Diagnostico Psicopedagogico e Anamnese Daiana Costa

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DIAGNÓSTICO

PSICOPEDAGÓGICO
E
ANAMNESE

Daiana Costa
Pedagoga/Psicopedagoga/Neuropsicopedagoga Clínica
Espaço Multidisciplinar Pais & Filhos-
Santo André/SP
[email protected]
(11)94503-4719
A Psicopedagogia...
“... é a área de conhecimento, atuação e pesquisa que
lida com o processo de aprendizagem humana,
visando o apoio aos indivíduos e aos grupos
envolvidos neste processo, na perspectiva da
diversidade e da inclusão. (...)”
(Diretrizes da formação de psicopedagogos- ABPP)

“ ... é um campo de atuação em Educação e Saúde que


se ocupa do processo de aprendizagem considerando
o sujeito, a família, a escola, a sociedade e o contexto
sócio-histórico, utilizando procedimentos próprios,
fundamentados em diferentes referenciais teóricos.”
(Capítulo I, Artigo 1º- Código de ética/ ABPP)
O Psicopedagogo e Legislação
http://www.abpp.com.br/documentos_referencias_codigo_etica.htm)l
Código de ética do psicopedagogo

Capítulo I – Dos princípios


Artigo 4º
O psicopedagogo deve, com autoridades competentes, refletir e elaborar a organização, a implantação
e a execução de projetos de Educação e Saúde no que concerne às questões psicopedagógicas.

Capítulo III – Do exercício das atividades psicopedagógicas


Artigo 10º
O psicopedagogo procurará desenvolver e manter boas relações com os componentes de diferentes
categorias profissionais, observando para esse fim, o seguinte:
a) trabalhar nos estritos limites das atividades que lhe são reservadas;
b) reconhecer os casos pertencentes aos demais campos de especialização, encaminhando-os a
profissionais habilitados e qualificados para o atendimento.

Capítulo IV – Das responsabilidades


Artigo 11º
São deveres do psicopedagogo:
a) manter-se atualizado quanto aos conhecimentos científicos e técnicos que tratem da aprendizagem
humana;
b) desenvolver e manter relações profissionais pautadas pelo respeito, pela atitude crítica e pela
cooperação com outros profissionais;
c) assumir as responsabilidades para as quais esteja preparado e nos parâmetros da competência
psicopedagógica;
d) colaborar com o progresso da Psicopedagogia;
e) responsabilizar-se pelas intervenções feitas, fornecer definição clara do seu parecer ao cliente e/ou
aos seus responsáveis por meio de documento pertinente;
f) preservar a identidade do cliente nos relatos e discussões feitos a título de exemplos e estudos de
casos;
g) manter o respeito e a dignidade na relação profissional para a harmonia da classe e a manutenção
do conceito público.
 Pode atuar em duas frentes, na área Institucional
e na área Clínica, mas para isso se faz necessário
seguir as normas (Código de Ética) que foram
estabelecidas pela ABPP.

‘“(...) A Psicopedagogia que permeia esse processo e contribui com conceitos e


informações referentes a mecanismos específicos no desenvolvimento do
aluno, na aprendizagem e na intervenção educativa, é o que se denomina
de Psicopedagogia Institucional... dá suporte aos trabalhos, uma vez que
influência e incide sobre referido processo com objetivos institucionais e
educativo.”

“(...) a Psicopedagogia Clínica está voltada para a criança ou grupo de


crianças que enfrentam dificuldades de aprendizagem... tarefa da clínica
psicopedagógica é avaliar a dificuldade da criança, para qual existem muitos
instrumentos de avaliação ou diagnóstico das dificuldades, o que torna rico
esse campo de investigação e intervenção. “

(Ivete Rosa, 2009, p.15)


O Psicopedagogo Clínico
 Tem a metodologia de trabalho visando caso a caso,
conforme o aparecimento da problemática, com foco no
individual;

 Trabalha em consultório atendendo crianças, jovens ou


adultos, com dificuldades de aprendizagem, tendo a
parceria de outros profissionais – equipe Multiprofissional-
(Pediatra, Neuropediatra, Fonoaudiólogo, Neuropsicólogo,
Psicólogo, Psicomotricista, TO...) , caso haja a necessidade
de encaminhamento;

 O profissional atua em uma linha terapêutica, onde


diagnostíca, desenvolve técnicas remediativas/intervenção,
orienta pais e professores de forma que seu trabalho seja
integrado , coletivo e colaborativo.
“Cada sonho que você deixa para trás, é um pedaço de
seu futuro que deixa de existir.” Steve Jobs
O Psicopedagogo Institucional
 Se unirá à Equipe escolar, dando assistência aos profissionais da Instituição;
 Auxilia na melhoria das condições do processo ensino-aprendizagem;
 Trabalha com a prevenção dos problemas de aprendizagem, prevenindo o
fracasso escolar;
 Auxilia os educadores, equipe escolar e pais, quanto ao que se refere
inclusão, chegada de diagnósticos, relatórios e/ou Transtornos de
aprendizagem já existentes(AEE);
 Contribui na realização do diagnóstico institucional, auxiliando nas propostas
educativas e aprimorando estratégias de aprendizagem;
 Proporciona que a relação sujeito/objeto seja construída de forma positiva,
saudável e prazerosa;
 Orienta quanto as adaptações curriculares, quanto as NEEs (necessidades
educacionais especiais);
 Contribui com os momentos teóricos/estudos da equipe escolar;
 Encaminha, juntamente com a equipe escolar, educandos para avaliações com
outros Profissionais;
 Reuni-se e orienta pais e/ou responsáveis e educandos (individual e/ou
grupal/ POR MEIO DE SONDAGENS)
 Cria relação de reciprocidade, trocas mútuas de conhecimento e prática.
 O FOCO DO TRABALHO É NO COLETIVO
EDUCADOR
ALUNO
COORDENAÇÃO

PAIS
RESPONSÁVEIS APRENDIZAGEM
COMUNIDADE
ESCOLAR
DIREÇÃO

PSICOPEDAGOGO EQUIPE
TÉCNICA/APOIO
ESCOLAR
PSICOPEDAGOGIA????

