Administração Financeira e Orçamentária AFO I PDF
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Este instituto tem relao direta com planejamento, previso. Assim, trata-se
de uma antecipao hipottica dos crditos e dbitos a cargo da pessoa
poltica em determinado espao de tempo. Alm da previso, contm tambm
um carter autorizador.
Conceito
O oramento considerado o ato pelo qual o Poder Legislativo prev e autoriza
ao Poder Executivo, por certo perodo e em pormenor, as despesas destinadas
ao funcionamento dos servios pblicos e outros fins, adotados pela poltica
econmica ou geral do pas, assim como a arrecadao das receitas j criadas
em leis. Assim, trata-se de documento em que se localiza a previso de
despesas e de receitas para um perodo determinado.
Essa expresso arrecadao das receitas j criadas em lei, todavia, no veda
a arrecadao do tributo legalmente criado, sem prvia incluso oramentria.
Em outras palavras, expressa o instrumento que documenta a atividade
financeira do Estado, contendo a receita e o clculo das despesas autorizadas
para o funcionamento dos servios pblicos e outros fins projetados pelos
governos. Na realidade, h obrigao de previso das despesas, funcionando o
oramento como condio para sua realizao, o que no ocorre com as
receitas, que podero ficar aqum ou alm do previsto, sem que disso resulte
qualquer implicao.
Lamentavelmente, o oramento est longe de espelhar, entre ns, um plano de
ao governamental referendado pela sociedade, tendendo mais, na verdade,
para o campo da fico.
Tipos do Oramento
O surgimento do oramento pblico est intimamente ligado ideia de controle.
Prova disso que o oramento originou-se pela necessidade de regular a
discricionariedade dos governantes na destinao dos recursos pblicos.
Um dos vestgios mais interessantes dessa ideia est na Magna Carta inglesa,
outorgada no ano de 1215, pelo Rei Joo Sem Terra. Porm, deve-se
considerar que esse apenas um esboo daquilo que hoje se considera como
oramento pblico moderno. De l para c foram desenvolvidas muitas
tcnicas oramentrias, fazendo frente s exigncias e necessidades dos
novos arranjos entre o Estado e a sociedade.
Muito embora se possa reconhecer uma trajetria de avanos em matria de
oramento pblico, no comum verificarmos uma ruptura completa entre o
modelo tradicional e o atual, no processo de elaborao dos oramentos. De
forma oposta, a evoluo mais comum a modificao paulatina de uma
determinada tcnica por outra.
Assim, pode haver alguns casos de convvio de mais de um modelo na
elaborao do oramento, seja em momentos de transio poltica, seja pelas
caractersticas legais que envolvem sua concepo.
Para efeitos didticos, possvel relacionar algumas dessas tcnicas ou
prticas que so marcantes na evoluo oramentria. A seguir, sero
Tcnicas Oramentrias
- Oramento Tradicional
- Oramento de Base Zero
- Oramento de Desempenho
- Oramento-Programa.
O oramento tradicional, tambm conhecido como oramento clssico, o
processo de elaborao do oramento em que apenas uma parte do oramento
enfatizada, qual seja, o objeto de gasto, sem se preocupar com as
necessidades reais da administrao pblica e da populao. Um de seus
objetivos principais era o de possibilitar aos rgos do Legislativo um controle
poltico sobre os gastos pblicos, mantendo o equilbrio financeiro entre as
receitas e despesas, evitando, assim, a expanso da despesa pblica. Em sua
elaborao no se enfatizava, primordialmente, o atendimento das
necessidades das coletividades e da administrao; tampouco se destacavam
os objetivos econmicos e sociais.
O oramento tradicional se preocupava, basicamente, com as questes
tributrias, deixando de lado os aspectos econmicos e sociais e considerava a
despesa pblica, apenas, como meio necessrio para se alcanar os fins
pretendidos. Esse tipo de oramento mantinha duas classificaes
oramentrias clssicas para possibilitar o controle das despesas, a saber:
Por unidade administrativa;
Por objeto ou item de despesa.
