fins de cadastra-
de consórcio público a que estejam associados. mento, deverá comprovar seu vínculo com o cadastrado, demonstrando os
Parágrafo único. Para efeito do disposto no caput, o instrumento de convê- poderes para representá-lo neste ato.
nio ou contrato de repasse poderá indicar o consórcio público como res- § 2° A comprovação a que se refere o parágrafo anterior, sem prejuízo da
ponsável pela execução, sem prejuízo das responsabilidades dos conve- apresentação adicional de qualquer documento hábil, poderá ser feita
nentes ou contratados. mediante apresentação de:
TÍTULO II RG e CPF
DO CREDENCIAMENTO, DA PROPOSIÇÃO E DO CADASTRAMENTO I - cópia autenticada dos documentos pessoais do representante, em espe-
CREDENCIAMENTO NO S I C O N V cial, Carteira de Identidade e CPF;
Art. 12. Para apresentar proposta de trabalho, o interessado deverá estar INVESTIDURA NO CARGO
credenciado no SICONV. II - cópia autenticada do diploma eleitoral, acompanhada da publicação da
Art. 13. As informações prestadas no credenciamento e no cadastramento portaria de nomeação ou outro instrumento equivalente, que delegue com-
devem ser atualizadas pelo convenente ou contratado até que sejam exau- petência para representar o ente, órgão ou entidade pública, quando for o
ridas todas as obrigações referentes ao convênio ou contrato de repasse. caso; e
CAPÍTULO I O N G - ATA DA ASSEMBLÉIA
DO CREDENCIAMENTO III - cópia autenticada da ata da assembléia que elegeu o corpo dirigente da
Art. 14. O credenciamento será realizado diretamente no SICONV e conte- entidade privada sem fins lucrativos, devidamente registrada no cartório
rá, no mínimo, as seguintes informações: competente, acompanhada de instrumento particular de procuração, com
I - nome, endereço da sede, endereço eletrônico e número de inscrição no firma reconhecida, assinado pelo dirigente máximo, quando for o caso.
Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ, bem como endereço § 3º Nos casos em que o cadastramento for realizado pelo órgão conceden-
residencial do responsável que assinará o instrumento, quando se tratar de te, os documentos referidos no art. 18 desta Portaria poderão ser encami-
instituições públicas; e nhados antecipadamente ao órgão repassador dos recursos, inclusive via
II - razão social, endereço, endereço eletrônico, número de inscrição no postal, pelo dirigente máximo da entidade privada sem fins lucrativos.
Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ, transcrição do objeto NOTA: Este § foi acrescido pela Portaria Interministerial 342/08, de
social da entidade atualizado, relação nominal atualizada dos dirigentes da 05.11.08, publicada no DOU de 06.11.08.
entidade, com endereço, número e órgão expedidor da carteira de identida- O N G - CADASTRAMENTO
de e CPF de cada um deles, quando se tratar das entidades privadas sem Art. 18. Para a realização do cadastramento das entidades privadas sem
fins lucrativos. fins lucrativos será exigido:
CAPÍTULO II O N G - ESTATUTO
DA PROPOSTA DE TRABALHO I - cópia do estatuto ou contrato social registrado no cartório competente e
PROPOSTA DE TRABALHO suas alterações;
Art. 15. O proponente credenciado manifestará seu interesse em celebrar O N G - RELAÇÃO DOS DIRIGENTES
instrumentos regulados por esta Portaria mediante apresentação de pro- II - relação nominal atualizada dos dirigentes da entidade, com Cadastro de
posta de trabalho no SICONV, em conformidade com o programa e com as Pessoas Físicas - CPF;
diretrizes disponíveis no sistema, que conterá, no mínimo: O N G - DECLARAÇÃO INEXISTÊNCIA DE DÍVIDAS
I - descrição do objeto a ser executado; III - declaração do dirigente máximo da entidade acerca da inexistência de
II - justificativa contendo a caracterização dos interesses recíprocos, a dívida com o Poder Público e de inscrição nos bancos de dados públicos ou
relação entre a proposta apresentada e os objetivos e diretrizes do progra- privados de proteção ao crédito;
ma federal e a indicação do público alvo, do problema a ser resolvido e dos O N G - DECLARAÇÃO DE VINCULAÇÃO COM FUNÇÃO PÚBLICA
resultados esperados; IV - declaração da autoridade máxima da entidade informando que nenhu-
III - estimativa dos recursos financeiros, discriminando o repasse a ser ma das pessoas relacionadas no inciso II é agente político de Poder ou do
realizado pelo concedente ou contratante e a contrapartida prevista para o Ministério Público, tanto quanto dirigente de órgão ou entidade da adminis-
proponente, especificando o valor de cada parcela e do montante de todos tração pública, de qualquer esfera governamental, ou respectivo cônjuge ou
os recursos, na forma estabelecida em Lei; companheiro, bem como parente em linha reta, colateral ou por afinidade,
IV - previsão de prazo para a execução; e até o segundo grau;
V - informações relativas à capacidade técnica e gerencial do proponente NOTA: Este inciso foi alterado pela Portaria Interministerial 342/08, de
para execução do objeto. 05.11.08, publicada no DOU de 06.11.08, e as alíneas "a" e "b" foram
Parágrafo único. Os órgãos ou entidades da administração pública federal revogadas.
poderão exigir o prévio cadastramento para encaminhamento das propos- O N G - EXISTÊNCIA HÁ 3 ANOS
tas de trabalho. V - prova de inscrição da entidade no Cadastro Nacional de Pessoas Jurí-
Art. 16. O órgão ou entidade da Administração Pública federal repassador dicas - CNPJ pelo prazo mínimo de três anos;
dos recursos financeiros analisará a proposta de trabalho e: O N G - CERTIDÕES NEGATIVAS
I - No caso da aceitação: VI - prova de regularidade com as Fazendas Federal, Estadual e Municipal
a) o órgão ou entidade da Administração Pública federal repassador dos e com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, na forma da lei; e
recursos financeiros realizará o pré-empenho, que será vinculado à propos- O N G - DECLARAÇÃO DE FUNCIONAMENTO
ta e só poderá ser alterado por intermédio do SICONV; VII - comprovação da qualificação técnica e da capacidade operacional,
b) o proponente atenderá às exigências para efetivação do cadastro e mediante declaração de funcionamento regular nos 3 (três) anos anteriores
incluirá o Plano de Trabalho no SICONV; e ao credenciamento, emitida por 3 (três) autoridades do local de sua sede.
c) informará ao proponente das exigências e pendências verificadas. Parágrafo único. Nas ações voltadas à educação, à assistência social e à
II - No caso de recusa: saúde, as exigências previstas nos incisos V e VII do caput poderão ser
a) o órgão ou entidade da Administração Pública federal repassador dos atendidas somente em relação ao exercício anterior.
recursos financeiros registrará o indeferimento no SICONV; e Art. 19. Para o cadastramento dos órgãos e entidades públicas dos Esta-
b) comunicará ao proponente o indeferimento da proposta. dos, do Distrito Federal e dos Municípios, será exigida a atualização das
informações constantes do credenciamento, respeitadas as exigências do aprovação, proceder-se-á à extinção do convênio ou contrato de repasse,
art. 17. caso já tenha sido assinado.
TÍTULO III CUSTEIO DO PB ou do TR
DA CONTRAPARTIDA, DO PLANO DE TRABALHO E DO PROJETO § 6º Quando houver, no Plano de Trabalho, a previsão de transferência de
BÁSICO recursos para a elaboração do projeto básico ou do termo de referência, é
CAPÍTULO I facultada a liberação do montante correspondente ao custo do serviço.
DA CONTRAPARTIDA TÍTULO IV
CONTRAPARTIDA DA CELEBRAÇÃO
Art. 20. A contrapartida, quando houver, será calculada sobre o valor total CAPÍTULO I
do objeto e poderá ser atendida por meio de recursos financeiros e de bens DAS CONDIÇÕES PARA CELEBRAÇÃO
ou serviços, se economicamente mensuráveis. DOCUMENTAÇÃO PARA CELEBRAÇÃO
§ 1º A contrapartida, quando financeira, deverá ser depositada na conta Art. 24. São condições para a celebração de convênios e contratos de
bancária específica do convênio ou contrato de repasse em conformidade repasse, a serem cumpridas pelos convenentes ou contratados, conforme
com os prazos estabelecidos no cronograma de desembolso. previsto na Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, na Lei de
§ 2º A contrapartida por meio de bens e serviços, quando aceita, deverá ser Diretrizes Orçamentárias e na legislação federal:
fundamentada pelo concedente ou contratante e ser economicamente I - a demonstração de instituição, previsão e efetiva arrecadação dos im-
mensurável devendo constar do instrumento, cláusula que indique a forma postos de competência constitucional do ente federativo comprovado por
de aferição do valor correspondente em conformidade com os valores meio do Relatório Resumido da Execução Orçamentária - RREO do último
praticados no mercado ou, em caso de objetos padronizados, com parâme- bimestre do exercício encerrado ou do Balanço-Geral, nos termos do art. 11
tros previamente estabelecidos. da Lei Complementar nº 101, de 2000;
§ 3º A contrapartida, a ser aportada pelo convenente ou contratado, será II - o Certificado de Regularidade Previdenciária – CRP, exigido de acordo
calculada observados os percentuais e as condições estabelecidas na lei com o Decreto nº 3.788, de 11 de abril de 2001;
federal anual de diretrizes orçamentárias. III - a comprovação do recolhimento de tributos, contribuições, inclusive as
§ 4º O proponente deverá comprovar que os recursos, bens ou serviços devidas à Seguridade Social, multas e demais encargos fiscais devidos à
referentes à contrapartida proposta estão devidamente assegurados. Fazenda Pública federal;
CAPÍTULO II IV - a inexistência de pendências pecuniárias registradas no CADIN, de
DO PLANO DE TRABALHO acordo com o art. 6°, da Lei nº 10.522, de 2002;
PLANO DE TRABALHO V - a comprovação de regularidade quanto ao depósito das parcelas do
Art. 21. O Plano de Trabalho, que será avaliado após a efetivação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS;
cadastro do proponente, conterá, no mínimo: VI - a inexistência de pendências ou irregularidades nas prestações de
I - justificativa para a celebração do instrumento; contas no SIAFI e no SICONV de recursos anteriormente recebidos da
II - descrição completa do objeto a ser executado; União, conforme dispõe o art. 84 do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro
III - descrição das metas a serem atingidas; de 1967, e o art. 70, parágrafo único, da Constituição.
IV - definição das etapas ou fases da execução; NOTA: Este inciso foi alterado pela Portaria Interministerial 342/08, de
V - cronograma de execução do objeto e cronograma de desembolso; e 05.11.08, publicada no DOU de 06.11.08.
VI - plano de aplicação dos recursos a serem desembolsados pelo conce- VII - o pagamento de empréstimos e financiamentos à União, como previsto
dente e da contrapartida financeira do proponente, se for o caso. no art. 25 da Lei Complementar 101, de 2000;
O N G - AVALIAÇÃO CAPACIDADE TÉCNICA VIII - a aplicação dos limites mínimos de recursos nas áreas de saúde e
Art. 22. O Plano de Trabalho será analisado quanto à sua viabilidade e educação, comprovado por meio do RREO do último bimestre do exercício
adequação aos objetivos do programa e, no caso das entidades privadas encerrado ou no Balanço-Geral;
sem fins lucrativos, será avaliada sua qualificação técnica e capacidade IX - a observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de
operacional para gestão do instrumento, de acordo com critérios estabele- operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em
cidos pelo órgão ou entidade repassador de recursos. restos a Pagar e de despesa total com pessoal, mediante o Relatório de
§ 1º Será comunicada ao proponente qualquer irregularidade ou imprecisão Gestão Fiscal;
constatadas no Plano de Trabalho, que deverá ser sanada no prazo esta- X - a publicação do Relatório de Gestão Fiscal de que tratam os arts. 54 e
belecido pelo concedente ou contratante. 55 da Lei Complementar no 101, de 2000;
§ 2º A ausência da manifestação do proponente no prazo estipulado impli- XI - o encaminhamento das contas anuais, conforme o art. 51 da Lei Com-
cará a desistência no prosseguimento do processo. plementar nº 101, de 2000;
§ 3º Os ajustes realizados durante a execução do objeto integrarão o Plano XII - a publicação do Relatório Resumido da Execução Orçamentária de
de Trabalho, desde que submetidos e aprovados previamente pela autori- que trata o disposto no art. 52 da Lei Complementar no 101, de 2000; e
dade competente. XIII - a apresentação de suas contas à Secretaria do Tesouro Nacional ou
CAPÍTULO III entidade preposta nos prazos referidos no art. 51, §1o, incisos I e II, da Lei
DO PROJETO BÁSICO E DO TERMO DE REFERÊNCIA Complementar nº 101, e 2000, observado o que dispõe o art. 50 da referida
PROJETO BÁSICO E TERMO DE REFERÊNCIA Lei.
Art. 23. Nos convênios e contratos de repasse, o projeto básico ou o termo VINCULAÇÃO DO PROPONENTE
de referência deverá ser apresentado antes da liberação da primeira parce- § 1° Nos convênios e contratos de repasse celebrados com entidades da
la dos recursos, sendo facultado ao concedente ou contratante exigi-lo administração pública indireta, as condições de celebração elencadas no
antes da celebração do instrumento. caput deverão ser cumulativamente atendidas pelo ente federativo ao qual
§ 1º O projeto básico ou o termo de referência poderá ser dispensado no o convenente ou contratado está vinculado.
caso de padronização do objeto, a critério da autoridade competente do § 2° A exigência prevista no parágrafo anterior aplica-se aos convênios e
órgão ou entidade concedente, em despacho fundamentado. contratos de repasse celebrados com órgãos da administração direta em
§ 2º O projeto básico ou o termo de referência deverá ser apresentado no relação ao seu respectivo ente federativo, que deverá figurar como interve-
prazo fixado no instrumento, prorrogável uma única vez por igual período, a niente no instrumento.
contar da data da celebração, conforme a complexidade do objeto. DISPONIBILIDADE ORÇAMENTÁRIA DO CONCEDENTE
§ 3º O projeto básico ou do termo de referência será apreciado pelo conce- § 3º É condição para a celebração de convênios ou contratos de repasse, a
dente ou contratante e, se aprovado, ensejará a adequação do Plano de existência de dotação orçamentária específica no orçamento do conceden-
Trabalho. te ou contratante, a qual deverá ser evidenciada no instrumento, indicando-
§ 4º Constatados vícios sanáveis no projeto básico ou no termo de referên- se a respectiva nota de empenho.
cia, estes serão comunicados ao convenente ou contratado, que disporá de CONSULTAR C A U C
prazo para saná-los. § 4º Nos convênios e contratos de repasse celebrados com entes, órgãos
§ 5º Caso o projeto básico ou o termo de referência não seja entregue no ou entidades públicas, as exigências para celebração serão atendidas por
prazo estabelecido no parágrafo anterior ou receba parecer contrário à sua
meio de consulta ao Cadastro Único de Convênio - CAUC, observadas as direito real de uso, concessão de uso especial para fins de moradia, afora-
normas específicas que o disciplinam. mento ou direito de superfície; ou
§ 5° Não se aplicam aos convênios e contratos de repasse celebrados com III - comprovação de ocupação da área objeto do convênio:
entidades privadas sem fins lucrativos, as exigências previstas nos incisos a) por comunidade remanescente de quilombos, certificadas nos termos do
I, II, VII, VIII, IX, X, XI, XII e XIII do caput. § 4º do art. 3º do Decreto nº 4.887, de 20 de novembro de 2003, pelo
§ 6° A publicação ou a apresentação dos documentos elencados no caput seguinte documento:
fora dos prazos especificados em lei não impedirá a realização de transfe- 1. ato administrativo que reconheça os limites da área ocupada pela comu-
rência voluntária ou liberação de suas parcelas de recursos, a partir da data nidade remanescente de quilombo, expedido pelo órgão do ente federativo
em que se der a referida publicação ou apresentação. responsável pela sua titulação; ou
2. declaração de órgão, de quaisquer dos entes federativos, responsável
§ 7º A comprovação das condições exigidas no caput ocorrerá no ato de pelo ordenamento territorial ou regularização fundiária, de que a área objeto
cadastramento, a que se referem os arts. 17 a 19. do convênio é ocupada por comunidade remanescente de quilombo, caso
NOTA: Este § foi incluído pela Portaria Interministerial 165/08, de 20.06.08, não tenha sido expedido o ato de que trata a alínea anterior;
publicada no DOU de 23.06.08. b) por comunidade indígena, mediante documento expedido pela Fundação
Art. 25. Sem prejuízo do disposto no art. 24, são condições para a celebra- Nacional do Ìndio - Funai.
ção de convênios e contratos de repasse: § 2° Nas hipóteses previstas na alínea 'a' do inciso I do § 1º, quando o
CELEBRAÇÃO - CONDIÇÕES processo de desapropriação não estiver concluído, é permitida a compro-
I - cadastro do convenente ou contratado atualizado no SICONV - Portal de vação do exercício pleno dos poderes inerentes à propriedade do imóvel
Convênios no momento da celebração, nos termos dos arts. 17 a 19; via Termo de Imissão Provisória de Posse ou alvará do juízo da vara onde
II - Plano de Trabalho aprovado; o processo estiver tramitando, admitindo- se, ainda, caso esses documen-
LICENÇA AMBIENTAL tos não hajam sido emitidos, a apresentação, pelo proponente do convênio
III - licença ambiental prévia, quando o convênio envolver obras, instala- ou contrato de repasse, de cópia da publicação, na Imprensa Oficial, do
ções ou serviços que exijam estudos ambientais, na forma disciplinada pelo decreto de desapropriação e do Registro Geral de Imóveis (RGI) do imóvel,
Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA; e acompanhado do acordo extrajudicial firmado com o expropriado.
PROPRIEDADE DO IMÓVEL § 3º Na hipótese prevista na alínea 'c' do inciso I do § 1º, é imperativa a
IV - comprovação do exercício pleno dos poderes inerentes à propriedade apresentação da promessa formal de doação (termo de doação), irretratá-
do imóvel, mediante certidão emitida pelo cartório de registro de imóveis vel e irrevogável, caso o processo de registro da doação ainda não haja
competente, quando o convênio tiver por objeto a execução de obras ou sido concluído.
benfeitorias no imóvel; NOTA: Este § foi alterado pela Portaria Interministerial 342/08, de 05.11.08,
§ 1º Alternativamente à certidão prevista no inciso IV, admite-se, por inte- publicada no DOU de 06.11.08.
resse público ou social, condicionadas à garantia subjacente de uso pelo § 4º Quando o convênio tiver por objeto obras habitacionais ou de urbani-
prazo mínimo de vinte anos, o seguinte: zação de interesse público ou social, deverá constar no instrumento de
I - comprovação de ocupação regular de imóvel: autorização ou, se for o caso, no contrato ou compromisso, de que tratam a
a) em área desapropriada por Estado, por Município, pelo Distrito Federal alínea 'f" do inciso I e o inciso II, ambos do § 1º, a obrigação de se realizar
ou pela União, com sentença transitada em julgado no processo de desa- a regularização fundiária em favor das famílias moradoras ou a cessão do
propriação; imóvel ao proponente do convênio a fim de que este possa promovê-la.
b) em área devoluta; § 5º A critério do concedente ou contratante, os documentos previstos nos
c) recebido em doação: incisos III e IV do caput poderão ser encaminhados juntamente com o
1. da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal, já aprovada em projeto básico, após a celebração, aplicando-se os §§ 2º e 5º do art. 23 em
lei, conforme o caso, e, se necessária, inclusive quando o processo de relação aos prazos.
registro de titularidade do imóvel ainda se encontrar em trâmite; e CONSULTAR - SIAFI - CAUC - CADIN
2. de pessoa física ou jurídica, inclusive quando o processo de registro de Art. 26. A comprovação da regularidade, bem como das condições para a
titularidade do imóvel ainda se encontrar em trâmite, neste caso, com celebração, para os efeitos desta Portaria, será efetuada mediante consulta
promessa formal de doação irretratável e irrevogável; aos sistemas de informação do Governo Federal ou, na impossibilidade de
d) que, embora ainda não haja sido devidamente consignado no cartório de efetuá-la, mediante apresentação da devida documentação junto ao órgão
registro de imóveis competente, pertence a Estado que se instalou em responsável pela manutenção do respectivo sistema.
decorrência da transformação de Território Federal, ou mesmo a qualquer CELEBRAÇÃO COM PENDÊNCIA
de seus Municípios, por força de mandamento constitucional ou legal; Art. 27. Poderá ser realizada a celebração de convênios, contratos de
e) pertencente a outro ente público que não o proponente, desde que a repasse ou termo de parceria com previsão de condição a ser cumprida
intervenção esteja autorizada pelo proprietário, por meio de ato do chefe do pelo convenente ou contratante, e enquanto a condição não se verificar não
poder executivo ou titular do órgão detentor de delegação para tanto; terá efeito a celebração pactuada.
f) que, independentemente da sua dominialidade, esteja inserido em Zona Parágrafo único. O prazo fixado no instrumento para o cumprimento da
Especial de Interesse Social - Zeis, instituída na forma prevista na Lei nº condição, desde que feitas as adequações no plano de trabalho e apresen-
10.257, de 10 de julho de 2001, devendo, neste caso, serem apresentados tadas as justificativas, poderá ser prorrogado pelo concedente ou contratan-
os seguintes documentos: te, nos termos de ato regulamentar do Ministro de Estado da Pasta respec-
1. cópia da publicação, em periódico da Imprensa Oficial, da lei estadual, tiva ou autoridade máxima da entidade concedente ou contratante, por
municipal ou distrital federal instituidora da Zeis; iguais períodos, devendo ser o convênio ou contrato extinto no caso do não
2. demonstração de que o imóvel beneficiário do investimento encontra-se cumprimento da condição.." (NR)
na Zeis instituída pela lei referida no item anterior; e *Texto alterado pela Portaria Interministerial 268/09, de 25/08/09, publicada
3. declaração firmada pe o chefe do poder executivo (governador ou prefei- no D.O.U de 26/08/09.
to) do ente federativo a que o convenente seja vinculado de que os habitan- DESTINO DOS BENS
tes da Zeis serão beneficiários de ações visando à regularização fundiária Art. 28. Será obrigatória a estipulação do destino a ser dado aos bens
da área habitada para salvaguardar seu direito à moradia;. remanescentes do convênio ou contrato de repasse.
g) objeto de sentença favorável aos ocupantes, transitada em julgado, § 1º Consideram-se bens remanescentes os equipamentos e materiais
proferida em ação judicial de usucapião ou concessão de uso especial para permanentes adquiridos com recursos do convênio ou contrato de repasse
fins de moradia, nos termos do art. 183 da Constituição Federal, da Lei nº necessários à consecução do objeto, mas que não se incorporam a este.
10.257, de 2001, e da Medida Provisória nº 2.220, de 4 de setembro de § 2º Os bens remanescentes adquiridos com recursos transferidos poderão,
2001; e a critério do Ministro de Estado supervisor ou autoridade equivalente ou do
h) tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - dirigente máximo da entidade da administração indireta, ser doados quan-
IPHAN, desde que haja aquiescência do Instituto; do, após a consecução do objeto, forem necessários para assegurar a
II - contrato ou compromisso irretratável e irrevogável de constituição de continuidade de programa governamental, observado o disposto no respec-
direito real sobre o imóvel, na forma de cessão de uso, concessão de tivo termo e na legislação vigente.
CAPÍTULO II mentos, informações referentes aos instrumentos de transferências regula-
DA FORMALIZAÇÃO DO INSTRUMENTO mentados por esta Portaria, bem como aos locais de execução do objeto;
CLÁUSULAS OBRIGATÓRIAS RESCISÃO
Art. 29. O preâmbulo do instrumento conterá a numeração seqüencial no XVII - a faculdade dos partícipes rescindirem o instrumento, a qualquer
SICONV, a qualificação completa dos partícipes e a finalidade. tempo;
Art. 30. São cláusulas necessárias nos instrumentos regulados por esta EXTINÇÃO DO CONVÊNIO
Portaria as que estabeleçam: XVIII - a previsão de extinção obrigatória do instrumento em caso de o
OBJETO Projeto Básico não ter sido aprovado ou apresentado no prazo estabeleci-
I - o objeto e seus elementos característicos, em consonância com o Plano do, quando for o caso;
de Trabalho, que integrará o termo celebrado independentemente de trans- FORO
crição; XIX- a indicação do foro para dirimir as dúvidas decorrentes da execução
OBRIGAÇÕES DOS PARTÍCIPES dos convênios, contratos ou instrumentos congêneres, estabelecendo a
II - as obrigações de cada um dos partícipes; obrigatoriedade da prévia tentativa de solução administrativa com a partici-
CONTRAPARTIDA pação da Advocacia-Geral da União, em caso de os partícipes ou contra-
III - a contrapartida, quando couber, e a forma de sua aferição quando tantes serem da esfera federal, administração direta ou indireta, nos termos
atendida por meio de bens e serviços; do art. 11 da Medida Provisória nº 2.180-35, de 24 de agosto de 2001;
INTERVENIENTE ACESSO AS EMPRESAS CONTRATADAS
IV - as obrigações do interveniente, quando houver; XX - a obrigação de o convenente ou o contratado inserir cláusula nos
VIGÊNCIA contratos celebrados para execução do convênio ou contrato de repasse
V - a vigência, fixada de acordo com o prazo previsto para a consecução do que permitam o livre acesso dos servidores dos órgãos ou entidades públi-
objeto e em função das metas estabelecidas; cas concedentes ou contratantes, bem como dos órgãos de controle, aos
PRORROGAÇÃO DE OFÍCIO documentos e registros contábeis das empresas contratadas, na forma do
VI - a obrigação de o concedente ou contratante prorrogar "de ofício" a art. 44;
vigência do instrumento antes do seu término, quando der causa a atraso PREÂMBULO DO CONVÊNIO
na liberação dos recursos, limitada a prorrogação ao exato período do XXI - a sujeição do convênio ou contrato de repasse e sua execução às
atraso verificado; normas do Decreto 6.170, de 25 de julho de 2007, bem como do Decreto nº
PRERROGATIVA DO CONCEDENTE 93.872, de 23 de dezembro de 1986, e a esta Portaria;
VII - a prerrogativa do órgão ou entidade transferidor dos recursos financei- RESTOS A PAGAR
ros assumir ou transferir a responsabilidade pela execução do objeto, no XXII - a previsão de, na ocorrência de cancelamento de Restos a Pagar,
caso de paralisação ou da ocorrência de fato relevante, de modo a evitar que o quantitativo possa ser reduzido até etapa que apresente funcionali-
sua descontinuidade; dade;
CLASSIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA LIBERAÇÃO OU DESBLOQUEIO DE RECURSOS
VIII - a classificação orçamentária da despesa, mencionando-se o número e XXIII - a forma de liberação dos recursos ou desbloqueio, quando se tratar
data da Nota de Empenho ou Nota de Movimentação de Crédito e declara- de contrato de repasse;
ção de que, em termos aditivos, indicar-se-ão os créditos e empenhos para PRESTAÇÃO DE CONTAS - OBRIGAÇÃO
sua cobertura, de cada parcela da despesa a ser transferida em exercício XXIV - a obrigação de prestar contas dos recursos recebidos no SICONV;
futuro; BLOQUEIO DA CONTA
IX - o cronograma de desembolso conforme o Plano de Trabalho, incluindo XXV - o bloqueio de recursos na conta corrente vinculada, quando se tratar
os recursos da contrapartida pactuada, quando houver; de contrato de repasse;
REGISTRAR NO S I C O N V CONSÓRCIO
X - a obrigatoriedade de o convenente ou contratado incluir regularmente XXVI - a responsabilidade solidária dos entes consorciados, nos instrumen-
no SICONV as informações e os documentos exigidos por esta Portaria, tos que envolvam consórcio público; e
mantendo-o atualizado; XXVII - o prazo para apresentação da prestação de contas.
RESTITUIÇÃO DE RECURSOS NOTA: Este inciso foi alterado pela Portaria Interministerial 342/08, de
XI - a obrigatoriedade de restituição de recursos, nos casos previstos nesta 05.11.08, publicada no DOU de 06.11.08.
Portaria; CAPÍTULO III
EXERCÍCIOS FUTUROS DA ANÁLISE E ASSINATURA DO TERMO
XII - no caso de órgão ou entidade pública, a informação de que os recur- PARECERES - TÉCNICO E JURÍDICO
sos para atender às despesas em exercícios futuros, no caso de investi- Art. 31. A celebração do convênio será precedida de análise e manifesta-
mento, estão consignados no plano plurianual ou em prévia lei que os ção conclusiva pelos setores técnico e jurídico do órgão ou da entidade
autorize; concedente ou contratante, segundo suas respectivas competências,
CONTA BANCÁRIA - OBRIGAÇÃO quanto ao atendimento das exigências formais, legais e constantes desta
XIII - a obrigação do convenente de manter e movimentar os recursos na Portaria.
conta bancária específica do convênio ou contrato de repasse em institui- ASSINATURA
ção financeira controlada pela União, quando não integrante da conta única Art. 32. Assinarão, obrigatoriamente, o convênio ou contrato de repasse os
do Governo Federal; partícipes e o interveniente, se houver.
DIREITO DOS BENS CAPÍTULO IV
XIV - a definição, se for o caso, do direito de propriedade dos bens rema- DA PUBLICIDADE
nescentes na data da conclusão ou extinção do instrumento, que, em razão PUBLICAÇÃO
deste, tenham sido adquiridos, produzidos, transformados ou construídos, Art. 33. A eficácia de convênios, acordos, ajustes ou instrumentos congê-
respeitado o disposto na legislação pertinente; neres fica condicionada à publicação do respectivo extrato no Diário Oficial
ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO FÍSICA da União, que será providenciada pelo concedente ou contratante, no prazo
XV - a forma pela qual a execução física do objeto será acompanhada pelo de até vinte dias a contar de sua assinatura.
concedente ou contratante, inclusive com a indicação dos recursos huma- PUBLICIDADE - ATOS
nos e tecnológicos que serão empregados na atividade ou, se for o caso, a Parágrafo primeiro: Somente deverão ser publicados no Diário Oficial da
indicação da participação de órgãos ou entidades previstos no § 2° do art. União os extratos dos aditivos que alterem o valor ou ampliem a execução
53; do objeto, vedada a alteração da sua natureza, quando houver, respeitado
DOCUMENTAÇÃO - ACESSO PELA UNIÃO o prazo estabelecido no caput.
XVI - o livre acesso dos servidores dos órgãos ou entidades públicas con- Parágrafo Segundo: Excepcionalmente, para os convênios e contratos de
cedentes ou contratantes e os do controle interno do Poder Executivo repasse celebrados em 31 de dezembro de 2009, o prazo a que se refere o
Federal, bem como do Tribunal de Contas da União aos processos, docu- caput será prorrogado até 28 de janeiro de 2010.
Nota: O parágrafo único passou a ser o parágrafo primeiro e foi incluído o transferência de recursos pelo concedente, e desde que os prazos para
parágrafo segundo, conforme o art. 1º da Portaria Interministerial 23, de pagamento e os percentuais sejam os mesmos aplicados no mercado;
19.01.10, publicada no DOU de 20.01.10 CLUBES E ASSOCIAÇÕES
PUBLICIDADE - S I C O N V VIII - transferir recursos para clubes, associações de servidores ou quais-
Art. 34. Aos atos de celebração, alteração, liberação de recursos, acompa- quer entidades congêneres, exceto para creches e escolas para o atendi-
nhamento da execução e a prestação de contas dos convênios e contratos mento pré-escolar; e
será dada publicidade em sítio eletrônico específico denominado Portal dos PUBLICIDADE - DESPESAS DE:
Convênios. IX - realizar despesas com publicidade, salvo a de caráter educativo, infor-
PUBLICIDADE - PODER LEGISLATIVO mativo ou de orientação social, da qual não constem nomes, símbolos ou
Art. 35. O concedente ou contratante notificará, facultada a comunicação imagens que caracterizem promoção pessoal e desde que previstas no
por meio eletrônico, no prazo de até dez dias, a celebração do instrumento Plano de Trabalho.
à Assembléia Legislativa ou à Câmara Legislativa ou à Câmara Municipal DESPESAS ADMINISTRATIVAS
do convenente ou contratado, conforme o caso. Parágrafo único. Os convênios ou contratos de repasse celebrados com
Parágrafo único. No caso de liberação de recursos, o prazo a que se refere entidades privadas sem fins lucrativos, poderão acolher despesas adminis-
o caput será de dois dias úteis. trativas até o limite de quinze por cento do valor do objeto, desde que
NOTA: O artigo foi alterado e houve também a inclusão do parágrafo único expressamente autorizadas e demonstradas no respectivo instrumento e no
pela Portaria Interministerial 342/08, de 05.11.08, publicada no DOU de plano de trabalho.
06.11.08. NOTA: Este parágrafo único foi alterado pela Portaria Interministerial
PUBLICIDADE - CONTROLE SOCIAL 342/08, de 05.11.08, publicada no DOU de 06.11.08.
Art. 36. Os convenentes ou contratados deverão dar ciência da celebração I - estar expressamente previsto no plano de trabalho;
ao conselho local ou instância de controle social da área vinculada ao II - estar diretamente relacionadas ao objeto do convênio ou contrato de
programa de governo que originou a transferência, quando houver. repasse; e
Parágrafo único. As entidades privadas sem fins lucrativos deverão notifi- III - não sejam custeadas com recursos de outros convênios ou contratos
car, se houver, o conselho municipal ou estadual responsável pela respec- de repasse.
tiva política pública onde será executada a ação. “SUB CONVÊNIO”
CAPÍTULO V Art. 40. Os Estados, Distrito Federal e os Municípios, bem como seus
DA ALTERAÇÃO respectivos órgãos e entidades, poderão transferir a execução do programa
REMANEJAMENTO de trabalho a interveniente executor, respeitadas as exigências desta
Art. 37. O convênio, acordo, ajuste ou instrumento congênere poderá ser Portaria e desde que haja previsão para tanto no Plano de Trabalho apro-
alterado mediante proposta, devidamente formalizada e justificada, a ser vado e conste de cláusula específica do instrumento celebrado.
apresentada ao concedente ou contratante em, no mínimo, trinta dias antes NOTA: Este artigo foi revogado pela Portaria Interministerial 342/08, de
do término de sua vigência ou no prazo nele estipulado. 05.11.08, publicada no DOU de 06.11.08.
PRORROGAÇÃO DE OFÍCIO - SEM PARECER PUBLICIDADE - INTERNET
Art. 38. A prorrogação "de ofício" da vigência do convênio, acordo, ajuste Art. 41. Os convenentes ou contratados deverão disponibilizar, por meio da
ou instrumento congênere, estabelecida no inciso VI do art. 30, prescinde internet ou, na sua falta, em sua sede, em local de fácil visibilidade, consul-
de prévia análise da área jurídica do concedente ou contratante. ta ao extrato do convênio ou outro instrumento utilizado, contendo, pelo
TÍTULO V menos, objeto, a finalidade, os valores e as datas de liberação e detalha-
DA EXECUÇÃO mento da aplicação dos recursos, bem como as contratações realizadas
CAPÍTULO I para a execução do objeto pactuado.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Parágrafo único. Para efeito do disposto no caput, e disponibilização do
PROIBIÇÕES extrato na internet poderá ser suprida com a inserção de link na página
Art. 39. O convênio ou contrato de repasse deverá ser executado em oficial do órgão ou entidade convenente ou contratada que possibilite
estrita observância às cláusulas avençadas e às normas pertinentes, inclu- acesso direito ao Portal de Convênios.
sive esta Portaria, sendo vedado: CAPÍTULO II
TAXA DE ADMINISTRAÇÃO DA LIBERAÇÃO DOS RECURSOS
I - realizar despesas a título de taxa de administração, de gerência ou Art. 42. A liberação de recursos obedecerá ao cronograma de desembolso
similar; previsto no Plano de Trabalho e guardará consonância com as metas e
PAGAMENTO A SERVIDORES fases ou etapas de execução do objeto do instrumento.
II - pagar, a qualquer título, servidor ou empregado público, integrante de CONTA BANCÁRIA
quadro de pessoal de órgão ou entidade pública da administração direta ou § 1º Os recursos serão depositados e geridos na conta bancária específica
indireta, por serviços de consultoria ou assistência técnica, salvo nas hipó- do convênio ou do contrato de repasse exclusivamente em instituições
teses previstas em leis específicas e na Lei de Diretrizes Orçamentárias; financeiras controladas pela União e, enquanto não empregados na sua
ALTERAÇÃO DO OBJETO finalidade, serão obrigatoriamente aplicados:
III - alterar o objeto do convênio ou contrato de repasse, exceto no caso de APLICAÇÃO FINANCEIRA
ampliação da execução do objeto pactuado ou para redução ou exclusão I - em caderneta de poupança de instituição financeira pública federal, se a
de meta, sem prejuízo da funcionalidade do objeto contratado; previsão de seu uso for igual ou superior a um mês; e
DESVIO DE FINALIDADE II - em fundo de aplicação financeira de curto prazo, ou operação de mer-
IV - utilizar, ainda que em caráter emergencial, os recursos para finalidade cado aberto lastreada em título da dívida pública, quando sua utilização
diversa da estabelecida no instrumento, ressalvado o custeio da implemen- estiver prevista para prazos menores;
tação das medidas de preservação ambiental inerentes às obras constan- § 2º Os rendimentos das aplicações financeiras serão obrigatoriamente
tes do Plano de Trabalho; aplicados no objeto do convênio ou do contrato de repasse, estando sujei-
DESPESAS ANTES DA VIGÊNCIA tos às mesmas condições de prestação de contas exigidas para os recur-
V - realizar despesa em data anterior à vigência do instrumento; sos transferidos.
PAGAMENTOS APÓS A VIGÊNCIA § 3º As receitas oriundas dos rendimentos da aplicação no mercado finan-
VI - efetuar pagamento em data posterior à vigência do instrumento, salvo ceiro não poderão ser computadas como contrapartida devida pelo conve-
se expressamente autorizada pela autoridade competente do concedente nente ou contratado.
ou contratante e desde que o fato gerador da despesa tenha ocorrido § 4º As instituições financeiras de que trata o § 1º deverão manter os recur-
durante a vigência do instrumento pactuado; sos bloqueados a partir do seu recebimento enquanto não cumpridas as
TAXAS BANCÁRIAS - PROIBIÇÃO condições previstas no art. 43.