Conhecendo o contexto histórico...


 Surgiu na França e logo depois na Argentina, ganhando muito
destaque;
 Chegando no Brasil em meados da década de 70;
 Com objetivo de atender a grande demanda das crianças com
dificuldades de aprendizagem;
 Surgimento na França, veio diante do movimento social pós-
guerra;
 Sendo uma área intermediária entre a Psicologia e Pedagogia,
com o olhar de educadores preocupados com o grande número
de alunos com dificuldades em aprender , que eram
inteligentes(J. Boutonier e George Mauco- direção médica e
pedagógica);
 Tinha como foco dar suporte ao ego fragilizado do aluno e que
estaria ligado as dificuldades escolares do mesmo (foco este
primário dessa área de estudo);
 Diante deste olhar, vizualizava-se melhora imediata ao quadro e
que após certo período o quadro permanecia e não sanava.
Sendo assim, pensou-se em uma abrangência maior das áreas
envolvidas;
 Neurologia, Sociologia, Psicologia Genética,Social... (novas
correlações coma Psicopedagogia);
 “Essa nova óptica da Psicopedagogia não se prendia apenas
aos sintomas, mas sim às suas reais causas” (Chamat, 2004,
p.117)
 Criou-se uma nova técnica, a técnica da escuta dos sintomas, interligando o
sujeito-ambiente;
 Na década de 70, na Argentina, a Psicopedagogia ganhou grande destaque e
desenvolvimento, com nomes como: Alícia Fernández- surgimento de Centros
de Saúde Mental (psicopedagogo- diagnósticos e tratamentos);
 Resolvia-se a questão da aprendizagem e em alguns casos, desenvolviam-se
alguns problemas psicológicos- adentrou-se o olhar e escuta psicanalítica
(perfil do psicopedagoga argentino);
 Argentina: formação em nível de Graduação;
 Brasil: Formação em nível de Pós-Graduação;
 Outros nomes de psicopedagogos argentinos: Sara Paín, Jacob Feldmann,
Ana Maria Muniz, Jorge Visca...
 Chegada no Brasil, década de 70, onde as dificuldades de aprendizagem eram
vistas como uma função neurológica chamada- DCM- Disfunção Cerebral
Mínima- camuflava-se os problemas sociopedagógicos;
 Visita do professor Quirós ao Brasil;
 1979, São Paulo, Instituto Sedes Sapientiae, primeiro curso regular da
Psicopedagogia;
 Década de 80, cursos de especialização Lato Sensu em Psicopedagogia,
inicialmente em São Paulo e depois outras regiões do Brasil;
 Escola Guatemala, década de 80, Rio de Janeiro (trabalho de ação preventiva,
junto ao professor);
JORGE VISCA (1935- 2000)
•Criador da Epistemologia
Convergente;
•Linha Teórica, que trabalha com a
aprendizagem , com 3 linhas da
psicologia:

# PSICOGENÉTICA - Piaget
# ESCOLA PSICANALÍTICA – Freud
# ESCOLA DE PSICOLOGIA SOCIAL-
Enrique Pichon Rivière

-O trabalho tem como principal objetivo


de estudo, os níveis de inteligência,
com a teorização da psicanálise nas
manifestações emocionais que
representam o interesse;
-O ser humano é considerado em sua
totalidade integrada e irrepetível
(Rosa,2009) e em seu processo de
aprendizagem devem ser consideradas
para análise e compreensão, as áreas:
afetiva, cognitiva e social.
Resumindo, Piaget...
Teoria do desenvolvimento/
Estágios Cognitivos

Sensório motor (0 a 2 anos) Formas, cores, jogos sensoriais- ,


visão do todo, contato com o
meio é imediato, sem
representação ou pensamento

Pré-operatório (2 a 6 anos) Falta a lógica, sem noção de


perspectiva, usa mais os
sentidos/Função Simbólica

Operatório- Concreto (6 a 11 anos) Precisa ainda do concreto para


executar (abstrair)/ reversibilidade

Operatório Formal (12 anos a diante) Já utiliza-se da abstração total


AS PROVAS PIAGETIANAS/ CONTRIBUIÇÃO À
TEORIA EPISTÊMICA
Consiste em conversar com o sujeito sobre um tema, sendo a conversa dirigida e quando
ocorrer desvios, reconduzir o pensamento ao tema, fazendo contra-argumentação, para se
ter justificativas de suas ações e interpretações. (ROSA, 2009).
Verifica-se o período de desenvolvimento da inteligência do sujeito, no período da
verificação.

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4


Noção de
Causalidade
Conservação de
Pequenos
Conjuntos
Discretos de
Elementos

Conservação da
Noção de
Números
Conservação de
Quantidade-
Líquidos

Conservação de
Quantidade-
Massa
Seriação e
Classificação-
Simples

Seriação e
Classificação-
Complexa

Seriação e
Classificação-
inclusão de classe-
Geométricas

Seriação e
Classificação-
Inclusão de Classe
-animais

Percepção- Coord.
Horizontal

Percepção- Coord.
Vertical
“Conheça todas as teorias, domine todas as
técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja
apenas outra alma humana.” (Carl Gustav Jung)
As diferentes Abordagens
“É de suma importância que o psicopedagogo conheça as diferentes linhas de
atuação para um diagnóstico psicopedagógico, assim como a ação reeducativa
terapêutica.” ( Chamat,2004)

• Abordagem Psiconeurológica:têm uma visão neurológica da aprendizagem;