A maior deficincia do oramento tradicional consistia no fato de que ele no
privilegiava um programa de trabalho e um conjunto de objetivos a atingir. Os
rgos eram contemplados no oramento, sobretudo de acordo com o que
gastavam no exerccio anterior e no em funo do que se pretendia realizar
(inercialidade). O oramento tradicional prevaleceu de forma significativa at a
dcada de 60.
No se pode negar que uma das condies necessrias para que se tenha o
Oramento-Programa a definio clara dos objetivos do governo e sua
ligao estreita com o planejamento governamental.
Os objetivos podem ser classificados em:
Derivados;
Finais ou bsicos.
Derivados so aqueles que demonstram quantitativamente os propsitos
especficos do governo, contribuindo para o alcance dos objetivos finais ou
bsicos.
Finais ou Bsicos so os que demonstram os fins ltimos de toda a ao do
governo, evidenciando uma avaliao qualitativa dos objetivos e indicando as
orientaes para as polticas nas reas econmica e social.
A caracterstica principal do Oramento-Programa exatamente o programa
que pode ser definido como sendo um conjunto de aes desenvolvidas pelo
governo para alcanar objetivos determinados. Programar significa priorizar os
objetivos que se pretende alcanar, detalhando as aes que sero utilizadas
para se alcanar tais objetivos e especificando os meios para concretizao
dessas aes.
O Oramento-Programa:
1. Atribui recursos para o cumprimento de determinados objetivos e metas, e
no para um conjunto de compras e pagamentos;
2. Atribui responsabilidade ao administrador;
3. Permite interdependncia e conexo entre os diferentes programas de
trabalho;
4. Permite mobilizar recursos com razovel antecedncia;
5. Permite identificar duplicidade de esforos;
6. nfase nas aes que o Governo realiza e nos meios reais que utiliza;
Oramento Participativo
Caracteriza-se por uma participao direta e efetiva das comunidades na
elaborao da proposta oramentria do governo. Por uma deciso do
governo, inspirada nos princpios democrticos e no postulado da cidadania
participativa, a prpria sociedade civil, por meio de conselhos, associaes etc.
poder ser ouvida quando da definio das metas e dos programas prioritrios.
No entanto, luz da CF/88, A INICIATIVA FORMAL DAS LEIS
ORAMENTRIAS DO CHEFE DO EXECUTIVO, de sorte, este no est
obrigado legalmente a seguir todas as sugestes colhidas da populao.
Conquanto no haja dever constitucional de seguir a rigor, os termos das
sugestes da populao, por meio de oramento participativo, a LRF trouxe um
grande avano em matria de democratizao da gesto pblica, em seu art.
48 pargrafo nico: A transparncia ser assegurada tambm, mediante
incentivo participao popular e realizao de audincias pblicas, durante
os processos de elaborao e de discusso dos planos, lei de diretrizes
oramentrias e oramentos. Dessa forma, o governo poder at no levar em
conta as sugestes da populao, mas ter a obrigao de ouvi-las. O
oramento participativo, no mbito dos municpios passa a ser uma imposio
do Estatuto das Cidades (lei federal 10257/01)
CICLO ORAMENTRIO
O ciclo oramentrio, ou processo oramentrio, pode ser definido como um
processo contnuo, dinmico e flexvel, atravs do qual se elabora, aprova,
executa, controla e avalia os programas do setor pblico nos aspectos fsicos e
financeiro, corresponde, portanto, ao perodo de tempo em que se processam
as atividades tpicas do oramento pblico.
Preliminarmente, conveniente ressaltar que o ciclo oramentrio no se
confunde com o exerccio financeiro. Este, na realidade, o perodo durante o
qual se executa o oramento, correspondendo, portanto, a uma das fases do
ciclo oramentrio. No Brasil, o exerccio financeiro coincide com o ano civil, ou
seja, inicia em 01 de janeiro e encerra em 31 de dezembro de cada ano,
conforme dispe o art. 34 da Lei n 4.320/64. Por outro lado, o ciclo
oramentrio um perodo muito maior, iniciando com o processo de
elaborao do oramento, passando pela execuo e encerramento com
controle.
d) Controle.