VII - realizar despesas com taxas bancárias, multas, juros ou correção NOTA: Este § foi revogado pela Portaria Interministerial 165/08, de
monetária, inclusive referentes a pagamentos ou recolhimentos fora dos 20.06.08, publicada no DOU de 23.06.08.
prazos, exceto, no que se refere às multas, se decorrentes de atraso na TAXAS BANCÁRIAS - ISENÇÃO
§ 5º As contas referidas no § 1º serão isentas da cobrança de tarifas bancá- § 1º A cotação prévia de preços no SICONV será desnecessária:
rias. I - quando o valor for inferior a R$ 8.000,00 (oito mil reais), desde que não
LIBERAÇÃO EM PARCELAS se refiram a parcelas de uma mesma obra, serviço ou compra ou ainda
Art. 43. Para recebimento de cada parcela dos recursos, o convenente ou para obras, serviços e compras da mesma natureza e no mesmo local que
contratado deverá: possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; e
I - manter as mesmas condições para celebração de convênios ou contra- II - quando, em razão da natureza do objeto, não houver pluralidade de
tos de repasse exigidas nos arts. 24 e 25; opções, devendo comprovar tão-só os preços que aquele próprio fornece-
II - comprovar o cumprimento da contrapartida pactuada que, se financeira, dor já praticou com outros demandantes.
deverá ser depositada na conta bancária específica do instrumento em § 2º O registro, no SICONV, dos contratos celebrados pelo beneficiário na
conformidade com os prazos estabelecidos no cronograma de desembolso, execução do objeto é condição indispensável para sua eficácia e para a
ou depositada na Conta Única do Tesouro Nacional, na hipótese do convê- liberação das parcelas subseqüentes do instrumento, conforme previsto no
nio ou contrato de repasse ser executado por meio do Sistema Integrado de art. 3º.
Administração Financeira - SIAFI; § 3º Nos casos em que o SICONV não permitir o acesso operacional para o
III - atender às exigências para contratação e pagamento previstas nos arts. procedimento de que trata o caput, deverá ser realizada cotação prévia de
44 a 50; e preços mediante a apresentação de no mínimo, três propostas.
IV - estar em situação regular com a execução do Plano de Trabalho. NOTA: Este § foi acrescido pela Portaria Interministerial 342/08, de
Parágrafo único. Nos convênios e contratos de repasse celebrados com 05.11.08, publicada no DOU de 06.11.08.
entidades privadas sem fins lucrativos, a comprovação das condições O N G - AQUISIÇÕES PELO SICONV
exigidas nos arts. 24 e 25 somente é necessária no ato de celebração e de Art. 47. Cada processo de compras e contratações de bens, obras e servi-
aprovação da prestação de contas final. ços das entidades sem fins lucrativos deverá ser realiza ou registrado no
NOTA: Este parágrafo único foi acrescido pela Portaria Interministerial SICONV contendo, no mínimo, os seguintes elementos:
342/08, de 05.11.08, publicada no DOU de 06.11.08. I - os documentos relativos à cotação prévia ou as razões que justificam a
CAPÍTULO III sua desnecessidade;
DA CONTRATAÇÃO COM TERCEIROS II - elementos que definiram a escolha do fornecedor ou executante e
ACESSO AS EMPRESAS CONTRATADAS justificativa do preço;
Art. 44. Os contratos celebrados à conta dos recursos de convênios ou III - comprovação do recebimento da mercadoria, serviço ou obra; e
contratos de repasse deverão conter cláusula que obrigue o contratado a IV - documentos contábeis relativos ao pagamento.
conceder livre acesso aos documentos e registros contábeis da empresa, O N G - REGISTRO DE PREÇOS
referentes ao objeto contratado, para os servidores dos órgãos e entidades Art. 48. Nas contratações de bens, obras e serviços as entidades privadas
públicas concedentes e dos órgãos de controle interno e externo. sem fins lucrativos poderão utilizar-se do sistema de registro de preços dos
SEÇÃO I entes federados.
DA CONTRATAÇÃO POR ENTIDADES PRIVADAS SEM SEÇÃO II
FINS LUCRATIVOS DA CONTRATAÇÃO POR ÓRGÃOS E ENTIDADES DA
O N G - AQUISIÇÕES ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ESTE ARTIGO ENTROU EM VIGÊNCIA EM 01.01.2009 UTILIZAÇÃO DA LEI 8.666/93
Art. 45. Para a aquisição de bens e contratação de serviços com recursos Art. 49. Os órgãos e entidades públicas que receberem recursos da União
de órgãos ou entidades da Administração Pública federal, as entidades por meio dos instrumentos regulamentados por esta Portaria estão obriga-
privadas sem fins lucrativos deverão realizar, no mínimo, cotação prévia de dos a observar as disposições contidas na Lei Federal de Licitações e
preços no mercado, observados os princípios da impessoalidade, moralida- Contratos Administrativos e demais normas federais pertinentes ao assun-
de e economicidade. to, quando da contratação de terceiros.
Parágrafo único. A entidade privada sem fins lucrativos deverá contratar PREGÃO ELETRÔNICO
empresas que tenham participado da cotação prévia de preços, ressalva- § 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, será obrigatório o uso da
dos os casos em que não acudirem interessados à cotação, quando será modalidade pregão, nos termos da Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, e
exigida pesquisa ao mercado prévia à contratação, que será registrada no do regulamento previsto no Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005,
SICONV e deverá conter, no mínimo, orçamentos de três fornecedores. sendo utilizada preferencialmente a sua forma eletrônica.
ESTE ARTIGO ENTROU EM VIGÊNCIA EM 01.01.2009 § 2º A inviabilidade da utilização do pregão na forma eletrônica deverá ser
Art. 46. A cotação prévia de preços prevista no art. 11 do Decreto nº 6.170, devidamente justificada pela autoridade competente do convenente ou
de 25 de julho de 2007, será realizada por intermédio do SICONV, confor- contratado.
me os seguintes procedimentos: ATA DE PREÇOS - REGISTRAR S I C O N V
I - o convenente registrará a descrição completa e detalhada do objeto a § 3º As atas e as informações sobre os participantes e respectivas propos-
ser contratado, que deverá estar em conformidade com o Plano de Traba- tas das licitações, bem como as informações referentes às dispensas e
lho, especificando as quantidades no caso da aquisição de bens; inexigibilidades, deverão ser registradas no SICONV.
II - a convocação para cotação prévia de preços permanecerá disponível no CAPÍTULO IV
SICONV pelo prazo mínimo de cinco dias e determinará: DOS PAGAMENTOS
a) prazo para o recebimento de propostas, que respeitará os limites míni- CONTA BANCÁRIA - UTILIZAÇÃO
mos de cinco dias, para a aquisição de bens, e quinze dias para a contrata- Art. 50. Os recursos deverão ser mantidos na conta bancária específica do
ção de serviços; convênio ou contrato de repasse e somente poderão ser utilizados para
b) critérios para a seleção da proposta que priorizem o menor preço, sendo pagamento de despesas constantes do Plano de Trabalho ou para aplica-
admitida a definição de outros critérios relacionados a qualificações especi- ção no mercado financeiro, nas hipóteses previstas em lei ou nesta Portari-
almente relevantes do objeto, tais como o valor técnico, o caráter estético e a.
funcional, as características ambientais, o custo de utilização, a rentabilida- §1º Os recursos destinados à execução de contratos de repasse deverão
de; e ser mantidos bloqueados em conta específica, somente sendo liberados, na
c) prazo de validade das propostas, respeitado o limite máximo de sessenta forma ajustada, após verificação da regular execução do objeto pelo man-
dias. datário, observando-se os seguintes procedimentos:
III - o SICONV notificará automaticamente, quando do registro da convoca- I - em se tratando de recursos de outros custeios para Estados, Distrito
ção para cotação prévia de preços, as empresas cadastradas no SICAF Federal, Municípios e entidades privadas sem fins lucrativos e sob o regime
que pertençam à linha de fornecimento do bem ou serviço a ser contratado; de execução direta, a liberação dos recursos relativos à primeira parcela
IV - a entidade privada sem fins lucrativos, em decisão fundamentada, será antecipada na forma do cronograma de desembolso aprovado; e
selecionará a proposta mais vantajosa, segundo os critérios definidos no II - a liberação da segunda parcela e seguintes, na hipótese do inciso
chamamento para cotação prévia de preços; e anterior, fica condicionada à aprovação pelo concedente ou mandatário de
V - o resultado da seleção a que se refere o inciso anterior será registrado relatório de execução com comprovação da aplicação dos recursos da
no SICONV. última parcela liberada.
NOTA: O parágrafo foi alterado e houve também a inclusão dos incisos I e relativas ao acompanhamento e fiscalização dos recursos federais transfe-
II pela Portaria Interministerial 342/08, de 05.11.08, publicada no DOU de ridos, ficará sujeito à responsabilização administrativa, civil e penal.
06.11.08. SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES
§ 4º O servidor encarregado de elaborar o relatório trimestral ou aprovar a
MOVIMENTAÇÃO DOS RECURSOS - REGISTRAR S I C O N V prestação de contas não poderá emitir parecer técnico da vistoria.
§ 2° Os atos referentes à movimentação e ao uso dos recursos a que se NOTA: Este § foi revogado pela Portaria Interministerial 342/08, de
refere o caput serão realizados ou registrados no SICONV, observando-se 05.11.08, publicada no DOU de 06.11.08
os seguintes preceitos: VISITAS “IN LOCO”
I - movimentação mediante conta bancária específica para cada convênio Art. 52. O concedente ou contratante deverá prover as condições necessá-
ou contrato de repasse; rias à realização das atividades de acompanhamento do objeto pactuado,
TRANSFERÊNCIA ELETRÔNICA conforme o Plano de Trabalho e a metodologia estabelecida no instrumen-
II - pagamentos realizados mediante crédito na conta bancária de titularida- to, programando visitas ao local da execução com tal finalidade que, caso
de dos fornecedores e prestadores de serviços, facultada a dispensa deste não ocorram, deverão ser devidamente justificadas.
procedimento, por ato da autoridade máxima do concedente ou contratante, OBRAS - ESTRUTURA DE FISCALIZAÇÃO
devendo o convenente ou contratado informar no SICONV o beneficiário Parágrafo único. No caso de realização de obras por convênio, o conceden-
final da despesa; e te deverá comprovar que dispõe de estrutura que permita acompanhar e
NOTA: Este inciso foi alterado pela Portaria Interministerial 342/08, de fiscalizar a execução do objeto, de forma a garantir a regularidade dos atos
05.11.08, publicada no DOU de 06.11.08. praticados e a plena execução do objeto, nos termos desta Portaria, em
TRANSFERIR INFORMAÇÕES PARA O S I A F I especial o cumprimento dos prazos de análise da respectiva prestação de
III - transferência das informações relativas à movimentação da conta contas.
bancária a que se refere o I deste parágrafo ao SIAFI e ao SICONV, em FISCAL DO CONVÊNIO - REGISTRAR S I C O N V
meio magnético, a ser providenciada pelas instituições financeiras a que se Art. 53. A execução do convênio ou contrato de repasse será acompanha-
refere o § 1º do art. 42. da por um representante do concedente ou contratante, especialmente
PAGAMENTOS - REGISTRAR S I C O N V designado e registrado no SICONV, que anotará em registro próprio todas
§ 3º Antes da realização de cada pagamento, o convenente ou contratado as ocorrências relacionadas à consecução do objeto, adotando as medidas
incluirá no SICONV, no mínimo, as seguintes informações: necessárias à regularização das falhas observadas.
I - a destinação do recurso; RESULTADO FISCALIZAÇÃO - REGISTRAR S I C O N V
II - o nome e CNPJ ou CPF do fornecedor, quando for o caso; § 1º O concedente ou contratante deverá registrar no SICONV os atos de
III - o contrato a que se refere o pagamento realizado; acompanhamento da execução do objeto, conforme disposto no art. 3º.
IV - a meta, etapa ou fase do Plano de Trabalho relativa ao pagamento; e § 2º O concedente ou contratante, no exercício das atividades de fiscaliza-
V - a comprovação do recebimento definitivo do objeto do contrato, median- ção e acompanhamento da execução do objeto, poderá:
te inclusão no Sistema das notas fiscais ou documentos contábeis. I - valer-se do apoio técnico de terceiros;
PAGAMENTO PESSOA FÍSICA FISCALIZAÇÃO DELEGADA
§ 4º Excepcionalmente, mediante mecanismo que permita a identificação II - delegar competência ou firmar parcerias com outros órgãos ou entida-
pelo banco, poderá ser realizado uma única vez no decorrer da vigência do des que se situem próximos ao local de aplicação dos recursos, com tal
instrumento o pagamento a pessoa física que não possua conta bancária, finalidade; e
observado o limite de R$ 800,00 (oitocentos reais) por fornecedor ou pres- III - reorientar ações e decidir quanto à aceitação de justificativas sobre
tador de serviço. impropriedades identificadas na execução do instrumento.
DESPESAS DE PEQUENO VULTO RELATÓRIO TRIMESTRAL - REGISTRAR S I C O N V
§ 5º Desde que previamente definido no instrumento e justificado pela § 3º O concedente ou contratante incluirá, no SICONV, relatório sintético
autoridade máxima do concedente ou contratante, consideradas as peculia- trimestral sobre o andamento da execução do convênio ou contrato de
ridades do convênio e o local onde será executado, o convenente ou con- repasse, que deverá contemplar os aspectos previstos nos arts. 43 e 54, e
tratado disporá de valor a ser repassado para realização de despesas de será atualizado até o dia anterior à data prevista para liberação de cada
pequeno vulto, não incidindo o disposto no inciso II, do § 2º, devendo o parcela.
convenente ou contratado registrar, no SICONV, o beneficiário final do NOTA: Este § foi revogado pela Portaria Interministerial 342/08, de
pagamento, conforme dispõe o § 3º. 05.11.08, publicada no DOU de 06.11.08.
NOTA: Este § foi revogado pela Portaria Interministerial 342/08, de § 4° Além do acompanhamento de que trata o § 2º, a Controladoria Geral
05.11.08, publicada no DOU de 06.11.08 da União - CGU realizará auditorias periódicas nos instrumentos celebrados
CAPÍTULO V pela União.
DO ACOMPANHAMENTO E DA FISCALIZAÇÃO FISCALIZAÇÃO - FOCO
FISCALIZAÇÃO Art. 54. No acompanhamento e fiscalização do objeto serão verificados:
Art. 51. A execução será acompanhada e fiscalizada de forma a garantir a I - a comprovação da boa e regular aplicação dos recursos, na forma da
regularidade dos atos praticados e a plena execução do objeto, responden- legislação aplicável;
do o convenente ou contratado pelos danos causados a terceiros, decor- II - a compatibilidade entre a execução do objeto, o que foi estabelecido no
rentes de culpa ou dolo na execução do convênio, contrato, acordo, ajuste Plano de Trabalho, e os desembolsos e pagamentos, conforme os crono-
ou instrumento congênere. gramas apresentados;
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA III - a regularidade das informações registradas pelo convenente ou contra-
§ 1º Os agentes que fizerem parte do ciclo de transferência de recursos são tado no SICONV; e
responsáveis, para todos os efeitos, pelos atos que praticarem no acompa- IV - o cumprimento das metas do Plano de Trabalho nas condições estabe-
nhamento da execução do convênio, contrato, acordo, ajuste ou instrumen- lecidas.
to congênere. IRREGULARIDADES - APURAÇÃO
SONEGAÇÃO DE INFORMAÇÕES Art. 55. O concedente ou contratante comunicará ao convenente ou contra-
§ 2º Os processos, documentos ou informações referentes à execução de tado e ao interveniente, quando houver, quaisquer irregularidades decor-
convênio ou contrato de repasse não poderão ser sonegados aos servido- rentes do uso dos recursos ou outras pendências de ordem técnica ou
res dos órgãos e entidades públicas concedentes ou contratantes e dos legal, e suspenderá a liberação dos recursos, fixando prazo de até trinta
órgãos de controle interno e externo do Poder Executivo Federal. dias para saneamento ou apresentação de informações e esclarecimentos,
RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA podendo ser prorrogado por igual período.
§ 3º Aquele que, por ação ou omissão, causar embaraço, constrangimento § 1º Recebidos os esclarecimentos e informações solicitados, o concedente
ou obstáculo à atuação dos servidores dos órgãos e entidades públicas ou contratante disporá do prazo de dez dias para apreciá-los e decidir
concedentes ou contratantes e dos órgãos de controle interno e externo do quanto à aceitação das justificativas apresentadas, sendo que a apreciação
Poder Executivo Federal, no desempenho de suas funções institucionais fora do prazo previsto não implica aceitação das justificativas apresentadas.
§ 2º Caso não haja a regularização no prazo previsto no caput, o conceden- Art. 58. A prestação de contas será composta, além dos documentos e
te ou contratante: informações apresentados pelo convenente ou contratado no SICONV, do
I - realizará a apuração do dano; e seguinte:
II - comunicará o fato ao convenente ou contratado para que seja ressarci- I - Relatório de Cumprimento do Objeto;
do o valor referente ao dano. II - declaração de realização dos objetivos a que se propunha o instrumen-
§ 3º O não atendimento das medidas saneadoras previstas no § 2º enseja- to;
rá a instauração de tomada de contas especial. III - relação de bens adquiridos, produzidos ou construídos, quando for o
CAPÍTULO VI caso;
DA PRESTAÇÃO DE CONTAS IV - a relação de treinados ou capacitados, quando for o caso;
PRESTAÇÃO DE CONTAS - PRAZO V - a relação dos serviços prestados, quando for o caso;
Art. 56. O órgão ou entidade que receber recursos na forma estabelecida VI - comprovante de recolhimento do saldo de recursos, quando houver; e
nesta Portaria estará sujeito a prestar contas da sua boa e regular aplica- VII - termo de compromisso por meio do qual o convenente ou contratado
ção, observando-se o seguinte: será obrigado a manter os documentos relacionados ao convênio ou con-
I - ato normativo próprio do concedente ou contratante estabelecerá o prazo trato de repasse, nos termos do § 3º do art. 3º.
para apresentação das prestações de contas; e PRESTAÇÃO DE CONTAS - RECEBIMENTO E REGISTRO S I C O N V
II - o prazo mencionado na alínea anterior constará no convênio ou contrato Parágrafo único. O concedente ou contratante deverá registrar no SICONV
de repasse.[ o recebimento da prestação de contas.
NOTA: O artigo foi alterado e houve também a inclusão dos incisos I e II Art. 59. Incumbe ao órgão ou entidade concedente ou contratante decidir
pela Portaria Interministerial 342/08, de 05.11.08, publicada no DOU de sobre a regularidade da aplicação dos recursos transferidos e, se extinto,
06.11.08. ao seu sucessor.
DEVOLUÇÃO DE RECURSOS PRESTAÇÃO DE CONTAS - PRAZO DE ANÁLISE
§ 1º Quando a prestação de contas não for encaminhada no prazo estabe- Art. 60. A autoridade competente do concedente ou contratante terá o
lecido no convênio ou contrato de repasse, o concedente ou contratante prazo de noventa dias, contado da data do recebimento, para analisar a
estabelecerá o prazo máximo de trinta dias para sua apresentação, ou prestação de contas do instrumento, com fundamento nos pareceres técni-
recolhimento dos recursos, incluídos os rendimentos da aplicação no mer- co e financeiro expedidos pelas áreas competentes.
cado financeiro, atualizados monetariamente e acrescidos de juros de REGISTRO DA APROVAÇÃO - REGISTRAR S I C O N V
mora, na forma da lei. § 1º O ato de aprovação da prestação de contas deverá ser registrado no
NOTA: Este § foi alterado pela Portaria Interministerial 342/08, de 05.11.08, SICONV, cabendo ao concedente ou contratante prestar declaração ex-
publicada no DOU de 06.11.08. pressa de que os recursos transferidos tiveram boa e regular aplicação.
INADIMPLÊNCIA - REGISTRAR S I C O N V INSTAURAÇÃO DA T. C. E.
§ 2º Se, ao término do prazo estabelecido, o convenente ou contratado não § 2º Caso a prestação de contas não seja aprovada, exauridas todas as
apresentar a prestação de contas nem devolver os recursos nos termos do providências cabíveis para regularização da pendência ou reparação do
§ 1º, o concedente registrará a inadimplência no SICONV por omissão do dano, a autoridade competente, sob pena de responsabilização solidária,
dever de prestar contas e comunicará o fato ao órgão de contabilidade registrará o fato no SICONV e adotará as providências necessárias à
analítica a que estiver vinculado, para fins de instauração de tomada de instauração da Tomada de Contas Especial, com posterior encaminhamen-
contas especial sob aquele argumento e adoção de outras medidas para to do processo à unidade setorial de contabilidade a que estiver jurisdicio-
reparação do dano ao erário, sob pena de responsabilização solidária. nado para os devidos registros de sua competência.
§ 3º Cabe ao prefeito e ao governador sucessor prestar contas dos recur- CAPÍTULO VII
sos provenientes de convênios e contratos de repasse firmados pelos seus DA DENÚNCIA E DA RESCISÃO
antecessores. DENÚNCIA E RESCISÃO
NOTA: Este § foi alterado pela Portaria Interministerial 534/09, de 30.12.09, Art. 61. O convênio ou contrato de repasse poderá ser denunciado a qual-
publicada no DOU de 31.12.09. quer tempo, ficando os partícipes responsáveis somente pelas obrigações e
§ 4º Na impossibilidade de atender ao disposto no parágrafo anterior, auferindo as vantagens do tempo em que participaram voluntariamente da
deverá apresentar ao concedente ou contratante justificativas que demons- avença, não sendo admissível cláusula obrigatória de permanência ou
trem o impedimento de prestar contas e as medidas adotadas para o res- sancionadora dos denunciantes.
guardo do patrimônio público. Parágrafo único. Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do
§ 5º Quando a impossibilidade de prestar contas decorrer de ação ou convênio ou contrato de repasse, os saldos financeiros remanescentes,
omissão do antecessor, o novo administrador solicitará a instauração de inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicações financeiras
tomada de contas especial. realizadas, serão devolvidos à entidade ou órgão repassador dos recursos,
§ 6º Os documentos que contenham as justificativas e medidas adotadas no prazo improrrogável de trinta dias do evento, sob pena da imediata
serão inseridos no SICONV. instauração de tomada de contas especial do responsável, providenciada
§ 7º No caso do convenente ou contratado ser órgão ou entidade pública, pela autoridade competente do órgão ou entidade titular dos recursos.
de qualquer esfera de governo, a autoridade competente, ao ser comunica- RESCISÃO - MOTIVOS
da das medidas adotadas, suspenderá de imediato o registro da inadim- Art. 62. Constituem motivos para rescisão do convênio ou do contrato de
plência, desde que o administrador seja outro que não o faltoso, e seja repasse:
atendido o disposto nos §§ 4º, 5º e 6º deste artigo." I - o inadimplemento de qualquer das cláusulas pactuadas;
NOTA: Os §§ 4º, 5º, 6º e 7º foi introduzidos pela Portaria Interministerial II - constatação, a qualquer tempo, de falsidade ou incorreção de informa-
534/09, de 30.12.09, publicada no DOU de 31.12.09. ção em qualquer documento apresentado; e
DEVOLUÇÃO DE SALDOS III - a verificação que qualquer circunstância que enseje a instauração de
Art. 57. Os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes tomada de contas especial.
das receitas obtidas nas aplicações financeiras realizadas, não utilizadas Parágrafo único. A rescisão do convênio ou do contrato de repasse, quando
no objeto pactuado, serão devolvidos à entidade ou órgão repassador dos resulte dano ao erário, enseja a instauração de tomada de contas especial.
recursos, no prazo estabelecido para a apresentação da prestação de CAPÍTULO VIII
contas. DA TOMADA DE CONTAS ESPECIAL
DEVOLUÇÃO PROPORCIONAL DE RECURSOS TOMADA DE CONTAS ESPECIAL
Parágrafo único. A devolução prevista no caput será realizada observando- Art. 63. Tomada de Contas Especial é um processo devidamente formali-
se a proporcionalidade dos recursos transferidos e os da contrapartida zado, dotado de rito próprio, que objetiva apurar os fatos, identificar os
previstos na celebração independentemente da época em que foram apor- responsáveis e quantificar o dano causado ao Erário, visando ao seu ime-
tados pelas partes. diato ressarcimento.
PRESTAÇÃO DE CONTAS - DOCUMENTOS § 1º A Tomada de Contas Especial somente deverá ser instaurada depois
de esgotadas as providências administrativas internas pela ocorrência de
algum dos seguintes fatos:
I - a prestação de contas do convênio ou contrato de repasse não for apre- PADRONIZAÇÃO DE OBJETOS
sentada no prazo fixado no caput do art. 56, observado o § 1º do referido Art. 66. A padronização de objetos prevista no art. 14 do Decreto nº 6.170,
artigo; e de 2007, atenderá aos seguintes procedimentos:
II - a prestação de contas do convênio ou contrato de repasse não for I - os órgãos responsáveis pelos programas deverão constituir, anualmente,
aprovada em decorrência de: comissão especial que elaborará relatório conclusivo sobre a padronização
a) inexecução total ou parcial do objeto pactuado; dos objetos;
b) desvio de finalidade na aplicação dos recursos transferidos; II - o relatório será submetido à aprovação da autoridade competente, que
c) impugnação de despesas, se realizadas em desacordo com as disposi- deverá decidir pela padronização ou não dos objetos, registrando no SI-
ções do termo celebrado ou desta Portaria; CONV a relação dos objetos padronizáveis até 31 de outubro de cada ano;
d) não-utilização, total ou parcial, da contrapartida pactuada, na hipótese de e
não haver sido recolhida na forma prevista no parágrafo único do art. 57; III - os órgãos responsáveis pelos programas deverão registrar no SICONV,
e) não-utilização, total ou parcial, dos rendimentos da aplicação financeira até 15 de dezembro de cada ano, o detalhamento das características dos
no objeto do Plano de Trabalho, quando não recolhidos na forma prevista objetos padronizados.
no parágrafo único do art. 57; § 1º Os órgãos responsáveis pelos programas utilizarão as informações
f) não-aplicação nos termos do § 1º do art. 42 ou não devolução de rendi- básicas contidas nas atas das licitações e das cotações de preço relativas
mentos de aplicações financeiras, no caso de sua não utilização; às contratações realizadas com os recursos repassados como forma de
g) não-devolução de eventual saldo de recursos federais, apurado na subsidiar a composição dos objetos padronizados.
execução do objeto, nos termos do art. 57; e § 2º A impossibilidade de padronização de objetos deverá ser justificada no
h) ausência de documentos exigidos na prestação de contas que compro- SICONV pela autoridade competente.
meta o julgamento da boa e regular aplicação dos recursos. TÍTULO VII
§ 2º A Tomada de Contas Especial será instaurada, ainda, por determina- DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
ção dos órgãos de Controle Interno ou do Tribunal de Contas da União, no PRAZOS - CONTAGEM PARA VIGÊNCIA
caso de omissão da autoridade competente em adotar essa medida. Art. 67. Na contagem dos prazos estabelecidos nesta Portaria, excluir-se-á
§ 3º A instauração de Tomada de Contas Especial ensejará: o dia do início e incluir-se-á o do vencimento, e considerar-se-ão os dias
I - a inscrição de inadimplência do respectivo instrumento no SICONV, o consecutivos, exceto quando for explicitamente disposto em contrário.
que será fator restritivo a novas transferências de recursos financeiros Art. 68. Após 31 de dezembro de 2009, os convênios ou contratos de
oriundos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União mediante repasse firmados até 29 de maio de 2008 e que estejam vigentes deverão
convênios, contratos de repasse e termos de cooperação, nos termos do ser extintos ou registrados no SICONV nos termos desta Portaria.
inciso IV do art. 6º; e NOTA: Este artigo foi revogado pela Portaria Interministerial 534/09, de
II - o registro daqueles identificados como causadores do dano ao erário na 30.12.09, re-publicada na Edição Extra do DOU de 31.12.09, por ter saído
conta "DIVERSOS RESPONSÁVEIS" do SIAFI. com incorreção no original publicado em 31.12.09.
Art. 64. No caso da apresentação da prestação de contas ou recolhimento Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput aos convênios ou
integral do débito imputado, antes do encaminhamento da tomada de contratos de repasse que se encontrarem na situação prevista nos arts. 63
contas especial ao Tribunal de Contas da União, deverá ser retirado o a 65.
registro da inadimplência no SICONV, procedida a análise da documenta- NOTA: Este parágrafo foi revogado pela Portaria Interministerial 534/09, de
ção e adotados os seguintes procedimentos: 30.12.09, re-publicada na Edição Extra do DOU de 31.12.09, por ter saído
I - aprovada a prestação de contas ou comprovado o recolhimento do com incorreção no original publicado em 31.12.09.
débito, o concedente ou contratante deverá: Art. 69. O SICONV disponibilizará acesso privilegiado às suas funcionali-
a) registrar a aprovação no SICONV; dades ao Tribunal de Contas da União, Ministério Público Federal, ao
b) comunicar a aprovação ao órgão onde se encontre a tomada de contas Congresso Nacional e à Controladoria Geral da União.
especial, visando o arquivamento do processo; Art. 70. A cotação prévia de preços, prevista nos artigos 45 e 46, será
c) registrar a baixa da responsabilidade; e implementada no SICONV a partir de 01 de janeiro de 2009, de acordo com
d) dar conhecimento do fato ao Tribunal de Contas da União, em forma de normas a serem expedidas na forma do inciso II do § 4º do art. 13 do
anexo, quando da tomada ou prestação de contas anual dos responsáveis Decreto nº 6.170, de 2007.
do órgão/entidade concedente ou contratante; TERMO DE COOPERAÇÃO
II - não aprovada a prestação de contas, o concedente ou contratante Art. 71. Os termos de cooperação serão regulados na forma do art. 18 do
deverá: Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007.
a) comunicar o fato ao órgão onde se encontre a Tomada de Contas Espe- Parágrafo Único. Os Secretários-Executivos dos Ministérios da Fazenda, do
cial para que adote as providências necessárias ao prosseguimento do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Controladoria-Geral da União,
feito, sob esse novo fundamento; e aprovarão em ato conjunto, minuta-padrão do termo de cooperação, a fim
b) reinscrever a inadimplência do órgão ou entidade convenente ou contra- de orientar os órgãos e entidades envolvidos na celebração deste instru-
tado e manter a inscrição de responsabilidade. mento, enquanto na for regulamentado.
Art. 65. No caso da apresentação da prestação de contas ou recolhimento NOTA: O artigo foi alterado e houve também a inclusão do parágrafo único
integral do débito imputado, após o encaminhamento da tomada de contas pela Portaria Interministerial 342/08, de 05.11.08, publicada no DOU de
especial ao Tribunal de Contas da União, proceder-se-á a retirada do 06.11.08.
registro da inadimplência, e: Art. 72. A utilização dos indicadores de eficiência e eficácia para aferição
I - aprovada a prestação de contas ou comprovado o recolhimento integral da qualificação técnica e capacidade operacional das entidades privadas
do débito imputado: sem fins lucrativos, a que se refere o § 2º do art. 5º, será obrigatória para
a) comunicar-se-á o fato à respectiva unidade de controle interno que instrumentos celebrados a partir de 1º de janeiro de 2011.
certificou as contas para adoção de providências junto ao Tribunal de Parágrafo único. Os indicadores a que se refere o caput deverão ser utili-
Contas da União; e zados como critério de seleção das entidades privadas sem fins lucrativos.
b) manter-se-á a baixa da inadimplência, bem como a inscrição da respon- TERMO DE PARCERIA
sabilidade apurada, que só poderá ser alterada mediante determinação do Art. 73. Todos os atos referentes à celebração, execução, acompanhamen-
Tribunal; to e fiscalização dos termos de parceria celebrados a partir do dia 1º janeiro
II - não sendo aprovada a prestação de contas: de 2009 deverão ser realizados ou registrados em módulo específico do
a) comunicar-se-á o fato à unidade de controle interno que certificou as SICONV.
contas para adoção de providências junto ao Tribunal de Contas da União; Art. 74. Os órgãos e entidades da Administração Pública federal, repassa-
e dores de recursos financeiros oriundos do Orçamento Fiscal e da Segurida-
b) reinscrever-se-á a inadimplência do órgão ou entidade convenente ou de Social da União, referidos no art. 1°, deverão disponibilizar no SICONV
contratado e manter-se-á a inscrição de responsabilidade. seus programas, projetos e atividades, conforme previsto no art. 4°, no
TÍTULO VI prazo máximo de trinta dias a contar da publicação desta Portaria.
DA PADRONIZAÇÃO DOS OBJETOS
Art. 74-A. O disposto nos arts. 4º e 25, inciso I, somente será exigido a b) sociedades simples (Novo Código Civil) inclusive sociedades coope-
partir de 1º de agosto de 2008. rativas;
Parágrafo único. Até a data mencionada no caput, as exigências que seri- c) fundações de direito privado;
am cumpridas por meio do SICONV deverão ser supridas através da regu- d) condomínios edilícios.
lar instrução processual. As retenções serão efetuadas sem prejuízo da Retenção do Imposto de
NOTA: O artigo e o parágrafo único foram incluídos pela Portaria Interminis- Renda na Fonte das pessoas jurídicas sujeitas a alíquotas específicas
terial 165/08, de 20.06.08, publicada no DOU de 23.06.08. previstas na legislação.
NOTA: Este artigo e seu parágrafo único foram revogados pela Porta- A empresa prestadora do serviço deverá informar no documento fiscal
ria Interministerial 342/08, de 05.11.08, publicada no DOU de 06.11.08. o valor correspondente à retenção das contribuições incidentes sobre a
Art. 74-B. A Instrução Normativa nº 01, de 15 de janeiro de 1997, da Secre- operação.
taria do Tesouro Nacional, não se aplica aos convênios e contratos de Os serviços sujeitos à Retenção de Imposto de Renda na Fonte são os
repasse celebrados sob a vigência desta Portaria. relacionados nos artigos 647 a 652 do Regulamento do Imposto de Renda
NOTA: Este artigo foi acrescido pela Portaria Interministerial 342/08, de (RIR/1999).
05.11.08, publicada no DOU de 06.11.08. A partir de 01/02/2004 também está sujeita à Retenção do Imposto de
Art. 75. Os casos omissos serão dirimidos na forma do art. 13, § 4º, do Renda na Fonte as importâncias pagas ou creditadas a empresas de facto-
Decreto nº 6.170, de 2007. ring.
Art. 76. Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação. O Imposto de Renda descontado na fonte será considerado antecipa-
RETIFICAÇÕES PUBLICADAS NO D.O.U. DE 02.06.08 ção do devido pela beneficiária e será compensado com o IRPJ devido pela
Na Portaria nº 127, de 29 de maio de 2008, publicada no Diário Oficial da pessoa jurídica que sofreu a retenção.
União de 30 de maio de 2008, Seção 1, página 100, Conforme determinam as Leis nºs 9.430/1996 artigo 64 e 10.833/2003
Onde se lê: "Art. 1º, § 1º, inciso VII ... Lei 11.107, de 6 de abril de 2005", artigo 34, alterada pela Lei nº 11.727/2008, deverão reter na fonte o IRPJ, a
leia-se: "Art. 1º, § 1º, inciso VII - ... Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005". CSLL, a Cofins e o PIS/Pasep sobre os pagamentos que efetuarem às
Onde se lê: "Art. 1º, § 1º, inciso XIX ... Lei 9.790, de 23 de março de 1999, pessoas jurídicas, pelo fornecimento de bens ou prestação de serviços em
...", leia-se "Art. 1º, § 1º, inciso XIX ...Lei nº 9.790, de 23 de março de geral, inclusive obras, as seguintes entidades:
1999...". a) órgãos da administração federal direta;
Onde se lê: "Art. 10 - A celebração do convênio com consórcio público b) autarquias;
para transferência de recursos da União está condicionada ao atendimento, c) fundações federais;
pelos entes federativos consorciados...", leia-se: "Art. 10 - A celebração do d) empresas públicas;
convênio com consórcio público para transferência de recursos da União e) sociedades de economia mista; e
está condicionada ao atendimento, pelos entes federativos-consorciados...". f) demais entidades em que a União, direta ou indiretamente detenha a
Onde se lê: "Art. 17, § 1º - O representante do do órgão ...", leia-se: Art. maioria do capital social sujeito a voto, e que recebam recursos do Tesouro
17, § 1º - O representante do órgão .. Nacional e estejam obrigadas a registrar sua execução orçamentária e
Onde se lê: "Art. 17, § 2º, inciso I - cópia autenticada dos documentos financeira no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo
pessoais do representante, em especial, Carteira de Indentidade e CPF", Federal (Siafi).
leia-se:cópia autenticada dos documentos pessoais do representante, em A Instrução Normativa SRF nº 480/2004 regulamenta a retenção na
especial, Carteira de Identidade e CPF". fonte de tributos e contribuições nos pagamentos efetuados pelas pessoas
jurídicas acima mencionadas a outras pessoas jurídicas pelo fornecimento
12. Procedimentos de retenção de impostos e contribuições de bens e serviços.
federais. A Instrução Normativa SRF nº 480/2004 foi parcialmente alterada pelas
Instruções Normativas SRF nºs 539/2005 e 706/2007, e pelas Instruções
Normativas RFB nºs 765/2007 e 791/2007
RETENÇÃO NA FONTE DOS TRIBUTOS FEDERAIS
por Terezinha Massambani
13. Lei nº 9.430/96 e alterações posteriores.
A sistemática de retenção na fonte dos tributos federais para o seg- LEI Nº 9.430, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1996.
mento de prestação de serviços é um dos instrumentos cada vez mais Dispõe sobre a legislação tributária federal, as contribuições para a
utilizados para otimizar a arrecadação tributária, pois melhora o fluxo de
seguridade social, o processo administrativo de consulta e dá outras
caixa do governo, facilita a fiscalização e combate a sonegação fiscal.
A Retenção do Imposto de Renda na Fonte (IRRF) já é utilizada há providências.
muito tempo pela administração tributária, e a partir de fevereiro de 2004, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
foi instituída pela Lei nº 10.833/2003 a retenção na fonte também das Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Contribuições Sociais (CSRF). Capítulo I
Assim, a Receita Federal atribui ao tomador dos serviços a responsabi- IMPOSTO DE RENDA - PESSOA JURÍDICA
lidade pela retenção e recolhimento do Imposto de Renda, da Contribuição Seção I
Social sobre o Lucro e das Contribuições PIS/Pasep e Cofins. Apuração da Base de Cálculo
Período de Apuração Trimestral
Nos pagamentos efetuados por órgãos públicos federais e empresas Art. 1º A partir do ano-calendário de 1997, o imposto de renda das
de economia mista federal, também há a obrigatoriedade de Retenção do pessoas jurídicas será determinado com base no lucro real, presumido, ou
Imposto de Renda, da Contribuição Social sobre o Lucro e das Contribui- arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de
ções PIS/Pasep e Cofins, inclusive no caso de venda de mercadorias. março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-
De acordo com o artigo 30 da Lei nº 10.833/2003, e Instrução Normati- calendário, observada a legislação vigente, com as alterações desta Lei.
va SRF nº 459/2004, alterada pela Instrução Normativa RFB nº 765/2007, a § 1º Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base
partir de 01/02/2004, estão sujeitos à retenção na fonte da Contribuição de cálculo e do imposto de renda devido será efetuada na data do evento,
Social sobre o Lucro (CSLL), da Cofins e do PIS/Pasep os pagamentos observado o disposto no art. 21 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de
efetuados pelas pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas de direito 1995.
privado, pela prestação de alguns tipos de serviços. § 2° Na extinção da pessoa jurídica, pelo encerramento da liquidação,
O fato gerador da retenção na fonte das contribuições sociais ocorre a apuração da base de cálculo e do imposto devido será efetuada na data
pelo "pagamento" dos serviços, inclusive os pagamentos antecipados por desse evento.
conta de prestação de serviços para entrega futura. Pagamento por Estimativa
A obrigatoriedade da retenção na fonte aplica-se inclusive aos paga- Art. 2º A pessoa jurídica sujeita a tributação com base no lucro real
mentos efetuados por: poderá optar pelo pagamento do imposto, em cada mês, determinado sobre
a) associações, inclusive entidades sindicais, federações, confedera- base de cálculo estimada, mediante a aplicação, sobre a receita bruta
ções, centrais sindicais e serviços sociais autônomos; auferida mensalmente, dos percentuais de que trata o art. 15 da Lei nº
9.249, de 26 de dezembro de 1995, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do II - compensado com o imposto a ser pago a partir do mês de abril do
art. 29 e nos arts. 30 a 32, 34 e 35 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de ano subseqüente, se negativo, assegurada a alternativa de requerer, após
1995, com as alterações da Lei nº 9.065, de 20 de junho de 1995. (Regu- a entrega da declaração de rendimentos, a restituição do montante pago a
lamento) maior.