Pressuposto de que para aprender, há a necessidade da integridade do
aparelho neurológico, em relação ao aparelho para pensar;
A integridade depende:
-Fatores psicodinâmicos= psicoemocionais (identificação, imitação e
internalização)
- Fatores do sistema nervoso periférico= privação sensorial leva a privação
cerebral, resultando em subcarga, o oposto pode ocorrer desorganização
dos neurocondutores, por excesso de estimulação.
-Função do sistema nervoso central= a ausência da integridade pode provocar
uma disfunção cerebral, mesmo que mínima para aprender, compreender,
falar e escrever...
* O tratamento é voltado para a estimulação das áreas cerebrais, estimulando o
aparelho percepto-motor e medicamentoso.
Abordagem
Abordagem Comportamental: enfatiza a
Neuropsiquiátrica: A motivação intrínseca e
função do terapeuta- na extrínseca para aprender.
área pedagógica é de Envolve a estimulação do
estimular o aparelho aparelho perceptual,
perceptual, a área principalmente no que se
somestésica e refere a atenção, para
retenção e memorização.
cinestésica;
Enfatiza-se a manipulação
O trabalho com criança de variáveis que conduzem
portadora de psicose ou a mente a aprendizagem
esquizofrenia é de cunho seletiva, com estímulos e
psiquiátrico e psicológico. reforçamento
E a função do comportamental.
psicopedagogo é O diagnóstico foca-se no
estritamente pedagógico; ponto que ocorreu a
dificuldade. O tratamento fica
Foca-se no diagnóstico e
na manipulação de variáveis
tratamento da dislexia e de reforço, estimulando o
específica de evolução. aparelho perceptual.
Abordagem Cognitivista:
Embasada na teoria de Jean
Piaget, resgata aspectos que
a Teoria Behaviorista não Esta abordagem não é
havia visualizado, como: centralizada somente no
mecanismos de auto- sujeito, a família e escola
regulação e equilibração, também são investigadas, na
decorrentes da interação relação com o sujeito, bem
sujeito-ambiente. como a história de vida.
O Método= é a metodologia O tratamento é da construção
da “investigação crítica” do real pelo sujeito, por meio
(p.36), onde o examinador da ampliação e construção
provoca no sujeito reações de novos esquemas e
diversas, dentro de uma estruturas de pensamentos,
situação com várias assim como a investigação
possibilidades, com crítica.
desequilíbrio, utilizando Instrumentos e recursos
argumentação e contra- usados: Provas Operatórias
argumentação, para de Piaget, jogos de
possíveis diferentes construção, jogos de regras e
respostas do sujeito, sem regras, narrativas,
verificando o seu nível construções de histórias e
operacional e processo etc.
assimilativo/acomodativo.
Abordagem Gestáltica:
se trata de uma
abordagem humanística, Abordagem ou Técnica
na qual a pessoa é vista diagnóstica Psicodrama
em sua plenitude, num Pedagógico :
constante processo de
desenvolvimento de suas Jogos Dramáticos
potencialidades. Trabalha com uma
Oferece uma tomada de aprendizagem diferente
consciência global ao da tradicional, focando e
sujeito, para que perceba privilegiando a vivência,
e seja capaz de envolvendo o pensar, o
compreender tudo o que sentir e o agir.
está dentro e fora dele. A sua utilização
Foco nas relações possibilitou a reflexão
interpessoais, o sobre si mesmos,
ambiente em que está inserção no local e
inserido, detalhes de sua relação com os demais .
estrutura mental, corporal
e emocional.
DIFICULDADES DE
APRENDIZAGEM ou
TRANSTORNOS DE
APRENDIZAGEM?
O QUE SÃO?
São manuais internacionais diagnósticos de doenças.
Sendo:

* CID 10- Classificação Estatística Internacional de


Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – OMS
– Organização Mundial da Saúde

•DSM- V- Manual Diagnóstico e Estatístico de


Transtornos Mentais

EXEMPLOS: CID10-F-90; CID10- F79;


CID10-R48; CID10- F81
TRANSTORNOS SUBTIPOS
TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM DISLEXIA
DISCALCULIA
DISGRAFIA
DISORTOGRAFIA
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA LEVE
MODERADO
SEVERO
TRANSTORNO DE COMUNICAÇÃO TRANSTORNO DE FALA
TRANSTORNO DA LINGUAGEM
TRANSTORNO DA FLUÊNCIA COM INÍCIO NA
INFÂNCIA
TRANSTORNO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO ]DESATENTO


HIPERATIVO
COMBINADO
TRANSTORNOS MOTORES DO DESENVOLVIMENTO DA COORDENAÇÃO
MOVIMENTOS ESTEROTIPADOS
TIQUES

TRANSTORNO INTELECTUAL DEFICIÊNCIA INTELECTUAL


ATRASO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO

OUTROS TRANSTORNOS DE RETT


NEURODESENVOLVIMENTO INVASIVO
DESINTEGRATIVOS DA INFÂNCIA-
PSICOSES

Vídeo: Dislexia, Disortografia e Disgrafia-


Vídeo: Discalculia- Nadia Bossa
Nadia Bossa
DISLEXIA
VALE A PENA CONHECER UM POUCO MAIS...
•ABD= www.dislexia.org.br
•Lei 5416/2012

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), é uma


“dificuldade específica de leitura, não explicada por déficit
de inteligência, oportunidade de aprendizado, motivação
geral ou acuidade sensorial diminuída, seja visual ou
auditiva”.
DISGRAFIA
Alteração na escrita, muitas vezes ligada a problemas de
percepção motora; dificuldade em passar para escrito o
estímulo visual da palavra; principais características:
lentidão no traçado das letras, letra ilegível, rigidez no
traçado, pouca orientação espacial; incapacidade de segurar
um lápis, escrita desorganizada, porém sem
comprometimento intelectual e neurológico.
DISORTOGRAFIA
Dificuldade em transcrever corretamente a
linguagem oral; tendo trocas ortográficas;
confusões de letras; ligado ao domínio da
linguagem; troca de sílabas; confusão de letras e
palavras, fragmentação; inversão e junções
incorretas.
DISCALCULIA
DIFICULDADES EM:
Raciocínio lógico matemático;
Grau de comprometimento pode ser leve, moderado ou
severo;
Tem boa capacidade de leitura escrita, com baixo
desempenho em contas e resolução de problemas;
Ler números ou repetir uma sequência numérica e difícil;
Organização temporal, direção,tempo, estratégias, valor
posicional e fatos numéricos ruins.
TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade)
É UM TRANSTORNO DE NEURODESENVOLVIMENTO:
Multifatorial e heterogênio;
Sistema de recompensa do cérebro está prejudicada (pré-frontal), usa a
compensação (outras áreas do cérebro);
Imaturidade cerebral;
Disfunção nos neurotransmissores envolvidos;
Tipos: Combinado, desatento e hiperativo/impulsivo;
Defasagem nos sistemas atencionais e/ou pedagógicos/escolares.