Princpios Oramentrios
Princpios de direito so normas munidas do mais alto grau de abstrao, que
permeiam o sistema jurdico como um todo. So mais do que meras regras
jurdicas. Encarnam valores fundamentais da sociedade, servem como fontes
subsidirias do Direito e conferem critrios de interpretao de normas e regras
jurdicas em geral.
Os princpios oramentrios so aqueles voltados especificamente matria
oramentria e so encontrados na prpria Constituio Federal, de forma
expressa ou implcita.
Abaixo, segue elenco dos princpios:
a) Princpio da exclusividade ou da pureza oramentria (artigo 165, 8,
da Constituio Federal)
Esse princpio tem a finalidade de evitar, na definio de Ruy Barbosa, as
chamadas caudas oramentrias ou oramentos rabilongos, decorrentes de
matrias de ndole no financeira, estranhas ao respectivo projeto de lei, por
meio de emendas de toda sorte, apresentadas por Deputados e Senadores.
Assim, veda-se lei oramentria a incluso de matria estranha previso da
receita e fixao da despesa.
A Constituio Federal, todavia, excepciona desse princpio a autorizao para
abertura de crditos suplementares e contratao de operaes de crdito,
ainda que por antecipao de receita, como consta da parte final do 8 do
artigo 165. No se pode dizer, entretanto, que a abertura de crditos
suplementares ou as operaes de crdito sejam matrias estranhas ao
oramento. Os primeiros porque se destinam ao reforo de dotao
oramentria existente; as segundas porque toda e qualquer contratao de
crdito tem a natureza de antecipao de receita oramentria.
d) Princpio da anualidade (artigo 48, inciso II, artigo 165, inciso III e 5, e
artigo 166 da Constituio Federal)
O vetor da anualidade oramentria, tambm conhecido por
antonomsia, princpio da lei nua, nasceu do expediente poltico de se
obrigar os monarcas a convocarem o parlamento, pelo menos, uma vez
por ano. Vigora entre ns desde a Constituio Imperial de 1824.
A caracterstica fundamental do oramento a sua periodicidade. da tradio
brasileira, como tambm da maioria dos pases, que esse perodo, o do
exerccio financeiro, seja de um ano. Da o princpio da anualidade, que
decorre de vrios dispositivos expressos na Constituio Federal.
De acordo com a Constituio Federal (artigo 165, 9., inciso I), cabe lei
complementar dispor sobre o exerccio financeiro, a vigncia, os prazos, a
elaborao e organizao do plano plurianual, da lei de diretrizes
oramentrias e da lei oramentria anual.
A Lei que rege o assunto a de n 4.320, de 17.3.1964, e, por ela, o exerccio
financeiro vai de 1 de janeiro a 31 de dezembro.
e) Princpio da unidade (artigo 165, 5, da Constituio Federal)
Atualmente existe uma multiplicidade de documentos oramentrios. O
princpio da unidade, porm, ao contrrio do que se estabelecia antigamente,
no se preocupa com a unidade documental, mas com a unidade de orientao
poltica, de sorte que os oramentos se estruturem uniformemente, ajustandose a um mtodo nico, vale dizer, articulando-se com o princpio da
programao.
f) Princpio da Universalidade (artigo 165, 5, da Constituio Federal)
Esse princpio significa que as parcelas da receita e da despesa devem figurar
em bruto no oramento, isto , sem quaisquer dedues.
Hoje esse princpio tem sentido de globalizao oramentria, significando a
incluso de todas as rendas e despesas dos Poderes, fundos, rgos,
entidades da Administrao direta e indireta etc., no oramento anual geral;
fato esse que contribui para a obteno do equilbrio financeiro.