§ 1o O imposto a ser pago mensalmente na forma deste artigo será § 2º O saldo do imposto a pagar de que trata o inciso I do parágrafo
determinado mediante a aplicação, sobre a base de cálculo, da alíquota de anterior será acrescido de juros calculados à taxa a que se refere o § 3º do
quinze por cento. art. 5º, a partir de 1º de fevereiro até o último dia do mês anterior ao do
§ 2o A parcela da base de cálculo, apurada mensalmente, que exce- pagamento e de um por cento no mês do pagamento.
der a R$ 20.000,00 (vinte mil reais) ficará sujeita à incidência de adicional § 3º O prazo a que se refere o inciso I do § 1º não se aplica ao impos-
de imposto de renda à alíquota de dez por cento. to relativo ao mês de dezembro, que deverá ser pago até o último dia útil do
§ 3o A pessoa jurídica que optar pelo pagamento do imposto na forma mês de janeiro do ano subseqüente.
deste artigo deverá apurar o lucro real em 31 de dezembro de cada ano, Disposições Transitórias
exceto nas hipóteses de que tratam os §§ 1º e 2º do artigo anterior. Art. 7º Alternativamente ao disposto no art. 40 da Lei nº 8.981, de 20
§ 4º Para efeito de determinação do saldo de imposto a pagar ou a ser de janeiro de 1995, com as alterações da Lei nº 9.065, de 20 de junho de
compensado, a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido o valor: 1995, a pessoa jurídica tributada com base no lucro real ou presumido
I - dos incentivos fiscais de dedução do imposto, observados os limites poderá efetuar o pagamento do saldo do imposto devido, apurado em 31
e prazos fixados na legislação vigente, bem como o disposto no § 4º do art. de dezembro de 1996, em até quatro quotas mensais, iguais e sucessivas,
3º da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995; devendo a primeira ser paga até o último dia útil do mês de março de 1997
II - dos incentivos fiscais de redução e isenção do imposto, calculados e as demais no último dia útil dos meses subseqüentes.
com base no lucro da exploração; § 1º Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil re-
III - do imposto de renda pago ou retido na fonte, incidente sobre ais) e o imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) será pago
receitas computadas na determinação do lucro real; em quota única, até o último dia útil do mês de março de 1997.
IV - do imposto de renda pago na forma deste artigo. § 2º As quotas do imposto serão acrescidas de juros calculados à taxa
Seção II a que se refere o § 3º do art. 5º, a partir de 1º de abril de 1997 até o último
Pagamento do Imposto dia do mês anterior ao do pagamento e de um por cento no mês do paga-
Escolha da Forma de Pagamento mento.
Art. 3º A adoção da forma de pagamento do imposto prevista no art. § 3º Havendo saldo de imposto pago a maior, a pessoa jurídica poderá
1º, pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime do lucro real, ou a opção pela compensá-lo com o imposto devido, correspondente aos períodos de
forma do art. 2º será irretratável para todo o ano-calendário. apuração subseqüentes, facultado o pedido de restituição.
Parágrafo único. A opção pela forma estabelecida no art. 2º será Art. 8º As pessoas jurídicas, mesmo as que não tenham optado pela
manifestada com o pagamento do imposto correspondente ao mês de forma de pagamento do art. 2º, deverão calcular e pagar o imposto de
janeiro ou de início de atividade. renda relativo aos meses de janeiro e fevereiro de 1997 de conformidade
Adicional do Imposto de Renda com o referido dispositivo.
Art. 4º Os §§ 1º e 2º do art. 3º da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de Parágrafo único. Para as empresas submetidas às normas do art. 1º o
1995, passam a vigorar com a seguinte redação: imposto pago com base na receita bruta auferida nos meses de janeiro e
"Art. 3º. .......................................................................... fevereiro de 1997 será deduzido do que for devido em relação ao período
§ 1º A parcela do lucro real, presumido ou arbitrado, que exceder o va- de apuração encerrado no dia 31 de março de 1997.
lor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo Seção III
número de meses do respectivo período de apuração, sujeita-se à inci- Perdas no Recebimento de Créditos
dência de adicional de imposto de renda à alíquota de dez por cento. Dedução
§ 2º O disposto no parágrafo anterior aplica-se, inclusive, nos casos de Art. 9º As perdas no recebimento de créditos decorrentes das ativida-
incorporação, fusão ou cisão e de extinção da pessoa jurídica pelo en- des da pessoa jurídica poderão ser deduzidas como despesas, para deter-
cerramento da liquidação. minação do lucro real, observado o disposto neste artigo.
Imposto Correspondente a Período Trimestral § 1º Poderão ser registrados como perda os créditos:
Art. 5º O imposto de renda devido, apurado na forma do art. 1º, será I - em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do
pago em quota única, até o último dia útil do mês subseqüente ao do encer- devedor, em sentença emanada do Poder Judiciário;
ramento do período de apuração. II - sem garantia, de valor:
§ 1º À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em a) até R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por operação, vencidos há mais
até três quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil de seis meses, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais
dos três meses subseqüentes ao de encerramento do período de apuração para o seu recebimento;
a que corresponder. b) acima de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) até R$ 30.000,00 (trinta mil
§ 2º Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil re- reais), por operação, vencidos há mais de um ano, independentemente de
ais) e o imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) será pago iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, porém, manti-
em quota única, até o último dia útil do mês subseqüente ao do encerra- da a cobrança administrativa;
mento do período de apuração. c) superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), vencidos há mais de um
§ 3º As quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à ano, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu
taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC, recebimento;
para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do pri- III - com garantia, vencidos há mais de dois anos, desde que iniciados
meiro dia do segundo mês subseqüente ao do encerramento do período de e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto
apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de um por das garantias;
cento no mês do pagamento. IV - contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica declarada
§ 4º Nos casos de incorporação, fusão ou cisão e de extinção da concordatária, relativamente à parcela que exceder o valor que esta tenha
pessoa jurídica pelo encerramento da liquidação, o imposto devido deverá se comprometido a pagar, observado o disposto no § 5º.
ser pago até o último dia útil do mês subseqüente ao do evento, não se § 2º No caso de contrato de crédito em que o não pagamento de uma
lhes aplicando a opção prevista no § 1º. ou mais parcelas implique o vencimento automático de todas as demais
Pagamento por Estimativa parcelas vincendas, os limites a que se referem as alíneas a e b do inciso II
Art. 6º O imposto devido, apurado na forma do art. 2º, deverá ser pago do parágrafo anterior serão considerados em relação ao total dos créditos,
até o último dia útil do mês subseqüente àquele a que se referir. por operação, com o mesmo devedor.
§ 1º O saldo do imposto apurado em 31 de dezembro será: § 3º Para os fins desta Lei, considera-se crédito garantido o provenien-
I - pago em quota única, até o último dia útil do mês de março do ano te de vendas com reserva de domínio, de alienação fiduciária em garantia
subseqüente, se positivo, observado o disposto no § 2º; ou de operações com outras garantias reais.
§ 4º No caso de crédito com empresa em processo falimentar ou de momento do efetivo recebimento do crédito nas seguintes hipóte-
concordata, a dedução da perda será admitida a partir da data da decreta- ses: (Incluído pela Lei nº 12.431, de 2011). (Vide Lei nº 12.715, de 2012)
ção da falência ou da concessão da concordata, desde que a credora tenha I - operação de financiamento rural; (Incluído pela Lei nº 12.431, de
adotado os procedimentos judiciais necessários para o recebimento do 2011).
crédito. II - operação de crédito concedido a pessoa física de valor igual ou
§ 5º A parcela do crédito cujo compromisso de pagar não houver sido inferior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), apurado no momento da perda dos
honrado pela empresa concordatária poderá, também, ser deduzida como créditos. (Incluído pela Lei nº 12.431, de 2011).
perda, observadas as condições previstas neste artigo. Disposição Transitória
§ 6º Não será admitida a dedução de perda no recebimento de crédi- Art. 13. No balanço levantado para determinação do lucro real em 31
tos com pessoa jurídica que seja controladora, controlada, coligada ou de dezembro de 1996, a pessoa jurídica poderá optar pela constituição de
interligada, bem como com pessoa física que seja acionista controlador, provisão para créditos de liquidação duvidosa na forma do art. 43 da Lei nº
sócio, titular ou administrador da pessoa jurídica credora, ou parente até o 8.981, de 20 de janeiro de 1995, com as alterações da Lei nº 9.065, de 20
terceiro grau dessas pessoas físicas. de junho de 1995, ou pelos critérios de perdas a que se referem os arts. 9º
Registro Contábil das Perdas a 12.
Art. 10. Os registros contábeis das perdas admitidas nesta Lei serão Saldo de Provisões Existente em 31.12.96
efetuados a débito de conta de resultado e a crédito: Art. 14. A partir do ano-calendário de 1997, ficam revogadas as nor-
I - da conta que registra o crédito de que trata a alínea a do inciso II do mas previstas no art. 43 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, com as
§ 1º do artigo anterior; alterações da Lei nº 9.065, de 20 de junho de 1995, bem como a autoriza-
II - de conta redutora do crédito, nas demais hipóteses. ção para a constituição de provisão nos termos dos artigos citados, contida
§ 1º Ocorrendo a desistência da cobrança pela via judicial, antes de no inciso I do art. 13 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995.
decorridos cinco anos do vencimento do crédito, a perda eventualmente § 1º A pessoa jurídica que, no balanço de 31 de dezembro de 1996,
registrada deverá ser estornada ou adicionada ao lucro líquido, para deter- optar pelos critérios de dedução de perdas de que tratam os arts. 9º a 12
minação do lucro real correspondente ao período de apuração em que se deverá, nesse mesmo balanço, reverter os saldos das provisões para
der a desistência. créditos de liquidação duvidosa, constituídas na forma do art. 43 da Lei nº
§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, o imposto será considerado 8.981, de 20 de janeiro de 1995, com as alterações da Lei nº 9.065, de 20
como postergado desde o período de apuração em que tenha sido reco- de junho de 1995.
nhecida a perda. § 2º Para a pessoa jurídica que, no balanço de 31 de dezembro de
§ 3º Se a solução da cobrança se der em virtude de acordo homologa- 1996, optar pela constituição de provisão na forma do art. 43 da Lei nº
do por sentença judicial, o valor da perda a ser estornado ou adicionado ao 8.981, de 20 de janeiro de 1995, com as alterações da Lei nº 9.065, de 20
lucro líquido para determinação do lucro real será igual à soma da quantia de junho de 1995, a reversão a que se refere o parágrafo anterior será
recebida com o saldo a receber renegociado, não sendo aplicável o dispos- efetuada no balanço correspondente ao primeiro período de apuração
to no parágrafo anterior. encerrado em 1997, se houver adotado o regime de apuração trimestral, ou
§ 4º Os valores registrados na conta redutora do crédito referida no no balanço de 31 de dezembro de 1997 ou da data da extinção, se houver
inciso II do caput poderão ser baixados definitivamente em contrapartida à optado pelo pagamento mensal de que trata o art. 2º.
conta que registre o crédito, a partir do período de apuração em que se § 3º Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a reversão de que
completar cinco anos do vencimento do crédito sem que o mesmo tenha trata o parágrafo anterior será efetuada no balanço que servir de base à
sido liquidado pelo devedor. apuração do lucro real correspondente.
Encargos Financeiros de Créditos Vencidos Seção IV
Art. 11. Após dois meses do vencimento do crédito, sem que tenha Rendimentos do Exterior
havido o seu recebimento, a pessoa jurídica credora poderá excluir do lucro Compensação de Imposto Pago
líquido, para determinação do lucro real, o valor dos encargos financeiros Art. 15. A pessoa jurídica domiciliada no Brasil que auferir, de fonte no
incidentes sobre o crédito, contabilizado como receita, auferido a partir do exterior, receita decorrente da prestação de serviços efetuada diretamente
prazo definido neste artigo. poderá compensar o imposto pago no país de domicílio da pessoa física ou
§ 1º Ressalvadas as hipóteses das alíneas a e b do inciso II do § 1º do jurídica contratante, observado o disposto no art. 26 da Lei nº 9.249, de 26
art. 9º, o disposto neste artigo somente se aplica quando a pessoa jurídica de dezembro de 1995.
houver tomado as providências de caráter judicial necessárias ao recebi- Lucros e Rendimentos
mento do crédito. Art. 16. Sem prejuízo do disposto nos arts. 25, 26 e 27 da Lei nº 9.249,
§ 2º Os valores excluídos deverão ser adicionados no período de de 26 de dezembro de 1995, os lucros auferidos por filiais, sucursais,
apuração em que, para os fins legais, se tornarem disponíveis para a controladas e coligadas, no exterior, serão:
pessoa jurídica credora ou em que reconhecida a respectiva perda. I - considerados de forma individualizada, por filial, sucursal, controla-
§ 3º A partir da citação inicial para o pagamento do débito, a pessoa da ou coligada;
jurídica devedora deverá adicionar ao lucro líquido, para determinação do II - arbitrados, os lucros das filiais, sucursais e controladas, quando
lucro real, os encargos incidentes sobre o débito vencido e não pago que não for possível a determinação de seus resultados, com observância das
tenham sido deduzidos como despesa ou custo, incorridos a partir daquela mesmas normas aplicáveis às pessoas jurídicas domiciliadas no Brasil e
data. computados na determinação do lucro real.
§ 4º Os valores adicionados a que se refere o parágrafo anterior § 1º Os resultados decorrentes de aplicações financeiras de renda
poderão ser excluídos do lucro líquido, para determinação do lucro real, no variável no exterior, em um mesmo país, poderão ser consolidados para
período de apuração em que ocorra a quitação do débito por qualquer efeito de cômputo do ganho, na determinação do lucro real.
forma. § 2º Para efeito da compensação de imposto pago no exterior, a
Créditos Recuperados pessoa jurídica:
Art. 12. Deverá ser computado na determinação do lucro real o I - com relação aos lucros, deverá apresentar as demonstrações
montante dos créditos deduzidos que tenham sido recuperados, em qual- financeiras correspondentes, exceto na hipótese do inciso II do caput deste
quer época ou a qualquer título, inclusive nos casos de novação da dívida artigo;
ou do arresto dos bens recebidos em garantia real. II - fica dispensada da obrigação a que se refere o § 2º do art. 26 da
§ 1o Os bens recebidos a título de quitação do débito serão escritu- Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, quando comprovar que a legisla-
rados pelo valor do crédito ou avaliados pelo valor definido na decisão ção do país de origem do lucro, rendimento ou ganho de capital prevê a
judicial que tenha determinado sua incorporação ao patrimônio do cre- incidência do imposto de renda que houver sido pago, por meio do docu-
dor. (Incluído pela Lei nº 12.431, de 2011). mento de arrecadação apresentado.
§ 2o Nas operações de crédito realizadas por instituições autoriza- § 3º Na hipótese de arbitramento do lucro da pessoa jurídica domicili-
das a funcionar pelo Banco Central do Brasil, nos casos de renegociação ada no Brasil, os lucros, rendimentos e ganhos de capital oriundos do
de dívida, o reconhecimento da receita para fins de incidência de imposto exterior serão adicionados ao lucro arbitrado para determinação da base de
sobre a renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido ocorrerá no cálculo do imposto.
§ 4º Do imposto devido correspondente a lucros, rendimentos ou § 7º A parcela dos custos que exceder ao valor determinado de con-
ganhos de capital oriundos do exterior não será admitida qualquer destina- formidade com este artigo deverá ser adicionada ao lucro líquido, para
ção ou dedução a título de incentivo fiscal. determinação do lucro real.
Operações de Cobertura em Bolsa do Exterior § 8º A dedutibilidade dos encargos de depreciação ou amortização dos
Art. 17. Serão computados na determinação do lucro real os resultados bens e direitos fica limitada, em cada período de apuração, ao montante
líquidos, positivos ou negativos, obtidos em operações de cobertura (hed- calculado com base no preço determinado na forma deste artigo.
ge) realizadas em mercados de liquidação futura, diretamente pela empresa § 9º O disposto neste artigo não se aplica aos casos de royalties e
brasileira, em bolsas no exterior. assistência técnica, científica, administrativa ou assemelhada, os quais
Parágrafo único. A Secretaria da Receita Federal e o Banco Central do permanecem subordinados às condições de dedutibilidade constantes da
Brasil expedirão instruções para a apuração do resultado líquido, sobre a legislação vigente.
movimentação de divisas relacionadas com essas operações, e outras que § 10. (Vide Lei nº 12.715, de 2012)
se fizerem necessárias à execução do disposto neste artigo. (Incluído pela Receitas Oriundas de Exportações para o Exterior
lei nº 11.033, de 2004) Art. 19. As receitas auferidas nas operações efetuadas com pessoa
Seção V vinculada ficam sujeitas a arbitramento quando o preço médio de venda
Preços de Transferência dos bens, serviços ou direitos, nas exportações efetuadas durante o res-
Bens, Serviços e Direitos Adquiridos no Exterior pectivo período de apuração da base de cálculo do imposto de renda, for
inferior a noventa por cento do preço médio praticado na venda dos mes-
Art. 18. Os custos, despesas e encargos relativos a bens, serviços e mos bens, serviços ou direitos, no mercado brasileiro, durante o mesmo
direitos, constantes dos documentos de importação ou de aquisição, nas período, em condições de pagamento semelhantes.
operações efetuadas com pessoa vinculada, somente serão dedutíveis na § 1º Caso a pessoa jurídica não efetue operações de venda no merca-
determinação do lucro real até o valor que não exceda ao preço determina- do interno, a determinação dos preços médios a que se refere o caput será
do por um dos seguintes métodos: efetuada com dados de outras empresas que pratiquem a venda de bens,
I - Método dos Preços Independentes Comparados - PIC: definido serviços ou direitos, idênticos ou similares, no mercado brasileiro.
como a média aritmética dos preços de bens, serviços ou direitos, idênticos § 2º Para efeito de comparação, o preço de venda:
ou similares, apurados no mercado brasileiro ou de outros países, em I - no mercado brasileiro, deverá ser considerado líquido dos descon-
operações de compra e venda, em condições de pagamento semelhantes; tos incondicionais concedidos, do imposto sobre a circulação de mercadori-
(Vide Medida Provisória nº 563, de 2012) (Vide Lei nº 12.715, de 2012) as e serviços, do imposto sobre serviços e das contribuições para a seguri-
II - Método do Preço de Revenda menos Lucro - PRL: definido como a dade social - COFINS e para o PIS/PASEP;
média aritmética dos preços de revenda dos bens ou direitos, diminuídos: II - nas exportações, será tomado pelo valor depois de diminuído dos
a) dos descontos incondicionais concedidos; (Vide Medida Provisória encargos de frete e seguro, cujo ônus tenha sido da empresa exportadora.
nº 563, de 2012) (Vide Lei nº 12.715, de 2012) § 3º Verificado que o preço de venda nas exportações é inferior ao
b) dos impostos e contribuições incidentes sobre as vendas; (Vide limite de que trata este artigo, as receitas das vendas nas exportações
Medida Provisória nº 563, de 2012) (Vide Lei nº 12.715, de 2012) serão determinadas tomando-se por base o valor apurado segundo um dos
c) das comissões e corretagens pagas; (Vide Medida Provisória nº seguintes métodos:
563, de 2012) (Vide Lei nº 12.715, de 2012) I - Método do Preço de Venda nas Exportações - PVEx: definido como
d) da margem de lucro de: (Redação dada pela Lei nº 9.959, de 2000) a média aritmética dos preços de venda nas exportações efetuadas pela
(Vide Medida Provisória nº 563, de 2012) (Vide Lei nº 12.715, de 2012) própria empresa, para outros clientes, ou por outra exportadora nacional de
1. sessenta por cento, calculada sobre o preço de revenda após bens, serviços ou direitos, idênticos ou similares, durante o mesmo período
deduzidos os valores referidos nas alíneas anteriores e do valor agregado de apuração da base de cálculo do imposto de renda e em condições de
no País, na hipótese de bens importados aplicados à produção; (Incluído pagamento semelhantes;
pela Lei nº 9.959, de 2000) (Vide Lei nº 12.715, de 2012) II - Método do Preço de Venda por Atacado no País de Destino, Dimi-
2. vinte por cento, calculada sobre o preço de revenda, nas demais nuído do Lucro - PVA: definido como a média aritmética dos preços de
hipóteses. (Incluído pela Lei nº 9.959, de 2000) (Vide Lei nº 12.715, de venda de bens, idênticos ou similares, praticados no mercado atacadista do
2012) país de destino, em condições de pagamento semelhantes, diminuídos dos
III - Método do Custo de Produção mais Lucro - CPL: definido como o tributos incluídos no preço, cobrados no referido país, e de margem de
custo médio de produção de bens, serviços ou direitos, idênticos ou simila- lucro de quinze por cento sobre o preço de venda no atacado;
res, no país onde tiverem sido originariamente produzidos, acrescido dos III - Método do Preço de Venda a Varejo no País de Destino, Diminuí-
impostos e taxas cobrados pelo referido país na exportação e de margem do do Lucro - PVV: definido como a média aritmética dos preços de venda
de lucro de vinte por cento, calculada sobre o custo apurado. (Vide Medida de bens, idênticos ou similares, praticados no mercado varejista do país de
Provisória nº 563, de 2012) (Vide Lei nº 12.715, de 2012) destino, em condições de pagamento semelhantes, diminuídos dos tributos
§ 1º As médias aritméticas dos preços de que tratam os incisos I e II e incluídos no preço, cobrados no referido país, e de margem de lucro de
o custo médio de produção de que trata o inciso III serão calculados consi- trinta por cento sobre o preço de venda no varejo;
derando os preços praticados e os custos incorridos durante todo o período IV - Método do Custo de Aquisição ou de Produção mais Tributos e
de apuração da base de cálculo do imposto de renda a que se referirem os Lucro - CAP: definido como a média aritmética dos custos de aquisição ou
custos, despesas ou encargos. (Vide Medida Provisória nº 563, de 2012) de produção dos bens, serviços ou direitos, exportados, acrescidos dos
(Vide Lei nº 12.715, de 2012) impostos e contribuições cobrados no Brasil e de margem de lucro de
§ 2º Para efeito do disposto no inciso I, somente serão consideradas quinze por cento sobre a soma dos custos mais impostos e contribuições.
as operações de compra e venda praticadas entre compradores e vendedo- § 4º As médias aritméticas de que trata o parágrafo anterior serão
res não vinculados. calculadas em relação ao período de apuração da respectiva base de
§ 3º Para efeito do disposto no inciso II, somente serão considerados cálculo do imposto de renda da empresa brasileira.
os preços praticados pela empresa com compradores não vinculados. § 5º Na hipótese de utilização de mais de um método, será considera-
§ 4º Na hipótese de utilização de mais de um método, será considera- do o menor dos valores apurados, observado o disposto no parágrafo
do dedutível o maior valor apurado, observado o disposto no parágrafo subseqüente.
subseqüente. § 6º Se o valor apurado segundo os métodos mencionados no § 3º for
§ 5º Se os valores apurados segundo os métodos mencionados neste inferior aos preços de venda constantes dos documentos de exportação,
artigo forem superiores ao de aquisição, constante dos respectivos docu- prevalecerá o montante da receita reconhecida conforme os referidos
mentos, a dedutibilidade fica limitada ao montante deste último. documentos.
§ 6º Integram o custo, para efeito de dedutibilidade, o valor do frete e § 7º A parcela das receitas, apurada segundo o disposto neste artigo,
do seguro, cujo ônus tenha sido do importador e os tributos incidentes na que exceder ao valor já apropriado na escrituração da empresa deverá ser
importação. (Vide Medida Provisória nº 563, de 2012) (Vide Lei nº 12.715, adicionada ao lucro líquido, para determinação do lucro real, bem como ser
de 2012) computada na determinação do lucro presumido e do lucro arbitrado.
§ 6o-A (Vide Lei nº 12.715, de 2012)
§ 8º Para efeito do disposto no § 3º, somente serão consideradas as correspondente à operação, no mínimo o valor apurado segundo o disposto
operações de compra e venda praticadas entre compradores e vendedores neste artigo.
não vinculados. § 2º Para efeito do limite a que se refere este artigo, os juros serão
Art. 20. O Ministro de Estado da Fazenda poderá, em circunstân- calculados com base no valor da obrigação ou do direito, expresso na
cias justificadas, alterar os percentuais de que tratam os arts. 18 e 19, de moeda objeto do contrato e convertida em reais pela taxa de câmbio,
ofício ou mediante requerimento conforme o § 2o do art. 21. (Redação dada divulgada pelo Banco Central do Brasil, para a data do termo final do cálcu-
pela Lei nº 12.715, de 2012) lo dos juros.
Art. 20-A. A partir do ano-calendário de 2012, a opção por um dos § 3º O valor dos encargos que exceder o limite referido no caput e a
métodos previstos nos arts. 18 e 19 será efetuada para o ano-calendário e diferença de receita apurada na forma do parágrafo anterior serão adicio-
não poderá ser alterada pelo contribuinte uma vez iniciado o procedimento nados à base de cálculo do imposto de renda devido pela empresa no
fiscal, salvo quando, em seu curso, o método ou algum de seus critérios de Brasil, inclusive ao lucro presumido ou arbitrado.
cálculo venha a ser desqualificado pela fiscalização, situação esta em que § 4º Nos casos de contratos registrados no Banco Central do Brasil,
deverá ser intimado o sujeito passivo para, no prazo de 30 (trinta) dias, serão admitidos os juros determinados com base na taxa registrada. (Vide
apresentar novo cálculo de acordo com qualquer outro método previsto na Lei nº 12.715, de 2012)
legislação. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012) Pessoa Vinculada - Conceito
§ 1o A fiscalização deverá motivar o ato caso desqualifique o mé- Art. 23. Para efeito dos arts. 18 a 22, será considerada vinculada à
todo eleito pela pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012) pessoa jurídica domiciliada no Brasil:
§ 2o A autoridade fiscal responsável pela verificação poderá deter- I - a matriz desta, quando domiciliada no exterior;
minar o preço parâmetro, com base nos documentos de que dispuser, e II - a sua filial ou sucursal, domiciliada no exterior;
aplicar um dos métodos previstos nos arts. 18 e 19, quando o sujeito passi- III - a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior,
vo, após decorrido o prazo de que trata o caput: (Incluído pela Lei nº cuja participação societária no seu capital social a caracterize como sua
12.715, de 2012) controladora ou coligada, na forma definida nos §§ 1º e 2º do art. 243 da
I - não apresentar os documentos que deem suporte à determina- Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976;
ção do preço praticado nem às respectivas memórias de cálculo para IV - a pessoa jurídica domiciliada no exterior que seja caracterizada
apuração do preço parâmetro, segundo o método escolhido; (Incluído pela como sua controlada ou coligada, na forma definida nos §§ 1º e 2º do art.
Lei nº 12.715, de 2012) 243 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976;
II - apresentar documentos imprestáveis ou insuficientes para de- V- a pessoa jurídica domiciliada no exterior, quando esta e a empresa
monstrar a correção do cálculo do preço parâmetro pelo método escolhido; domiciliada no Brasil estiverem sob controle societário ou administrativo
ou (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012) comum ou quando pelo menos dez por cento do capital social de cada
III - deixar de oferecer quaisquer elementos úteis à verificação dos uma pertencer a uma mesma pessoa física ou jurídica;
cálculos para apuração do preço parâmetro, pelo método escolhido, quan- VI - a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior,
do solicitados pela autoridade fiscal. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012) que, em conjunto com a pessoa jurídica domiciliada no Brasil, tiver partici-
§ 3o A Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fa- pação societária no capital social de uma terceira pessoa jurídica, cuja
zenda definirá o prazo e a forma de opção de que trata o caput. (Incluído soma as caracterizem como controladoras ou coligadas desta, na forma
pela Lei nº 12.715, de 2012) definida nos §§ 1º e 2º do art. 243 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de
Art. 20-B. A utilização do método de cálculo de preço parâmetro, 1976;
de que tratam os arts. 18 e 19, deve ser consistente por bem, serviço ou VII - a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior,
direito, para todo o ano-calendário. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012) que seja sua associada, na forma de consórcio ou condomínio, conforme
Apuração dos Preços Médios definido na legislação brasileira, em qualquer empreendimento;
Art. 21. Os custos e preços médios a que se referem os arts. 18 e 19 VIII - a pessoa física residente no exterior que for parente ou afim até
deverão ser apurados com base em: o terceiro grau, cônjuge ou companheiro de qualquer de seus diretores ou
I - publicações ou relatórios oficiais do governo do país do comprador de seu sócio ou acionista controlador em participação direta ou indireta;
ou vendedor ou declaração da autoridade fiscal desse mesmo país, quando IX - a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior,
com ele o Brasil mantiver acordo para evitar a bitributação ou para inter- que goze de exclusividade, como seu agente, distribuidor ou concessioná-
câmbio de informações; rio, para a compra e venda de bens, serviços ou direitos;
II - pesquisas efetuadas por empresa ou instituição de notório conhe- X - a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior, em
cimento técnico ou publicações técnicas, em que se especifiquem o setor, o relação à qual a pessoa jurídica domiciliada no Brasil goze de exclusivida-
período, as empresas pesquisadas e a margem encontrada, bem como de, como agente, distribuidora ou concessionária, para a compra e venda
identifiquem, por empresa, os dados coletados e trabalhados. de bens, serviços ou direitos.
§ 1º As publicações, as pesquisas e os relatórios oficiais a que se Países com Tributação Favorecida
refere este artigo somente serão admitidos como prova se houverem sido Art. 24. As disposições relativas a preços, custos e taxas de juros,
realizados com observância de métodos de avaliação internacionalmente constantes dos arts. 18 a 22, aplicam-se, também, às operações efetuadas
adotados e se referirem a período contemporâneo com o de apuração da por pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no Brasil, com qual-
base de cálculo do imposto de renda da empresa brasileira. quer pessoa física ou jurídica, ainda que não vinculada, residente ou domi-
§ 2º Admitir-se-ão margens de lucro diversas das estabelecidas nos ciliada em país que não tribute a renda ou que a tribute a alíquota máxima
arts. 18 e 19, desde que o contribuinte as comprove, com base em publica- inferior a vinte por cento.
ções, pesquisas ou relatórios elaborados de conformidade com o disposto § 1º Para efeito do disposto na parte final deste artigo, será considera-
neste artigo. da a legislação tributária do referido país, aplicável às pessoas físicas ou às
§ 3º As publicações técnicas, as pesquisas e os relatórios a que se pessoas jurídicas, conforme a natureza do ente com o qual houver sido
refere este artigo poderão ser desqualificados mediante ato do Secretário praticada a operação.
da Receita Federal, quando considerados inidôneos ou inconsistentes. § 2º No caso de pessoa física residente no Brasil:
Juros I - o valor apurado segundo os métodos de que trata o art. 18 será
Art. 22. Os juros pagos ou creditados a pessoa vinculada, quando considerado como custo de aquisição para efeito de apuração de ganho de
decorrentes de contrato não registrado no Banco Central do Brasil, somen- capital na alienação do bem ou direito;
te serão dedutíveis para fins de determinação do lucro real até o montante II - o preço relativo ao bem ou direito alienado, para efeito de apuração
que não exceda ao valor calculado com base na taxa Libor, para depósitos de ganho de capital, será o apurado de conformidade com o disposto no
em dólares dos Estados Unidos da América pelo prazo de seis meses, art. 19;
acrescida de três por cento anuais a título de spread, proporcionalizados III - será considerado como rendimento tributável o preço dos serviços
em função do período a que se referirem os juros. (Vide Medida Provisória prestados apurado de conformidade com o disposto no art. 19;
nº 563, de 2012) (Vide Lei nº 12.715, de 2012) IV - serão considerados como rendimento tributável os juros determi-
§ 1º No caso de mútuo com pessoa vinculada, a pessoa jurídica nados de conformidade com o art. 22.
mutuante, domiciliada no Brasil, deverá reconhecer, como receita financeira
§ 3º Para os fins do disposto neste artigo, considerar-se-á separada- Determinação
mente a tributação do trabalho e do capital, bem como as dependências do Art. 27. O lucro arbitrado será o montante determinado pela soma das
país de residência ou domicílio. (Incluído pela Lei nº 10.451, de 2002) seguintes parcelas:
§ 4o Considera-se também país ou dependência com tributação I - o valor resultante da aplicação dos percentuais de que trata o art.
favorecida aquele cuja legislação não permita o acesso a informações 16 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, sobre a receita bruta
relativas à composição societária de pessoas jurídicas, à sua titularidade ou definida pelo art. 31 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, auferida no
à identificação do beneficiário efetivo de rendimentos atribuídos a não período de apuração de que trata o art. 1º desta Lei;
residentes. (Incluído pela Lei nº 11.727, de 2008) II - os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos
Art. 24-A. Aplicam-se às operações realizadas em regime fiscal em aplicações financeiras, as demais receitas e os resultados positivos
privilegiado as disposições relativas a preços, custos e taxas de juros decorrentes de receitas não abrangidas pelo inciso anterior e demais valo-
constantes dos arts. 18 a 22 desta Lei, nas transações entre pessoas res determinados nesta Lei, auferidos naquele mesmo período.
físicas ou jurídicas residentes e domiciliadas no País com qualquer pessoa § 1º Na apuração do lucro arbitrado, quando não conhecida a receita
física ou jurídica, ainda que não vinculada, residente ou domiciliada no bruta, os coeficientes de que tratam os incisos II, III e IV do art. 51 da Lei nº
exterior. (Incluído pela Lei nº 11.727, de 2008) 8.981, de 20 de janeiro de 1995, deverão ser multiplicados pelo número de
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, considera-se regime meses do período de apuração.
fiscal privilegiado aquele que apresentar uma ou mais das seguintes carac- § 2º Na hipótese de utilização das alternativas de cálculo previstas nos
terísticas: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) incisos V a VIII do art. 51 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, o lucro
I – não tribute a renda ou a tribute à alíquota máxima inferior a 20% arbitrado será o valor resultante da soma dos valores apurados para cada
(vinte por cento); (Incluído pela Lei nº 11.727, de 2008) mês do período de apuração.
II – conceda vantagem de natureza fiscal a pessoa física ou jurídica Capítulo II
não residente: (Incluído pela Lei nº 11.727, de 2008) CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO
a) sem exigência de realização de atividade econômica substantiva no Seção I
país ou dependência; (Incluído pela Lei nº 11.727, de 2008) Apuração da Base de Cálculo e Pagamento
b) condicionada ao não exercício de atividade econômica substantiva Normas Aplicáveis
no país ou dependência; (Incluído pela Lei nº 11.727, de 2008) Art. 28. Aplicam-se à apuração da base de cálculo e ao pagamento
III – não tribute, ou o faça em alíquota máxima inferior a 20% (vinte por da contribuição social sobre o lucro líquido as normas da legislação vigente
cento), os rendimentos auferidos fora de seu território; (Incluído pela Lei nº e as correspondentes aos arts. 1o a 3o, 5o a 14, 17 a 24-B, 26, 55 e 71.
11.727, de 2008) (Redação dada pela Lei nº 12.715, de 2012)
IV – não permita o acesso a informações relativas à composição Empresas sem Escrituração Contábil
societária, titularidade de bens ou direitos ou às operações econômicas Art. 29. A base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido,
realizadas. (Incluído pela Lei nº 11.727, de 2008) devida pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido ou
Art. 24-B. O Poder Executivo poderá reduzir ou restabelecer os per- arbitrado e pelas demais empresas dispensadas de escrituração contábil,
centuais de que tratam o caput do art. 24 e os incisos I e III do parágrafo corresponderá à soma dos valores:
único do art. 24-A, ambos desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.727, de 2008) I - de que trata o art. 20 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995;
Parágrafo único. O uso da faculdade prevista no caput deste artigo II - os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos
poderá também ser aplicado, de forma excepcional e restrita, a países que em aplicações financeiras, as demais receitas e os resultados positivos
componham blocos econômicos dos quais o País participe. (Incluído pela decorrentes de receitas não abrangidas pelo inciso anterior e demais valo-
Lei nº 11.727, de 2008) res determinados nesta Lei, auferidos naquele mesmo período.
Seção VI Pagamento Mensal Estimado
Lucro Presumido Art. 30. A pessoa jurídica que houver optado pelo pagamento do
Determinação imposto de renda na forma do art. 2º fica, também, sujeita ao pagamento
Art. 25. O lucro presumido será o montante determinado pela soma mensal da contribuição social sobre o lucro líquido, determinada mediante a
das seguintes parcelas: aplicação da alíquota a que estiver sujeita sobre a base de cálculo apurada
I - o valor resultante da aplicação dos percentuais de que trata o art. na forma dos incisos I e II do artigo anterior.
15 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, sobre a receita bruta Capítulo III
definida pelo art. 31 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, auferida no IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
período de apuração de que trata o art. 1º desta Lei; Contribuinte Substituto
II - os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos Art. 31. O art. 35 da Lei nº 4.502, de 30 de novembro de 1964, passa a
em aplicações financeiras, as demais receitas e os resultados positivos vigorar com a seguinte redação:
decorrentes de receitas não abrangidas pelo inciso anterior e demais valo- "Art.35. .................................................................................
res determinados nesta Lei, auferidos naquele mesmo período. .............................................................................................
Opção II - como contribuinte substituto:
Art. 26. A opção pela tributação com base no lucro presumido será .............................................................................................
aplicada em relação a todo o período de atividade da empresa em cada c) o industrial ou equiparado, mediante requerimento, nas operações
ano-calendário. anteriores, concomitantes ou posteriores às saídas que promover, nas
§ 1º A opção de que trata este artigo será manifestada com o paga- hipóteses e condições estabelecidas pela Secretaria da Receita Fede-
mento da primeira ou única quota do imposto devido correspondente ao ral.
primeiro período de apuração de cada ano-calendário. § 1º Nos casos das alíneas a e b do inciso II deste artigo, o pagamento
§ 2º A pessoa jurídica que houver iniciado atividade a partir do segun- do imposto não exclui a responsabilidade por infração do contribuinte
do trimestre manifestará a opção de que trata este artigo com o pagamento originário quando este for identificado, e será considerado como efetu-
da primeira ou única quota do imposto devido relativa ao período de apura- ado fora do prazo, para todos os efeitos legais.