Vídeo: TDAH- Fantástico


TEA (Transtorno do Espectro Autista)
É UM TRANSTORNO DO NEURODESENVOLVIMENTO:
Têm início na primeira infância;
Grupo de desordens de origem neurobiológicas;
Comprometimento na comunicação, interação social/ Padrões
restritos e repetitivos de comportamento, interesses e
atividades;
Pode vir com comorbidades.
Níveis: Leve, Moderado, Severo

Vídeo: Quais são os tipos de Vídeo: 5 passos para o Diagnóstico


Autismo- NeuroSaber/ Clay Brites do TEA- Clay Brites
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL...
Segundo a APAE de São
Paulo,juntamente com a citação
da CDPD (Convenção das Nações
Unidas sobe o Direito das
Pessoas com Deficiência),
aprovada no Brasil em 2009...
“pessoas com deficiência são
aquelas que têm impedimento
de longo prazo de natureza
física, mental, intelectual ou
sensorial, os quais em interação
com diversas barreiras, podem
obstruir sua participação plena e
efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as
demais pessoas”
(Site APAE- O que é?)
AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
 Início precoce (antes dos 18  Níveis de severidade: leve,
anos); moderada, severa e profunda;
 Déficit na função adaptativa, em  Pode vir com comorbidades:
pelo menos 2 áreas (comunicação, Down, X- Frágil, Síndrome
autocuidado, vida no lar, adaptação Fetal Alcoólica, TEA...
social, saúde e segurança, uso de  FATORES:
recursos de comunidade,
determinação, funções acadêmicas, - Pré-natais: concepção do
lazer e trabalho); bebê, até o início do parto
 Há déficit na função intelectual - Genéticos: Alteração
(QI 69 ou menor) – ( Escalas cromossômica, Alteração
Wisc e Wasi , David Wechsler- gênicas, Doenças maternas
Pearson)- crônicas ou gestacionais,
Doenças infecciosas na mãe,
PSICÓLOGOS E Desnutrição materna,
NEUROPSICÓLOGOS tabagismo, alcoolismo,
QI consumo de drogas,
*125= SUPERIOR medicamentos teratogênicos-
*90-110= MÉDIO efeitos colaterais na formação
*69-90= MÉDIO INFERIOR do feto, ou embrião.
*ABAIXO DE 69= DI
O PASSO A PASSO
PARA A AVALIAÇÃO CLÍNICA

ENTREVISTA
CONTRATO
INSTRUMENTOS AVALIATIVOS
DEVOLUTIVA
O Psicopedagogo deve...
...também conhecer diferentes modelos e teorias de avaliação,
assim como o que esta envolvido com o processo ensino-
aprendizagem.
Tem que lembrar sempre o que lhe cabe avaliar, como:
atenção, memória, linguagem, aritmética e destreza
motora.Usando instrumentos padronizados e validados, assim
como também investigar o comportamento da criança na sala de
aula, quanto a visão do educador.

...assim como a investigação quanto ao seu quadro histórico,


saúde, habilidade social e observação do material escolar,
pois ambos podem interferir no processo da aprendizagem.
Eis a importância de se fazer uma boa Anamnese, contendo
informações necessárias que investiguem tais informações.
ANAMNESE
•Entrevista realizada com os pais e/ou responsáveis;
•Objetivo: Resgatar a história de vida do atendido, colhendo dados
importantes , que auxiliarão fatos visualizados durante o diagnóstico,
assim como em quais momentos o sujeito vivenciou estímulos de
aprendizagem;
•Por meio da anamnese serão vistas questões do passado e do
presente do avaliado, assim como modificações do seu meio;
•Observa-se a visão da família em relação ao histórico da criança:
expectativa desde o nascimento, desenvolvimentos, quadro de saúde,
ambiente familiar, afetividade, preconceitos, críticas...
•Entrevista conduzida pelo psicopedagogo, deixando os entrevistados a
vontade, podendo ter como apoio um roteiro/questionário a ser
preenchido conforme as resposta forem sendo ditas, mas não
necessariamente tem que er usado como um movimento rígido;
•Momento em que os familiares poderão falar espontaneamente,
recordando de fatos e sequencias importantes da vida do avaliado.

EXERCÍCIO:Construção em conjunto dos principais tópicos


contidos em um boa ANAMNESE.
LEMBRANDO QUE, O PROCESSO AVALIATIVO
INICIA-SE desde o momento que o paciente adentra ao seu
consultório, ou seja observação também do seu comportamento
durante todo o processo da avaliação, assim como a maneira que
executa as atividades dirigidas e espontâneas.
Pensando na parte da linguagem, é de suma importância pensar
que o processo avaliativo inicia-se desde a primeira sessão, onde
no momento da coleta de dados, analisa-se cuidadosamente o
avaliado, identificando o seu nível de enunciação fonética e a
organização de pensamento, sendo uma das primeiras tarefas
diagnósticas.
Precisa-se também atentar–se para questões como o
regionalismos e de palavras e ou expressões que se repetem, que
podem estar ligados a aspectos emocionais.
1ª SESSÃO
ENTREVISTA INICIAL

ENTREVISTA- OBJETIVO: Este momento tem como objetivo a coleta de dados


pessoais do sujeito, assim como ouvir a queixa que os responsáveis trarão a
respeito do problema que a criança vem apresentando.

IMPORTANTE: Existem profissionais que utilizam-se deste


momento para já realizarem a Anamnese com a família , porém
diante desta linha de trabalho “Epistemologia Convergente”,
sugere-se que este momento mais investigativo, seja realizado em
outro momento, nas sessões futuras, para que assim não haja
“contaminação”,de informações, que venham a interferir no olhar
do psicopedagogo.