De acordo com esse princpio expresso no 5, do referido artigo, a lei
oramentria deve compreender o oramento fiscal, o oramento de
investimento das empresas, o oramento da seguridade social e os que se
ligam ao plano plurianual (este se inter-relaciona com os planos e programas
nacionais, regionais e setoriais).
g) Princpio da Legalidade Oramentria (artigo 165, 1, da Constituio
Federal)
Segue o sentido geral do princpio da legalidade, pelo qual ningum obrigado
a fazer, ou no fazer algo seno em virtude de lei. Assim, em matria
oramentria, esse princpio significa que a Administrao Pblica.
Princpio da Clareza
Pelo princpio da clareza, o oramento deve ser claro e de fcil compreenso a
qualquer indivduo. Exemplo: elaborao anual do Oramento Federal ao
Alcance de Todos (Ofat), o oramento cidado brasileiro.
Princpio do Equilbrio
No respeito ao princpio do equilbrio, fica evidente que os valores autorizados
para a realizao das despesas no exerccio devero ser compatveis com os
valores previstos para a arrecadao das receitas. O princpio do equilbrio
passa a ser parmetro para o acompanhamento da execuo oramentria. A
execuo das despesas sem a correspondente arrecadao no mesmo perodo
acarretar, invariavelmente, resultados negativos, comprometedores para o
cumprimento das metas fiscais, que sero vistas mais adiante.
Princpio da Exclusividade
No princpio da exclusividade, verifica-se que a lei oramentria no poder
conter matria estranha fixao das despesas e previso das receitas.
Esse princpio est previsto no art. 165, 8, da Constituio, incluindo, ainda,
sua exceo, haja vista que a LOA poder conter autorizaes para abertura
de crditos suplementares e a contratao de operaes de crdito, inclusive
por antecipao de receita oramentria.
Princpio da Legalidade
O princpio da legalidade estabelece que a elaborao do oramento deve
observar as limitaes legais em relao aos gastos e s receitas e, em
especial, ao que se segue quanto s vedaes impostas pela Constituio
Federal Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios:
exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabelea;
cobrar tributos no mesmo exerccio financeiro da lei que o instituiu ou elevou
em relao a fatos ocorridos anteriores vigncia da lei, ressalvadas
condies expressas na Constituio Federal;
instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situao
equivalente, proibida qualquer distino em razo de ocupao profissional ou
funes por eles exercidas;
utilizar tributo com efeito de confisco;
estabelecer limitaes ao trfego de pessoas ou bens, por meio de tributos
interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrana de pedgio pela
utilizao de vias conservadas pelo poder pblico; e
instituir impostos sobre:
- patrimnio, renda ou servios, entre os poderes pblicos;
- templos de qualquer culto;
- patrimnio, renda ou servios dos partidos polticos, das entidades sindicais
dos trabalhadores, das instituies de educao e de assistncia social, sem
fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; e
- livros, jornais, peridicos e o papel destinado sua impresso.
Princpio da No Afetao (No Vinculao) das Receitas
Segundo esse princpio, nenhuma parcela da receita poder ser reservada ou
comprometida para atender a certos ou determinados gastos. Trata-se de dotar
o administrador pblico de margem de manobra para alocar os recursos de
Princpio da Publicidade
O princpio da publicidade diz respeito garantia da transparncia e pleno
acesso de qualquer interessado s informaes necessrias ao exerccio da
fiscalizao sobre a utilizao dos recursos arrecadados dos contribuintes.
Princpio da Simplificao
Pelo princpio da simplificao, o planejamento e o oramento devem basearse em elementos de fcil compreenso. Conforme o manual tcnico que
orientou a proposta oramentria da Unio para o exerccio de 2000 (ano
considerado como marco da Reforma Gerencial Oramentria), essa
simplificao est bem refletida na adoo do problema como origem para
criao de programas e aes.
Princpio da Descentralizao
Segundo o princpio da descentralizao, prefervel que a execuo das
aes ocorra no nvel mais prximo de seus beneficirios. Com essa prtica, a
cobrana dos resultados tende a ser favorecida, dada a proximidade entre o
cidado, beneficirio da ao, e a unidade administrativa que a executa.