ção do início de atividade. § 2º Para implementar o disposto na alínea c do inciso II, a Secretaria
§ 3º A pessoa jurídica que houver pago o imposto com base no lucro da Receita Federal poderá instituir regime especial de suspensão do
presumido e que, em relação ao mesmo ano-calendário, alterar a opção, imposto."
passando a ser tributada com base no lucro real, ficará sujeita ao pagamen- Capítulo IV
to de multa e juros moratórios sobre a diferença de imposto paga a menor. PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO
§ 4º A mudança de opção a que se refere o parágrafo anterior somen- Seção I
te será admitida quando formalizada até a entrega da correspondente Suspensão da Imunidade e da Isenção
declaração de rendimentos e antes de iniciado procedimento de ofício Art. 32. A suspensão da imunidade tributária, em virtude de falta de
relativo a qualquer dos períodos de apuração do respectivo ano-calendário. observância de requisitos legais, deve ser procedida de conformidade com
Seção VII o disposto neste artigo.
Lucro Arbitrado
§ 1º Constatado que entidade beneficiária de imunidade de tributos I - manutenção de fiscalização ininterrupta no estabelecimento do
federais de que trata a alínea c do inciso VI do art. 150 da Constituição sujeito passivo;
Federal não está observando requisito ou condição previsto nos arts. 9º, II - redução, à metade, dos períodos de apuração e dos prazos de
§ 1º, e 14, da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário recolhimento dos tributos;
Nacional, a fiscalização tributária expedirá notificação fiscal, na qual relata- III - utilização compulsória de controle eletrônico das operações reali-
rá os fatos que determinam a suspensão do benefício, indicando inclusive a zadas e recolhimento diário dos respectivos tributos;
data da ocorrência da infração. IV - exigência de comprovação sistemática do cumprimento das obri-
§ 2º A entidade poderá, no prazo de trinta dias da ciência da notifica- gações tributárias;
ção, apresentar as alegações e provas que entender necessárias. V - controle especial da impressão e emissão de documentos comer-
§ 3º O Delegado ou Inspetor da Receita Federal decidirá sobre a ciais e fiscais e da movimentação financeira.
procedência das alegações, expedindo o ato declaratório suspensivo do § 3º As medidas previstas neste artigo poderão ser aplicadas isolada
benefício, no caso de improcedência, dando, de sua decisão, ciência à ou cumulativamente, por tempo suficiente à normalização do cumprimento
entidade. das obrigações tributárias.
§ 4º Será igualmente expedido o ato suspensivo se decorrido o prazo § 4º A imposição do regime especial não elide a aplicação de penali-
previsto no § 2º sem qualquer manifestação da parte interessada. dades previstas na legislação tributária.
§ 5º A suspensão da imunidade terá como termo inicial a data da § 5o Às infrações cometidas pelo contribuinte durante o período em
prática da infração. que estiver submetido a regime especial de fiscalização será aplicada a
§ 6º Efetivada a suspensão da imunidade: multa de que trata o inciso I do caput do art. 44 desta Lei, duplicando-se o
I - a entidade interessada poderá, no prazo de trinta dias da ciência, seu percentual. (Redação dada Lei nº 11.488, de 2007)
apresentar impugnação ao ato declaratório, a qual será objeto de decisão Seção III
pela Delegacia da Receita Federal de Julgamento competente; Documentação Fiscal
II - a fiscalização de tributos federais lavrará auto de infração, se for o Acesso à Documentação
caso. Art. 34. São também passíveis de exame os documentos do sujeito
§ 7º A impugnação relativa à suspensão da imunidade obedecerá às passivo, mantidos em arquivos magnéticos ou assemelhados, encontrados
demais normas reguladoras do processo administrativo fiscal. no local da verificação, que tenham relação direta ou indireta com a ativida-
§ 8º A impugnação e o recurso apresentados pela entidade não terão de por ele exercida.
efeito suspensivo em relação ao ato declaratório contestado. Retenção de Livros e Documentos
§ 9º Caso seja lavrado auto de infração, as impugnações contra o ato Art. 35. Os livros e documentos poderão ser examinados fora do
declaratório e contra a exigência de crédito tributário serão reunidas em um estabelecimento do sujeito passivo, desde que lavrado termo escrito de
único processo, para serem decididas simultaneamente. retenção pela autoridade fiscal, em que se especifiquem a quantidade,
§ 10. Os procedimentos estabelecidos neste artigo aplicam-se, tam- espécie, natureza e condições dos livros e documentos retidos.
bém, às hipóteses de suspensão de isenções condicionadas, quando a § 1º Constituindo os livros ou documentos prova da prática de ilícito
entidade beneficiária estiver descumprindo as condições ou requisitos penal ou tributário, os originais retidos não serão devolvidos, extraindo-se
impostos pela legislação de regência. cópia para entrega ao interessado.
§ 11. Somente se inicia o procedimento que visa à suspensão da § 2º Excetuado o disposto no parágrafo anterior, devem ser devolvidos
imunidade tributária dos partidos políticos após trânsito em julgado de os originais dos documentos retidos para exame, mediante recibo.
decisão do Tribunal Superior Eleitoral que julgar irregulares ou não presta- Lacração de Arquivos
das, nos termos da Lei, as devidas contas à Justiça Eleitoral. (Incluído pela Art. 36. A autoridade fiscal encarregada de diligência ou fiscalização
Lei nº 11.941, de 2009) poderá promover a lacração de móveis, caixas, cofres ou depósitos onde
§ 12. A entidade interessada disporá de todos os meios legais para se encontram arquivos e documentos, toda vez que ficar caracterizada a
impugnar os fatos que determinam a suspensão do benefício. (Incluído pela resistência ou o embaraço à fiscalização, ou ainda quando as circunstân-
Lei nº 11.941, de 2009) cias ou a quantidade de documentos não permitirem sua identificação e
Seção II conferência no local ou no momento em que foram encontrados.
Regimes Especiais de Fiscalização Parágrafo único. O sujeito passivo e demais responsáveis serão
Art. 33. A Secretaria da Receita Federal pode determinar regime previamente notificados para acompanharem o procedimento de rompimen-
especial para cumprimento de obrigações, pelo sujeito passivo, nas seguin- to do lacre e identificação dos elementos de interesse da fiscalização.
tes hipóteses: Guarda de Documentos
I - embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada Art. 37. Os comprovantes da escrituração da pessoa jurídica, relativos
de exibição de livros e documentos em que se assente a escrituração das a fatos que repercutam em lançamentos contábeis de exercícios futuros,
atividades do sujeito passivo, bem como pelo não fornecimento de informa- serão conservados até que se opere a decadência do direito de a Fazenda
ções sobre bens, movimentação financeira, negócio ou atividade, próprios Pública constituir os créditos tributários relativos a esses exercícios.
ou de terceiros, quando intimado, e demais hipóteses que autorizam a Arquivos Magnéticos
requisição do auxílio da força pública, nos termos do art. 200 da Lei nº Art. 38. O sujeito passivo usuário de sistema de processamento de
5.172, de 25 de outubro de 1966; dados deverá manter documentação técnica completa e atualizada do
II - resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao sistema, suficiente para possibilitar a sua auditoria, facultada a manutenção
estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde se em meio magnético, sem prejuízo da sua emissão gráfica, quando solicita-
desenvolvam as atividades do sujeito passivo, ou se encontrem bens de da.
sua posse ou propriedade; Extravio de Livros e Documentos
III - evidências de que a pessoa jurídica esteja constituída por inter- Seção IV
postas pessoas que não sejam os verdadeiros sócios ou acionistas, ou o Omissão de Receita
titular, no caso de firma individual; Falta de Escrituração de Pagamentos
IV - realização de operações sujeitas à incidência tributária, sem a Art. 40. A falta de escrituração de pagamentos efetuados pela pessoa
devida inscrição no cadastro de contribuintes apropriado; jurídica, assim como a manutenção, no passivo, de obrigações cuja exigibi-
V - prática reiterada de infração da legislação tributária; lidade não seja comprovada, caracterizam, também, omissão de receita.
VI - comercialização de mercadorias com evidências de contrabando Levantamento Quantitativo por Espécie
ou descaminho; Art. 41. A omissão de receita poderá, também, ser determinada a partir
VII - incidência em conduta que enseje representação criminal, nos de levantamento por espécie das quantidades de matérias-primas e produ-
termos da legislação que rege os crimes contra a ordem tributária. tos intermediários utilizados no processo produtivo da pessoa jurídica.
§ 1º O regime especial de fiscalização será aplicado em virtude de ato § 1º Para os fins deste artigo, apurar-se-á a diferença, positiva ou
do Secretário da Receita Federal. negativa, entre a soma das quantidades de produtos em estoque no início
§ 2º O regime especial pode consistir, inclusive, em: do período com a quantidade de produtos fabricados com as matérias-
primas e produtos intermediários utilizados e a soma das quantidades de
produtos cuja venda houver sido registrada na escrituração contábil da b) na forma do art. 2o desta Lei, que deixar de ser efetuado, ainda que
empresa com as quantidades em estoque, no final do período de apuração, tenha sido apurado prejuízo fiscal ou base de cálculo negativa para a
constantes do livro de Inventário. contribuição social sobre o lucro líquido, no ano-calendário correspondente,
§ 2º Considera-se receita omitida, nesse caso, o valor resultante da no caso de pessoa jurídica. (Incluída pela Lei nº 11.488, de 2007)
multiplicação das diferenças de quantidades de produtos ou de matérias- § 1o O percentual de multa de que trata o inciso I do caput deste
primas e produtos intermediários pelos respectivos preços médios de venda artigo será duplicado nos casos previstos nos arts. 71, 72 e 73 da Lei n o
ou de compra, conforme o caso, em cada período de apuração abrangido 4.502, de 30 de novembro de 1964, independentemente de outras penali-
pelo levantamento. dades administrativas ou criminais cabíveis. (Redação dada pela Lei nº
§ 3º Os critérios de apuração de receita omitida de que trata este 11.488, de 2007)
artigo aplicam-se, também, às empresas comerciais, relativamente às I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.488, de 2007)
mercadorias adquiridas para revenda. II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.488, de 2007)
Depósitos Bancários III - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.488, de 2007)
Art. 42. Caracterizam-se também omissão de receita ou de rendimento IV - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.488, de 2007)
os valores creditados em conta de depósito ou de investimento mantida V - (revogado pela Lei no 9.716, de 26 de novembro de 1998). (Reda-
junto a instituição financeira, em relação aos quais o titular, pessoa física ou ção dada pela Lei nº 11.488, de 2007)
jurídica, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação § 2o Os percentuais de multa a que se referem o inciso I do caput e o
hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações. § 1o deste artigo serão aumentados de metade, nos casos de não atendi-
§ 1º O valor das receitas ou dos rendimentos omitido será considerado mento pelo sujeito passivo, no prazo marcado, de intimação para: (Reda-
auferido ou recebido no mês do crédito efetuado pela instituição financeira. ção dada pela Lei nº 11.488, de 2007)
§ 2º Os valores cuja origem houver sido comprovada, que não houve- I - prestar esclarecimentos; (Renumerado da alínea "a", pela Lei nº
rem sido computados na base de cálculo dos impostos e contribuições a 11.488, de 2007)
que estiverem sujeitos, submeter-se-ão às normas de tributação específi- II - apresentar os arquivos ou sistemas de que tratam os arts. 11 a 13
cas, previstas na legislação vigente à época em que auferidos ou recebi- da Lei no 8.218, de 29 de agosto de 1991; (Renumerado da alínea "b", com
dos. nova redação pela Lei nº 11.488, de 2007)
§ 3º Para efeito de determinação da receita omitida, os créditos serão III - apresentar a documentação técnica de que trata o art. 38 desta
analisados individualizadamente, observado que não serão considerados: Lei. (Renumerado da alínea "c", com nova redação pela Lei nº 11.488, de
I - os decorrentes de transferências de outras contas da própria pes- 2007)
soa física ou jurídica; § 3º Aplicam-se às multas de que trata este artigo as reduções previs-
II - no caso de pessoa física, sem prejuízo do disposto no inciso ante- tas no art. 6º da Lei nº 8.218, de 29 de agosto de 1991, e no art. 60 da Lei
rior, os de valor individual igual ou inferior a R$ 1.000,00 (mil reais), desde nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991. (Vide Decreto nº 7.212, de 2010)
que o seu somatório, dentro do ano-calendário, não ultrapasse o valor de § 4º As disposições deste artigo aplicam-se, inclusive, aos contribuin-
R$ 12.000,00 (doze mil reais). (Vide Lei nº 9.481, de 1997) tes que derem causa a ressarcimento indevido de tributo ou contribuição
§ 4º Tratando-se de pessoa física, os rendimentos omitidos serão decorrente de qualquer incentivo ou benefício fiscal.
tributados no mês em que considerados recebidos, com base na tabela § 5o Aplica-se também, no caso de que seja comprovadamente cons-
progressiva vigente à época em que tenha sido efetuado o crédito pela tatado dolo ou má-fé do contribuinte, a multa de que trata o inciso I do
instituição financeira. caput sobre: (Incluído pela Lei nº 12.249, de 2010)
§ 5o Quando provado que os valores creditados na conta de depósito I - a parcela do imposto a restituir informado pelo contribuinte pessoa
ou de investimento pertencem a terceiro, evidenciando interposição de física, na Declaração de Ajuste Anual, que deixar de ser restituída por
pessoa, a determinação dos rendimentos ou receitas será efetuada em infração à legislação tributária; e (Incluído pela Lei nº 12.249, de 2010)
relação ao terceiro, na condição de efetivo titular da conta de depósito ou II – (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.249, de 2010)
de investimento.(Incluído pela Lei nº 10.637, de 2002) Seção VI
§ 6o Na hipótese de contas de depósito ou de investimento mantidas Aplicação de Acréscimos de Procedimento Espontâneo
em conjunto, cuja declaração de rendimentos ou de informações dos titula- Art. 47. A pessoa física ou jurídica submetida a ação fiscal por parte da
res tenham sido apresentadas em separado, e não havendo comprovação Secretaria da Receita Federal poderá pagar, até o vigésimo dia subseqüen-
da origem dos recursos nos termos deste artigo, o valor dos rendimentos ou te à data de recebimento do termo de início de fiscalização, os tributos e
receitas será imputado a cada titular mediante divisão entre o total dos contribuições já declarados, de que for sujeito passivo como contribuinte ou
rendimentos ou receitas pela quantidade de titulares.(Incluído pela Lei nº responsável, com os acréscimos legais aplicáveis nos casos de procedi-
10.637, de 2002) mento espontâneo. (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997) (Produção
Seção V de efeito)
Normas sobre o Lançamento de Tributos e Contribuições Capítulo V
Auto de Infração sem Tributo DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 43. Poderá ser formalizada exigência de crédito tributário corres- Seção I
pondente exclusivamente a multa ou a juros de mora, isolada ou conjunta- Processo Administrativo de Consulta
mente. Art. 48. No âmbito da Secretaria da Receita Federal, os processos
Parágrafo único. Sobre o crédito constituído na forma deste artigo, não administrativos de consulta serão solucionados em instância única.
pago no respectivo vencimento, incidirão juros de mora, calculados à taxa § 1º A competência para solucionar a consulta ou declarar sua ineficá-
a que se refere o § 3º do art. 5º, a partir do primeiro dia do mês subseqüen- cia será atribuída:
te ao vencimento do prazo até o mês anterior ao do pagamento e de um I - a órgão central da Secretaria da Receita Federal, nos casos de
por cento no mês de pagamento. consultas formuladas por órgão central da administração pública federal ou
Multas de Lançamento de Ofício por entidade representativa de categoria econômica ou profissional de
Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas as se- âmbito nacional;
guintes multas: (Redação dada pela Lei nº 11.488, de 2007) II - a órgão regional da Secretaria da Receita Federal, nos demais
I - de 75% (setenta e cinco por cento) sobre a totalidade ou diferença casos.
de imposto ou contribuição nos casos de falta de pagamento ou recolhi- § 2º Os atos normativos expedidos pelas autoridades competentes
mento, de falta de declaração e nos de declaração inexata; (Redação dada serão observados quando da solução da consulta.
pela Lei nº 11.488, de 2007) § 3º Não cabe recurso nem pedido de reconsideração da solução da
II - de 50% (cinqüenta por cento), exigida isoladamente, sobre o valor consulta ou do despacho que declarar sua ineficácia.
do pagamento mensal: (Redação dada pela Lei nº 11.488, de 2007) § 4º As soluções das consultas serão publicadas pela imprensa oficial,
a) na forma do art. 8o da Lei no 7.713, de 22 de dezembro de 1988, na forma disposta em ato normativo emitido pela Secretaria da Receita
que deixar de ser efetuado, ainda que não tenha sido apurado imposto a Federal.
pagar na declaração de ajuste, no caso de pessoa física; (Incluída pela Lei § 5º Havendo diferença de conclusões entre soluções de consultas
nº 11.488, de 2007) relativas a uma mesma matéria, fundada em idêntica norma jurídica, cabe
recurso especial, sem efeito suspensivo, para o órgão de que trata o inciso lucro real ou que se refiram a período no qual tenha se submetido ao regi-
I do § 1º. me de tributação com base no lucro presumido ou arbitrado.
§ 6º O recurso de que trata o parágrafo anterior pode ser interposto Art. 54. A pessoa jurídica que, até o ano-calendário anterior, houver
pelo destinatário da solução divergente, no prazo de trinta dias, contados sido tributada com base no lucro real, deverá adicionar à base de cálculo
da ciência da solução. do imposto de renda, correspondente ao primeiro período de apuração no
§ 7º Cabe a quem interpuser o recurso comprovar a existência das qual houver optado pela tributação com base no lucro presumido ou for
soluções divergentes sobre idênticas situações. tributada com base no lucro arbitrado, os saldos dos valores cuja tributação
§ 8º O juízo de admissibilidade do recurso será feito pelo órgão que havia diferido, controlados na parte B do Livro de Apuração do Lucro Real -
jurisdiciona o domicílio fiscal do recorrente ou a que estiver subordinado o LALUR.
servidor, na hipótese do parágrafo seguinte, que solucionou a consulta. Seção III
§ 9º Qualquer servidor da administração tributária deverá, a qualquer Normas Aplicáveis a Atividades Especiais
tempo, formular representação ao órgão que houver proferido a decisão, Sociedades Civis
encaminhando as soluções divergentes sobre a mesma matéria, de que Art. 55. As sociedades civis de prestação de serviços profissionais
tenha conhecimento. relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada de que trata o
§ 10. O sujeito passivo que tiver conhecimento de solução divergente art. 1º do Decreto-lei nº 2.397, de 21 de dezembro de 1987, passam, em
daquela que esteja observando em decorrência de resposta a consulta relação aos resultados auferidos a partir de 1º de janeiro de 1997, a ser
anteriormente formulada, sobre idêntica matéria, poderá adotar o procedi- tributadas pelo imposto de renda de conformidade com as normas aplicá-
mento previsto no § 5º, no prazo de trinta dias contados da respectiva veis às demais pessoas jurídicas.
publicação. Art. 56. As sociedades civis de prestação de serviços de profissão
§ 11. A solução da divergência acarretará, em qualquer hipótese, a legalmente regulamentada passam a contribuir para a seguridade social
edição de ato específico, uniformizando o entendimento, com imediata com base na receita bruta da prestação de serviços, observadas as normas
ciência ao destinatário da solução reformada, aplicando-se seus efeitos a da Lei Complementar nº 70, de 30 de dezembro de 1991.
partir da data da ciência. Parágrafo único. Para efeito da incidência da contribuição de que trata
§ 12. Se, após a resposta à consulta, a administração alterar o enten- este artigo, serão consideradas as receitas auferidas a partir do mês de
dimento nela expresso, a nova orientação atingirá, apenas, os fatos gerado- abril de 1997.
res que ocorram após dado ciência ao consulente ou após a sua publicação Associações de Poupança e Empréstimo
pela imprensa oficial. Art. 57. As Associações de Poupança e Empréstimo pagarão o impos-
§ 13. A partir de 1º de janeiro de 1997, cessarão todos os efeitos to de renda correspondente aos rendimentos e ganhos líquidos, auferidos
decorrentes de consultas não solucionadas definitivamente, ficando asse- em aplicações financeiras, à alíquota de quinze por cento, calculado sobre
gurado aos consulentes, até 31 de janeiro de 1997: vinte e oito por cento do valor dos referidos rendimentos e ganhos líquidos.
I - a não instauração de procedimento de fiscalização em relação à Parágrafo único. O imposto incidente na forma deste artigo será con-
matéria consultada; siderado tributação definitiva.
II - a renovação da consulta anteriormente formulada, à qual serão Empresas de Factoring
aplicadas as normas previstas nesta Lei. Art. 58. Fica incluído no art. 36 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de
Art. 49. Não se aplicam aos processos de consulta no âmbito da 1995, com as alterações da Lei nº 9.065, de 20 de junho de 1995, o seguin-
Secretaria da Receita Federal as disposições dos arts. 54 a 58 do Decreto te inciso XV:
nº 70.235, de 6 de março de 1972. "Art. 36. .........................................................................
Art. 50. Aplicam-se aos processos de consulta relativos à classificação ........................................................................................
de mercadorias as disposições dos arts. 46 a 53 do Decreto nº 70.235, de 6 XV - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua
de março de 1972 e do art. 48 desta Lei. de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito,
§ 1º O órgão de que trata o inciso I do § 1º do art. 48 poderá alterar ou seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, com-
reformar, de ofício, as decisões proferidas nos processos relativos à classi- pras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou
ficação de mercadorias. de prestação de serviços (factoring)."
§ 2º Da alteração ou reforma mencionada no parágrafo anterior, Atividade Florestal
deverá ser dada ciência ao consulente. Art. 59. Considera-se, também, como atividade rural o cultivo de
§ 3º Em relação aos atos praticados até a data da ciência ao consulen- florestas que se destinem ao corte para comercialização, consumo ou
te, nos casos de que trata o § 1º deste artigo, aplicam-se as conclusões da industrialização.
decisão proferida pelo órgão regional da Secretaria da Receita Federal. Liquidação Extra-Judicial e Falência
§ 4º O envio de conclusões decorrentes de decisões proferidas em Art. 60. As entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudi-
processos de consulta sobre classificação de mercadorias, para órgãos do cial e de falência sujeitam-se às normas de incidência dos impostos e
Mercado Comum do Sul - MERCOSUL, será efetuado exclusivamente pelo contribuições de competência da União aplicáveis às pessoas jurídicas, em
órgão de que trata o inciso I do § 1º do art. 48. relação às operações praticadas durante o período em que perdurarem os
Seção II procedimentos para a realização de seu ativo e o pagamento do passivo.
Normas sobre o Lucro Presumido e Arbitrado Seção IV
Art. 51. Os juros de que trata o art. 9º da Lei nº 9.249, de 26 de de- Acréscimos Moratórios
zembro de 1995, bem como os rendimentos e ganhos líquidos decorrentes Multas e Juros
de quaisquer operações financeiras, serão adicionados ao lucro presumido Art. 61. Os débitos para com a União, decorrentes de tributos e contri-
ou arbitrado, para efeito de determinação do imposto de renda devido. buições administrados pela Secretaria da Receita Federal, cujos fatos
Parágrafo único. O imposto de renda incidente na fonte sobre os geradores ocorrerem a partir de 1º de janeiro de 1997, não pagos nos
rendimentos de que trata este artigo será considerado como antecipação prazos previstos na legislação específica, serão acrescidos de multa de
do devido na declaração de rendimentos. mora, calculada à taxa de trinta e três centésimos por cento, por dia de
Art. 52. Na apuração de ganho de capital de pessoa jurídica tributada atraso. (Vide Decreto nº 7.212, de 2010)
pelo lucro presumido ou arbitrado, os valores acrescidos em virtude de § 1º A multa de que trata este artigo será calculada a partir do primeiro
reavaliação somente poderão ser computados como parte integrante dos dia subseqüente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento do
custos de aquisição dos bens e direitos se a empresa comprovar que os tributo ou da contribuição até o dia em que ocorrer o seu pagamento.
valores acrescidos foram computados na determinação da base de cálculo § 2º O percentual de multa a ser aplicado fica limitado a vinte por
do imposto de renda. cento.
Art. 53. Os valores recuperados, correspondentes a custos e despe- § 3º Sobre os débitos a que se refere este artigo incidirão juros de
sas, inclusive com perdas no recebimento de créditos, deverão ser adicio- mora calculados à taxa a que se refere o § 3º do art. 5º, a partir do primeiro
nados ao lucro presumido ou arbitrado para determinação do imposto de dia do mês subseqüente ao vencimento do prazo até o mês anterior ao do
renda, salvo se o contribuinte comprovar não os ter deduzido em período pagamento e de um por cento no mês de pagamento. (Vide Lei nº 9.716, de
anterior no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no 1998)
Pagamento em Quotas-Juros damente, às suas filiadas, juntamente com o montante do faturamento
Art. 62. Os juros a que se referem o inciso III do art. 14 e o art. 16, relativo às vendas dos produtos de cada uma delas, com vistas a atender
ambos da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, serão calculados à aos procedimentos contábeis exigidos pela legislação.
taxa a que se refere o § 3º do art. 5º, a partir do primeiro dia do mês subse- § 2º O disposto neste artigo aplica-se a procedimento idêntico que,
qüente ao previsto para a entrega tempestiva da declaração de rendimen- eventualmente, tenha sido anteriormente adotado pelas cooperativas
tos. centralizadoras de vendas, inclusive quanto ao recolhimento da Contribui-
Parágrafo único. As quotas do imposto sobre a propriedade territorial ção para o Fundo de Investimento Social - FINSOCIAL, criada pelo Decre-
rural a que se refere a alínea "c" do parágrafo único do art. 14 da Lei nº to-lei nº 1.940, de 25 de maio de 1982, com suas posteriores modificações.
8.847, de 28 de janeiro de 1994, serão acrescidas de juros calculados à § 3º A Secretaria da Receita Federal poderá baixar as normas neces-
taxa a que se refere o § 3º do art. 5º, a partir do primeiro dia do mês subse- sárias ao cumprimento e controle das disposições contidas neste artigo.
qüente àquele em que o contribuinte for notificado até o último dia do mês Dispensa de Retenção de Imposto de Renda
anterior ao do pagamento e de um por cento no mês do pagamento. Art. 67. Fica dispensada a retenção de imposto de renda, de valor
Débitos com Exigibilidade Suspensa igual ou inferior a R$ 10,00 (dez reais), incidente na fonte sobre rendimen-
Art. 63. Na constituição de crédito tributário destinada a prevenir a tos que devam integrar a base de cálculo do imposto devido na declaração
decadência, relativo a tributo de competência da União, cuja exigibilidade de ajuste anual.
houver sido suspensa na forma dos incisos IV e V do art. 151 da Lei nº Utilização de DARF
5.172, de 25 de outubro de 1966, não caberá lançamento de multa de Art. 68. É vedada a utilização de Documento de Arrecadação de
ofício. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001) Receitas Federais para o pagamento de tributos e contribuições de valor
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se, exclusivamente, aos casos em inferior a R$ 10,00 (dez reais).
que a suspensão da exigibilidade do débito tenha ocorrido antes do início § 1º O imposto ou contribuição administrado pela Secretaria da Recei-
de qualquer procedimento de ofício a ele relativo. ta Federal, arrecadado sob um determinado código de receita, que, no
§ 2º A interposição da ação judicial favorecida com a medida liminar período de apuração, resultar inferior a R$ 10,00 (dez reais), deverá ser
interrompe a incidência da multa de mora, desde a concessão da medida adicionado ao imposto ou contribuição de mesmo código, correspondente
judicial, até 30 dias após a data da publicação da decisão judicial que aos períodos subseqüentes, até que o total seja igual ou superior a R$
considerar devido o tributo ou contribuição. 10,00 (dez reais), quando, então, será pago ou recolhido no prazo estabe-
Seção V lecido na legislação para este último período de apuração.
Arrecadação de Tributos e Contribuições § 2º O critério a que se refere o parágrafo anterior aplica-se, também,
Retenção de Tributos e Contribuições ao imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro e sobre opera-
Art. 64. Os pagamentos efetuados por órgãos, autarquias e fundações ções relativas a títulos e valores mobiliários - IOF.
da administração pública federal a pessoas jurídicas, pelo fornecimento de Art. 68-A. O Poder Executivo poderá elevar para até R$ 100,00 (cem
bens ou prestação de serviços, estão sujeitos à incidência, na fonte, do reais) os limites e valores de que tratam os arts. 67 e 68 desta Lei, inclusive
imposto sobre a renda, da contribuição social sobre o lucro líquido, da de forma diferenciada por tributo, regime de tributação ou de incidência,
contribuição para seguridade social - COFINS e da contribuição para o relativos à utilização do Documento de Arrecadação de Receitas Federais,
PIS/PASEP. podendo reduzir ou restabelecer os limites e valores que vier a fixar. (Inclu-
§ 1º A obrigação pela retenção é do órgão ou entidade que efetuar o ído pela Lei nº 11.941, de 2009)
pagamento. Imposto Retido na Fonte - Responsabilidade
§ 2º O valor retido, correspondente a cada tributo ou contribuição, será Art. 69. É responsável pela retenção e recolhimento do imposto de
levado a crédito da respectiva conta de receita da União. renda na fonte, incidente sobre os rendimentos auferidos pelos fundos,
§ 3º O valor do imposto e das contribuições sociais retido será consi- sociedades de investimentos e carteiras de que trata o art. 81 da Lei nº
derado como antecipação do que for devido pelo contribuinte em relação ao 8.981, de 20 de janeiro de 1995, a pessoa jurídica que efetuar o pagamento
mesmo imposto e às mesmas contribuições. dos rendimentos.
§ 4º O valor retido correspondente ao imposto de renda e a cada Seção VI
contribuição social somente poderá ser compensado com o que for devido Casos Especiais de Tributação
em relação à mesma espécie de imposto ou contribuição. Multas por Rescisão de Contrato
§ 5º O imposto de renda a ser retido será determinado mediante a Art. 70. A multa ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por
aplicação da alíquota de quinze por cento sobre o resultado da multiplica- pessoa jurídica, ainda que a título de indenização, a beneficiária pessoa
ção do valor a ser pago pelo percentual de que trata o art. 15 da Lei nº física ou jurídica, inclusive isenta, em virtude de rescisão de contrato,
9.249, de 26 de dezembro de 1995, aplicável à espécie de receita corres- sujeitam-se à incidência do imposto de renda na fonte à alíquota de quinze
pondente ao tipo de bem fornecido ou de serviço prestado. por cento.
§ 6º O valor da contribuição social sobre o lucro líquido, a ser retido, § 1º A responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto de
será determinado mediante a aplicação da alíquota de um por cento, sobre renda é da pessoa jurídica que efetuar o pagamento ou crédito da multa ou
o montante a ser pago. vantagem.
§ 7º O valor da contribuição para a seguridade social - COFINS, a ser § 2o O imposto será retido na data do pagamento ou crédito da multa
retido, será determinado mediante a aplicação da alíquota respectiva sobre ou vantagem. (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005)
o montante a ser pago. § 3º O valor da multa ou vantagem será:
§ 8º O valor da contribuição para o PIS/PASEP, a ser retido, será I - computado na apuração da base de cálculo do imposto devido na
determinado mediante a aplicação da alíquota respectiva sobre o montante declaração de ajuste anual da pessoa física;
a ser pago. II - computado como receita, na determinação do lucro real;
Art. 65. O Banco do Brasil S.A. deverá reter, no ato do pagamento ou III - acrescido ao lucro presumido ou arbitrado, para determinação da
crédito, a contribuição para o PIS/PASEP incidente nas transferências base de cálculo do imposto devido pela pessoa jurídica.
voluntárias da União para suas autarquias e fundações e para os Estados, § 4º O imposto retido na fonte, na forma deste artigo, será considerado
Distrito Federal e Municípios, suas autarquias e fundações. como antecipação do devido em cada período de apuração, nas hipóteses
Art. 66. As cooperativas que se dedicam a vendas em comum, referi- referidas no parágrafo anterior, ou como tributação definitiva, no caso de
das no art. 82 da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que recebam pessoa jurídica isenta.
para comercialização a produção de suas associadas, são responsáveis § 5º O disposto neste artigo não se aplica às indenizações pagas ou
pelo recolhimento da Contribuição para Financiamento da Seguridade creditadas em conformidade com a legislação trabalhista e àquelas desti-
Social - COFINS, instituída pela Lei Complementar nº 70, de 30 de dezem- nadas a reparar danos patrimoniais.
bro de 1991 e da Contribuição para o Programa de Integração Social - PIS, Ganhos em Mercado de Balcão
criada pela Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970, com suas Art. 71. Sem prejuízo do disposto no art. 74 da Lei nº 8.981, de 20 de
posteriores modificações. janeiro de 1995, os ganhos auferidos por qualquer beneficiário, inclusive
§ 1º O valor das contribuições recolhidas pelas cooperativas mencio- pessoa jurídica isenta, nas demais operações realizadas em mercados de
nadas no caput deste artigo, deverá ser por elas informado, individualiza- liquidação futura, fora de bolsa, serão tributados de acordo com as normas
aplicáveis aos ganhos líquidos auferidos em operações de natureza seme- § 7o Não homologada a compensação, a autoridade administrativa
lhante realizadas em bolsa. deverá cientificar o sujeito passivo e intimá-lo a efetuar, no prazo de 30
§ 1º Não se aplica aos ganhos auferidos nas operações de que trata (trinta) dias, contado da ciência do ato que não a homologou, o pagamento
este artigo o disposto no § 1º do art. 81 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de dos débitos indevidamente compensados.(Incluído pela Lei nº 10.833, de
1995. 2003)
§ 2o Somente será admitido o reconhecimento de perdas nas opera- § 8o Não efetuado o pagamento no prazo previsto no § 7o, o débito
ções registradas nos termos da legislação vigente. (Redação dada pela Lei será encaminhado à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para inscri-
nº 10.833, de 2003) ção em Dívida Ativa da União, ressalvado o disposto no § 9o. (Incluído
Remuneração de Direitos pela Lei nº 10.833, de 2003)
Art. 72. Estão sujeitas à incidência do imposto na fonte, à alíquota de § 9o É facultado ao sujeito passivo, no prazo referido no § 7o, apresen-
quinze por cento, as importâncias pagas, creditadas, entregues, emprega- tar manifestação de inconformidade contra a não-homologação da com-
das ou remetidas para o exterior pela aquisição ou pela remuneração, a pensação. (Incluído pela Lei nº 10.833, de 2003)
qualquer título, de qualquer forma de direito, inclusive à transmissão, por § 10. Da decisão que julgar improcedente a manifestação de incon-
meio de rádio ou televisão ou por qualquer outro meio, de quaisquer filmes formidade caberá recurso ao Conselho de Contribuintes. (Incluído pela Lei
ou eventos, mesmo os de competições desportivas das quais faça parte nº 10.833, de 2003)
representação brasileira. § 11. A manifestação de inconformidade e o recurso de que tratam os
Seção VII §§ 9o e 10 obedecerão ao rito processual do Decreto no 70.235, de 6 de
Restituição e Compensação de Tributos e Contribuições março de 1972, e enquadram-se no disposto no inciso III do art. 151 da Lei
Art. 73. Para efeito do disposto no art. 7º do Decreto-lei nº 2.287, de no 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional, relativa-
23 de julho de 1986, a utilização dos créditos do contribuinte e a quitação mente ao débito objeto da compensação. (Incluído pela Lei nº 10.833, de
de seus débitos serão efetuadas em procedimentos internos à Secretaria 2003)
da Receita Federal, observado o seguinte: § 12. Será considerada não declarada a compensação nas hipóte-
I - o valor bruto da restituição ou do ressarcimento será debitado à ses: (Redação dada pela Lei nº 11.051, de 2004)
conta do tributo ou da contribuição a que se referir; I - previstas no § 3o deste artigo; (Incluído pela Lei nº 11.051, de
II - a parcela utilizada para a quitação de débitos do contribuinte ou 2004)
responsável será creditada à conta do respectivo tributo ou da respectiva II - em que o crédito: (Incluído pela Lei nº 11.051, de 2004)
contribuição. a) seja de terceiros; (Incluída pela Lei nº 11.051, de 2004)
Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com b) refira-se a "crédito-prêmio" instituído pelo art. 1o do Decreto-Lei no
trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela 491, de 5 de março de 1969; (Incluída pela Lei nº 11.051, de 2004)
Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou de ressarcimento, c) refira-se a título público; (Incluída pela Lei nº 11.051, de 2004)
poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer d) seja decorrente de decisão judicial não transitada em julgado; ou
tributos e contribuições administrados por aquele Órgão.(Redação dada (Incluída pela Lei nº 11.051, de 2004)
pela Lei nº 10.637, de 2002) (Vide Decreto nº 7.212, de 2010) e) não se refira a tributos e contribuições administrados pela Secreta-
§ 1o A compensação de que trata o caput será efetuada mediante a ria da Receita Federal - SRF. (Incluída pela Lei nº 11.051, de 2004)
entrega, pelo sujeito passivo, de declaração na qual constarão informações f) tiver como fundamento a alegação de inconstitucionalidade de lei,
relativas aos créditos utilizados e aos respectivos débitos compensa- exceto nos casos em que a lei: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de
dos.(Incluído pela Lei nº 10.637, de 2002) 2009)
§ 2o A compensação declarada à Secretaria da Receita Federal extin- 1 – tenha sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal
gue o crédito tributário, sob condição resolutória de sua ulterior homologa- Federal em ação direta de inconstitucionalidade ou em ação declaratória de
ção.(Incluído pela Lei nº 10.637, de 2002) constitucionalidade; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
§ 3o Além das hipóteses previstas nas leis específicas de cada tributo 2 – tenha tido sua execução suspensa pelo Senado Federal; (Incluí-
ou contribuição, não poderão ser objeto de compensação mediante entre- do pela Lei nº 11.941, de 2009)
ga, pelo sujeito passivo, da declaração referida no § 1o: (Redação dada 3 – tenha sido julgada inconstitucional em sentença judicial transitada
pela Lei nº 10.833, de 2003) em julgado a favor do contribuinte; ou (Incluído pela Lei nº 11.941, de
I - o saldo a restituir apurado na Declaração de Ajuste Anual do Impos- 2009)
to de Renda da Pessoa Física;(Incluído pela Lei nº 10.637, de 2002) 4 – seja objeto de súmula vinculante aprovada pelo Supremo Tribunal
II - os débitos relativos a tributos e contribuições devidos no registro da Federal nos termos do art. 103-A da Constituição Federal. (Incluído pela
Declaração de Importação. (Incluído pela Lei nº 10.637, de 2002) Lei nº 11.941, de 2009)
III - os débitos relativos a tributos e contribuições administrados pela § 13. O disposto nos §§ 2o e 5o a 11 deste artigo não se aplica às
Secretaria da Receita Federal que já tenham sido encaminhados à Procu- hipóteses previstas no § 12 deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.051, de
radoria-Geral da Fazenda Nacional para inscrição em Dívida Ativa da 2004)
União; (Incluído pela Lei nº 10.833, de 2003) § 14. A Secretaria da Receita Federal - SRF disciplinará o disposto
IV - o débito consolidado em qualquer modalidade de parcelamento neste artigo, inclusive quanto à fixação de critérios de prioridade para
concedido pela Secretaria da Receita Federal - SRF; (Redação dada pela apreciação de processos de restituição, de ressarcimento e de compensa-
Lei nº 11.051, de 2004) ção. (Incluído pela Lei nº 11.051, de 2004)
V - o débito que já tenha sido objeto de compensação não homologa- § 15. Será aplicada multa isolada de 50% (cinquenta por cento) sobre
da, ainda que a compensação se encontre pendente de decisão definitiva o valor do crédito objeto de pedido de ressarcimento indeferido ou indevido.
na esfera administrativa; e (Redação dada pela Lei nº 11.051, de 2004) (Incluído pela Lei nº 12.249, de 2010)
VI - o valor objeto de pedido de restituição ou de ressarcimento já § 16. O percentual da multa de que trata o § 15 será de 100% (cem
indeferido pela autoridade competente da Secretaria da Receita Federal - por cento) na hipótese de ressarcimento obtido com falsidade no pedido
SRF, ainda que o pedido se encontre pendente de decisão definitiva na apresentado pelo sujeito passivo. (Incluído pela Lei nº 12.249, de 2010)
esfera administrativa. (Incluído pela Lei nº 11.051, de 2004) § 17. Aplica-se a multa prevista no § 15, também, sobre o valor do
§ 4o Os pedidos de compensação pendentes de apreciação pela crédito objeto de declaração de compensação não homologada, salvo no
autoridade administrativa serão considerados declaração de compensação, caso de falsidade da declaração apresentada pelo sujeito passivo. (Incluído
desde o seu protocolo, para os efeitos previstos neste artigo.(Incluído pela pela Lei nº 12.249, de 2010)
Lei nº 10.637, de 2002) Seção VIII
§ 5o O prazo para homologação da compensação declarada pelo UFIR
sujeito passivo será de 5 (cinco) anos, contado da data da entrega da Art. 75. A partir de 1º de janeiro de 1997, a atualização do valor da
declaração de compensação. (Redação dada pela Lei nº 10.833, de 2003) Unidade Fiscal de Referência - UFIR, de que trata o art. 1º da Lei nº 8.383,
§ 6o A declaração de compensação constitui confissão de dívida e de 30 de dezembro de 1991, com as alterações posteriores, será efetuada
instrumento hábil e suficiente para a exigência dos débitos indevidamente por períodos anuais, em 1º de janeiro.
compensados. (Incluído pela Lei nº 10.833, de 2003)
Parágrafo único. No âmbito da legislação tributária federal, a UFIR Art. 80-B. O ato de baixa da inscrição no CNPJ não impede que,
será utilizada exclusivamente para a atualização dos créditos tributários da posteriormente, sejam lançados ou cobrados os débitos de natureza tributá-
União, objeto de parcelamento concedido até 31 de dezembro de 1994. ria da pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
Seção IX Art. 80-C. Mediante solicitação da pessoa jurídica, poderá ser resta-
Competências dos Conselhos de Contribuintes belecida a inscrição no CNPJ, observados os termos e condições definidos
Art. 76. Fica o Poder Executivo autorizado a alterar as competências pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. (Incluído pela Lei nº 11.941,
relativas às matérias objeto de julgamento pelos Conselhos de Contribuin- de 2009)
tes do Ministério da Fazenda. Art. 81. Poderá ser declarada inapta, nos termos e condições defini-
Seção X dos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, a inscrição no CNPJ da
Dispositivo Declarado Inconstitucional pessoa jurídica que, estando obrigada, deixar de apresentar declarações e
Art. 77. Fica o Poder Executivo autorizado a disciplinar as hipóteses demonstrativos em 2 (dois) exercícios consecutivos. (Redação dada pela
em que a administração tributária federal, relativamente aos créditos tributá- Lei nº 11.941, de 2009)
rios baseados em dispositivo declarado inconstitucional por decisão definiti- § 1o Será também declarada inapta a inscrição da pessoa jurídica que
va do Supremo Tribunal Federal, possa: (Regulamento) não comprove a origem, a disponibilidade e a efetiva transferência, se for o
I - abster-se de constituí-los; caso, dos recursos empregados em operações de comércio exteri-
II - retificar o seu valor ou declará-los extintos, de ofício, quando hou- or.(Incluído pela Lei nº 10.637, de 2002)
verem sido constituídos anteriormente, ainda que inscritos em dívida ativa; § 2o Para fins do disposto no § 1o, a comprovação da origem de recur-
III - formular desistência de ações de execução fiscal já ajuizadas, sos provenientes do exterior dar-se-á mediante, cumulativamente:(Incluído
bem como deixar de interpor recursos de decisões judiciais. pela Lei nº 10.637, de 2002)
Seção XI I - prova do regular fechamento da operação de câmbio, inclusive com
Juros sobre o Capital Próprio a identificação da instituição financeira no exterior encarregada da remessa
Art. 78. O § 1º do art. 9º da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, dos recursos para o País;(Incluído pela Lei nº 10.637, de 2002)
passa a vigorar com a seguinte redação: II - identificação do remetente dos recursos, assim entendido como a
"Art. 9º........................................................................... pessoa física ou jurídica titular dos recursos remetidos.(Incluído pela Lei nº
§ 1º O efetivo pagamento ou crédito dos juros fica condicionado à exis- 10.637, de 2002)
tência de lucros, computados antes da dedução dos juros, ou de lucros § 3o No caso de o remetente referido no inciso II do § 2o ser pessoa
acumulados e reservas de lucros, em montante igual ou superior ao jurídica deverão ser também identificados os integrantes de seus quadros
valor de duas vezes os juros a serem pagos ou creditados. societário e gerencial.(Incluído pela Lei nº 10.637, de 2002)
................................................................................" § 4o O disposto nos §§ 2o e 3o aplica-se, também, na hipótese de que
Seção XII trata o § 2o do art. 23 do Decreto-Lei no 1.455, de 7 de abril de 1976.