O QUE PERGUNTAR E OBSERVAR: Atentar-se a fala dos pais, quanto a


concordância ou discordância, se falam de culpados quanto ao fracasso,
sendo a escola ou a própria criança, se isentam-se de responsabilidades, se
demonstram ansiedade, objeções ao trabalho, justificativas e etc...
1ª SESSÃO
ENTREVISTA CONTRATUAL
Etapa de suma importância, já a ser realizada na entrevista com os
responsáveis.
Onde se é informado:

TEMPO POR SESSÃO: 50 minutos cada sessão


LUGAR: Consultório clínico
FREQUÊNCIA: 1 a 2 vezes por semana
DURAÇÃO: de 8 a 10 sessões

ALERTE: que a partir da sessão seguinte somente a criança


entrará em sessão, para ser atendida; fale da importância de
não faltar, pois pode alterar o diagnóstico; fale se caso ocorrer
atrasos, não se poderá estender o tempo para compensar; peça
que avisem se haverá a ausência, com pelo menos 2 horas
antes, peça que informe a criança sobre a ida dela as sessões.
2ª SESSÃO
EOCA- Entrevista Operativa
Centrada na Aprendizagem-
Instrumento que possibilita a sondagem da problemática de aprendizagem e auxilia a
delinear o seu objeto focal – o que necessita ser investigado.
Terapeuta opta em usar como instrumento de primeiro contato.
Também pode ser usado na área Institucional, pois é uma atividade similar as de sala de
aula, focando-se como triagem.

OBJETIVO: verificar sintomas e formular hipóteses sobre a dificuldade de


aprendizagem, coletar dados do paciente no aspecto cognitivo e afetivo, verificar
aspectos latentes e manifestos.
TÉCNICA: “Gostaria que me mostrasse o que sabe fazer, o que lhe ensinaram e o que
você aprendeu.”
MATERIAL: folhas lisas e pautadas, lápis preto e de escrever, com ou sem ponta,
apontador, borracha, tesoura, cola, revistas, livros, régua...
APLICADOR: observar 3 aspectos- temática (diz), dinâmica (faz movimento) e produto
(registro).
Temática: tudo o que é dito pelo sujeito, observando sempre o aspecto manifestou ou
latente;
Dinâmica: tudo que é feito pelo sujeito: gestos, sons, tom da voz, postura corporal, forma de
manusear os materiais, sentar-se...
Produto: tudo o que foi deixado, ou produzido pelo sujeito.

MATERIAIS:
Crianças pequenas: massa de modelar, cubos, jogos de encaixe, livro....
Crianças maiores: folhas lisas, folhas pautadas, borracha, apontador, canetinhas, régua,
cola, um texto, livros, revistas, gibis, jogos de regras (quebra-cabeça)...
Adolescentes ou adultos: conversa complementada com atividades, como: jogos, papeis,
revistas, livros

OBSERVAÇÕES: ATIVIDADE REALIZADA EM UMA 1 SESSÃO; DISTRIBUIR TODOS OS


MATERIAIS NA MESA, VEJA SE A CRIANÇA FALA DE OUTROS ASSUNTOS , QUE NÃO
ESTÃO RELACIONADOS COM A ATIVIDADE E VEJA SE É INDICIO DE DISPERSÃO; SE A
CRIANÇA NÃO QUISER REALIZAR NADA SUGERIDO, PODE SER INDICIO DE REJEIÇÃO
OU VÍNCULO INADEQUADO COM A APRENDIZAGEM; OBSERVAR A MODALIDADE DE
ENSINO DA CRIANÇA:

HIPOASSIMILATIVA- cça bastante tímida, fala pouco, fica em 1 única atividade;


HIPERASSIMILATIVA- cça traz diferentes assuntos, conversa, pergunta, questiona e pouco
ouve, prendendo-se a detalhes e não no todo;
HIPOACOMODATIVA- dificuldade de estabelecer vínculos emocionais e cognitivos, não
explora muito os objetos e normalmente permanecem na mesma atividade;
HIPERACOMODATIVA- dificuldade em criar, prefere repetir e copiar, aceita tudo, é submisso;
CRIANDO A HIPÓTESE
Nível cognitivo: pré-operatório, ou Problemas de visão
em transição para o operatório
concreto, ou já no operatório
concreto ou formal... Problemas na fala
Nível de escrita: pré- silábico, Suspeita de dislexia, TDAH ou outro
silábico alfabético ou alfabético distúrbio

Rejeição da leitura e escrita: Dificuldade motora


normalmente dão mais
preferências ao jogo
Necessidade de agradar

Vínculo positivo ou negativo com a


Não articula o pensar em como fazer
aprendizagem

Perfeccionismo, autoexigência
Dificuldade em planejar e organizar

Baixa autoestima/ fala muito não sei,


não consigo
Hora do jogo/ Caixa Lúdica
Técnica desenvolvida por Pain;
Atividade lúdica, que inclui 3 aspectos da função semiótica- internalização de
significantes e significados: jogo, imitação e linguagem.

OBETIVOS: verificar a interrelação com o desconhecido e verificação do


obstáculo da relação, verificar os processos acomodativos e assimilativos, leitura
dos conteúdos manifestos dos aspectos afetivo-emocionais.
TÉCNICA: até 9 anos, ver como a criança joga , caixa com diversos e diferentes
materiais, para brincar como quiser.
MATERIAL: caixa grande, com tampa, dentro: materiais para recortar, escrever,
costurar, colar, recortar, olhar, pegar, modelar, dobrar- cola , tesoura, durex,
furador, grampeador.
APLICADOR: analisar as repostas verbais e registros, para levantar hipótese da
significação do aprender, mobilidade, capacidade de criar, refletir, argumentar e
etc...
3ª e 4ª SESSÕES
PROVAS PIAGETIANAS
Instrumento que fornece condições de conhecer o funcionamento e
desenvolvimento das funções lógicas do sujeito. Possibilitando investigar o
nível cognitivo que a criança se encontra e se tem defasagem, em relação a
idade cronológica, ou seja, um obstáculo epistêmico
OBJETIVO: determinar o nível de pensamento do sujeito, com uma análise
quantitativa, reconhecendo as diferenças funcionais, com um estudo
qualitativo.