Princpio da Responsabilizao
Conforme o princpio da responsabilizao, os gerentes/administradores
pblicos devem assumir de forma personalizada a responsabilidade pelo
desenvolvimento de uma determinada ao de governo, buscando a soluo
ou o encaminhamento de um problema.
O oramento pblico o instrumento de gesto de maior relevncia e,
provavelmente, o mais antigo da administrao pblica. utilizado pelos
governos para organizar os seus recursos financeiros. Iniciou-se com a
inteno de controlar as finanas pblicas, e, com a evoluo, vem
incorporando novas instrumentalidades.
Sua existncia est prevista constitucionalmente e materializada anualmente
numa lei especfica que estima a receita e fixa despesa para um determinado
exerccio.
Por causa dessa caracterstica, as despesas s podero ser realizadas se
forem previstas ou incorporadas ao oramento. Adicionalmente ao ditame
constitucional, importante observar o citado no art. 2 da Lei n 4.320, de 17
de maro de 1964, transcrito a seguir:
Funes do Oramento
Funo Estabilizadora
A funo estabilizadora est relacionada s escolhas oramentrias na busca
do pleno emprego dos recursos econmicos; da estabilidade de preos; do
equilbrio da balana de pagamentos e das taxas de cmbio, com vistas ao
crescimento econmico em bases sustentveis.
Nesse aspecto, o oramento desempenha um importante papel, tendo em vista
o impacto que as compras e contrataes realizadas pelo governo exercem
sobre a economia.
Da mesma forma, a arrecadao das receitas pblicas pode contribuir
positivamente para a reao do governo a fim de atingir determinadas metas
fiscais ou, ainda, para a alterao de alquotas de determinados tributos, que
possam ter reflexo nos recursos disponveis ao setor privado.
Objetivos do Decreto
estabelecer normas especficas de execuo oramentria e financeira para o
exerccio;
estabelecer um cronograma de compromissos (empenhos) e de liberao dos
recursos financeiros (pagamentos) para o Governo Federal;
Bases Legais
Lei n 4.320, de 17 de maro de 1964:
Art. 47 Imediatamente aps a promulgao da lei de oramento e com base
nos limites nela fixados, o Poder Executivo aprovar um quadro de cotas
trimestrais da despesa que cada unidade oramentria fica autorizada a
utilizar.
Art. 48 A fixao das cotas a que se refere o artigo anterior atender aos
seguintes objetivos: assegurar s unidades oramentrias, em tempo til, a
soma de recursos necessrios e suficientes melhor execuo do seu
programa anual de trabalho; manter, durante o exerccio, na medida do
possvel, o equilbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada, de
modo a reduzir ao mnimo eventuais insuficincias de tesouraria.
Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000, Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF):
Art. 8 At trinta dias aps a publicao dos oramentos, nos termos em que
dispuser a lei de diretrizes oramentrias e, observado o disposto na alnea c
do inciso I do art. 4, o Poder Executivo estabelecer a programao financeira
e o cronograma de execuo mensal de desembolso.
Pargrafo nico. Os recursos legalmente vinculados finalidade especfica
sero utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculao,
ainda que em exerccio diverso daquele em que ocorrer o ingresso.
Art. 9 Se verificado, ao final de um bimestre, que a realizao da receita
poder no comportar o cumprimento das metas de resultado primrio ou
nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministrio
Pblico promovero, por ato prprio e nos montantes necessrios, nos trinta
dias subsequentes, limitao de empenho e movimentao financeira, segundo
os critrios fixados pela lei de diretrizes oramentrias.
1 No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a
recomposio das dotaes cujos empenhos foram limitados dar-se- de forma
proporcional s redues efetivadas.
2 No sero objeto de limitao as despesas que constituam obrigaes
constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do
servio da dvida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes oramentrias.
3 No caso de os Poderes Legislativo e Judicirio e o Ministrio Pblico no
promoverem a limitao no prazo estabelecido no caput, o Poder Executivo
autorizado a limitar os valores financeiros segundo os critrios fixados pela lei
de diretrizes oramentrias. (Vide Adin 2.238-5)