Admissão Temporária (Incluído pela Lei nº 10.637, de 2002)
Art. 79. Os bens admitidos temporariamente no País, para utilização § 5o Poderá também ser declarada inapta a inscrição no CNPJ da
econômica, ficam sujeitos ao pagamento dos impostos incidentes na impor- pessoa jurídica que não for localizada no endereço informado ao CNPJ,
tação proporcionalmente ao tempo de sua permanência em território nacio- nos termos e condições definidos pela Secretaria da Receita Federal do
nal, nos termos e condições estabelecidos em regulamento. Brasil. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
Parágrafo único. O Poder Executivo poderá excepcionar, em caráter Art. 82. Além das demais hipóteses de inidoneidade de documentos
temporário, a aplicação do disposto neste artigo em relação a determinados previstos na legislação, não produzirá efeitos tributários em favor de tercei-
bens. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.189-49, de 2001) ros interessados, o documento emitido por pessoa jurídica cuja inscrição no
Capítulo VI Cadastro Geral de Contribuintes tenha sido considerada ou declarada
DISPOSIÇÕES FINAIS inapta.
Empresa Inidônea Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos casos em
que o adquirente de bens, direitos e mercadorias ou o tomador de serviços
Art. 80. As pessoas jurídicas que, estando obrigadas, deixarem de comprovarem a efetivação do pagamento do preço respectivo e o recebi-
apresentar declarações e demonstrativos por 5 (cinco) ou mais exercícios mento dos bens, direitos e mercadorias ou utilização dos serviços.
poderão ter sua inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ Crime contra a Ordem Tributária
baixada, nos termos e condições definidos pela Secretaria da Receita Art. 83. A representação fiscal para fins penais relativa aos crimes
Federal do Brasil, se, intimadas por edital, não regularizarem sua situação contra a ordem tributária previstos nos arts. 1o e 2o da Lei no 8.137, de 27
no prazo de 60 (sessenta) dias, contado da data da publicação da intima- de dezembro de 1990, e aos crimes contra a Previdência Social, previstos
ção. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) nos arts. 168-A e 337-A do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de
§ 1o Poderão ainda ter a inscrição no CNPJ baixada, nos termos e 1940 (Código Penal), será encaminhada ao Ministério Público depois de
condições definidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, as pes- proferida a decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência fiscal
soas jurídicas: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) do crédito tributário correspondente. (Redação dada pela Lei nº 12.350, de
I – que não existam de fato; ou (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 2010)
II – que, declaradas inaptas, nos termos do art. 81 desta Lei, não § 1o Na hipótese de concessão de parcelamento do crédito tributário,
tenham regularizado sua situação nos 5 (cinco) exercícios subsequentes. a representação fiscal para fins penais somente será encaminhada ao
(Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) Ministério Público após a exclusão da pessoa física ou jurídica do parcela-
§ 2o No edital de intimação, que será publicado no Diário Oficial da mento. (Incluído pela Lei nº 12.382, de 2011).
União, as pessoas jurídicas serão identificadas pelos respectivos números § 2o É suspensa a pretensão punitiva do Estado referente aos crimes
de inscrição no CNPJ. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) previstos no caput, durante o período em que a pessoa física ou a pessoa
§ 3o Decorridos 90 (noventa) dias da publicação do edital de intima- jurídica relacionada com o agente dos aludidos crimes estiver incluída no
ção, a Secretaria da Receita Federal do Brasil publicará no Diário Oficial da parcelamento, desde que o pedido de parcelamento tenha sido formalizado
União a relação de CNPJ das pessoas jurídicas que houverem regularizado antes do recebimento da denúncia criminal. (Incluído pela Lei nº 12.382, de
sua situação, tornando-se automaticamente baixadas, nessa data, as 2011).
inscrições das pessoas jurídicas que não tenham providenciado a regulari- § 3o A prescrição criminal não corre durante o período de suspensão
zação. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) da pretensão punitiva. (Incluído pela Lei nº 12.382, de 2011).
§ 4o A Secretaria da Receita Federal do Brasil manterá, para consulta, § 4o Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos no caput quando
em seu sítio na internet, informação sobre a situação cadastral das pessoas a pessoa física ou a pessoa jurídica relacionada com o agente efetuar o
jurídicas inscritas no CNPJ. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) pagamento integral dos débitos oriundos de tributos, inclusive acessórios,
Art. 80-A. Poderão ter sua inscrição no CNPJ baixada, nos termos e que tiverem sido objeto de concessão de parcelamento. (Incluído pela Lei
condições definidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, as pes- nº 12.382, de 2011).
soas jurídicas que estejam extintas, canceladas ou baixadas nos respecti- § 5o O disposto nos §§ 1o a 4o não se aplica nas hipóteses de veda-
vos órgãos de registro. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) ção legal de parcelamento. (Incluído pela Lei nº 12.382, de 2011).
§ 6o As disposições contidas no caput do art. 34 da Lei no 9.249, de XVIII - o § 5º do art. 6º da Lei nº 8.021, de 1990;
26 de dezembro de 1995, aplicam-se aos processos administrativos e aos XIX - o art. 22 da Lei nº 8.218, de 29 de agosto de 1991;
inquéritos e processos em curso, desde que não recebida a denúncia pelo XX - o art. 92 da Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991;
juiz. (Renumerado do Parágrafo único pela Lei nº 12.382, de 2011). XXI - o art. 6º da Lei nº 8.661, de 2 de junho de 1993;
Art. 84. Nos casos de incorporação, fusão ou cisão de empresa incluí- XXII - o art. 1º da Lei nº 8.696, de 26 de agosto de 1993;
da no Programa Nacional de Desestatização, bem como nos programas de XXIII - o parágrafo único do art. 3º da Lei nº 8.846, de 21 de janeiro de
desestatização das Unidades Federadas e dos Municípios, não ocorrerá a 1994;
realização do lucro inflacionário acumulado relativamente à parcela do ativo XXIV - o art. 33, o § 4º do art. 37 e os arts. 38, 50, 52 e 53, o § 1º do
sujeito a correção monetária até 31 de dezembro de 1995, que houver sido art. 82 e art. 98, todos da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995;
vertida. XXV - o art. 89 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, com a
§ 1º O lucro inflacionário acumulado da empresa sucedida, correspon- redação dada pela Lei nº 9.065, de 20 de junho de 1995;
dente aos ativos vertidos sujeitos a correção monetária até 31 de dezembro XXVI - os §§ 4º, 9º e 10 do art. 9º, o § 2º do art. 11, e o § 3º do art. 24,
de 1995, será integralmente transferido para a sucessora, nos casos de todos da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995;
incorporação e fusão. XXVII - a partir de 1º de abril de 1997, o art. 40 da Lei nº 8.981, de
§ 2º No caso de cisão, o lucro inflacionário acumulado será transferido, 1995, com as alterações introduzidas pela Lei nº 9.065, de 20 de junho de
para a pessoa jurídica que absorver o patrimônio da empresa cindida, na 1995.
proporção das contas do ativo, sujeitas a correção monetária até 31 de Brasília, 27 de dezembro de 1996; 175º da Independência e 108º da
dezembro de 1995, que houverem sido vertidas. República.
§ 3º O lucro inflacionário transferido na forma deste artigo será reali- 14. Instrução Normativa SRF nº 480/04.
zado e submetido a tributação, na pessoa jurídica sucessora, com obser-
vância do disposto na legislação vigente. Instrução Normativa SRF nº 480, de 15 de dezembro de 2004
Fretes Internacionais
Art. 85. Ficam sujeitos ao imposto de renda na fonte, à alíquota de
quinze por cento, os rendimentos recebidos por companhias de navegação O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso da atribuição que
aérea e marítima, domiciliadas no exterior, de pessoas físicas ou jurídicas lhe confere o inciso III do art. 209 do Regimento Interno da Secretaria da
residentes ou domiciliadas no Brasil. Receita Federal, aprovado pela Portaria MF nº 259, de 24 de agosto de
Parágrafo único. O imposto de que trata este artigo não será exigido 2001, e tendo em vista o disposto no art. 64 da Lei nº 9.430, de 27 de
das companhias aéreas e marítimas domiciliadas em países que não dezembro de 1996, e o art. 34 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de
tributam, em decorrência da legislação interna ou de acordos internacio- 2003, resolve:
nais, os rendimentos auferidos por empresas brasileiras que exercem o Disposições Preliminares
mesmo tipo de atividade. Art. 1º Os órgãos da administração federal direta, as autarquias, as
Art. 86. Nos casos de pagamento de contraprestação de arrendamen- fundações federais, as empresas públicas, as sociedades de economia
to mercantil, do tipo financeiro, a beneficiária pessoa jurídica domiciliada no mista e as demais entidades em que a União, direta ou indiretamente
exterior, a Secretaria da Receita Federal expedirá normas para excluir da detenha a maioria do capital social sujeito a voto, e que recebam recursos
base de cálculo do imposto de renda incidente na fonte a parcela remetida do Tesouro Nacional e estejam obrigadas a registrar sua execução orça-
que corresponder ao valor do bem arrendado. mentária e financeira no Sistema Integrado de Administração Financeira do
Vigência Governo Federal (Siafi) reterão, na fonte, o Imposto sobre a Renda da
Art. 87. Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação, produzindo Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
efeitos financeiros a partir de 1º de janeiro de 1997. (CSLL), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins)
Revogação e a Contribuição para o PIS/Pasep sobre os pagamentos que efetuarem às
Art. 88. Revogam-se: pessoas jurídicas, pelo fornecimento de bens ou prestação de serviços em
I - o § 2º do art. 97 do Decreto-lei nº 5.844, de 23 de setembro de geral, inclusive obras, observados os procedimentos previstos nesta Instru-
1943, o Decreto-lei nº 7.885, de 21 de agosto de 1945, o art. 46 da Lei nº ção Normativa.
4.862, de 29 de novembro de 1965 e o art. 56 da Lei nº 7.713, de 22 de § 1º A retenção efetuada na forma deste artigo dispensa, em relação
dezembro de 1988; aos pagamentos efetuados, as demais retenções previstas na legislação do
II - o Decreto-lei nº 165, de 13 de fevereiro de 1967; imposto de renda.
III - o § 3º do art. 21 do Decreto-lei nº 401, de 30 de dezembro de § 2º As retenções serão efetuadas sobre qualquer forma de pagamen-
1968; to, inclusive os pagamentos antecipados por conta de fornecimento de bens
IV - o Decreto-lei nº 716, de 30 de julho de 1969; ou de prestação de serviços, para entrega futura.
V - o Decreto-lei nº 815, de 4 de setembro de 1969, o Decreto-lei nº § 3º No caso de pessoa jurídica ou de receitas amparadas por isenção,
1.139, de 21 de dezembro de 1970, o art. 87 da Lei nº 7.450, de 23 de não incidência ou alíquota zero, na forma da legislação específica, do
dezembro de 1985 e os arts. 11 e 12 do Decreto-lei nº 2.303, de 21 de imposto de renda ou de uma ou mais contribuições de que trata este artigo,
novembro de 1986; a retenção dar-se-á mediante a aplicação das alíquotas específicas de que
VI - o art. 3º do Decreto-lei nº 1.118, de 10 de agosto de 1970, o art. 6º tratam o art 2º desta Instrução Normativa, correspondente ao imposto de
do Decreto-lei nº 1.189, de 24 de setembro de 1971 e o inciso IX do art. 1º renda ou às contribuições não alcançadas pela isenção, não incidência ou
da Lei nº 8.402, de 8 de janeiro de 1992; pela alíquota zero.
VII - o art. 9º do Decreto-lei nº 1.351, de 24 de outubro de 1974, o § 4º Na hipótese do § 3º deste artigo, o recolhimento será efetuado
Decreto-lei nº 1.411, de 31 de julho de 1975 e o Decreto-lei nº 1.725, de 7 mediante a utilização dos códigos de que trata o art. 30 desta Instrução
de dezembro de 1979; Normativa.
VIII - o art. 9º do Decreto-lei nº 1.633, de 9 de agosto de 1978; § 5º Para os fins do § 3º deste artigo, as pessoas jurídicas amparadas
IX - o número 4 da alínea "b" do § 1º do art. 35 do Decreto-lei nº 1.598, por de isenção, não incidência ou alíquota zero devem informar esta condi-
de 26 de dezembro de 1977, com a redação dada pelo inciso VI do art. 1º ção no documento fiscal, inclusive o enquadramento legal, sob pena de, se
do Decreto-lei nº 1.730, de 17 de dezembro de 1979; não o fizerem, se sujeitarem à retenção do imposto de renda e das contri-
X - o Decreto-lei nº 1.811, de 27 de outubro de 1980, e o art. 3º da Lei buições sobre o valor total do documento fiscal, no percentual total corres-
nº 7.132, de 26 de outubro de 1983; pondente à natureza do bem ou serviço.
XI - o art. 7º do Decreto-lei nº 1.814, de 28 de novembro de 1980; § 6º Para os fins desta Instrução Normativa a pessoa jurídica fornece-
XII - o Decreto-lei nº 2.227, de 16 de janeiro de 1985; dora do bem ou prestadora do serviço deverá informar no documento fiscal
XIII - os arts. 29 e 30 do Decreto-lei nº 2.341, de 29 de junho de 1987; o valor do imposto de renda e das contribuições a serem retidos na opera-
XIV - os arts. 1º e 2º do Decreto-lei nº 2.397, de 21 de dezembro de ção.
1987; § 7º Para os fins desta Instrução Normativa considera-se:
XV - o art. 8º do Decreto-lei nº 2.429, de 14 de abril de 1988; I - serviços prestados com emprego de materiais, os serviços contrata-
XVII - o art. 40 da Lei nº 7.799, de 10 de julho de 1989; dos com previsão de fornecimento de material, cujo fornecimento de mate-
rial esteja segregado da prestação de serviço no contrato, e desde que XIV - empresas estrangeiras de transporte;
discriminados separadamente no documento fiscal de prestação de servi- XV - órgãos da administração direta, autarquias e fundações do Gover-
ços; no Federal, Estadual ou Municipal, observado, no que se refere às autar-
II - construção por empreitada com emprego de materiais, a contrata- quias e fundações, os termos dos §§ 3º e 4º do art. 150 da Constituição
ção por empreitada de construção civil, na modalidade total, fornecendo o Federal;
empreiteiro todos os materiais indispensáveis à sua execução, sendo tais XVI - título de suprimento de fundos, de que tratam os arts. 45 a 47 do
materiais incorporados à obra. Decreto n° 93.872, de 23 de dezembro de 1986, com a redação dada pelo
§ 8° Excetua-se do disposto no inciso I do § 7° os serviços hospitala- Decreto n° 3.639, de 23 de outubro de 2000, e pelo Decreto n° 5.026, de
res, de que trata o art. 27 desta Instrução Normativa. (Redação dada pela 30 de março de 2004; (Redação dada pela IN SRF n° 539, de 25 de abril
IN SRF n° 539, de 25 de abril de 2005) de 2005)
§ 9º Para efeito do inciso II do § 7º não serão considerados como mate- XVII - no caso das entidades previstas no art. 34 da Lei nº 10.833, de
riais incorporados à obra, os instrumentos de trabalho utilizados e os mate- 29 de dezembro de 2003, a título de adiantamentos efetuados a emprega-
riais consumidos na execução da obra. dos para despesas miúdas de pronto pagamento, até o limite de cinco
Base de Cálculo e Alíquotas salários mínimos;
Art. 2º A retenção será efetuada aplicando-se, sobre o valor a ser pa- XVIII - título de prestações relativas à aquisição de bem financiado por
go, o percentual constante da coluna 06 da Tabela de Retenção (Anexo I), instituição financeira;
que corresponde à soma das alíquotas das contribuições devidas e da XIX - entidades fechadas de previdência complementar, no que se refe-
alíquota do imposto de renda, determinada mediante a aplicação de quinze re à receita decorrente de aluguéis e da venda de bens imóveis destinados
por cento sobre a base de cálculo estabelecida no art. 15 da Lei nº 9.249, ao pagamento de benefícios de aposentadoria, pensão, pecúlio e resgates;
de 26 de dezembro de 1995, conforme a natureza do bem fornecido ou do XX - título de aquisição de gasolina, gás natural, óleo diesel, gás lique-
serviço prestado. feito de petróleo, querosene de aviação e demais derivados de petróleo e
§ 1º O percentual a ser aplicado sobre o valor a ser pago corresponde- gás natural efetuados pelas empresas públicas, sociedades de economia
rá à espécie do bem fornecido ou de serviço prestado, conforme estabele- mista, e demais entidades em que a União, direta ou indiretamente, dete-
cido em contrato. nha a maioria do capital social com direito a voto, e que dela recebam
§ 2º Sem prejuízo do estabelecido no § 7º do art. 1º, caso o pagamento recursos do Tesouro Nacional e estejam obrigadas a registrar sua execu-
se refira a contratos distintos celebrados com a mesma pessoa jurídica pelo ção orçamentária e financeira na modalidade total no Sistema Integrado de
fornecimento de bens ou de serviços prestados com percentuais diferenci- Administração Financeira do Governo Federal (Siafi).
ados, aplicar-se-á o percentual correspondente a cada fornecimento contra- Parágrafo único. Não será devida a retenção da Contribuição para o
tado. PIS/Pasep e da Cofins, cabendo, nessa hipótese, a retenção do imposto de
§ 3º O valor da CSLL, a ser retido, será determinado mediante a apli- renda e da CSLL: (Redação dada pela IN SRF nº 539, de 25 de abril de
cação da alíquota de 1% (um por cento) sobre o montante a ser pago. 2005)
§ 4º O valor da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep, a ser retido, I - utilizando-se o código de arrecadação 8767, nos pagamentos efetu-
será determinado, aplicando-se as alíquotas de 3% (três por cento) e ados: (Redação dada pela IN SRF nº 539, de 25 de abril de 2005)
0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento), respectivamente, sobre o a) a título de transporte internacional de cargas efetuados por empre-
montante a ser pago. sas nacionais; (Renumerada com nova redação pela IN SRF n° 539, de 25
§ 5º As alíquotas de 3,0% (três por cento) e de 0,65% (sessenta e cin- de abril de 2005)
co centésimos por cento) aplicam-se inclusive na hipótese de as receitas de b) aos estaleiros navais brasileiros nas atividades de construção, con-
fornecimento de bens ou de prestação de serviço estarem sujeitas ao servação, modernização, conversão e reparo de embarcações pré-
regime de não-cumulatividade da Cofins e da Contribuição para o registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro (REB), instituído
PIS/Pasep ou aos regimes de alíquotas diferenciadas. pela Lei n° 9.432, de 8 de janeiro de 1997; (Renumerada pela IN SRF n°
§ 6º Fica dispensada a retenção de valor inferior a R$ 10,00 (dez re- 539, de 25 de abril de 2005)
ais), exceto na hipótese de Darf eletrônico efetuado por meio do Siafi. c) pela aquisição no mercado interno de livros, conforme disposto no
§ 7º Ocorrendo à hipótese do § 2º deste artigo, os valores retidos cor- art. 2° da Lei n° 10.753, de 30 de outubro de 2003; (Renumerada pela IN
respondentes a cada percentual serão recolhidos em Darf distintos. SRF n° 539, de 25 de abril de 2005)
Hipóteses em que não haverá retenção d) pela aquisição de produtos ou serviços amparados com isenção, não
Art. 3º Não serão retidos os valores correspondentes ao imposto de incidência ou alíquotas zero da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep,
renda e às contribuições de que trata esta Instrução Normativa, nos paga- observado o disposto no § 5° do art. 1° desta Instrução Normativa. (Renu-
mentos efetuados a: merada pela IN SRF n° 539, de 25 de abril de 2005)
I - templos de qualquer culto; II - utilizando-se o código de arrecadação 8750, nos pagamentos efetu-
II - partidos políticos; ados a título de transporte internacional de passageiros efetuado por em-
III - instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrati- presas nacionais. (Incluído pela IN SRF n° 539, de 25 de abril de 2005)
vos, a que se refere o art. 12 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997; Art. 4º Para efeito do disposto no art. 3º, incisos III, IV e XI a pessoa ju-
IV - instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e rídica deverá apresentar ao órgão ou entidade, declaração, na forma do
às associações civis, a que se refere o art. 15 da Lei nº 9.532, de 1997; Anexo II, III ou IV, conforme o caso, em duas vias, assinadas pelo seu
V - sindicatos, federações e confederações de empregados; representante legal.
VI - serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei; § 1º O órgão ou entidade responsável pela retenção arquivará a 1ª via
VII - conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas; da declaração, em ordem alfabética, que ficará à disposição da Secretaria
VIII - fundações de direito privado e as fundações públicas instituídas da Receita Federal (SRF), devendo a 2ª via ser devolvida ao interessado,
ou mantidas pelo Poder Público; como recibo.
IX - condomínios edilícios; Prazo de Recolhimento
X - Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as Organiza- Art. 5º Os valores retidos deverão ser recolhidos ao Tesouro Nacional,
ções Estaduais de Cooperativas previstas no art. 105 e seu § 1º da Lei nº mediante Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf):
5.764, de 16 de dezembro de 1971; I - pelos órgãos da administração federal direta, autarquias e fundações
XI - pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Ar- federais que efetuarem a retenção, até o 3º dia útil da semana subseqüente
recadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e àquela em que tiver ocorrido o pagamento à pessoa jurídica fornecedora
Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), de que trata o art. 12 da dos bens ou prestadora do serviço;
Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, em relação às II - pelas empresas públicas, sociedades de economia mista e demais
suas receitas próprias; (Redação dada pela IN RFB no 765, de 2 de agosto entidades em que a União, direta ou indiretamente detenha a maioria do
de 2007) (Vide art. 4o da IN RFB no 765, de 2 de agosto de 2007) capital social sujeito a voto, e que recebam recursos do Tesouro Nacional e
XII - pessoas jurídicas exclusivamente distribuidoras de jornais e revis- estejam obrigadas a registrar sua execução orçamentária e financeira no
tas; Siafi, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídi-
XIII - Itaipu binacional; ca, até o último dia útil da semana subseqüente àquela quinzena em que
tiver ocorrido o pagamento à pessoa jurídica fornecedora dos bem ou Seguros
prestadora do serviço. Art. 11. Nos pagamentos de seguros, ainda que por intermédio de cor-
Infrações e Penalidades retora, a retenção será feita sobre o valor do prêmio que estiver sendo pago
Art. 6º Aplicam-se, subsidiariamente, à CSLL, à Cofins e à Contribui- à seguradora, não deduzida qualquer parcela correspondente à correta-
ção para o PIS/Pasep, as penalidades e demais acréscimos previstos na gem.
legislação do imposto de renda, nas hipóteses de não retenção, falta de Parágrafo único. O direito à dedução do imposto e das contribuições
recolhimento, recolhimento após o vencimento do prazo sem o acréscimo retidos é da companhia seguradora, em nome da qual será emitido o com-
de multa moratória, de falta de declaração e nos de declaração inexata provante de retenção.
Tratamento dos Valores Retidos Art.12. Nos pagamentos de seguro obrigatório de danos pessoais cau-
Art. 7º Os valores retidos na forma desta Instrução Normativa poderão sados por veículos automotores somente será cabível a retenção no caso
ser deduzidos, pelo contribuinte, do valor do imposto e contribuições de de veículos coletivos.
mesma espécie devidos, relativamente a fatos geradores ocorridos a partir Parágrafo único. A base de cálculo corresponderá a 50% (cinqüenta
do mês da retenção. por cento) do valor total do prêmio recolhido.
Parágrafo único. O valor a ser deduzido, correspondente ao IRPJ e a Telefone
cada espécie de contribuição social, será determinado pelo próprio contri- Art. 13. Nos pagamentos de contas de telefone a retenção será efetu-
buinte mediante a aplicação, sobre o valor do documento fiscal, da alíquota ada sobre o total a ser pago, devendo o valor retido ser deduzido pela
respectiva, constante das colunas 02, 03, 04 ou 05 da Tabela de Retenção companhia emissora da fatura, em nome da qual será emitido o compro-
(Anexo I). vante de retenção.
Operações com Cartões de Crédito ou de Débitos Art. 14. No caso de aquisição do direito de uso ou de pagamento de
Art. 8º Nos pagamentos correspondentes ao fornecimento de bens ou aluguel de linhas telefônicas, a retenção será efetuada sobre o valor pago
pela prestação de serviços efetuados por meio de cartões de crédito ou relativamente à aquisição do direito de uso ou ao aluguel de linhas telefôni-
débito, a retenção será efetuada pelo órgão ou entidade pagador sobre o cas.
total a ser pago à empresa fornecedora do bem ou prestadora do serviço, Propaganda e publicidade
devendo o pagamento com o cartão ser realizado pelo valor líquido, depois Art. 15. Nos pagamentos referentes a serviços de propaganda e publi-
de deduzidos os valores do imposto e das contribuições retidas, cabendo a cidade a retenção será efetuada em relação à agência de propaganda e
responsabilidade pelo recolhimento destas ao órgão ou entidade adquirente publicidade e a cada uma das demais pessoas jurídicas prestadoras do
do bem ou tomador dos serviços. serviço, sobre o valor das respectivas notas fiscais.
Documentos de Cobranças que Contenham Código de Barra § 1º Nesse caso, a agência de propaganda deverá apresentar, à uni-
Art. 9º Nas notas fiscais, nas faturas, nos boletos bancários ou em dade pagadora, documento de cobrança, do qual deverão constar, no
quaisquer outros documentos de cobrança dos bens ou dos serviços, de mínimo:
que trata o art 1º, que contenham código de barras deverão ser informados I - o nome e o número de inscrição no CNPJ de cada empresa emitente
o valor bruto do preço do bem fornecido ou do serviço prestado e os valo- de nota fiscal, listada no documento de cobrança;
res do imposto de renda e das contribuições a serem retidos na operação, II - o número da respectiva nota fiscal e o seu valor.
devendo o seu pagamento ser efetuado pelo valor líquido deduzido das § 2º No caso de diversas notas fiscais de uma mesma empresa, os da-
respectivas retenções, cabendo a responsabilidade pelo recolhimento dos a que se refere o inciso I do § 1º poderão ser indicados apenas na linha
destas ao órgão ou entidade adquirente do bem ou tomador dos serviços. correspondente à primeira nota fiscal listada.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica às faturas de cartão § 3º O valor do imposto e das contribuições retido será compensado
de crédito. pela empresa emitente da nota fiscal, na proporção de suas receitas, de-
Situações Específicas vendo o comprovante anual de retenção de que trata o art 31 desta Instru-
Agências de viagens e turismo ção Normativa ser fornecido em nome de cada empresa beneficiária.
Art. 10. Nos pagamentos correspondentes a aquisições de passagens § 4º A retenção, na forma deste artigo, implica na dispensa da retenção
aéreas e rodoviárias, a despesas de hospedagem, aluguel de veículos e do imposto de renda na fonte de que trata o art. 53, inciso II, da Lei nº
prestação de serviços afins, efetuados por intermédio de agências de 7.450, de 23 de dezembro de 1985.
viagens, a retenção será feita sobre o total a pagar a cada empresa presta- Consórcio
dora do serviço e, quando for o caso, à Empresa de Infra-Estrutura Aero- Art. 16. No caso de pagamento a consórcio constituído para o forneci-
portuária (Infraero). mento de bens e serviços, inclusive a execução de obras e serviços de
§ 1º A agência de viagens apresentará documento de cobrança à uni- engenharia, a retenção deverá ser efetuada em nome de cada empresa
dade pagadora, do qual deverão constar: participante do consórcio, tendo por base o valor constante da correspon-
I - o nome e o número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa dente nota fiscal de emissão de cada uma das pessoas jurídicas consorcia-
Jurídica (CNPJ) da empresa prestadora do serviço; das.
II - no caso de venda de passagens: § 1º Nesta hipótese, a empresa administradora deverá apresentar à u-
a) o número e o valor do bilhete, excluídos a taxa de embarque, o pe- nidade pagadora os documentos de cobrança, acompanhados das respec-
dágio e o seguro; tivas notas fiscais, correspondentes aos valores dos fornecimentos de bens
b) o número de inscrição no CNPJ da Infraero e, em destaque, o valor ou serviços de cada empresa participante do consórcio.
da taxa de embarque; § 2º No caso de pagamentos a consórcio formados entre empresas na-
III - o nome do usuário do serviço. cionais e estrangeiras, aplica-se a retenção do art. 1º às empresas nacio-
§ 2º A indicação do número de inscrição no CNPJ da empresa presta- nais e a do art. 29, desta Instrução Normativa (imposto de renda na fonte)
dora do serviço e, quando for o caso, da Infraero poderá ser efetuada em às consorciadas estrangeiras, observadas as alíquotas aplicáveis à nature-
documento distinto do documento de cobrança. za dos bens ou serviços, conforme legislação própria.
§ 3º No caso de diversos bilhetes de uma mesma empresa de transpor- Refeição-convênio, vale-transporte e vale-combustível
te, os dados a que se referem os incisos I a III do § 1º poderão ser indica- Art. 17. Na aquisição de Refeição-Convênio (tíquete-alimentação e tí-
dos apenas na linha correspondente ao primeiro bilhete listado. quete-refeição), Vale-Transporte e Vale-Combustível, caso os pagamentos
§ 4º O valor do imposto e das contribuições retido será deduzido pelas sejam efetuados a intermediárias, vinculadas ou não à prestadora do servi-
empresas prestadoras do serviço e, quando for o caso, pela Infraero, na ço ou à fornecedora de combustível, a base de cálculo corresponde ao
proporção de suas receitas, devendo o comprovante anual de retenção de valor da corretagem ou comissão cobrada pela pessoa jurídica prestadora
que trata o art. 31 desta Instrução Normativa, ser fornecido em nome de do serviço.
cada um destes beneficiários. § 1º Para fins do disposto no caput, o valor da corretagem ou comissão
§ 5º Como forma de comprovação da retenção de que trata este artigo deverá ser destacado na nota fiscal de serviços.
órgão ou entidade que efetuar o pagamento deverá fornecer à agência de § 2º Não havendo cobrança dos encargos mencionados neste artigo, a
viagem, para os fins de prestação de contas às empresas prestadoras do empresa deverá fazer constar da nota fiscal a expressão "valor da correta-
serviço, copia do Darf ou quaisquer outro documento que comprove que as gem ou comissão: zero".
retenções forem efetuadas em nome das empresas prestadoras do serviço.
§ 3º Na inobservância do disposto nos §§ 1º e 2º, a retenção será efe- PIS/Pasep e da Cofins. (Incluído pela IN SRF n° 539, de 25 de abril de
tuada sobre o total a pagar. 2005)
§ 4º Caso os tíquetes ou os vales sejam de uso específico, tornando Água, refrigerante e cerveja
possível, no momento do pagamento, a identificação da prestadora respon- Art. 21. Nos pagamentos efetuados às pessoas jurídicas que proce-
sável pela execução do serviço ou da fornecedora do combustível, a reten- dam à industrialização ou à importação de água, refrigerante e cervejas,
ção será feita em nome da prestadora ou fornecedora do combustível, será devida a retenção do IRPJ, da CSLL, da Cofins e da Contribuição para
sobre o valor correspondente ao serviço ou ao fornecimento do combustí- o PIS/Pasep, utilizando-se o código 6147. (Redação dada pela IN SRF nº
vel, conforme o caso, sem prejuízo da retenção sobre o valor da correta- 539, de 25 de abril de 2005)
gem ou comissão, se devida. Parágrafo único. Nos pagamentos efetuados aos comerciantes ataca-
§ 5º Caso as vendas de Refeição-Convênio (tíquete-alimentação e tí- distas e varejistas, relativos a aquisição de água, refrigerante e cerveja sem
quete-refeição), Vale-Transporte e Vale-Combustível sejam efetuadas álcool, classificados nos códigos 22.01 e 22.02 da TIPI, será efetuada a
diretamente pela prestadora do serviço ou pela fornecedora do combustí- retenção e o recolhimento do imposto de renda e da CSLL, utilizando-se o
vel, a retenção será efetuada pelo valor total da compra de tíquetes ou código 8767, ficando dispensada a retenção da contribuição para o
vales, no momento do pagamento. PIS/Pasep e da Cofins. (Incluído pela IN SRF n° 539, de 25 de abril de
Derivados de petróleo e álcool etílico hidratado para fins carburan- 2005)
tes Bens imóveis
Art. 18. Nos pagamentos efetuados pelos órgãos da administração fe- Art. 22. Na aquisição de bens imóveis será observada as seguintes re-
deral direta, pelas autarquias e pelas fundações federais, relativos à aquisi- gras:
ção de gasolina, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo (GLP) e querosene I - quando o vendedor for pessoa jurídica que exerce a atividade de
de aviação (QAV), diretamente de refinarias de petróleo, demais produtores compra e venda de imóveis, ou quando se tratar de imóveis adquiridos de
e importadores, será devida a retenção do IRPJ, da CSLL, da Contribuição entidades abertas de previdência complementar sem fins lucrativos, cabe a
para o PIS/Pasep e da Cofins, utilizando-se o código 9060. (Redação dada retenção prevista no art. 1º desta Instrução Normativa, sobre o total a ser
pela IN SRF nº 539, de 25 de abril de 2005) pago;
§ 1º Será ainda devida a retenção do imposto de renda e das contribui- II - se o imóvel adquirido pertencer ao ativo permanente da empresa
ções, utilizando-se o código 9060, sobre o valor a ser pago: (Renumerado vendedora, cabe a retenção tão-somente do imposto de renda e da CSLL,
com nova redação pela IN SRF n° 539, de 25 de abril de 2005) de acordo com o estabelecido no art. 3°, § 2°, inciso IV da Lei n° 9.718, de
I - referente à aquisição dos demais combustíveis derivados de petró- 27 de novembro de 1998. (Redação dada pela IN SRF n° 539, de 25 de
leo e gás natural, e dos demais produtos derivados de petróleo, adquiridos abril de 2005)
de produtor, importador, distribuidor ou varejista; Cooperativas e associações de profissionais ou assemelhadas
II - referente à aquisição de álcool etílico hidratado para fins carburan- Art. 23. Nos pagamentos efetuados às sociedades cooperativas e às
tes, diretamente do distribuidor. associações profissionais ou assemelhadas, pelo fornecimento de bens ou
§ 2º Nos pagamentos efetuados aos distribuidores e aos comerciantes serviços, serão observadas as seguintes regras:
varejistas de gasolina, óleo diesel e gás liquefeito de petróleo (GLP), que- I - no caso das associações profissionais, serão retidos sobre o valor
rosene de aviação (QAV), exceto gasolina de aviação, ou nos pagamentos total do documento fiscal os valores correspondentes à CSLL, à Cofins e à
efetuados aos comerciantes varejistas de álcool etílico hidratado para fins Contribuição para o PIS/Pasep, às alíquotas de 1% (um por cento), 3%
carburantes, será efetuada a retenção do imposto de renda e da CSLL, (três por cento) e 0,65% (sessenta e cinco centésimo por cento), respecti-
utilizando-se o código 8739, ficando dispensada a retenção do PIS/Pasep e vamente, perfazendo o percentual de 4,65% (quatro inteiros e sessenta e
da Cofins. (Incluído pela IN SRF n° 539, de 25 de abril de 2005) cinco centésimos por cento), utilizando-se o código de arrecadação 8863.