IMPORTANTE: Segundo SAMPAIO (2014) “Uma criança com


dificuldades de aprendizagem poderá ter uma idade cognitiva
diferente da idade cronológica. Esta criança encontra-se com uma
defasagem cognitiva e esta pode ser a causa de suas dificuldades
de aprendizagem...”

As provas trabalham com olhar de conservação, classificação e seriação. Alternar


entre si; Fazer anotações detalhadas de toda as respostas, assim como sua reação,
postura, fala, reação, inquietação, argumentação, como manipula o material.
RESPOSTAS EM 3 NÍVEIS A Prova trabalha com...
CONSERVAÇÃO: pequenos conjuntos
* Nível 1- Não há conservação, discretos de elementos, superfície,
líquido,
não atinge-se o nível
operatório desse domínio; matéria, peso, volume, comprimento

CLASSIFICAÇÃO: mudança de
• Nível II ou intermediário-
critério,
Respostas com oscilações,
instabilidades ou não são quantificação de inclusão de classes,
interseção de classes
completas. Em momentos
conservam, em outros não;
SERIAÇÃO: seriação de palitos

• Nível III- Respostas mostram


aquisição da noção, sem ESPAÇO: unidimensional,
vacilar. bidimensional, tridimensional

PENSAMENTO FORMAL: combinação


de fichas, permutação de fichas,

PROVAS PIAGETIANAS
predição
SELEÇÃO DAS PROVAS
PELA IDADE
6 anos
seriação e pequenos conjuntos 10 a 11 anos
discretos de elementos Todas as de 8 anos + conservação de
volume
7 anos
seriação, conservação de pequenos Acima de 12 anos
conjuntos discretos de elementos, Comece pela conservação de volume,
conservação de massa, conseguindo, as provas de
conservação de comprimento, pensamento formal, se não
conservação de superfície, conseguir, as provas do 10 anos
conservação de líquido, espaço
unidimensional
PROVAS DO PENSAMENTO FORMAL
8 a 9 Anos Combinação de fichas
Conservação de massa, conservação Permutação de fichas
de comprimento, conservação de Predição
superfície, conservação de líquido, Espaço Tridimensional
conservação de peso, mudança de
critério, quantificação de inclusão
de classes, interseção de classes,
espaço uni e bidimensional
LEMBRETE....
Após cada resposta dada:
- Como sabe?
- Pode me explicar?
Momento de Argumentação
ARGUMENTAÇÃO DE IDENTIDADE
ARGUMENTAÇÃO DE REVERSIBILIDDE
ARGUMENTÃÇÃO DE COMPENSAÇÃO

Pode ter criança que conservará, mas terá dificuldade na


argumentação. Pode então ser vista como provável
dificuldade em explicar o que leu, como dificuldade
síntese textual.
5ª e 6ª SESSÕES
TÉCNICAS PROJETIVAS
Por meio dos desenhos ou relatos é possível avaliar a capacidade do
pensamento, para construir uma organização coerente e harmoniosa e
elaborar emoções, segundo olhar de Pain.
OBJETIVO: investigar os vínculos que o sujeito pode estabelecer, de
acordo com 3 domínios: escolar, familiar e consigo mesmo.

IMPORTANTE: a interpretação de cada técnica projetiva é em


função do indivíduo em particular; não há a necessidade da
aplicação de todas as técnicas, a escolha vai de acordo com a
hipótese; os critérios de avaliação devem se somar aos critérios
gerais do diagnóstico,

Fatores importantes a se observar: tamanho do desenho tamanho dos


personagens em relação ao outro; se sujeito se faz presente; quem não
aparece no desenho; posição do desenho em relação a folha, verificação
do título do desenho; posição dos personagens; localização e etc...
Seleção por idade
Vínculo Escolar
4 anos
 Par educativo
Desenho em episódios
- Eu com os meus companheiros
6 a 7 anos
- A planta da sala de aula
• Vínculo familiar Par educativo
- Planta da minha casa Quatros momentos do dia
- Os quatro momentos do dia Família educativa
- Família Educativa Dia do meu aniversário
• Vínculo consigo mesmo Minha férias
- O dia do meu aniversário Fazendo aquilo que mais gosta
- Minhas férias 7 a 8 anos
- Fazendo aquilo que mais gosta As anteriores + Eu com os meus
- O desenho em episódios companheiros
+ de 8 anos
As anteriores + Planta da sala e
Planta da minha casa
Técnicas Projetivas por
7ª e 8ª SESSÕES
OUTROS TESTES
Pela necessidade de um olhar mais amplo, para uma avaliação mais
completa do avaliado.
OBJETIVO: intuito de conhecer melhor o sujeito e coletar mais dados
para outros olhares futuros.

IMPORTANTE: pode-se usar instrumentos com materiais que o


próprio psicopedagogo pode criar, não existindo uma padronização
(instrumentos qualitativos).
Se faz necessário adequar o material, de acordo com a idade do
sujeito avaliado.
Instrumentos, como:
IAR= Instrumento de Avaliação do Repertório Básico para a
Alfabetização (Leite, 1984)- para trabalhar com crianças na faixa da
educação infantil e 1º ano do fundamental I.
Este instrumento tem o objetivo de avaliar o repertório dos pré-
requisitos fundamentais para se ter a aprendizagem da leitura e da
escrita, ou seja, visualizando se a criança tem condições ideais de
iniciar a alfabetização, Ele abrange algumas áreas, como
lateralidade, esquema corporal, posição, espaço, forma, quantidade
verbalização de palavras e etc.
OBS: é de suma importância o trabalho com os conteúdos realizados na educação
Infantil, pois enquanto a linguagem está relacionada ao lado esquerdo do cérebro,
para que ela ocorra ,se faz necessário que o lado direito do cérebro tenha
desenvolvido redes funcionais, como: recorte, pintura, desenho e etc...ou seja a
importância do trabalho dos pré-requisitos.
TDE- Teste de Desempenho Escolar (Stein)- Público (1ª série a
8ª série) Modelo anterior (desatualizado)
Oferece de forma objetiva uma avaliação das capacidades
fundamentais pra o desempenho escolar, relacionado a escrita
e leitura de palavras isoladas e aritmética, verificando também
a escrita do nome do avaliado.
Ele se subdivide em itens de ordem crescente de dificuldade
TDE II- Teste de Desempenho Escolar (Stein)- Público (1º a 9º
ANO) Modelo ATUALIZADO
Avaliação das capacidades fundamentais pra o desempenho
escolar- escrita e leitura de palavras isoladas e aritmética
(CÁLCULOS E RESOLUÇÃO/INTERPRETAÇÃO DE PROBLEMEAS
SIMPLES).
Ele se subdivide em itens de ordem crescente de dificuldade
O que avaliar/ observar...
Coordenação motora fina Esquema corporal
Canudos, barbante, fio de náilon, Por meio da figura humana-
tesoura( observar com qual mão cefalocaudal e próximo-distal.
realiza a atividade, se a precisão Orientação Temporal
no manuseio, verificar direita e
esquerda, se tem preensão e Ver se há noção temporal (horas, dia
pressão, movimento de pinça, da semana, meses, ano...)
segurar tesoura, apontar, postura Orientação Espacial
ao sentar, limite gráfico- respeitar Ausência de orientação e
a pintura. organização espacial pode refletir
Coordenação viso-motora nas dificuldades de
Reprodução de imagens, verificando posicionamento das letras,
questões psicomotoras e ordenar para formação de
espaciais palavras e ordenação de
números, com antecessores e
Lateralidade sucessores.
Identificação de direita e esquerda Sequência lógica
com as partes do corpo, ou com
objetos, verificar se há definição Figuras que juntas, formam uma
da lateralidade. história sequenciada
O que avaliar/ observar...
Sondagem de Escrita
Trabalhar / Manipular com fonemas
Escrita do próprio nome, ditado de
Trocando uma letra de uma palavra é palavras (polissílabas, para
possível formar outra palavra, monossílabas- mesmo campo
palavras que começam com som semântico)
semelhante: f/v, d/t, p/b Cálculos/Problemas e raciocínio lógico
Competência de leitura silenciosa Adaptando para cada faixa etária
Verificação do tempo de leitura, pelo Pode ser por meio lúdico, como por
número de palavras lidas registro (pega vareta/ dominó das
operações)
Compreensão do texto
Hora do jogo
Leitura silenciosa e depois a Observa-se frustração, lidar com o erro,
interpretação do texto lido/ Leitura limites, regras, noção espacial,
em voz alta, reconto da história concentração, raciocínio...
oral e escrito, interpretação, DSM-IV- para avaliar TDAH
ditado de um parágrafo
Suspeita de TDAH, durante o processo.
Compreensão oral Podendo ser entregue a família e a
Compreensão do que lhe é dito, escola. Não analisá-lo isoladamente
como verdadeiro e falso Análise do material escolar
Observa-se o vínculo com a
aprendizagem, organização, higiene,
ortografia, letra, realização das
atividades, conteúdo...
9ª SESSÃO
ANAMNESE
Entrevista com os pais ou responsáveis. Peça fundamental para o
diagnóstico, onde se revelam informações do passado e do presente do
sujeito. Visualizando o histórico da criança, quadro de saúde, ambiente
familiar. Momento que se deixa a família falar livremente, mas se for
necessário complementar ou aprofundar, o psicopedagogo poderá intervir.
OBJETIVO: resgatar a história de vida do sujeito e colher informações
importantes, que auxiliarão os fatores observados durante o diagnóstico..

IMPORTANTE: verificar questões como: concepção, gestação,


nascimento, parto, alimentação, doenças de infância,
desenvolvimento psicomotor, sono, desenvolvimento da linguagem,
escolaridade, comportamento, independência, relacionamento,
informações da família e etc...

É o momento do fechamento das hipóteses.


10ª SESSÃO
DEVOLUTIVA
É o momento que se faz uma devolução verbal aos pais e ao
paciente, sobre os resultados obtidos, por meio da investigação por
meio do diagnóstico.
Utiliza-se de uma linguagem compreensível, para se fazer
compreender.
IMPORTANTE: é neste momento que se fala em indicativos de um
quadro, assim como os especialistas a serem procurados para
complementação diagnóstica, como : fonoaudiólogo, psicólogo,
neuropsicólogo, psiquiatra, neurologistas/neuropediatra

INFORME PSICOPEDAGÓGICO
Documento oral e/ou escrito com o relato dos resultados do diagnóstico. Que
pode ou não ser entregue a família e a escola, depende do psicopedagogo.
Pode ir com validade (6 meses). Contem as orientações.
EXERCÍCIO:Construção em conjunto dos
principais tópicos contidos em um bom
Informe Psicopedagógico.
Acompanhamento
Psicopedagógico
Dicas de Instrumentos para o
2º momento (Tratamento)
É neste processo onde se trabalha com diferentes
estratégias de aprendizagem, visualizando quais atividades
o sujeito pode executar e que facilitarão a melhora da sua
aprendizagem.
Se faz um Plano de Ação, com os objetivos a serem
alcançados na fase inicial, intermediário e final.
Partindo sempre das funções que estão preservadas,
começando sempre pela motivação do sujeito e
consequentemente a sua colaboração, para a ocorrência
do objetivos posteriores.

Porém é de suma importância lembrar que se faz necessário


elaborar e entregar aos responsáveis outro contrato, que é do
tratamento, esclarecendo os horários, frequência, honorários,
duração, comprometimento e etc.
# FICA A DICA...
•Bingos ortográficos
•Letras móveis- bastão e cursivo
•Caixa de areia
•Stop
•Junção de letras, na formação de palavras
•Ordenação de palavras, para formação de frases
•Produzir rimas
•Reconhecer rimas
•Caça- palavras/ Cruzadinhas
•Trabalhar com grafemas- substituindo ou adicionando letras
•Localização de palavras escritas corretamente ou incorretas
•Produção de livros, histórias, murais, jornais, cenas, desenhos
•Leitura de diferentes gêneros textuais: poesia, HQS, músicas, adivinhas
dramatização
•Softwares e sites educativos- “Coelho Sabido”
•Quebra-cabeça
•Dominós
•Senha
•Material dourado...
Caixa de Areia Letras
Móveis

Software Coelho
Jogos Diversos
Sabido
E O AMBIENTE
ESCOLAR?