Produtos farmacêuticos, de perfumaria, de toucador e de higiene II - no caso de cooperativas, serão retidos sobre o valor total do docu-
pessoal mento fiscal os valores correspondentes a Cofins e à Contribuição para o
Art. 19. Nos pagamentos efetuados às pessoas jurídicas que proce- PIS/Pasep, na forma estabelecida nos §§ 3º e 4º do art. 1º desta Instrução
dam à industrialização ou à importação de produtos farmacêuticos, de Normativa.
perfumaria, de toucador ou de higiene pessoal, será devida a retenção do Parágrafo único. O disposto no inciso II deste artigo não se aplica às
IRPJ, da CSLL, da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, utilizando-se sociedades cooperativas de consumo de que trata o art. 69 da Lei nº 9.532,
o código 6147. (Redação dada pela IN SRF n° 539, de 25 de abril de 2005) de 10 de dezembro de 1997, as quais estão sujeitas à retenção na forma
Parágrafo único. Nos pagamentos efetuados aos distribuidores e aos do art. 2º desta Instrução Normativa.
comerciantes varejistas dos medicamentos e produtos de perfumaria, de Art. 24. Não serão retidos os valores correspondentes à Contribuição
toucador e de higiene pessoal a que se refere o art. 1º da Lei n° 10.147, de para o PIS/Pasep, à Cofins e à CSLL nos pagamentos efetuados à socie-
21 de dezembro de 2000, alterado pela Lei n° 10.548, de 13 de novembro dade cooperativa de produção, em relação aos atos decorrentes da comer-
de 2002, será efetuada a retenção do imposto de renda e da CSLL, utili- cialização ou industrialização de produtos de seus associados.
zando-se o código 8767, ficando dispensada a retenção da contribuição § 1º A dispensa prevista neste artigo não alcança as operações de co-
para o PIS/Pasep e da Cofins. (Incluído pela IN SRF n° 539, de 25 de abril mercialização ou industrialização, pelas cooperativas agropecuárias e de
de 2005) pesca, de produtos adquiridos de não associados, agricultores, pecuarista
Máquinas, veículos, autopeças, pneus e câmaras de ar ou pescadores, para completar lotes destinados ao cumprimento de contra-
Art. 20. Nos pagamentos efetuados às pessoas jurídicas que proce- tos ou para suprir capacidade ociosa de suas instalações industriais, as
dam à industrialização ou à importação, inclusive à comercial atacadista quais se sujeitarão à retenção e recolhimento do imposto de renda e das
equiparada a industrial, referida no art. 17, § 5° da Medida Provisória n° contribuições, no percentual total de 5,85% (cinco inteiros e oitenta e cinco
2.189-49, de 2001, de máquinas, autopeças, pneus e câmaras de ar, veícu- centésimos por cento).
los e tratores, de que tratam os arts. 1°, 3° e 5° da Lei nº 10.485, de 3 de § 2º Para efeito da retenção de que trata o § 1º, as cooperativas de
julho de 2002, será devida a retenção do IRPJ, da CSLL, da Cofins e da produção deverão segregar, em seus documentos fiscais, as importâncias
Contribuição para o PIS/Pasep, utilizando-se o código 6147. (Redação relativas aos atos a que se refere o caput das importâncias corresponden-
dada pela IN SRF n° 539, de 25 de abril de 2005) tes às operações com não associados.
§ 1° Será ainda devida a retenção, utilizando-se o código 6147, nos § 3º Na hipótese de emissão de documento fiscal sem observância das
pagamentos relativos à aquisição de máquinas, autopeças, veículos e disposições previstas no § 2º, a retenção do imposto de renda e das contri-
tratores não relacionados no caput, efetuados ao importador, fabricante, buições se dará sobre o total do documento fiscal, no percentual total de
atacadistas e varejistas. (Renumerado com nova redação pela IN SRF n° 5,85% (cinco inteiros e oitenta e cinco centésimos por cento).
539, de 25 de abril de 2005) Art. 25. Nos pagamentos efetuados às cooperativas de trabalho e às
§ 2° Nos pagamentos efetuados aos comerciantes atacadistas e vare- associações de profissionais ou assemelhadas serão retidos, além das
jistas, relativos aos produtos classificados nas posições 40.11 (pneus novos contribuições referidas no art. 23, o imposto de renda na fonte à alíquota de
de borracha) e 40.13 (câmaras-de-ar de borracha), da TIPI, será efetuada a 1,5% (um e meio por cento) sobre as importâncias relativas aos serviços
retenção e o recolhimento do imposto de renda e da CSLL, utilizando-se o pessoais prestados por seus associados, utilizando-se o código de arreca-
código 8767, ficando dispensada a retenção da contribuição para o
dação 3280 – Serviços Pessoais Prestados Por Associados de Cooperati- desta Instrução Normativa. (Redação dada pela IN SRF nº 539, de 25 de
vas de Trabalho. abril de 2005)
§ 1º Na hipótese de o faturamento das entidades referidas neste artigo b) outra fatura, referente aos serviços de terceiros não cooperados
envolver parcela de serviços fornecidos por terceiros não cooperados ou (pessoas físicas ou jurídicas), a qual deverá segregar as importâncias
não associados, contratados ou conveniados, para cumprimento de contra- referentes aos serviços prestados, da seguinte forma:
tos com os órgãos e entidades relacionados no art. 1º desta Instrução 1 - serviços médicos em geral prestados por pessoas físicas (médicos,
Normativa, aplicar-se-á, a tal parcela, a retenção do imposto de renda e das dentistas. anestesistas, enfermeiros, etc.), e serviços médicos em geral,
contribuições estabelecida no art. 2º desta Instrução Normativa, no percen- não compreendidos em serviços hospitalares, prestados por pessoas
tual total, previsto no Anexo I - Tabela de Retenção, de: jurídicas, por conta de consultas médicas, exames laboratoriais, radiológi-
I - 5,85% (cinco inteiros e oitenta e cinco centésimos por cento), medi- cos, fisioterapias e assemelhados, cabendo a retenção, no percentual total
ante o código de arrecadação 6147, no caso de serviços prestados com de 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento), sob o
emprego de materiais; ou código de arrecadação 6190 (demais serviços);
II - 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento), me- 2 - serviços hospitalares nos termos do art. 27 desta Instrução Norma-
diante o código de arrecadação 6190, para os demais serviços. tiva, cabendo a retenção e recolhimento, no percentual total de 5,85%
§ 2º Para efeito das retenções de que trata o § 1º deste artigo, as coo- (cinco inteiros e oitenta e cinco centésimos por cento), sob o código de
perativas de trabalho e as associações de profissionais ou assemelhadas arrecadação 6147.
deverão segregar, em seus documentos fiscais, as importâncias relativas § 1º Na hipótese de emissão de documentos fiscais sem observância
aos serviços pessoais prestados por seus associados das importâncias que das disposições previstas nos incisos I e II deste artigo, a retenção do
corresponderem aos demais serviços fornecidos diretamente pelas coope- imposto de renda e das contribuições se dará sobre o total do documento
rativas (atividade específica), bem assim, emitir fatura separada relativa aos fiscal, no percentual de 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos
serviços prestados por terceiros não cooperados, contratados ou convenia- por cento), sob o código de arrecadação 6190 (demais serviços), do Anexo
dos, para atendimento de demandas contratuais. I - Tabela de Retenção, desta Instrução Normativa.
Art. 26. Nos pagamentos efetuados às cooperativas ou associações § 2º Nos pagamentos efetuados às cooperativas de trabalho médico,
médicas, as quais, para atender aos beneficiários dos seus planos de administradoras de plano de saúde e seguro saúde, a retenção a ser efetu-
saúde, subcontratam ou mantêm convênios para a prestação de serviços ada é a constante da rubrica "demais serviços", no percentual de:
de terceiros não cooperados, tais como: profissionais médicos e de enfer- a) 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento), sob
magem (pessoas físicas); hospitais, clínicas, casas de saúde, prontos o código de arrecadação 6190, para os planos de saúde; e
socorros, ambulatórios e laboratórios, etc. (pessoas jurídicas), por conta de b) 7,05% (sete inteiros e cinco centésimos), sob o código 6188, para o
internações, diárias hospitalares, medicamentos, fornecimento de exames seguro saúde.
laboratoriais e complementares de diagnose e terapia, etc., será apresen- § 3º No caso de terceirização de serviços médicos (locação de mão-de-
tada duas faturas, observando-se o seguinte: obra), por intermédio de cooperativas de trabalho ou associações médicas,
I - no caso das associações médicas: para o fornecimento de mão-de-obra nas dependências do tomador dos
a) uma fatura, segregando as importâncias recebidas por conta de ser- serviços, a retenção será efetuada observando-se o seguinte:
viços pessoais prestados por pessoas físicas associadas (serviços médicos I - no caso das associações médicas:
e de enfermagem), das importâncias recebidas pelos demais bens ou a. de acordo com o estabelecido na alínea "a", inciso I do art. 26 para
serviços (taxa de administração, etc.), cabendo a retenção: (Redação dada os associados ;
pela IN SRF nº 539, de 25 de abril de 2005) b. de acordo com o estabelecido na alínea "b", inciso I do art 26 para
1. de 1,5% de imposto de renda sobre a quantia relativa aos serviços os não associados.
pessoais prestados por seus associados, sob o código de arrecadação II - no caso das cooperativas médicas:
3280 – Serviços Pessoais Prestados por Associados de Cooperativas de a. de acordo com o estabelecido na alínea "a" do inciso II do art. 26
Trabalho; e para os associados;
2. da CSLL, da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep, sobre o va- b. de acordo com o estabelecido na alínea "b", inciso II do art. 26 para
lor total do documento fiscal, no percentual total de 4,65% (quatro inteiros e os não associados.
sessenta e cinco centésimos por cento), sob o código de arrecadação § 4º Na hipótese do § 3º, as cooperativas de trabalho ou associações
8863; médicas deverão segregar, em duas faturas distintas, as importâncias
b) outra fatura, referente aos serviços de terceiros não cooperados relativas aos serviços pessoais prestados por seus associados das impor-
(pessoas físicas ou jurídicas), a qual deverá segregar as importâncias tâncias que corresponderem aos serviços prestados por não associados da
referentes aos serviços prestados, da seguinte forma: cooperativa.
1. serviços médicos em geral prestados por pessoas físicas (médicos, § 5º A inobservância do disposto no § 4º acarretará a retenção do im-
dentistas. anestesistas, enfermeiros, etc.) e serviços médicos em geral, não posto de renda e das contribuições sobre o total do documento fiscal, no
compreendidos em serviços hospitalares, prestados por pessoas jurídicas, percentual de 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por
por conta de consultas médicas, exames laboratoriais, radiológicos, fisiote- cento), sob o código de arrecadação 6190, do Anexo I - Tabela de Reten-
rapias e assemelhados, cabendo a retenção, no percentual total de 9,45% ção, desta Instrução Normativa.
(nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento), sob o código de § 6º No caso de pagamentos a associações de médicos que atuem na
arrecadação 6190 (demais serviços); intermediação da prestação de serviços médicos prestados por profissio-
2. serviços hospitalares nos termos do art. 27 desta Instrução Normati- nais médicos ou pessoas jurídicas, os quais realizam os procedimentos
va, cabendo a retenção e recolhimento, no percentual total de 5,85% (cinco médicos, em nome próprio, em suas respectivas instalações, deverá ser
inteiros e oitenta e cinco centésimos por cento), sob o código de arrecada- observado o seguinte:
ção 6147. I - se o associado for pessoa jurídica, a retenção será efetuada sobre o
II - no caso das cooperativas médicas: total pago a cada pessoa jurídica prestadora dos serviços, observado os
a) uma fatura, segregando as importâncias recebidas por conta de ser- seguintes percentuais:
viços pessoais prestados por pessoas físicas associadas da cooperativa a) 5,85% (cinco inteiros e oitenta e cinco centésimos por cento), medi-
(serviços médicos e de enfermagem), das importâncias recebidas pelos ante o código de arrecadação 6147, no caso de serviços hospitalares, de
demais bens ou serviços (taxa de administração, etc.), cabendo a retenção: que trata o art. 27 desta Instrução Normativa; ou
1- de 1,5% de imposto de renda sobre a quantia relativa aos serviços b) 9,45% (nove inteiros e quarenta e cinco centésimos por cento), me-
pessoais prestados por seus associados, sob o código de arrecadação diante o código de arrecadação 6190, para os demais serviços.
3280 – Serviços Pessoais Prestados Por Associados de Cooperativas de II - se o associado for pessoa física, caberá a retenção de que trata o
Trabalho; e art. 628 do Regulamento do Imposto de Renda, aprovado Decreto nº 3.000,
2 - da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep, sobre o valor total do de 26 de março de 1999 (RIR, de 1999), sobre o total pago a cada pessoa
documento fiscal, no percentual total de 3,65% (três inteiros e sessenta e física, mediante a aplicação das alíquotas progressivas de que trata o art.
cinco centésimos por cento), na forma estabelecida no inciso II do art. 23 620 do RIR, de 1999.
§ 7º Para efeito das retenções de que trata os itens I e II do § 6º, às as- tes, e efetuar o recolhimento em Darf distintos para cada um deles, utilizan-
sociações de médicos deverão apresentar documento de cobrança ao do os seguintes códigos:
órgão ou entidade pagadora, do qual deverão constar: I - 6256 - no caso de IRPJ;
I - o nome e o número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física II - 6228 - no caso de CSLL;
(CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) de cada uma III - 6243 - no caso de Cofins;
das pessoas físicas ou jurídicas prestadora do serviço; IV - 6230 - no caso de PIS/Pasep.
II - o valor a ser pago a cada uma das pessoas físicas ou jurídicas § 1º Ocorrendo qualquer das situações previstas neste artigo, o benefi-
prestadoras do serviço. ciário do rendimento deverá apresentar à fonte pagadora, a cada pagamen-
§ 8º Aplica-se às demais associações de profissionais que atuam nos to, a comprovação de que o direito a não retenção continua amparada por
moldes das associações médicas, de que trata o § 6º deste artigo, as medida judicial.
disposições contidas nos incisos I, alínea b, e incisos I e II do § 6º e o § 2º A retenção em códigos distintos, na forma deste artigo, aplica-se
disposto no § 7º deste artigo. também quando a pessoa jurídica beneficiária do pagamento gozar de
Art. 27. Para os fins previstos nesta Instrução Normativa, são conside- isenção do IRPJ ou de qualquer das contribuições de que trata esta Instru-
rados serviços hospitalares aqueles prestados por estabelecimentos assis- ção Normativa.
tenciais de saúde que dispõem de estrutura material e de pessoal destina- Disposições Gerais
da a atender a internação de pacientes, garantir atendimento básico de Art. 31. O órgão ou a entidade que efetuar a retenção deverá fornecer,
diagnóstico e tratamento, com equipe clínica organizada e com prova de à pessoa jurídica beneficiária do pagamento, comprovante anual de reten-
admissão e assistência permanente prestada por médicos, que possuam ção, até o último dia útil de fevereiro do ano subseqüente, podendo ser
serviços de enfermagem e atendimento terapêutico direto ao paciente, disponibilizado em meio eletrônico, conforme modelo constante do Anexo
durante 24 horas, com disponibilidade de serviços de laboratório e radiolo- V, informando, relativamente a cada mês em que houver sido efetuado o
gia, serviços de cirurgia e/ou parto, bem como registros médicos organiza- pagamento, os códigos de retenção, os valores pagos e os valores retidos.
dos para a rápida observação e acompanhamento dos casos. (Redação § 1º Como forma alternativa de comprovação da retenção, poderá o
dada pela IN RFB nº 791, de 10 de dezembro de 2007) órgão ou a entidade fornecer ao beneficiário do pagamento cópia do Darf,
Parágrafo único. São também considerados serviços hospitalares, para desde que este contenha a base de cálculo correspondente ao fornecimen-
os fins desta Instrução Normativa, aqueles efetuados pelas pessoas jurídi- to dos bens ou da prestação dos serviços.
cas: (Renumerado com nova redação pela IN RFB n° 791, de 10 de de- § 2º Anualmente, até o último dia útil de fevereiro do ano subseqüente,
zembro de 2007) os órgãos ou as entidades que efetuarem a retenção de que trata esta
I - prestadoras de serviços pré-hospitalares, na área de urgência, reali- Instrução Normativa deverão apresentar, à unidade local da SRF, Declara-
zados por meio de UTI móvel, instaladas em ambulâncias de suporte ção de Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), nela discriminando, men-
avançado (Tipo "D") ou em aeronave de suporte médico (Tipo "E"); e (Re- salmente, o somatório dos valores pagos e o total retido, por contribuinte e
dação dada pela IN RFB nº 791, de 10 de dezembro de 2007) por código de recolhimento.
II - prestadoras de serviços de emergências médicas, realizados por Art. 32. As disposições constantes nesta Instrução Normativa: (Reda-
meio de UTI móvel, instaladas em ambulâncias classificadas nos Tipos "A", ção dada pela IN SRF nº 539, de 25 de abril de 2005)
"B", "C" e "F", que possuam médicos e equipamentos que possibilitem I - alcançam somente a retenção na fonte do IRPJ, da CSLL, da Cofins
oferecer ao paciente suporte avançado de vida. (Redação dada pela IN e da Contribuição para o PIS/Pasep, realizada para fins de atendimento ao
RFB nº 791, de 10 de dezembro de 2007) estabelecido nos arts. 64 da Lei nº 9.430, de 1996, e 34 da Lei nº 10.833,
Aluguel de imóveis de 2003; (Incluído pela IN SRF n° 539, de 25 de abril de 2005)
Art. 28. Nos pagamentos de aluguel de imóvel, quando o proprietário II - não alteram a aplicação dos percentuais de presunção para efeito
for pessoa jurídica, será feita retenção do imposto de renda e das contribui- de apuração da base de cálculo do imposto de renda a que estão sujeitas
ções sobre o total a ser pago. as pessoas jurídicas beneficiárias dos respectivos pagamentos, estabeleci-
§ 1º Se os pagamentos forem efetuados por intermédio de administra- dos no art. 15 da Lei nº 9.249, de 1995, exceto quanto aos serviços de
dora de imóveis, esta deverá fornecer à unidade pagadora o nome da construção por empreitada com emprego de materiais, de que trata o inciso
pessoa jurídica beneficiária e o respectivo número de inscrição no CNPJ. II do art 1º, e aos serviços hospitalares, de que trata o art. 27. (Incluído pela
§ 2º Se os pagamentos forem efetuados à entidade aberta de previ- IN SRF n° 539, de 25 de abril de 2005)
dência complementar sem fins lucrativos, não haverá retenção em relação Art. 33. A dispensa de retenção prevista no art. 3º desta Instrução
ao imposto de renda, cabendo, entretanto, a retenção e o recolhimento, em Normativa não isenta as entidades ali mencionadas do pagamento do
códigos distintos, da CSLL, da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep, imposto de renda e das contribuições a que estão sujeitas, como contribuin-
utilizando-se, respectivamente, os códigos 6228, 6243 e 6230, conforme tes ou responsáveis, em decorrência da natureza das atividades desenvol-
estabelecido no § 2º do art. 30 desta Instrução Normativa. vidas, na forma da legislação tributária vigente.
Pessoa Jurídica Sediada ou Domiciliada no Exterior Art. 34. As unidades centralizadas e descentralizadas da SRF orienta-
Art. 29. No caso de pagamento a pessoa jurídica sediada ou domicilia- rão os órgãos e as entidades pagadoras na execução do disposto nesta
da no exterior, não será efetuada retenção na forma do art. 2º desta Instru- Instrução Normativa e verificarão o cumprimento das normas nela estabele-
ção Normativa. cidas.
§ 1º Sobre o pagamento de que trata o caput incidirá o imposto de ren- Art. 35. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publi-
da na fonte, a ser retido pelo órgão pagador, calculado conforme as alíquo- cação.
tas vigentes à época do fato gerador. Art. 36. Fica formalmente revogada, sem interrupção de sua força
§ 2º Na hipótese do § 1º, considera-se ocorrido o fato gerador na data normativa, a Instrução Normativa SRF nº 306, de 12 de março de 2003.
em que os rendimentos forem pagos, creditados, entregues, empregados
ou remetidos para o exterior. 15. Lei nº 4.320/64.
§ 3º No caso em que o pagamento aos beneficiários de que trata este
artigo for efetuado pelo órgão, por intermédio de agência de propaganda ou
LEI No 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964.
publicidade, a obrigação de reter e recolher o imposto de renda na fonte é
Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos
da agência.
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito
Pessoa Jurídica Amparada por Medida Judicial
Federal.
Art. 30. No caso de pessoa jurídica amparada pela suspensão da exi-
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
gibilidade do crédito tributário nas hipóteses a que se referem os incisos II,
seguinte Lei;
IV e V do art. 151 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966- Código Tribu-
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
tário Nacional (CTN), ou por sentença judicial transitada em julgado, deter-
Art. 1º Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para elabora-
minando a suspensão do pagamento do IRPJ ou de qualquer das contribui-
ção e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos
ções referidas nesta Instrução Normativa, o órgão ou a entidade que efetu-
Municípios e do Distrito Federal, de acordo com o disposto no art. 5º, inciso
ar o pagamento deverá calcular, individualmente, os valores do IRPJ e das
XV, letra b, da Constituição Federal.
contribuições considerados devidos, aplicando as alíquotas corresponden-
TÍTULO I
Da Lei de Orçamento Art. 9º Tributo e a receita derivada instituída pelas entidades de direito
CAPÍTULO I publico, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos
Disposições Gerais da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinado-se o
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e des- seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por
pesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de essas entidades (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade universalidade e Art. 10. (Vetado).
anualidade. Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômi-
§ 1° Integrarão a Lei de Orçamento: cas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. (Redação dada pelo Decreto
I - Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Lei nº 1.939, de 20.5.1982)
Governo; § 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições,
II - Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categori- patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as
as Econômicas, na forma do Anexo nº. 1; provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de
III - Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação; direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classifi-
IV - Quadro das dotações por órgãos do Governo e da Administração. cáveis em Despesas Correntes. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939,
§ 2º Acompanharão a Lei de Orçamento: de 20.5.1982)
I - Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos § 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recur-
fundos especiais; sos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em
II - Quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos ns. 6 a espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de
9; direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em
III - Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Governo, Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corren-
em termos de realização de obras e de prestação de serviços. te. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de 20.5.1982)
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá Todas as receitas, inclusi- § 3º - O superávit do Orçamento Corrente resultante do balanceamento
ve as de operações de crédito autorizadas em lei. dos totais das receitas e despesas correntes, apurado na demonstração a
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as que se refere o Anexo nº 1, não constituirá item de receita orçamentá-
operações de credito por antecipação da receita, as emissões de papel- ria. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de 20.5.1982)
moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros § 4º - A classificação da receita obedecerá ao seguinte esque-
. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) ma: (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.939, de 20.5.1982)
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá Todas as despesas próprias RECEITAS CORRENTES
dos órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por inter- RECEITA TRIBUTÁRIA
médio os se devam realizar, observado o disposto no artigo 2°. Impostos
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destina- Taxas
das a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços Contribuições de Melhoria
de terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES
artigo 20 e seu parágrafo único. RECEITA PATRIMONIAL
Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento RECEITA AGROPECUÁRIA
pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. RECEITA INDUSTRIAL
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a RECEITA DE SERVIÇOS
outra incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber. OUTRAS RECEITAS CORRENTES
§ 2º Para cumprimento do disposto no parágrafo anterior, o calculo RECEITAS DE CAPITAL
das cotas terá por base os dados apurados no balanço do exercício anterior OPERAÇÕES DE CRÉDITO
aquele em que se elaborar a proposta orçamentária do governo obrigado a ALIENAÇÃO DE BENS
transferência. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS
Art. 7° A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL
para: OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL
I - Abrir créditos suplementares até determinada importância obedeci- CAPÍTULO III
das as disposições do artigo 43; (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) Da Despesa
II - Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econô-
crédito por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa. micas: (Vide Decreto-lei nº 1.805, de 1980)
§ 1º Em casos de déficit, a Lei de Orçamento indicará as fontes de DESPESAS CORRENTES
recursos que o Poder Executivo fica autorizado a utilizar para atender a sua Despesas de Custeio
cobertura. Transferências Correntes
§ 2° O produto estimado de operações de crédito e de alienação de DESPESAS DE CAPITAL
bens imóveis somente se incluirá na receita quando umas e outras forem Investimentos
especificamente autorizadas pelo Poder Legislativo em forma que juridica- Inversões Financeiras
mente possibilite ao Poder Executivo realizá-las no exercício. Transferências de Capital
§ 3º A autorização legislativa a que se refere o parágrafo anterior, no § 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para
tocante a operações de crédito, poderá constar da própria Lei de Orçamen- manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a
to. atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis.
Art. 8º A discriminação da receita geral e da despesa de cada órgão § 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para
do Governo ou unidade administrativa, a que se refere o artigo 2º, § 1º, despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou
incisos III e IV obedecerá à forma do Anexo n. 2. serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à
§ 1° Os itens da discriminação da receita e da despesa, mencionados manifestação de outras entidades de direito público ou privado.
nos artigos 11, § 4°, e 13, serão identificados por números de códigos § 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transfe-
decimal, na forma dos Anexos ns. 3 e 4. rências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficia-
§ 2º Completarão os números do código decimal referido no parágrafo das, distinguindo-se como:
anterior os algarismos caracterizadores da classificação funcional da des- I - subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou
pesa, conforme estabelece o Anexo n. 5. privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa;
§ 3° O código geral estabelecido nesta lei não prejudicará a adoção de II - subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas
códigos locais. ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.
CAPÍTULO II § 4º Classificam-se como investimentos as dotações para o planeja-
Da Receita mento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de
imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como nistração publica para consecução dos seus fins. (Veto rejeitado no D.O.
para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equi- 05/05/1964)
pamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de § 2º Para efeito de classificação da despesa, considera-se material
empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. permanente o de duração superior a dois anos.
§ 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destina- SEÇÃO I
das a: Das Despesas Correntes
I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; SUBSEÇÃO ÚNICA
II - aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou Das Transferências Correntes
entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não I) Das Subvenções Sociais
importe aumento do capital; Art. 16. Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras
III - constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que a concessão de subvenções sociais visará a prestação de serviços essen-
visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ciais de assistência social, médica e educacional, sempre que a suplemen-
ou de seguros. tação de recursos de origem privada aplicados a esses objetivos, revelar-se
§ 6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou mais econômica.
inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado Parágrafo único. O valor das subvenções, sempre que possível, será
devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou calculado com base em unidades de serviços efetivamente prestados ou
serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, se- postos à disposição dos interessados obedecidos os padrões mínimos de
gundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente eficiência previamente fixados.
anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública. Art. 17. Somente à instituição cujas condições de funcionamento forem
Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art. 12, a discrimi- julgadas satisfatórias pelos órgãos oficiais de fiscalização serão concedidas
nação ou especificação da despesa por elementos, em cada unidade subvenções.
administrativa ou órgão de Governo, obedecerá ao seguinte esquema: II) Das Subvenções Econômicas
DESPESAS CORRENTES Art. 18. A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públi-
Despesas de Custeio cas, de natureza autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções econô-
Pessoa Civil micas expressamente incluídas nas despesas correntes do orçamento da
Pessoal Militar União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal.
Material de Consumo Parágrafo único. Consideram-se, igualmente, como subvenções
Serviços de Terceiros econômicas:
Encargos Diversos a) as dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de
Transferências Correntes mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou
Subvenções Sociais outros materiais;
Subvenções Econômicas b) as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores
Inativos de determinados gêneros ou materiais.
Pensionistas Art. 19. A Lei de Orçamento não consignará ajuda financeira, a qual-
Salário Família e Abono Familiar quer título, a empresa de fins lucrativos, salvo quando se tratar de subven-
Juros da Dívida Pública ções cuja concessão tenha sido expressamente autorizada em lei especial.
Contribuições de Previdência Social SEÇÃO II
Diversas Transferências Correntes. Das Despesas de Capital
DESPESAS DE CAPITAL SUBSEÇÃO PRIMEIRA
Investimentos Dos Investimentos
Obras Públicas Art. 20. Os investimentos serão discriminados na Lei de Orçamento
Serviços em Regime de Programação Especial segundo os projetos de obras e de outras aplicações.
Equipamentos e Instalações Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua nature-
Material Permanente za, não possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execu-
Participação em Constituição ou Aumento de Capital ção da despesa poderão ser custeadas por dotações globais, classificadas
de Empresas ou Entidades Industriais ou Agrícolas entre as Despesas de Capital.
Inversões Financeiras SUBSEÇÃO SEGUNDA
Aquisição de Imóveis Das Transferências de Capital
Participação em Constituição ou Aumento de Capital Art. 21. A Lei de Orçamento não consignará auxílio para investimentos
de Empresas ou Entidades Comerciais ou Financei- que se devam incorporar ao patrimônio das empresas privadas de fins
ras lucrativos.
Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se às transferências de
Empresa em Funcionamento capital à conta de fundos especiais ou dotações sob regime excepcional de
Constituição de Fundos Rotativos aplicação.
Concessão de Empréstimos TÍTULO II
Diversas Inversões Financeiras Da Proposta Orçamentária
Transferências de Capital CAPÍTULO I
Amortização da Dívida Pública Conteúdo e Forma da Proposta Orçamentária
Auxílios para Obras Públicas Art. 22. A proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará
Auxílios para Equipamentos e Instalações ao Poder Legislativo nos prazos estabelecidos nas Constituições e nas Leis
Auxílios para Inversões Financeiras Orgânicas dos Municípios, compor-se-á:
Outras Contribuições. I - Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada da situação
Art. 14. Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços econômico-financeira, documentada com demonstração da dívida fundada
subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas e flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e outros compro-
dotações próprias. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) missos financeiros exigíveis; exposição e justificação da política econômico-
Parágrafo único. Em casos excepcionais, serão consignadas dotações financeira do Governo; justificação da receita e despesa, particularmente no
a unidades administrativas subordinadas ao mesmo órgão. tocante ao orçamento de capital;
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no II - Projeto de Lei de Orçamento;
mínimo por elementos. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) III - Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas de receita e
§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com despesa, constarão, em colunas distintas e para fins de comparação:
pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a admi- a) A receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele
em que se elaborou a proposta;
b) A receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta; a) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando
c) A receita prevista para o exercício a que se refere a proposta; provada, nesse ponto a inexatidão da proposta;
d) A despesa realizada no exercício imediatamente anterior; b) conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja
e) A despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta; e aprovado pelos órgãos competentes;
f) A despesa prevista para o exercício a que se refere a proposta. c) conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que
IV - Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por não esteja anteriormente criado;
dotações globais, em termos de metas visadas, decompostas em estimativa d) conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados
do custo das obras a realizar e dos serviços a prestar, acompanhadas de em resolução do Poder Legislativo para concessão de auxílios e subven-
justificação econômica, financeira, social e administrativa. ções.
Parágrafo único. Constará da proposta orçamentária, para cada uni- TÍTULO IV
dade administrativa, descrição sucinta de suas principais finalidades, com Do Exercício Financeiro
indicação da respectiva legislação. Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
CAPÍTULO II Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
Da Elaboração da Proposta Orçamentária I - as receitas nele arrecadadas;
SEÇÃO PRIMEIRA II - as despesas nele legalmente empenhadas.
Das Previsões Plurienais Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas
Art. 23. As receitas e despesas de capital serão objeto de um Quadro não pagas até o dia 31 de dezembro distinguindo-se as processadas das
de Recursos e de Aplicação de Capital, aprovado por decreto do Poder não processadas.
Executivo, abrangendo, no mínimo um triênio. Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com
Parágrafo único. O Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital vigência plurienal, que não tenham sido liquidados, só serão computados
será anualmente reajustado acrescentando-se-lhe as previsões de mais um como Restos a Pagar no último ano de vigência do crédito.
ano, de modo a assegurar a projeção contínua dos períodos. Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orça-
Art. 24. O Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital abrangerá: mento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para
I - as despesas e, como couber, também as receitas previstas em atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os
planos especiais aprovados em lei e destinados a atender a regiões ou a Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhe-
setores da administração ou da economia; cidos após o encerramento do exercício correspondente poderão ser pagos
II - as despesas à conta de fundos especiais e, como couber, as à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por
receitas que os constituam; elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.
III - em anexos, as despesas de capital das entidades referidas no Art. 38. Reverte à dotação a importância de despesa anulada no
Título X desta lei, com indicação das respectivas receitas, para as quais exercício, quando a anulação ocorrer após o encerramento dêste conside-
forem previstas transferências de capital. rar-se-á receita do ano em que se efetivar.
Art. 25. Os programas constantes do Quadro de Recursos e de Apli- Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não
cação de Capital sempre que possível serão correlacionados a metas tributária, serão escriturados como receita do exercício em que forem
objetivas em termos de realização de obras e de prestação de serviços. arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias. (Redação dada pelo
Parágrafo único. Consideram-se metas os resultados que se preten- Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979)
dem obter com a realização de cada programa. § 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do
Art. 26. A proposta orçamentária conterá o programa anual atualizado prazo para pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria,
dos investimentos, inversões financeiras e transferências previstos no como Dívida Ativa, em registro próprio, após apurada a sua liquidez e
Quadro de Recursos e de Aplicação de Capital. certeza, e a respectiva receita será escriturada a esse título. (Incluído pelo
SEÇÃO SEGUNDA Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979)
Das Previsões Anuais § 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa
Art. 27. As propostas parciais de orçamento guardarão estrita confor- natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos
midade com a política econômica-financeira, o programa anual de trabalho adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da
do Governo e, quando fixado, o limite global máximo para o orçamento de Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios,
cada unidade administrativa. contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza,
Art. 28 As propostas parciais das unidades administrativas, organiza- exceto as tributárias, foros, laudêmios, alugueis ou taxas de ocupação,
das em formulário próprio, serão acompanhadas de: custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos
I - tabelas explicativas da despesa, sob a forma estabelecida no artigo públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis
22, inciso III, letras d, e e f; definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações
II - justificação pormenorizada de cada dotação solicitada, com a em moeda estrangeira, de subrogação de hipoteca, fiança, aval ou outra
indicação dos atos de aprovação de projetos e orçamentos de obras públi- garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais. (Incluído
cas, para cujo início ou prosseguimento ela se destina. pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979)
Art. 29. Caberá aos órgãos de contabilidade ou de arrecadação orga- § 3º - O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira
nizar demonstrações mensais da receita arrecadada, segundo as rubricas, será convertido ao correspondente valor na moeda nacional à taxa cambial
para servirem de base a estimativa da receita, na proposta orçamentária. oficial, para compra, na data da notificação ou intimação do devedor, pela
Parágrafo único. Quando houver órgão central de orçamento, essas autoridade administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da Dívida
demonstrações ser-lhe-ão remetidas mensalmente. Ativa, incidindo, a partir da conversão, a atualização monetária e os juros
Art. 30. A estimativa da receita terá por base as demonstrações a que de mora, de acordo com preceitos legais pertinentes aos débitos tributá-
se refere o artigo anterior à arrecadação dos três últimos exercícios, pelo rios. (Incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979)
menos bem como as circunstâncias de ordem conjuntural e outras, que § 4º - A receita da Dívida Ativa abrange os créditos mencionados nos
possam afetar a produtividade de cada fonte de receita. parágrafos anteriores, bem como os valores correspondentes à respectiva
Art. 31. As propostas orçamentárias parciais serão revistas e coorde- atualização monetária, à multa e juros de mora e ao encargo de que tratam
nadas na proposta geral, considerando-se a receita estimada e as novas o art. 1º do Decreto-lei nº 1.025, de 21 de outubro de 1969, e o art. 3º do
circunstâncias. Decreto-lei nº 1.645, de 11 de dezembro de 1978. (Incluído pelo Decreto
TÍTULO III Lei nº 1.735, de 20.12.1979)
Da elaboração da Lei de Orçamento § 5º - A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria
Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas da Fazenda Nacional. (Incluído pelo Decreto Lei nº 1.735, de 20.12.1979)
Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo TÍTULO V
considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente. Dos Créditos Adicionais
Art. 33. Não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não
que visem a: computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária; Art. 53. O lançamento da receita, o ato da repartição competente, que
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dota- verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e
ção orçamentária específica; inscreve o débito desta.
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, Art. 54. Não será admitida a compensação da observação de recolher
em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública. rendas ou receitas com direito creditório contra a Fazenda Pública.
Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por Art. 55. Os agentes da arrecadação devem fornecer recibos das
lei e abertos por decreto executivo. importâncias que arrecadarem.
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da § 1º Os recibos devem conter o nome da pessoa que paga a soma
existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida arrecadada, proveniência e classificação, bem como a data a assinatura do
de exposição justificativa. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) agente arrecadador.(Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não § 2º Os recibos serão fornecidos em uma única via.
comprometidos: (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) Art. 56. O recolhimento de Todas as receitas far-se-á em estrita obser-
I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício vância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmenta-
anterior; (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) ção para criação de caixas especiais.
II - os provenientes de excesso de arrecadação; (Veto rejeitado no Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3. desta
D.O. 05/05/1964) lei serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias,
III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentá- Todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de
rias ou de créditos adicionais, autorizados em Lei; (Veto rejeitado no D.O. crédito, ainda que não previstas no Orçamento. (Veto rejeitado no D.O.