PSICOPEDAGOGO
INSTITUCIONAL
COM O FOCO NO
TRABALHO COLETIVO...
* Propor um trabalho voltado desde os * Vem a contribuir com a melhoria
primeiros anos, com uma atuação do ensino –aprendizagem, por
clara e definida, respeitando e meio de: elaboração de
considerando a Instituição na qual projetos pedagógicos, ou
se encontra;
institucional; adequação
* Auxiliará na promoção dos avanços curricular; oficinas temáticas;
da aprendizagem, para todos os
contribuir com os protocolos
alunos, independente do rendimento
pedagógico, com ou sem de inclusão, palestras para
transtornos de aprendizagem. equipe pedagógica , alunos e
Trabalhando com o princípio da pais, grupo de estudos com os
Inclusão. professores, trocas e contatos
• Vai atuar na frente de prevenção com equipes multidisciplinar.
precoce das dificuldades, * Pode utilizar- se de instrumentos
problemas ou transtornos do
como: sondagem, material de
aprendizado, auxiliando diretamente
a equipe técnico- pedagógica rastreio, questionários, escalas,
observações do
• Poderá atuar em escolas públicas,
privadas, Ensino Superior, Centros
desenvolvimento cognitivo e
de Educação e Terceiro Setor. habilidades sociais.
 Junto com a equipe técnica, fazer O tempo de duração: será determinado
o levantamento dos alunos com pelos movimentos que indicarão os
baixo rendimento escolar, avanços. Necessitando ou não de
consultar prontuários, procurando replanejamento.
diagnósticos anteriores, reprovas, Na Elaboração, pensar no:
mudança de escola... Observação - Objetivo;
global.
- Local;
 Elaborar: - Integrantes;
- Oficinas - Nome/título;
- Projetos - Duração;
- Ambos saindo da observação - Metodologia e resultados;
geral já realizada anteriormente. - Materiais e referências
Escolhendo como tema as
- FOCO: Auxílio nas demandas das
demandas que mais apareceram dificuldades de aprendizagem que são
nas sondagens e de acordo com transitórias, que podem ser superadas
cada nível escolar./ Podendo ser pelas oficinas, palestras e projetos/
uma ação permanente no Focando a prevenção e superação de
ambiente, no caso a escola. um quadro...

ALGUNS PASSOS...
PORÉM DIANTE DO ESGOTAMENTO DE
TODAS “AS FICHAS” E TENTATIVAS DO
TRABALHO OFERECIDO, HÁ A
PERMANÊNCIA OU PIORA DE UM
QUADRO, FAZ-SE A NECESSIDADE DO
ENCAMINHAMENTO DO ALUNO, PARA
MAIORES INVESTIGAÇÕES COM EQUIPE
MULTIPROFISSIONAL/ FATO REALIZADO
JUNTAMENTE COM A EQUIPE TÉCNICA-
ESCOLAR.
Referências Bibliográficas
ARRUDA, Marieliz Toledo; SSORRENTINO, Patrícia. Curso e Capacitação em Educação
Inclusiva- Recebi um aluno com laudo, e agora?, ABC Aprendizagem, Santo André, 2019.

CHAMAT, Leila Sara José. Diagnóstico Psicopedagógico: O Diagnóstico Clínico na Abordagem


Interacionista, São Paulo: Vetor, 2004.

CUNHA, Eugênio. Práticas Pedagógicas para Inclusão e diversidade. Rio de Janeiro, WAK, 2012

Curso Psicopedagogia Clínica, Portal Educação, São Paulo, 2012

PEREIRA, Rafael S. LER: Leitura, escrita e reeducação, Rio de Janeiro: WAK, 2015

PEREIRA, Rafael S. Programa de Neurociência- Intervenção em Leitura e Escrita, Portugal:


Psico & Soma, 2012

ROSA, Ivete Pellegrino. Psicopedagogia Clínica: Modelo de Diagnóstico Compreensivo das


Dificuldades de Aprendizagem, São Paulo: Porto de Ideias, 2009.

SAMPAIO, Simaia. Manual Prático do Diagnóstico Psicopedagógico Clinico, Rio de Janeiro:


WAK, 2014
Associação Brasileira de Psicopedagogia- ABPP, São Paulo-
http://www.abpp.com.br/documentos_referencias_atuacao.html, Acesso 13/03/2019

www.mundopsicologos.com.br/artigos/ voce-sabe-o –que-e- a- gestalt- terapia, Acesso:14/03/2019.

Vídeos: Dislexia, Disortografia e Disgrafia- Nadia Bossa; Discalculia- Nadia Bossa; : TDAH- Fantástico; Quais
são os tipos de Autismo- NeuroSaber/ Clay Brites; : 5 passos para o Diagnóstico do TEA- Clay Brites
Nossa Avaliação
• Em folha/ Registro por escrito (Individual)/Em anexo ao e-mail
([email protected]) Não esquecendo de enviar um aviso de
envio da atividade, ao Whatsapp(11- 945034719)

•Data
•Instituição
•Identificação da Disciplina
•Professora
•Aluno/ Turma
OBS: Caso necessidade, como fonte de apoio de pesquisa, os artigos
enviados anteriormente poderão ser utilizados, para o auxílio em sua
avaliação.
Responda:
1- Elabore um levantamento com as principais ideias e componentes que se deve apreciar
em uma Avaliação Psicopedagógica Clínica .

2-Pensando em um contexto Institucional, qual a importância do Psicopedagogo


Institucional? Qual ou quais seriam a sua frente e como atuaria?

3- Qual foi a contribuição desta aula ?O que foi novidade? O que gostou de saber? O que
pretende usar ou fazer na sua prática futura?

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