05/05/1964) 05/05/1964)
IV - o produto de operações de credito autorizadas, em forma que CAPÍTULO III
juridicamente possibilite ao poder executivo realiza-las. (Veto rejeitado no Da Despesa
D.O. 05/05/1964) Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade com-
§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o petente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não
ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos de implemento de condição. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vincula- Art. 59 - O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos
das. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) créditos concedidos. (Redação dada pela Lei nº 6.397, de 10.12.1976)
§ 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, § 1º Ressalvado o disposto no Art. 67 da Constituição Federal, é
o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação vedado aos Municípios empenhar, no último mês do mandato do Prefeito,
prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercí- mais do que o duodécimo da despesa prevista no orçamento vigen-
cio. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) te. (Parágrafo incluído pela Lei nº 6.397, de 10.12.1976)
§ 4° Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de § 2º Fica, também, vedado aos Municípios, no mesmo período, assu-
excesso de arrecadação, deduzir-se-a a importância dos créditos extraordi- mir, por qualquer forma, compromissos financeiros para execução depois
nários abertos no exercício.(Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) do término do mandato do Prefeito. (Parágrafo incluído pela Lei nº 6.397,
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder de 10.12.1976)
Executivo, que deles dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo. § 3º As disposições dos parágrafos anteriores não se aplicam nos
Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício casos comprovados de calamidade pública. (Parágrafo incluído pela Lei nº
financeiro em que forem abertos, salvo expressa disposição legal em 6.397, de 10.12.1976)
contrário, quanto aos especiais e extraordinários. § 4º Reputam-se nulos e de nenhum efeito os empenhos e atos prati-
Art. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a cados em desacordo com o disposto nos parágrafos 1º e 2º deste artigo,
espécie do mesmo e a classificação da despesa, até onde fôr possível. sem prejuízo da responsabilidade do Prefeito nos termos do Art. 1º, inciso
TÍTULO VI V, do Decreto-lei n.º 201, de 27 de fevereiro de 1967. (Parágrafo incluído
Da Execução do Orçamento pela Lei nº 6.397, de 10.12.1976)
CAPÍTULO I Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.
Da Programação da Despesa § 1º Em casos especiais previstos na legislação específica será dis-
Art. 47. Imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e pensada a emissão da nota de empenho.
com base nos limites nela fixados, o Poder Executivo aprovará um quadro § 2º Será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante
de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária fica autori- não se possa determinar.
zada a utilizar. § 3º É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras,
Art. 48 A fixação das cotas a que se refere o artigo anterior atenderá sujeitas a parcelamento.
aos seguintes objetivos: Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento denominado
a) assegurar às unidades orçamentárias, em tempo útil a soma de "nota de empenho" que indicará o nome do credor, a representação e a
recursos necessários e suficientes a melhor execução do seu programa importância da despesa bem como a dedução desta do saldo da dotação
anual de trabalho; própria.
b) manter, durante o exercício, na medida do possível o equilíbrio Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado
entre a receita arrecadada e a despesa realizada, de modo a reduzir ao após sua regular liquidação.
mínimo eventuais insuficiências de tesouraria. Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito
Art. 49. A programação da despesa orçamentária, para feito do dispos- adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobató-
to no artigo anterior, levará em conta os créditos adicionais e as operações rios do respectivo crédito.
extra-orçamentárias. § 1° Essa verificação tem por fim apurar:
Art. 50. As cotas trimestrais poderão ser alteradas durante o exercício, I - a origem e o objeto do que se deve pagar;
observados o limite da dotação e o comportamento da execução orçamen- II - a importância exata a pagar;
tária. III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
CAPÍTULO II § 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços
Da Receita prestados terá por base:
Art. 51. Nenhum tributo será exigido ou aumentado sem que a lei o I - o contrato, ajuste ou acordo respectivo;
estabeleça, nenhum será cobrado em cada exercício sem prévia autoriza- II - a nota de empenho;
ção orçamentária, ressalvados a tarifa aduaneira e o impôsto lançado por III - os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva
motivo de guerra. do serviço.
Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade
outras rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contra- competente, determinando que a despesa seja paga.
to.
Parágrafo único. A ordem de pagamento só poderá ser exarada em Art. 80. Compete aos serviços de contabilidade ou órgãos equivalen-
documentos processados pelos serviços de contabilidade (Veto rejeitado no tes verificar a exata observância dos limites das cotas trimestrais atribuídas
D.O. 05/05/1964) a cada unidade orçamentária, dentro do sistema que for instituído para
Art. 65. O pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou esse fim.
pagadoria regularmente instituídos por estabelecimentos bancários creden- CAPÍTULO III
ciados e, em casos excepcionais, por meio de adiantamento. Do Controle Externo
Art. 66. As dotações atribuídas às diversas unidades orçamentárias Art. 81. O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo,
poderão quando expressamente determinado na Lei de Orçamento ser terá por objetivo verificar a probidade da administração, a guarda e legal
movimentadas por órgãos centrais de administração geral. emprego dos dinheiros públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento.
Parágrafo único. É permitida a redistribuição de parcelas das dotações Art. 82. O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder
de pessoal, de uma para outra unidade orçamentária, quando considerada Legislativo, no prazo estabelecido nas Constituições ou nas Leis Orgânicas
indispensável à movimentação de pessoal dentro das tabelas ou quadros dos Municípios.
comuns às unidades interessadas, a que se realize em obediência à legis- § 1º As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder Legis-
lação específica. lativo, com Parecer prévio do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
Art. 67. Os pagamentos devidos pela Fazenda Pública, em virtude de § 2º Quando, no Município não houver Tribunal de Contas ou órgão
sentença judiciária, far-se-ão na ordem de apresentação dos precatórios e equivalente, a Câmara de Vereadores poderá designar peritos contadores
à conta dos créditos respectivos, sendo proibida a designação de casos ou para verificarem as contas do prefeito e sobre elas emitirem parecer.
de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos TÍTULO IX
para esse fim. Da Contabilidade
Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas CAPÍTULO I
expressamente definidos em lei e consiste na entrega de numerário a Disposições Gerais
servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria para o fim de Art. 83. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a
realizar despesas, que não possam subordinar-se ao processo normal de situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem
aplicação. despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados.
Art. 69. Não se fará adiantamento a servidor em alcance nem a res- Art. 84. Ressalvada a competência do Tribunal de Contas ou órgão
ponsável por dois adiantamento. (Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964) equivalente, a tomada de contas dos agentes responsáveis por bens ou
Art. 70. A aquisição de material, o fornecimento e a adjudicação de dinheiros públicos será realizada ou superintendida pelos serviços de
obras e serviços serão regulados em lei, respeitado o princípio da concor- contabilidade.
rência. Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a
TÍTULO VII permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento
Dos Fundos Especiais da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços indus-
Art. 71. Constitui fundo especial o produto de receitas especificadas triais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos
que por lei se vinculam à realização de determinados objetivos ou serviços, resultados econômicos e financeiros.
facultada a adoção de normas peculiares de aplicação. Art. 86. A escrituração sintética das operações financeiras e patrimo-
Art. 72. A aplicação das receitas orçamentárias vinculadas a turnos niais efetuar-se-á pelo método das partidas dobradas.
especiais far-se-á através de dotação consignada na Lei de Orçamento ou Art. 87. Haverá controle contábil dos direitos e obrigações oriundos de
em créditos adicionais. ajustes ou contratos em que a administração pública fôr parte.
Art. 73. Salvo determinação em contrário da lei que o instituiu, o saldo Art. 88. Os débitos e créditos serão escriturados com individuação do
positivo do fundo especial apurado em balanço será transferido para o devedor ou do credor e especificação da natureza, importância e data do
exercício seguinte, a crédito do mesmo fundo. vencimento, quando fixada.
Art. 74. A lei que instituir fundo especial poderá determinar normas Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração
peculiares de controle, prestação e tomada de contas, sem de qualquer orçamentária, financeira patrimonial e industrial.
modo, elidir a competência específica do Tribunal de Contas ou órgão CAPÍTULO II
equivalente. Da Contabilidade Orçamentária e Financeira
TÍTULO VIII Art. 90 A contabilidade deverá evidenciar, em seus registros, o mon-
Do Controle da Execução Orçamentária tante dos créditos orçamentários vigentes, a despesa empenhada e a
CAPÍTULO I despesa realizada, à conta dos mesmos créditos, e as dotações disponí-
Disposições Gerais veis.
Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá: Art. 91. O registro contábil da receita e da despesa far-se-á de acordo
I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou com as especificações constantes da Lei de Orçamento e dos créditos
a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obriga- adicionais.
ções; Art. 92. A dívida flutuante compreende:
II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
por bens e valores públicos; II - os serviços da dívida a pagar;
III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos III - os depósitos;
monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços. IV - os débitos de tesouraria.
CAPÍTULO II Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e
Do Controle Interno por credor distinguindo-se as despesas processadas das não processadas.
Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle a que se Art. 93. Todas as operações de que resultem débitos e créditos de
refere o artigo 75, sem prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas ou natureza financeira, não compreendidas na execução orçamentária, serão
órgão equivalente. também objeto de registro, individuação e controle contábil.
Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentá- CAPÍTULO III
ria será prévia, concomitante e subsequente. Da Contabilidade Patrimonial e Industrial
Art. 78. Além da prestação ou tomada de contas anual, quando institu- Art. 94. Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter per-
ída em lei, ou por fim de gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levanta- manente, com indicação dos elementos necessários para a perfeita carac-
mento, prestação ou tomada de contas de todos os responsáveis por bens terização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e
ou valores públicos. administração.
Art. 79. Ao órgão incumbido da elaboração da proposta orçamentária Art. 95 A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens móveis e
ou a outro indicado na legislação, caberá o controle estabelecido no inciso imóveis.
III do artigo 75. Art. 96. O levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base
Parágrafo único. Esse controle far-se-á, quando fôr o caso, em termos o inventário analítico de cada unidade administrativa e os elementos da
de unidades de medida, previamente estabelecidos para cada atividade. escrituração sintética na contabilidade.
Art. 97. Para fins orçamentários e determinação dos devedores, ter-se- Das Autarquias e Outras Entidades
á o registro contábil das receitas patrimoniais, fiscalizando-se sua efetiva- Art. 107. As entidades autárquicas ou paraestatais, inclusive de previ-
ção. dência social ou investidas de delegação para arrecadação de contribui-
Art. 98. A divida fundada compreende os compromissos de exigibilida- ções para fiscais da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Fede-
de superior a doze meses, contraídos para atender a desequilíbrio orça- ral terão seus orçamentos aprovados por decreto do Poder Executivo, salvo
mentário ou a financeiro de obras e serviços públicos. (Veto rejeitado no se disposição legal expressa determinar que o sejam pelo Poder Legislati-
D.O. 05/05/1964) vo.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e Parágrafo único. Compreendem-se nesta disposição as empresas com
especificações que permitam verificar, a qualquer momento, a posição dos autonomia financeira e administrativa cujo capital pertencer, integralmente,
empréstimos, bem como os respectivos serviços de amortização e juros. ao Poder Público.
Art. 99. Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados Art. 108. Os orçamentos das entidades referidas no artigo anterior
como empresa pública ou autárquica, manterão contabilidade especial para vincular-se-ão ao orçamento da União, dos Estados, dos Municípios e do
determinação dos custos, ingressos e resultados, sem prejuízo da escritu- Distrito Federal, pela inclusão:
ração patrimonial e financeiro comum. I - como receita, salvo disposição legal em contrário, de saldo positivo
Art. 100 As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem previsto entre os totais das receitas e despesas;
os resultados da execução orçamentária, bem como as variações indepen- II - como subvenção econômica, na receita do orçamento da beneficiá-
dentes dessa execução e as superveniências e insubsistência ativas e ria, salvo disposição legal em contrário, do saldo negativo previsto entre os
passivas, constituirão elementos da conta patrimonial. totais das receitas e despesas.
CAPÍTULO IV § 1º Os investimentos ou inversões financeiras da União, dos Estados,
Dos Balanços dos Municípios e do Distrito Federal, realizados por intermédio das entida-
Art. 101. Os resultados gerais do exercício serão demonstrados no des aludidas no artigo anterior, serão classificados como receita de capital
Balanço Orçamentário, no Balanço Financeiro, no Balanço Patrimonial, na destas e despesa de transferência de capital daqueles.
Demonstração das Variações Patrimoniais, segundo os Anexos números § 2º As previsões para depreciação serão computadas para efeito de
12, 13, 14 e 15 e os quadros demonstrativos constantes dos Anexos núme- apuração do saldo líquido das mencionadas entidades.
ros 1, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 16 e 17. Art. 109. Os orçamentos e balanços das entidades compreendidas no
Art. 102. O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas artigo 107 serão publicados como complemento dos orçamentos e balan-
previstas em confronto com as realizadas. ços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal a que
Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa estejam vinculados.
orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza Art. 110. Os orçamentos e balanços das entidades já referidas, obede-
extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do cerão aos padrões e normas instituídas por esta lei, ajustados às respecti-
exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. vas peculiaridades.
Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados Parágrafo único. Dentro do prazo que a legislação fixar, os balanços
na receita extra-orçamentária para compensar sua inclusão na despesa serão remetidos ao órgão central de contabilidade da União, dos Estados,
orçamentária. dos Municípios e do Distrito Federal, para fins de incorporação dos resulta-
Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as dos, salvo disposição legal em contrário.
alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da TÍTULO XI
execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. Disposições Finais
Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará: Art. 111. O Conselho Técnico de Economia e Finanças do Ministério
I - O Ativo Financeiro; da Fazenda, além de outras apurações, para fins estatísticos, de interesse
II - O Ativo Permanente; nacional, organizará e publicará o balanço consolidado das contas da
III - O Passivo Financeiro; União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e outras
IV - O Passivo Permanente; entidades, bem como um quadro estruturalmente idêntico, baseado em
V - O Saldo Patrimonial; dados orçamentários.
VI - As Contas de Compensação. § 1º Os quadros referidos neste artigo terão a estrutura do Anexo n. 1.
§ 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis § 2 O quadro baseado nos orçamentos será publicado até o último dia
independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários. do primeiro semestre do próprio exercício e o baseado nos balanços, até o
§ 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, último dia do segundo semestre do exercício imediato àquele a que se
cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa. referirem.
§ 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outros Art. 112. Para cumprimento do disposto no artigo precedente, a União,
pagamento independa de autorização orçamentária. os Estados, os Municípios e o Distrito Federal remeterão ao mencionado
§ 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e órgão, até 30 de abril, os orçamentos do exercício, e até 30 de junho, os
outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resga- balanços do exercício anterior.
te. Parágrafo único. O pagamento, pela União, de auxílio ou contribuição
§ 5º Nas contas de compensação serão registrados os bens, valores, a Estados, Municípios ou Distrito Federal, cuja concessão não decorra de
obrigações e situações não compreendidas nos parágrafos anteriores e imperativo constitucional, dependerá de prova do atendimento ao que se
que, imediata ou indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio. determina neste artigo.
Art. 106. A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as nor- Art. 113. Para fiel e uniforme aplicação das presentes normas, o
mas seguintes: Conselho Técnico de Economia e Finanças do Ministério da Fazenda
I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor atenderá a consultas, coligirá elementos, promoverá o intercâmbio de
nominal, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câm- dados informativos, expedirá recomendações técnicas, quando solicitadas,
bio vigente na data do balanço; e atualizará sempre que julgar conveniente, os anexos que integram a
II - os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de presente lei.
produção ou de construção; Parágrafo único. Para os fins previstos neste artigo, poderão ser
III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das com- promovidas, quando necessário, conferências ou reuniões técnicas, com a
pras. participação de representantes das entidades abrangidas por estas normas.
§ 1° Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando Art. 114. Os efeitos desta lei são contados a partir de 1º de janeiro de
em moeda estrangeira, deverão figurar ao lado das correspondentes impor- 1964 para o fim da elaboração dos orçamentos e a partir de 1º de janeiro
tâncias em moeda nacional. de 1965, quanto às demais atividades estatuídas. (Redação dada pela Lei
§ 2º As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e nº 4.489, de 19.11.1964)
valores em espécie serão levadas à conta patrimonial. Art. 115. Revogam-se as disposições em contrário.
§ 3º Poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis. Brasília, 17 de março de 1964; 143º da Independência e 76º da Repú-
TÍTULO X blica.
Art. 3o (VETADO)
16. Lei de Responsabilidade Fiscal - Lei Complementar nº Seção II
Da Lei de Diretrizes Orçamentárias
101/00.
Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do
art. 165 da Constituição e:
LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000. I - disporá também sobre:
Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade a) equilíbrio entre receitas e despesas;
na gestão fiscal e dá outras providências. b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9o e no
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: inciso II do § 1o do art. 31;
CAPÍTULO I c) (VETADO)
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES d) (VETADO)
Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo dos programas financiados com recursos dos orçamentos;
II do Título VI da Constituição. f) demais condições e exigências para transferências de recursos a
§ 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e entidades públicas e privadas;
transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de II - (VETADO)
afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas III - (VETADO)
de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condi- § 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de
ções no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pesso- Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores
al, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, opera- correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e
ções de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garan- primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e
tia e inscrição em Restos a Pagar. para os dois seguintes.
§ 2o As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os § 2o O Anexo conterá, ainda:
Estados, o Distrito Federal e os Municípios. I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
§ 3o Nas referências: II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodo-
I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão logia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as
compreendidos: com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistên-
a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribu- cia delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;
nais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público; III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercí-
b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, funda- cios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alie-
ções e empresas estatais dependentes; nação de ativos;
II - a Estados entende-se considerado o Distrito Federal; IV - avaliação da situação financeira e atuarial:
III - a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas da a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores
União, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver, Tribunal de Contas públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador;
dos Municípios e Tribunal de Contas do Município. b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza
Art. 2o Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como: atuarial;
I - ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita
Município; e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continua-
II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com do.
direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação; § 3o A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais,
III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de
ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas,
pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, caso se concretizem.
aqueles provenientes de aumento de participação acionária; § 4o A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em
IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de anexo específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial,
contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transfe- bem como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e
rências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos: variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subseqüente.
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por Seção III
determinação constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na Da Lei Orçamentária Anual
alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição; Art. 5o O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compa-
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determina- tível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as
ção constitucional; normas desta Lei Complementar:
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servido- I - conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programa-
res para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as ção dos orçamentos com os objetivos e metas constantes do documento de
receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9º do art. 201 que trata o § 1o do art. 4o;
da Constituição. II - será acompanhado do documento a que se refere o § 6o do art. 165
§ 1o Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valo- da Constituição, bem como das medidas de compensação a renúncias de
res pagos e recebidos em decorrência da Lei Complementar no 87, de 13 receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado;
de setembro de 1996, e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposi- III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e mon-
ções Constitucionais Transitórias. tante, definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na
§ 2o Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:
Federal e dos Estados do Amapá e de Roraima os recursos recebidos da a) (VETADO)
União para atendimento das despesas de que trata o inciso V do § 1o do b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos
art. 19. fiscais imprevistos.
§ 3o A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas § 1o Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contra-
arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as tual, e as receitas que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual.
duplicidades. § 2o O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na
CAPÍTULO II lei orçamentária e nas de crédito adicional.
DO PLANEJAMENTO § 3o A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinan-
Seção I ciada não poderá superar a variação do índice de preços previsto na lei de
Do Plano Plurianual diretrizes orçamentárias, ou em legislação específica.
§ 4o É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade Da Previsão e da Arrecadação
imprecisa ou com dotação ilimitada. Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na
§ 5o A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os
duração superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano tributos da competência constitucional do ente da Federação.
plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão, conforme disposto no § 1o Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias
do art. 167 da Constituição. para o ente que não observe o disposto no caput, no que se refere aos
§ 6o Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei orça- impostos.
mentária, as do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e
sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e assis- legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do
tência aos servidores, e a investimentos. índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator
§ 7o (VETADO) relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos
Art. 6o (VETADO) últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se
Art. 7o O resultado do Banco Central do Brasil, apurado após a consti- referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.
tuição ou reversão de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, e § 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será
será transferido até o décimo dia útil subseqüente à aprovação dos balan- admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.
ços semestrais. § 2o O montante previsto para as receitas de operações de crédito não
§ 1o O resultado negativo constituirá obrigação do Tesouro para com o poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei
Banco Central do Brasil e será consignado em dotação específica no orça- orçamentária. (Vide ADIN 2.238-5)
mento. § 3o O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos de-
§ 2o O impacto e o custo fiscal das operações realizadas pelo Banco mais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo
Central do Brasil serão demonstrados trimestralmente, nos termos em que final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e
dispuser a lei de diretrizes orçamentárias da União. as estimativas das receitas para o exercício subseqüente, inclusive da
§ 3o Os balanços trimestrais do Banco Central do Brasil conterão notas corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.
explicativas sobre os custos da remuneração das disponibilidades do Art. 13. No prazo previsto no art. 8o, as receitas previstas serão des-
Tesouro Nacional e da manutenção das reservas cambiais e a rentabilidade dobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com
de sua carteira de títulos, destacando os de emissão da União. a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à
Seção IV evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para
Da Execução Orçamentária e do Cumprimento das Metas cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos
Art. 8o Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos tributários passíveis de cobrança administrativa.
em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto Seção II
na alínea c do inciso I do art. 4o, o Poder Executivo estabelecerá a progra- Da Renúncia de Receita
mação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natu-
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade reza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompa-
específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua nhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em
vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na
ingresso. lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condi-
Art. 9o Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da ções:
receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada
primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes na estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que
e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes neces- não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei
sários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movimenta- de diretrizes orçamentárias;
ção financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentá- II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período
rias. mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da
§ 1o No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parci- elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação
al, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de tributo ou contribuição.
de forma proporcional às reduções efetivadas. § 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito pre-
§ 2o Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obri- sumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota
gações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de
pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a trata-
orçamentárias. mento diferenciado.
§ 3o No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério § 2o Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício de
Público não promoverem a limitação no prazo estabelecido no caput, é o que trata o caput deste artigo decorrer da condição contida no inciso II, o
Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros segundo os benefício só entrará em vigor quando implementadas as medidas referidas
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. (Vide ADIN 2.238-5) no mencionado inciso.
§ 4o Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder § 3o O disposto neste artigo não se aplica:
Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos incisos I, II,
quadrimestre, em audiência pública na comissão referida no § 1o do art. IV e V do art. 153 da Constituição, na forma do seu § 1o;
166 da Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e II - ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos
municipais. respectivos custos de cobrança.
§ 5o No prazo de noventa dias após o encerramento de cada semes- CAPÍTULO IV
tre, o Banco Central do Brasil apresentará, em reunião conjunta das comis- DA DESPESA PÚBLICA
sões temáticas pertinentes do Congresso Nacional, avaliação do cumpri- Seção I
mento dos objetivos e metas das políticas monetária, creditícia e cambial, Da Geração da Despesa
evidenciando o impacto e o custo fiscal de suas operações e os resultados Art. 15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao
demonstrados nos balanços. patrimônio público a geração de despesa ou assunção de obrigação que
Art. 10. A execução orçamentária e financeira identificará os beneficiá- não atendam o disposto nos arts. 16 e 17.
rios de pagamento de sentenças judiciais, por meio de sistema de contabi- Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governa-
lidade e administração financeira, para fins de observância da ordem crono- mental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de:
lógica determinada no art. 100 da Constituição. I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que
CAPÍTULO III deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes;
DA RECEITA PÚBLICA
Seção I
II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem ade- da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente
quação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibi- líquida, a seguir discriminados:
lidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias. I - União: 50% (cinqüenta por cento);
§ 1o Para os fins desta Lei Complementar, considera-se: II - Estados: 60% (sessenta por cento);
I - adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de dota- III - Municípios: 60% (sessenta por cento).
ção específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, § 1o Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo,
de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e não serão computadas as despesas:
a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os I - de indenização por demissão de servidores ou empregados;
limites estabelecidos para o exercício; II - relativas a incentivos à demissão voluntária;
II - compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentá- III - derivadas da aplicação do disposto no inciso II do § 6o do art. 57
rias, a despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e da Constituição;
metas previstos nesses instrumentos e não infrinja qualquer de suas dispo- IV - decorrentes de decisão judicial e da competência de período
sições. anterior ao da apuração a que se refere o § 2o do art. 18;
§ 2o A estimativa de que trata o inciso I do caput será acompanhada V - com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Ro-
das premissas e metodologia de cálculo utilizadas. raima, custeadas com recursos transferidos pela União na forma dos inci-
§ 3o Ressalva-se do disposto neste artigo a despesa considerada sos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e do art. 31 da Emenda Constitu-
irrelevante, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias. cional no 19;
§ 4o As normas do caput constituem condição prévia para: VI - com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custe-
I - empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou execução adas por recursos provenientes:
de obras; a) da arrecadação de contribuições dos segurados;
II - desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o § 3o do art. b) da compensação financeira de que trata o § 9o do art. 201 da Cons-
182 da Constituição. tituição;
Subseção I c) das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a
Da Despesa Obrigatória de Caráter Continuado tal finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos,
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa bem como seu superávit financeiro.
corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo § 2o Observado o disposto no inciso IV do § 1o, as despesas com
que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período pessoal decorrentes de sentenças judiciais serão incluídas no limite do
superior a dois exercícios. respectivo Poder ou órgão referido no art. 20.
§ 1o Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o caput Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá exceder
deverão ser instruídos com a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e os seguintes percentuais:
demonstrar a origem dos recursos para seu custeio. I - na esfera federal:
§ 2o Para efeito do atendimento do § 1o, o ato será acompanhado de a) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para o Legislativo,
comprovação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as metas incluído o Tribunal de Contas da União;
de resultados fiscais previstas no anexo referido no § 1o do art. 4o, devendo b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo c) 40,9% (quarenta inteiros e nove décimos por cento) para o Executi-
aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa. vo, destacando-se 3% (três por cento) para as despesas com pessoal
§ 3o Para efeito do § 2o, considera-se aumento permanente de receita decorrentes do que dispõem os incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição
o proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, e o art. 31 da Emenda Constitucional no 19, repartidos de forma proporcio-
majoração ou criação de tributo ou contribuição. nal à média das despesas relativas a cada um destes dispositivos, em
§ 4o A comprovação referida no § 2o, apresentada pelo proponente, percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios finan-
conterá as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo do ceiros imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei Complementar;
exame de compatibilidade da despesa com as demais normas do plano d) 0,6% (seis décimos por cento) para o Ministério Público da União;
plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias. II - na esfera estadual:
§ 5o A despesa de que trata este artigo não será executada antes da a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas
implementação das medidas referidas no § 2o, as quais integrarão o instru- do Estado;
mento que a criar ou aumentar. b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
§ 6o O disposto no § 1o não se aplica às despesas destinadas ao c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Executivo;
serviço da dívida nem ao reajustamento de remuneração de pessoal de que d) 2% (dois por cento) para o Ministério Público dos Estados;
trata o inciso X do art. 37 da Constituição. III - na esfera municipal:
§ 7o Considera-se aumento de despesa a prorrogação daquela criada a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas
por prazo determinado. do Município, quando houver;
Seção II b) 54% (cinqüenta e quatro por cento) para o Executivo.
Das Despesas com Pessoal § 1o Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, os limites
Subseção I serão repartidos entre seus órgãos de forma proporcional à média das
Definições e Limites despesas com pessoal, em percentual da receita corrente líquida, verifica-
Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como das nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publica-
despesa total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação ção desta Lei Complementar.
com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, § 2o Para efeito deste artigo entende-se como órgão:
cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com I - o Ministério Público;
quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, II - no Poder Legislativo:
fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pen- a) Federal, as respectivas Casas e o Tribunal de Contas da União;
sões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais b) Estadual, a Assembléia Legislativa e os Tribunais de Contas;
de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhi- c) do Distrito Federal, a Câmara Legislativa e o Tribunal de Contas do
das pelo ente às entidades de previdência. Distrito Federal;
§ 1o Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se d) Municipal, a Câmara de Vereadores e o Tribunal de Contas do
referem à substituição de servidores e empregados públicos serão contabi- Município, quando houver;
lizados como "Outras Despesas de Pessoal". III - no Poder Judiciário:
§ 2o A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realiza- a) Federal, os tribunais referidos no art. 92 da Constituição;
da no mês em referência com as dos onze imediatamente anteriores, b) Estadual, o Tribunal de Justiça e outros, quando houver.
adotando-se o regime de competência. § 3o Os limites para as despesas com pessoal do Poder Judiciário, a
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, cargo da União por força do inciso XIII do art. 21 da Constituição, serão
a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente estabelecidos mediante aplicação da regra do § 1o.
§ 4o Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos Municípios, III - reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim de preservar
os percentuais definidos nas alíneas a e c do inciso II do caput serão, o seu valor real.
respectivamente, acrescidos e reduzidos em 0,4% (quatro décimos por § 2o O disposto neste artigo aplica-se a benefício ou serviço de saúde,
cento). previdência e assistência social, inclusive os destinados aos servidores
§ 5o Para os fins previstos no art. 168 da Constituição, a entrega dos públicos e militares, ativos e inativos, e aos pensionistas.
recursos financeiros correspondentes à despesa total com pessoal por CAPÍTULO V
Poder e órgão será a resultante da aplicação dos percentuais definidos DAS TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS
neste artigo, ou aqueles fixados na lei de diretrizes orçamentárias. Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transfe-
§ 6o (VETADO) rência voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente
Subseção II da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que
Do Controle da Despesa Total com Pessoal não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao
Art. 21. É nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da despe- Sistema Único de Saúde.
sa com pessoal e não atenda: § 1o São exigências para a realização de transferência voluntária, além
I - as exigências dos arts. 16 e 17 desta Lei Complementar, e o dis- das estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias:
posto no inciso XIII do art. 37 e no § 1o do art. 169 da Constituição; I - existência de dotação específica;
II - o limite legal de comprometimento aplicado às despesas com II - (VETADO)
pessoal inativo. III - observância do disposto no inciso X do art. 167 da Constituição;
Parágrafo único. Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte IV - comprovação, por parte do beneficiário, de:
aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteri- a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos
ores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão referido no e financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto à presta-
art. 20. ção de contas de recursos anteriormente dele recebidos;
Art. 22. A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos nos b) cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à
arts. 19 e 20 será realizada ao final de cada quadrimestre. saúde;
Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95% c) observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de
(noventa e cinco por cento) do limite, são vedados ao Poder ou órgão operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em
referido no art. 20 que houver incorrido no excesso: Restos a Pagar e de despesa total com pessoal;
I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de d) previsão orçamentária de contrapartida.
remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou § 2o É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade
de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista no inciso diversa da pactuada.
X do art. 37 da Constituição; § 3o Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferên-
II - criação de cargo, emprego ou função; cias voluntárias constantes desta Lei Complementar, excetuam-se aquelas
III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despe- relativas a ações de educação, saúde e assistência social.
sa; CAPÍTULO VI
IV - provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal DA DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA O SETOR PRIVADO
a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir
falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança; necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá
V - contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II do ser autorizada por lei específica, atender às condições estabelecidas na lei
§ 6o do art. 57 da Constituição e as situações previstas na lei de diretrizes de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus
orçamentárias. créditos adicionais.
Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido § 1o O disposto no caput aplica-se a toda a administração indireta,
no art. 20, ultrapassar os limites definidos no mesmo artigo, sem prejuízo inclusive fundações públicas e empresas estatais, exceto, no exercício de
das medidas previstas no art. 22, o percentual excedente terá de ser elimi- suas atribuições precípuas, as instituições financeiras e o Banco Central do
nado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no Brasil.
primeiro, adotando-se, entre outras, as providências previstas nos §§ 3º e § 2o Compreende-se incluída a concessão de empréstimos, financia-
4o do art. 169 da Constituição. mentos e refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogações e a
§ 1o No caso do inciso I do § 3º do art. 169 da Constituição, o objetivo composição de dívidas, a concessão de subvenções e a participação em
poderá ser alcançado tanto pela extinção de cargos e funções quanto pela constituição ou aumento de capital.
redução dos valores a eles atribuídos. (Vide ADIN 2.238-5) Art. 27. Na concessão de crédito por ente da Federação a pessoa
§ 2o É facultada a redução temporária da jornada de trabalho com física, ou jurídica que não esteja sob seu controle direto ou indireto, os
adequação dos vencimentos à nova carga horária.(Vide ADIN 2.238-5) encargos financeiros, comissões e despesas congêneres não serão inferio-
§ 3o Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto res aos definidos em lei ou ao custo de captação.
perdurar o excesso, o ente não poderá: Parágrafo único. Dependem de autorização em lei específica as pror-
I - receber transferências voluntárias; rogações e composições de dívidas decorrentes de operações de crédito,
II - obter garantia, direta ou indireta, de outro ente; bem como a concessão de empréstimos ou financiamentos em desacordo
III - contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao com o caput, sendo o subsídio correspondente consignado na lei orçamen-
refinanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das despe- tária.
sas com pessoal. Art. 28. Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados
§ 4o As restrições do § 3o aplicam-se imediatamente se a despesa recursos públicos, inclusive de operações de crédito, para socorrer institui-
total com pessoal exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano ções do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de
do mandato dos titulares de Poder ou órgão referidos no art. 20. empréstimos de recuperação ou financiamentos para mudança de controle
Seção III acionário.
Das Despesas com a Seguridade Social § 1o A prevenção de insolvência e outros riscos ficará a cargo de
Art. 24. Nenhum benefício ou serviço relativo à seguridade social fundos, e outros mecanismos, constituídos pelas instituições do Sistema
poderá ser criado, majorado ou estendido sem a indicação da fonte de Financeiro Nacional, na forma da lei.
custeio total, nos termos do § 5o do art. 195 da Constituição, atendidas § 2o O disposto no caput não proíbe o Banco Central do Brasil de
ainda as exigências do art. 17. conceder às instituições financeiras operações de redesconto e de emprés-
§ 1o É dispensada da compensação referida no art. 17 o aumento de timos de prazo inferior a trezentos e sessenta dias.
despesa decorrente de: CAPÍTULO VII
I - concessão de benefício a quem satisfaça as condições de habilita- DA DÍVIDA E DO ENDIVIDAMENTO
ção prevista na legislação pertinente; Seção I
II - expansão quantitativa do atendimento e dos serviços prestados; Definições Básicas
Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as ao Senado Federal ou ao Congresso Nacional solicitação de revisão dos
seguintes definições: limites.
I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem § 7o Os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orça-
duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas mento em que houverem sido incluídos integram a dívida consolidada, para
em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de fins de aplicação dos limites.
operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses; Seção III
II - dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos Da Recondução da Dívida aos Limites
emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar
Municípios; o respectivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzi-
III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão da até o término dos três subseqüentes, reduzindo o excedente em pelo
de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financi- menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.
ada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a § 1o Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:
termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa,
assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros; inclusive por antecipação de receita, ressalvado o refinanciamento do
IV - concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação principal atualizado da dívida mobiliária;
financeira ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele II - obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao
vinculada; limite, promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho, na forma
V - refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para do art. 9o.
pagamento do principal acrescido da atualização monetária. § 2o Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e enquanto
§ 1o Equipara-se a operação de crédito a assunção, o reconhecimento perdurar o excesso, o ente ficará também impedido de receber transferên-
ou a confissão de dívidas pelo ente da Federação, sem prejuízo do cum- cias voluntárias da União ou do Estado.
primento das exigências dos arts. 15 e 16. § 3o As restrições do § 1o aplicam-se imediatamente se o montante da
§ 2o Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à dívida exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato
emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil. do Chefe do Poder Executivo.
§ 3o Também integram a dívida pública consolidada as operações de § 4o O Ministério da Fazenda divulgará, mensalmente, a relação dos
crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do entes que tenham ultrapassado os limites das dívidas consolidada e mobili-
orçamento. ária.
§ 4o O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, § 5o As normas deste artigo serão observadas nos casos de descum-
ao término de cada exercício financeiro, o montante do final do exercício primento dos limites da dívida mobiliária e das operações de crédito inter-
anterior, somado ao das operações de crédito autorizadas no orçamento nas e externas.
para este efeito e efetivamente realizadas, acrescido de atualização mone- Seção IV
tária. Das Operações de Crédito
Seção II Subseção I
Dos Limites da Dívida Pública e das Operações de Crédito Da Contratação
Art. 30. No prazo de noventa dias após a publicação desta Lei Com- Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e
plementar, o Presidente da República submeterá ao: condições relativos à realização de operações de crédito de cada ente da
I - Senado Federal: proposta de limites globais para o montante da Federação, inclusive das empresas por eles controladas, direta ou indire-
dívida consolidada da União, Estados e Municípios, cumprindo o que esta- tamente.
belece o inciso VI do art. 52 da Constituição, bem como de limites e condi- § 1o O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em
ções relativos aos incisos VII, VIII e IX do mesmo artigo; parecer de seus órgãos técnicos e jurídicos, demonstrando a relação custo-
II - Congresso Nacional: projeto de lei que estabeleça limites para o benefício, o interesse econômico e social da operação e o atendimento das
montante da dívida mobiliária federal a que se refere o inciso XIV do art. 48 seguintes condições:
da Constituição, acompanhado da demonstração de sua adequação aos I - existência de prévia e expressa autorização para a contratação, no
limites fixados para a dívida consolidada da União, atendido o disposto no texto da lei orçamentária, em créditos adicionais ou lei específica;
inciso I do § 1o deste artigo. II - inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos recursos
§ 1o As propostas referidas nos incisos I e II do caput e suas altera- provenientes da operação, exceto no caso de operações por antecipação
ções conterão: de receita;
I - demonstração de que os limites e condições guardam coerência III - observância dos limites e condições fixados pelo Senado Federal;
com as normas estabelecidas nesta Lei Complementar e com os objetivos IV - autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de
da política fiscal; operação de crédito externo;
II - estimativas do impacto da aplicação dos limites a cada uma das V - atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição;
três esferas de governo; VI - observância das demais restrições estabelecidas nesta Lei Com-
III - razões de eventual proposição de limites diferenciados por esfera plementar.
de governo; § 2o As operações relativas à dívida mobiliária federal autorizadas, no
IV - metodologia de apuração dos resultados primário e nominal. texto da lei orçamentária ou de créditos adicionais, serão objeto de proces-
§ 2o As propostas mencionadas nos incisos I e II do caput também so simplificado que atenda às suas especificidades.
poderão ser apresentadas em termos de dívida líquida, evidenciando a § 3o Para fins do disposto no inciso V do § 1o, considerar-se-á, em
forma e a metodologia de sua apuração. cada exercício financeiro, o total dos recursos de operações de crédito nele
§ 3o Os limites de que tratam os incisos I e II do caput serão fixados ingressados e o das despesas de capital executadas, observado o seguin-
em percentual da receita corrente líquida para cada esfera de governo e te:
aplicados igualmente a todos os entes da Federação que a integrem, I - não serão computadas nas despesas de capital as realizadas sob a
constituindo, para cada um deles, limites máximos. forma de empréstimo ou financiamento a contribuinte, com o intuito de
§ 4o Para fins de verificação do atendimento do limite, a apuração do promover incentivo fiscal, tendo por base tributo de competência do ente da
montante da dívida consolidada será efetuada ao final de cada quadrimes- Federação, se resultar a diminuição, direta ou indireta, do ônus deste;
tre. II - se o empréstimo ou financiamento a que se refere o inciso I for
§ 5o No prazo previsto no art. 5o, o Presidente da República enviará ao concedido por instituição financeira controlada pelo ente da Federação, o
Senado Federal ou ao Congresso Nacional, conforme o caso, proposta de valor da operação será deduzido das despesas de capital;
manutenção ou alteração dos limites e condições previstos nos incisos I e II III - (VETADO)
do caput. § 4o Sem prejuízo das atribuições próprias do Senado Federal e do
§ 6o Sempre que alterados os fundamentos das propostas de que trata Banco Central do Brasil, o Ministério da Fazenda efetuará o registro eletrô-
este artigo, em razão de instabilidade econômica ou alterações nas políti- nico centralizado e atualizado das dívidas públicas interna e externa, garan-
cas monetária ou cambial, o Presidente da República poderá encaminhar tido o acesso público às informações, que incluirão:
I - encargos e condições de contratação; a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não inte-
II - saldos atualizados e limites relativos às dívidas consolidada e gralmente resgatada;
mobiliária, operações de crédito e concessão de garantias. b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito
§ 5o Os contratos de operação de crédito externo não conterão cláusu- Municipal.
la que importe na compensação automática de débitos e créditos. § 1o As operações de que trata este artigo não serão computadas para
Art. 33. A instituição financeira que contratar operação de crédito com efeito do que dispõe o inciso III do art. 167 da Constituição, desde que
ente da Federação, exceto quando relativa à dívida mobiliária ou à externa, liquidadas no prazo definido no inciso II do caput.
deverá exigir comprovação de que a operação atende às condições e § 2o As operações de crédito por antecipação de receita realizadas por
limites estabelecidos. Estados ou Municípios serão efetuadas mediante abertura de crédito junto
§ 1o A operação realizada com infração do disposto nesta Lei Com- à instituição financeira vencedora em processo competitivo eletrônico
plementar será considerada nula, procedendo-se ao seu cancelamento, promovido pelo Banco Central do Brasil.
mediante a devolução do principal, vedados o pagamento de juros e de- § 3o O Banco Central do Brasil manterá sistema de acompanhamento
mais encargos financeiros. e controle do saldo do crédito aberto e, no caso de inobservância dos
§ 2o Se a devolução não for efetuada no exercício de ingresso dos limites, aplicará as sanções cabíveis à instituição credora.
recursos, será consignada reserva específica na lei orçamentária para o Subseção IV
exercício seguinte. Das Operações com o Banco Central do Brasil
§ 3o Enquanto não efetuado o cancelamento, a amortização, ou consti- Art. 39. Nas suas relações com ente da Federação, o Banco Central
tuída a reserva, aplicam-se as sanções previstas nos incisos do § 3o do art. do Brasil está sujeito às vedações constantes do art. 35 e mais às seguin-
23. tes:
§ 4o Também se constituirá reserva, no montante equivalente ao I - compra de título da dívida, na data de sua colocação no mercado,
excesso, se não atendido o disposto no inciso III do art. 167 da Constitui- ressalvado o disposto no § 2o deste artigo;
ção, consideradas as disposições do § 3o do art. 32. II - permuta, ainda que temporária, por intermédio de instituição finan-
Subseção II ceira ou não, de título da dívida de ente da Federação por título da dívida
Das Vedações pública federal, bem como a operação de compra e venda, a termo, daque-
Art. 34. O Banco Central do Brasil não emitirá títulos da dívida pública le título, cujo efeito final seja semelhante à permuta;
a partir de dois anos após a publicação desta Lei Complementar. III - concessão de garantia.
Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente § 1o O disposto no inciso II, in fine, não se aplica ao estoque de Letras
da Federação, diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação do Banco Central do Brasil, Série Especial, existente na carteira das institu-
ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da admi- ições financeiras, que pode ser refinanciado mediante novas operações de
nistração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou venda a termo.
postergação de dívida contraída anteriormente. § 2o O Banco Central do Brasil só poderá comprar diretamente títulos
§ 1o Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as operações emitidos pela União para refinanciar a dívida mobiliária federal que estiver
entre instituição financeira estatal e outro ente da Federação, inclusive suas vencendo na sua carteira.
entidades da administração indireta, que não se destinem a: § 3o A operação mencionada no § 2o deverá ser realizada à taxa
I - financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes; média e condições alcançadas no dia, em leilão público.
II - refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição conce- § 4o É vedado ao Tesouro Nacional adquirir títulos da dívida pública
dente. federal existentes na carteira do Banco Central do Brasil, ainda que com
§ 2o O disposto no caput não impede Estados e Municípios de comprar cláusula de reversão, salvo para reduzir a dívida mobiliária.
títulos da dívida da União como aplicação de suas disponibilidades. Seção V
Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financei- Da Garantia e da Contragarantia
ra estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiá- Art. 40. Os entes poderão conceder garantia em operações de crédito
rio do empréstimo. internas ou externas, observados o disposto neste artigo, as normas do art.
Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeira 32 e, no caso da União, também os limites e as condições estabelecidos
controlada de adquirir, no mercado, títulos da dívida pública para atender pelo Senado Federal.
investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da União § 1o A garantia estará condicionada ao oferecimento de contragaranti-
para aplicação de recursos próprios. a, em valor igual ou superior ao da garantia a ser concedida, e à adimplên-
Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados: cia da entidade que a pleitear relativamente a suas obrigações junto ao
I - captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo garantidor e às entidades por este controladas, observado o seguinte:
ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do I - não será exigida contragarantia de órgãos e entidades do próprio
disposto no § 7o do art. 150 da Constituição; ente;
II - recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder II - a contragarantia exigida pela União a Estado ou Município, ou
Público detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com pelos Estados aos Municípios, poderá consistir na vinculação de receitas
direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislação; tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de transferências consti-
III - assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação tucionais, com outorga de poderes ao garantidor para retê-las e empregar o
assemelhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante respectivo valor na liquidação da dívida vencida.
emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando esta vedação § 2o No caso de operação de crédito junto a organismo financeiro
a empresas estatais dependentes; internacional, ou a instituição federal de crédito e fomento para o repasse
IV - assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com de recursos externos, a União só prestará garantia a ente que atenda, além
fornecedores para pagamento a posteriori de bens e serviços. do disposto no § 1o, as exigências legais para o recebimento de transferên-
Subseção III cias voluntárias.
Das Operações de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária § 3o (VETADO)
Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a § 4o (VETADO)
atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as § 5o É nula a garantia concedida acima dos limites fixados pelo Sena-
exigências mencionadas no art. 32 e mais as seguintes: do Federal.
I - realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício; § 6o É vedado às entidades da administração indireta, inclusive suas
II - deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o empresas controladas e subsidiárias, conceder garantia, ainda que com
dia dez de dezembro de cada ano; recursos de fundos.
III - não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a § 7o O disposto no § 6o não se aplica à concessão de garantia por:
taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa I - empresa controlada a subsidiária ou controlada sua, nem à presta-
básica financeira, ou à que vier a esta substituir; ção de contragarantia nas mesmas condições;
IV - estará proibida: II - instituição financeira a empresa nacional, nos termos da lei.
§ 8o Excetua-se do disposto neste artigo a garantia prestada:
I - por instituições financeiras estatais, que se submeterão às normas III - venda de bens, prestação de serviços ou concessão de emprésti-
aplicáveis às instituições financeiras privadas, de acordo com a legislação mos e financiamentos com preços, taxas, prazos ou condições diferentes
pertinente; dos vigentes no mercado.
II - pela União, na forma de lei federal, a empresas de natureza finan- CAPÍTULO IX
ceira por ela controladas, direta e indiretamente, quanto às operações de DA TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E FISCALIZAÇÃO
seguro de crédito à exportação. Seção I
§ 9o Quando honrarem dívida de outro ente, em razão de garantia Da Transparência da Gestão Fiscal
prestada, a União e os Estados poderão condicionar as transferências Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais
constitucionais ao ressarcimento daquele pagamento. será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso
§ 10. O ente da Federação cuja dívida tiver sido honrada pela União público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as pres-
ou por Estado, em decorrência de garantia prestada em operação de crédi- tações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da
to, terá suspenso o acesso a novos créditos ou financiamentos até a total Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões
liquidação da mencionada dívida. simplificadas desses documentos.
Seção VI Parágrafo único. A transparência será assegurada também median-
Dos Restos a Pagar te: (Redação dada pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
Art. 41. (VETADO) I – incentivo à participação popular e realização de audiências públi-
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos cas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de
últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa diretrizes orçamentárias e orçamentos; (Incluído pela Lei Complementar nº
que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parce- 131, de 2009).
las a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibi- II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da socieda-
lidade de caixa para este efeito. de, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso públi-
considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final co; (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
do exercício. III – adoção de sistema integrado de administração financeira e contro-
CAPÍTULO VIII le, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder
DA GESTÃO PATRIMONIAL Executivo da União e ao disposto no art. 48-A. (Incluído pela Lei Comple-
Seção I mentar nº 131, de 2009).
Das Disponibilidades de Caixa Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único
Art. 43. As disponibilidades de caixa dos entes da Federação serão do art. 48, os entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física
depositadas conforme estabelece o § 3o do art. 164 da Constituição. ou jurídica o acesso a informações referentes a: (Incluído pela Lei Comple-
§ 1o As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, mentar nº 131, de 2009).
geral e próprio dos servidores públicos, ainda que vinculadas a fundos I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gesto-
específicos a que se referem os arts. 249 e 250 da Constituição, ficarão ras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização,
depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do corres-
e aplicadas nas condições de mercado, com observância dos limites e pondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa
condições de proteção e prudência financeira. física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao proce-
§ 2o É vedada a aplicação das disponibilidades de que trata o § 1o em: dimento licitatório realizado; (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de
I - títulos da dívida pública estadual e municipal, bem como em ações 2009).
e outros papéis relativos às empresas controladas pelo respectivo ente da II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita
Federação; das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários.
II - empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados e ao Poder (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009).
Público, inclusive a suas empresas controladas. Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão
Seção II disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no
Da Preservação do Patrimônio Público órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação
Art. 44. É vedada a aplicação da receita de capital derivada da aliena- pelos cidadãos e instituições da sociedade.
ção de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financia- Parágrafo único. A prestação de contas da União conterá demonstrati-
mento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de vos do Tesouro Nacional e das agências financeiras oficiais de fomento,
previdência social, geral e próprio dos servidores públicos. incluído o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, especi-
Art. 45. Observado o disposto no § 5o do art. 5o, a lei orçamentária e ficando os empréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriun-
as de créditos adicionais só incluirão novos projetos após adequadamente dos dos orçamentos fiscal e da seguridade social e, no caso das agências
atendidos os em andamento e contempladas as despesas de conservação financeiras, avaliação circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades
do patrimônio público, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orça- no exercício.
mentárias. Seção II
Parágrafo único. O Poder Executivo de cada ente encaminhará ao Da Escrituração e Consolidação das Contas
Legislativo, até a data do envio do projeto de lei de diretrizes orçamentá- Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública,
rias, relatório com as informações necessárias ao cumprimento do disposto a escrituração das contas públicas observará as seguintes:
neste artigo, ao qual será dada ampla divulgação. I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que
Art. 46. É nulo de pleno direito ato de desapropriação de imóvel urba- os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identi-
no expedido sem o atendimento do disposto no § 3o do art. 182 da Constitu- ficados e escriturados de forma individualizada;
ição, ou prévio depósito judicial do valor da indenização. II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segun-
Seção III do o regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o
Das Empresas Controladas pelo Setor Público resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;
Art. 47. A empresa controlada que firmar contrato de gestão em que III - as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjunta-
se estabeleçam objetivos e metas de desempenho, na forma da lei, disporá mente, as transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da
de autonomia gerencial, orçamentária e financeira, sem prejuízo do dispos- administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal
to no inciso II do § 5o do art. 165 da Constituição. dependente;
Parágrafo único. A empresa controlada incluirá em seus balanços IV - as receitas e despesas previdenciárias serão apresentadas em
trimestrais nota explicativa em que informará: demonstrativos financeiros e orçamentários específicos;
I - fornecimento de bens e serviços ao controlador, com respectivos V - as operações de crédito, as inscrições em Restos a Pagar e as
preços e condições, comparando-os com os praticados no mercado; demais formas de financiamento ou assunção de compromissos junto a
II - recursos recebidos do controlador, a qualquer título, especificando terceiros, deverão ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a
valor, fonte e destinação;
variação da dívida pública no período, detalhando, pelo menos, a natureza II - da frustração de receitas, especificando as medidas de combate à
e o tipo de credor; sonegação e à evasão fiscal, adotadas e a adotar, e as ações de fiscaliza-
VI - a demonstração das variações patrimoniais dará destaque à ção e cobrança.
origem e ao destino dos recursos provenientes da alienação de ativos. Seção IV
§ 1o No caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-ão as opera- Do Relatório de Gestão Fiscal
ções intragovernamentais. Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos
§ 2o A edição de normas gerais para consolidação das contas públi- Poderes e órgãos referidos no art. 20 Relatório de Gestão Fiscal, assinado
cas caberá ao órgão central de contabilidade da União, enquanto não pelo:
implantado o conselho de que trata o art. 67. I - Chefe do Poder Executivo;
§ 3o A Administração Pública manterá sistema de custos que permita a II - Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório
avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo;
patrimonial. III - Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Admi-
Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de nistração ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos
junho, a consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos órgãos do Poder Judiciário;
entes da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação, IV - Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados.
inclusive por meio eletrônico de acesso público. Parágrafo único. O relatório também será assinado pelas autoridades
§ 1o Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas ao Poder responsáveis pela administração financeira e pelo controle interno, bem
Executivo da União nos seguintes prazos: como por outras definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão referido
I - Municípios, com cópia para o Poder Executivo do respectivo Esta- no art. 20.
do, até trinta de abril; Art. 55. O relatório conterá:
II - Estados, até trinta e um de maio. I - comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar,
§ 2o O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até dos seguintes montantes:
que a situação seja regularizada, que o ente da Federação receba transfe- a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionis-
rências voluntárias e contrate operações de crédito, exceto as destinadas tas;
ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária. b) dívidas consolidada e mobiliária;
Seção III c) concessão de garantias;
Do Relatório Resumido da Execução Orçamentária d) operações de crédito, inclusive por antecipação de receita;
Art. 52. O relatório a que se refere o § 3o do art. 165 da Constituição e) despesas de que trata o inciso II do art. 4o;
abrangerá todos os Poderes e o Ministério Público, será publicado até trinta II - indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultra-
dias após o encerramento de cada bimestre e composto de: passado qualquer dos limites;
I - balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, III - demonstrativos, no último quadrimestre:
as: a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de de-
a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como zembro;
a previsão atualizada; b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas:
b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o 1) liquidadas;
exercício, a despesa liquidada e o saldo; 2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das
II - demonstrativos da execução das: condições do inciso II do art. 41;
a) receitas, por categoria econômica e fonte, especificando a previsão 3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da
inicial, a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada no bimes- disponibilidade de caixa;
tre, a realizada no exercício e a previsão a realizar; 4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos
b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despe- foram cancelados;
sa, discriminando dotação inicial, dotação para o exercício, despesas c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV
empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício; do art. 38.
c) despesas, por função e subfunção. § 1o O relatório dos titulares dos órgãos mencionados nos incisos II, III
§ 1o Os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária e IV do art. 54 conterá apenas as informações relativas à alínea a do inciso
constarão destacadamente nas receitas de operações de crédito e nas I, e os documentos referidos nos incisos II e III.
despesas com amortização da dívida. § 2o O relatório será publicado até trinta dias após o encerramento do
§ 2o O descumprimento do prazo previsto neste artigo sujeita o ente às período a que corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por
sanções previstas no § 2o do art. 51. meio eletrônico.
Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos relativos § 3o O descumprimento do prazo a que se refere o § 2o sujeita o ente
a: à sanção prevista no § 2o do art. 51.
I - apuração da receita corrente líquida, na forma definida no inciso IV § 4o Os relatórios referidos nos arts. 52 e 54 deverão ser elaborados
do art. 2o, sua evolução, assim como a previsão de seu desempenho até o de forma padronizada, segundo modelos que poderão ser atualizados pelo
final do exercício; conselho de que trata o art. 67.
II - receitas e despesas previdenciárias a que se refere o inciso IV do Seção V
art. 50; Das Prestações de Contas
III - resultados nominal e primário; Art. 56. As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo inclui-
IV - despesas com juros, na forma do inciso II do art. 4o; rão, além das suas próprias, as dos Presidentes dos órgãos dos Poderes
V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão referido no art. 20, Legislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério Público, referidos no art.
os valores inscritos, os pagamentos realizados e o montante a pagar. 20, as quais receberão parecer prévio, separadamente, do respectivo
§ 1o O relatório referente ao último bimestre do exercício será acom- Tribunal de Contas.
panhado também de demonstrativos: § 1o As contas do Poder Judiciário serão apresentadas no âmbito:
I - do atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição, I - da União, pelos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos
conforme o § 3o do art. 32; Tribunais Superiores, consolidando as dos respectivos tribunais;
II - das projeções atuariais dos regimes de previdência social, geral e II - dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça, consoli-
próprio dos servidores públicos; dando as dos demais tribunais.
III - da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a § 2o O parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas será proferido
aplicação dos recursos dela decorrentes. no prazo previsto no art. 57 pela comissão mista permanente referida no §
§ 2o Quando for o caso, serão apresentadas justificativas: 1o do art. 166 da Constituição ou equivalente das Casas Legislativas esta-
I - da limitação de empenho; duais e municipais.
§ 3o Será dada ampla divulgação dos resultados da apreciação das
contas, julgadas ou tomadas.
Art. 57. Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio conclusivo a) (VETADO)
sobre as contas no prazo de sessenta dias do recebimento, se outro não b) o Relatório de Gestão Fiscal;
estiver estabelecido nas constituições estaduais ou nas leis orgânicas c) os demonstrativos de que trata o art. 53;
municipais. III - elaborar o Anexo de Política Fiscal do plano plurianual, o Anexo de
§ 1o No caso de Municípios que não sejam capitais e que tenham Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais da lei de diretrizes orçamentá-
menos de duzentos mil habitantes o prazo será de cento e oitenta dias. rias e o anexo de que trata o inciso I do art. 5o a partir do quinto exercício
§ 2o Os Tribunais de Contas não entrarão em recesso enquanto existi- seguinte ao da publicação desta Lei Complementar.
rem contas de Poder, ou órgão referido no art. 20, pendentes de parecer § 1o A divulgação dos relatórios e demonstrativos deverá ser realizada
prévio. em até trinta dias após o encerramento do semestre.
Art. 58. A prestação de contas evidenciará o desempenho da arreca- § 2o Se ultrapassados os limites relativos à despesa total com pessoal
dação em relação à previsão, destacando as providências adotadas no ou à dívida consolidada, enquanto perdurar esta situação, o Município
âmbito da fiscalização das receitas e combate à sonegação, as ações de ficará sujeito aos mesmos prazos de verificação e de retorno ao limite
recuperação de créditos nas instâncias administrativa e judicial, bem como definidos para os demais entes.
as demais medidas para incremento das receitas tributárias e de contribui- Art. 64. A União prestará assistência técnica e cooperação financeira
ções. aos Municípios para a modernização das respectivas administrações tribu-
Seção VI tária, financeira, patrimonial e previdenciária, com vistas ao cumprimento
Da Fiscalização da Gestão Fiscal das normas desta Lei Complementar.
Art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribu- § 1o A assistência técnica consistirá no treinamento e desenvolvimento
nais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do Ministé- de recursos humanos e na transferência de tecnologia, bem como no apoio
rio Público, fiscalizarão o cumprimento das normas desta Lei Complemen- à divulgação dos instrumentos de que trata o art. 48 em meio eletrônico de
tar, com ênfase no que se refere a: amplo acesso público.
I - atingimento das metas estabelecidas na lei de diretrizes orçamentá- § 2o A cooperação financeira compreenderá a doação de bens e
rias; valores, o financiamento por intermédio das instituições financeiras federais
II - limites e condições para realização de operações de crédito e e o repasse de recursos oriundos de operações externas.
inscrição em Restos a Pagar; Art. 65. Na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Con-
III - medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao gresso Nacional, no caso da União, ou pelas Assembléias Legislativas, na
respectivo limite, nos termos dos arts. 22 e 23; hipótese dos Estados e Municípios, enquanto perdurar a situação:
IV - providências tomadas, conforme o disposto no art. 31, para recon- I - serão suspensas a contagem dos prazos e as disposições estabe-
dução dos montantes das dívidas consolidada e mobiliária aos respectivos lecidas nos arts. 23 , 31 e 70;
limites; II - serão dispensados o atingimento dos resultados fiscais e a limita-
V - destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos, tendo ção de empenho prevista no art. 9o.
em vista as restrições constitucionais e as desta Lei Complementar; Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput no caso de estado de
VI - cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, defesa ou de sítio, decretado na forma da Constituição.
quando houver. Art. 66. Os prazos estabelecidos nos arts. 23, 31 e 70 serão duplica-
§ 1o Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou órgãos referidos dos no caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto Interno Bruto
no art. 20 quando constatarem: (PIB) nacional, regional ou estadual por período igual ou superior a quatro
I - a possibilidade de ocorrência das situações previstas no inciso II do trimestres.
art. 4o e no art. 9o; § 1o Entende-se por baixo crescimento a taxa de variação real acumu-
II - que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% lada do Produto Interno Bruto inferior a 1% (um por cento), no período
(noventa por cento) do limite; correspondente aos quatro últimos trimestres.
III - que os montantes das dívidas consolidada e mobiliária, das opera- § 2o A taxa de variação será aquela apurada pela Fundação Instituto
ções de crédito e da concessão de garantia se encontram acima de 90% Brasileiro de Geografia e Estatística ou outro órgão que vier a substituí-la,
(noventa por cento) dos respectivos limites; adotada a mesma metodologia para apuração dos PIB nacional, estadual e
IV - que os gastos com inativos e pensionistas se encontram acima do regional.
limite definido em lei; § 3o Na hipótese do caput, continuarão a ser adotadas as medidas
V - fatos que comprometam os custos ou os resultados dos programas previstas no art. 22.
ou indícios de irregularidades na gestão orçamentária. § 4o Na hipótese de se verificarem mudanças drásticas na condução
§ 2o Compete ainda aos Tribunais de Contas verificar os cálculos dos das políticas monetária e cambial, reconhecidas pelo Senado Federal, o
limites da despesa total com pessoal de cada Poder e órgão referido no art. prazo referido no caput do art. 31 poderá ser ampliado em até quatro qua-
20. drimestres.
§ 3o O Tribunal de Contas da União acompanhará o cumprimento do Art. 67. O acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da
disposto nos §§ 2o, 3o e 4o do art. 39. política e da operacionalidade da gestão fiscal serão realizados por conse-
CAPÍTULO X lho de gestão fiscal, constituído por representantes de todos os Poderes e
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS esferas de Governo, do Ministério Público e de entidades técnicas repre-
Art. 60. Lei estadual ou municipal poderá fixar limites inferiores àque- sentativas da sociedade, visando a:
les previstos nesta Lei Complementar para as dívidas consolidada e mobili- I - harmonização e coordenação entre os entes da Federação;
ária, operações de crédito e concessão de garantias. II - disseminação de práticas que resultem em maior eficiência na
Art. 61. Os títulos da dívida pública, desde que devidamente escritura- alocação e execução do gasto público, na arrecadação de receitas, no
dos em sistema centralizado de liquidação e custódia, poderão ser ofereci- controle do endividamento e na transparência da gestão fiscal;
dos em caução para garantia de empréstimos, ou em outras transações III - adoção de normas de consolidação das contas públicas, padroni-
previstas em lei, pelo seu valor econômico, conforme definido pelo Ministé- zação das prestações de contas e dos relatórios e demonstrativos de
rio da Fazenda. gestão fiscal de que trata esta Lei Complementar, normas e padrões mais
Art. 62. Os Municípios só contribuirão para o custeio de despesas de simples para os pequenos Municípios, bem como outros, necessários ao
competência de outros entes da Federação se houver: controle social;
I - autorização na lei de diretrizes orçamentárias e na lei orçamentária IV - divulgação de análises, estudos e diagnósticos.
anual; § 1o O conselho a que se refere o caput instituirá formas de premiação
II - convênio, acordo, ajuste ou congênere, conforme sua legislação. e reconhecimento público aos titulares de Poder que alcançarem resultados
Art. 63. É facultado aos Municípios com população inferior a cinqüenta meritórios em suas políticas de desenvolvimento social, conjugados com a
mil habitantes optar por: prática de uma gestão fiscal pautada pelas normas desta Lei Complemen-
I - aplicar o disposto no art. 22 e no § 4o do art. 30 ao final do semes- tar.
tre; § 2o Lei disporá sobre a composição e a forma de funcionamento do
II - divulgar semestralmente: conselho.
Art. 68. Na forma do art. 250 da Constituição, é criado o Fundo do Brasília, 4 de maio de 2000; 179o da Independência e 112o da Repú-
Regime Geral de Previdência Social, vinculado ao Ministério da Previdência blica.
e Assistência Social, com a finalidade de prover recursos para o pagamento
dos benefícios do regime geral da previdência social. TESTES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OR-
§ 1o O Fundo será constituído de:
I - bens móveis e imóveis, valores e rendas do Instituto Nacional do
ÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
Seguro Social não utilizados na operacionalização deste;
II - bens e direitos que, a qualquer título, lhe sejam adjudicados ou que Testes 1 a 50 - Profº Alexandre Vasconcellos
lhe vierem a ser vinculados por força de lei;
III - receita das contribuições sociais para a seguridade social, previs- 01) Os princípios básicos da Administração Pública, no Brasil, segundo o
tas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195 da Constituição; Art 37 da Constituição Federal são:
IV - produto da liquidação de bens e ativos de pessoa física ou jurídica a) universalidade, anualidade, moralidade e legalidade;
em débito com a Previdência Social; b) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência;
V - resultado da aplicação financeira de seus ativos; c) economicidade, eficiência e eficácia;
VI - recursos provenientes do orçamento da União. d) bem-servir, auto controle, eficiência e economia;
§ 2o O Fundo será gerido pelo Instituto Nacional do Seguro Social, na e) nenhuma das alternativas é correta.
forma da lei.
Art. 69. O ente da Federação que mantiver ou vier a instituir regime 02) Os princípios orçamentários consagrados pela literatura e pelo uso,
próprio de previdência social para seus servidores conferir-lhe-á caráter tidos como fundamentais, são:
contributivo e o organizará com base em normas de contabilidade e atuária a) legalidade, praticidade, exclusividade, unidade e exclusividade;
que preservem seu equilíbrio financeiro e atuarial. b) legalidade, periodicidade (anualidade), exclusividade, unidade e univer-
Art. 70. O Poder ou órgão referido no art. 20 cuja despesa total com salidade;
pessoal no exercício anterior ao da publicação desta Lei Complementar c) honestidade, anualidade, exclusividade, verdade e legalidade;
estiver acima dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 deverá enquadrar- d) exclusividade, legalidade, obrigatoriedade, equilíbrio;
se no respectivo limite em até dois exercícios, eliminando o excesso, gra- e) equilíbrio, correcção, legalidade e exclusividade e temporariedade.
dualmente, à razão de, pelo menos, 50% a.a. (cinqüenta por cento ao ano),
mediante a adoção, entre outras, das medidas previstas nos arts. 22 e 23. 03) O princípio, segundo o qual, a lei orçamentária não conterá dispositivo
Parágrafo único. A inobservância do disposto no caput, no prazo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, é:
fixado, sujeita o ente às sanções previstas no § 3o do art. 23. a) anualidade;
Art. 71. Ressalvada a hipótese do inciso X do art. 37 da Constituição, b) unidade;
até o término do terceiro exercício financeiro seguinte à entrada em vigor c) universalidade;
desta Lei Complementar, a despesa total com pessoal dos Poderes e d) legalidade;
órgãos referidos no art. 20 não ultrapassará, em percentual da receita e) nenhuma das respostas.
corrente líquida, a despesa verificada no exercício imediatamente anterior,
acrescida de até 10% (dez por cento), se esta for inferior ao limite definido 04) O princípio, segundo o qual, o Poder Executivo deve submeter a pro-
na forma do art. 20. posta orçamentária ao Poder Legislativo para o ser votada, a cada ano, é:
Art. 72. A despesa com serviços de terceiros dos Poderes e órgãos a) exclusividade;
referidos no art. 20 não poderá exceder, em percentual da receita corrente b) legalidade;
líquida, a do exercício anterior à entrada em vigor desta Lei Complementar, c) anualidade;
até o término do terceiro exercício seguinte. d) unidade;
Art. 73. As infrações dos dispositivos desta Lei Complementar serão e) nenhuma das respostas.
punidas segundo o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Códi-
go Penal); a Lei no 1.079, de 10 de abril de 1950; o Decreto-Lei no 201, de 05) O princípio, segundo o qual, todas as receitas e despesas do Governo
27 de fevereiro de 1967; a Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992; e demais devem compor um único orçamento, evitando-se a pluralidade de orçamen-
normas da legislação pertinente. tos, é:
Art. 73-A. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato a) anualidade;
é parte legítima para denunciar ao respectivo Tribunal de Contas e ao b) universalidade;
órgão competente do Ministério Público o descumprimento das prescrições c) legalidade;
estabelecidas nesta Lei Complementar. (Incluído pela Lei Complementar nº d) unidade;
131, de 2009). e) nenhuma das respostas
Art. 73-B. Ficam estabelecidos os seguintes prazos para o cumpri-
mento das determinações dispostas nos incisos II e III do parágrafo único 06) O princípio, segundo o qual, o orçamento deve abranger todas as
do art. 48 e do art. 48-A: (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009). receitas e despesas do governo, evitando-se a prática das despesas extra-
I – 1 (um) ano para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni- orçamentárias, é:
cípios com mais de 100.000 (cem mil) habitantes; (Incluído pela Lei Com- a) universalidade;
plementar nº 131, de 2009). b) tipicidade
II – 2 (dois) anos para os Municípios que tenham entre 50.000 (cin- c) exclusividade
quenta mil) e 100.000 (cem mil) habitantes; (Incluído pela Lei Complemen- d) unidade;
tar nº 131, de 2009). e) nenhuma das respostas
III – 4 (quatro) anos para os Municípios que tenham até 50.000 (cin-
quenta mil) habitantes. (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009). 07) Analise o proposto nos itens seguintes, depois responda.
Parágrafo único. Os prazos estabelecidos neste artigo serão contados I – O princípio da Legalidade define que orçamento dever ser compatível
a partir da data de publicação da lei complementar que introduziu os dispo- com a Constituição Federal, a lei do PPA e a da LDO.
sitivos referidos no caput deste artigo. (Incluído pela Lei Complementar nº II – O princípio da Exclusividade determina que a lei orçamentária deve
131, de 2009). tratar tão-somente da arrecadação da receita e execução da despesa.
Art. 73-C. O não atendimento, até o encerramento dos prazos previs- III – O princípio da Periodicidade exige que o orçamento deve ser proposto,
tos no art. 73-B, das determinações contidas nos incisos II e III do parágra- elaborado e executado em períodos predefinidos, geralmente um ano.
fo único do art. 48 e no art. 48-A sujeita o ente à sanção prevista no inciso I a) Só os itens II e III estão corretos.
do § 3o do art. 23. (Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009). b) As três alternativas estão corretas.
Art. 74. Esta Lei Complementar entra em vigor na data da sua publica- c) Só as alternativas I e II estão corretas.
ção. d) Nenhum dos itens está correto.
Art. 75. Revoga-se a Lei Complementar no 96, de 31 de maio de 1999.
08) A ausência de informações no Orçamento Público relativa a alguma das c) Judiciário
suas Receitas ou Despesas: d) Misto
a) gera um déficit orçamentário e) Presidencialista
b) gera um superávit orçamentário
c) promove o desequilíbrio financeiro 17) A lei do orçamento poderá conter autorização do Executivo para:
d) fere o princípio da unidade I - Abrir créditos suplementares até determinada importância
e) fere o princípio da universalidade II – Realizar operações de crédito, inclusive por antecipação da receita.
III – Abrir créditos extraordinários
09) O princípio da ANUALIDADE, contido no orçamento, indica que ele IV – Abrir créditos para despesas não computadas
deverá ser: Com base nas assertivas marque a opção correta:
a) anualmente votado para ter vigência de 01 janeiro a 31 de dezembro a) Apenas a opção III é falsa
b) anualmente votado para ter vigência a partir do mês de fevereiro b) Apenas a opção II é falsa
c) votado e aprovado pelo Poder Executivo um mês antes de sua execução c) As opções III e IV são falsas.
d) anualmente votado para ter início em 01 janeiro a 30 de novembro d) As opções II e III são falsas.
e) semestralmente aprovado e) Todas as opções são corretas.

10) Orçamento tradicional ou ortodoxo é aquele: 18) Acerca dos princípios orçamentários, podemos afirmar:
a) Que põe em destaque as metas, os objetivos e as intenções do governo. I - O princípio da anualidade está previsto na Lei n° 4.320/64.
b) Planejamento estratégico com vigência de quatro anos. II - O princípio da universalidade está implicitamente contido na Constitui-
c) Trata-se de um simples relacionamento das receitas a arrecadar e das ção Federal.
despesas de custeio, não tem cunho de planejamento. III- No Brasil, a legislação não obriga o princípio da especificação.
d) Abrange todas as entidades e órgãos da administração direta e indireta a) Todas as alternativas estão corretas.
bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público. b) Somente I e III estão corretas.
c) Somente II e III estão corretas.
11) O orçamento é peça que agrupa todas as receitas e despesas que d) Nenhuma das respostas acima satisfaz a questão.
serão utilizadas pela administração pública, sendo assim:
I - A lei orçamentária anual não conterá matéria estranha a previsão da 19) Quando se diz que as receitas e despesas devem constar na lei de
receita e fixação da despesa. orçamento, sem
II – O orçamento de cada ente da unidade de federação, conterá as recei- quaisquer deduções, isto decorre da aplicação do princípio:
tas e despesas dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e todos os a) da universalidade;
orgãos da administração direta e indireta. b) da exclusividade;
III – As receitas e despesas extra-orçamentárias estarão contidas no orça- c) do orçamento bruto;
mento. d) da exatidão
a) Todas as afirmativas estão corretas e) da totalidade
b) Somente as afirmativas I e II estão corretas
c) Somente a afirmativa I está correta. 20) O crédito adicional que, segundo a Lei nº 4.320/64 não precisa da
d) Todas as afirmativas estão erradas indicação dos recursos compensatórios com fonte de cancelamento total ou
parcial de dotações orçamentárias, para ser aberto, é o:
12) O princípio orçamentário que consagra que o orçamento público deve a) suplementar;
conter todas as receitas e despesas do estado é: b) especial;
a) Unidade c) extraordinário;
b) Anualidade d) extra-orçamentário.
c) Exclusividade
d) Universalidade 21) As autorizações de despesas não computadas no orçamento anual ou
e) Equilíbrio dotadas de forma inferior, constituem créditos e se classificam em:
a) suplementar, especial e extraordinário;
13) O princípio orçamentário que se caracteriza como fator neutro da eco- b) suplementar, especial e extra-orçamentário
nomia e pelo total das despesas igual ao todas das receitas é: c) orçamentário, especial e extraordinário.
a) Unidade d) orçamentário, corrente e extra-orçamentário
b) Universalidade e) corrente, especial e extra-orçamentário
c) Equilíbrio
d) Publicidade 22) Os créditos especiais, autorizados pela Constituição, dependem de
autorização legislativa, uma vez que tal situação não foi prevista no pro-
14) O princípio orçamentário que determina que o orçamento não pode grama de trabalho do governo.
conter matéria estranha a previsão da receita e a fixação da despesa: Essa autorização será expressa em:
a) Unidade a) Lei complementar
b) Anualidade b) Lei de Diretrizes Orçamentárias
c) Exclusividade c) Lei específica
d) Universalidade d) Decreto do Poder Executivo
e) Equilíbrio
23) Não é considerada Receita Corrente:
15) O princípio orçamentário que determina que as receitas e despesas a) a alienação de bens;
devem ser detalhadas de forma que pormenorizadamente se possa saber a b) a receita tributável;
sua composição, chama-se: c) a receita industrial;
a) Unidade d) a receita patrimonial.
b) Discriminação
c) Equilíbrio 24) São consideradas Receitas de Capital, exceto:
d) Universalidade a) as operações de crédito;
b) as alienações de bens;
16) Quanto ao aspecto político o orçamento brasileiro se classifica como: c) as receitas de serviços;
a) Executivo d) as amortizações de empréstimos.
b) Legislativo
25) As afirmativas abaixo estão CORRETAS, exceto: 10. C 20. C 30. A
a) Entende-se como arrecadação a fase do estágio da receita onde o
credor se habilita ao recebimento do valor e concede ao poder público a
plena quitação através da emissão do recibo.
b) Dentre os estágios da receita temos o lançamento de receita. É o estágio
onde se descrimina a espécie, o valor e o vencimento do tributo de cada
um.
c) O recolhimento é a fase onde os agentes arrecadadores (públicos ou
privados), entregam ao tesouro público o produto da arrecadação.
d) A dívida ativa é a composição das importâncias relativas a tributos,
multas e créditos fazendários lançados, mas não cobrados ou não recebi-
dos no prazo de vencimento.

26) A receita orçamentária decorrente de um empréstimo tomado pelo


Governo é classificada na subcategoria econômica:
a) Receita Patrimonial.
b) Transferência de Empréstimos.
c) Operações de Crédito.
d) Amortização de Empréstimos.

27) A despesa orçamentária é constituída por três estágios: empenho,


liquidação e pagamento. O estágio da liquidação é aquele em que:
a) se verifica o direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito.
b) o credor comparece perante o agente pagador, identifica-se, recebe seu
crédito e dá a competente quitação.
c) é procedida a licitação da despesa como objetivo de verificar, entre os
vários fornecedores habilitados, quem oferece condições mais vantajosas.
d) através de ato emanado de autoridade competente, é criada para o
Poder Público uma obrigação de pagamento.

28) A Dívida Fundada compreende:


a) os compromissos provenientes de débitos de funcionamento.
b) os empréstimos realizados para amortização a curto prazo.
c) os empréstimos realizados para atender a imediata insuficiência de
caixa, fundamentada no fluxo de caixa.
d) os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos
para atenderdesequilíbrios orçamentários ou financiamento de obras e
serviços públicos.

29) Utilizando o dígito 1 para Despesas Correntes e o dígito 2 para Despe-


sas de Capital, assinale a opção que indica a correta classificação econô-
mica das seguintes despesas públicas:
- subvenções sociais ( )
- subvenções econômicas ( )
- material de consumo ( )
- aquisição de imóveis ( )
- concessão de empréstimos ( )
- amortização da dívida pública ( )
a) 1 – 1 – 1 – 2 – 2 – 2
b) 1 – 2 – 1 – 2 – 1 – 2
c) 1 – 2 – 1 – 2 – 2 – 2
d) 2 – 2 – 1 – 2 – 2 – 2
e) 2 – 1 – 2 – 1 – 1 – 1

30) Os recursos para execução dos programas de trabalhos do governo


são especificados no orçamento anual através de:
a) Créditos orçamentários
b) Receita orçamentária
c) Receita de operações de crédito
d) Transferências correntes

RESPOSTAS
01. B 11. D 21. A
02. B 12. D 22. C
03. E 13. C 23. A
04. C 14. C 24. C
05. D 15. B 25. A
06. A 16. D 26. C
07. A 17. C 27. A
08. E 18. B 28. D
09. A 19. A/C 29. A

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